ARTE NA IDADE MÍDIA: DAS REFLEXÕES SOBRE O UNIVERSO MIDIÁTICO ÀS EXPERIMENTAÇÕES ARTÍSTICO-TECNOLÓGICAS

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1 e n s i n o m é d i o PROjETOS DE investigação 2016 ARTE NA IDADE MÍDIA: DAS REFLEXÕES SOBRE O UNIVERSO MIDIÁTICO ÀS EXPERIMENTAÇÕES ARTÍSTICO-TECNOLÓGICAS Profs. Juliana Pádua S. Medeiros & Priscilla Ramos Nannini Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia. (Como uma Onda, de Nelson Motta) SINOPSE O projeto objetiva promover um olhar sensível para a leitura das mais vastas formas de expressão artística presentes no universo midiático, bem como propiciar experimentações no campo da arte por meio de aparatos tecnológicos. PROPOSIÇÃO Na chamada Idade Mídia, faz-se necessário um modo de olhar o mundo capaz de apreender a construção dos sentidos das mais complexas formas de expressão artística da sociedade contemporânea. Para Canevacci (2010: 10), o olhar viaja entre uma complexidade diferenciada de códigos, salta entre uma imagem modernista, uma citação clássica, uma visão experimental, ou seja, design, escultura, pintura, performance, fotografia, vídeo, arte pública, entre outros, acabam trazendo novos desafios ao homem, sejam nos processos de interpretação, produção ou interação. Diante disso, com o objetivo de aprimorar a sensibilidade estética frente a essas linguagens híbridas, fluídas, interativas que emergem do universo midiático, o projeto convida o aluno a refletir e experimentar os diálogos entre Arte e Tecnologia.

2 ALGUNS DOS OBJETIVOS Refletir sobre as imagens digitais e as novas formas de representação do mundo. Delimitar o conceito de VIRTUALIZAÇÃO. Compreender a ideia de TRANSMIDIATIZAÇÃO. Reconhecer a importância da poesia concreta (lastro estético) para a investigação da arte na Idade Mídia. Investigar quais artistas e movimentos dialogam com a digitalidade, reconhecendo como se configura a estética digital. Analisar produtos das mais vastas expressões artístico-tecnológicas. Promover leitura crítica dos produtos artístico-midiáticos: arte x utilitarismo. Compreender o que é a arte do cibridismo. Entender o que é arte cinética. Observar as relações entre arte, tecnologia e gamificação. Discutir o lugar da autoria nas produções interativas e colaborativas. Diferenciar interação de interatividade. Discutir sobre o corpo cibernético na arte. Explorar a produção de imagens no universo midiático, a partir de conceitos, como real, virtual, imersão, interação, entre outros. Traçar diálogos entre literatura e demais manifestações artísticas na sociedade digital. Propiciar a experimentação artística por meio de aparatos tecnológicos. Discutir sobre pós-humano e pós-modernidade a partir de narrativas cinematográficas. Refletir como se dá a humanização das tecnologias pela arte. Produzir grafite digital, performances virtuais, poemóbiles, entre outros. JUSTIFICATIVA Na sociedade contemporânea, é importante garantir um processo de ensino e aprendizagem para, com, pela e entre mídias, uma vez que o ser humano está imerso em uma multiplicidade de linguagens, códigos, suportes e meios de comunicação. Nessa perspectiva, este projeto buscar desenvolver competências plurais no campo artístico, de modo que o aluno possa interagir de maneira crítica, ética, criativa, autônoma e consciente tanto como receptores, quanto produtores.

3 DESENVOLVIMENTO Eixos 1. Teórico 2. Analítico 3. Experimental Matriz do projeto 1. Leituras: assimilação de conceitos, observação do contexto de produção (sociedade midiática), reflexões em torno de Arte e Tecnologia. 2. Pesquisa-ação: processos de (re)produção de imagens digitais no campo artístico. 3. Reflexões: relações entre as linguagens visual, verbal, sonora nas artes de cunho (hiper)midiático. 4. Estudo de meio: visitas à exposições, à exemplo da FILE, e laboratórios de produção artístico-tecnológico. 5. Avaliações seminários, debates, fichamentos, atividades de escrita colaborativa e produções coletivas diversas. SUPORTES TEÓRICOS ARANTES, Priscila. Arte e Mídia: perspectivas da estética digital. São Paulo: Senac, ARISTARCO, Guido e Teresa. O mundo das imagens eletrônicas. Trad. João Luiz Gomes. Rio de Janeiro: Edições 70, ASCOTT, Roy. A arquitetura da cibercepção. In: LEÃO, Lúcia (Org.). Interlab: labirintos do pensamento contemporâneo. São Paulo: Iluminuras, BARCELLOS, Vera Chaves (Org.) Julio Plaza, POETICA. Trad. Helena Dorfman, Maria Margarita Kremer e Baltazar Pereira. Porto Alegre: Fundação Vera Chaves Barcellos, BARROS, Anna. Corpo, lugar-tempo e novas mídias. Revista USP, São Paulo, nº 62, julhoagosto BARROS, Anna. Fio de luz. Disponível em: BENJAMIN, Walter. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. Trad. Francisco de Ambrosis Pinheiro Machado. Porto Alegre: Zouk, 2014.

