Receptores da membrana celular

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Receptores da membrana celular"

Transcrição

1 Receptores da membrana celular Os receptores de membrana exercem sua função no interior ou no exterior da célula. Estes receptores podem ser ou ativar canais, podem estar acoplados a uma proteína G, exercer atividade catalítica ou alterar a função genética. Canais iônicos com controle de ligantes (Ionotrópicos) Canais iônicos são proteínas de transporte de íons, quando controlados por ligantes, abrem-se apenas na presença da molécula ativadora para a passagem de ânions ou cátions. A maioria deles possuem 5 subunidades com sítio de ligação das moléculas de sinalização na parte externa do receptor. Podemos citar como exemplo de receptores inotrópicos o receptor nicotínico de Acetilcolina, receptor GABA, receptor de Glutamato, Glicina entre outros (RANG. et al, 2012) Vejamos o quadro explorando a função de alguns receptores ligados a canais: Alguns canais controlados por ligantes Canal Ligante Tipo de efeito Receptor Nicotínico Acetilcolina Excitatório, influxo de Na+ e K+ para o meio intracelular. Receptor AMPA Glutamato Excitatório, influxo de Na+

2 Receptor GABAA Ácido γ- aminobutírico Inibitório, permite influxo de Cl - para o meio intracelular. Fonte: Elaborado pelo autor. Baseado em: KOEPPEN; STANTON, 2009: SILVERTHORN,2010 : VENTURA, 2010) Receptores nucleares Os receptores nucleares se encontram no meio intracelular, e quando ativados alteram a atividade genética da célula. Eles podem estar no citoplasma e quando acoplado a um ligante moverem se ao núcleo, formando a primeira família que engloba receptores de hormônios esteroides (KOEPPEN; STANTON, 2009). Podem se localizar no núcleo em associação com o receptor retinoide e possuir como ligantes lipídios muitas vezes presentes no interior da célula formando a segunda família de receptores; ou ligarem- se ao receptor retinoide mas se relacionar com moléculas endócrinas como triiodotironina e vitamina D e compor uma sub família do grupo 2 de receptores (RANG. et al,2012) Receptores catalíticos Os receptores catalíticos possuem ou ligam se a enzimas de atividades catalíticas citamos o receptor guanilil ciclase, receptor tirosinocinase; associados a tirosinocinase; e receptor treonina/serina cinases. No quadro abaixo poderemos encontrar a relação de cada receptor com moléculas orgânicas (KOEPPEN; STANTON, 2009). 2

3 Receptores catalíticos Receptor Ligante Correlações ligante - receptor Guanilil (GMPc) Treonina/ cinases Ciclase serina Peptídeo Natriurético eliminação de H2O e atrial; Na+ nos rins. Inibe liberação de Renina Aldosterona e Vasopressina. Óxido Nitrico Relaxamento de musculatura lisa Fator transformador Regulação do de crescimento- β crescimento da matriz extracelular Tirosinocinase Insulina; Inserção do transportador GLUT4 na membrana muscular e adiposa Fator de crescimento Neural excitabilidade elétrica; quimiossensibilidade Associados à Citocinas Medeiam a resposta tirosinocinase autoimune Fonte: Elaborado pelo autor. Baseado em: KOEPPEN; STANTON, 2009: SILVERTHORN,2010: VENTURA, 2010) Receptores acoplados à proteína G A proteínas G, é um conjunto de 3 subunidades, a α (alfa) β (beta) e a γ (gama). É denominada G por ligar- se à guanosina difosfato (GDP) e guanosina trifosfato (GTP), ambos nucleotídeos são reguladores do 3

4 funcionamento da proteína, no estado inativo, a proteína está ligada ao GDP e no estado ativo ao GTP ( KOEPPEN; STANTON, 2009). Quando ativada, a subunidade α se dissocia do complexo heterotrimétrico para a ativação de uma enzima amplificadora como a Fosfolipase C, assim como o dímero βγ também pode liga-se a outros alvos como canis iônicos (RANG. et al,2012; SILVERTHORN,2010). Como exemplo citamos os receptores adrenérgicos. Classificação Proteína G A depender do seu papel nas vias de sinalização as proteínas G possuem ao menos 3 classificações. Esta classificação relaciona se ao tipo de enzima amplificadora, destacamos a Adenil ciclase (Adenilato ciclase) e a Fosfolipase C. Quando ligada a Adenil ciclase a Proteína G pode ser classificada em Gs ou Gi e, quando relacionada a fosfolipase C é denominada Gq. Proteína G e adenilato ciclase A adenilato ciclase é uma proteína da membrana com atividade enzimática, sua função é transformar o ATP em AMP cíclico, esse segundo mensageiro ativa uma proteína cinase A (PKA) que possui a função de fosforilar outras proteínas no meio intracelular (SILVERTHORN,2010). Rang et al (2012) exemplifica a ação da PKA em enzimas envolvidas no metabolismo energético, nos processos multiplicação e diferenciação celulares, nos canais e transportadores de íons, e nas proteínas contráteis da musculatura lisa. Quando um ligante ativa a proteína Gs (estimulatória), o deslocamento da subunidade α induz a potencialização dos efeitos da adenilato ciclase 4

