Problemática e Desafios do Planeamento Estratégico Municipal: Caso Município da Praia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Problemática e Desafios do Planeamento Estratégico Municipal: Caso Município da Praia"

Transcrição

1 Hélder da Veiga Fernandes Problemática e Desafios do Planeamento Estratégico Municipal: Caso Município da Praia Universidade Jean Piaget de Cabo Verde Campus Universitário da Cidade da Praia Caixa Postal 775, Palmarejo Grande Cidade da Praia, Santiago Cabo Verde

2

3 Hélder da Veiga Fernandes Problemática e Desafios do Planeamento Estratégico Municipal: Caso Município da Praia

4 Hélder da Veiga Fernandes, autor da monografia intitulada Problemática e Desafios, Planeamento estratégico municipal declaro que, salvo fontes devidamente citadas e referidas, o presente documento é fruto do meu trabalho pessoal, individual e original. Cidade da Praia, aos 22 de Junho de 2015 Hélder da Veiga Fernandes Memória Monográfica apresentada à Universidade Jean Piaget de Cabo Verde como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Licenciatura em Administração Pública e Autárquica

5 Sumário O presente trabalho científico que se intitula Problemática e desafios do planeamento estratégico municipal: caso município da Praia enquadra-se no âmbito do curso de licenciatura em Administração Pública e Autárquica realizada na Universidade Jean Piaget de Cabo Verde. Este trabalho tem, como objetivo geral analisar os principais instrumentos da gestão da Câmara Municipal da Praia e identificar os desafios e constrangimentos do planeamento estratégico municipal. Para conhecer a atividade de planeamento municipal foi estudado, o programa do governo municipal do ano 2012 a 2016, os orçamentos municipais, e os planos de atividades. Para alcançar os objetivos traçados e responder as perguntas de partida deste trabalho foram analisados os principais instrumentos do planeamento municipal bem como o programa da governação. A pesquisa é de natureza qualitativa, sendo a recolha dos dados e das informações feita por meio do estudo documental do qual se chegou a conclusão que o maior desafio do planeamento estratégico do município da Praia consiste em articular o seu plano com os dos demais atores socias que também fazem planos em competição ou conflito com a Câmara. Palavras-chaves: Planeamento; Planeamento Estratégico; Planeamento Estratégico Municipal; Problemática; Desafios.

6 Dedicatória Dedico este trabalho à memória do meu eterno saudoso avô Francisco Horta da Veiga, à minha querida mãe Catarina da Veiga, minha esposa Elisangela Fernandes e a meu filho primogénito Héber Adriel Andrade Fernandes

7 Abreviaturas / Siglas ANMCV BAD BO CDMP CEPAL CMP CRCV DECRP DGP DGT FOFA GOP s ILPES INE ODM OE OM OMC ONG PA Associação Nacional dos Municípios Cabo Verdianos Banco Africano do Desenvolvimento Boletim Oficial Cenário de Despesa Médio Prazo Comissão Económica para América Latina y Caribe Câmara Municipal da Praia Constituição da República de Cabo Verde Documento Estratégico de Crescimento e Redução de Pobreza Direção Geral do Património Direção Geral do tesouro Força, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça Grande Opções do Plano Instituto Latino-americano de Planeamento Económico e Social Instituto Nacional de Estatística Objetivos do Desenvolvimento do Milênio Orçamento de Estado Orçamento Municipal Organização Mundial de Comercio Organização Não Governamental Plano de Atividades

8 PAICV PAIGC PD PDM PDES PE PES PGMP PMA PRM QDMP QEMP QOMP S&A SIGOF SIM SWOT TIC Partido Africano para a Independência de Cabo Verde Partido Africano para a Independência de Guiné e Cabo Verde Plano Detalhado Plano Diretor Municipal Plano de Desenvolvimento Económico e Social Plano Estratégico Planeamento Estratégico Situacional Programa da Governação do Município da Praia Países Menos Avançados Pais de Rendimento Médio Quadro Despesa de Medio Prazo Quadro Endividamento de Medio Prazo Quadro Orçamento de Medio Prazo Seguimento e Avaliação Sistema de Integrado de Gestão Orçamental e Finaceira Sistema de Informação Municipal Strengths, Weaknesses, Oportunities, Threats Tenologia de Informação e Comunicação

9 Agradecimentos A conclusão da licenciatura em Administração Pública e Autárquica facultou-me um acréscimo ímpar de conhecimento morais e intelectuais, pelo que agradeço a meu Pai Celestial por ter-me dado a vida, saúde e a oportunidade de realizar mais uma etapa importante da minha vida. Em primeiro lugar agradeço a meu Pai Celestial, que sempre esteve ao meu lado nos momentos bons e me envolveu com seu amor incondicional, e nos momentos da dificuldade, ouviu e respondeu as minhas orações, iluminando meus caminhos e servindo de inspiração dando-me forças que me fez perseverar até o final desta etapa. Agradeço a minha querida esposa Elisangela Andrade A. Fernandes, meu filho Héber Adriel A. Fernandes e minha querida mãe Catarina Silva da Veiga pelo sacrifício, compreensão, encorajamento, amor e apoio para que hoje um sonho da infância se torne realidade. Um agradecimento especial é endereçado ao meu orientador Mestre Claudino Maria Semedo e Mestre Arlinda Rodrigues, docentes pelo qual tenho uma grande admiração pelo envolvimento, estímulo, dedicação, orientação criteriosa, pela disponibilidade e rigor pelos conhecimentos científico transmitido ao longo da elaboração deste trabalho. Sendo impossível agradecer a todas as pessoas que contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho quero manifestar o meu agradecimento e gratidão a todos os meus colegas do curso, professores e todos que contribuíram para que esse trabalho se materialize.

10 Índice Introdução Contextualização e problemática Importância do trabalho Objetivos do trabalho Objetivo geral Objetivos específicos Estrutura do trabalho Limitações do estudo Capítulo 1: Abordagem teórica e metodológica Apresentação de conceitos Fundamentação Teórica Plano Estratégico Municipal (PEM) Níveis do Plano Estratégico Municipal Planeamento Estratégico segundo Carlos Matus Planeamento Estratégico Situacional - PES Triângulo do governo Os três cintos do Governo Epistemologia do Planeamento Argumentos do planeamento Modelos e processo do Planeamento estratégico municipal Metodologia do trabalho Capítulo 2: História do planeamento em Cabo Verde Caracterização geral do país Breve história de Cabo Verde Dinâmica demográfica de Cabo Verde Caraterização económica de Cabo Verde Situação Política de Cabo Verde Divisão Administrativa do país História do sistema de planeamento /orçamento em Cabo Verde /106

11 2.3. Reforma do sistema de planeamento em Cabo Verde A nova Lei do sistema do Planeamento em Cabo Verde Os atuais instrumentos do planeamento em Cabo Verde Processo do seguimento e avaliação do planeamento Capítulo 3: Problemática e desafios do planeamento estratégico do Município da Praia Breve caracterização do município da Praia Enquadramento geral e localização geográfica Dimensão Populacional do município da Praia Caraterização económica do município da Praia Análise Swot do planeamento estratégico municipal da Praia Finalidade do planeamento da Câmara municipal da Praia Análise organizacional da Câmara da Praia Princípios gerais da organização da Câmara Municipal da Praia Principais instrumentos de Gestão da Câmara Municipal da Praia Orçamento do município da Praia Plano de atividades do município da Praia Conta gerência do município da Praia Desafios do planeamento estratégico no município da Praia Conclusão Bibliografia Apêndice /106

