ESAMC CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. História da Arte 2

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1 ESAMC CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL História da Arte 2 Resumos de Aula + Textos Selecionados Proª. Sylvia Furegatti 2002

2 PANORAMA GERAL A ARTE NO SÉCULO XIX O PRINCÍPIO DA ARTE MODERNA O século XIX guarda profundas alterações sociais e culturais advindas da mudança no modo de viver nas cidades. O fenômeno crescente da industrialização e o incremento da ciência, ao lado da presença do burguês ao contrário da nobreza, como no século anterior, provocam uma nova maneira de pensar e expressar as novas circunstâncias do mundo atentamente observadas pelos artistas. A influência das transformações sociais, tecnológicas e científicas vão se formando como principal ponto de interesse e direcionamento das temáticas e práticas artísticas. Estáticas mais cruas, menos envolvidas nos devaneios particulares, como no Romantismo vão surgindo e dirigindo a atenção de pintores, escultores, escritores para a descrição do mundo palpável, analisável pela lente do laboratório. É a lei do Determinismo Físico Com os burgueses no topo da escala social, as obras de arte mais comercializadas, mudam seu padrão de aprofundamento na mitologia, nos conhecimentos mais eruditos, caminhando assim para o estudo da paisagem que fica muito valorizada e tem mercado garantido. Não por acaso, os primeiros tratados sobre o estudo do tempo, da meteorologia tem início nesse momento. Esse olhar para a Natureza, possibilita o desenvolvimento das chamadas Ciências Naturais. O feio surge como tema principal na obra de arte: o homem velho, sujo, operário, que não posa para o pintor, mas é pego no momento de trabalho, com a luz real, natural, verdadeira, porque é científica. Paira no ar, nas discussões teóricas e na literatura a dualidade entre homem do campo e homem da cidade. Joseph Niépce inicia o incremento da fotografia, mas morre antes dela se tornar muito conhecida. Daguerre, seu sócio, rouba para si, a lembrança do invento batizando-o de Daguerreotipia. O mundo pode ser registrado agora, sem a interferência pessoal do pintor. A filosofia do Positivismo, os estudos de Darwin sobre a evolução das espécies, a descoberta dos microorganismos, da assepcia, os estudos para o cinema dos irmãos Lumiére, e por fim, a valorização da máquina, vão se tornando as questões primordiais para o homem do século XIX. Está instalada uma nova era, muito mais rápida, muito mais veloz, e que assiste ao surgimento das primeiras grandes cidades: as metrópoles.

3 IMPRESSIONISMO Foi um movimento formado entre os anos de 1860 e 1870 em Paris, entorno do grupo de pintores: Claude Monet, Edouard Manet, Edgar Degas, Auguste Renoir, Paul Cézanne, dentre outros. A primeira exposição do grupo aconteceria no estúdio do fotógrafo Nadar, em Prontamente rejeitados pela critica conservadora e acadêmica, o nome Impressionismo surgiu a partir da crítica de Louis Leroy para a obra Impression, soleil levant de Monet, em que o crítico colocava: selvagens, obstinados, por preguiça ou incapacidade, não querem terminar seus quadros. Contentam-se com uns borrões que representam suas impressões. Farsantes, impressionistas! Tomados pelos estudos da luz sobre os objetos, tal qual ela age no meio ambiente, passam a registrar tudo que vêem a partir do novo código dado pela velocidade conseqüente das inovações tecnológicas que produziram no período as metrópoles. O trem a vapor, é o elemento que forma essa nova cultura do olhar, mais veloz, menos nítido, mais borrado, tomado pelas impressões. Na Pintura, eliminam os chiaroscuros típicos da pintura acadêmica, e também os tons intermediários. Acrescentam uma linha expressiva à borda das figuras, (como vêem nas xilogravuras japonesas) estratégia que fica intitulada de japonismo. Criam um sistema de pinceladas que fazem justaposições ou sobreposições das cores, para que o olho as conjugue juntas, fundidas. Não misturam as tintas na paleta, fazem agora essa mistura, na própria tela, através dessas pinceladas. O grupo não tinha um programa específico, mas de suas conversas e discussões no Café Guerbois, saem alguns pontos fundamentais, tais como: aversão pela arte acadêmica; orientação realista; privilégio nos temas para a paisagem e a natureza-morta; busca pela luz do dia, trabalhando ao ar livre - plein air, o estudo das sombras coloridas. Abrem assim, caminho para a abstração. Inserem também o sentido mais explícito do Erótico na pintura (vide Olimpya de Manet) Cézanne e Degas consideram e praticam a pesquisa dos temas históricos como repertório tão importante quanto o estudo da natureza. Criam um tipo de estudo comparável ao conhecimento científico presente no período pesquisando exaustivamente a luz nas cores da pintura Pintores e fotógrafos são influenciados mutuamente por esse estudos dedicado que faziam da luz sobre os objetos, em suas distintas formas de registro. Degas e Toulouse Lautrec, utilizavam vastamente os materiais fotográficos. Os fotógrafos por sua vez, guiam-se pelas composições de objetos e escolha das cores típicas do universo da pintura Os temas mais comuns para a pintura impressionista são: o reflexo das águas, a figura feminina, as corridas de cavalo, a fumaça dos trens e suas estações de ferro e vidro, cenas fugidias, não preparadas, e aparentemente tomadas na rapidez de um instante.

4 NEO IMPRESSIONISMO Surge como conseqüência dos estudos feitos no Impressionismo sobre a luz em especial devido à sua proposta de pinceladas sistematizadas na pintura. O Neo-Impressionismo é conhecido também como Pontilhismo ou Divisionismo devido ao uso que faziam esses pintores de pequenos toques de tinta, subdivididos em tom e sobre-tom. Georges Seurat e Paul Signac são seus representantes mais expressivos. Pretendiam, com esse apuro técnico de pinceladas mais organizadas, sistematizar a lição impressionista do estudo da luz e aplicação da cor na pintura. Voltam a pintar dentro dos ateliês, desistindo de trabalhar ao ar livre (como faziam os impressionistas) pois acreditavam que o ateliê conferia à pintura uma idéia mais científica, idéia de estudo rigoroso, como nos laboratórios de fisiologia e óptica. Com isso a luz utilizada nessa imagem volta a ser artificial. Acreditavam que a oposição de valores estabelecida com o Impressionismo revelava a tendência Romântica do Impressionismo e por outro lado a tendência mais Científica do Neo-Impressionismo. Como coloca Argan Não se trata de uma pintura científica, mas sim da ciência da pintura. Propunham, resumidamente, o entendimento da pintura a partir de elementos compositivos que estruturam a imagem e a forma de enxergar do homem daquele período. O processo da visão, a estruturação das cores no suporte da pintura, a noção da cor como matéria construtiva da imagem tem a finalidade de elaborar a sistemática do processo de formação e entendimento da imagem. Toda essa caracterização mais cientifica dada à pintura, garantia-lhes um resgate da posição da pintura que meados do século XIX e início do XX, perdia espaço de importância para as recentes tecnologias da industria, e da fotografia.