5 com isso, ocorre aumento das concentrações intracelulares do AMPc. Os eventos são estes: 1 - Ação de ligante no receptor acoplado a proteína G. 2 - Mudança conformacional da proteína com dissociação do GDP e ligação do GTP à subunidade α auxiliado pelo fator de troca de nucleotídeo de Guanosina (GEF) 3 - Ocorre separação do conjunto sub unidade α e GTP 4 - Sub unidade α Ativa a Adenil ciclase 5 - Aumento da conversão de ATP em AMPc 6 -Ativação de PKA. 7 - Com finalização do sinal a atividade GTPasica da sub unidade α remove o GTP e associa novamente o GDP. 8 - Aumento novamente da afinidade da subunidade α a dímero βγ e fim da cascata (DE MOURA, VIDAL, 2011). Quando um ligante ativa a proteína Gi (inibitória), o deslocamento da subunidade α induz a repressão dos efeitos da adenilato ciclase com isso, ocorre diminuição das concentrações intracelulares do AMPc. Os eventos são estes: 1- Ação de ligante no receptor acoplado a proteína G. 2 - Mudança conformacional da proteína com dissociação do GDP e ligação do GTP à subunidade α auxiliado pelo fator de troca de nucleotídeo de Guanosina (GEF) 3 -Ocorre separação do conjunto subunidade α e GTP 4 - Subunidade α inibi a atividade da Adenil ciclase 5 - Diminuição da conversão de ATP em AMPc 6 - Redução da quantidade intracelular de PKA. 5

6 7 -Com finalização do sinal a atividade GTPasica da subunidade α remove o GTP e associa novamente o GDP. 8 - Aumento novamente da afinidade da subunidade α a dímero βγ e fim da cascata ( KOEPPEN; STANTON, 2009 DE MOURA, VIDAL, 2011). Proteína G e a Fosfolipase C Assim como a Adenil ciclase a Fosofolipase c é uma proteína de membrana com função enzimática. A função dessa enzima é utilizar o fosfatidilinositol,(4,5) bisfosfato (PIP2) para produção de inositol (1, 4, 5) trifosfato (IP3) e Diacilglicerol (DAG) que atuam como segundo mensageiros (RANG. et al,2012). Quando um ligante ativa a proteína Gq, o deslocamento da subunidade α induz a ativação da Fosfolipase C com isso, ocorre aumento das concentrações intracelulares do IP3 e DAG. Os eventos são estes: 1- Ação de ligante no receptor acoplado a proteína G. 2 -Mudança conformacional da proteína com dissociação do GDP e ligação do GTP à subunidade α auxiliado pelo fator de troca de nucleotídeo de Guanosina (GEF) 3 - Ocorre separação do conjunto sub unidade 4 - Subunidade α Ativa a Fosfolipase C 5 - Conversão de PIP2 em IP3 e DAG 6 - IP3 libera Ca2+ intracelular, enquanto o DAG ativa proteinocinase C (PKC) que fosforila outras proteínas. 6

7 7 - Com finalização do sinal a atividade GTPasica da sub unidade α remove o GTP e associa novamente o GDP. 8 - Aumento novamente da afinidade da subunidade α a dímero βγ e fim da cascata (RANG et al,2012; KOEPPEN; STANTON, 2009; DE MOURA, VIDAL, 2011). Referências Au H-K, Chang J-H, Wu Y-C, Kuo Y-C, Chen Y-H, Lee W-C, et al. (2015) TGF-βI Regulates Cell Migration through Pluripotent Transcription Factor OCT4 in Endometriosis. PLoS ONE 10(12): e doi: /journal.pone DE MOURA, Priscila Randazzo; VIDAL, Felipe Augusto Pinto. Transdução de sinais: uma revisão sobre proteína G. Scientia Medica (Porto Alegre), v. 21, n. 1, p , KOEPPEN, B. M. e STANTON, B. A. Berne & Levy: Fisiologia. Tradução: Adriana Pitella Sudré et al.6. ed. Elsevier: Rio de Janeiro, MAACK, Thomas. The broad homeostatic role of natriuretic peptides. Arq Bras Endocrinol Metab [online]. 2006, vol.50, n.2, pp ISSN RANG, H. P. et al. Farmacologia. Tradução: Tatiana Ferreira Robaina et al. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia: uma abordagem integrada. Tradução: Aline de Souza Pagnussat et al. 5.ed. Porto Alegre: Artmed,2010. VENTURA, Ana L. M. et al. Sistema colinérgico: revisitando receptores, regulação e a relação com a doença de Alzheimer, esquizofrenia, epilepsia e tabagismo. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2010, vol.37, n.2, pp ISSN

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA DCV CCS006 - BIOLOGIA CELULAR. Sinalização Celular SALVADOR - BA 2016

UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA DCV CCS006 - BIOLOGIA CELULAR. Sinalização Celular SALVADOR - BA 2016 UNIVERSIDADE ESTADUAL DA BAHIA - UNEB DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA VIDA DCV CCS006 - BIOLOGIA CELULAR Sinalização Celular PROFª POLYANNA CARÔZO DE OLIVEIRA SALVADOR - BA 2016 Introdução Evolução da multicelularidade

Leia mais

Farmacodinâmica. Definição: É a ciência que estuda a inter-relação da concentração

Farmacodinâmica. Definição: É a ciência que estuda a inter-relação da concentração Definição: É a ciência que estuda a inter-relação da concentração de um fármaco e a estrutura alvo, bem como o respectivo Mecanismo de Ação. É a Ação do fármaco no Organismo. Alguns medicamentos são relativamente

Leia mais

Embriologia (BMH120) - Biologia Noturno. Aula 1

Embriologia (BMH120) - Biologia Noturno. Aula 1 Embriologia (BMH120) - Biologia Noturno Aula 1 Introdução das Bases Moleculares e Celulares: Sinalização Intracelular Prof. Rodrigo A. P. Martins ICB - LaNCE - HUCFF - UFRJ Objetivos Ao final desta aula

