DIREITO CIVIL VI Direito das Sucessões

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIREITO CIVIL VI Direito das Sucessões"

Transcrição

1 DIREITO CIVIL VI Direito das Sucessões O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo Paulo Henrique

2 DIREITO CIVIL 6 Conteúdo digitado e baseado das aulas do Prof. Emerson Alexandre Molina Rodrigues Obs.: Apesar das anotações serem feitas das aulas dadas pelo Professor, todo o conteúdo é de total responsabilidade minha, ou seja, se houve algum equívoco, algo desatualizado, alguma falha, foi engano e erro da minha parte. Peço que entrem em contato comigo para ser consertado/atualizado o erro. Obrigado e bom estudo!! emersom.rodrigues@prof.uniso.br DA SUCESSÃO EM GERAL E SUCESSÃO LEGÍTIMA Bibliografia básica: Curso de Direito Civil brasileiro. Maria Helena Diniz, vol. 6 edição 2014, Saraiva Direito Civil. Silvio de Salvo Venosa, vol.7 Editora Atlas, 2014 Carlos Roberto Gonçalves Editora Saraiva, 2014 Plano de matéria: Art ao 1856 CC A Matéria será dividida em 2 semestres: Noções de Herança Depois de tudo que estudamos, desde o nascimento de uma pessoa, do relacionamento dela com outras pessoas e coisas, o que falta estudarmos dentro do CC é a morte!! Podemos dizer que sucessão é o ato que a pessoa assume o lugar de outra, substituindo-a na titularidade de determinados bens Deste modo, quando se fala na ciência jurídica em Direito das Sucessões, está se falando num campo específico do Direito Civil em que estuda a transmissão de bens, direitos e obrigações em razão da morte de uma pessoa. E, assim como entre vivos a sucessão pode se dar a Título Universal (Ex.: Quando uma pessoa jurídica adquire a totalidade do patrimônio de outra, direitos e obrigações, ativo e passivo), ou a Título Singular (Ex.: Num bem ou certos bens determinados), também no Direito das Sucessões existem dois tipos de sucessão: A primeira chamada Sucessão a Título UNIVERSAL dá-se quando, pela morte, se transmite uma universalidade de bens, ou seja, a totalidade de um patrimônio, não importando a quantidade de herdeiros. O objeto desse tipo de sucessão chama-se herança O segundo chamada de Sucessão a Título SINGULAR, ocorre por testamento, o testador deixa uma pessoa com um bem certo e determinado de seu patrimônio, criando, então, a figura do legatário 2

3 Art CC - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários A herança é um somatório, em que se incluem os bens e as dívidas, os créditos e os débitos, os direitos e as obrigações, as pretensões e ações de que era titular o falecido, e as que contra ele foram propostas, desde que transmissíveis Entretanto herda os deveres somente até o limite da herança (Art CC) De cujus Aquele de cuja a morte se trata O Objeto da Sucessão é a HERANÇA que decorre da morte. A morte pode ser REAL (é a regra) ou FICTA (morte presumida Art. 7º CC) DA SUCESSÃO EM GERAL Arts a 1789 CC Trata de dispositivos comuns à sucessão legítima e testamentária SUCESSÃO LEGÍTIMA ( ab intertato ) Arts a 1844 CC É aquela que decorre da aplicação da lei (obedecendo a ordem de vocação hereditária) Hipótese de ausência de testamento válido ou ato de última vontade SUCESSÃO A TÍTULO UNIVERSAL É aquela que ocorre quando o herdeiro sucede a totalidade dos bens do falecido, ou parte dele não específica SUCESSÃO DEFINITIVA É aquela decorrente da morte ou ausência de uma pessoa SUCESSÃO PROVISÓRIA É a denominação da sucessão do ausente enquanto não contemplado todos os requisitos da ausência SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Arts 1857 a 1911 CC É a proveniente de ato de última vontade ou testamento válido. A ordem foi escrita pelo morto quando em vida OBS.: Art CC - O momento da transmissão da herança é no momento da morte. Isso é muito importante porque podem ocorrer alguns efeitos, como por exemplo, o da comoriência (Art. 8º CC) Comoriência - Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, sem que se possa averiguar quem faleceu primeiro, presumir-se-ão simultaneamente mortos. Desta forma, em sendo os comorientes herdeiros entre si, falecendo em situação tal que não se possa precisar se um dos comorientes precedeu ao outro, abre-se duas linhas de sucessão distintas sem que um dos comorientes herde do outro para depois passar a sua herança aos seus sucessores 3

4 OBS².: Um efeito importante que pode ocorrer no momento da transmissão da herança é o Principio do SAISINE (Art CC): Determina que se aplique a lei vigente ao tempo da morte à sucessão e a legitimação para suceder. Deste modo, se o evento morte ocorreu na vigência do Código Civil de 1916, essa será a norma que deverá ser aplicada OBS³.: O acervo dos bens deixados pelo falecido denomina-se espólio, sendo certo que se trata de uma massa de bens sem personalidade jurídica OBS 4.: Art CC - O lugar da abertura da sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido, sendo esse o foro competente para processar o inventário e se proceder a partilha do acervo hereditário. Porém como sempre, há exceções!! Importante ressaltar que, os bens situados no Brasil, serão aqui partilhados ainda que o último domicílio ou o óbito do autor da herança tenha ocorrido no exterior. Caso o de cujus não tivesse domicílio certo, o foro competente será o da situação dos bens ou então do local em que ocorreu o óbito se possuía bens em locais diferentes (artigo 89, II e 96, ambos do CPC) CAPACIDADE SUCESSÓRIA É a aptidão para receber os bens deixados pelo de cujus Pressupostos da capacidade sucessória: 1. Morte do de cujus 2. Sobrevivência do herdeiro 3. O herdeiro precisa pertencer à espécie humana 4. O herdeiro tem que ter: Parentesco, Casamento, União Estável ou Testamento OBS.: No momento da morte, se o herdeiro já estiver falecido, transmite a herança para o próximo herdeiro OBS².: Pessoa Jurídica só pode herdar por Testamento OBS³.: Desta forma, a sucessão se abre com a morte do de cujus, mas, se ocorrer isso e a mulher do de cujus estiver grávida, quando nascer o bebe, se estiver vivo irá herdar a parte dele, se estiver morto a herança será distribuída entre os outros herdeiros Delação Sucessória É o lapso de tempo entre a abertura da sucessão e a declaração da sucessão 4