5 GIULIO CARLO ARGAN ARTE MODERNA Do Iluminismo aos movimentos contemporâneos Tradução: DENISE BOTTMANN e FEDERICO CAROTTI Prefácio: RODRIGO NAVES Projeto gráfico: M.A.S. 4º reimpressão Companhia das Letras

6 CAPÍTULO DOIS A REALIDADE E A CONSCIÊNCIA O IMPRESSIONISMO Courbet anunciara seu programa desde 1847: realismo integral, abordagem direta da realidade, independente de qualquer poética previamente constituída. Era a superação simultânea do clássico e do romântico enquanto poéticas destinadas a mediar, condicionar e orientar a relação do artista com a realidade. Com isso, Courbet não nega a importância da história, dos grandes mestres do passado, mas afirma que deles não se herda uma concepção de mundo, um sistema de valores ou um ideal de arte, e sim apenas a experiência de enfrentar a realidade e seus problemas com os meios exclusivos da pintura. Para além da ruptura com as poéticas opostas e complementares do clássico e do romântico, o problema que se colocava era o de enfrentar a realidade sem o suporte de ambos, libertar a sensação visual de qualquer experiência ou noção adquirida e de qualquer postura previamente ordenada que pudesse prejudicar sua imediaticidade, e a operação pictórica de qualquer regra ou costume técnico que pudesse comprometer sua representação através das cores. O movimento impressionista, que rompeu decididamente as pontes com o passado e abriu caminho para a pesquisa artística moderna, formou-se em Paris entre 1860 e 1870; apresentou-se pela primeira vez ao público em 1874, com uma exposição de artistas independente no estúdio do fotógrafo Nadar. É difícil dizer se era maior o interesse do fotógrafo por aqueles pintores ou o dos pintores pela fotografia; o que é certo, em todo caso, é que um dos móveis da reformulação pictórica foi a necessidade de redefinir sua essência e finalidades frente ao novo instrumento de apreensão mecânica da realidade. A definição remonta ao comentário irônico de um critico sobre um quadro de Monet, intitulado Impression, soleil levant, mas foi adotada pelos artistas, quase por desafio, nas exposições seguintes. As figuras emergentes do grupo são: MONET, RENOIR, DEGAS, CÊZANNE, PISSARRO, SISLEY. Na primeira fase da pesquisa participou também um amigo de Monet, J. F. BAZILLE ( ), morto em combate na guerra franco-prussiana. Embora considerado um precursor, MANET não fazia parte do grupo: de fato, este artista mais velho e já famoso desenvolvera a tendência realista num sentido essencialmente visual, afastandose, porém, do integralismo de Courbet e remetendo os pintores modernos à experiência de mestres do passado muito distantes do Classicismo acadêmico: Velásquez, Rubens, Frans Hals. Recusa o embate brutal com a realidade, propondo, ao contrário, libertar a percepção de qualquer preconceito ou convencionalismo, para manifestá-la em sua plenitude de ação cognitiva. O retorno a um leque de valores, que Courbet rejeitava, sem dúvida afastou-o do extremismo revolucionário (Courbet virá a aderir impetuosamente à Comuna) e aproximou-o, pelo contrário, de literatos e poetas (foi amigo de Baudelaire e depois de Mallarmé). Após 1870, acercou-se cada vez mais do lmpressionismo, eliminando o chiaroscuro e os tons intermediários e solucionando as relações-tonais em relações cromáticas. À primeira exposição no estúdio do fotógrafo Nadar, seguiram-se as de 1877, 1878, 1880, 1881, 1882, 1886, sempre provocando reações escandalizadas na crítica oficial e no público bem pensante. Os únicos críticos que compreenderam a importância do movimento foram Duret e Duranty,