Leia mais

SINAIS EXTRACELULARES. sinais e receptores químicos

SINAIS EXTRACELULARES. sinais e receptores químicos SINAIS EXTRACELULARES sinais e receptores químicos SINAIS EXTRACELULARES principais tipos SINAIS EXTRACELULARES exemplos MOLÉCULAS Metabolitos Citocinas Interleucinas Factores de crescimento Hormonas Nutrientes

Leia mais

Importância dos processos de sinalização. Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases)

Importância dos processos de sinalização. Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases) Sinalização celular Importância dos processos de sinalização Seres unicelulares Seres multicelulares Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, hormônios, gases) Receptores Proteínas -

Leia mais

Fisiologia Endócrina

Fisiologia Endócrina Fisiologia Endócrina Profa. Letícia Lotufo Claude Bernard: pai da endocrinologia Definiu o termo milieu intérieur Endocrinologia estudo das secreções internas do organismos. 1 Sistema Endócrino e Homeostasia

Leia mais

HORMÔNIOS VEGETAIS. Katia Christina Zuffellato-Ribas

HORMÔNIOS VEGETAIS. Katia Christina Zuffellato-Ribas HORMÔNIOS VEGETAIS Katia Christina Zuffellato-Ribas HORMÔNIO VEGETAL COMPOSTO ORGÂNICO, NÃO NUTRIENTE, DE OCORRÊNCIA NATURAL, PRODUZIDO NA PLANTA, O QUAL, EM BAIXAS CONCENTRAÇÕES (10-4 A 10-6 M), PROMOVE,

Leia mais

A comunicação celular permite a integração e harmonização de funcionamento entre células do mesmo tecido e de tecidos/órgãos diferentes.

A comunicação celular permite a integração e harmonização de funcionamento entre células do mesmo tecido e de tecidos/órgãos diferentes. Comunicação celular é o processo pelo qual as células de um organismo influenciam umas às outras por meio de moléculas, conhecidas como sinalizadores. A comunicação celular permite a integração e harmonização

Leia mais

FARMACODINÂMICA RECEPTORES E SEGUNDOS MENSAGEIROS

FARMACODINÂMICA RECEPTORES E SEGUNDOS MENSAGEIROS FARMACODINÂMICA RECEPTORES E SEGUNDOS MENSAGEIROS FARMACODINÂMICA Avalia os efeitos biológicos e terapêuticos das drogas e seus mecanismos de ação. Além de pesquisar os efeitos tóxicos; adversos; tecidos

Leia mais

Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras

Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras Sinalização celular Cada célula é programada para responder a combinações específicas de moléculas sinalizadoras Etapas da Sinalização 1) Síntese e liberação da molécula sinalizadora pela célula sinalizadora

Leia mais

Condução nervosa e Sinapses do SNC

Condução nervosa e Sinapses do SNC Condução nervosa e Sinapses do SNC Unidade básica - SNC 100 bilhões - Rede sináptica extensa Células Gliais Prof Lucindo (DFS/UFS) 1 Divisão Sensorial - Órgãos e sentidos (Tato, visão, etc...) - MEMÓRIA

Leia mais

Sinalização Celular. Por que sinalizar?

Sinalização Celular. Por que sinalizar? Comunicação Celular Sinalização Celular Por que sinalizar? Sinalização Celular Quando sinalizar? Sinalização Celular Como sinalizar? Sinalização Celular Onde sinalizar? Relevância Biológica Alteração no

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA. Hormônios. Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA Hormônios Disciplina: Bioquímica 7 Turma: Medicina Profa. Dra. Nereide Magalhães Recife, 2004 Interação

Leia mais

Fisiologia celular I. Fisiologia Prof. Msc Brunno Macedo

Fisiologia celular I. Fisiologia Prof. Msc Brunno Macedo celular I celular I Objetivo Conhecer os aspectos relacionados a manutenção da homeostasia e sinalização celular Conteúdo Ambiente interno da célula Os meios de comunicação e sinalização As bases moleculares

Leia mais

Sinalização celular. Profa. Dra. Monica Akemi Sato

Sinalização celular. Profa. Dra. Monica Akemi Sato Sinalização celular Profa. Dra. Monica Akemi Sato Mensageiros Químicos Número de células Corpo Humano ~75 trilhões As células são especializadas na execução da função específica Ex: secreção ou contração.

Leia mais

As trocas de informações entre as células condicionam e regulam o funcionamento dos órgãos e determinam a homeostase de todo o organismo.

As trocas de informações entre as células condicionam e regulam o funcionamento dos órgãos e determinam a homeostase de todo o organismo. 1 As trocas de informações entre as células condicionam e regulam o funcionamento dos órgãos e determinam a homeostase de todo o organismo. As informações são transmitidas de célula a célula sob a forma

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA RECEPTORES Dra. Flávia Cristina Goulart CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Campus de Marília fgeducar@marilia.unesp.br LIGANTE AGONISTA Possui afinidade pelo receptor O fármaco agonista

Leia mais

Sinalização celular: Como as células se comunicam. Profa. Dra. Livia M. A. Tenuta

Sinalização celular: Como as células se comunicam. Profa. Dra. Livia M. A. Tenuta Sinalização celular: Como as células se comunicam Profa. Dra. Livia M. A. Tenuta Foto corpo humano Sinais fisiológicos: elétricos químicos 75 trilhões de células Tópicos a serem abordados Meios de comunicação