5 Pessoas que NÃO podem ser nomeadas Herdeiras nem Legatárias: A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos As testemunhas do testamento O concumbino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como os que fizer ou aprovar o testamento EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO Causas que pode haver a Exclusão por Indignidade e que autorizam a exclusão do herdeiro ou legatário da sucessão (Art CC). Tratam-se de casos taxativos e que NÃO admitem interpretação extensiva ou analógica: Os que houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio doloso ou sua tentativa, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente OBS.: Não se estende, como se viu, aos casos de homicídio culposo, legítima defesa, estado de necessidade, exercício regular de direito, ou seja, em casos que o ato lesivo não é voluntário para efeito de afastar o agente da sucessão Os que acusarem o de cujus caluniosamente em juízo ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro OBS.: Para Carlos Maximiliano, não é necessária a condenação do herdeiro, bastando que este haja provocado ação penal. Para Maria Helena Diniz e Washington de Barros Monteiro, a prática de crimes contra a honra do herdeiro só ficará comprovada se houver prévia condenação do indigno no juízo criminal Os que, por violência ou fraude, inibiram ou obstaram o de cujus de livremente dispor de seus bens por ato de última vontade Declaração Jurídica da Indignidade Para a Exclusão do Herdeiro por Indignidade, é imprescindível que prévia declaração judicial, proferida em ação ordinária, movida contra o herdeiro por quem tenha legítimo interesse na sucessão, ou seja, por herdeiros ou legatários, credores, etc. O MP não possui legitimação para essa ação. O PRAZO para a propositura da ação declaratória de indignidade é de 4 ANOS contados da abertura da sucessão, sob pena de decadência (Art.1815 CC) 5

6 Efeitos da Indignidade: Os descendentes do indigno sucedem-no por representação, como se ele já fosse falecido na data da abertura da sucessão (Art CC) O indigno não terá direito ao usufruto e à administração dos bens que a seus filhos menores houverem na herança ou à sucessão eventual desses vens (Art e único do CC) O indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve responder por perdas e danos. Não obstante sua exclusão na sucessão, o excluído da sucessão poderá representar eu pai na sucessão de outro parente, já que a pena deve ser considerada restritivamente ACEITAÇÃO DA HERANÇA (Art e 1805 CC) Ato Jurídico pelo qual o herdeiro manifesta o seu desejo de receber o acervo hereditário. Há 3 Espécies de Aceitação da Herança: EXPRESSA Manifestada positivamente por intermédio de declaração escrita por instrumento público ou particular TÁCITA Aquela que decorre da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro PRESUMIDA Se algum interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança (Ex.: Credor do herdeiro) poderá requerer ao Juiz, após 20 dias da abertura da sucessão que dê ao herdeiro prazo razoável não maior de 30 dias para que se pronuncie se aceita ou não a herança. Caso haja silêncio é tida como aceita RENÚNCIA DA HERANÇA É o ato jurídico unilateral pelo qual o herdeiro declara que NÃO aceita a herança que é transmitida. Deve sempre constar expressamente de instrumento público ou de termo judicial (Art CC) Art c/c Art CC - A renúncia não admite condições, termos ou que seja em partes. Tanto a aceitação como a renúncia são atos irrevogáveis Em princípio a Lei diz que ninguém pode suceder o herdeiro renunciante, sendo sua cota acrescida aos herdeiros da sua classe Se todos renunciarem os filhos dos herdeiros irão herdar por serem os mais próximos dos herdeiros e não por serem a cota do herdeiro (Art CC) 6

7 CESSÃO DA HERANÇA A cessão da herança consiste na transferência parcial ou total do quinhão hereditário que o herdeiro legítimo ou testamentário faz de forma gratuita ou onerosa, que lhe foi atribuída com a abertura da sucessão REQUISITOS: Capacidade do cedente para os atos da vida civil e de disposição de seus bens Abertura da sucessão, pois é vedado a transação de herança de pessoa viva Instrumento público, que é da essência do ato (Art CC) Que a cessão seja feita antes da partilha EFEITOS: O cessionário assume, em relação aos direitos hereditários, a mesma condição jurídica do cedente (Art. 1793, 1º CC) O cessionário, sucede à título singular e inter vivos O cessionário assume os débitos do espólio atinentes à porção cedida O cedente não responde, em regra pela evicção, salvo se enumerar os bens da herança e estes não existirem, ou se for privado da qualidade de herdeiro, que afirmou ter Os demais herdeiros possuem direito de preferência na aquisição da fração cedida, se se tratar de cessão à titulo oneroso HERANÇA JACENTE Ocorre quando NÃO houver herdeiro, legítimo ou testamentário, notoriamente conhecido ou quando for repudiada pelas pessoas sucessíveis (Art CC) Constitui, assim, um acervo de bens arrecadado por morte do de cujus sujeito à administração e representação de um curador a quem incumbem os atos conservatórios (Art. 12, IV do CPC), sob fiscalização judicial durante um período transitório ata sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância (Art CC) Declarada a vacância, não prejudica os credores do falecido, que terão o direito de pedir o pagamento das dívidas reconhecidas nos limites da herança, e tampouco prejudicará os herdeiros que se habilitarem SUCESSÃO LEGÍTIMA É a que ocorre quando o falecido possui herdeiros obrigatórios que tem direito a recolher uma parte dos bens; ou quando o testador não dispõe de todos os seus bens; ou quando o testamento caduca ou ainda é considerado inválido Portanto, é possível haver sucessão legítima ainda que exista testamento e, não havendo testamento, a sucessão será deferida de acordo com a ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA 7

