Caminhos de Inovação Digital em Seguradoras. Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados.

Transcrição

3 Apresentação do Palestrante

4 Palestrante Carlos Figueiredo Diretor Deloitte Touche Tohmatsu LinkedIn: 30 anos de experiência profissional nas áreas de consultoria e de tecnologia da informação. 17 anos como executivo de consultoria (EY, SAP, Deloitte), atuando em projetos de tecnologia da informação em empresas de diversos setores, com concentração em empresas do mercado segurador. Especialista em projetos de implementação de soluções de mercado para a indústria financeira. Lidera a prática SAP Insurance na Deloitte Brasil (Backoffice, sinistros, pagamentos e recebimentos). Desenvolveu solução preconfigurada Oracle Cloud SaaS para seguradoras brasileiras (Backoffice e demandas regulatórias). Direção de programas de TI em instituições financeiras com foco em eficiência operacional e integração de plataformas. Carlos é formado em Administração de empresas pela Anhembi Morumbi e possui MBA pela Universidade de Manchester (Inglaterra) e pela Fundação Getúlio Vargas. Ele é certificado PMP, Prince2 Practiotioner, MSP e Agile Scrum Master. Certificado em Fintech pelo Laboratório de Mídias Digitais do MIT (EUA). Está cursando Inovação e Empreendedorismos pela Universidade de Stanford (EUA) Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 4

5 Panorama

6 Panorama Inovação na Indústria de Seguros A indústria de seguros está enfrentando uma pressão transformadora de inovações dentro e fora da indústria Innovation within insurance Responder ao rápido crescimento das expectativas dos clientes, não atendidos pelas seguradoras atuais Equipar os operadores históricos e os novos operadores com capacidades para oferecer ofertas transformadoras e propostas de valor Third party capital Expansion of digital intermediaries Incubents Episodic Insurance P2P Insurance Reformular os modelos de consumo e os riscos subjacentes associados aos bens seguradas A disrupção não será um evento único, mas uma pressão contínua para inovar que moldará os comportamentos dos clientes, os modelos de negócios e a estrutura de longo prazo da indústria de seguros Fonte: Deloitte (2016) 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 6

7 Panorama Inovação na Indústria de Seguros As inovações dentro da indústria de seguros exploram pontos de atrito do cliente não abordados pelas seguradoras Expansão dos Intermediadores Digitais Seguros Episódicos Research & Development Sales & Distribution Pricing & Underwriting Servicing & Claims Risk Capital Seguros P2P Proliferação de Capital de Terceiros Essas inovações acelerarão a transformação do mercado de seguros desencadeada por inovações de fora da indústria (por exemplo, carros autônomos, economia compartilhada) Fonte: Deloitte (2016) 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 7

8 Panorama Como as inovações vão afetar o mercado de seguros Propriedade Comercial das Apólices: À medida que os riscos dos usuários se desagregam dos ativos, a propriedade das políticas de bens pessoais migrará de clientes individuais para instituições comerciais Redução do Ciclo de Vida da Apólice: O consumo de seguros será mais episódico em duração, à medida que o uso de ativos sob demanda baseado em necessidades, se proliferar. Separação dos Riscos: Os riscos serão fragmentados nas suas unidades mais básicas, à medida que os agentes de responsabilidade e de propriedade se separarem. Comoditização do Risco: As políticas de seguro vão se tornar cada vez mais comparáveis, à medida em que os riscos são reduzidos e homogeneizados. Desagrupamento do Risco: A capacidade das seguradoras de agrupar riscos entre os clientes diminuirá à medida que os clientes se tornem mais informados sobre seus níveis de risco. Separação da Originação da Subscrição: As atividades de originação podem ser separadas da subscrição de risco, à medida que fornecedores de capital de risco mais eficientes, especializados em atividades de investimento entrarem no mercado Fonte: Deloitte (2016) 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 8

9 Panorama Adoção da inovação no mercado de seguros No entanto, a taxa de aceitação e de adoção de soluções inovadoras não é igualmente distribuída em todos os segmentos de mercado. Tipicamente, inovações disruptivas são aceitas por alguns segmentos de inovadores e adotantes iniciais. No caso da inovação digital, esses adotantes estão associados a segmentos específicos (geração millenial, urbanos, apreciadores de alta tecnologia). O avanço para outros segmentos, mais conservadores ou resistentes à mudança, constituem uma das principais barreiras à expansão da inovação disruptiva. Em muitos casos, grandes segmentos do mercado só adotarão inovação disruptiva de forma tardia. Algumas fatias do mercado provavelmente nunca adotarão inovações digitais disruptivas. Fonte: Moore, G. (2014) Crossing the Chams, New York: HarperCollins Publishers 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 9

10 Panorama Essas forças vão moldar diferentes versões possíveis de futuro Mais Diversificado Direcionado por: Unidades de risco granulares Separação de riscos Mais Comoditizado Direcionado por: Comoditização do risco Natureza do Risco Individualização do seguro Preço e cobertura personalizados, neutralizando previsão do prêmio Seguros padrão Super comoditização dos seguros, dividindo o mercado em segmentos por preço e por benefícios Propriedade da Apólice Seguros sortidos Montagem de uma carteira de apólices de seguro episódicas e dinâmicas Seguros como serviço utilitário Apólices se tornam unidades intercambiáveis e o seguro pode ser medido ou oferecido como garantia Baseado na Propriedade do Ativo Status Quo Baseado no Uso Direcionado por: Propriedade comercial das apólices Redução do ciclo de vida da apólice 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 10

