CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DA BAHIA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DA BAHIA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO"

Transcrição

1 CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DA BAHIA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO NO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ATIVIDADE EMPREENDEDORA NAS MICROEMPRESAS PJ UM ESTUDO DE CASO MARIA VITÓRIA SOUTO CRUZ Salvador 2005

2 MARIA VITÓRIA SOUTO CRUZ ATIVIDADE EMPREENDEDORA NAS MICRO EMPRESAS PJ UM ESTUDO DE CASO Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Administração do Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia Orientador: Prof. Alex Cypriano Salvador 2005

3 RESUMO Este trabalho analisa a atividade empreendedora nas microempresas PJ, um estudo de caso realizado a partir da conceituação de empreendedor e de empreendedorismo, suas definições, características e peculiaridades. O estudo aborda fatores sócio-econômicos e aspectos comportamentais característicos do empreendedor, visando compreender a existência de uma relação entre atitudes e comportamentos dos empreendedores PJ e o processo de criação de uma empresa. A pesquisa visa, portanto, compreender o processo de formação de empresas PJ empresas de um só funcionário - comparando-o com os conceitos de empreendedorismo e o comportamento dos empreendedores, como principais responsáveis por este processo. A pesquisa de campo se desenvolveu através de entrevistas individuais semi-estruturadas, com profissionais da área, vinculados a uma organização empresarial de grande porte, e através de observação direta. Palavras Chave Empreendedorismo; Empreendedor; Micro Empresa PJ.

4 SUMÁRIO 1.0 Introdução Empreendedorismo e Empresas PJ Perfil do empreendedor O profissional e a empresa PJ Administrador e Empreendedor similaridades e diferenças 2.4 Características do comportamento... empreendedor e da empresa empreendedora Estudo de Caso Características das organizações pesquisadas Análise dos dados pesquisados Considerações finais Referências Anexo I Roteiro para entrevista empírica

5 4 1.0 INTRODUÇÃO A palavra empreendedor (entrepreneur) tem origem francesa e significa aquele que assume riscos e começa algo novo. Um dos primeiros exemplos de empreendedorismo é creditado a Marco Polo, que como empreendedor, tentou instituir uma rota comercial para o Oriente, aceitando os riscos financeiros ao assumir tal papel ativo (DORNELAS, 2001). No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores, sendo analisados do ponto de vista econômico como responsáveis pela organização de empresas (DORNELAS, 2001). Segundo Dornelas (2001), foi Schumpeter que, buscando o entendimento da dinâmica de desenvolvimento dos sistemas capitalistas, destacou a figura do empreendedor, e o seu papel como inovador no processo de renovação constante da economia capitalista. A abordagem de Schumpeter, em suas obras, é econômica, assim como suas considerações a respeito do papel do empreendedor. O empreendedorismo também é abordado por diversas áreas do conhecimento como a administração, sociologia e psicologia, as quais buscam interpretá-lo com base em seus fundamentos. O termo empreendedor é passível de muitas definições, em geral, construídas a partir do enfoque de cada pesquisador nas respectivas áreas de interesse. No entanto, neste estudo serão enfatizadas duas correntes principais que apontam elementos comuns à maioria delas: os economistas que relacionam o

6 5 empreendedor à inovação; e os comportamentalistas, que enaltecem aspectos cognitivos como criatividade e a intuição. O conceito de empreendedorismo no Brasil tem sido muito difundido nos últimos anos, principalmente a partir da década de Vários fatores justificam o interesse pelo assunto, como as mudanças provocadas pela intensificação da concorrência em nível internacional e a necessidade das organizações se reestruturarem, mediante a introdução de novas relações de trabalho, ocasionando a redução na oferta de empregos formais e o aumento nas taxas de fundação de novos negócios. O empreendedorismo pode ter sido apresentado como alternativa atraente para o enfrentamento destas exigências do mercado, incluindo a busca por reinserção profissional. Segundo Braga (2003) o projeto Global Entrepreneurship Monitor atualmente consolida-se como iniciativa de maior escopo no estudo do empreendedorismo no mundo. O projeto de pesquisa GEM Global Entrepreneurship Monitor é um estudo conduzido por pesquisadores do London Business School (Inglaterra), do Babson College (Estados Unidos) e por grupos de pesquisa em universidades de cada país que adere ao projeto. Este estudo explora o papel do empreendedorismo no crescimento da economia dos paises pesquisados, e considera o empreendedor o indivíduo fundador de uma organização de qualquer natureza. No Brasil, a equipe está instalada no Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Paraná (IBQP) e tem apoio do SEBRAE nacional, PUC - SP, e do Instituto Euvaldo Loidi. De acordo com o relatório executivo do GEM-2000, que contém um resumo do perfil empreendedor, o Brasil possui um nível relativamente alto de atividade

7 6 empresarial, encontra-se na sétima posição entre os maiores empreendedores do mundo. O país apresenta uma boa relação entre o número de habitantes adultos que começam um novo negócio e o total dessa população. Comparando-se a países como os EUA que tem essa relação de um para cada 10 e o Japão com um para cada 100, o Brasil possui a relação de um para cada oito adultos entre 18 e 64 anos. Segundo dados da GEM-2004, o Brasil se mantém numa lista de 34 países, entre os sete que mais empreendem no mundo, no sentido de montar um negócio próprio. Contudo, demonstra que algumas causas dessa taxa de empreendedorismo no país estão relacionadas a aspectos sócio-econômicos. Um item relevante da GEM é a análise dos motivos que levaram os indivíduos pesquisados a abrir uma empresa, e se tais motivos que caracterizariam este comportamento como sendo, necessariamente, fruto de empreendedorismo, procurando distinguir ainda entre dois tipos básicos de empreendedor: por oportunidade (aquele que tem vocação ou encontra nichos pouco explorados) e por necessidade (aquele que são pressionados a empreender por circunstâncias alheias à própria vontade). Por este critério, observou-se que o empreendedorismo no Brasil exerce papel fundamental na economia. Entretanto, uma grande proporção de empreendedores foi levada a empreender por necessidade ao invés de optar, de modo espontâneo, por oportunidade. Segundo Chiavenato (2005) isso significa que uma enorme fatia da população brasileira adulta, está envolvida em alguma atividade empreendedora, em busca de realização pessoal, independência financeira ou simples sobrevivência. Este estudo objetivou analisar a formação das micro-empresas prestadoras de serviço PJ (denominação dada às empresas prestadoras de serviço constituídas

8 7 por um único proprietário e sem funcionários) identificando similaridades e diferenças entre aquelas que tiveram sua geração fruto de espírito empreendedor e as que tiveram sua fundação fruto da necessidade de uma nova inclusão no mercado de trabalho por parte de seus fundadores. Tratou-se, portanto, de analisar o cenário das PJ ligadas a uma empresa, com o objetivo de evidenciar a presença de disposições para o empreendedorismo, identificando sinais de um empreendedorismo por necessidade ou oportunidade. Infere-se a partir daí se a interveniência de uma organização empresarial para a formação de empresas PJ é decorrente de estímulo ao empreendedorismo ou descaracterização de relação trabalhista. A pergunta que é feita conduz a novos questionamentos que também são objetivos específicos pertinentes a este estudo:?? O que é o empreendedorismo??? Qual o perfil de um empreendedor??? Qual as diferenças entre empreendedor e administrador??? Quais as características de uma empresa empreendedora??? O que é um profissional/empresa PJ??? O crescente número de empresas PJ é fruto de espírito empreendedor ou uma alternativa para a (re) inserção no mercado de trabalho??? Porque algumas empresas tendem a contratar desta forma??? Existe alguma vantagem para quem opta por esta forma de trabalho? É oportuno, portanto, uma análise mais profunda a respeito do conceito de empreendedorismo e suas vertentes, assim como a caracterização da relação das empresas PJ junto à organização pesquisada.