8 A ordem de vocação hereditária é, então, uma relação preferencial, estabelecida na Lei em que as pessoas são chamadas a suceder ao finado Herdeiros necessários: Descendentes, Ascendentes e Cônjuge OBS.: Se a pessoa não tiver descendente, ascendente e cônjuge, poderá fazer um testamento do total da herança Há uma ORDEM DE VOCAÇÃO HEREDITÁRIA (Art CC): 1ª Ordem - Determina quais são as CLASSES SUCESSIVAS: 1ª Classe Sucessível - Descendentes e Cônjuge (Dependendo do regime de bens) 2ª Classe Sucessível - Ascendentes e Cônjuge 3ª Classe Sucessível - Cônjuge 4ª Classe Sucessível - Colateral OBS.: Para se aplicar essa ordem de vocação hereditária tem algumas regras Regras para APLICAÇÃO das Classes Sucessíveis 1ª Regra) Uma classe sucessível só é chamada na ausência de herdeiros da classe anterior. Ex.: Os ascendentes só irão herdar se o de cujus não tiver descendentes 2ª Regra) Na mesma classe sucessível, os herdeiros mais próximos em grau, excluem os mais remotos, salvo direito de representação Ex.: Quem herda do de cujus são os filhos, não os netos, pois são os mais próximos em grau MODOS DE SUCEDER Por DIREITO PRÓPRIO Ocorre quando todos herdeiros são chamados à sucessão e encontram-se na mesma classe e no mesmo grau Por DIREITO DE REPRESENTAÇÃO Ocorre quando alguns herdeiros são chamados para suceder no lugar de outros Por DIREITO DE TRANSMISSÃO Ocorre depois de aberta a sucessão, sendo transmitida para outra pessoa. Pode ser objeto de negócio jurídico os bens de pessoa morta 8

9 3 MODOS DE PARTILHAR A HERANÇA Por Cabeça Ocorre a partilha na sucessão por direito próprio Por Estirpe Ocorre a partilha decorrente do direito de representação Por Linhas Sucessão dos ascendentes OBS.: Não há representação para ascendente Art CC - O Direito de Representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente. Para ascendente a linha sempre se dá por linhas, ou seja, metade para linha materna e metade para linha paterna (Art CC 2 o - Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha materna) OBS².: Não havendo ascendente, descendente e cônjuge para herdar, quem herdará serão os colaterais, porém estando mortos os irmãos, herdarão os filhos destes, não havendo filhos herdarão os tios (Art CC) OBS³.: Quando concorrerem irmãos bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe) com irmãos unilaterais (filhos do mesmo ou da mesma mãe), os irmãos bilaterais herdarão o DOBRO do que os irmãos unilaterais herdarem (Art CC) Art.1853 CC Herança de irmãos e dos filhos destes quando mortos. É a única forma de direito de representação que a legislação aceita na linha transversal. Sendo filhos de irmãos concorrendo com irmãos vivos do de cujus Art.1843, 2º CC Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um deste herdará a metade do que herdar cada um daqueles Art CC - São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários que praticarem determinados crimes. Ocorre a vacância e a docência da herança, sendo passada para o Município 1º QUESTIONÁRIO DIREITO CIVIL 1. Joaquim falece no estado civil de viúvo deixando 4 filhos: João, Pedro, Paulo e Maria. João é pré morto e deixou os filhos: Lucas e Antonio. Paulo é declarado indigno e tem uma filha Claudia. Pedro renunciou a herança e possui 4 filhos: Guilherme, Augusto, Patrícia e Henrique. Maria não tem filhos. Ainda o patrimônio de Joaquim é composto pelos seguintes bens: Uma casa no valor de R$ 250 mil, um terreno no valor de R$ 200 mil e um carro no valor de R$ 50 mil. Diante do caso exposto proceda a partilha dos bens de Joaquim 9