7 e ainda, com algumas reservas, o escritor Émile Zola, amigo de Cézanne. Nenhum interesse ideológico ou político comum unia os jovens revolucionários da arte: Pissarro era de esquerda; Degas, conservador; outros, indiferentes. Não tinham um programa preciso. Nas discussões no café Guerbois, porém, haviam concordado sobre alguns pontos: 1) a aversão pela arte acadêmica dos salons oficiais; 2) a orientação realista; 3) o total desinteresse pelo objeto - a preferência pela paisagem e a natureza-morta; 4) a recusa dos hábitos de ateliê de dispor e iluminar os modelos, de começar desenhando o contorno para depois passar ao chiaroscuro e à cor; 5) o trabalho en plein - air, o estudo das sombras, coloridas e das relações entre cores complementares. Quanto a este último ponto, há uma referência inegável à teoria - óptica de Chevreul sobre os contrastes simultâneos; a tentativa deliberada de fundar a pintura sobre, as leis científicas da visão - ocorrerá apenas em 1886, como Neo - lmpressionismo de SEURAT e SIGNAC. Mesmo antes da exposição de 1874, as motivações e interesses dos diversos componentes do grupo não são os mesmos. Monet, Renoir, Sisley, Pissarro realizam um estudo ao vivo direto, experimental; trabalhando de preferência às margens do Seria, propõem-se representar da maneira mais imediata, com uma técnica rápida e sem retoques, a impressão luminosa e a transparência da atmosfera e da água com notas cromáticas puras, independentemente de qualquer gradação de chiaroscuro, deixando de utilizar o preto para escurecer as cores na sombra. Ocupando-se exclusivamente da sensação visual, evitam a Poeticidade do tema, a emoção e comoção românticas. Cézanne e Degas, pelo contrário, consideram a pesquisa histórica tão importante quanto a da natureza; Cézanne, principalmente, dedica muito tempo a estudar as obras dos grandes mestres no Louvre, fazendo esboços e cópias interpretativas. Ele defende que, para definir a essência da operação pictórica, é preciso reexaminar sua história; mas, como Monet e os outros também aspiram ao mesmo objetivo através da investigação das possibilidades técnicas atuais, os dois processos convergem para um mesmo fim: demonstrar que a experiência da realidade que se realiza com, a pintura é uma experiência plena e legítima, que não, pode ser substituída pôr experiências realizadas de outras maneiras. A técnica pictórica é, portanto, uma técnica: de conhecimento que não pode ser excluída do sistema cultural do mundo moderno, eminentemente cientifico. Não sustentam que, numa época científica, a arte deva fingir ser científica; indagam-se sobre o caráter e a função possíveis da arte numa época científica, e como deve se transformar para ser uma técnica rigorosa, como a técnica industrial, que depende da ciência. Neste sentido, pode-se de monstrar que a pesquisa impressionista é, na pintura, o paralelo da pesquisa estrutural dos engenheiros no campo da construção. E não só a polêmica dos impressionistas contra os acadêmicos é semelhante à dos construtores contra os arquitetos-decoradores, como também existem claras analogias entre o espaço pictórico dos impressionistas e o espaço construtivo da nova arquitetura em ferro. Em ambos os casos, não se parte de uma concepção predeterminada do espaço: o espaço se determina na obra pela relação entre seus elementos constitutivos. A FOTOGRAFIA O problema da relação entre as técnicas artísticas e as novas técnicas industriais se concretiza, especialmente para a pintura, no problema dos diferentes significados e valores das imagens produzidas pela arte e pela fotografia. Sua invenção (1839), o rápido progresso técnico que reduz os tempos de exposição e permite alcançar o máximo de precisão, as tentativas de fotografia artística, as primeiras aplicações da fotografia ao registro de movimentos (fotografia estroboscópica, cinematografia), mas principalmente a produção industrial das câmeras e as grandes transformações na psicologia da visão, determinadas

8 pela utilização generalizada da fotografia, tiveram, na segunda metade do século passado, uma profunda influência sobre o direcionamento da pintura e o desenvolvimento das correntes artísticas, ligadas ao Impressionismo. Com a difusão da fotografia, muitos serviços sociais passam do pintor para o fotógrafo (retratos, vistas de cidades e de campos, reportagens, ilustrações etc.). A crise atinge sobretudo os pintores de oficio, mas desloca a pintura, como arte, para o nível de uma atividade de elite. Se a obra de arte se torna um produto excepcional, há de interessar apenas a um público restrito, e ter um alcance social limitado; além disso, a produção de alta qualidade na arte também deixa de ter função, caso não sirva de guia a uma produção média. Não mais se qualifica como um bem de consumo normal, e sim como arte malograda; tende, portanto, a desaparecer. Em um nível mais elevado, as soluções que se apresentam são duas: 1) evita-se o problema sustentando que a arte é atividade espiritual que não pode ser substituída por um meio mecânico (é a tese de Baudelaire e, posteriormente, dos simbolistas e correntes afins); 2) reconhece-se que o problema existe e é um problema de visão, que só pode ser resolvido definindo-se claramente a distinção entre os tipos e as funções da imagem pictórica e da imagem fotográfica (é a tese dos realistas e dos impressionistas). No primeiro caso, a pintura tende a se colocar como poesia ou literatura figurada; no segundo, a pintura, liberada da tarefa tradicional de representar o verdadeiro, tende a se colocar como pura pintura, isto é, mostrar como se obtém, com procedimentos pictóricos rigorosos, valores de outra maneira irrealizáveis. A hipótese de que a fotografia reproduz a realidade como ela é e a pintura a reproduz como se a vê é insustentável: a objetiva fotográfica reproduz, pelo menos na primeira fase de seu desenvolvimento técnico, o funcionamento do olho humano. Também é insustentável que a objetiva seja um olho imparcial, e o olho humano um olho influenciado pelos sentimentos ou gostos da pessoa; o fotógrafo também manifesta suas inclinações estéticas e psicológicas na escolha dos temas, na disposição e iluminação dos objetos, nos enquadramentos, no enfoque. Desde meados do século XIX, existem personalidades fotográficas (por exemplo, Nadar) da mesma forma que existem personalidades artísticas. Não há sentido em perguntar se fazem arte ou não; não há qualquer dificuldade em admitir que os procedimentos fotográficos pertencem à ordem estética. Por outro lado, é um erro supor que, enquanto tais, substituam procedimentos da pintura; os pintores de visão, de Courbet a Toulouse- Lautrec, estão prontos a admitir que a fotografia, assim como a gráfica ou a escultura, pode ser uma arte distinta da pintura. Portanto, não interessa o problema teórico, e sim a realidade histórica das relações recíprocas. Outro aspecto importante da relação consiste no enorme crescimento do patrimônio de imagens: a fotografa permite ver um grande número de coisas que escapam não só à percepção, mas também à atenção visual. O Impressionismo, estreitamente ligado à divulgação social da fotografia, tende a competir com ela, seja na compreensão da tomada, seja em sua instantaneidade, seja com a vantagem da cor. Os simbolistas, pelo contrário, recusam qualquer relação, reconhecendo implicitamente que, quanto à apreensão e representação do verdadeiro, a pintura é superada pela fotografia. Afirma-se freqüentemente que a fotografia deu aos pintores a experiência de uma imagem destituída de traços lineares, formada apenas por manchas claras e escuras; a fotografia, portanto, estaria na origem da pintura de manchas, isto é, de toda a pintura de orientação realista do século XlX. Evidentemente, David e Ingres, mesmo mantendo o culto - do desenho a traço, nunca sustentaram que a linha se encontra na natureza: sustentavam que nenhuma representação da realidade poderia ser satisfatória se não viesse amparada pela noção intelectual do real que se realiza no desenho. A fotografia fornecia uma representação satisfatória sem um delineamento preciso dos contornos; mas a história da pintura, dos vênetos a Rembrandt e Frans Hals, de Velásquez a Goya, também conta com