9 8 Entender melhor como ocorre o processo de formação de uma empresa PJ, bem como, o possível perfil empreendedor do candidato a empresário, são características do cenário que será avaliado neste trabalho, contribuindo, também, para a análise dos motivos que levaram ao seu surgimento, as características dessas empresas e de seus gestores; investigando se a contratação desse tipo de mão-de-obra é uma tentativa de driblar os altos encargos trabalhistas e isentar-se dos custos sociais e obrigações previstas pela CLT Consolidação das Leis do Trabalho. Esse tipo de contrato com emissão de nota fiscal de pessoa jurídica significa, a princípio, trabalho com autonomia, ou seja, sem vínculo oriundo de emprego. A partir do momento que se condiciona a possibilidade de emprego ao fato do candidato ser empresário, significa contrair tantas obrigações quanto à do contratante, tais como: PIS, COFINS, Contribuição Social, ISS, TVL Taxa de Viabilidade e Localização, TFF Taxa de Funcionamento e Fiscalização, e essas exigências fiscais oneram as empresas contratadas. Portanto, significa analisar a utilização da figura da empresa PJ como procedente de empreendedorismo ou a sua utilização como forma de maquiar uma relação de trabalho, onde a PJ atua como empregado, embora assuma as despesas e os riscos do seu negócio como empresário. O empreendedorismo no Brasil decorre de condições sócio-econômicas específicas dentro do contexto da crise econômica e da reestruturação produtiva capitalista, como conseqüências principais do alto nível de desemprego e a diminuição da oferta de novos postos de trabalho. Nas últimas décadas, as mudanças provocadas pela intensificação da concorrência em nível internacional e a necessidade das organizações se

10 9 reestruturarem, mediante a introdução de um conjunto de inovações de produto/serviços, processos e de relações entre clientes e fornecedores, forçou o surgimento de novas relações de trabalho em nichos de mercado específicos, mas também elevaram quesitos como habilidades e competências necessárias para admissão de novos empregados e a falta de emprego. Desse modo, muitos trabalhadores foram obrigados a buscar alternativas para a sua sobrevivência, e a abertura de negócios próprios apresentou-se como uma das soluções possíveis. É nesse contexto que se incluem as chamadas empresas PJ, empresas formadas somente pelos sócios. O empreendedorismo pode ter apresentado uma alternativa atraente ao enfrentamento destas novas demandas, como conseqüência do alto nível de desemprego e a diminuição da oferta de novos postos de trabalho. Como conseqüência destas transformações, muitas empresas têm modificado a organização de suas operações produtivas. Uma destas mudanças consiste em transferir parte da atividade de comercialização de seus produtos e/ou serviços para agentes externos. A contratação de trabalhadores como pessoa jurídica generalizouse em certas profissões ou atividades, condicionando os trabalhadores a criar uma PJ ou a não existência de trabalho. (SEBRAE, 2003) Segundo dados do cadastro Central de Empresas (IBGE, 2002) já são 3,1 milhões o número de empresas sem empregados, envolvendo cerca de 4,3 milhões de sócios e proprietários. O presente estudo objetiva analisar os novos prestadores de serviço PJ e uma possível classificação como empreendedores. Em caso positivo, empreendedores por oportunidade ou por necessidade, onde podem estar

11 10 contidos os ex-empregados que abrem empresa para continuar no mercado, às vezes trabalhando para o seu antigo empregador. Deste modo, o ponto de partida do trabalho é aprofundar o conhecimento desse tema, estabelecendo uma melhor compreensão dos conceitos de PJ, empreendedor e empreendedorismo desenvolvida, e permitindo construir um melhor entendimento da relação entre a criação destas empresas PJ como fruto de atividade empreendedora, adotado nesta pesquisa. Esta monografia buscou conceituar o empreendedorismo a partir de duas linhas de abordagem encontrada na revisão de literatura do tema a dos economistas e a dos comportamentalistas. Tal feito subsidiou uma definição de perfil empreendedor. Posta as questões do empreendedorismo e do perfil do empreendedor, foi com base nelas que procurou-se analisar as empresas PJ ligadas à organização empresarial em foco. A parte central do estudo é dedicada à análise do contexto no qual a atividade das empresas PJ está inserida. No centro desta investigação, coloca-se a possibilidade de haver interveniência para a formação de uma empresa PJ, como incentivadora ao empreendedorismo e o surgimento das mesmas como fruto de empreendedorismo por oportunidade ou por necessidade. A revisão de literatura objetivou sistematizar os princípios teóricos do empreendedorismo, a partir de artigos e tese de mestrado e fontes de dados em pesquisas realizadas pelo IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, GEM Global Entrepreneurship Monitor, e SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio a Empresa. Objetivou, ainda, consolidar os conceitos e as características gerais dos empreendedores, e compará-los ao padrão encontrado nas empresas PJ e empreendedores estudados.

12 11 Baseado na revisão de literatura, pesquisa exploratória e, principalmente, pela observação da própria autora, procurou-se criar uma linha de pensamento, fundamental ao ordenamento dos conceitos e idéias centrais do tema, moldando uma estrutura de análise que possibilite a investigação proposta ao estudo. A primeira etapa da pesquisa exploratória foi realizada mediante consulta a pesquisas e trabalhos relacionados ao empreendedorismo, perfil do empreendedor e conceitos de empresa PJ. Em seguida, foi realizada pesquisa exploratória junto às empresas PJ e vinculadas a uma grande organização, visando traçar o perfil desses profissionais, e obter as principais características do seu comportamento. Para isso, foram utilizados indicadores para compor o roteiro de entrevistas (Apêndice) e tais referências foram estruturadas em três características: necessidades, habilidades/competência e conhecimentos. Outras informações solicitadas aos entrevistados, subsidiaram o diagnóstico como o tempo de atuação no mercado como PJ. A pesquisa de campo envolveu a realização de entrevistas parcialmente estruturadas, numa amostra específica de 20 pessoas (que equivale a um total de 33,3% do grupo considerado) ligadas à organização empresarial que será analisada, buscando investigar as características empreendedoras específicas dos entrevistados. Além disso, as entrevistas foram conduzidas com o intuito de capturar a perspectiva dos próprios participantes, ou seja, avaliar as principais características dos profissionais PJ, relacionados aos conceitos empreendedores previamente estruturados.

13 EMPREENDEDORISMO E EMPRESA PJ 2.1 PERFIL DO EMPREENDEDOR Neste trabalho utiliza-se a delimitação de duas possibilidades de abordagem do pensamento empreendedor: numa perspectiva econômica, considerando que os empreendedores são um dos ativos mais importantes da economia; e numa perspectiva psicológica ou comportamental, considerando que a necessidade de realização pessoal do empreendedor é o principal motivo para empreender. De acordo com Schumpeter, citado por Dornelas (2001) o sistema capitalista tem como característica inerente uma força que ele denomina de processo de destruição criativa, fundamentando-se no princípio que reside no desenvolvimento de novos produtos, novos métodos de produção e novos mercados; em síntese, trata-se da destruição do velho, como conseqüência do surgimento do novo. (...) para lidar com uma situação que mudará presentemente uma tentativa das empresas para manterem em pé, sobre um terreno que escorregava embaixo delas. Em outras palavras, o problema que usualmente é visto é o de como o capitalismo administra as estruturas existentes, enquanto o problema relevante é o de como ele as cria e destroi. (SCHUMPETER, 1949, p.89) O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias (SCHUMPETER, 1949, p. 55) Pela definição de Schumpeter, o agente básico desse processo de destruição criativa está na figura do que ele denominou de empreendedor. O empreendedor, segundo Schumpeter, é o ator principal no processo de renovação constante do sistema capitalista, cuja origem é a criação de novas estruturas tecnológicas e a

14 13 destruição das existentes, explicitando maior enfoque no ambiente econômico. Cabe ao empreendedor a função de realizar inovações que vão alavancar o sistema capitalista, onde a essência da inovação no mundo torna, continuamente, obsoleta a anterior. A idéia da obsolescência planejada converge com a destruição criativa, ou seja, antes do mercado tornar obsoleto um determinado produto e/ou serviço, devese planejar seu desuso, apresentando novas alternativas de consumo continuamente, através de movimentos cíclicos. Assim, o empreendedor pode ser caracterizado como o elemento essencial à introdução de inovações que gerem acréscimo ao contexto econômico, através de ciclos de desenvolvimento. Numa outra visão, o empreendedor é aquele que inicia algo novo, que realiza antes, que sai da área do sonho e parte para a ação. "Um empreendedor é uma pessoa que imagina, desenvolve e realiza visões." (FILION 1991). Ser empreendedor é ser um realizador que produz novas idéias através da adequação entre criatividade e imaginação. Seguindo o raciocínio de Felippe (1996), o empreendedor é motivado pela auto-realização e pelo desejo de assumir responsabilidades e ser independente. A auto-avaliação, a autocrítica e o controle do comportamento são características do empreendedor que busca o autodesenvolvimento. Com relação à perspectiva econômica o empreendedor pode ser considerado peça fundamental no processo de desenvolvimento, através da identificação de atributos distintivos no ato de empreender - como capacidade de inovar, lidar com ambigüidades e incertezas, assumir riscos - servindo de referência para estudos posteriores que buscam investigar características na dimensão comportamental.