12 Tabelas Tabela 1 - Fases da elaboração de um plano estratégico para desenvolvimento local Tabela 2 - Análise SWOT da situação económica da Câmara Municipal da Praia (os pontos fortes e fracos) Tabela 3 - Quadro da Análise SWOT da situação econômica do município da Praia (as oportunidades e ameaças) Tabela 4 Indicador do ensino no município da Praia ano letivo 2012/ Tabela 5 - Análise SWOT do planeamento estratégico da Câmara Municipal da Praia Tabela 6 - Comparação das fases da elaboração do plano estratégico com o programa do governo /106

13 Figuras Figura 1 Níveis do planeamento estratégico Figura 2 - Fases do Processo de Planeamento Estratégico Figura 3 - Localização geográfico de Cabo Verde Figura 4 - Ilha de Santiago /106

14 Gráfico Gráfico 2 - Evolução da população de Cabo Verde de 1940 a /106

15 Introdução 1. Contextualização e problemática A busca pelo desenvolvimento local tem sido feita de forma variada por todos os municípios Cabo-Verdianos. Alguns saem à procura de mais recursos financeiros, alargando a base tributária municipal, procurando novos parceiros de desenvolvimento, aumentando a cooperação acreditando ser a solução para as dificuldades, outros ficam "pedindo" determinado investimento ao governo central julgando ser um fator que equaciona os problemas, no entanto a grande maioria vê no aumento do fundo do financiamento municipal a solução mágica de todos os seus males. Com a mudança constante dos cenários económicos inclusive o de Cabo Verde, a escassez de recursos, a seca, o fraco crescimento económico, as organizações motivadas buscam incessantemente por recursos para financiar as suas atividade. Para rentabilizar os recursos há que planear estrategicamente, definir os objetivos, meios e a forma mais eficiente e eficaz para promover o desenvolvimento de modo a proporcionar melhores condições de vida a população. O plano estratégico constitui um forte instrumento de gestão para o desenvolvimento municipal, mas para além deste, o programa do governo (PG), o orçamento municipal (OM), o plano de atividades (PA), o plano diretor municipal (PDM), os planos detalhados (PD) 15/106

16 também constituem instrumentos de gestão que, quando articulados e utilizados de forma eficiente, podem proporcionar uma melhor gestão dos recursos públicos, o que consequentemente alavancará a economia local respondendo às demandas e aos anseios dos munícipes que diariamente clamam por mais oportunidades e melhor qualidade de vida. O Planeamento estratégico é um instrumento fundamental para a administração pública municipal e o seu processo tem o intuito de definir um plano de ação de médio e longo prazo que leve em consideração acontecimentos passados e presentes como uma forma de prever o futuro dos ambientes internos e externos do município bem como planear com eficácia as ações a serem tomadas para adaptar o município ao seu ambiente ou para que este ambiente seja ajustado. Este planeamento serve como base para ações que devem ser realizadas no presente para que se atinjam os objetivos futuros. 2. Importância do trabalho O planeamento se tornou ferramenta fundamental para a Administração Pública. O planeamento estratégico serve justamente como ferramenta de gestão que dirá, aonde, quando e como chegar aos objetivos traçados, sem que ao longo da jornada se encontre surpresas, e mesmo que se as encontre, através do conhecimento e das técnicas adquiridas pelo estudo do planeamento, se possa administrar e solucionar os problemas. Por isso é cada vez mais importante o aprofundamento e o estudo dos modelos de planeamento estratégico, principalmente os modelos de planeamento municipal. Com base nessas considerações, o tema desta memória justifica-se, de entre outras, pelas seguintes razões: Pelo fato do plano estratégico ser um importante instrumento de gestão municipal; Importância e atualidade do tema: Por querer compreender a sua importância para o desenvolvimento do Município da Praia; Por querer entender os desafios da sua elaboração/implementação e assim sugerir medidas de melhoria do planeamento no referido município. 3. Perguntas de partida Quais são os atuais desafios e constrangimentos do planeamento estratégico do município da Praia? 16/106

17 Problemática e Desafios do Planeamento Como o plano estratégico, enquanto instrumento de gestão, pode contribuir para uma gestão mais eficaz e eficiente do município? 4. Objetivos do trabalho 4.1. Objetivo geral O objetivo geral desta memória é analisar os principais instrumentos da gestão da Câmara Municipal da Praia e identificar os desafios e constrangimentos do planeamento estratégico municipal Objetivos específicos Constituem-se os objetivos específicos deste trabalho, entre outros, os seguintes: 1. Examinar o programa do governo municipal 2012 a 2016; 2. Conhecer os objetivos estratégicos do município; 3. Verificar até que ponto os indicadores de desempenho são utilizados no seguimento e avaliação da política municipal; 4. Compreender os desafios e constrangimentos do planeamento estratégico da CMP e propor medidas de melhoria do planeamento estratégico municipal; 5. Estrutura do trabalho Para que o trabalho tenha uma sequência lógica, para além das partes pré-textuais e póstextuais da introdução e da conclusão, encontra-se organizado nos seguintes capítulos: O primeiro capítulo aprofunda o tema de pesquisa por meio do enquadramento teórico e metodológico, que auxilia na fundamentação do tema. Este aborda inicialmente a conceituação sobre planeamento estratégico na perspetiva de vários autores, objetivando auxiliar na compreensão do estudo de caso. O segundo capítulo incide sobre história do planeamento em Cabo Verde. Neste capítulo, procurou-se falar um pouco sobre o país, a sua localização, situação económica e a contextualização do sistema de planeamento em Cabo Verde, a fim de compreender os seus impactos ao nível dos municípios. Em termos metodológicos, o estudo deste capítulo baseou- 17/106

18 se na seleção de bibliografia de referência e de legislação existente em matéria de planeamento. O terceiro e último capítulo descreve o estudo de caso problemática e desafios do planeamento estratégico no município da Praia procurando realçar aspetos relevantes, nomeadamente, a posição geográfica e a evolução da população bem como a situação económica do município. Ainda neste capítulo fez-se a análise dos principais instrumentos de gestão e finalmente identificou-se os principais desafios e constrangimentos do planeamento estratégico do município da Praia. 6. Limitações do estudo A ideia inicial do estudo era analisar a execução dos orçamentos da Câmara Municipal da Praia do período 2012 a 2014 bem como relatórios de atividades desses anos para verificar até que ponto as ações planeadas foram devidamente executadas. No entanto, a inexistência de indicadores de resultados e calendarização para as ações previstas no programa do governo, e a não disponibilização das contas de gerência da Câmara e dos relatórios dificultaram o cumprimento deste objetivo. Para ultrapassar esta limitação optou-se por analisar-se a política orçamental dos respetivos anos se visam materializar o programa do governo municipal. 18/106

19 Capítulo 1: Abordagem teórica e metodológica 1.1. Apresentação de conceitos Para a melhor compreensão e abordagem dessa temática apresenta-se os conceitos pertinentes ao trabalho, que foram estudadas ao longo do curso da Administração Pública e Autárquica e estas mesmas irão propiciar a base teórica, para a posterior realização da prática do presente trabalho de conclusão de curso. Planear/Planeamento Planejar é definir previamente uma linha de ação a seguir para alcançar os objetivos, dentro de certos prazos e com emprego de determinados meios e recursos, ainda é para valorar constantemente si tales objetivos se alcanzan y si la acción planificada es adecuada para alcanzar la (Sanchez, 1999, p. 361). Planear é, essencialmente, interligar ações visando atender os objetivos e expectativas da organização. (Fernandes 2001, p.167). O planeamento é a função inicial no processo administrativo e, segundo Sebrae (2000), é definido como o ato de constituir as bases para desenvolver as ações necessárias em uma empresa. O planeamento oportuniza que as instituições adotem um comportamento pró-ativo 19/106