Leia mais

Fisiologia Humana. Prof a. Deise Maria Furtado de Mendonça

Fisiologia Humana. Prof a. Deise Maria Furtado de Mendonça Fisiologia Humana Prof a. Deise Maria Furtado de Mendonça Organização Geral do Corpo Humano Átomos Moléculas Células Tecidos Epitelial Conjuntivo Muscular Nervoso Órgãos Sistemas Compartimentos Líquidos

Leia mais

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor

Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central. Liberação do neurotransmissor Neurotransmissão e Neurotransmissores do Sistema Nervoso Central Liberação do neurotransmissor Fonte: Silverthorn, 2002 1 Exocitose Fonte: Golan et al., 2009 Término da ação do neurotransmissor 1 2 3 Fonte:

Leia mais

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS

ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO FUNÇÕES BÁSICAS DAS SINAPSES E DAS SUBSTÂNCIAS TRANSMISSORAS AULA 4 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Divisão sensorial do sistema nervoso Receptores

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PRBLEMAS - Série 1 Soluções 2009/2010 idratos de Carbono (Revisão) e Metabolismo Central 1 R: (α 1 4) (lineares) Ο (α1 6) (pontos de ramificação) 2. R: Locais de glicosilação são

Leia mais

TEMA 2: Função das Membranas Celulares. Receptores, enzimas membranares e sinalização intracelular

TEMA 2: Função das Membranas Celulares. Receptores, enzimas membranares e sinalização intracelular Licenciatura em Engenharia Biomédica 2005/06 Luís Martinho do Rosário (Depto. de Bioquímica / FCTUC) TEMA 2: Função das Membranas Celulares Receptores, enzimas membranares e sinalização intracelular Moléculas

Leia mais

Importância dos processos de sinalização

Importância dos processos de sinalização Sinalização celular Importância dos processos de sinalização Seres unicelulares Seres multicelulares Moléculas sinalizadoras (proteínas, peptídeos, aminoácidos, nucleotídeos, hormônios, derivados de ácidos

Leia mais

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos Sumário Farmacodinamia. Conceito de receptor. Afinidade e eficácia; constantes de afinidade. Tipos e subtipos de receptores. Mecanismos transductores / efectores; família da proteína G, receptores ligados

Leia mais

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO

POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO POTENCIAL DE MEMBRANA E POTENCIAL DE AÇÃO AULA 3 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Potencial de membrana Separação de cargas opostas ao longo da membrana plasmática celular

Leia mais

Aula de Bioquímica Avançada. Tema: Sinalização Celular. Prof. Dr. Júlio César Borges

Aula de Bioquímica Avançada. Tema: Sinalização Celular. Prof. Dr. Júlio César Borges Aula de Bioquímica Avançada Tema: Sinalização Celular Prof. Dr. Júlio César Borges Depto. de Química e Física Molecular DQFM Instituto de Química de São Carlos IQSC Universidade de São Paulo USP E-mail:

Leia mais

Sinalização Celular (parte 1) Mariana S. Silveira Inst.de Biofísica Carlos Chagas Filho

Sinalização Celular (parte 1) Mariana S. Silveira Inst.de Biofísica Carlos Chagas Filho Sinalização Celular (parte 1) Mariana S. Silveira Inst.de Biofísica Carlos Chagas Filho SINALIZAÇÃO CELULAR Figure 15-4 Molecular Biology of the Cell ( Garland Science 2008) Diversos Sinais Iniciam a Sinalização

Leia mais

UNIDADE 7 SINALIZAÇÃO CELULAR

UNIDADE 7 SINALIZAÇÃO CELULAR UNIDADE 7 SINALIZAÇÃO CELULAR 1. VISÃO GERAL A sinalização celular é um mecanismo de comunicação entre as células que se encontra presente nas mais diversas formas de vida, desde organismos unicelulares,

Leia mais

FASES DA AÇÃO DOS FARMACOS NO FARMACODINÂMICA ORGANISMO HUMANO DROGA ORGANISMO FARMACOLOGIA INTEGRADA I FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA

FASES DA AÇÃO DOS FARMACOS NO FARMACODINÂMICA ORGANISMO HUMANO DROGA ORGANISMO FARMACOLOGIA INTEGRADA I FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA FARMACODINÂMICA FASES DA AÇÃO DOS FARMACOS NO ORGANISMO HUMANO DROGA ORGANISMO FARMACOLOGIA INTEGRADA I FARMACOCINÉTICA Vias de administração Absorção Distribuição Biotransformação Eliminação FARMACODINÂMICA

Leia mais

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ORGANIZAÇÃO GERAL DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Sistema Nervoso Central Periférico Autônomo Somático Simpático Parassimpático Ação integradora sobre a homeostase corporal. Respiração

Leia mais

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO

FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO FISIOLOGIA HUMANA UNIDADE II: SISTEMA NERVOSO ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA NERVOSO CANAIS IÔNICOS E BOMBAS CONDUÇÃO DE IMPULSOS NERVOSOS (SINÁPSES QUÍMICAS E ELÉTRICAS) SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO

Leia mais

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação)

Sinapse. Permitem a comunicação e funcionamento do sistema nervoso. Neurónio pré-sináptico (envia a informação) Sinapse Medeia a transferência de informação de um neurónio para o seguinte, ou de um neurónio para uma célula efectora (ex.: célula muscular ou glandular); Permitem a comunicação e funcionamento do sistema