15 14 Em outro campo do conhecimento científico, a psicologia, houve interesse em estudos da área comportamental, onde o argumento central é a identificação das características do comportamento de indivíduos que criaram empreendimentos, suas distinções, hábitos, atitudes e ações, assim como a influência do meio na sua formação. A abordagem de base econômica busca definir a função do empreendedor a partir da sua atuação como gerador de resultados e valores ao sistema produtivo e participante no mercado; enquanto que, na abordagem comportamentalista, embora tenha esses elementos pertinentes, possui o interesse voltado ao entendimento do chamado empreendedor, buscando identificar as suas características individuais e os reflexos na empresa. Ainda buscando compreender o perfil dos potenciais empreendedores, apresenta-se de forma sucinta a figura 1, com as abordagens apresentadas: PERFIL DO EMPREENDEDOR VARIÁVEIS ECONÔMICAS VARIÁVEIS COMPORTAMENTAIS?? Necessidade de aumentar renda?? Desemprego?? Tecnologia disponível?? Técnica organizacional para concepção de estratégias de atuação eficazes Fig. 1 Perfil do empreendedor Fonte: elaborado pela autora?? Experiência prévia?? Qualificação formal?? Redes de relacionamento (networking)?? Necessidade e persistência?? Capacidade e motivação para inovar e criar?? Percepção de oportunidades?? Habilidade para lidar com riscos e incertezas Com os elementos apresentados pode-se tomar como base a concepção de Filion (1999) de que o empreendedor decide o objeto que vai determinar seu próprio futuro, mantendo um comportamento pró - ativo e criativo para realizá-lo.

16 15 Em suma, o empreendedor é aquela pessoa que consegue enxergar necessidades e desejos (reais ou potenciais) em um determinado mercado alvo, e busca transformá-los em oportunidades de negócio. Especificamente no estudo, analisando o perfil das empresas PJ que surgiram no mercado, considerando aspectos referentes ao espírito empreendedor, bem como àquelas cujas atividades podem ter sido fruto de exigência da organização financeira investigada. Muitas vezes, o sonho de possuir o próprio negócio e a ambição de ganhar dinheiro e conquistar independência são fatores determinantes à criação de uma empresa. Em outros casos, os indivíduos são levados a abrir um empreendimento por motivos que, muitas vezes, são alheios às suas vontades. Estes são o que Filion (1999) chamou de empreendedor involuntário. Tais situações abrangem as conseqüências das mudanças no mundo do trabalho, onde jovens recém formados, pessoas que foram demitidas em função dos processos de fusões, privatizações e reengenharia, os quais não conseguiram retornar ao mercado formal de trabalho, e têm na criação do próprio negócio, uma alternativa de renda e trabalho. Empreendedores involuntários tendem a optar pelo auto-emprego, mas não são empreendedores no sentido geralmente aceito do termo. Criam uma atividade de negócio, mas não são movidos pelo aspecto da inovação (FILION, 1999). Nota-se, portanto, que a relação entre trabalho e visão empreendedora é permeada de fatores econômicos e comportamentais. Os ciclos econômicos são fatores determinantes na criação e na destruição de empregos, enquanto que, a capacidade de inovação e adaptação identifica oportunidades de negócios e realização pessoal. Segundo Braga (2003) o empreendedorismo se apresenta como uma alternativa adequada ao contexto de mudanças, tanto no que tange às novas formas

17 16 de organização visionária, como à necessidade de alavancagem de desenvolvimento via inovações tecnológicas. Ainda citando Braga, várias pesquisas realizadas visavam definir a personalidade de um indivíduo considerado empreendedor. Contudo, nestas pesquisas, somente se fazem análises dos atributos da personalidade, não sendo considerado o processo que leva à formação de características como: alta necessidade de autonomia, independência e autoconfiança, assim como, os motivos (voluntários e involuntários) que influenciam as pessoas para a inserção na atividade empreendedora. O empreendedorismo é reflexo das características estruturais do país, sejam estas condições macroeconômicas gerais ou fatores culturais, sociais e institucionais. Assim, embora as flutuações do ambiente gerem mudanças de curta duração no nível de atividade empreendedora, o desenvolvimento de cada país tende a se estabelecer ao longo do tempo. Contudo, o empreendedorismo e as atividades empreendedoras não devem ser considerados como modismo ou efêmeros, mas como força motriz para o desenvolvimento, pois são necessários ao avanço de novos negócios, como também ao fomento de grandes organizações. Para Dolabela (1999) o perfil do empreendedor de sucesso serve de base para que o futuro empreendedor identifique as características que sua atividade exigirá, e tais características variam de acordo com a época, atividade, local e etapa do crescimento da organização. Segundo Araújo (2003) o processo de reestruturação produtiva em curso a partir dos anos 70 nas sociedades desenvolvidas, e no Brasil a partir dos anos 90, desencadeou uma profunda modificação no mundo do trabalho, provocando o que o

18 17 autor (apud MATTOSO, 1995) considera uma verdadeira desordem do trabalho, expressa em níveis assustadores de insegurança na renda, no emprego, no mercado de trabalho, na contratação e na representatividade. Neste contexto emergem iniciativas organizacionais como as micro-empresas PJ, que podem passar a constituir alternativa para o desemprego. 2.2 O PROFISSIONAL E A EMPRESA PJ PESSOA JURÍDICA De acordo com Pastore (2005) nas últimas décadas, estudos realizados sobre a evolução do trabalho, apontam para uma tendência ao surgimento de empresas PJ em vários setores da economia brasileira. As companhias podem ter estimulado e/ou coagido funcionários de certo nível a se constituírem como PJ, empresas prestadoras de serviço. Assim, ao invés de assinar a carteira profissional, tais companhias passaram a contratar exclusivamente serviços de outras empresas, as chamadas PJ, quase sempre firmas de somente um proprietário e sem empregados. Segundo esclarecimento de Hernandez (2004): Ser PJ significa, a princípio, trabalhar com autonomia, sem vínculo de subordinação. O profissional vira uma empresa prestadora de serviço e passa a assumir as despesas e os riscos do seu próprio negócio, sendo vantajoso para a empresa contratante, mas, raramente para o profissional contratado. Isso porque a exploração que o mercado tem feito do conceito, nem sempre é condizente com a adequação original do termo. Na prática, ocorre uma simples substituição do tipo de contrato de trabalho baseada na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) para uma prestação de serviço PJ, objetivando evitar os custos da legislação trabalhista. Com isso, o

19 18 candidato perde todos os benefícios previstos por lei, mas suas atribuições e seus horários na firma não são alterados, visto que os mesmos estão disfarçados de empresas. Uma das formas de precarização do contrato individual do trabalho é a utilização ilícita da figura da pessoa jurídica para formalizar a relação empregatícia. Isso porque a figura do PJ é própria à prestação de serviços de pessoa jurídica, mas imprópria à prestação de serviços sob o vínculo empregatício. Contudo, é necessário entender quando a figura do PJ é ilícita e quando é lícita, e sendo ilícita como é tratada pela lei, e ainda, quais as conseqüências dessa ilegalidade. Para tanto se faz necessário estabelecer os seguintes parâmetros conceituais: Empregado: o trabalhador que presta serviços com os quesitos do art. 3º da CLT (trabalho efetuado por pessoa física e por conta do empregador / pessoalidade / habitualidade / onerosidade / subordinação). Autônomo: o trabalhador que não exerce suas atividades sob o vínculo empregatício, mas como prestador de serviços eventuais e não subordinados (por exclusão do conceito de empregado). Conforme segue figura abaixo: EMPREGADO Pessoalidade não podendo se fazer substituir a outrem Subordinação tem interferência na direção e execução dos trabalhos Habitualidade trabalha em dias determinados, com continuidade Dependência econômica não assume os riscos de sua atividade, que ocorrem totalmente por conta do empregador Somente poderá ser Pessoa Física Fig. 02 Conceito profissional comparativo Fonte: HERNANDEZ (2004) AUTÔNOMO Pode se fazer substituir por outra pessoa Tem autonomia na execução das tarefas, importando apenas em atender ao trabalho encomendado Trabalha eventualmente, e não tem aspecto de continuidade de trabalho Assume os riscos de seu negócio, bem como as despesas para prestação de serviços Poderá ser Pessoa Física ou Pessoa Jurídica

20 19 Em alguns casos, alguma característica de vínculo empregatício poderá ser confundida com de trabalho autônomo, contudo, os quesitos habitualidade e subordinação serão sempre os principais elementos distintivos das duas formas de prestação de serviços. Ou seja, se determinada atividade for caracterizada como vínculo empregatício, não será lícita a contratação do trabalhador como prestador de serviços autônomos, e tampouco como pessoa jurídica (PJ), o que caracterizaria fraude à lei e nula de pleno direito (art. 9º da CLT) "Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação". Então o uso lícito da figura do PJ, por exclusão, será caracterizado pela contratação de pessoa jurídica - empresa, para prestar serviços não habituais, não subordinados, etc. Segundo dados de Queiroz (1999) muitas empresas encararam esta alternativa como economicamente interessante, uma vez que, contratando desta forma estariam livres dos encargos sociais e outras obrigações regidas pela CLT. Ainda de acordo com Queiroz, a Justiça do trabalho, através da análise destas relações laborais, tem constatado que essas relações são estabelecidas, na sua grande maioria, com o sistema de exclusividade, ou seja, o então empresário é contratado como pessoa jurídica, mas depende economicamente e operacionalmente do seu contratante, evidenciando relação e vínculo de emprego.