9 inúmeras representações sem um suporte visível de desenho. Pode-se, portanto, dizer que a fotografia ajudou os pintores de visão a conhecer sua verdadeira tradição; mais precisamente, apresentando-se como puro fato de visão, ajudou-os a separar, nas obras desses mestres, os puros fatos de visão de outros componentes culturais que, até então, haviam impedido avaliar essas obras do ponto de vista da pesquisa sobre a visão. Courbet foi o primeiro a captar o núcleo do problema: realista por princípio, nunca acreditou que o olho humano visse mais e melhor do que a objetiva; pelo contrário, não hesitou em transpor para a pintura imagens extraídas de fotografias. Para ele, o que não podia ser substituído por um meio mecânico não era a visão, mas a manufatura do quadro, o trabalho do pintor. É isto o que faz da imagem não mais a aparência de uma coisa, e sim uma coisa diferente, igualmente concreta. Proudhoniano e mesmo marxista avant la lettre, Courbet se interessa apenas pelo que se poderia chamar de a força de trabalho que fabrica o quadro: apresentando ambos as mesmas imagens (por exemplo, um cabrito montês na neve), no quadro há uma força de trabalho que não existe na fotografia. Nem se pode afirmar que a pintura capte da realidade significados ocultos ou transcendentais que escapam à fotografia: a força de trabalho é utilizada simplesmente para construir a imagem, para lhe dar uma concretude e um peso que fazem dela uma coisa real - com a evidente finalidade de demonstrar que não se pode mais considerar a imagem artística como algo superficial, ilusório, mais lábil e menos sério do que a realidade. Assim estabelece uma distinção entre a imagem pesada e a pintura (menos realista e menos verdadeira). Após este esclarecimento, compreende-se como os impressionistas puderam utilizar, sem problema algum, materiais de imagens fornecidas pela fotografia. A fotografia torna visíveis inúmeras coisas que o olho humano, mais lento e menos preciso, não consegue captar; passando a fazer parte do visível, todas essas coisas (por exemplo, os movimentos das pernas de uma dançarina ou um cavalo a galope), como também os universos do infinitamente pequeno e do infinitamente grande, revelados pelo microscópio e pelo telescópio, passam a fazer parte da experiência visual e, portanto, da competência do pintor. Degas e Toulouse utilizaram largamente materiais fotográficos, e para tanto não precisaram enfrentar qualquer problema teórico. Neste sentido, é correto afirmar que a fotografia contribuiu para aumentar o interesse dos pintores pelo espetáculo social. Os fotógrafos, por sua vez, mesmo se deixando guiar de bom grado pelo gosto dos pintores na escolha e preparação dos objetos, jamais pretenderam concorrer com a pesquisa pictórica. Nadar foi amigo dos impressionistas, tendo acolhido a primeira exposição deles em seu próprio estúdio (1874); mas nunca tentou fazer fotografias impressionistas. Ele percebia que a estrutura de sua técnica era profundamente diferente da que é própria da pintura, e, se dessa sua técnica podia nascer um resultado estético, não haveria de ser um valor tomado de empréstimo à pintura. As fotografias artísticas, tão em voga no final do século passado e no início do século XX, são semelhantes às estruturas perfeitas em ferro ou cimento que os arquitetos estruturais revestiam com um medíocre aparato ornamental para dissimular sua funcionalidade: e assim como só surgirá uma grande arquitetura estruturalista quando os arquitetos se libertarem da vergonha pelo suposto caráter não-artístico de sua técnica, só surgirá uma fotografia de alto nível estético quando os fotógrafos, deixando de se envergonhar por serem fotógrafos e não pintores, cessarem de pedir à pintura que torne a fotografia artística e buscarem a fonte do valor estético na estruturalidade intrínseca à sua própria técnica. O NEO-IMPRESSIONISMO Em 1884, GEORGES SEURAT ( ), PAUL SIGNAC ( ), MAXIMILIEN LUCE ( ) e alguns outros se associaram com a intenção expressa de ultrapassar o

10 Impressionismo, no sentido de dar um fundamento científico ao processo visual e operacional da pintura. A essa tendência opuseram-se, em nome das exigências originárias do Impressionismo, Monet e Renoir; estabeleceu-se assim uma oposição entre um Impressionismo dito romântico e um Impressionismo dito científico. A intenção rigorosamente científica se contrapõe, numa antítese explícita, ao espiritualismo igualmente absoluto dos simbolistas. Remetendo-se às pesquisas de Chevreul, Rood e Sutton sobre as leis ópticas da visão e, principalmente, dos contrastes simultâneos ou das cores complementares, os neo- impressionistas instauraram a técnica do pontilhismo (pointillisme), que consiste na divisão dos tons em seus componentes, isto é, em várias pequenas manchas de cores puras reunidas entre si de modo a recompor, na visão do observador, a unidade do tom (luz-cor) sem as inevitáveis impurezas do empaste que anula e confunde as cores. O caráter científico do Neo-Impressionismo, porém, não consiste no recurso a leis ópticas recentemente apuradas: não se pretende fazer uma pintura científica, mas instituir uma ciência da pintura, colocar a pintura como uma ciência em si. É de importância fundamental: 1) que a análise da visão esteja presente no procedimento técnico; 2) que, decompondo a sensação visual, reconheça-se que ela não é uma simples impressão, mas tem uma estrutura e se desenvolve através de um processo, 3) que o quadro seja construído com a matéria-cor e que esta tenha um caráter funcional, como os elementos de sustentação de uma arquitetura; 4) que o quadro não seja mais considerado como uma tela onde se projeta a imagem, e sim como um campo de forças em interação que formam ou organizam a imagem. O pontilhismo, principalmente com Signac, irá progressivamente tornar-se menos denso e transformar-se num tecido de toques largos e planos, verdadeiras lasquinhas de cor, por meio das quais cada nota cromática encontra seu timbre próprio em relação ao das notas contíguas. O processo amplia as possibilidades do leque de acordos entre as cores muito além dos limites permitidos pelo empaste. Pelo seu caráter técnico-científico, o Neo-Impressionismo foi um dos grandes componentes do vasto movimento modernista que, na virada do século, tentou resgatar a pintura da condição de inferioridade e não-atualidade em que se encontrava, devido ao desenvolvimento contemporâneo das tecnologias científicas da indústria, e sobretudo da fotografia. O SIMBOLISMO O Simbolismo se concretiza em tendência paralela e em antítese superficial ao Neo- Impressionismo: configura-se como uma superação da pura visualidade impressionista, mas em sentido espiritualista e não científico. A antítese prestava-se a ser facilmente resolvida, reconhecendo o caráter ideal ou espiritual da ciência. De fato o Simbolismo, que encontrou suporte nas poéticas literárias contemporâneas, e sobretudo em Mallarmé, recoloca um problema de conteúdo, ligando-se, assim, às primeiras exigências românticas de Blake e de Füssli, à pintura-literatura de GUSTAVE MOREAU ( ), ao alegorismo das evocações clássicas de PIERRE PUVIS DE CHAVANNES ( ). O Simbolismo, ainda que contrário à pura visualidade impressionista, não se contrapõe ao Impressionismo como conteudismo ou formalismo, mas tende a transformar os conteúdos assim como o Impressionismo muda o valor das formas. A arte não representa - revela por signos uma realidade que está aquém ou além da consciência. As imagens que se erguem das profundezas do ser humano encontram-se com as que provem do exterior: o quadro é como uma tela diáfana através da qual se opera uma misteriosa osmose, se estabelece uma continuidade entre o mundo objetivo e o subjetivo.