10 2. O que é herança? 3. O herdeiro pode ser considerado representante do de cujus? Explique 4. Como a sucessão foi tratada esquematicamente no Código Civil? 5. O que é sucessão legítima? 6. O que é sucessão testamentária? 7. O que é sucessão a título singular? 8. Proceda a distinção entre sucessão a título universal e sucessão a título singular 9. Proceda a distinção entre a sucessão definitiva e sucessão provisória 10. Qual é o momento da abertura da sucessão? Fundamente e explique 11. Como se resolve o problema da comoriência? Fundamente 12. Qual é o lugar da abertura da sucessão? Fundamente 13. Explique a capacidade sucessória incluindo os seus pressupostos 14. Como se dá a aceitação da herança? 15. Quais são as espécies de aceitação da herança? Explique cada uma delas 16. O que é a renúncia da herança? 17. Quais são as condições aceitas para se renunciar à herança? Desenvolva 18. Como se procede caso a renúncia da herança prejudique terceiros? Fundamente 19. Como se partilha a herança do herdeiro renunciante? Fundamente 20. As dívidas do morto podem atingir o patrimônio particular do herdeiro? Justifique 21. O que é herança jacente e herança vacante? 22. Quem são os impedidos de suceder? Explique 23. Quais são as classes sucessíveis? 24. Quais são as regras para aplicação das classes sucessíveis? 25. Quais são os modos de se suceder? 26. Quais são os modos de se partilhar a herança? 27. Falece Andrea, solteira, sem deixar herdeiros necessários. Deixou como patrimônio bens no valor de 900 mil reais. Foram gastos 20 mil reais no seu funeral. Tinha duas irmãs bilaterais, Ana e Francisca, e um irmão unilateral, André. Considere que André é pré-morto e possui três filhos, Lia, Cleusa e Lívia, e Ana renunciou a herança. Assim sendo, proceda a partilha dos bens de Andrea. 28. No dia 4 de março de 2015, faleceu Pedregundo em acidente de carroça. Deixou como patrimônio bens avaliados em 120 mil reais. O de cujus tinha 3 filhos adotivos, Josebeto, Leôncio e Eguani. Considere que Eguani renunciou e todos herdeiros tem capacidade sucessória e divida a herança 29. Faleceu Américo sem deixar herdeiros necessários. Deixou um patrimônio de 320 mil reais. Eram parentes do de cujus, José, irmão unilateral e Maria, irmã bilateral; Santo a Angela, filhos de José; e Samir, filha de Maria; Otacílio, Augusto e Mario, tios de Américo; Juca, Paulo, Felipe, primos de Américo; Francisco, tio-avô de Américo. Assim considere, as seguintes hipóteses e proceda a respectiva partilha: a. Todos os herdeiros tem capacidade sucessória b. José é pré-morto 10

11 c. Os irmãos renunciam d. Os irmãos e sobrinhos são declarados indignos e. Os irmãos, sobrinho e os tios renunciam a herança 30. Flavio, viúvo, 75 anos, falece. Teve 2 filhos, Marcio, já falecido e José, que renuncia a herança. Marcio tinha 2 filhos: Carlos e Maria; E José tinha 3 filhos: Renata, Carla e Soraya. Flavio deixou um poupança de 250 mil reais. Assim sendo proceda a partilha 31. Àlvaro falece deixando o seu tio avô, Geraldo e seu sobrinho, Tiago. Deixou um patrimônio de 250 mil reais. Proceda a partilha 32. Quais são os casos em que é possível a sucessão por representação? 33. Quem são os herdeiros necessários? SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE Explicando um pouco sobre a concorrência em cada Regime de Bens do casamento: Regime da Comunhão Universal NÃO HÁ CONCORRÊNCIA do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido, se o Regime de Bens no casamento era o da Comunhão Universal. Sendo o viúvo ou a viúva titular da meação, não há razão para que seja ainda herdeiro, concorrendo com filhos do falecido Regime da Separação Obrigatória Esse Regime é imposto pela Lei às pessoas que contraírem o matrimônio com inobservância das causas suspensivas, forem maiores de 70 anos ou dependerem de suprimento judicial para casar (Art CC) Essa separação é total e permanente, atingindo inclusive os bens adquiridos na constância do casamento Regime da Comunhão Parcial de Bens NÃO HAVERÁ ainda concorrência do cônjuge sobrevivente com os descendentes do falecido numa terceira hipótese cogitada na parte final do inc. I do art do CC: se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares Haverá a concorrência se, no Regime Parcial, o autor da herança deixou bens particulares Uma polêmica que acontece é no caso de haver bens particulares (bens adquiridos fora do casamento), pois o cônjuge sobrevivente irá ser meeiro dos bens adquiridos durante o casamento, e também irá concorrer na herança dos bens particulares, entretanto, essa concorrência também irá chamar a outra metade que não seja o que ele recebeu da meação, ou seja, o sobrevivente irá ter parte em todo o patrimônio restante da meação 11

12 Regime da Separação Convencional Por não constar das ressalvas do art , inc. I do CC, HAVERÁ A CONCORRÊNCIA, ocorrendo o mesmo no que respeita ao Regime da Participação Final dos Aquestos Esquematizando: HIPOTESES que o Herdeiro NÃO CONCORRE com os descendentes (Art e 1830 CC): Se judicialmente separado do de cujus Se, separado de fato há mais de 2 anos, não provar que a convivência se tornou insuportável sem culpa sua Se casado com o de cujus no Regime da Comunhão Universal de Bens Se casado com o de cujus no Regime da Separação Obrigatória de Bens Se casado com o de cujus no Regime de Comunhão Parcial e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares Se casado com o de cujus no Regime da Participação Final nos Aquestos e o autor da herança NÃO houver deixado bens particulares CASOS em que o Cônjuge CONCORRE com os Descendentes Casado com o de cujus no Regime da Separação Convencional Casado no Regime da Comunhão Parcial e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares Se casado no Regime da Participação Final nos Aquestos e o cônjuge falecido houver deixado bens particulares Art CC Em concorrência com os descendentes (Art , I CC) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer Ex.: Se, o casal tinha três filhos, e falece o marido, a herança será dividida, em partes iguais, entre a viúva e os filhos. Assim, o sobrevivente e cada um dos filhos receberão 25% da herança. Porém, se o falecido deixou quatro filhos ou mais, e tendo de ser reservado um quarto da herança para o cônjuge sobrevivente, este receberá quinhão maior, repartindo-se os três quartos restantes entre os quatro ou mais filhos. A repartição da herança por cabeça não irá, portanto, prevalecer nesse caso OBS.: No caso, de descendentes exclusivos do de cujus, isto é, de não serem descendentes comuns, como na hipótese da existência somente de filhos de casamento anterior, o cônjuge sobrevivente não terá direito à quarta parte da herança, cabendo somente a parte a cada um dos filhos Da mesma forma ocorre quando há descendentes comuns e descendentes unilaterais (Corrente adotada pela maioria das Doutrinas) Ex².: No caso de ocorrer a hipótese: A teve 3 filhos com B, depois casou-se pela separação convencional com C e teve mais 2 filhos. Sendo assim com a morte de A, quem irá herdar serão todos os filhos e C por 12