4 BEIGUELMAN, Giselle O livro depois do livro. São Paulo: Peirópolis, CANCLINI, Nestor Garcia. Leitores, espectadores e internautas. São Paulo: Iluminuras, COSTA, Carlos Zibel. Além das formas: introdução ao pensamento contemporâneo no design, nas artes e na arquitetura. São Paulo: Annablume, COSTA, Mário. O sublime tecnológico. Trad. Dion Davi Macedo. São Paulo: Experimento, COX, Donna. The tao of postmodernism: computer art, scientific visualization and other paradoxes, In: Computer art in contexto supplemental issue. Berkley: Leonardo, 1989: Using the supercomputer to visualize higher dimensions. In: Arthist s contribuition to scientific visualization. Berkley: Leonardo, (21): CUNHA, Maria Zilda. Entre livros e tela: A narrativa para crianças e jovens: saberes sensíveis e olhares críticos. In: Revista Via Atlântica. São Paulo: Departamento. 2008; (14): DOMINGUES, Diana. Arte no século XXI. São Paulo: UNESP, DUARTE, Fábio. Arquitetura e tecnologias da informação: da revolução industrial à revolução digital. São Paulo: FAPESP; Campinas: Editora da UNICAMP, FERRARA, Lucrecia D Aléssio. Olhar periférico: Informação, linguagem, percepção ambiental. São Paulo: Edusp/Fapesp, Leitura sem palavras. São Paulo: Ática, FLUSSER, Vilém. O mundo codificado: por uma filosofia do design e da comunicação. São Paulo: Cosac & Naify, FRANCO, Marcelo Araújo. Ensaio sobre as tecnologias digitais da inteligência. Campinas: Papirus Ed., HARVEY, Pierre-Léonard. Ciberespaço e Comunáutica. Lisboa: Instituto Piaget, JUNQUER, Ângela; PAVANI, Cecília; WHONRATH, Eliana; CORTEZ, Elizena. Jornal e outras mídias: transdisciplinaridade. In: Novas competências na sociedade do conhecimento. Campinas: Edições Leitura Crítica, 2012, pp LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Das tábulas da lei à tela do computador: a leitura em seus discursos. São Paulo: Ática, LEÃO, Lúcia (Org.). Derivas: cartografias do ciberespaço. São Paulo: Annablume; Editora Senac, O labirinto da hipermídia: arquitetura e navegação no ciberespaço. São Paulo: Iluminuras, LEMOS, André. Cibercultura: Tecnologia e vida social na cultura contemporânea. Porto Alegre: Sulina, ; CUNHA, Paulo (Orgs.). Olhares sobre a cibercultura. Porto Alegre: Sulina, 2003.

5 . Cibercultura como território recombinante. In: MARTINS, Camila Duprat; CASTRO E SILVA, Daniela; MOTTA, Renata (Orgs.). Territórios recombinantes: Arte e tecnologia - debates e laboratórios. São Paulo: Instituto Sérgio Motta, LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. São Paulo: Ed. 34, Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, O que é virtual. São Paulo: Editora 34, MACHADO, Arlindo. Arte e mídia. Rio de Janeiro: Zahar, Pré-cinemas & pós-cinemas. Campinas: Papirus, Hipermídia: O labirinto como metáfora. In: DOMINGUES, Diana (Org.). A arte no século XXI: A humanização das tecnologias. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, MALINA, Frank. Virtual art, mathematics and computers. In: Selections from the jornal. Berkeley: Leonardo, MARTÍN-BARBERO, Jesús. Tecnicidades, identidades, alteridades: mudanças e opacidades da comunicação no novo século. In: MORAES, Dênis de (org.). Sociedade midiatizada. Rio de Janeiro: Mauad, MELO, Paulo César Barbosa. Hiperarte, uma poética do suporte: percepção estética [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo; MENEZES, Philadelpho (Org.). Signos plurais: mídia, arte e cotidiano na globalização. São Paulo: Experimento, MIRANDA, Wander Melo. Ficção virtual. In: Revista de Estudos da Literatura. Belo Horizonte: Editora UFMG out. 19; 3: 9. MONTANARO, Ann. Pop-up and movable books: A bibliography. Metuchen: Scarecrow Press, MORIN, Edgar. Educar na era planetária: o pensamento complexo como aprendizagem no erro e na incerteza humana. São Paulo: Cortez, Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, NASCIMENTO, José Augusto de Abreu. Literatura infantil e cultura hipermidiática: relações sócio-históricas entre suportes textuais, leitura e literatura [dissertação]. São Paulo: Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; NEITZEL, Adair de Aguiar. O jogo das construções hipertextuais [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; PARENTE, André. Imagem-máquina: a era das tecnologias do virtual. Rio de Janeiro: Ed. 34, PLAZA, Júlio. Videografia em vídeo-texto. São Paulo: Hucitec, 1986.

6 SAYAD, Alexandre Le Voci. Idade mídia: a comunicação reinventada na escola. São Paulo: Aleph, SANTAELLA, Lúcia; BARROS, Anna. Mídias e artes: os desafios da arte no início do século XXI. Unimarco, ; NÖTH, Winfried. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, Cultura das mídias. São Paulo: Experimento, Culturas e artes do pós-humano: da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo: Paulus, Matrizes da linguagem e pensamento: sonora visual verbal: aplicações na hipermídia. São Paulo: Iluminuras, Navegar no ciberespaço: O perfil cognitivo do leitor imersivo. São Paulo: Paulus, Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, SILVA, Morzart Linhares da Silva [Org.]. Novas tecnologias: educação e sociedade na era da informação. Belo Horizonte: Autêntica, SNYDER, Ilana. Hypertext: the eletronic labyrinth. New York: New York University Press, SOUSA, Rocha de. Ver e tornar visível: formulações básicas em cinema e vídeo. Lisboa: Universidade THOMPSON, John Brookshire. A mídia e a modernidade: uma teoria social da mídia. Rio de Janeiro: Petrópolis, 2011.