11 Como a luz não é visível enquanto não for interceptada por uma tela sólida, é apenas no limite entre interior e exterior, pessoa e mundo, que o fluxo da imaginação se projeta em imagens visíveis. Se o Impressionismo pretende fornecer sensações visuais que já são, enquanto tais, atos cognitivos, o Simbolismo pretende suscitar reflexões sobre tudo o que é incontestavelmente real, mesmo que não se apresente à vista. Todavia, não há, em princípio, antíteses radicais com o Impressionismo. Mallarmé gostava de se definir como poeta impressionista e simbolista, e assim os neo - impressionistas como Gauguin não excluem uma síntese das duas tendências, pelo contrário, aspiram a ela. Puvis de Chavannes tenta uma interpretação simbolista da arte clássica, evocada como dimensão mítica. Na literatura, Flaubert antecipa o Impressionismo em Madame Bovary, mas se aproxima do simbolismo de G. Moreau em Salammbô. Há um confronto polêmico entre o naturalismo literário de Zola e o espiritualismo de Moréas, o autor do Manifesto do Simbolismo (1886); contudo, um simbolista como REDON, ao pintar flores, encontra notas de intensidade cromática dignas de Renoir. A pintura, de fato, perdendo sua função social tradicional, torna-se um instrumento de pesquisa da mente humana, de seus conteúdos e processos, da qual a sensação visual é decerto um segmento, e exatamente o consciente, aquém e além do qual, porém, existe um subconsciente e um sobreconsciente. O Simbolismo também é um dos componentes essenciais da corrente modernista, e influi não apenas sobre a pintura, mas ainda sobre a arquitetura (Horta, Van de Velde, Gaudí etc.), a decoração e os costumes. Como cada coisa, natural ou artificial, pode assumir um significado simbólico para nós, não existem mais limites para a morfologia e a simbologia do arte. As distinções tradicionais entre artes maiores e menores se desfazem por se mostrarem tecnicista: tudo é concebido como originariamente artístico, seja em substância seja em potencial ( Ars una, species mille ). As novas técnicas industriais permitem realizar formas totalmente diferentes de toda a morfologia tradicional, sempre numa relação mais ou menos direta com a morfologia natural; atribuí-se a essas formas, não mais explicáveis em termos de analogia com as formas naturais, o valor de signos de uma existência transcendental ou profunda, cuja infinitude escapa à apreensão dos sentidos e à reflexão do intelecto, mas que é fenomenizada e revelada pela arte, e apenas pela arte. É uma posição semelhante àquela segundo a qual, na poética simbolista de Mallarmé, as palavras não valem pelo seu significado habitual ou lexical, e sim pelo que assumem no contexto, como geradoras de imagens. Se o Neo-Impressionismo está na base das pesquisas estruturais dos fauves e do Cubismo, o Simbolismo antecipa a concepção surrealista do sonho como revelação da realidade profunda do ser, da existência inconsciente.

12 PÓS IMPRESSIONISMO Surge em meio à determinação científica daquele final de século, como um exemplo de espaço galgado por alguns artistas para a afirmação de seu individualismo e de suas pesquisas particulares. O termo pós indica ao mesmo tempo, um sentido cronológico e um ponto de partida, a partir do qual se configura essa manifestação paralela ao próprio Impressionismo e Neo- Impressionismo. É um movimento que prioriza os estudos da cor e das formas como estruturadores da imagem. Os seus representantes são Paul Cézanne, Vicent Van Gogh, Toulouse Lautrec e Paul Gauguin. Cada um deles terá uma abordagem diferenciada para esse movimento artístico, impondo-lhe uma personalidade própria, pelos temas usados, pela maneira que estruturam a imagem pela cor. É o elogio máximo para a individualidade do artista como criador, e ainda o primeiro momento em que a cor é apresentada como substantivo máximo da pintura, da beleza pictórica e sua porta de entrada para a abstração. Cézanne vai estudar nos mestres do passado, no Museu do Louvre, nas formas compositivas enxerga a presença direta ou velada da geometria. Passa a criar a partir da eleição de três elementos considerados por ele a base de formação de qualquer objeto ou coisa do mundo visivo: a esfera, o cone e o cilindro. Paul Gauguin vai estudar a linha ornamental, o arabesco, o cloisonnisme (cloison: planos de cor chapada, com contornos escuros e pronunciados). Deixa as grandes cidades européias e seu emprego como bancário, e segue para sua pesquisa da cor bruta, dos primitivismos na ilha do Taiti, no Pacífico. No Taiti, produziu imagens de cunho simbólico, ritualista, primitivo, o oposto da contaminada sociedade urbana. Vicent Van Gogh, explora o intenso absoluto das cores e formas, paira entre a sanidade e a loucura, investiga o interior do ser humano, como fada o Expressionismo. Deixa uma paleta de cores frias, lúgubres do início de sua pintura na Holanda para apossar-se das cores fortes, intensos amarelos, e espessas camadas de tinta, na sua estada no sul da França. Toulouse- Lautrec, descendente de nobres, filho de uma família muito rica, sofre um acidente de cavalo na infância que o deixa mal formado. Essa condição o exclui do convívio social da elite e ele se entrega ao convívio e influências das boates, cabarés, dos bêbados e marginalizados de Paris, de quem tira suas temáticas. Por outro lado, se aproxima da publicidade realizando os primeiros cartazes. Além disso, era excelente caricaturista.