13 cabeça e na mesma quantia, mesmo que C é ascendente de 2 filhos de A. A Doutrina diz isso, sendo que não há reserva de ¼ neste caso, no qual herda a cota igual por cabeça Leia e grave muito bem esse artigo e seus incisos: HERANÇA NA UNIÃO ESTÁVEL Art CC A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I Se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho II Se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles III Se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a 1/3 da herança IV Não havendo parentes sucessíveis, terá direito a totalidade da herança OBS.: O companheiro ou companheiro terá direito a METADE dos bens adquiridos onerosamente na constância da união estável (Art CC) OBS².: Sendo assim, se todos os bens do de cujus foram adquiridos antes da união estável, a companheira não herdará nada, herdando os bens somente os filhos do de cujus OBS³.: Da mesma forma não receberá a companheira se o de cujus recebeu alguma doação ou herança durante a união estável, mesmo que ele receba uma quantia em dinheiro e compre algo com isso (subrogação) OBS 4.: Direito real de habitação relativamente ao imóvel destinado à família enquanto não constituir nova união ou casamento Art. 7º, único da Lei nº 9.278/96 13

Professora Alessandra Vieira

Professora Alessandra Vieira Sucessão Legítima Conceito: A sucessão legítima ou ab intestato, é a que se opera por força de lei e ocorre quando o de cujus tem herdeiros necessários que, de pleno direito, fazem jus a recolher a cota

Leia mais

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva Direito Civil VI - Sucessões Prof. Marcos Alves da Silva SUCESSÃO DO CÔNJUGE Herdeiro necessário e concorrente ( concorrente, conforme o regime de bens) Os regimes de matrimoniais de bens e suas implicações

Leia mais

Processos de Regularização de Imóveis

Processos de Regularização de Imóveis Processos de Regularização de Imóveis Prof. Weliton Martins Rodrigues ensinar@me.com www.vivadireito.net 5 5.1. Copyright 2013. Todos os direitos reservados. 1 2 A aquisição da propriedade é forma pela

Leia mais

OAB 139º - 1ª Fase Regular Modulo II Disciplina: Direito Civil Professor João Aguirre Data: 24/07/2009

OAB 139º - 1ª Fase Regular Modulo II Disciplina: Direito Civil Professor João Aguirre Data: 24/07/2009 TEMAS ABORDADOS EM AULA 9ª Aula: Sucessão SUCESSÃO 1. Tipos 1.1. Sucessão Legítima: surgiu pela lei (legislador deu a lei) 1.2. Sucessão Testamentária: Surgiu o testamento Em regra vale a legítima quando

Leia mais

PONTO 1: Sucessões. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento.

PONTO 1: Sucessões. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento. 1 DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL PONTO 1: Sucessões SUCESSÃO LEGÍTIMA SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA art. 1845 do CC. A dispensa tem que ser no ato da liberalidade ou no testamento. Colação não significa devolução

Leia mais

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva Direito Civil VI - Sucessões Prof. Marcos Alves da Silva Direito das Sucessões Sucessão: alteração de titulares em uma dada relação jurídica Sucessão (sentido estrito): causa mortis A sucessão engloba

Leia mais

DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS:

DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS: DIREITO CIVIL EXERCÍCIOS SUCESSÕES DISCURSIVAS: 1. Capacidade para suceder é a aptidão da pessoa para receber os bens deixados pelo de cujus no tempo da abertura da sucessão. Considerando tal afirmação

Leia mais

É a primeira classe a herdar. Não há limitação de grau para herdar. Regra do grau mais próximo exclui o mais remoto (art. 1833, CC) Filho 1 Filho 2

É a primeira classe a herdar. Não há limitação de grau para herdar. Regra do grau mais próximo exclui o mais remoto (art. 1833, CC) Filho 1 Filho 2 Sucessão dos Descendentes (art. 1833, CC) É a primeira classe a herdar. Não há limitação de grau para herdar. Regra do grau mais próximo exclui o mais remoto (art. 1833, CC) Filho 1 Filho 2 Neto 1 Neto

Leia mais

Inovações e desacertos no novo Direito Sucessório

Inovações e desacertos no novo Direito Sucessório Inovações e desacertos no novo Direito Sucessório Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka Doutora e Livre Docente em Direito pela Faculdade de Direito da USP Professora Associada ao Departamento de Direito

Leia mais

Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período

Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período Professora: Vera Linda Lemos Disciplina: Direito das Sucessões 7º Período Toda a sucessão legítima observará uma ordem de vocação hereditária que, no Código Civil, está prevista no artigo 1.829. Art. 1.829.

Leia mais

SUCESSÃO HEREDITÁRIA. fases práticas do inventário e partilha

SUCESSÃO HEREDITÁRIA. fases práticas do inventário e partilha EDUARDO MACHADO ROCHA Juiz de Direito da Vara de Família e Sucessões da Comarca de Dourados (MS). Pós-graduado - Especialização em Direito Processual Civil. Professor de Direito Civil na Unigran - Universidade

Leia mais

HERDEIROS, LEGATÁRIOS E CÔNJUGE

HERDEIROS, LEGATÁRIOS E CÔNJUGE HERDEIROS, LEGATÁRIOS E CÔNJUGE Luiz Alberto Rossi (*) SUMÁRIO DISTINÇÃO ENTRE HERDEIROS E LEGATÁRIOS. SAISINE. CÔNJUGE: HERDEIRO NECESSÁRIO. QUINHÃO DO CÔNJUGE. TIPOS DE CONCORRÊNCIA. BENS PARTICULARES.