11 Caminhos de Inovação

12 Caminhos de Inovação Inovação sustentável x Inovação disruptiva O caráter sustentável ou disruptivo de uma inovação não está associado a nenhuma questão tecnológica, mas pelo efeito que a inovação causa no mercado. Inovação sustentável: Geralmente realizada por empresa já estabelecida. Pode ser incremental ou radical no aspecto tecnológico, mas o resultado é melhorar a performance e a qualidade dos produtos atuais, observado as características do produto que os consumidores valorizam. A maior parte das inovações em qualquer setor pertence a esse grupo. Empresas entrantes não têm economia de escala para competir nesse cenário. Inovação disruptiva: Oferece um novo conjunto de benefícios, diferente do conjunto ofertado pelos produtos atuais. Geralmente esses novos produtos têm performance inicial inferior aos produtos estabelecidos, se comparados pelas características dos produtos atuais. Mas eles atendem a um conjunto específico de consumidores. A partir do lançamento, esses produtos têm uma taxa de inovação (sustentável) que faz com que passem a atender às demandas de outros grupos, além dos clientes iniciais. Empresas atuais têm dificuldade de mobilizar recursos nessa condição. Podem ser classificados em dois grupos: Low-end Disruption: Atende clientes menos rentáveis e sub atendidos no mercado atual. Geralmente baseada em ofertas de menor custo, com reduzido conjunto de funcionalidades, mas que responde a demandas específicas de grupos de consumidores. New-Market Disruption: Compete com o não consumo (Busca novos clientes, atualmente não atendidos). Muitas inovações disruptivas são híbridas (low-end e new-market). Fontes: Christensen, C. (1997) The innovator s Dilemma, Boston: HBR Press, Christensen, C. (2003) The innovator s Solution, Boston: HBR Press 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 12

13 Caminhos de Inovação Duas abordagens principais Novas empresas, com foco em inovação disruptiva, seguem modelos como o Lean Startup, com experimentação iterativa frequente. Empresas tradicionais, com foco em inovação sustentável (incremental ou radical), estão buscando processos de transformação digital. Modelo Transformação Digital: Processo estruturado de transformação dos ativos da empresa, como a estratégia, processos, produtos, estrutura organizacional e sistemas, através do uso de tecnologia, com o objetivo de reinventar o negócio da seguradora. Ações típicas podem ser a implementação de uma plataforma digital, de um novo sistema de relacionamento ou de produtos, revisão e automação de processos, ou a adoção de arquitetura sistêmica mais moderna. Modelo Lean Startup: Geralmente realizada por novas empresa (start-ups) independentes ou originadas de grupos já estabelecidos. Adota um método de experimentação que enfatiza a prototipação rápida, testes frequentes e a validação do conhecimento. Geralmente operam em pequeno volume, durante a fase de aprendizado inicial. Fontes: Ries, E. (2011) The Lean Startup, New York: CrownBusiness, Rogers, D. (2016) The Digital Transformation Playbook, New York: Columbia Business School 2016 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 13

14 Caminhos de Inovação Modelo Transformação Digital A partir de uma avaliação da maturidade das capacidades digitais da empresa, e da criação de narrativas do usuário, mapeamos as lacunas existentes, definimos a jornada do cliente no uso dos produtos, definimos e detalhamos as iniciativas de transformação digital necessárias, que são então priorizadas e publicadas em um roteiro de ações. Mudança centradas na mudança da tecnologia ou dos sistemas de informação atuais podem não ser suficientes. É importante partir de uma visão centrada no cliente e identificar todas as ações de transformação necessárias, incluindo mudanças culturais, organizacional, de processos, produtos e de posicionamento. Exemplos de iniciativas associadas à transformação digital: Automação e integração de processos transacionais com uso de RPA (Robotic process automation). Uso de Analytics em segmentação de mercado ou identificação de riscos ou de fraudes Criação de camada digital transacional e de relacionamento baseada em aplicativos móveis 2017 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 14

15 Caminhos de Inovação Modelo Lean Startup Pequenas organizações, que procuram explorar uma única oportunidade de negócios, adotam um modelo de inovação caracterizado por um ciclo rápido em que hipóteses são formuladas acerca de uma oportunidade, um protótipo simples é preparado e oferecido para um pequeno conjunto de potenciais usuários. A reação dos usuários é analisada e os resultados positivos são incorporados no produto. A capacidade de promover mudanças rápidas e constantes no produto e no modelo de negócio faz com que essas empresas consigam responder rapidamente às oportunidades indentificadas. Algumas características são observadas nessas empresas: Dedicada à explorar uma única oportunidade de mercado Organização muito pequena nos períodos iniciais de experimentação Foco inicial nos innovators Não adotam modelos híbridos. Produtos, processos, sistemas totalmente digitais (incluindo parceiros de negócio). Processos de desenvolvimento Agile, com uso de técnicas devops, permitindo inovação continua dos serviços ofertados. Ciclo de aprendizagem 2017 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 15

16 Caminhos de Inovação Estratégias das seguradoras tradicionais para as Startups As seguradoras tradicionais têm dificuldades de implementar o ciclo de aprendizagem modelo Lean Startup de forma dinâmica, pois suas características organizacionais e sistêmicas não suportam os ciclos de aprendizado rápido. No entanto, elas dispõem de um conjunto de abordagens que pode ser empregado: Investimento direto em startups (participação ou controle) Programas de fomento de startups (incubadoras), com possível participação no capital Parceira com Startups para exploração de oportunidades de mercado (Startup como canal digital, Seguradora subscrevendo novos produtos digitais: Cyber Insurance, Apólice para propriedade compartilhada) Criação de uma organização específica (startup) para explorar oportunidade de negócio (controle, sem gestão) 2017 Deloitte Touche Tohmatsu. Todos os direitos reservados. 16

17 Contato