20 em relação ao futuro, contribuindo para a melhoria da produtividade, da qualidade e dos resultados financeiros. Oliveira (2007) refere que o processo do planeamento envolve um modo de pensar e um salutar modo de pensar envolve indagações e indagações envolvem questionamentos sobre o que fazer, como, quando, quanto, para quem, por que, por quem e onde. Estratégia Muitas são as definições encontradas na literatura para o tema estratégia. Diversos autores foram acrescentando aspetos enriquecendo o conceito ao longo do tempo. Portanto são apresentados alguns conceitos que mais se adaptam ao planeamento estratégico municipal. De acordo com Mintzberg e Quinn (2001), a palavra estratégia é de origem grega, strategos referia-se inicialmente, um general no comando de um exército. Posteriormente, passou a significar a arte do general, ou seja, as habilidades psicológicas e comportamentais com as quais exercia seu papel. No tempo de Péricles (450 a.c.), passou a significar habilidades gerenciais (administração, liderança, oratória, poder). Na época de Alexandre (330 a.c.), referia-se à habilidade de empregar forças para sobrepujar a oposição e criar um sistema unificado de governação global. Nesse sentido, Mintzberg e Quinn (2001), definem estratégia como o padrão ou plano que integra as principais metas, políticas e sequência de ações em uma organização em um todo coerente. Uma estratégia bem formulada ajuda a ordenar e a alocar os recursos de uma organização para uma postura singular e viável, com base em suas competências e deficiências internas relativas, mudanças no ambiente antecipadas e providências contingentes realizadas por oponentes inteligentes. Druker (1988) define estratégia como um caminho empregado pela organização para atingir os seus objetivos globais. 20/106

21 A estratégia é ainda definida por Oliveira (2005) como um caminho, maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, as metas, os desafios e os objetivos estabelecidos no melhor posicionamento da organização perante seu ambiente. A estratégia é um meio para alcançar um fim desejado, isto é um meio de alcançar dois objetivos básicos: sustentar a própria existência e melhorar vida daqueles com quem se relaciona. (Richardson e Richardson 1992, p. 26) Dentre todas as definições, percebe-se que algo se destaca entre eles, o entendimento de que a estratégia representa uma ferramenta básica nos dias atuais, e é essencial para as organizações que a utilizam para empregar seus recursos em torno dos seus objetivos. Planeamento estratégico Uma das grandes dificuldades das instituições é a conceituação da função do planeamento estratégico, em especial sua real amplitude e abrangência. No livro Planeamento Estratégico Conceitos, Metodologias e Práticas Oliveira (2004) em um de seus capítulos fala do tema em questão definindo o que é planeamento estratégico e o que não é planeamento estratégico. Segundo ele: Planeamento estratégico não é uma caixa de mágicas nem um amontoado de técnicas, quantificar não é planear; Não é previsão ele se faz necessário por não se ter a capacidade de prever; Não opera com decisões futuras. Ele opera com o que há de futuro nas decisões presentes; Ele não é uma tentativa de eliminar o risco. É fundamental que os riscos assumidos sejam os riscos certos. Portanto o planeamento estratégico é um importante instrumento de gestão para as organizações na atualidade. Constitui uma das mais importantes funções administrativas e é através dele que o gestor e sua equipe estabelece os parâmetros que vão direcionar a organização da instituição, a condução da liderança, assim como o controle das atividades (Fava e Andion 2002, p.27). 21/106

22 De acordo com Ambrósio (1999) o planeamento estratégico consiste na escolha dos objetivos maiores da organização, das estratégias a serem adotadas para se alcançarem esses objetivos e na definição das fontes de recursos. Para Rezende (2006), o planeamento estratégico que se reflete no todo de um município tende a ser da responsabilidade dos presidentes e seus assessores, no qual tomarão decisões presentes que irão produzir efeitos no futuro, efeitos estes positivos ou negativos, dependendo exclusivamente de um planeamento abrangente e uma decisão acertada. Esse ambiente de decisões tem um carácter duplo, técnico e político. Município O município é definido como pessoas, entidades territoriais coletivas, como órgão representativo (deliberativo e executivo) emanado das suas respetivas populações, dotado de autonomia administrativa, financeira, patrimonial, normativa e organizativa, e que define os interesses das suas populações (artigo 230º da CRCV). Autarquia local Segundo Marcello, (1970) Autarquia local é a pessoa coletiva de direito público constituído pelo agregado de cidadãos residentes em certa circunscrição do território nacional, cujos interesses iguais compete aos órgãos próprios dotados de autonomia dentro dos limites da lei. Autarquias locais são entes administrativos, pessoas coletivas de direito público distante do estado e delimitadas territorialmente, que tem por finalidade a prossecução de interesses das populações inseridas na área geográfica (Rocha, 2009, p11-13) 1.2. Fundamentação Teórica O Planeamento se tornou ferramenta fundamental para qualquer Administração Pública. A Administração que não se planeja é como um barco a deriva em alto mar. Não sabe para onde está indo, nem quando vai chegar, e muito menos como chegará. 22/106

23 O Planeamento Estratégico Municipal serve justamente como ferramenta que dirá, aonde, quando e como chegar, sem que lá na frente encontre surpresas, e mesmo que encontre, através do conhecimento e das técnicas adquiridas pelo estudo do planeamento, se possa administrar e solucionar os problemas Plano Estratégico Municipal (PEM) O PEM surge como uma ferramenta de gestão para afrontar a problemática urbana e possibilitar agir sobre as populações e os territórios, a desigualdade, pobreza e informalidade, as infraestruturas urbanas e de mobilidade, o espaço público, a competitividade, a gestão urbana, sustentabilidade e a nova economia da cidade. Segundo Pfeiffer (2000), o planeamento estratégico municipal é um instrumento de gerenciamento, com um único propósito de tornar o trabalho de uma cidade ou Câmara municipal mais eficiente. O enfoque estratégico no desenvolvimento local diminui as indecisões e favorece as transformações económicas, sociais e políticas nas cidades, para tratar com coerência a multiplicidade de iniciativas sobre o município, buscando um consenso entre os múltiplos atores (inclusive o governo) na seleção de um futuro desejável e fatível. Para Rezende e Castor, (2006) planeamento estratégico municipal (PEM) é um processo dinâmico e interativo para determinação dos objetivos, estratégias e ações do município. É elaborado por meio de técnicas administrativas diferentes e complementares, envolvendo de forma ativa os diversos atores sociais do espaço trabalhado. É formalizado para articular políticas, governamentais e municipais para produzir resultados no município e gerar qualidade de vida adequada aos seus munícipes. É um projeto urbano global que considera as múltiplas temáticas municipais e valoriza a forma participativa e contínua de pensar o município no presente e no futuro. Já para Lopes (1998) o PEM tem como objetivo principal a coordenação dos vários níveis e funções estratégicas de uma cidade em um projeto global, considerando a sua missão, as estratégias, o orçamento e o controle dos objetivos das ações municipais. 23/106

24 Motta (2004), por sua vez, reitera que o planeamento da cidade é uma forma de aprendizado sobre as demandas e necessidades externas e a capacidade de resposta da administração municipal para revelar expectativas e referências de valor, essenciais a um grupo de trabalho Níveis do Plano Estratégico Municipal O processo de planeamento é uma atividade de extrema relevância para as instituições públicas tendo em consideração a necessidade de adequação às realidades sociais contemporâneas. Considerando os níveis hierárquicos de uma organização estes devem partir do estratégico para o operacional, mas para a integração dos mesmos é necessário um intermediador denominado planeamento tático. Portanto para Oliveira (2007) existem três níveis de planeamento que podem ser representados da seguinte forma: Figura 1 Níveis do planeamento estratégico Fonte: Adaptado de Oliveira (2007) Planeamento Estratégico Para Bernardoni e Cruz (2010) o planeamento estratégico possibilita que todos os outros planos da organização tanto os táticos quanto os operacionais sejam ordenados de maneira integrada, envolvendo a organização como um todo e promovendo maior interação entre a organização e o seu ambiente interno e externo. 24/106