13 SIMBOLISMO Surge como uma reação contrária à crescente onda materialista e cientificista que adotava a arte no final do século impulsionado por um revival do misticismo e do antigo culto dos Rosa Cruz, Parte da população se apega portanto a valores mais espirituais e transcendentais. Em termos artísticos surge então com a inauguração da mostra; Salon La Rose + Croix no ano de 1892 em Paris em que se destacam os trabalhos dos artistas: Odilon Redon, Gustave Moreau e Edward Burne Jones Na Áustria, destaca-se a produção de Gustav Klimt e Egon Schiele que produziam pinturas com essa mesma carga mágica e enigmática, a partir de temas universalistas Na Filosofia toma importância o pensamento pessimista de Schopenhauer. O sono e as indagações mentais produziam os códigos e os signos que permeavam as imagens da pintura, criando um manto de informações dificilmente lidas pela primeira vez devido à sua especificidade. O resultado visual era de grande beleza, envolta em mistério por temáticas universais Há o destaque para temas onde surgem: a mulher (dúbia), o sexo; o demonismo e a espiritualidade Jean Moreas escreve o manifesto da poesia simbolista em 1886 Na Inglaterra, outro movimento tem correspondência com o Simbolismo: os Pré- Rafaelitas - que, organizados como uma espécie de irmandade trabalhavam temas segundo a técnica de Rafael Sanzio Dentre os grandes representantes pré- rafaelitas temos: Dante Gabriele Rossetti; John Everett Millais; Edward Burne- Jones, Ford Madoxx Brown

14 H. W. JANSON e ANTHONY F. JANSON Iniciação à História da Arte

15 Pós- lmpressionismo PINTURA Em 1822, Manet foi feito Cavaleiro da Legião de Honra pelo governo francês. Naquela época, o Impressionismo estava obtendo uma grande aceitação, mas deixara de ser um movimento pioneiro. O futuro pertencia aos pós-impressionistas. Esse título insípido designa um grupo de artistas que estavam insatisfeitos com as limitações do Impressionismo e o extrapolaram em várias direções. É difícil chegar a um termo que os descreva melhor, já que não compartilhavam um objetivo comum. Em todo caso, eles não eram anti- impressionistas. Longe de tentar destruir os efeitos da Revolução de Manet, queriam levá-la ainda mais longe; em sua essência, o Pós Impressionismo é apenas um estágio posterior - embora muito importante - da evolução que tivera início com quadros como Almoço na Relva, de Manet. Cézanne Paul Cézanne, o mais velho pintor pós-impressionista, nasceu em Aix-en-Provence, próximo à costa do Mediterrâneo. Foi para Paris em 1861, cheio de entusiasmo pelos românticos, especialmente por Delacroix. Porém, logo descobriu também Manet e, nos primeiros anos da década de 1870, já se tornara um pintor impressionista. Entretanto, no final da década ele começa a fazer do Impressionismo algo sólido e durável, como a arte dos museus. O que ele pretendia com isso pode ser visto em Fruteira, Copo e Maçãs (fig. 356): cada pincelada é como um bloco de uma construção, firmemente colocado dentro da arquitetura pictórica, e as cores são deliberadamente controladas, de modo a produzir acordes de tons quentes e frios que reverberam por toda a tela. Desde Chardin, simples objetos do cotidiano não haviam assumido tamanha importância para o olho de um pintor. Também observamos outro aspecto da maturidade de estilo de Cézanne: as formas são deliberadamente simplificadas e delineadas com contornos escuros; a perspectiva é incorreta, tanto para a fruteira quanto para as superfícies horizontais que parecem inclinar-se para cima. Quanto mais estudamos o quadro, mais compreendemos o acerto dessas distorções aparentemente arbitrarias. Quando Cézanne toma essas liberdades para com a realidade, seu objetivo é revelar as qualidades permanentes sob os acidentes da aparência (segundo ele, todas as formas da natureza são baseadas no cone, na esfera e no cilindro). Essa ordem subjacente ao mundo exterior era o verdadeiro tema de seus quadros, mas ele tinha que interpretá-lo para que se ajustasse ao mundo estanque e fechado da tela. Um detalhe de nosso quadro é particularmente esclarecedor a esse respeito - a base da fruteira está ligeiramente descentralizada, como se a forma oval desse objeto, reagindo à pressão dos outros objetos, estivesse expandindo-se para a esquerda. A aplicação desse método à paisagem tornou-se o grande desafio da carreira de Cézanne. De 1882 em diante, ele viveu isolado, perto de sua cidade natal e explorando suas cercanias. Um motivo, a nítida forma de uma montanha chamada Mont Sainte-Victoire, parecia quase obcecá-lo; seu perfil rochoso assomando contra o céu azul mediterrâneo aparece em uma longa série de composições, tais como a obra monumental mostrada na figura 357, uma de suas últimas pinturas. Não há nela nenhum sinal da presença humana - casas e estradas apenas perturbariam a grandeza solitária dessa paisagem. Acima da parede dos rochedos de pedra que barram nosso caminho como uma cadeia de fortificações, a montanha eleva-se em triunfante claridade, infinitamente distante, ainda que tão sólida e palpável quanto as formas em primeiro plano. Por toda sua estabilidade arquitetural, a cena é dotada de vida e movimento; no entanto, as forças aqui em ação foram transformadas em

