DESINFECÇÃO DOS OVOS INCUBÁVEIS
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- Mirella Diegues Madeira
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1 DESINFECÇÃO DOS OVOS INCUBÁVEIS INTRODUÇÃO Ao longo dos anos, várias práticas relacionadas ao manejo das aves produtoras de ovos férteis têm sido implantadas visando a melhoria do processo produtivo. Quanto maiores os cuidados com as aves, melhores serão os resultados alcançados na produção dos pintinhos. A qualidade de pintos de um dia depende da interação de múltiplos fatores, os quais precisam ser conhecidos e equacionados dentro de um sistema de controle de qualidade, que permita avaliá-los rotineiramente e modificando-os quando necessários, visando sempre a manutenção de qualidade do produto final. Uma prática comum relacionada à sanidade dos ovos incubáveis é o seu tratamento logo após a postura com um agente fumigante ou outro tipo de desinfetante com o objetivo de reduzir o número de microorganismos na superfície da casca, o que deve ser feita de forma correta e com desinfetantes adequados. A ineficiência desse processo certamente acarretará em perdas consideráveis na eclodibilidade, aumento da mortalidade embrionária, elevada mortalidade dos pintos no campo, aves com padrão sanitário e desempenho ruim e, conseqüentemente, aumento nos custos de produção. Figura 1: Incubadora para ovos. Fonte: cnhualude.en.made-in-china.com CONTAMINANTES DO OVO O ambiente onde o ovo é produzido também tem influência fundamental sobre sua qualidade, devendo a granja apresentar condições de biosseguridade adequadas para evitar possíveis contaminações. O isolamento, a ventilação, a distribuição de equipamentos e a condição da cama são fatores importantes na produção de um ovo com boa qualidade.
2 Dois pontos fundamentais no que se refere à sanidade do ovo são a sua produção em ninhos limpos, o que requer um cuidadoso e adequado sistema de manejo, e a qualidade da cama sobre a qual as aves são mantidas, que também tem grande influência na higiene do ovo. A cama úmida contamina o pé da galinha que leva a sujeira para dentro dos ninhos. O material do ninho é a primeira superfície que entra em contato com o ovo recém-posto e a umidade da casca e a temperatura do ovo (42ºC) no momento da postura favorecem a penetração bacteriana. Não importa o tipo de material do ninho (maravalha ou material artificial), ele deve ser limpo, seco e livre de matéria fecal. As condições em que se encontram as aves no aviário determinarão o grau de higiene no ninho. Camas úmidas, ripado de pequeno espaço e pobre em ventilação no favorecem a ocorrência de contaminações que a galinha levará para o ninho e, conseqüentemente, o ovo posto limpo por uma galinha poderá ficar sujo pelas patas ou penas sujas de outra ave. Figura 2: Ninho de galinhas em boas condições. Fonte: gemacaipira.com.br MANEJO DOS OVOS Ovos postos sobre a cama são contaminados e exigem cuidados especiais na coleta e higiene, ou seja, devem ser coletados antes dos ovos de ninho e separados destes. Quando os ovos postos sobre a cama são destinados à incubação, serão higienizados imediatamente. Não usar palha de aço para evitar ranhuras e não facilitar a penetração das bactérias e fungos para o interior do ovo. A coleta, a armazenagem e a incubação desses ovos devem ser sempre separadas dos ovos procedentes do ninho, pois eclodem menos e explodem mais que os ovos de ninho. Durante o momento da coleta dos ovos ou logo após, é realizada a classificação, separando os ovos incubáveis e os não-incubáveis (descarte). Para essa atividade são considerados o grau de sujeira na superfície do ovo, tamanho, integridade (trincas, rachaduras, etc) formato (rugosidades, cintura, etc) e coloração da casca. A grande pressão que hoje existe nas empresas para reduzir custos leva à necessidade de realizar um maior aproveitamento dos ovos com uma menor desclassificação. Assim, é de suma importância ter um claro conhecimento do potencial de produtividade desses tipos de ovos e dos riscos que cada um deles pode provocar.