25 A definição de planeamento estratégico consiste na premissa que o planeamento estratégico tem dois propósitos: por um lado, pretende concentrar e direcionar as forças existentes dentro de uma organização, de tal maneira que todos os seus membros trabalhem na mesma direção; por outro lado, procura analisar a organização, e adaptá-la, para que seja capaz de reagir adequadamente aos desafios que tiver (Pfeiffer, 2000, p.8) O processo do planeamento estratégico, desta forma, é o mais abrangente da administração, elaborado pela alta administração, ou seja, pelo nível hierárquico mais alto, determinando o caminho a percorrer para alcançar os objetivos e metas estabelecidos e apresenta planos dinâmicos que visam à contínua adaptação à realidade. Planeamento Tático A definição de planeamento tático consiste na implementação das estratégias por meio de planos e projetos. Nesse mesmo caminho, o autor afirma que para o plano estratégico ser cumprido, é necessário que o planeamento tático possa traduzir as decisões estratégicas previamente estabelecidas em planos de fácil entendimento e execução. Portanto entende-se que o planeamento tático é o intermediário entre o planeamento estratégico e o operacional (Bernardoni e Cruz 2010, p.29). Planeamento Operacional O planeamento operacional está relacionado em o que fazer e como fazer. Segundo Bernardoni e Cruz (2010) o planeamento operacional é voltado para as áreas funcionais. Nota-se, portanto, que o planeamento operacional dispõe detalhadamente as atividades que serão executadas e a metodologia a ser utilizada para o alcance dos objetivos ora estabelecidos Planeamento Estratégico segundo Carlos Matus Carlos Matus, chileno, Ministro da Economia do Governo Allende em 1973 foi um dos principais pesquisadores do planeamento estratégico governamental que desenvolveu a proposta denominada Planeamento Estratégico Situacional, a partir de sua experiência como 25/106

26 administrador público e de consultor do Instituto Latino Americano de Planeamento Econômico e Social (ILPES / CEPAL). Matus (1993) ao analisar o planeamento tradicional, também chamado de normativo, direciona à sua crítica a seis pressupostos da elaboração do planeamento governamental: 1. O sujeito e o objeto planejado são independentes; 2. Existe apenas uma verdade para o diagnóstico; 3. O objeto planejado contém atores com comportamento previsíveis; 4. O poder não é um recurso escasso; 5. O planeamento tem por referência o desenho de um contexto previsível; 6. O plano refere-se a um conjunto de objetivos próprios e a situação final é conhecida. Para o autor, os textos tradicionais de planeamento afirmam que o planeador é um técnico a serviço de uma força social, cuja função consiste em dominar a técnica de fazer planos. Nesse contexto, o planeador, ao definir os objetivos do plano, conjetura que estes devem ser cumpridos exatamente como foram desenhados a priori, isto é, as metas estabelecidas pressupõem um fim em si mesmo, não considerando as possibilidades de um futuro diferente do previsto pelo plano. Portanto, ao estudar e criticar os resultados do planeamento tradicional na América Latina, Matus propõe também seis pressupostos para o planeamento estratégico, a saber: 1. O ator que planeia não tem assegurado sua capacidade de controlar a realidade, porque isso dependerá da ação de outros atores; 2. Existe mais de uma explicação para a realidade, em função dos vários atores; 3. Vários atores sociais enfrentam-se, com objetivos conflituantes; 4. O poder é escasso e o planeamento deve sistematizar o cálculo político e centrar sua atenção na conjuntura; 5. A incerteza é predominante; 6. O governante lida com problemas no tempo, e com solução aberta à criação e ao conflito. Na ótica de Mattus (1993) planear é tentar submeter o curso dos acontecimentos à vontade humana, não deixar que nos levem e devemos tratar de ser condutores de nosso próprio futuro, trata-se de uma reflexão pela qual o administrador público não pode planejar 26/106

27 isoladamente, esta se referindo a um processo social, no qual realiza um ato de reflexão, que deve ser coletivo, ou seja, planeja quem deve atuar como indutor do projeto Assim, merecem destaque os seguintes pontos: Deve existir uma ação deliberada para construir o futuro ou influir sobre o futuro; O planeamento e seu sucesso não é um ato solitário, mas envolve o comprometimento do conjunto de agentes que atuam na condução do processo; O planeamento não é algo estático, ele se transforma em virtude dos fatos; O planeamento estratégico permite o equilíbrio de uma organização e propicia definir a sua trajetória a longo prazo. No planeamento não se pode recusar a ideia que existem conflitos, que se contrapõem ao desejo de mudança, esta oposição é realizada por outros indivíduos com diferentes visões e opiniões, que podem aceitar a proposta de futuro no todo ou em parte, ou simplesmente recusar esta possibilidade (Mattus, 1993, p. 14). Em sua essência, o planeamento está associado a mudanças e conflitos de interesse entre os agentes internos e externos à administração pública. O processo de planeamento envolve a definição de prioridades que podem provocar tanto a adesão quanto a oposição sistemática de um ou vários atores. Em outras palavras planejar implica a identificação dos agentes interessados, além da definição de mecanismos de articulação dos mesmos, visando à consecução de objetivos e a estratégia (forma) de alcançá-las (Matus, 1993, p. 14) Planeamento Estratégico Situacional - PES O início da gestão pública se caracteriza por um período de grande expectativa, onde o governante apresenta a sua proposta de governo. Não se pode esquecer que a euforia inicial da conquista alcançada pelos votos pode transformar-se em desilusão, na medida em que o período de gestão transcorre com celeridade, sem que o gestor consiga transformar os votos obtidos em resultados efetivos. Daí surge a importância do plano e do processo de planeamento. O governante precisa estabelecer um plano para criar foco e direcionamento. 27/106

28 O plano se constitui em um elo entre a política e a gestão, na medida em que explicita objetivos, recursos, competências e, de modo particular os agentes e os mecanismos de articulação entre eles e as políticas propostas pelo plano. É essa a ideia básica do Planeamento Estratégico Situacional PES, pois o plano é um instrumento teórico com metodologia prática, que busca tratar dos problemas de transformação social e deve ser aplicada de forma sistemática e com rigor no acompanhamento das ações pré-definidas, além de considerar os agentes que atuam por vezes em cooperação ou em conflito (Mattus, 1996, p. 12) Triângulo do governo Segundo Mattus (1996) governar exige que, constantemente se articulem projeto de governo, capacidade de governo e governabilidade do sistema, os três variáveis independente. O projeto de governo se refere ao conteúdo da proposta, objetivos e meios, isto é, ações que o governo propõe alcançar não depende apenas do seu conteúdo, mas também das circunstâncias e da capacidade do governo. Para Mattus (1996) a governabilidade do sistema é o controlo do governo sobre as variáveis que atuam no seu projeto, sendo certo que quanto maior o número de variáveis decisivas que um ator controla, maior é sua liberdade de ação e maior é, para ele, a governabilidade do sistema e quanto menor for o número de variáveis que o ator controla, menos é a sua liberdade de ação e menor é a governabilidade do sistema. A capacidade de governo surge como perícia para dirigir e fazer cumprir os objetivos propostos, onde se destaca o conhecimento das técnicas de planeamento, e na capacidade de direção, gestão e de controlo. No triângulo de governo, separa-se, de um lado, variáveis diferentes e, de outro, variáveis que se inter-relacionam para se compreender a complexidade do processo de governo como uma unidade comum às três variáveis: a diferenciação que leva ao reconhecimento de sistemas de natureza diferente, designadamente, o sistema propositivo de ações (projeto de governo), o 28/106

