T E O R I A GER A L D O DIREITO CIVIL

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1 Ponto 08 Bens 1. Conceito ROTEIRO DE AULA a) Coisa É tudo o que pode satisfazer uma necessidade humana. b) Bem É toda coisa material útil ao homem enquanto economicamente valorável e suscetível de apropriação. OBS: Alguns autores invertem esses conceitos. Outros dizem que são sinônimos. O Código Civil anterior não fazia a distinção entre bem e coisa, usando ora um, ora outro termo, como sinônimos. Já Código atual utiliza apenas o termo BEM. Bens são valores materiais ou imateriais que podem ser objeto de uma relação jurídica. 2. Classificação doutrinária a) Quanto à sua exteriorização (classificação doutrinária) Corpóreos, Materiais, Tangíveis ou Concretos - São aqueles que possuem existência física; são os percebidos pelos sentidos. Ex: imóveis, jóias, carro, dinheiro Incorpóreos, Imateriais, Intangíveis ou Abstratos - São aqueles que possuem existência abstrata e que não podem ser percebidos pelos sentidos. Ex: propriedade literária, o direito do autor, a propriedade industrial (marcas e patentes) 3. Classificação Legal Segundo a classificação legal, os bens podem ser divididos em diferentes classes que, aproximando-se pelo seu elemento em comum, facilitam o seu estudo. Assim pode ser feita uma classificação inicial: 1. Bens considerados em si mesmos 2. Bens reciprocamente considerados 3. Bens considerados em relação ao titular do domínio 4. Coisas fora do comércio 3.1) Bens considerados em si mesmos a) Quanto à mobilidade Imóveis (art. 79/81 do CC) São aqueles que não podem ser removidos, transportados, de um lugar para o outro, sem a sua destruição.

2 Podem ser divididos em: a.1) Imóveis por natureza É o solo e tudo quanto se lhe incorporar naturalmente (árvores, frutos pendentes), mais adjacências (espaço aéreo, subsolo). Questionamento pertinente: O dono do solo será, também, o dono do subsolo? (passagens, garagens subterrâneas, porões, adegas...) Segundo o art. 176 da CF, as jazidas, os recursos minerais e hídricos constituirão propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, ficando sob o domínio da União. Todavia, é garantido ao dono do solo a participação nos resultados da lavra. a.2) Imóveis por acessão física É tudo que o homem incorpora permanentemente ao solo, não podendo removê-lo sem destruição, modificação ou dano Ex: sementes plantadas, edifícios, construções pontes, viadutos, etc. Acessão quer dizer aumento, acréscimo de uma coisa a outra Questionamentos pertinentes: 1) Um imóvel que pode ser removido para outro local é imóvel? 2) Uma janela que venha a ser removida de um prédio em reforma, é móvel ou imóvel? (art. 81 do CC) 3) Uma porta retirada de uma casa para ser colocada em outra é móvel ou imóvel? a.3) Imóveis por acessão intelectual Não mais se aplica após a entrada em vigor do Código Civil São bens móveis que um foram imobilizados pela vontade das partes. É uma ficção jurídica. a.4) Imóveis por disposição legal São aqueles que assim determina a lei para que possam receber melhor proteção jurídica. Art. 80 do CC 1. os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 2. o direito à sucessão aberta. Móveis São aqueles que podem ser removidos, transportados, de um lugar para outro, por força própria ou estranha, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social. Podem ser divididos em: a.1) Móveis por natureza São aquelas que podem ser transportadas sem a sua destruição, por força própria ou alheia.

3 Força alheia x Força própria (semoventes) a.2) Móveis por antecipação ou por destinação São aqueles inicialmente imóveis, mas que podem ser mobilizados por uma intervenção humana. Ex. As árvores enquanto ligadas ao solo são bens imóveis por natureza, exceto se se destinam ao corte, quando convertem-se, neste caso, em móveis por antecipação a.3) Móveis por determinação legal São aqueles que assim determina a lei para que possam receber melhor proteção jurídica. Art. 83 do CC 1. as energias que tenham valor econômico; 2. os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; (Ex. Direito autoral) 3. os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações Questionamento pertinente: Os navios e aeronaves são bens móveis ou imóveis? (Falar sobre sui generis) Apesar de serem fisicamente bens móveis, são tratados pela lei como imóveis, necessitando de registro especial e admitindo hipoteca. Importância da distinção entre bens móveis e imóveis 1) Formas de aquisição da propriedade Bens Imóveis Registro ou transcrição do título da escritura pública no Registro de Imóveis Bens Móveis Tradição 2) Outorga marital/uxória Necessária Desnecessária 3) Usucapião 1) Usucapião Extraordinária 15 anos sem título, sem boa-fé. 10 anos sem título, desde que resida no local ou tenha realizado obras produtivas. 2) Usucapião Ordinária 10 anos com título, boa-fé. 05 anos com título, boa-fé, adquirido onerosamente, desde que resida no local ou tenha realizado investimento de interesse social e econômico. 1) Usucapião Extraordinária 05 anos sem justo título e boa-fé 2) Usucapião Ordinária 03 anos com justo título e boa-fé 4) Direitos Reais Hipoteca Penhor b) Quanto à Fungibilidade (art. 85 do CC) Infungíveis São os que não podem ser substituídos por outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade. São bens personalizados, individualizados Ex: imóveis; um quadro famoso, uma peça customizada, etc.