3 Recomenda-se a higienização do ovo fértil no momento da coleta, no máximo 30 minutos após a postura, antes que os microorganismos atravessem a casca e contaminem a clara e a gema. Para prevenir a penetração das bactérias, os ovos devem ser recolhidos com freqüência dos ninhos, pois a temperatura interna dos ovos é um condicionador da contaminação, quando estão expostos ou em contato com materiais carregados de microrganismos. Depois de colhidos, os ovos devem ser rapidamente desinfetados, seja por pulverização, fumigação ou imersão; e a eficácia desse procedimento depende, em muito, da sua temperatura interna. Se o ovo for coletado ou desinfetado quando sua temperatura interna é inferior a 28 C, muitos micróbios presentes na casca podem já ter penetrado antes, introduzidos passivamente nesse fenômeno de vácuo que se provoca com a perda da temperatura que o ovo tinha no interior da galinha. PROCESSO DE DESINFECÇÃO A desinfecção química da superfície da casca dos ovos naturalmente limpos é, até o momento, a melhor forma de controle de contaminação por fungos e bactérias. Considerando que cada substância química apresenta propriedades que lhe são peculiares, a utilização das mesmas, entretanto, não deve ser feita sem o conhecimento prévio de seus efeitos. Nas granjas e incubatórios comerciais, formol e paraformol são amplamente utilizados como agentes de desinfecção, devido à grande eficácia dos mesmos no controle de microorganismos, especialmente bactérias. Os ovos são expostos aos mesmos no ninho e no processo de desinfecção na granja e no incubatório. Embora as desinfecções a seco ou úmidas, utilizando estes produtos, não tenham sido registradas como tóxicas para o embrião de aves domésticas, é bem documentada em literatura a ação mutagênica e carcinogênica sobre os mamíferos. Considerando que os primeiros dias de incubação correspondem ao período de maior sensibilidade embrionária, não se pode descartar a possibilidade desse agente químico ser um dos agentes envolvidos nos 5 a 10% de mortalidade precoce que ocorrem usualmente. Os compostos de amônio quaternário possuem boa ação sobre bactérias tanto Gram-positivas quanto Gram-negativas mas não agem contra vírus, fungos e esporos. Esses compostos se combinam facilmente com proteínas, gorduras e fosfatos e tem sua ação reduzida na presença de matéria orgânica. São muito utilizados na desinfecção de ovos por imersão de equipamentos e superfícies livres de matéria orgânica. Como regra geral são substâncias de baixa toxicidade. O uso de água sem desinfetante para sanitizar mecanicamente e arrastar a sujeira aderida na casca dos ovos é uma prática não recomendável, pois somente aumentará a contaminação. Os vapores de formol já são usados desde muito tempo para a desinfecção dos ovos e dos equipamentos do incubatório. Usados como fumígenos, esses vapores são muito eficazes na destruição de microorganismos e de vírus presentes nas cascas dos ovos, nas caixas de ovos e de pintos, nas câmaras de eclosão e de qualquer outro material do incubatório. Mas eles devem ser previamente limpos. O processo de fumigação dos ovos pode ser feito com formaldeído em pó, ou com o mesmo produto em estado líquido associado a permanganato de potássio.
4 Figura 3: Câmara de fumigação Fonte: site portuguese.alibaba.com A fumigação dos ovos incubáveis deve ser efetuada numa câmara especial, construída ou revestida de material impermeável e hermeticamente fechado. É necessário o uso de um exaustor para fazer o gás circular durante a operação de fumigação; e também expulsá-lo depois de terminada a operação. Estes produtos podem combater os microorganismos contaminantes da casca do ovo, porém só serão eficazes se forem considerados os fatores interferentes, como: Incompatibilidade; Dosagem; ph; Concentração do princípio ativo; Presença de matéria orgânica; Excesso de minerais na água; Temperatura da água. Tabela 1. Fumigação com ozônio e formaldeído. Contagem de microorganismos/ovos. Valores expressos em log 10. Dica baseada em Araújo, W.A.G; Albino, L.F.T Desinfecção de ovos incubáveis - Transworld Research Network
5 MATERIAL COD/EXAMES PRAZO DIAS 6 ovos IN 27 PESQUISA DE SALMONELLA SP EM ALIMENTOS 5 DIAS 200ml de água em frasco estéril IN 01 ANÁLISE MICROBIOLÓGICA DA ÁGUA 5 DIAS 6 ovos IN 11 CONTAGEM DE COLIFORMES TOTAIS 5 DIAS 6 ovos IN 12 CONTAGEM DE COLIFORMES FECAIS 5 DIAS Fígado, Baço, Coração, Ceco, Fezes, ovário, swab de arrasto A18 - PESQUISA DE SALMONELLA AVIÁRIA 5 DIAS 6 Carcaças A30 - NECROPSIA ATÉ 6 AVES 3 DIAS Sangue total ou soro, Ovos, órgãos ou swabs A24 - ISOLAMENTO MYCOPLASMA GALLISEPTICUM E MYCOPLASMA SYNOVIAE 15 DIAS EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) ou FAX: (31) tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708 Facebook: Tecsa Laboratorios INDIQUE ESTA DICA TECSA PARA UM AMIGO Você recebeu este Informativo Técnico, pois acreditamos ser de seu interesse. Caso queira cancelar o envio de futuros s das DICAS TECSA ( Boletim de Informações e Dicas ), por favor responda a esta mensagem com a palavra CANCELAMENTO no campo ASSUNTO do .
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