29 sistema social (governabilidade do sistema) e o sistema de direção e planeamento (capacidade de governo), a interação e o mútuo conhecimento, mostrando o que há de comum aos três sistemas - ação humana e o projeto de governo como propostas de ação a governabilidade do sistema referindo-se às possibilidades de ação e a capacidade de governo, definida como a capacidade para gerar e comandar ações (Mattus, 1996, p. 22). Matus (1996) numa crítica alusiva ao livro-plano propõe uma estrutura modular problemas operações, como forma de tornar o plano mais prático e operacional. Num cenário de conflitos e incerteza próprio no planeamento estratégico situacional, o homem lida com problemas mal estruturados, por isso, deve em vez de livro Plano, procurar uma estrutura modular, problemas operações. Se adotamos o modo de pensar de um homem em ação, constatamos que ele não trabalha por setor, nem com políticas e programas sectoriais. Tampouco se alimenta diretamente de investigações, mas de propostas executivas que processam as investigações. O político trabalha com problemas e operações. Um modo de conseguir que um plano seja prático, operacional e facilmente adaptável às circunstâncias consiste em estruturá-los por problemas (oportunidades) e operações. O conceito de operação, segundo o autor, oferece muitas vantagens, é um módulo agregável e desagregável que sintetiza em forma prática os diversos tipos de ação que um ator se propõe a realizar. Esses módulos podem exigir em separados os de poder, económicos e organizacionais ou combinações desses recursos mencionados considerando que, as operações exigem recursos económicos, esses podem compreender gastos correntes, investimentos ou ambos. Assim, com o conceito de operação recupera-se a unidade indivisível da ação planeada e, ao mesmo tempo, transforma-se o plano em estrutura organizacional para a ação, na qual cada operação tem um propósito e um responsável (Mattus, 1996, p. 29). A estrutura modular do plano estratégico é também resposta adequada às necessidades de articular o Plano e o Orçamento por Programas. Pelos métodos tradicionais é impossível articular o Plano e o Orçamento porque não pode haver correspondência precisa entre parágrafos de um livro e módulos de distribuição de recursos. Em troca, o Plano é uma estrutura modular equivalente à estrutura modular do Orçamento, o problema encontra uma 29/106

30 solução óbvia. O sistema Planeamento - Programação Orçamentação Controlo, segundo Mattus (1996) só é possível na abordagem do Planeamento Estratégico, com a introdução da estrutura modular. A crítica ao planeamento tradicional seria o pano de fundo para a elaboração do planeamento estratégico situacional, sendo por isso apresentado como um modelo pautado na democracia e na descentralização, no qual o plano é fruto de criação coletiva, e a partir dessa caracterização e surge perante a crise do chamado planeamento tradicional. O planeamento estratégico situacional foca os problemas que as populações e as organizações enfrentam e, estes devem ser o afazer da prática política onde o Planeamento Estratégico Situacional adquire o sentido prático em relação a eles. Para Mattus (1996), o PES pode, portanto, ser entendido como o modo de processar tenopoliticamente os problemas. De acordo com Mattus (1996) o processo de Planeamento Estratégico Situacional apresenta quatro momentos focados no problema: Momento explicativo, no qual se identificam e selecionam problemas, descrevendo-os e analisando suas causas, e são identificados os nôs críticos causais, que devem ser enfrentados para que se atinjam as metas; Momento normativo - prescritivo, no qual são formulados planos de ação, prevendo diversas circunstâncias fora do controlo do governante, elaborando cenários para levar em conta essa incerteza e identificando possíveis surpresas que deverão ser respondidas por meios de plano de emergência, onde se esclarece a factibilidade técnica e económica das metas do plano nos diferentes cenários considerados; Momento estratégico que identifica os atores interessados, positiva ou negativamente, no problema, que explora a viabilidade política do plano e propõe estratégias para superar as restrições políticas por meio de um processo de construção da viabilidade; Momento tático-operacional que, no dia-a-dia, filtra, processa e pressiona para a execução do plano, em uma batalha constante contra todos os casos de urgência, de rotina e a imprevisão. 30/106

31 Segundo Mattus (1996), é no momento tático operacional que se estabelece, ou se trava, a mediação entre o conhecimento produzido pelo plano e a ação que transforma a realidade, a cada dia. Nesse momento, é que se estabelece os pré-requisitos da organização exigida, pelo predomínio do plano sobre a imprevisão. Mattus (1996) entende que tudo começa com a seleção de problemas, tarefa que se torna mais fácil e mais rigorosa quando se dispõe de uma grande estratégia. A definição do problema deve ser formulada de forma descentralizada consoante nível e focada nos problemas operações, no nível respetivo, cabendo a nível central fazer a seleção problemas que por sua complexidade e envergadura exigem a participação de várias organizações. Reconhece-se a dificuldade em identificar corretamente os problemas, sem o qual não é possível estudar as causas e definir operações para enfrentá-los Os três cintos do Governo Sendo um método de planeamento governamental, Mattus (1987), recorre a atuação ou a gestão do Governo e apresenta os três cintos. O método PES qualifica a gestão do governo segundo os resultados e as condições fora do controle do ator (variantes), nas quais os resultados são alcançados. O ator escolhe seu plano, mas não pode escolher as circunstancias favoráveis ou desfavoráveis que motivam o plano e nas quais deve ser realizado. O plano corresponde não somente à vontade e à ideologia do governante, mas também às circunstâncias nas quais ele o formula (Mattus, 1996, p.30) Mattus (1987) considera o governar um problema muito complexo que exige por isso, um método adequado de planeamento, não o método tradicional (normativo) que ele considera como um método ingénuo. O autor questiona se há método para potenciar a arte de governar para depois argumentar o método do planeamento estratégico situacional. Mattus (1987) recorre aos três cintos do governo ou três balanços para explicar, adequar os problemas e recursos (político, económico), para solucionar os problemas e os resultados. O Balanço de Gestão Política sintetiza os resultados positivos e negativos alcançados no âmbito específico que responde ou não às demandas políticas dos atores sociais e da 31/106

32 população em geral. O critério central de gestão desse balanço visa a maximização dos benefícios políticos ponderados pelos diversos atores e grupos sociais durante o período de governação. Enquadra aqui as ações do governante, com recurso ao poder político como qualidade da democracia, o respeito das liberdades e garantias dos cidadãos, a descentralização, tendo como recurso crítico o poder político (Mattus, 1987, p.33). O Balanço Macroeconómico regista, em seus benefícios e custos, as consequências políticas da gestão macroeconómico e os resultados económicos alcançados nas condições políticas vigentes, dentre os quais se destacam o crescimento económico, o emprego, o equilíbrio do comércio externo e a taxa de inflação etc. O critério central para a gestão desse balanço é a eficácia macroeconómica no período do governo e o recurso crítico escasso neste caso, são os meios económicos. O Balanço de Intercâmbio de Problemas Específicos, por sua vez, refere-se ao saldo de efeitos políticos positivo ou negativo, gerado pelo enfrentamento dos problemas específicos valorizados pela população. Os recursos críticos escassos desse balanço incluem o poder político, os recursos económicos e, principalmente, as capacidades gerenciais. Esses balanços devem ser analisados e avaliados constantemente, tendo por base, dois critérios fortemente inter-relacionados: a eficácia formal ou técnica para responder e enfrentar os problemas e a eficácia material ou política. A gestão desses balanços exige a resolução do problema no tempo oportuno, tendo presente a eficácia técnica e a eficácia política durante o período de governo, que pode gerar contradições intensas e comuns. A ineficácia política conduz, a longo prazo, à ineficácia técnica, e vice-versa Epistemologia do Planeamento Segundo Mattus (1993) o pressuposto básico do planeamento estratégico situacional é explicado pela posição do sujeito e do objeto planeado. No modelo tradicional o sujeito único que planeia e está fora, ou acima da realidade (objeto planeado) e controla a ação do objeto planeado e reduz outros atores a simples agentes económicos que apenas reagem a seu ato de planear e sendo sujeito único que controla o sistema o diagnóstico é um instrumento para a busca da verdade objetiva. Tendo o controlo do sistema a previsão confunde com a 32/106