21 ADMINISTRADOR E EMPREENDEDOR: SIMILARIDADES E DIFERENÇAS Este trabalho busca contribuir para o entendimento do empreendedorismo no que se refere ao surgimento de empresas PJ, se esse crescimento é produto de empreendedores ou conseqüência de dificuldades de inserção no mercado de trabalho. Para tanto, parte-se da seguinte questão: pode-se criar um modelo de comportamento que habilite alguém a ser empreendedor? De acordo com Dornelas (2001) o ensino de administração voltava seu foco a formar profissionais para administrar grandes empresas e não para criá-las. Quando esse cenário mudou, tanto os profissionais experientes, os jovens à procura de oportunidades no mercado de trabalho, quanto às escolas de ensino de Administração, não estavam preparados para o novo contexto apresentado. E mudar a visão a respeito de determinado assunto, redirecionar ações e repensar conceitos, leva algum tempo para que gerem resultados práticos. Nesta abordagem, o empreendedor é visto como um ser social, e assim sendo, é fruto da relação constante entre os talentos e características individuais e o meio em que vive. O empreendedor possui peculiaridades extras, além dos atributos do administrador, e alguns aspectos pessoais que, somados às características sociológicas e ambientais, permitem o surgimento de uma nova empresa. (DORNELAS, 2001). Dornelas destaca ainda uma observação de Filion (1997): o gerente é voltado para a organização de recursos, enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos. As diferenças e as similaridades entre o domínio empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões:

22 21 orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento e controle dos recursos e estrutura gerencial: Orientação estratégica: numa abordagem processual, com foco na impessoalidade, na organização e na hierarquia, a organização estratégica propõe que o trabalho do administrador ou do empreendedor, concentre-se nos atos de planejar, organizar, dirigir e controlar. Embora, sob o domínio empreendedor a orientação seja dirigida pela percepção de oportunidades, enquanto que no domínio administrativo, a orientação é dirigida pelo controle dos recursos atuais. Análise das oportunidades: nesta dimensão, o trabalho dos administradores é semelhante ao dos empreendedores, já que compartilham de três características principais: demandas, alternativas e oportunidades. As demandas identificam o que deve ser feito. As alternativas identificam as opções do que fazer e de como fazer. As oportunidades criando equilíbrio em um ambiente de turbulência, ou seja, o empreendedorismo quebra a ordem corrente e inova em curto prazo, enquanto que o administrador, a longa duração. Comprometimento: os empreendedores têm um senso de liderança e comprometimento focado na independência maior que os administradores, galgando sempre estar à frente das mudanças e ser donos do próprio destino, criando algo novo e determinando os próprios passos e caminho. Controle dos recursos: uma característica comum aos administradores e aos empreendedores é saber obter e alocar os recursos materiais, humanos, tecnológicos e financeiros de forma racional, procurando o melhor desempenho para o negócio.

23 22 Estrutura gerencial: o domínio maior está na necessidade dos administradores de definir a autoridade, a responsabilidade e a cultura organizacional, através de conceitos administrativos. Mas quando analisados os estudos sobre o papel e as funções do administrador e sobre a abordagem processual do seu trabalho, pode-se concluir que existem muitos pontos em comum entre o administrador e o empresário; ou seja, o empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação à gestão, por serem mais visionários. De acordo com Chiavenato (2005) o empreendedor deve ser um bom administrador para obter o sucesso, no entanto, nem todo bom administrador é um empreendedor. De modo geral, ao fazer uma distinção entre o administrador e o empreendedor, pode-se dizer que, enquanto o primeiro, objetiva conviver com a realidade existente na organização e atuar eficiente e eficazmente sobre ela, o empreendedor busca a materialização de novas oportunidades, quer sejam elas a criação de um novo negócio ou uma ação inovadora em uma empresa já existente, como planos de marketing, vendas ou produção. Paralelamente à administração, a economia é base para os estudos fundamentais na análise do papel que o empreendedor representa no processo de desenvolvimento econômico e social. Os economistas que destinam atenção ao tema, avançam estudos buscando um melhor conhecimento da interação entre o empreendedor e a empresa, da sua eficácia no uso dos recursos, do seu estado de alerta em relação ao ambiente: às nuances de mudanças no mercado, percepção de informações e da capacidade de lidar com riscos e incertezas.

24 23 E nessa fronteira entre economia e administração, surgem conceitos como empresário empreendedor e empresa empreendedora. 2.4 CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR E DA EMPRESA EMPREENDEDORA Uma reflexão sobre as atitudes e comportamentos dos empreendedores é a base da investigação do processo de criação de empresas, e esse diagnóstico é baseado em estudos que envolvem atitudes. Ou seja, determinar quais atitudes e comportamentos são praticados pelos empreendedores como base na avaliação da existência de uma semelhança entre atitudes e comportamentos dos chamados empreendedores na criação de empresas PJ. A importância do estudo das atitudes para o processo de criação de empresas é relacionada à própria afinidade entre modo e desempenho, ou seja, a atitude é uma seqüência de componentes que conduzem a um determinado comportamento. E, consequentemente, essa ligação entre atitude e comportamento contribui para o desenvolvimento do espírito empreendedor. Embora seja possível identificar as principais características, pensamentos e ações dos empreendedores, de acordo com Filion (1999) essas características dependem da atividade que o empreendedor está executando em uma determinada época e da etapa em que a empresa se situa no processo de desenvolvimento.

25 24 Como o empreendedor se revela por meio dos resultados alcançados, e não apenas por seus sonhos e visões, a sua identificação e caracterização serão sempre sustentadas nas suas realizações. Filion (1991) busca a compreensão do empreendedor analisando o processo de elaboração do mesmo, que tem como passo inicial a criação de uma visão. Para ele, o que diferencia o empreendedor e o caracteriza é uma estrutura de pensamento sistêmico e visionário. A visão é, portanto, o ponto de partida para a criação de novos empreendimentos. Entretanto, para que a visão possa ser realizada, faz-se necessário que outros elementos participem do processo de seu desenvolvimento, tais como: características pessoais (atitudes, liderança, capacidade de se relacionar, comunicação) habilidades, experiência e conhecimentos mínimos para assumir os riscos e desempenhar satisfatoriamente as atribuições. O grau de interação que se estabelece entre a visão e esses elementos processo empreendedor é o que determinará a possibilidade de materialização com sucesso da visão. Já Dolabela (1999) considera como ponto de partida o sonho, sendo a visão compreendida como sonho posta em ação. Dentro desta concepção, todos são capazes de empreender desde que sejam capazes de sonhar e estejam motivados para converter em realidade os seus sonhos. O empreendedor é alguém que define por si mesmo o que vai fazer e em que contexto será feito. Ao definir o que vai fazer, ele leva em conta seus sonhos, desejos, preferências, o estilo de vida que quer ter. Desta forma, consegue dedicar-se intensamente, já que seu trabalho se confunde com o prazer (DOLABELA, p.68). As abordagens de Filion e Dolabela consideram o caminho empreendedor como uma forma de realização do ser, de acordo com seu objeto de interesse, seu

26 25 sonho, desejo, preferência e o que lhe traz satisfação pessoal como energia para sua ação. Chiavenato (2005) baseado em estudos realizados por McClelland (1961), no que tange a perspectiva psicológica e comportamental dos empreendedores, considera o ímpeto empreendedor com três características básicas: Necessidade de realização: existência de uma relação positiva entre a necessidade de realização e a atividade empreendedora, onde os empreendedores iniciam novas empresas e orientam o seu crescimento, além de apresentarem elevada necessidade de realização em relação às pessoas da população geral. O desejo de realização propicia o interesse por tarefas desafiadoras. Disposição para assumir riscos: o empreendedor assume variados riscos ao iniciar seu próprio negócio, tais como: financeiros, decorrentes dos investimentos ao iniciar seu próprio negócio, abandono de empregos seguros e carreiras definidas. Verificou-se nos empreendedores, alta necessidade de realização com propensões a assumir riscos refletindo autoconfiança. Autoconfiança: Os empreendedores possuem autoconfiança para enfrentar os desafios existentes no ambiente e desenvolvem domínio nas relações de troca com o mesmo. Todavia, nem todo empreendedor busca um novo objetivo ou meta de vida ao constituírem uma empresa, existem casos de negócios que foram constituídos compulsoriamente, como forma de evadir-se de algum aspecto ambiental, nos casos dos chamados empreendedores involuntários. A fuga de ambientes de trabalho burocráticos, processos decisórios centralizados, realocações impostas, atmosfera indesejável ou a própria situação de

27 26 desemprego no país, podem inferir como alternativa de sobrevivência, a criação de empreendimentos.