Leia mais

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina, glucagon e insulina Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo Epinefrina ou adrenalina Estímulos para a secreção de epinefrina: Perigos reais ou imaginários Exercício físico

Leia mais

Sistema Nervoso Autônomo. Homeostasia. Sistema Nervoso Autônomo SNA X MOTOR SOMÁTICO. Sistema Nervoso Autônomo 04/10/2011. Julliana Catharina

Sistema Nervoso Autônomo. Homeostasia. Sistema Nervoso Autônomo SNA X MOTOR SOMÁTICO. Sistema Nervoso Autônomo 04/10/2011. Julliana Catharina Universidade Federal do Ceará Departamento de Fisiologia e Farmacologia Disciplina: Fisiologia Humana Você levanta subitamente de manhã, acordado pelo despertador. Sua cabeça que estava no mesmo nível

Leia mais

V e t e r i n a r i a n D o c s Farmacologia. -A parte do organismo que interage com a droga é denominado receptor.

V e t e r i n a r i a n D o c s  Farmacologia. -A parte do organismo que interage com a droga é denominado receptor. V e t e r i n a r i a n D o c s Farmacologia Introdução à Farmacodinâmica -A interação entre um fármaco e certos componentes celulares representam o mecanismo de ação do fármaco. -A parte do organismo

Leia mais

2. Efeito da variação dos factores ambientais no desenvolvimento das plantas

2. Efeito da variação dos factores ambientais no desenvolvimento das plantas Fisiologia Vegetal 2014 DESENVOLVIMENTO VEGETAL 1. Sinais e receptores 1.1. Introdução: sinais, receptores e vias de transdução do sinal 1.2. Mensageiros secundários. 1.3. Vias de transdução do sinal.

Leia mais

Receptores e Sinalização celular I (PARTE 2 de 2)

Receptores e Sinalização celular I (PARTE 2 de 2) Página 1 de 6 Material de Estudo Comunidade Acadêmica Perguntas e Respostas Buscar arquivos, pessoas, cursos Login Cadastro Receptores e Sinalização celular I (PARTE 2 de 2) Enviado por: Luiz Carlos Fernandez

Leia mais

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula.

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Aula 01 Composição química de uma célula O que é uma célula? Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Toda célula possui a capacidade de crescer,

Leia mais

Glândulas endócrinas:

Glândulas endócrinas: SISTEMA ENDÓCRINO Glândulas endócrinas: Funções: Secreções de substâncias (hormônios) que atuam sobre célula alvo Regulação do organismo (homeostase) Hormônios: Substâncias químicas que são produzidas

Leia mais

Introdução ao estudo de neurofisiologia

Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Introdução ao estudo de neurofisiologia Peixe Réptil Ave Boi Humano Por que os cérebros são diferentes entre as espécies? Introdução ao estudo de neurofisiologia

Leia mais

Sistemas de controle da transcrição gênica. Procariotos

Sistemas de controle da transcrição gênica. Procariotos Sistemas de controle da transcrição gênica Procariotos Controle Positivo e Negativo: Há dois tipos de controle transcricional: Controle negativo: no qual uma proteína reguladora atua como um repressor

Leia mais

Sinapses Curso de Neurofisiologia/Neurociências Graduação

Sinapses Curso de Neurofisiologia/Neurociências Graduação André Ricardo Massensini, Ph.D. Bruno Rezende de Souza, Ph.D. Grace Schenatto Pereira, Ph.D. Juliana Carvalho Tavares, Ph.D. Márcio Flávio Dutra Moraes, Ph.D. Núcleo de Neurociências Departamento de Fisiologia

Leia mais

Princípios gerais da fisiologia endócrina

Princípios gerais da fisiologia endócrina Princípios gerais da fisiologia endócrina 1 OBJETIVOS YY YY YY YY YY YY YY YY Contrapor os termos endócrino, parácrino e autócrino. Definir os termos hormônio, célula-alvo e receptor. Compreender as principais

Leia mais

Os Canais Iônicos. Prof. Ricardo M. Leão FMRP-USP

Os Canais Iônicos. Prof. Ricardo M. Leão FMRP-USP Os Canais Iônicos Prof. Ricardo M. Leão FMRP-USP O que é um canal iônico? -É um caminho hidrofílico para os íons através da membrana -Pode ser entendido como um condutor elétrico Rm Cm E Canais iônicos

Leia mais

Membrana celular: Transporte Processos de Transporte

Membrana celular: Transporte Processos de Transporte Membrana celular: Transporte Transporte em grande quantidade Qual a importância da manutenção de concentrações iônicas diferentes dentro e fora da célula? MOLÉCULAS HIDROFÓBICAS Concentrações iônicas dentro

Leia mais

Metabolismo e Regulação

Metabolismo e Regulação Metabolismo e Regulação PROBLEMAS - Série 1 Licenciatura em Bioquímica Licenciatura em Biologia Celular e Molecular Licenciatura em Química Aplicada Hidratos de Carbono e Metabolismo Central (Revisão)

Leia mais

Regulação Endócrina do metabolismo do cálcio e do fosfato

Regulação Endócrina do metabolismo do cálcio e do fosfato Regulação Endócrina do metabolismo do cálcio e do fosfato Profa. Letícia Lotufo Distribuição de cálcio Intracelular: 10-7 M Livre: 0,2 mg Pode aumentar de 10 a 100x Potencial de ação Contração Motilidade