4 Fungíveis São os que podem ser substituídos por outros do mesmo gênero, qualidade e quantidade Ex: uma saca de arroz, uma resma de papel, dinheiro, etc. Questionamento pertinente: Um carro é um bem fungível ou infungível? OBS: Conseqüências práticas Mútuo -> Fungíveis Comodato -> Infungíveis Locação -> Infungíveis Art. 313 do CC c) Quanto à Consuntibilidade (art. 86 do CC) Consumíveis São bens móveis, cujo uso importa na destruição imediata da própria coisa. Admitem um uso apenas Ex: gêneros alimentícios, um maço de cigarros, giz, dinheiro, gasolina, etc. Inconsumíveis São os que proporcionam reiterados usos, permitindo que se retire toda a sua utilidade, sem atingir sua integridade, ainda que haja possibilidade de sua destruição em decorrência do tempo. Ex: roupas de uma forma geral, automóvel, casa, etc. Questionamento pertinente: Um pneu é um bem consumível ou inconsumível? d) Quanto à Divisibilidade (art. 87/88 do CC) Divisíveis São os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. Ex: papel, quantidade de arroz, milho, etc. Questionamento pertinente: Um lápis é divisível ou indivisível? Indivisíveis São os que não podem ser partidos em porções, pois deixariam de formar um todo perfeito. Ex: uma jóia, um anel, um par de óculos ou sapatos, etc. A indivisibilidade pode ser subclassificada: d.1) indivisíveis por natureza: Ex. um cavalo vivo, um quadro etc. d.2) por determinação legal: Ex. módulo rural, hipoteca, etc. d.3) por vontade das partes: Ex: sistema de alarme com vários sensores.

5 e) Quanto à Individualidade (art. 89/91 do CC) Singulares São aqueles que, embora reunidos, se consideram de per si, ou seja, independentemente dos demais Ex: um cavalo, uma casa, um carro, uma jóia, um livro, etc.). Diz-se singulares pois são consideradas em sua individualidade. Podem ser simples ou compostas. 1. Simples são as coisas cujas partes formam um todo homogêneo: ex: pedra, cavalo, folha de papel, etc. 2. Compostas são as que têm suas partes ligadas artificialmente pelo homem. Ex: materiais de construção em uma casa (a janela, a porta), uma caixa de som de computador. Coletivos São as coisas que se encerram agregadas em um todo. São as constituídas por várias coisas singulares, consideradas em seu conjunto, formando um todo único (universitas rerum). As universalidades podem se apresentar como: 1. Universalidade de Fato - Conjunto de bens singulares, corpóreos e homogêneos, ligados entre si pela vontade humana. Exemplos: biblioteca (livros), pinacoteca (quadros), hemeroteca (jornais e revistas), etc. OBS: Segundo o Código Civil, esses bens devem ser pertinentes à mesma pessoa e devem ter destinação unitária. 2. Universalidade de Direito - Conjunto de bens singulares, corpóreos e heterogêneos ou até incorpóreos, a que a norma jurídica, com o intuito de produzir certos efeitos, dá unidade. Exemplos: patrimônio, espólio, massa falida, etc. 3.2) Bens reciprocamente considerados (arts. 92/97 do CC) - Aqui, somente é possível classificar o bem se o analisarmos comparadamente a outro. a) Principais São os que existem por si, abstrata ou concretamente, independente de outros (ex: o solo, um crédito, uma jóia, etc.). Exercem função e finalidade independentemente de outra coisa. b) Acessórios São aqueles cuja existência pressupõe a existência de um bem principal (ex: uma árvore em relação ao solo, um prédio em relação ao solo, a cláusula penal, o contrato de fiança em relação ao contrato de locação, os juros, os frutos, etc.).