33 predição sendo por isso conhecer as leis de funcionamento do sistema, onde a realidade complexa é reduzido a um objeto social, sendo por isso seu comportamento apenas social. Mattus (1993) apresenta em contrapartida seis postulados do planeamento estratégico situacional seguintes: Postulado 1 o sujeito que planeia está incluído no objeto planeado. Por sua vez, o objeto planeado inclui outros sujeitos que também planeiam. Neste contexto, o sujeito se confunde com o objeto planeado e daí o ator não tem o controlo da realidade planeada, pois, são vários atores no sistema e não são independentes; Postulado 2 como são vários atores que coexistem na realidade com diferentes capacidade de planeamento, há várias explicações da realidade e todas estão condicionadas pela inserção particular de cada ator na mesma realidade; Postulado 3 para compreender a realidade e tornar-se capaz de prever sua evolução, já não é suficiente nem possível reduzir as ações humanas a comportamentos predizíeis ; havendo vários atores podem coexistir no sistemas adversários e/ou aliados e, nesta situação as ações não são apenas comportamentais e é necessário o cálculo interativo ou juízo estratégico, típico da interação entre atores sociais; Postulado 4 se o ator que planeia compartilha a realidade com outros atores que também planeiam, então, necessariamente, o plano deve abranger o problema de vencer ou minar a resistência dos outros aos planos que não sejam seus. O planeamento, portanto, não deve ser confundido com a definição normativa do deve ser, mas englobar o pode ser ; Postulado 5 se o planeamento de um ator realizar-se em um meio ativamente resistente e em conflito com os outros atores, o normativo será apenas um momento do estratégico e do operacional e, em consequência, tudo estará empregado na forte incerteza mal definida; Postulado 6 o plano não é monopólio do Estado. Qualquer força social luta por objetivos próprios e está capacitada a fazer um cálculo que precede e preside a ação. Daí que existem vários planos em competição ou em conflito, e sendo o final aberto. O planeamento estratégico, contrariamente do planeamento normativo está mais próximo da realidade onde se lida com situações no dia-a-dia que devem ser planeadas. É o planeamento como cálculo que precede e preside a ação. Realça portanto, o planeamento na situação, onde coexistem vários 33/106

34 atores que também planeiam, contrariamente à abordagem do planeamento normativo onde o Governo tem o monopólio do Plano. O planeamento é o principal componente da capacidade de governo e critica a abordagem do planeamento normativo onde impera o conceito do Estado monopolista do sistema de planeamento, Estado este como sujeito que controla o objeto planeado, quando na prática há vários atores que planeiam num contexto onde o sujeito se confunde com o objeto planeado. No modelo em que existe, um único ator que planeia é aparentemente mais governável. Este modelo tem as seguintes características na ótica de Mattus (1996): i) Um ator planeia e dirige, os demais são simples agentes económicos com reações previsíveis; ii) As ações dos agentes económicos são previsíveis e enumeráveis respondem a uma teoria do comportamento social que segue as leis; iii) O sistema gera incertezas, mas a incerteza refere-se exclusivamente à possibilidade de que ocorram ações previsíveis e a seus resultados não existe o não enumerável e o inimaginável; iv) O ator que planeia e dirige não controla algumas variáveis, mas as variáveis não controladas não têm condução criativa inteligente porque não respondem a outros atores que também fazem planos. Ninguém portanto detém o monopólio do planeamento portanto este é o primeiro princípio do planeamento moderno. Pelo facto de existirem vários sujeitos que planeiam em igualdade de circunstâncias, onde o Estado não é o único sujeito e no objeto planeado coexistirem vários atores num ambiente de conflito, neste sistema gera incertezas e nem tudo é previsível. Ao reconhecermos a existência de vários atores é também questionável o diagnóstico único da realidade e de um cálculo Argumentos do planeamento De acordo com Mattus (1993) os principais argumentos que sustentam o Planeamento Estratégico e Situacional podem ser assim resumidos: 34/106

35 Problemática e Desafios do Planeamento Mediação entre o Presente e o Futuro: todas as decisões que se toma hoje têm múltiplos efeitos sobre o futuro porque dependem não só da avaliação sobre fatos presentes, mas da evolução futura de processos que não se controla, fatos que ainda não se conhece. Portanto os critérios que se utiliza para decidir as ações na atualidade serão mais ou menos eficazes se antecipadamente puder analisar sua eficácia futura, para nós mesmos e para os outros. As seguintes perguntas dizem respeito ao necessário exercício de simulação e previsão sobre o futuro, quando devemos adotar múltiplos critérios de avaliação e decisão. Que tipo de efeitos futuros determinada política pública resultará? Estes impactos futuros aumentarão ou diminuirão a eficácia do nosso projeto de governo? É necessário prever possibilidades quando a predição é impossível: na produção de fatos sociais, que envolvem múltiplos atores criativos que também planejam, a capacidade de previsão situacional e suas técnicas devem substituir a previsão determinística, normativa e tradicional que observa o futuro como mera consequência do passado. Decorre desta perceção a necessidade de elaborar estratégias e desenhar operações para cenários alternativos e surpresas, muitas vezes, não imagináveis. Capacidade para lidar com surpresas: o futuro é incerto e nebuloso, não existe a hipótese de governabilidade absoluta sobre sistemas sociais, mesmo próximo desta condição há sempre um componente imponderável no planeamento. Deve-se então, através de técnicas de governo apropriadas, preparar-nos para enfrentar surpresas com planos de contingência, com rapidez e eficácia, desenvolvendo habilidades institucionais capazes de diminuir a vulnerabilidade do plano. Mediação entre o passado e o futuro: o processo de planeamento estratégico se alimenta da experiência prática e do aprendizado institucional relacionados aos erros cometidos. Portanto será preciso desenvolver meios de gestão capazes de aprender com os erros do passado e colocar este conhecimento a serviço do planeamento. Mediação entre o conhecimento e a ação: o processo de planeamento pode ser comparado a um grande cálculo que não só deve preceder a ação, mas presidi-la. Este cálculo não é óbvio ou simples, é influenciado e dependente das múltiplas explicações e perspetivas 35/106

36 sobre a realidade, só acontece, em última instância, quando surge a síntese entre a apropriação do saber técnico acumulado e da expertise política. É um cálculo tecnopolítico, pois nem sempre a decisão puramente técnica é mais racional que a política, e vice-versa. O cálculo estratégico dissociado da ação será completamente supérfluo e formal, por sua vez, se a ação não for precedida e presidida pelo cálculo estratégico então a organização permanecerá submetida à improvisação e ao ritmo da conjuntura. O enfoque proposto de planeamento, portanto, não é um rito burocrático ou um conhecimento que possa ser revelado a alguns e não a outros, mas uma capacidade pessoal e institucional de governar. O processo de planeamento não substitui a perícia dos dirigentes, nem o carisma da liderança, ao contrário, aumenta sua eficácia porque coloca estes aspetos a serviço de um projeto político coletivo Modelos e processo do Planeamento estratégico municipal Para entender melhor o modelo e processo do planeamento estratégico municipal, fez-se análise dos modelos e processos na perspetiva de alguns autores Modelo segundo Luís Miguel Rojas Moran Segundo Moran (2006) o processo de planeamento não se encerra com a elaboração do documento do plano. O planeamento terá seu ciclo completo quando for constituído das seguintes etapas: 1ª Etapa - Formulação, a fase que se faz a coleta de dados para a sua análise, tendo os seguintes passos: Visão de desenvolvimento, entendida como uma representação ou imagem do que o local pode tornar no futuro; Diagnóstico, que é a análise dos problemas e potencialidades mais importantes, relacionados a temas económicos, sociais, culturais e ambientais, que permitirão construir uma proposta de desenvolvimento económico e social; 36/106