Leia mais

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello

CURSO DE EXTENSÃO. Neurofisiologia. Profa. Ana Lucia Cecconello CURSO DE EXTENSÃO Neurofisiologia Profa. Ana Lucia Cecconello Transmissão Sináptica Informação sensorial (dor) é codificada Comportamento: erguer o pé Neurônio pré-sináptico Neurônio pós-sináptico sinapse

Leia mais

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons

Eletrofisiologia 13/03/2012. Canais Iônicos. Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Eletrofisiologia Proteínas Integrais: abertas permitem a passagem de íons Seletividade Alguns íons podem passar outros não Tamanho do canal Distribuição de cargas Aberto ou fechado Proteínas Integrais:

Leia mais

Mecanismos de transporte através da membrana celular

Mecanismos de transporte através da membrana celular Membrana celular Função de barreira seletiva, separando os meios intracelular do fluído extracelular (ou mesmo de organelas) Papel da membrana celular na sinalização celular (via receptores, por exemplo)

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino. Introdução e Conceitos Gerais. Profa. Dra. Rosângela F. Garcia

Fisiologia do Sistema Endócrino. Introdução e Conceitos Gerais. Profa. Dra. Rosângela F. Garcia Fisiologia do Sistema Endócrino Introdução e Conceitos Gerais Profa. Dra. Rosângela F. Garcia SISTEMA ENDÓCRINO 1- INTRODUÇÃO SISTEMA DE CONTROLE HOMEOSTASE MENSAGEIROS HORMÔNIOS *não formam um sistema

Leia mais

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E REGULAÇÃO DO METABOLISMO DE GORDURAS Se carboidratos, gorduras e proteínas são consumidas em quantidades que excedam as necessidades energéticas, o excesso será armazenado

Leia mais

Funções das glicoproteínas e proteínas da membrana :

Funções das glicoproteínas e proteínas da membrana : Funções das glicoproteínas e proteínas da membrana : 1- UNE ALGUMAS CÉLULAS ÀS OUTRAS (junção celular) muito importante em tecidos como a pele e os vasos sanguíneos 2- FUNCIONAM COMO RECEPTORES > para

Leia mais

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO PROTEÍCO

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO PROTEÍCO REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO PROTEÍCO Giovanni Resende de Oliveira giovanni@epamig.br Fonte: ROCHA,C e OLIVEIRA, R.S INTRODUÇÃO Crescimento do Animal Crescimento dos Tecidos Grau de hiperplasia e

Leia mais

REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO

REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO REVISÃO: A CÉLULA E SEU FUNCIONAMENTO 2 O que são Células? São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos; Envolvidas por membranas preenchidas por solução aquosa, onde estão presentes biomoléculas

Leia mais

Transmissão de Impulso Nervoso

Transmissão de Impulso Nervoso Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO Departamento de Física III Ciclo de Seminários do DEFIS Organização PET - Física Transmissão de Impulso Nervoso Prof. Dr. Ricardo Yoshimitsu Miyahara Menbrana

Leia mais

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor

13/08/2016. Movimento. 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor Movimento 1. Receptores sensoriais 2. Engrama motor 1 Movimento Componentes Celulares e Funcionamento do Sistema Nervoso 2 O Sistema nervoso desempenha importantes funções, como controlar funções orgânicas

Leia mais

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa Metabolismo: integração entre catabolismo e anabolismo Assimilação ou processamento da mat. Orgânica Síntese de Substâncias Estágio 1

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

Neurofisiologia. Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG

Neurofisiologia. Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG Neurofisiologia Profª Grace Schenatto Pereira Núcleo de Neurociências NNc Bloco A4, sala 168 Departamento de Fisiologia e Biofísica ICB-UFMG www.nnc.icb.ufmg.br link: apoio à graduação ciências biológicas

Leia mais

Drogas são agentes químicos capazes de modificar processos biológicos. Um número significativo

Drogas são agentes químicos capazes de modificar processos biológicos. Um número significativo capítulo 1 Bases farmacológicas Francisco Silveira Guimarães Drogas e o sistema nervoso central Drogas são agentes químicos capazes de modificar processos biológicos. Um número significativo delas também

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Origem das proteínas e de suas estruturas Níveis de Estrutura Protéica Estrutura das proteínas Conformação

Leia mais

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA

SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA SINAPSE E TRANSMISSÃO SINÁPTICA Prof. João M. Bernardes Uma vez que o sistema nervoso é composto por células distintas, torna-se necessário que os neurônios estejam conectados de alguma forma, a fim de

Leia mais

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635 Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes navegantes@fmrp.usp.br Ramal: 4635 O diabetes mellitus É uma síndrome decorrente da falta de insulina ou da incapacidade de a insulina de exercer

Leia mais

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas

Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Universidade Federal do Amazonas ICB Dep. Morfologia Disciplina: Biologia Celular Aulas Teóricas Tema 07: Propriedades Elétricas das Membranas Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Permeabilidade da Membrana

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA - IMPERATRIZ. CURSO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO DISICIPLINA FISIOLOGIA HUMANA Período 2º PROFESSOR (a) Alexandre Batista

Leia mais

Modelagem de Sinapses

Modelagem de Sinapses Modelagem de Sinapses Introdução à Neurociência Computacional (Graduação) Antonio Roque Aula 15 Há dois tipos de sinapses, químicas e elétricas. Vamos começar considerando apenas a sinapse química, que

Leia mais

FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR

FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR FISIOLOGIA E TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA CELULAR AULA 2 DISCIPLINA: FISIOLOGIA I PROFESSOR RESPONSÁVEL: FLÁVIA SANTOS Membrana Celular ou Membrana Plasmática Função 2 Membrana Celular ou Membrana Plasmática