6 Regra: o bem acessório segue o principal, salvo disposição especial em contrário acessorium sequitur principale. Por essa razão, quem for o proprietário do principal, em regra, será também o do acessório e a natureza do principal será a do acessório. Princípio da gravitação jurídica - um bem atrai o outro para a sua órbita, comunicando-lhe seu próprio regime jurídico. Ex: se o contrato principal for nulo, nula também será a fiança, que é cláusula acessória. São bens acessórios: 1 Frutos São as utilidades que a coisa produz periodicamente; nascem e renascem da coisa e cuja percepção mantém intacta a substância do bem que as gera. Os frutos podem ser classificados em: Naturais própria força orgânica da coisa (ex: frutas, crias de animais, ovos,etc.) Industriais engenho humano (ex: produção de uma fábrica). Civis (ex: juros de caderneta de poupança, aluguéis, dividendos ou bonificações de ações, etc.). Além disso, ainda podem ser: Pendentes (ligados à coisa que os produziu); Percebidos ou colhidos (já separados); Estantes (armazenados em depósitos); Percipiendos (deveriam ser, mas não foram separados, percebidos) e Consumidos (já não existem mais). 2 Produtos São as utilidades que se retiram da coisa, alterando a sua substância, com a diminuição da quantidade até o seu esgotamento, porque não se reproduzem (ex: pedras de uma pedreira, minerais de uma jazida, carvão mineral, lençol petrolífero, etc.). 3 Rendimentos São os frutos civis ou prestações periódicas em dinheiro, decorrentes da concessão do uso e gozo de um bem (ex: aluguel). 4 Obras de aderência São obras que são realizadas acima ou abaixo da superfície da terra (ex: uma casa, um prédio de apartamentos, o metrô, pontes, túneis, viadutos, etc.). 5 Pertenças São os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Exs: a moldura de um quadro; acessórios de um veículo; um grande lustre em uma sala, etc.

7 Originário do latim pertinere (pertencer, fazer parte de). É bem acessório, pois depende economicamente de outra coisa. Segundo a regra do art. 94 CC, os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei ou da vontade das partes. Quando se tratar de negócio que envolva transferência de propriedade que contenha uma pertença é conveniente que as partes se manifestem expressamente sobre os acessórios (se eles acompanham ou não o bem principal), evitando situações dúbias posteriores. Ex: quando se vende um carro deve o vendedor mencionar se o equipamento de som está incluso ou não no negócio. 6 Acessões Aumento do valor ou do volume da propriedade devido a forças externas, fatos eventuais ou fortuitos (formação de ilhas, aluvião (assoreamento), avulsão (partes desprendidas de um e juntadas a outro), abandono de álveo(álveo é o leito do rio). Em regra não são indenizáveis. 7 Benfeitorias São obras ou despesas que se fazem em um bem imóvel, para conservá-lo, melhorá-lo ou embelezá-lo. Dividem-se as benfeitorias em: a) Necessárias São as que têm por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore (ex: reforços em alicerces, restauração de assoalhos, reforma de telhados, substituição de vigamento podre, desinfecção de pomar, etc.). b) Úteis São as que aumentam ou facilitam o uso da coisa (ex: garagem, edículas, instalação de aparelho hidráulico moderno, etc.). c) Voluptuárias São as de mero embelezamento, recreio ou deleite, que não aumentam o uso da coisa (ex: uma pintura artística, ajardinamento, piscina, churrasqueira, etc.). O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis. Quanto às voluptuárias não serão indenizadas, mas elas podem ser levantadas (isto é, retiradas), desde que não haja danificação da coisa. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias. Questionamento pertinente: a construção de um quarto a mais em uma casa é considerada benfeitoria?

8 3.3) Bens considerados em relação ao titular do domínio Aqui, busca-se saber a quem pertencem os bens. Podem ser divididos em: a) Bens particulares São os que pertencem às pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado b) Bens Públicos São os que pertencem a uma entidade de direito público interno: União, Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, Autarquias, etc. c) Res Nullius São coisas de ninguém, coisas sem dono. Ex: animais selvagens em liberdade, pérolas no fundo do mar, peixes no mar, conchas na praia, tesouros escondidos, as coisas abandonadas (também chamadas de res derelictae ), etc. Classificação dos Bens Públicos a) Bens públicos de uso comum Destinados à utilização do público em geral; (ex: praças, jardins, ruas, estradas, mares, rios, praias, etc.) OBS: Não perdem a característica de uso comum se o Estado regulamentar seu uso, ou torná-lo oneroso (ex: pedágio nas rodovias, fechamento de uma praça à noite por questão de segurança, etc.). b) Bens públicos de uso especial Imóveis (edifícios ou terrenos) utilizados pelo próprio poder público para a execução de serviço público (ex: prédios onde funcionam tribunais, escolas públicas, hospitais públicos, secretarias, ministérios, etc.). c) Bens públicos Dominiais ou Dominicais São os bens que constituem o patrimônio disponível da pessoa jurídica de direito público, abrangendo tanto os bens móveis quanto os imóveis. Ocorrem por exclusão: se não são de uso comum do povo e nem têm uma destinação especial, são dominiais. Exs: Terrenos de marinha São os terrenos banhados por mar, lagoas e rios (públicos) onde se faça sentir a influência das marés. Estão compreendidos na faixa de 33 metros para dentro da terra medidos à linha de preamar média e pertencem à União. Mar territorial Compreende a faixa de 12 milhas marítimas de largura, de propriedade da União. Além disso, há a zona econômica exclusiva - de 12 a 200 milhas - onde o Brasil tem direitos de soberania exclusivos, para fins de exploração econômica, preservação ambiental e investigação científica.