28 ESTUDO DE CASO 3.1 CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES PESQUISADAS Para melhor compreensão e caracterização das organizações apresentadas, faz-se necessário conceitualizar os termos: empresa tomadora e concessionária ou empresa PJ. A empresa tomadora é aquela que, na relação profissional, tem a capacidade de contratar a prestadora de serviços e a concessionária é a empresa PJ contratada pela tomadora para comercialização dos seus produtos e/ou serviços, através de uma concessão por tempo determinado ao contrato firmado entre as partes. A justificativa apresentada pela organização tomadora como objetivo para a contratação quase restrita (devido ao número insignificante de profissionais contratados pelo regime CLT) de empresas PJ para determinadas atividades na empresa, é formar alianças estratégicas para a obtenção de resultados que gerem competitividade e diferencial diante das concorrentes, buscando como parceiros, aqueles mais competentes e especializados. Estes seriam eficazes e tecnicamente capazes de assumir responsabilidades e teriam autonomia para gerenciar e supervisionar suas próprias atividades. As partes contratantes assumem a postura de parceria empreendedora, focada nos objetivos e interesses de ambas. Cada uma buscando esforços para atingir os resultados favorecedores a ambas.

29 28 Porém, a exigência de contratos de exclusividade com as concessionárias, demonstra hierarquia e subordinação. A empresa PJ atua sempre com dependência em relação à organização contratante, devido à sua incapacidade de gerir seus negócios sem a interferência da mesma. A escolha dos parceiros PJ é feita através de rigoroso e extenso processo de seleção, com entrevistas, testes, dinâmicas em grupo, estudos e programas de treinamento que cultivam certos atributos de personalidade e comportamento empreendedor, como se esses levassem, de forma garantida, ao sucesso de um empreendimento. Os selecionados, algumas vezes ex-funcionários, candidatos a se tornar empresários, vêm nesta oportunidade a chance de se transformar em donos de empresas e ganhar muito dinheiro em curto prazo, principalmente porque podem ter empresas sem nenhum investimento próprio inicial, uma vez que a contratante subsidia a constituição da empresa PJ, reavendo esse recurso através de dízimos das recompensas de vendas das então empresas PJ. Pode-se observar, também, que a contratante mantém com a concessionária uma relação de supervisão igual a que há em caso de funcionários contratados, para controlar as suas atividades, executando-as conforme os seus interesses e conveniências, sob pena de retenção do pagamento das recompensas (em forma de comissão) ou até o descredenciamento irreversível. Embora, todos os encargos de manutenção da empresa PJ (incluindo escritório virtual e contador) sejam de responsabilidade da concessionária.

30 ANÁLISE DOS DADOS PESQUISADOS Para o diagnóstico dos dados coletados, desenvolveu-se uma moldura de referência utilizada como guia para nortear e facilitar a compreensão sobre os fatores motivacionais e propulsores à criação das empresas PJ, e as características que diferenciam os tipos de empreendedores. PERFIL DO EMPREENDEDOR ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Desemprego Necessidade de aumentar renda Insatisfação com atividade anterior (retorno financeiro) Inovação Tecnologia Competitividade ASPECTOS COMPORTAMENTAIS Necessidade de realização e capacidade de inovação Identificação de oportunidade de mercado Desejo de ter o próprio negócio VARIÁVEIS PROPULSORAS EMPREENDEDORAS PROCESSO DE CRIAÇÃO DA EMPRESA Fig. 3 Aspectos para a formação da empresa PJ Fonte: elaborado pela autora, baseado em fontes de pesquisa

31 30 Conforme mencionado na metodologia, foi realizada uma entrevista semiestruturada, conforme roteiro anexo (Anexo I), com 20 (vinte) concessionárias PJ vinculadas à mesma organização e com diferentes anos de atuação no mercado. Na figura 4 encontram-se sintetizadas as principais características dos PJ pesquisados, os aspectos favorecedores ou limitadores ao perfil e ao comportamento empreendedor, identificados nas entrevistas. CARACTERÍSTICAS ESPECIFICAÇÕES INDICADORES Necessidades Desemprego Auto-realização Independência Aprovação Segurança Inventividade Status pessoal Curiosidade Habilidades/ Competências Comprometimento Perfeccionismo Autonomia Atitude pró-ativa Criatividade Motivação Técnica Vivência com situação nova Comunicação persuasiva Conhecimentos Senso de oportunidade Desenvolvimento pessoal Informação técnica Experiência Formação complementar Estrategista Especialista Fig. 4 Características dos profissionais PJ Fonte: elaborado pela autora Necessidade de reinserção no mercado Guiados pela vontade de realização Extrapolar os próprios limites Crença na capacidade de satisfação pessoal Ser respeitado e prestigiado como vitorioso Garantia financeira Abertura de novas idéias Iniciativa para tomada de decisões Ambição profissional/vontade de crescer Identificação de oportunidade Perseverança com relação ao seu empreendimento Busca ao atingimento de metas com perfeição Auto-gerenciar desejos e aspirações pessoais Predisposição para correr riscos Adaptar-se favoravelmente à mudança Gerenciamento da inovação Capacidade de negociação Antecipação das oportunidades Implementar idéias Aspectos técnicos relacionados ao negócio Formulador de plano para superar obstáculo Capaz de expor idéias e conhecimentos técnicos Atento às necessidades do mercado Habilidade para conviver com mudanças Vislumbrar as adversidades com naturalidade Aperfeiçoar suas próprias capacidades Aspectos relacionados ao negócio Enfoque empresarial Aprimoramento constante Foco no resultado Ampla cultura geral Visão sistemática Experiência comercial

32 31 Nas figuras 5 e 6 encontram-se estruturados modelos de análise, nos quais são comparados os dados obtidos da pesquisa exploratória, contendo aspectos comportamentais e econômicos, encontrados na literatura estudada. Perspectiva Econômica 20% 10% 0% 40% 30% Desemprego Necessidade de aumentar a renda Oportunidade de negócio Ambição profissional/desafio Experiência anterior Fig. 5 Gráfico com perspectiva econômica Fonte: elaborado pela autora, baseado em dados coletados na pesquisa empírica. Perspectiva Comportamental 15% 10% 5% 35% 35% Insatisfação com atividade anterior Comprometimento Desejo de ter o próprio negócio Necessidade de realização/desejo de auto gestão Capacidade de inovação Fig. 6 Gráfico com perspectiva comportamental Fonte: elaborado pela autora, baseado em dados coletados na pesquisa empírica. O desemprego é uma das variáveis mais citadas na pesquisa como propulsora e estimuladora do processo empreendedor, provocando mudanças forçadas na vida dos entrevistados. Esses dados quando relacionados à teoria de

33 32 Filion (1999) concordam em termos de que os anos 90 produziriam a categoria de empreendedor involuntário, ou seja, aquele que busca na criação de uma empresa, a geração do auto-emprego. Outro dado constatado refere-se à insatisfação pela atividade anteriormente desempenhada, tal manifestação indica fator desencadeador no processo empreendedor. Vale ressaltar que nenhum dos entrevistados apresentou experiência anterior na execução da atividade, reafirmando a modificação compulsória que sofreu ao iniciar a atividade empreendedora de concessionária PJ. Entretanto, independente do interesse de realização ser de âmbito pessoal ou pecuniário, a pesquisa apresentou significativo grau de comprometimento com a atividade executada, ou seja, indiferente ao objetivo, o foco será executá-la eficazmente. A respeito dos itens desejo de ter o próprio negócio, de auto-gestão e capacidade de inovação, citados pela literatura como indicadores de motivação para empreender, são características individuais não encontradas na pesquisa em grau relevante, apresentando uma freqüência baixa comparativamente aos dados mencionados literatura. Ainda de acordo com as referências literárias, o que move o empreendedor é, basicamente, a necessidade de realização pessoal e a percepção de uma oportunidade de negócio e não suas recompensas monetárias. Porém, os dados da pesquisa revelam maior índice de interessados no retorno financeiro, através do aumento da renda, do que o desejo de prestígio pessoal ou motivação para ser seu próprio patrão e autogestão.