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA HORMÔNIOS E REGULAÇÃO METABÓLICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA HORMÔNIOS E REGULAÇÃO METABÓLICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA HORMÔNIOS E REGULAÇÃO METABÓLICA Prof a. Dr a. Nereide Magalhães Recife, fevereiro de 2005 HORMÔNIOS Sinais hormonais

Leia mais

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis, de 20 a 24 de setembro de 2006

Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis, de 20 a 24 de setembro de 2006 Curso Nacional de Reciclagem em Cardiologia da Região Sul Florianópolis, de 20 a 24 de setembro de 2006 CONTROLE NEURAL DO CORAÇÃO E DA CIRCULAÇÃO Roberto Henrique Heinisch UFSC/UNISUL Objetivos do Controle

Leia mais

CAPÍTULO 1. Bases Farmacológicas. Francisco Silveira Guimarães DROGAS E O SISTEMA NERVOSO CENTRAL

CAPÍTULO 1. Bases Farmacológicas. Francisco Silveira Guimarães DROGAS E O SISTEMA NERVOSO CENTRAL CAPÍTULO 1 Bases Farmacológicas Francisco Silveira Guimarães DROGAS E O SISTEMA NERVOSO CENTRAL Drogas são agentes químicos capazes de modificar processos biológicos. Um número significativo delas também

Leia mais

O Papel das G-Proteínas na Fisiopatologia das Doenças Cardiovasculares

O Papel das G-Proteínas na Fisiopatologia das Doenças Cardiovasculares Atualização O Papel das G-Proteínas na Fisiopatologia das Doenças Cardiovasculares Paulo Roberto B. Evora, Fernando Nobre Ribeirão Preto, SP Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e Centro Especializado

Leia mais

AU10. Princípios Básicos de Genética Molecular 2: Regulação da Expressão Gênica. Juliana da Silveira Schauren

AU10. Princípios Básicos de Genética Molecular 2: Regulação da Expressão Gênica. Juliana da Silveira Schauren AU10 Princípios Básicos de Genética Molecular 2: Regulação da Expressão Gênica Juliana da Silveira Schauren Doutoranda PPG-GEN julianaschauren@gmail.com Resumo Introdução: revisão transcrição e tradução

Leia mais

BIOQUÍMICA II SISTEMAS TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS 3/1/2012

BIOQUÍMICA II SISTEMAS TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS 3/1/2012 BIOQUÍMICA II Professora: Ms. Renata Fontes Medicina Veterinária 3º Período O conteúdo de Bioquímica II utiliza os conhecimentos adquiridos referentes ao estudo do metabolismo celular e fenômenos físicos

Leia mais

98% intracelular extracelular

98% intracelular extracelular DISTRIBUIÇÃO CORPORAL DE 98% intracelular extracelular 2% HOMEOSTASE DE POTÁSSIO BALANÇO EXTERNO vs BALANÇO INTERNO BALANÇO INTERNO BALANÇO EXTERNO HOMEOSTASE DE POTÁSSIO BALANÇO EXTERNO vs BALANÇO INTERNO

Leia mais

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio

Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio Página 1 de 5 Aulas de grupo 2001-02; Rui Fontes Gliconeogénese e Metabolismo do Glicogénio 1- Gliconeogénese 1- A gliconeogénese é um termo usado para incluir o conjunto de processos pelos quais o organismo

Leia mais

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica Fisiologia do Sistema Endócrino Pâncreas Endócrino Prof. Dr. Leonardo Rigoldi Bonjardim Profa. Adjunto do Depto. De Fisiologia-CCBS-UFS Material disponível em: http://www.fisiologiaufs.xpg.com.br 2006

Leia mais

Ação Hormonal no Metabolismo

Ação Hormonal no Metabolismo Ação Hormonal no Metabolismo O Metabolismo é composto por muitas reações interconectadas (reações catabólicas e anabólicas). Metabolismo de Carboidratos Complexos Metabolismo de Lipídios Complexos Metabolismo

Leia mais

Hormônios Pancreáticos

Hormônios Pancreáticos Hormônios Pancreáticos PCI Endócrino Medicina Principais hormônios pancreáticos envolvidos no metabolismo energético: Insulina Glucagon A função principal destes hormônios é modular a disponibilidade de

Leia mais

Mecanismo de Ação Hormonal

Mecanismo de Ação Hormonal Centro de Ciências da Vida Faculdade de Ciências Biológicas Mecanismo de Ação Hormonal Prof. Dr. Alexandre Rezende Endocrinologia Comunicação dentro do nosso corpo: (1) Sistema nervoso (2) Sistema endócrino

Leia mais

Papel das Sinapses no processamento de informações

Papel das Sinapses no processamento de informações Papel das Sinapses no processamento de informações Impulsos Nervosos Pequenas correntes elétricas passando ao longo dos neurônios Resultam do movimento de íons (partículas carregadas eletricamente) para

Leia mais

Lipídios. 1. Importância: 2. Lipídios de armazenamento: São as gorduras e óleos 25/11/2012. Aula 2 Estrutura de. Lipídios

Lipídios. 1. Importância: 2. Lipídios de armazenamento: São as gorduras e óleos 25/11/2012. Aula 2 Estrutura de. Lipídios Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Bioquímica Lipídios Aula 2 Estrutura de Lipídios Os lipídios apesar de quimicamente diferentes entre si, exibem como característica definidora e comum a insolubilidade