Leia mais

DIREITO FAMÍLIA SUCESSÃO PRINCÍPIOS ORIENTADORES

DIREITO FAMÍLIA SUCESSÃO PRINCÍPIOS ORIENTADORES DIREITO FAMÍLIA SUCESSÃO DE DIREITO FAMÍLIA PONTO 1: SUCESSÃO PONTO 2: PRINCÍPIOS ORIENTADORES; SUCESSÃO LEGÍTIMA E TESTAMENTÁRIA, EXCLUSÃO DOS HERDEIROS; PONTO 3: ESPÉCIES DE HERDEIROS, CESSÃO DE DIREITOS;

Leia mais

Direito das Sucessões

Direito das Sucessões Direito das Sucessões OBJETIVO Compreender as consequências da ordem de vocação hereditária. ROTEIRO! Da ordem de vocação hereditária! Ordem de vocação hereditária no Código de 1916! Nova ordem de vocação

Leia mais

Caderno Eletrônico de Exercícos Direito das Sucessões

Caderno Eletrônico de Exercícos Direito das Sucessões 1) Que é herança jacente: a) Herança que não existe herdeiros, salvo o estado b) Herança que tem que ser dividida entre os pais e cônjuge c) Herança que tem que ser dividida entre irmãos d) Herança deixada

Leia mais

OAB. OAB. DIREITO CIVIL. Glauka Archangelo. - ESPÉCIES DE SUCESSÃO. Dispõe o artigo 1.786 do Código Civil que:

OAB. OAB. DIREITO CIVIL. Glauka Archangelo. - ESPÉCIES DE SUCESSÃO. Dispõe o artigo 1.786 do Código Civil que: OAB. DIREITO CIVIL.. DISPOSIÇÕES GERAIS. DIREITO SUCESSÓRIO: Em regra geral na sucessão existe uma substituição do titular de um direito. Etimologicamente sub cedere alguém tomar o lugar de outrem. A expressão

Leia mais

Direito das Sucessões Parte I. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Direito das Sucessões Parte I. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Direito das Sucessões Parte I Sucessão - Etimologia Sucessão Successio, de succedere. Relação de ordem, de continuidade. Uma sequência de fato e de coisas. O que vem em certa ordem ou em certo tempo. Sucessão

Leia mais

6 Inventários e arrolamentos. Processo. Petição de herança, 83

6 Inventários e arrolamentos. Processo. Petição de herança, 83 1 Noções introdutórias, 1 1.1 Sucessão. Compreensão do vocábulo. O direito das sucessões, 1 1.2 Direito das sucessões no direito romano, 2 1.3 Ideia central do direito das sucessões, 4 1.4 Noção de herança,

Leia mais

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC).

AULA 07. Herança Jacente = herança sem herdeiros notoriamente conhecidos (arts. 1819 e ss. do CC). 01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8ºDIN-1 e 8º DIN-2 Data: 21/08/12 AULA 07 II - SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 11. Herança Jacente e Vacante (arts. 1.819 a 1.823,

Leia mais

Faculdade de Direito da Alta Paulista

Faculdade de Direito da Alta Paulista PLANO DE ENSINO DISCIPLINA SÉRIE PERÍODO LETIVO CARGA HORÁRIA DIREITO CIVIL V (Direitos de família e das sucessões) QUINTA 2015 136 I EMENTA Direito de Família. Casamento. Efeitos jurídicos do casamento.

Leia mais

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO 1 REGIME DE BENS NO NOVO CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO Cleiton Graciano dos Santos 1 RESUMO: Este artigo trata sobre o Regime de Bens no novo Código Civil brasileiro, apresentando os principais aspectos do assunto,

Leia mais

1. Princípios Orientadores: - a herança é uma universalidade de direito - indivisível até a partilha;

1. Princípios Orientadores: - a herança é uma universalidade de direito - indivisível até a partilha; 1 PONTO 1: Princípios Orientadores PONTO 2: Sucessão Legítima e Testamentária PONTO 3: Morte PONTO 4: Cessão e Direitos Hereditários PONTO 5: Exclusão da Herança PONTO 6: Herança Jacente e Vacante 1. Princípios

Leia mais

O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade. http://patriciafontanella.adv.br

O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade. http://patriciafontanella.adv.br O DIREITO DAS Sucessões na Contemporaneidade http://patriciafontanella.adv.br Viés Constitucional Assento constitucional (art. 5º XXX, CF/88). Mudança dos poderes individuais da propriedade, trazendo a

Leia mais

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida.

A extinção da personalidade ocorre com a morte, que pode ser natural, acidental ou presumida. Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 04 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva Personalidade (continuação) 3. Extinção da personalidade:

Leia mais

Direitos das Sucessões

Direitos das Sucessões Há 4 títulos do capítulo das sucessões: Sucessões em geral: aplicada a qualquer hipótese; Sucessão Legítima: prevista em lei; Sucessão testamentária: disposições de vontade; Inventário e partilha: regras

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES

DIREITO DAS SUCESSÕES Direito Civil Aula 3 Delegado Civil Sandro Gaspar Amaral DIREITO DAS SUCESSÕES PRINCÍPIO DE SAISINE (art. 1784, CC): transmissão da propriedade e da posse no exato momento da morte. NORMA VIGENTE (art.

