AGRAVANTE: JILSAINE APARECIDA SOARES RELATOR: Juiz Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra (Substituindo o Des.

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1 Certificado digitalmente por: GIL FRANCISCO DE PAULA XAVIER FERNANDES GUERRA Agravo de Instrumento n.º (rvp) 1 11ª CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº (N.U ) FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA VARA DE REGISTROS PÚBLICOS E CORREGEDORIA DO FORO EXTRAJUDICIAL AGRAVANTE: JILSAINE APARECIDA SOARES RELATOR: Juiz Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra (Substituindo o Des. Ruy Muggiati) AGRAVO DE INSTRUMENTO RETIFICAÇÃO DE REGISTRO CIVIL PEDIDO INICIAL JULGADO PROCEDENTE SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO PETIÇÃO PROTOCOLADA POSTERIORMENTE ALEGANDO ERRO MATERIAL CAUSÍDICO QUE ESCREVEU EQUIVOCADAMENTE O NOME A SER RETIFICADO ACENTO QUE NÃO DEVERIA EXISTIR DESCABIMENTO DO PEDIDO SENTENÇA PROFERIDA NOS EXATOS TERMOS REQUERIDOS NO PROCESSO INEXISTÊNCIA DE ERRO MATERIAL RECURSO NÃO PROVIDO. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº , em que é Agravante Jilsaine Aparecida Soares, proveniente dos autos de Retificação de Registro Civil n , em trâmite perante a Vara de Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba. Página 1 de 5

2 Agravo de Instrumento n.º (rvp) 2 ACORDAM os integrantes da Décima Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso, segundo o voto do Relator. O julgamento foi presidido pelo Senhor Desembargador Ruy Muggiati, sem voto, tendo dele participado a Senhora Desembargadora Lenice Bodstein e o Senhor Desembargador Fábio Haick Dalla Vecchia. Curitiba, 02 de março de Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra Juiz Relator Página 2 de 5

3 I- RELATÓRIO Agravo de Instrumento n.º (rvp) 3 Tratam os autos de agravo de instrumento interposto por Jilsaine Aparecida Soares. Insurge-se a agravante contra a r. decisão de fls. 108/109-TJ, proferida pelo Juízo da Vara de Registros Públicos e Corregedoria do Foro Extrajudicial da Região Metropolitana de Curitiba, nos autos de Ação de Retificação de Registro Civil n , que indeferiu o pedido de retificação da sentença já transitada em julgado diante da ausência de erro material, uma vez que deferida a alteração do registro civil do prenome da agravante para Jilsaíne, com acento, conforme requerido na inicial. Nas razões de fls. 04/09-TJ, o subscritor da petição alega não ter percebido durante todo o trâmite processual que teria errado na grafia do nome, escrevendo Jilsaíne com acento, ao passo em que o correto seria Jilsaine sem acento. Por se tratar de erro material, poderia ser corrigido a qualquer tempo, conforme dispõe o art. 463 do CPC, além do fato de que o acolhimento do pedido não prejudicaria ninguém. Assim, requer o provimento do agravo com expedição de ofício ao cartório competente para que seja corrigido o nome da agravante para Jilsaine (sem acento) Aparecida Soares. Ausente pedido liminar (fls. 121/122-TJ), mantida a decisão agravada (fl. 128/129-TJ), e manifestando-se a d. Procuradoria Geral de Justiça pelo não provimento do recurso, voltaram-me conclusos. É o relatório. Página 3 de 5

4 Agravo de Instrumento n.º (rvp) 4 II FUNDAMENTAÇÃO E VOTO Pugna a agravante pela reforma da decisão que indeferiu o pedido de retificação da sentença em razão de suposto erro material, consubstanciado no erro de grafia do nome da agravante. Conforme narrado na inicial, a agravante ingressou com Retificação de Registro Civil para alterar seu nome de Jislaine para Jilsaíne, com acento, pois assim é que teria sido conhecida a vida inteira, razão pela qual buscava a retificação de assento de registro civil. Decorridos todos os atos processuais, foi proferida sentença julgando procedente o pedido para determinar a retificação dos registros civis da recorrente, para que então passasse a constar como prenome Jilsaíne, e não mais Jislaine, conforme requerido. Houve trânsito em julgado. Transcorridos quase seis meses, comparece a parte nos autos alegando erro material na sentença, pois a grafia correta do nome seria Jilsaine, sem acento, e não Jilsaíne, com acento, eis que equivocadamente escrito pelo subscritor durante todo o trâmite processual. No entanto, conforme parecer emitido pela d. Procuradoria Geral de Justiça às fls. 132/135-TJ, não há como acolher o pedido da agravante por não existir erro material na sentença, uma vez que proferida exatamente nos termos requerido pela parte durante todo o deslinde processual. O erro do causídico em escrever o nome da cliente de forma diversa daquela pretendida não pode ser corrigido desta maneira, através Página 4 de 5

5 Agravo de Instrumento n.º (rvp) 5 de petição protocolada em autos que já transitaram em julgado, pois a sentença acolheu a pretensão inicial nos exatos termos requeridos. Em outras palavras, o erro do subscritor não pode ser corrigido como se se tratasse de erro material na sentença. E por esta razão não há como acolher o presente recurso, devendo ser mantida a decisão nos seus exatos termos. Voto. Por todo o exposto, voto no sentido de negar provimento ao recurso, nos termos acimados. Curitiba, 02 de março de Gil Francisco de Paula Xavier Fernandes Guerra Juiz Relator Página 5 de 5