16 equilíbrio, subjugadas pelo poder maior da vontade do artista. Seurat Georges Seurat compartilhou o objetivo de Cézanne de transformar o Impressionismo em algo sólido e durável, mas chegou a ele de maneira muito diversa. Sua carreira foi tão breve quanto a de Masaccio, e o que ele realizou foi igualmente impressionante. Seurat dedicou seus maiores esforços a poucos quadros de grandes dimensões, para os quais fez uma infindável série de estudos preliminares. Esse método diligente reflete sua crença de que a arte deve basear-se em um sistema; porém, como acontece com todo artista de gênio, as teorias de Seurat não constituem uma explicação convincente de seus quadros - são antes os quadros que explicam as teorias. O tema de Uma Tarde de Domingo na Grande- Jatte (fig. 358) é do tipo que sempre fora muito popular entre os pintores impressionistas. São também impressionistas as cores brilhantes e o efeito da intensa luz do sol. Por outro lado, entretanto, o quadro é exatamente o contrário de uma rápida impressão ;o contorno firme e simples e as figuras imóveis e relaxadas conferem à cena uma estabilidade intemporal que lembra Piero della Francesca (ver fig. 197). Até a pincelada demonstra a paixão de Seurat pela ordem e permanência, a tela está coberta por pontos de cor impessoais e sistemáticos, que deveriam fundir-se no olho do espectador e produzir, então, matizes intermediários mais luminosos do que os que se poderia obter de pigmentos misturados na paleta. Ele chamou a esse processo Divisionismo (para outros, Neo-Impressionismo ou Pontilhismo). O resultado concreto, entretanto, não se ajusta à teoria. Olhando para a Grande- Jatte de uma distância satisfatória, descobrimos que a mistura de cores no olho ainda é incompleta; os pontos são claramente visíveis, como as tesselas de um mosaico. Seurat deve ter gostado desse efeito inesperado - do contrário, teria reduzido o tamanho da dos pontos - que confere ao quadro o caráter de uma tela translúcida e tremeluzente. Van Gogh Enquanto Cézanne e Seurat estavam transformando o Impressionismo em um estilo mais severo e clássico, Vincent van Gogh movia-se na direção oposta, acreditando que o Impressionismo não oferecia ao artista a liberdade necessária para expressar suas emoções. Algumas vezes, ele é chamado de expressionista, mas o termo deve ser reservado para alguns pintores posteriores (ver p. 357) Van Gogh, o primeiro grande mestre holandês desde o século XVII, não se tornou artista até 1880; por ter morrido apenas dez anos depois, sua carreira foi tão breve quanto a de Seurat. Seus primeiros interesses voltavam-se para a literatura e a religião. Profundamente insatisfeito com os valores da sociedade industrial e imbuído de um forte sentido de missão, trabalhou durante algum tempo como pregador leigo entre pobres mineiros de carvão. Uma profunda compaixão pelos pobres perpassa suas primeiras obras. Em 1886, entretanto, foi para Paris e encontrou Degas, Seurat e outros artistas franceses proeminentes. O efeito que tiveram sobre ele foi eletrizante: seus quadros, agora, vibravam de cor, e tentou até mesmo a técnica divisionista de Seurat. Embora essa fase impressionista tenha sido de importância vital para o desenvolvimento de Van Gogh, ele tinha de integrá-la ao estilo de seus primeiros anos antes que seu gênio pudesse revelar-se completamente. Paris tinha aberto seus olhos para a beleza sensual do mundo visível e ensinara-lhe a linguagem pictórica da mancha de cor, mas pintar continuou sendo um receptáculo de suas emoções pessoais. Para investigar essa realidade espiritual com os novos meios sob seu comando, foi para Arles, no sul da França. Foi lá, entre 1888 e 1890, que produziu seus melhores quadros. Como Cézanne, dedicou, então, suas maiores energias à pintura de paisagens, mas o interior ensolarado despertou nele uma reação muito diferente: ele o via pleno de movimento e êxtase, e não com estabilidade e permanência arquitetônicas.

17 Em sua Paisagem com Ciprestes, perto de Arles (fig. 359), tanto a terra quanto o céu mostram uma avassaladora turbulência - o campo de trigo assemelha-se a um mar tempestuoso, as árvores lançam como que chamas do solo, e as colinas e nuvens elevam-se com o mesmo movimento ondulante. O dinamismo que existe em cada pincelada transforma cada uma delas não apenas em um sedimento de cor, mas em um incisivo movimento gráfico. Contudo, para o próprio Van Gogh era a cor, não a forma, que determinava o conteúdo expressivo de seus quadros. Embora seu desejo de exagerar o essencial e deixar indefinido o que for óbvio faça com que suas cores pareçam arbitrárias para os padrões impressionistas, ele manteve-se profundamente compromissado com o mundo visível. As cores da Paisagem com Ciprestes são mais fortes, mais simples e vibrantes que aquelas de O Rio de Monet (comparar com fig. 341), sem que sejam, de forma alguma, não-naturais. Elas nos falam daquele reino de luz que Van Gogh tinha encontrado no Sul, e da sua misteriosa crença em uma força criadora que anima todas as formas de vida. Como Dürer antes dele (ver fig. 240), o missionário tomara-se, agora, um profeta. Vemo-lo nesse papel no Auto-Retrato (fig. 360), sua cabeça emagrecida e luminosa, com seus olhos ardentes contrastando com um redemoinho de escuridão. Na época desse Auto-Retrato, já tinha começado a sofrer as crises decorrentes da doença mental que tomaria a pintura cada vez mais difícil para ele. Sem esperanças de curar-se, cometeu suicídio um ano mais tarde, pois sentia que apenas a arte tinha tornado sua vida digna de ser vivida. Gauguin A busca da experiência religiosa desempenhou também um importante papel na obra - se não na vida - de outro grande pós-impressionista: Paul Gauguin, que começou como um próspero corretor em Paris, além de pintor amador e colecionador de arte moderna (foi dele, por algum tempo, a Fruteira de Cézanne, fig. 356). Aos 35 anos, entretanto, convenceu-se de que deveria dedicar-se inteiramente à arte: abandonou a carreira de negociante e a família e, por volta de 1889, era a figura central de um novo movimento chamado Simbolismo. Seu estilo, embora menos intensamente pessoal que o de Van Gogh, era um avanço ainda mais arrojado para além do Impressionismo. Gauguin acreditava que a civilização ocidental estava desconjuntada, tendo forçado o homem a uma vida incompleta e dedicada ao ganho material, enquanto suas emoções eram negligenciadas. Para redescobrir por si mesmo o universo oculto do sentimento, Gauguin foi viver entre os camponeses da Bretanha, no oeste da França, onde a religião ainda fazia parte da vida cotidiana; em obras como O Cristo Amarelo (fig. 361), ele tentou representar a fé simples e direta das pessoas do campo. Aqui, finalmente, está o que nenhum pintor romântico tinha conseguido: um estilo baseado nas origens pré-renascentistas. O modelado e a perspectiva foram abandonados por formas planas e simplificadas, delineadas fortemente em preto, e as cores brilhantes são igualmente não-naturais. Esse estilo, inspirado na arte popular e nos vitrais da Idade Média, tem por objetivo recriar tanto a realidade imaginária da Crucificação quanto o enlevo, quase como um êxtase, das camponesas. Ainda assim, sentimos que Gauguin não compartilha essa experiência: ele podia pintar quadros sobre a fé, mas não o fazia com fé. Dois anos mais tarde, a busca de uma vida despojada levou Gauguin ainda mais longe. Viajou para o Taiti como uma espécie de missionário às avessas, para aprender com os nativos, em vez de ensiná-los. Entretanto, nenhuma de suas telas do sul do Pacífico é tão ousada quanto as que ele havia pintado na Bretanha. Suas obras mais fortes desse período são xilogravuras; Oferendas de Gratidão (fig. 362) apresenta novamente o tema do culto religioso, com a imagem de uma divindade local substituindo Cristo. Em sua indisfarçável aparência entalhada e em sua forma corajosa em preto e branco, podemos sentir as influências dos estilos da arte nativa dos Mares do Sul e de outros estilos não europeus. A