9 Terras devolutas São terras que, embora não destinadas a um uso público específico, ainda se encontram sob o domínio público. São terras não aproveitadas. Como regra pertencem aos Estados, que podem passá-las aos Municípios; serão da União se indispensáveis à segurança nacional. Outros bens considerados dominicais: estradas de ferro; títulos da dívida pública; ilhas formadas em mares territoriais e rios públicos navegáveis; quedas d água, jazidas e minérios; terras indígenas; sítios arqueológicos, etc. Costuma-se dizer que os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são bens do domínio público do Estado. Já os dominicais são do domínio privado do Estado. Os bens públicos dominicais podem, por determinação legal, ser convertidos em bens públicos de uso comum ou especial. Características dos Bens Públicos Inalienabilidade Os bens públicos não podem ser vendidos, doados ou trocados, desde que destinados ao uso comum do povo e uso especial, ou seja, enquanto tiverem afetação pública (art. 100 CC). Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências legais. Impenhorabilidade Impede que o bem passe do devedor ao credor por força de execução judicial (adjudicação ou arrematação). Também não pode recair hipoteca sobre esses bens. Imprescritibilidade (usucapião) A Constituição Federal proíbe a aquisição, por usucapião, de bens públicos. Conversão Os bens públicos dominicais podem ser convertidos em bens de uso comum ou especial. Por meio da afetação o bem passa da categoria de bem do domínio privado do Estado para a categoria de bem do domínio público. 3.4) Coisas fora do comércio Os bens que se acham no comércio podem ser alienados e adquiridos livremente. Já os que estão fora do comércio não podem ser transferidas de um acervo patrimonial a outro. Comércio deve ser entendido em seu sentido técnico, ou seja, a possibilidade de compra e venda, doação, etc. Em outras palavras, liberdade de circulação. São considerados coisas fora do comércio, os bens:

10 Insuscetíveis de apropriação São bens de uso inexaurível (ex: ar, luz solar, água do alto-mar, etc.). São chamados de coisas comuns. Personalíssimos Vida, honra, liberdade, nome, etc. Legalmente inalienáveis Apesar de suscetíveis de apropriação, têm sua comercialidade excluída pela lei para atender a interesses econômicos-sociais, defesa social e proteção de certas pessoas. Exs: bens públicos (uso comum do povo e especial art. 100 CC), bens das fundações (arts. 62 a 69 CC), terras ocupadas pelos índios (art. 231, 4º CF), bens de menores (art do CC), bens de família*, bens gravados com cláusula de inalienabilidade, etc. *OBS: Sobre o Bem de Família do Código Civil e da Lei : 1 Bem de Família (previsto no Código Civil) a) ato voluntário deve ser registrado; b) deve representar no máximo um terço do patrimônio líquido da pessoa que está registrando; c) acarreta inalienabilidade e impenhorabilidade do bem; d) admitem-se apenas duas exceções: dívidas decorrentes de condomínio e as dívidas tributárias que recaem sobre o bem. 2 Bem de Família (previsto na Lei 8.009/90) Não torna a coisa propriamente em um bem de família, mas apenas impenhorável. Será assim considerado : a) uma família que tem um único imóvel para sua residência este bem, de forma automática é considerado bem de família, pois decorre da lei. No caso da pessoa não ter imóvel próprio (ex: locação), a impenhorabilidade recai sobre os bens móveis quitados que guarneçam a residência e que sejam da propriedade do locatário. Estende-se aos equipamentos de uso profissional. b) acarreta somente a impenhorabilidade, e não a inalienabilidade; c) possui bem mais exceções que o bem de família do CC. OBS: Não confundir bem de família (voluntário ou instituído pelo próprio interessado - arts. 1711/1722 do CC) com impenhorabilidade do único imóvel do casal (legal ou automático - Lei 8.009/90).