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS CURSO PÓS-GRADUAP GRADUAÇÃO EM GESTÃO SOCIAL DE POLÍTICAS PÚBLICASP DISCIPLINA: Monitoramento, informação e avaliação de políticas sociais INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS Janice

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO 9000. As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2000 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário Gestão da Qualidade 2005 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO

PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO Esse é o ponta-pé inicial da sua campanha. Se você não tem um problema, não tem porque fazer uma campanha. Se você tem um problema mas não quer muda-lo, também não tem porque

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos

Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Criatividade e Inovação Organizacional: A liderança de equipas na resolução de problemas complexos Dizer que o grande segredo do sucesso das empresas, especialmente em tempos conturbados, é a sua adaptabilidade

Leia mais

INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS. A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de

INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS. A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de INTELIGÊNCIA E PROSPECTIVA ESTRATÉGICAS Raul Sturari (*) A moderna administração está repleta de ferramentas, técnicas e métodos de apoio à Gestão Estratégica, cujo sucesso condiciona a sobrevivência e

Leia mais

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Capítulo 2 Conceitos de Gestão de Pessoas - Conceitos de Gestão de Pessoas e seus objetivos Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos sobre a Gestão

Leia mais

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Conhecimento em Tecnologia da Informação Estratégia de TI Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio 2011 Bridge Consulting Apresentação

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o email: nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o email: nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E CULTURA ORIENTAÇÕES GERAIS PARA SUBMISSÃO DE PROJETOS DE EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA Neste ano o processo seletivo será realizado por meio de um sistema

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br

CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS. Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br CAPTAÇÃO DE RECURSOS ATRAVÉS DE PROJETOS SOCIAIS Luis Stephanou Fundação Luterana de Diaconia fld@fld.com.br Apresentação preparada para: I Congresso de Captação de Recursos e Sustentabilidade. Promovido

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

Por que Projetos Sociais?

Por que Projetos Sociais? PROJETOS SOCIAIS Por que Projetos Sociais? Projetos são resultado de uma nova relação entre Estado e Sociedade Civil; Mudanças no que se relaciona à implantação de políticas sociais; Projetos se constroem

Leia mais

O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o

O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o futuro da empresa. O que pode fazer pela minha empresa? Avaliar

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Como organizar um processo de planejamento estratégico

Como organizar um processo de planejamento estratégico Como organizar um processo de planejamento estratégico Introdução Planejamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações que permitem às empresas modificar, melhorar ou fortalecer a sua

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. Guia de orientações para a elaboração do Plano

Leia mais

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de projetos. cynaracarvalho@yahoo.com.br Gerenciamento de projetos cynaracarvalho@yahoo.com.br Projeto 3URMHWR é um empreendimento não repetitivo, caracterizado por uma seqüência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim, que se destina

Leia mais

Estratégias em Tecnologia da Informação. Estratégias e Mudanças

Estratégias em Tecnologia da Informação. Estratégias e Mudanças Estratégias em Tecnologia da Informação Capítulo 3 Estratégias e Mudanças Material de apoio 2 Esclarecimentos Esse material é de apoio para as aulas da disciplina e não substitui a leitura da bibliografia

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 5 CONCEITOS DO PLANEJAMENTO OPERACIONAL Índice 1. Conceitos do planejamento...3 1.1. Planejamento... 5 1.2. Conceituação de planejamento... 5 1.3.

Leia mais

Planejamento e Gestão Estratégica

Planejamento e Gestão Estratégica Planejamento e Gestão Estratégica O Governo de Minas estabeleceu como um dos eixos norteadores da suas políticas públicas a eficiência na utilização dos recursos e a oferta de serviços com qualidade cada

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Professor Djair Picchiai Campus São Paulo Março 2010 AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS Todo diretor, gerente, chefe e encarregado exercem estas sete funções administrativas, a saber:

Leia mais

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período:

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período: Encontro 30 Disciplina: Planejamento Estratégico de Marketing Unidade V: O Plano de Marketing Prof.: Mario Filho E-mail: pro@mariofilho.com.br Período: 4º. ADM Planejamento é tudo... Link: http://www.youtube.com/watch?v=dwt9ufbxluk

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar

Leia mais

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração

SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006. Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração Coleção Risk Tecnologia SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO PAS 99:2006 Especificação de requisitos comuns de sistemas de gestão como estrutura para a integração RESUMO/VISÃO GERAL (visando à fusão ISO 31000

Leia mais

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004

RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 RELATÓRIO DAS ATIVIDADES 2004 1. Palestras informativas O que é ser voluntário Objetivo: O voluntariado hoje, mais do que nunca, pressupõe responsabilidade e comprometimento e para que se alcancem os resultados

Leia mais

Missão, Visão e Valores

Missão, Visão e Valores , Visão e Valores Disciplina: Planejamento Estratégico Página: 1 Aula: 12 Introdução Página: 2 A primeira etapa no Planejamento Estratégico é estabelecer missão, visão e valores para a Organização; As

Leia mais

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000)

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000) de Marketing e Estratégias de Marketing Parte 01 OPORTUNIDADES E AMEAÇAS DO AMBIENTE EXTERNO Marcoambiente Ambiente setorial Estratégia Administração Estratégica Estratégico Organização / Direção Estratégia

Leia mais

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação.

ISO 9001. As três primeiras seções fornecem informações gerais sobre a norma, enquanto as cinco últimas centram-se na sua implementação. ISO 9001 A ISO 9001 é um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) standard que exige que uma dada organização satisfaça as suas próprias exigências e as dos seus clientes e reguladores. Baseia-se numa metodologia

Leia mais

FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA. drivanmelo@yahoo.com.br

FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA. drivanmelo@yahoo.com.br FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA drivanmelo@yahoo.com.br ADMINISTRAÇÃO AD Prefixo latino = Junto de AD MINISTRAÇÃO MINISTER Radical = Obediência, Subordinação Significa aquele que realiza uma função

Leia mais

Gestão de Programas Estruturadores

Gestão de Programas Estruturadores Gestão de Programas Estruturadores Fevereiro/2014 DEFINIÇÕES Rede de Desenvolvimento Integrado Arranjos que estimulam e proporcionam um comportamento (em rede) cooperativo entre agentes governamentais

Leia mais

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte

GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA. Profª. Danielle Valente Duarte GESTÃO EMPRESARIAL FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESTRATÉGICA Profª. Danielle Valente Duarte 2014 Abrange três componentes interdependentes: a visão sistêmica; o pensamento estratégico e o planejamento. Visão Sistêmica

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

Planejamento Estratégico. Planejamento Estratégico. Slides 01 Introdução Planejamento Estratégico. Leituras recomendadas

Planejamento Estratégico. Planejamento Estratégico. Slides 01 Introdução Planejamento Estratégico. Leituras recomendadas Slides 01 Introdução Apresentação Professor e alunos. Contextualização Quais os objetivos da disciplina: Apresentar ao discente, com um nível de detalhamento que lhe proporcione uma visão mais explícita,

Leia mais

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO

PESQUISA-AÇÃO DICIONÁRIO PESQUISA-AÇÃO Forma de pesquisa interativa que visa compreender as causas de uma situação e produzir mudanças. O foco está em resolver algum problema encontrado por indivíduos ou por grupos, sejam eles

Leia mais

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS

PLANOS DE CONTINGÊNCIAS PLANOS DE CONTINGÊNCIAS ARAÚJO GOMES Capitão SC PMSC ARAÚJO GOMES defesacivilgomes@yahoo.com.br PLANO DE CONTINGÊNCIA O planejamento para emergências é complexo por suas características intrínsecas. Como

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

MMX - Controladas e Coligadas

MMX - Controladas e Coligadas POLITICA CORPORATIVA PC. 1.16.01 Política de Meio Ambiente Emissão: 02/10/06 1 Objetivo: Estabelecer diretrizes visando proteger os recursos naturais e o meio ambiente em todas das unidades operacionais.