18 renovação da civilização e da arte ocidentais deveria vir dos primitivos, conforme Gauguin acreditava; ele aconselhou seus amigos simbolistas a afastarem-se dos gregos e voltarem-se para a Pérsia, o antigo Egito e o Extremo Oriente. Em si mesma, essa idéia não era nova. Deriva do mito romântico do Bom Selvagem, e sua origem remota é o antigo sonho de um paraíso terrestre onde o homem tinha vivido - e poderia voltar a viver - em um estado de natureza e inocência. Mas ninguém antes de Gauguin tinha levado tão longe a colocação em prática da doutrina do primitivismo. Sua peregrinação ao Pacífico Sul simboliza o final de quatrocentos anos de expansão colonial, que colocara o mundo inteiro sob a dominação ocidental. O peso do homem branco, com o qual antes se arcava de forma tão agradável - e também desumana - estava se tornando insuportável. Simbolistas Os seguidores simbolistas de Gauguin, que se autodenominavam Nabis (da palavra hebraica para profeta ), eram menos notáveis por seu talento criador do que por sua habilidade em formalizar e justificar os objetivos do Pós-Impressionismo em modelos teóricos. Um deles, Maurice Denis, cunhou a afirmação que iria se tornar o Primeiro Artigo de Fé para os pintores do século XX: Um quadro - antes de ser um cavalo de batalha, uma mulher nua, ou qualquer fato - é, essencialmente, uma superfície plana, coberta de cores dispostas segundo uma ordem específica. Os simbolistas descobriram também que havia alguns artistas anteriores, descendentes dos românticos, cujas obras, como a deles, colocavam a visão interior acima da observação da natureza. Um desses era Gustave Moreau, um estranho artista que levou uma vida de reclusão e admirava Delacroix, apesar de ter criado um universo de fantasia pessoal. A Aparição (fig. 363) mostra um de seus temas favoritos: a cabeça de João Batista, numa ofuscante radiação de luz, aparece a Salomé, que está dançando. Sua sensualidade semelhante à de uma odalisca, o fluxo de sangue que escorre da cabeça decepada e o espaço amplo e misterioso da ambientação resumem todos os sonhos de esplendor e crueldade orientais, tão caros à imaginação romântica, unidos a uma insistência acerca da realidade do sobrenatural.

19 ARTE NO BRASIL IMPÉRIO A transferência da Corte portuguesa para o Brasil fará com que a produção de arte, até então claramente orientada pelos valores barrocos, modifique sua estrutura para formas mais pomposas e sofisticadas na arte Dom João VI chega ao Brasil em 1808 devido aos problemas comerciais que enfrentava com a França, por romper o tratado imposto, intitulado de Bloqueio Continental As primeiras providências que toma são importantes para o Brasil: abre os portos para o comércio, cria a primeira imprensa com a Gazeta Carioca e inaugura o Banco do Brasil. Está sediado no Rio de Janeiro Na busca de uma vida mais próxima àquela que a corte vivia na Europa recebe em 1816 um grupo de artistas franceses dirigidos por Joaquim Le Breton, que mais tarde, seriam conhecidos como: A Missão Artística Francesa A Missão artística francesa institui nas terras locais o mecenato oficial e a valorização de artistas vivos e atuantes através do mecanismo de produção, exibição e aquisição de obras, ajudando a difundir um gosto mais sofisticado pela imagem do Neoclassicismo europeu Composta por uma série de artesãos e artistas de diferentes atuações, o grupo da Missão leva a pensar na intenção pretendida por Don João VI quanto à formação de uma escola de artes e ofícios Dentre seus representantes temos: os pintores de história = Jean Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay; o escultor = Auguste M. Taunay o cunhador de medalhas = Charles Simon Pradier o arquiteto = Grandjean de Montigny A riqueza do café e o do açúcar é que impulsionavam o país e vinha também dessa fonte o gosto pela aquisição burguesa de obras de arte que giravam no período entre o gosto oficial Neoclássico ou Romântico. Além disso, outra veia estilística forte, de ordem mais burguesa, era o Paisagismo representado pelo Grupo Grimm. A primeira proposição sobre a vinda desse grupo para o Brasil só se concretiza 10 anos depois de sua chegada. Em 1826 funda-se a Academia Imperial de Belas Artes que gera mais artistas e muitos discípulos dos professores estrangeiros Os alunos começam a fazer um maior intercambio com a Europa a partir de 1834 quando a organização da Academia de Belas Artes organiza exposições gerais e dá prêmios de viagens ao estrangeiro. Destacam-se os seguintes artistas brasileiros acadêmicos: Almeida Junior, Belmiro de Almeida; Henrique Bernardelli, Oscar Pereira da Silva, Pedro Américo, Vitor Meirelles, Araújo Porto-Alegre, Rodolfo Amoedo, Antonio Parreiras, Castagneto, Eliseu Visconti, etc. Com a decadência da monarquia no final do século XIX, percebe-se a abertura estética da Academia de Belas Artes para um gosto mais moderno, de onde surge o Ateliê Livre. Propunham a atualização do gosto estético e a prática secundarista do ensino de arte no Brasil. A partir de uma sala do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, cria-se o museu de arte mais antigo do país: a Pinacoteca do Estado, fundada em 1911

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