Na rentrée do PS e na do PSD, falaram uns para os outros, sem uma única proposta; nós falamos para o País. E apresentamos projectos claros e focados.

Transcrição

1 AS PROPOSTAS

2 Na rentrée do PS e na do PSD, falaram uns para os outros, sem uma única proposta; nós falamos para o País. E apresentamos projectos claros e focados. A primeira preocupação dos portugueses é o EMPREGO. O CDS vai propor que: O Pagamento Especial Por Conta o imposto mais duro para as PME tenha uma redução; uma redução tanto maior quanto as PME contratem, reinvistam ou aumentem a sua capacidade exportadora. Ou seja, mais emprego, menos imposto; mais investimento, menos imposto, mais exportação, menos imposto. Uma empresa que contrata um desempregado, deve receber um estímulo para o fazer: uma verba igual à que esse desempregado receberia, se continuasse no desemprego. Todos ganham: o trabalhador, ganha um emprego; a empresa, um prémio fiscal; o Estado, recebe contribuições em vez de pagar subsídios. Para evitar fraudes, esta medida aplica-se a contratos sem termo.

3 Um ALERTA: No Código Contributivo, que o CDS criticou desde o primeiro dia, está previsto que: cada empresa que faça um contrato a termo pague mais 3% de Taxa Social Única ao Estado. É um exemplo do gravíssimo aumento de impostos que este Código tem. Com 600 mil desempregados, e com o risco de estagnação económica, não é um erro; é um disparate.

4 A segunda preocupação dos Portugueses é a SAÚDE. Sabemos que em Portugal, tantas vezes, não há qualidade no fim da vida. O CDS comprometeu-se a um combate: dotar Portugal de um sistema moderno, civilizado, de Cuidados Paliativos: Muitos de nós já passaram pela experiência, nas suas famílias ou amigos, do que é o sofrimento e a dor nas doenças incuráveis; A pensar naqueles que têm doenças incuráveis, prolongadas e progressivas e nas suas famílias: O CDS trabalhou, ouviu, consultou e decidiu que a Lei de Bases dos Cuidados Paliativos será o nosso primeiro agendamento, já em Setembro. Queremos um consenso mas lembramos que o essencial é gastar bem; não se poupa nos doentes, poupa-se no desperdício. Se terminasse a infinita cobardia do Estado em relação à unidose, uma pequena parte do que se poupava permitiria que, em Portugal, houvesse uma boa resposta do sistema de saúde para os que estão perto do fim, e para as suas famílias.

5 Há uma preocupação tão elementar como a saúde: é a EDUCAÇÃO. A Ministra quer acabar com os chumbos, nós queremos aumentar o saber e oferecer alternativas: A idade legal, em Portugal, para um jovem escolher o ensino profissional são os 15 anos. O CDS propõe flexibilizar essa idade, como noutros países. Se um aluno tem sucessivas repetências, porque não dar-lhe mais oportunidades, mais cedo, no ensino profissional? Num País com as dificuldades em Português e na Matemática, o que fazem, no currículo, tantas horas, todas as semanas, para Área de Projecto e o Estudo Acompanhado?. O currículo tem de ser revisto e aproveitado. Rever os currículos é mais útil que eliminar a avaliação. O CDS proporá que em cada escola, por livre adesão, possam ser organizadas Bolsas de manuais Escolares: emprestados ao aluno no início do ano, assinado um termo de responsabilidade, e devolvido no final. A Senhora Ministra pode começar estas Bolsas através de projectospiloto, aproveitando o dinheiro que já não gasta nas Provas de Recuperação; e que, a meu ver, não devia gastar nas de Aferição.

6 A SEGURANÇA é, cada vez mais, um problema. O CDS já tentou quase todos os instrumentos institucionais para alterar significativamente o paradigma da insegurança em Portugal. Quando um delinquente é apanhado não é imediatamente julgado; quando é condenado, em pouco tempo vem cá para fora; e como se não bastasse, mesmo que o crime seja grave e violento, a lei dá-lhe a benesse que faltava: ao cabo de ¼ da pena, pode cumpri-la fora da cadeia e sem vigilância próxima da Polícia. O País pensa como o CDS em matéria de Segurança. Mas a maioria do parlamento pensa contra o País. O CDS que dar a palavra aos Portugueses. E, em termos gerais perguntar: - Querem que um delinquente apanhado em flagrante a cometer um crime seja, obrigatoriamente, sujeito a um julgamento, em regra nas 48 horas seguintes? - Querem que, quando um delinquente é condenado, por crimes especialmente graves e violentos, a concessão de liberdade condicional seja seriamente restringida? - Querem que, os delinquentes condenados pela Justiça a pena de prisão efectiva, tenham de cumprir, como regra, pelo menos 2/3 da pena, dentro do estabelecimento prisional? O CDS respeitará escrupulosamente a Constituição e a Lei do Referendo. Apresentará, em devido tempo, as perguntas como as normas mandam, depois das Presidenciais, porque são esses os prazos legais. Faremos uma campanha pública a favor de uma Justiça mais rápida, firme e segura.

7 O mercado de ARRENDAMENTO tem de ser uma opção acessível; para as jovens famílias, no quadro da sua liberdade de escolha; não permitindo qualquer injustiça sobre os inquilinos mais velhos e mais pobres muitas vezes em prédios degradados. É uma geração para quem o País tem uma dívida social. Outro problema é o que acontece quando se tem de esperar anos para resolver, em tribunal, quem não paga sistematicamente. Queremos um País em que os contratos se cumpram; em que os jovens e as famílias possam escolher arrendar uma casa.