Leia mais

Direito das Sucessões

Direito das Sucessões Direito das Sucessões Eduardo Domingues 12/02 A matéria é dividida em quatro partes. Primeiro temos a sucessão em geral traz uma série regras que permeiam todo o conteúdo que será tratado nesta disciplina.

Leia mais

Direito de Família. Consuelo Huebra

Direito de Família. Consuelo Huebra Direito de Família Consuelo Huebra Casamento A lei só admite o casamento civil, mas o casamento religioso pode produzir efeitos civis na forma dos arts.1515 e 1516, C.C. Parentesco Natural pessoas que

Leia mais

DEFENSORIA PÚBLICA E PROCURADORIAS NOTURNO Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO. SUMÁRIO (continuação)

DEFENSORIA PÚBLICA E PROCURADORIAS NOTURNO Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO. SUMÁRIO (continuação) Direito Civil Professor Murilo Sechieri Data: 02/10/2012 Aula 07 RESUMO SUMÁRIO (continuação) I. DIREITO DE FAMÍLIA 5. FILIAÇÃO 5.2. Tipos de reconhecimento 5.3. Ação investigatória de paternidade 5.3.1.

Leia mais

Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8DIN-1 e 8DIN-2 Data: 08/08/2012 AULA 04

Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8DIN-1 e 8DIN-2 Data: 08/08/2012 AULA 04 01 Profª Helisia Góes Disciplina: DIREITO CIVIL VI SUCESSÕES Turmas: 8ºDIV, 8DIN-1 e 8DIN-2 Data: 08/08/2012 AULA 04 II - SUCESSÃO EM GERAL (Cont...) 7. Aceitação e Renúncia da Herança (arts. 1.804 a 1.813,

Leia mais

Aula 008 Da Sucessão Testamentária

Aula 008 Da Sucessão Testamentária Aula 008 Da Sucessão Testamentária 3.5 Disposições Testamentárias 3.5.1 Regras gerais 3.5.2 Espécies de disposições 3.5.2.1 Simples 3.5.2.2 Condicional 3.5.2.3 A Termo ou a prazo 3.5.2.4 Modal 3.5.2.5

Leia mais

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.

Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Lição 14. Doação Art. 538. Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Na doação deve haver, como em qualquer outro

Leia mais

PROF. MS. FABIO TRUBILHANO

PROF. MS. FABIO TRUBILHANO 3 PROF. MS. FABIO TRUBILHANO ASPECTOS POLÊMICOS DA SUCESSÃO DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO A primeira questão polêmica sobre a qual nos debruçaremos envolve os arts. 1.641, 1.687 e 1.829 do Código Civil brasileiro.

Leia mais

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana

Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana Modular Direito de Família Disposições Gerais Sobre o Casamento Incapacidade e Impedimento Causas Suspensivas Fernando Viana 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

Leia mais

SUMÁRIO PREFÁCIO... 1. INTRODUÇÃO... 3 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 3 1.2 AS ATUAÇÕES DO MAGISTRADO (ESTADO-JUIZ) E DO

SUMÁRIO PREFÁCIO... 1. INTRODUÇÃO... 3 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 3 1.2 AS ATUAÇÕES DO MAGISTRADO (ESTADO-JUIZ) E DO SUMÁRIO PREFÁCIO... 1. INTRODUÇÃO... 3 1.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS... 3 1.2 AS ATUAÇÕES DO MAGISTRADO (ESTADO-JUIZ) E DO TABELIÃO (PRESTADOR DE SERVIÇO PÚBLICO EM CARÁTER PRIVADO)... 5 1.3 NOVA LEI HOMENAGEIA

Leia mais

ESTADO DO PIAUÍ SECRETARIA DA FAZENDA

ESTADO DO PIAUÍ SECRETARIA DA FAZENDA ESTADO DO PIAUÍ SECRETARIA DA FAZENDA ITCMD Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de quaisquer Bens ou Direitos MANUAL DO USUÁRIO 2012 O ITCMD tem como fato gerador a transmissão de bens e direitos

Leia mais

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC)

AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) AULA 06 DA ADOÇÃO (ART. 1618 A 1629 CC) DO CONCEITO A ADOÇÃO É UM ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO, CUJA EFICACIA É DEPENDENTE DA AUTORIZAÇÃO JUDICIAL. NESSE CASO, CRIA UM VÍNCULO FICTÍCIO DE PATERNIDADE-

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS

PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS PERGUNTAS E RESPOSTAS NOVAS REGRAS PARA ESCOLHA DE BENEFICIÁRIOS 1 - O que é Beneficiário Indicado? Qualquer pessoa física indicada pelo Participante conforme definido no regulamento do Plano. 2 - O que

Leia mais

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões.

Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Resumo Aula-tema 05: Direito de Família e das Sucessões. Para o autor do nosso livro-texto, o Direito de família consiste num complexo de normas que regulam a celebração do casamento e o reconhecimento

Leia mais

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Regime de Bens no Casamento. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Regime de Bens no Casamento Regime de Bens no Casamento Regime de bens é o conjunto de determinações legais ou convencionais, obrigatórios e alteráveis, que regem as relações patrimoniais entre o casal,

Leia mais

CURSO DE RETA FINAL - MAGISTRATURA DE SÃO PAULO Prof. André Barros

CURSO DE RETA FINAL - MAGISTRATURA DE SÃO PAULO Prof. André Barros MATERIAL DE APOIO PROFESSOR CURSO DE RETA FINAL - MAGISTRATURA DE SÃO PAULO Prof. André Barros 3a AULA: DIREITO DAS SUCESSÕES: Do direito das Sucessões (artigos 1.784 a 1.828 do Código Civil). Sucessão