Leia mais

TRANSDUÇÃO DE SINAL E VIAS DE SINALIZAÇÃO

TRANSDUÇÃO DE SINAL E VIAS DE SINALIZAÇÃO TRANSDUÇÃO DE SINAL E VIAS DE SINALIZAÇÃO Raphael Bessa Parmigiani, PhD Centro de Oncologia Molecular Instituto Sírio-Libanes de Ensino e Pesquisa Curso de Introdução à Biologia Molecular Goiânia, Maio

Leia mais

INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO

INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO INSETICIDAS NEUROTÓXICOS MECANISMOS DE AÇÃO Transmissões nervosas em insetos Células nervosas neurônios com 2 filamentos Axônio Filamento longo que conduz os impulsos nervosos para fora da célula. Dendrito

Leia mais

MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS *

MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS * MECANISMO DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS * Introdução A coordenação do metabolismo nos mamíferos é realizada pelo sistema neuroendócrino, a base do controle dos outros sistemas, estando, portanto, estreitamente

Leia mais

Instituto Superior Ciências da Saúde- Norte. Diana Duarte de Sousa. Ano lectivo 2006/2007. Licenciatura em Bioquímica, 2º Ano

Instituto Superior Ciências da Saúde- Norte. Diana Duarte de Sousa. Ano lectivo 2006/2007. Licenciatura em Bioquímica, 2º Ano Projecto Tutorial Análise de um artigo científico relacionado com YFP Instituto Superior Ciências da Saúde- Norte Ano lectivo 2006/2007 Diana Duarte de Sousa Licenciatura em Bioquímica, 2º Ano Expressão

Leia mais

CONTROLE GENÉTICO DA MORTE CELULAR

CONTROLE GENÉTICO DA MORTE CELULAR Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas LGN 5799 - SEMINÁRIOS EM GENÉTICA E MELHORAMENTO DE PLANTAS CONTROLE GENÉTICO DA MORTE CELULAR Aluno: João Fernando Bortoleto Orientador:

Leia mais

Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo. Astria Dias Ferrão Gonzales 2017

Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo. Astria Dias Ferrão Gonzales 2017 Drogas que atuam no Sistema Nervoso Autônomo Astria Dias Ferrão Gonzales 2017 SNC Todos os estímulos do nosso ambiente causam, nos seres humanos, sensações como dor e calor. Todos os sentimentos, pensamentos,

Leia mais

Capítulo VALTER T. MOTTA BIOQUÍMICA BÁSICA. Regulação do Metabolismo Energético

Capítulo VALTER T. MOTTA BIOQUÍMICA BÁSICA. Regulação do Metabolismo Energético Capítulo 12 VALTER T. MTTA BIQUÍMICA BÁSICA Regulação do Metabolismo Energético 12 Regulação do Metabolismo Energético bjetivos 1. Compreender as estratégias intracelulares de regulação do metabolismo.

Leia mais

Trabalho de biologia. Nome: Naiheverton e wellinton. Turma:103

Trabalho de biologia. Nome: Naiheverton e wellinton. Turma:103 Trabalho de biologia Nome: Naiheverton e wellinton Turma:103 VITAMINAS São compostos orgânicos imprescindível para algumas reações metabólicas especificas,requeridos pelo corpo em quantidade minimas para

Leia mais

Objetivos: Descrever os neurotransmissores -Catecolaminas dopamina, noradrenalina, adrenalina -Acetilcolina

Objetivos: Descrever os neurotransmissores -Catecolaminas dopamina, noradrenalina, adrenalina -Acetilcolina FACULDADE DE MEDICINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA PUC-Campinas DISCIPLINA DE BASES MORFOFISIOLÓGICAS DO SISTEMA NERVOSO, SENSORIAL E LOCOMOTOR BIOQUÍMICA A 2012 Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes Objetivos:

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo Referências Bibliográficas Livro: McArdle & Katch & Katch. Fisiologia do Exercício: Metabolismo de Lipídeos Durante o Exercício Físico Aeróbico Prof. Dr. Paulo Rizzo Ramires Escola de Educação Física e

Leia mais

Metabolismo muscular. Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato. Músculo esquelético de camundongo

Metabolismo muscular. Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato. Músculo esquelético de camundongo Metabolismo muscular Sarcômero: a unidade funcional do músculo Músculo cardíaco de rato Músculo esquelético de camundongo Tipos de fibras musculares: Músculo liso: este tipo contrai em resposta a impulsos

Leia mais

Todos tem uma grande importância para o organismo.

Todos tem uma grande importância para o organismo. A Química da Vida ÁGUA A água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sua fórmula química é H2O. A água pura não possui cheiro nem cor. Ela pode ser transformada em

Leia mais

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase 1 5 Enzimas a) Conceito - O que são enzimas? São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Moléculas que aumentam a velocidade de reações sem se alterarem neste processo. - Catalisam

Leia mais

Sistema Nervoso Autônomo. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP

Sistema Nervoso Autônomo. Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP Sistema Nervoso Autônomo Profa Dra Eliane Comoli Depto Fisiologia da FMRP - USP Diferenças entre SNMotor e SNAutônomo: a) função: controla funções involuntárias mediadas pela atividade de fibras musculares

Leia mais

Relembrando: Material genético

Relembrando: Material genético REGULAÇÃO GÉNICA Relembrando: Material genético O MATERIAL GENÉTICO é o suporte físico do conjunto de padrões de informações hereditárias, transmitidas ao longo das gerações. GENE é a unidade de informação

Leia mais