34 CONSIDERAÇÕES FINAIS A força do empreendedorismo no Brasil e sua importância no contexto socioeconômico, como estímulo e alternativa à geração de emprego e renda podem caracterizar a atual situação de determinadas empresas no mercado contemporâneo, obrigadas a passar por transformações nos processos produtivos. Em função disso, novos tipos de relações de negócios têm aumentado significativamente, e colaborado para o incentivo às subcontratações, disfunções e precarização nas relações de trabalho, fazendo com que as diversas empresas dos mais variados segmentos substituam os processos de contratação pela prestação de serviços com emissão de nota fiscal, o chamado profissional PJ. Porém, a interveniência de uma grande organização empresarial para a formação de uma empresa PJ, pode ser considerada estímulo ao empreendedorismo ou descaracterização de relação trabalhista? A pergunta levantada foi analisada, e suas questões operacionais discutidas confrontadas com os conceitos desenvolvidos ao longo dessa dissertação e fundamentada nos resultados obtidos na pesquisa empírica. Para tanto, faz-se necessário contextualizar o empreendedorismo. O empreendedorismo é de tamanha complexidade que não pode ser visto sob um único enfoque, englobando a influência do macro ambiente, o perfil comportamental do indivíduo e os padrões culturais com forte ligação entre a reestruturação produtiva e as relações trabalhistas na atualidade.

35 34 Contudo, é relevante compreender os motivos que levam as pessoas a criar o próprio negócio, identificar o perfil desses empresários, considerando as características comportamentais e sociais mencionadas na literatura como determinantes para desencadear as atividades empreendedoras e o espírito empreendedor. Conforme evidenciado nas figuras com análises comparativas referentes aos aspectos comportamentais e socioeconômicos do trabalho de pesquisa, como também na apuração e interpretação das informações dos dados obtidos através das entrevistas, foram identificadas características comportamentais e econômicas. Porém, o maio grau de importância entre as mesmas, está no fator econômicofinanceiro. Os resultados da pesquisa, tanto pela contextualização teórica, quanto pelas entrevistas realizadas, convergem para o fato de que mudanças compulsórias na vida dos indivíduos pesquisados, provocadas, principalmente, por demissões e a insatisfação com a atividade laboral anterior, são os principais motivos para a formação das empresas PJ. Quanto ao perfil empreendedor, especialmente o esboçado a partir das entrevistas, em consonância com o apresentado na literatura, constata que as características e habilidades marcantes que distinguiriam o espírito empreendedor não são encontradas em grau relevante nos indivíduos pesquisados. Logo, no contexto analisado, o empreendedorismo dá-se, sobretudo por necessidade, significando que os empreendedores iniciam suas atividades em razão da dificuldade de obter emprego regular no mercado, sendo tal conclusão ratificada pelos números oriundos das pesquisas supracitadas. Esses motivos reforçam a

36 35 hipótese inicialmente levantada, de que o contexto socioeconômico estimulou o surgimento da classe de empreendedores involuntários.

37 36 REFERÊNCIAS ARAUJO, Maria A.D. de MOREIRA, Carlos A. de L. Gerenciamento das pessoas em uma associação de trabalho: novas formas de participação? 2003 BRAGA, João N. de P. O empreendedorismo como instrumento de desenvolvimento. O programa IES/SOFITEX, Tese (Mestrado Acadêmico em Administração) Escola de administração, Universidade Federal da Bahia BRITO, Francisco; WEBER, Luís, Empreendedorismo Brasileiro II casos de sucesso. SP: Negócio CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor. SP: ª Edição DORNELAS, José C. A. Empreendedorismo, transformando idéais em negócios RJ: 2001, Elsevier, ª Tiragem FELIPPE, Maria I. Empreendedorismo: buscando o sucesso empresarial, São Paulo, 1996 FILION, L. J. Carreiras empreendedoras do futuro, Revista Sebrae nº 01, out/dez 2001 GUIMARÃES, Liliane de O. ; OLIVEIRA, Dilson C. de, Perfil empreendedor e ações de apoio ao empreendedorismo, 2003 Global Entrepreneurship Monitor. Empreendedores no Brasil, Sumário Executivo- 2000,2003,2004 HERNANDEZ, Márcia P. Direito Trabalhista, PUC SP, 2004 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, GRABOIS, Ana P., Abrir empresa é alternativa ao desemprego, mostra o IBGE, 2004 KOTLER, P. Adm de MKT: Análise, planejamento, administração e controle. São Paulo: Atlas, 1998 LEITE, Emanuel O fenômeno do empreendedorismo criando riquezas. Edições Bagaço, Recife, 2000 MORAES, Rita Volta por cima. Dono do seu nariz, Revista Isto É, nº1788, ano 2004, p PASTORE, José Mudanças no modo de trabalhar, Estado de São Paulo, 22/03/2005. Diário

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes

EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes EMPREENDEDORISMO: Características, tipos e habilidades. Prof. Dr. Osmar Manoel Nunes 1 Em análise de qualquer empreendimento encontram-se dois tipos de empreendedor: o que empreende em relação à oportunidade

Leia mais

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos

Carreira: definição de papéis e comparação de modelos 1 Carreira: definição de papéis e comparação de modelos Renato Beschizza Economista e especialista em estruturas organizacionais e carreiras Consultor da AB Consultores Associados Ltda. renato@abconsultores.com.br

Leia mais

Empreendedorismo de Negócios com Informática

Empreendedorismo de Negócios com Informática Empreendedorismo de Negócios com Informática Aula 5 Cultura Organizacional para Inovação Empreendedorismo de Negócios com Informática - Cultura Organizacional para Inovação 1 Conteúdo Intraempreendedorismo

Leia mais

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral

Empreendedorismo. Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Empreendedorismo Tópico 4 Plano de Negócios: Visão Geral Conteúdo 1. Objetivos do Encontro... 3 2. Introdução... 3 3. Planejar. Por quê?... 3 4. O Plano é produto do empreendedor... 4 5. Estrutura do Plano

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

Atitude Empreendedora: Uma competência estratégica ao profissional de treinamento e desenvolvimento.

Atitude Empreendedora: Uma competência estratégica ao profissional de treinamento e desenvolvimento. Atitude Empreendedora: Uma competência estratégica ao profissional de treinamento e desenvolvimento. Por PAULA FRANCO Diante de um cenário empresarial extremamente acirrado, possuir a competência atitude

Leia mais

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING CENÁRIO E TENDÊNCIAS DOS NEGÓCIOS 8 h As mudanças do mundo econômico e as tendências da sociedade contemporânea.

Leia mais

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares

Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Rotinas de DP- Professor: Robson Soares Capítulo 2 Conceitos de Gestão de Pessoas - Conceitos de Gestão de Pessoas e seus objetivos Neste capítulo serão apresentados os conceitos básicos sobre a Gestão

Leia mais

INTRODUÇÃO A ÃO O EMPREENDE

INTRODUÇÃO A ÃO O EMPREENDE INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO Prof. Marcos Moreira Conceito O empreendedorismo se constitui em um conjunto de comportamentos e de hábitos que podem ser adquiridos, praticados e reforçados nos indivíduos,

Leia mais

O ADVOGADO GESTOR. A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. Peter Drucker

O ADVOGADO GESTOR. A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. Peter Drucker O ADVOGADO GESTOR Ari Lima A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo. Peter Drucker A competitividade atualmente no setor jurídico tem exigido uma nova postura profissional dos advogados. Tanto para

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

O Empreendedor Fabiano Marques

O Empreendedor Fabiano Marques O Empreendedor Fabiano Marques O interesse pelo empreendedorismo no mundo é algo recente. Neste sentido, podese dizer que houve um crescimento acentuado da atividade empreendedora a partir de 1990. Com

Leia mais

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER?

EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? EMPREENDEDORISMO: POR QUE DEVERIA APRENDER? Anderson Katsumi Miyatake Emerson Oliveira de Almeida Rafaela Schauble Escobar Tellis Bruno Tardin Camila Braga INTRODUÇÃO O empreendedorismo é um tema bastante

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Planejamento de Recursos Humanos

Planejamento de Recursos Humanos UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA Faculdade de Filosofia e Ciências Câmpus de Marília Departamento de Ciência da Informação Planejamento de Recursos Humanos Profa. Marta Valentim Marília 2014 As organizações

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 350-GR/UNICENTRO, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2013. Aprova, ad referendum do CEPE, o Curso de Especialização em MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências ANÁLISE CALIPER DO POTENCIAL DE DESEMPENHO PROFISSIONAL Relatório de Competências LOGO CLIENTE CALIPER Avaliação de: Sr. Márcio Modelo Preparada por: Consultora Especializada Caliper e-mail: nome@caliper.com.br

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA

ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA 1 ATIVIDADES DE LINHA E DE ASSESSORIA SUMÁRIO Introdução... 01 1. Diferenciação das Atividades de Linha e Assessoria... 02 2. Autoridade de Linha... 03 3. Autoridade de Assessoria... 04 4. A Atuação da

Leia mais

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com.

AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA. Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com. AGENDA SEBRAE OFICINAS CURSOS PALESTRAS JUNHO A DEZEMBRO - 2015 GOIÂNIA Especialistas em pequenos negócios. / 0800 570 0800 / sebraego.com.br COM O SEBRAE, O SEU NEGÓCIO VAI! O Sebrae Goiás preparou diversas

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS COM INFORMÁTICA Professor Victor Sotero 1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Esta disciplina apresenta uma metodologia para formação de empreendedores. Aberta e flexível, baseada em princípios

Leia mais

Empreendedorismo: Perspectiva de Muitos e Sucesso de Poucos

Empreendedorismo: Perspectiva de Muitos e Sucesso de Poucos Empreendedorismo: Perspectiva de Muitos e Sucesso de Poucos RESUMO Flávia Castro Este artigo tem como finalidade apresentar aos leitores uma breve reflexão sobre o fenômeno do empreendedorismo no Brasil

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Planejamento Estratégico

Planejamento Estratégico Planejamento Estratégico Análise externa Roberto César 1 A análise externa tem por finalidade estudar a relação existente entre a empresa e seu ambiente em termos de oportunidades e ameaças, bem como a

Leia mais

Como funcionam as micro e pequenas empresas

Como funcionam as micro e pequenas empresas Como funcionam as micro e pequenas empresas Introdução Elas são 99,2% das empresas brasileiras. Empregam cerca de 60% das pessoas economicamente ativas do País, mas respondem por apenas 20% do Produto

Leia mais

4. Tendências em Gestão de Pessoas

4. Tendências em Gestão de Pessoas 4. Tendências em Gestão de Pessoas Em 2012, Gerenciar Talentos continuará sendo uma das prioridades da maioria das empresas. Mudanças nas estratégias, necessidades de novas competências, pressões nos custos

Leia mais

O EMPREENDEDORISMO. SUAS PERCEPÇÕES, DIMENSÃO E DESENVOLVIMENTO NO BRASIL

O EMPREENDEDORISMO. SUAS PERCEPÇÕES, DIMENSÃO E DESENVOLVIMENTO NO BRASIL O EMPREENDEDORISMO. SUAS PERCEPÇÕES, DIMENSÃO E DESENVOLVIMENTO NO BRASIL JARDEL JAVARINI BONELI ROSANY SCARPATI RIGUETTI ADMINISTRAÇÃO GERAL FACULDADE NOVO MILÊNIO RESUMO: Este artigo objetiva apresentar

Leia mais

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL

CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL CONSULTORIA DE DESENVOLVIMENTO ORGANIZACIONAL Somos especializados na identificação e facilitação de soluções na medida em que você e sua empresa necessitam para o desenvolvimento pessoal, profissional,

Leia mais

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS 09.12.2014

Fulano de Tal. Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 FINXS 09.12.2014 Relatório Combinado Extended DISC : Análise Comportamental x Feedback 360 Este relatório baseia-se nas respostas apresentadas no Inventário de Análise Pessoal comportamentos observados através questionário

Leia mais

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS.

GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS. GRADUAÇÃO CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING CARACTERIZAÇÃO DO CURSO DENOMINAÇÃO: CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING / ÁREA PROFISSIONAL: GESTÃO E NEGÓCIOS. DIPLOMA CONFERIDO: TECNÓLOGO DE

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza

EMPREENDEDORISMO. Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza EMPREENDEDORISMO Curso: Ciências Contábeis Período: 3º Profª: Niceia Camila N. Fronza ORGANIZAÇÃO CONCEITO: A sociedade humana é feita de organizações que fornecem os meios para o atendimento de necessidades

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, ORGANIZAÇÕES, ADMINISTRAÇÃO E ESTRATÉGIA 1 OBJETIVOS 1. O que os administradores precisam saber sobre organizações para montar e usar sistemas de informação com sucesso? 2. Que

Leia mais

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO

Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Abril/2014 Porto Velho/Rondônia Rafael Vargas Presidente da SBEP.RO Gestor de Projetos Sociais do Instituto Ágora Secretário do Terceiro Setor da UGT.RO Terceiro Setor É uma terminologia sociológica que

Leia mais

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE

ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE ASPECTOS PRINCIPAIS SOBRE EMPREENDEDORISMO Empreendedorismo A Administração da revolução O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 1ª série Empreendedorismo Administração A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades

Leia mais

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1

CEAHS CEAHS. Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 CEAHS Breve descrição das disciplinas Grupo Disciplinas presenciais Créditos Mercado de Saúde 2 Mercado da Saúde Ética e aspectos jurídicos 1 Economia da Saúde 1 Processos e Sistemas em Saúde 2 Negócios

Leia mais

Conhecimentos em Comércio Eletrônico Capítulo 4 CAPÍTULO 4 VISÃO GERAL DO COMÉRCIO

Conhecimentos em Comércio Eletrônico Capítulo 4 CAPÍTULO 4 VISÃO GERAL DO COMÉRCIO CAPÍTULO 4 VISÃO GERAL DO COMÉRCIO PLANEJAMENTO E MODELOS DE E-COMMERCE Uma das principais características do CE é permitir a criação de novos modelos de negócio. Um modelo de negócio é um método que permite

Leia mais

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL

Leia mais

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques

O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques O Plano Financeiro no Plano de Negócios Fabiano Marques Seguindo a estrutura proposta em Dornelas (2005), apresentada a seguir, podemos montar um plano de negócios de forma eficaz. É importante frisar

Leia mais

cada fator e seus componentes.

cada fator e seus componentes. 5 CONCLUSÃO Conforme mencionado nas seções anteriores, o objetivo deste trabalho foi o de identificar quais são os fatores críticos de sucesso na gestão de um hospital privado e propor um modelo de gestão

Leia mais

Empreendedorismo. Corporativo Start up

Empreendedorismo. Corporativo Start up Empreendedorismo Corporativo Start up Definindo e entendendo o conceito: empreendedorismo Significa fazer algo novo, diferente, mudar a situação atual, de forma incessante, novas oportunidades de negócio,

Leia mais

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997

Universidade Estadual do Centro-Oeste Reconhecida pelo Decreto Estadual nº 3.444, de 8 de agosto de 1997 RESOLUÇÃO Nº 42-CEPE/UNICENTRO, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2012. Aprova o Curso de Especialização MBA em Gestão Estratégica de Organizações, modalidade regular, a ser ministrado no Campus Santa Cruz, da UNICENTRO.

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

Prof Elly Astrid Vedam

Prof Elly Astrid Vedam Prof Elly Astrid Vedam Despertar e saber lidar com os mecanismos de liderança e se preparar para a gestão de pequenos e médios negócios; Identificar conflitos no ambiente de seu negócio, calculando e avaliando

Leia mais

O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO

O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO Aliny Francielly de Oliveira Formada em Administração, atuante nos segmentos comércio varejista

Leia mais

Empreendedorismo COMPETÊNCIAS HABILIDADES

Empreendedorismo COMPETÊNCIAS HABILIDADES Empreendedorismo Curso de Moda e Estilismo Graduação em Administração de Empresas Especialização em Marketing Empreendedorismo COMPETÊNCIAS Conhecer o processo de empreender utilizando as estruturas, as

Leia mais

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial

PARTE III Introdução à Consultoria Empresarial FATERN Faculdade de Excelência Educacional do RN Coordenação Tecnológica de Redes e Sistemas Curso Superior de Tecnologia em Redes de Computadores Técnicas de Consultoria Prof. Fabio Costa Ferrer, M.Sc.