Leia mais

Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I

Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I Gestão Colegiada Os aspectos que definem o grau de responsabilidade de uma instituição são: 1 - A conformação da agenda do gestor: isso significa que um

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ INTRODUÇÃO Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas

Leia mais

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS

O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS 1 O COORDENADOR PEDAGÓGICO E AS REUNIÕES PEDAGÓGICAS POSSIBILIDADES E CAMINHOS AMANDA GONCALVES DOS SANTOS INTRODUÇÃO A idéia que muitos têm do coordenador pedagógico é aquela ainda imbricada em valores

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência

Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial. Sistema de Gestão Estratégica. Documento de Referência Ministério do Desenvolvimento Agrário Secretaria de Desenvolvimento Territorial Sistema de Gestão Estratégica Brasília - 2010 SUMÁRIO I. APRESENTAÇÃO 3 II. OBJETIVOS DO SGE 4 III. MARCO DO SGE 4 IV. ATORES

Leia mais

Visão estratégica para compras

Visão estratégica para compras Visão estratégica para compras FogStock?Thinkstock 40 KPMG Business Magazine Mudanças de cenário exigem reposicionamento do setor de suprimentos O perfil do departamento de suprimentos das empresas não

Leia mais

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx

O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade. Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx O Marketing Educacional aplicado às Instituições de Ensino Superior como ferramenta de competitividade Xxxxxx Xxxx Xxxxxxx Xxxxxxx Xxxxxxxxxxx Araçatuba SP 2012 O Marketing Educacional aplicado às Instituições

Leia mais

Gerenciamento de Riscos em Projetos. Msc. Fernando Simon AFS SOLUTIONS

Gerenciamento de Riscos em Projetos. Msc. Fernando Simon AFS SOLUTIONS Gerenciamento de Riscos em Projetos Apresentação Fernando Simon fsimonbr@gmail.com.br Sócio proprietário da AFS Solutions www.afssolutions.com.br Consultor em Gerenciamento de Riscos em Projetos Docente

Leia mais

Gerência de Projetos

Gerência de Projetos Gerência de Projetos Escopo Custo Qualidade Tempo CONCEITO PROJETOS: são empreendimentos com objetivo específico e ciclo de vida definido Precedem produtos, serviços e processos. São utilizados as funções

Leia mais

Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação. 1.º Ano / 1.º Semestre

Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação. 1.º Ano / 1.º Semestre Sinopse das Unidades Curriculares Mestrado em Marketing e Comunicação 1.º Ano / 1.º Semestre Marketing Estratégico Formar um quadro conceptual abrangente no domínio do marketing. Compreender o conceito

Leia mais

3. Estratégia e Planejamento

3. Estratégia e Planejamento 3. Estratégia e Planejamento Conteúdo 1. Conceito de Estratégia 2. Vantagem Competitiva 3 Estratégias Competitivas 4. Planejamento 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Administração de Pequenas Empresas

Leia mais

Liderança Estratégica

Liderança Estratégica Liderança Estratégica A título de preparação individual e antecipada para a palestra sobre o tema de Liderança Estratégica, sugere-se a leitura dos textos indicados a seguir. O PAPEL DE COACHING NA AUTO-RENOVAÇÃO

Leia mais

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004) por Mónica Montenegro, Coordenadora da área de Recursos Humanos do MBA em Hotelaria e

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação...02. Capitulo II

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação...02. Capitulo II Índice Sistemático Capitulo I Da apresentação...02 Capitulo II Dos objetivos da proposta pedagógica...02 Capitulo III Dos fundamentos da proposta pedagógica...02 Capitulo IV Da sinopse histórica...03 Capitulo

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

O executivo ou especialista na área de marketing deve identificar três níveis de sistemas:

O executivo ou especialista na área de marketing deve identificar três níveis de sistemas: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EAD MÓDULO IV A EMPRESA COMO SISTEMA Para o estudioso na área de marketing trabalhar melhor o planejamento nas organizações, ele precisa conhecer a empresa na sua totalidade e

Leia mais

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: a escolha do tema. Delimitação, justificativa e reflexões a cerca do tema.

Leia mais

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS

G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS G P - AMPLITUDE DE CONTROLE E NÍVEIS HIERÁRQUICOS Amplitude de Controle Conceito Também denominada amplitude administrativa ou ainda amplitude de supervisão, refere-se ao número de subordinados que um

Leia mais

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso

Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Como elaborar um Plano de Negócios de Sucesso Pedro João 28 de Abril 2011 Fundação António Cupertino de Miranda Introdução ao Plano de Negócios Modelo de Negócio Análise Financeira Estrutura do Plano de

Leia mais

Programa de Capacitação

Programa de Capacitação Programa de Capacitação 1. Introdução As transformações dos processos de trabalho e a rapidez com que surgem novos conhecimentos e informações têm exigido uma capacitação permanente e continuada para propiciar

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

O Trabalho escrito atenderá ao disposto no Manual de Normatização de Projetos Finais da ESAMC.

O Trabalho escrito atenderá ao disposto no Manual de Normatização de Projetos Finais da ESAMC. Plano de Ensino CURSO: MBA Regular - Negócios Internacionais DISCIPLINA: Plano de Internacionalização Banca Final Última revisão: Abril/2015 Horas-aula: Orientação do projeto: 30 Desenvolvimento do projeto:

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

MARKETING ESTRATÉGICO

MARKETING ESTRATÉGICO MARKETING ESTRATÉGICO O conceito de marketing é uma abordagem do negócio. HOOLEY; SAUNDERS, 1996 Esta afirmação lembra que todos na organização devem se ocupar do marketing. O conceito de marketing não

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA. Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico

ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA. Proposta de planos anuais. 1.º Ciclo do Ensino Básico ACTIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR ANO LECTIVO 2011 / 2012 TIC@CIDADANIA Proposta de planos anuais 1.º Ciclo do Ensino Básico Introdução O objetivo principal deste projeto é promover e estimular

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT Proposta do CDG-SUS Desenvolver pessoas e suas práticas de gestão e do cuidado em saúde. Perspectiva da ética e da integralidade

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1 OS CANAIS DE PARTICIPAÇÃO NA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO ENSINO PÚBLICO PÓS LDB 9394/96: COLEGIADO ESCOLAR E PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Leordina Ferreira Tristão Pedagogia UFU littledinap@yahoo.com.br Co

Leia mais

Administração de Pessoas

Administração de Pessoas Administração de Pessoas MÓDULO 5: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 5.1 Conceito de ARH Sem as pessoas e sem as organizações não haveria ARH (Administração de Recursos Humanos). A administração de pessoas

Leia mais

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Empreendedorismo Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Conteúdo 1. Objetivos do Encontro... 3 2. Introdução... 3 3. Planejar. Por quê?... 3 4. O Plano é produto do empreendedor... 4 5. Estrutura do Plano

Leia mais