Leia mais

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Objetivo Geral da Disciplina: Apresentar

Leia mais

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes

Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes Nosso negócio é a melhoria da Capacidade Competitiva de nossos Clientes 1 SÉRIE DESENVOLVIMENTO HUMANO FORMAÇÃO DE LÍDER EMPREENDEDOR Propiciar aos participantes condições de vivenciarem um encontro com

Leia mais

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Existem três categorias básicas de processos empresariais: PROCESSOS GERENCIAIS Conceito de Processos Todo trabalho importante realizado nas empresas faz parte de algum processo (Graham e LeBaron, 1994). Não existe um produto ou um serviço oferecido por uma empresa

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas

Estimativas Profissionais Plano de Carreira Empregabilidade Gestão de Pessoas By Marcos Garcia Como as redes sociais podem colaborar no planejamento e desenvolvimento de carreira (individual e corporativo) e na empregabilidade dos profissionais, analisando o conceito de Carreira

Leia mais

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO Contexto e objetivos CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO O desenvolvimento do plano de negócios, como sistematização das idéias

Leia mais

CHECK - LIST - ISO 9001:2000

CHECK - LIST - ISO 9001:2000 REQUISITOS ISO 9001: 2000 SIM NÃO 1.2 APLICAÇÃO A organização identificou as exclusões de itens da norma no seu manual da qualidade? As exclusões são relacionadas somente aos requisitos da sessão 7 da

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação

biblioteca Cultura de Inovação Dr. José Cláudio C. Terra & Caspar Bart Van Rijnbach, M Gestão da Inovação O artigo fala sobre os vários aspectos e desafios que devem ser levados em consideração quando se deseja transformar ou fortalecer uma cultura organizacional, visando a implementação de uma cultura duradoura

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS Ari Lima Um empreendimento comercial tem duas e só duas funções básicas: marketing e inovação. O resto são custos. Peter Drucker

Leia mais

8/8/2013. O empreendedor. Quem é o empreendedor? Empreendedores de sucesso. Página 4 de 32. Página 5 de 32. Página 6 de 32

8/8/2013. O empreendedor. Quem é o empreendedor? Empreendedores de sucesso. Página 4 de 32. Página 5 de 32. Página 6 de 32 Empreendedorismo por José Dornelas Página 1 de 32 Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos O empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio,

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras 2012 2 Sumário Apresentação... 3 A Pesquisa Perfil dos Empreendedores Sul Mineiros Sexo. 4 Estado Civil.. 5 Faixa Etária.. 6 Perfil

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios Caro (a) aluno (a), Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. O Plano de Negócios deverá ter no máximo

Leia mais

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA

COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA COMO ADQUIRIR UMA FRANQUIA O que é Franquia? Objetivo Esclarecer dúvidas, opiniões e conceitos existentes no mercado sobre o sistema de franquias. Público-Alvo Pessoa física que deseja constituir um negócio

Leia mais

Página 1 de 19 Data 04/03/2014 Hora 09:11:49 Modelo Cerne 1.1 Sensibilização e Prospecção Envolve a manutenção de um processo sistematizado e contínuo para a sensibilização da comunidade quanto ao empreendedorismo

Leia mais

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel

Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Informática Síntese do Projeto Pedagógico do Curso de Sistemas de Informação PUC Minas/São Gabriel Belo Horizonte - MG Outubro/2007 Síntese

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

EMPREENDEDORISMO COMUNICAÇÃO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA

EMPREENDEDORISMO COMUNICAÇÃO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA EMPREENDEDORISMO COMUNICAÇÃO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA A revolução do empreendedorismo O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial

Leia mais

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004

Sistemas de Gestão Ambiental O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004 Sistemas de Gestão O QUE MUDOU COM A NOVA ISO 14001:2004 Material especialmente preparado para os Associados ao QSP. QSP Informe Reservado Nº 41 Dezembro/2004

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

5 Conclusão e Considerações Finais

5 Conclusão e Considerações Finais 5 Conclusão e Considerações Finais Neste capítulo são apresentadas a conclusão e as considerações finais do estudo, bem como, um breve resumo do que foi apresentado e discutido nos capítulos anteriores,

Leia mais

MARKETING INTERNACIONAL

MARKETING INTERNACIONAL MARKETING INTERNACIONAL Produtos Ecologicamente Corretos Introdução: Mercado Global O Mercado Global está cada dia mais atraente ás empresas como um todo. A dinâmica do comércio e as novas práticas decorrentes

Leia mais

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas 6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas A partir do exposto, primeiramente apresentam-se as fases discriminadas no modelo proposto por Mello (2005), porém agora direcionadas

Leia mais

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE 1) OBJETIVOS - Apresentar de forma transparente as diretrizes de sustentabilidade que permeiam a estratégia e a gestão; - Fomentar e apoiar internamente

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Públicos híbridos Tipologia das organizações com base no seu nível de envolvimento com as mídias pós-massivas A hipótese das três palavras-chave Contextualização - Inserção

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Planejamento e Gestão Estratégica

Planejamento e Gestão Estratégica Planejamento e Gestão Estratégica O Governo de Minas estabeleceu como um dos eixos norteadores da suas políticas públicas a eficiência na utilização dos recursos e a oferta de serviços com qualidade cada

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU ESPECIALIZAÇÃO MBA em Gestão Estratégica de Esportes Coordenação Acadêmica: Ana Ligia Nunes Finamor CÓDIGO: 1 OBJETIVO Desenvolver visão estratégica, possibilitando ao

Leia mais

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010

III Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí III Jornada Científica 19 a 23 de Outubro de 2010 Empregabilidade: uma análise das competências e habilidades pessoais e acadêmicas desenvolvidas pelos graduandos do IFMG - Campus Bambuí, necessárias ao ingresso no mercado de trabalho FRANCIELE CLÁUDIA

Leia mais

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA Profº Paulo Barreto Paulo.santosi9@aedu.com www.paulobarretoi9consultoria.com.br 1 Analista da Divisão de Contratos da PRODESP Diretor de Esporte do Prodesp

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM GESTÃO COMERCIAL TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

GESPÚBLICA Rede Nacional de Consultores. Apresentação SERVIÇO PÚBLICO RELEVANTE

GESPÚBLICA Rede Nacional de Consultores. Apresentação SERVIÇO PÚBLICO RELEVANTE GESPÚBLICA Rede Nacional de Consultores Apresentação A Rede de Nacional de Consultores "ad hoc" do Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização GesPública se constitui elemento de suma importância

Leia mais

Recursos Próprios. Amigos e Familiares

Recursos Próprios. Amigos e Familiares Recursos Próprios Chamado de booststrapping, geralmente é a primeira fonte de capital utilizada pelos empreendedores. São recursos sem custos financeiros. O empreendedor tem total autonomia na tomada de

Leia mais

Profissionais de Alta Performance

Profissionais de Alta Performance Profissionais de Alta Performance As transformações pelas quais o mundo passa exigem novos posicionamentos em todas as áreas e em especial na educação. A transferência pura simples de dados ou informações

Leia mais

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO

SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO MESTRADO SUGESTÕES PARA ARTICULAÇÃO ENTRE O MESTRADO EM DIREITO E A GRADUAÇÃO Justificativa A equipe do mestrado em Direito do UniCEUB articula-se com a graduação, notadamente, no âmbito dos cursos de

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

Gestão Eficaz e Liderança Empreendedora

Gestão Eficaz e Liderança Empreendedora Gestão Eficaz e Liderança Empreendedora O Mundo mudou. E o que eu tenho a ver com isso? Como as organizações desenvolvem-se nesse ambiente? A capacidade de mudança de uma organização é um dos fatores

Leia mais

O Empreendedor e suas Interações; Definições do Empreendedor; Tipos de Empreendedor. Nesta aula veremos o resumo de: O Intra-Empreendedorismo.

O Empreendedor e suas Interações; Definições do Empreendedor; Tipos de Empreendedor. Nesta aula veremos o resumo de: O Intra-Empreendedorismo. Nesta aula veremos o resumo de: O Empreendedor e suas Interações; Definições do Empreendedor; Tipos de Empreendedor. Nesta aula veremos o resumo de: O Intra-Empreendedorismo. 1 VÍDEO 2 O INTRA-EMPREENDEDORISMO

Leia mais

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas PIM PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO COM O MERCADO GUIA DE CURSO Tecnologia em Sistemas de Informação Tecnologia em Desenvolvimento Web Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Tecnologia em Sistemas

Leia mais

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG

Curso de Graduação. Dados do Curso. Administração. Contato. Modalidade a Distância. Ver QSL e Ementas. Universidade Federal do Rio Grande / FURG Curso de Graduação Administração Modalidade a Distância Dados do Curso Contato Ver QSL e Ementas Universidade Federal do Rio Grande / FURG 1) DADOS DO CURSO: COORDENAÇÃO: Profª MSc. Suzana Malta ENDEREÇO:

Leia mais

Programa de Capacitação

Programa de Capacitação Programa de Capacitação 1. Introdução As transformações dos processos de trabalho e a rapidez com que surgem novos conhecimentos e informações têm exigido uma capacitação permanente e continuada para propiciar

Leia mais