Leia mais

Direito das Sucessões Parte II. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Direito das Sucessões Parte II. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Direito das Sucessões Parte II Abertura da Sucessão Momento da morte do de cujus, devidamente comprovada. Com a abertura da sucessão os herdeiros, legítimos ou testamentários, adquirem, de imediato, a

Leia mais

1959 Direito de Família e Sucessões Parte 1 Do Direito de Família 1. Família. Conceito. Família e sociedade. Suas diferentes formas. Constituição de 1946 a espeito. Direito de Família. 2. Esponsais. Breve

Leia mais

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES

Sucessão que segue as regras da lei quando: DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES I. SUCESSÃO EM GERAL II. SUCESSÃO LEGÍTIMA III. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA IV. INVENTÁRIO E PARTILHA SUCESSÃO LEGÍTIMA 1. Conceito 2. Parentesco 3. Sucessão por direito próprio e por

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS - UNIPAC FACULDADE DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS DIREITO CIVIL VIII DIREITO DAS SUCESSÕES QUADROS ESQUEMÁTICOS MARCOS ALVES DE ANDRADE BARBACENA JULHO DE 2007 Direito

Leia mais

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões.

Nele também são averbados atos como o reconhecimento de paternidade, a separação, o divórcio, entre outros, além de serem expedidas certidões. No Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais são regis- trados os atos mais importantes da vida de uma pessoa, como o nascimento, o casamento e o óbito, além da emancipação, da interdição, da ausência

Leia mais

Regime de bens e divisão da herança

Regime de bens e divisão da herança Regime de bens e divisão da herança Antes da celebração do casamento, os noivos têm a possibilidade de escolher o regime de bens a ser adotado, que determinará se haverá ou não a comunicação (compartilhamento)

Leia mais

Art. 27 - rol de legitimados. Partilha Provisória dos bens do ausente. Com procurador - 3 anos contados do desaparecimento

Art. 27 - rol de legitimados. Partilha Provisória dos bens do ausente. Com procurador - 3 anos contados do desaparecimento Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Direito Civil (Parte Geral) / Aula 05 Professor: Rafael da Motta Mendonça Conteúdo: II) Ausência: Sucessão Definitiva. III)Capacidade: Espécies de Capacidade

Leia mais

A UNIÃO ESTÁVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL

A UNIÃO ESTÁVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL 76 A UNIÃO ESTÁVEL NO NOVO CÓDIGO CIVIL CLAUDIA NASCIMENTO VIEIRA¹ O artigo 226 da Constituição Federal equiparou a união estável entre homem e mulher ao casamento, dispondo em seu parágrafo 3º que é reconhecida

Leia mais

SUCESSÃO LEGÍTIMA DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO NO NOVO CÓDIGO CIVIL

SUCESSÃO LEGÍTIMA DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO NO NOVO CÓDIGO CIVIL DIMAS MESSIAS DE CARVALHO Promotor de Justiça no Estado de Minas Gerais. Autor do Livro Direito de Família, publicado em 2005, pela Editora Atenas. Professor de Direito de Família e Sucessões na Unifenas,

Leia mais

TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros)

TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros) TODAS AS INFORMAÇÕES SÃO EXTREMAMENTE IMPORTANTES!!! CASAMENTO CIVIL (Brasileiros) PREENCHER O FORMULÁRIO - MEMORIAL - DE CASAMENTO (MODELOS NAS FL 4, 5 E 6), ASSINAR E RECONHECER FIRMA DAS ASSINATURAS

Leia mais

Livro V Do Direito das Sucessões. Introdução: Mudança trazidas pelo CC/02 no direito civil nos campos: sucessões e família. Cônjuge Companheiro

Livro V Do Direito das Sucessões. Introdução: Mudança trazidas pelo CC/02 no direito civil nos campos: sucessões e família. Cônjuge Companheiro Livro V Do Direito das Sucessões Introdução: Mudança trazidas pelo CC/02 no direito civil nos campos: sucessões e família. Cônjuge Companheiro Sucessão substituição CAPÍTULO I Disposições Gerais Da Sucessão

Leia mais

Marcos Puglisi de Assumpção 4. A SUCESSÃO NO CASAMENTO, NA UNIÃO ESTÁVEL E NO CONCUBINATO

Marcos Puglisi de Assumpção 4. A SUCESSÃO NO CASAMENTO, NA UNIÃO ESTÁVEL E NO CONCUBINATO Marcos Puglisi de Assumpção 4. A SUCESSÃO NO CASAMENTO, NA UNIÃO ESTÁVEL E NO CONCUBINATO 2010 A SUCESSÃO NO CASAMENTO, NA UNIÃO ESTÁVEL E NO CONCUBINATO Para se obter um bom entendimento como se processa

Leia mais

Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV. Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar. Apresentação 10.08.

Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV. Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar. Apresentação 10.08. Grupo de Estudos de Empresas Familiares GVlaw/ Direito GV Reflexos Familiares e Sucessórios na Empresa Familiar Apresentação 10.08.10 Luiz Kignel Karime Costalunga F 1 F 2 F 3 F 1 F 2 F 3 F 4 Fundador

Leia mais

A sucessão do cônjuge e do companheiro no novo código civil

A sucessão do cônjuge e do companheiro no novo código civil A sucessão do cônjuge e do companheiro no novo código civil 1. Intróito Inacio de Carvalho Neto Professor de Direito Civil da Unifoz, da Unipar, do CIES, da Escola do Ministério Público e da Escola da

Leia mais

CONTRATO DE CONVIVÊNCIA E SUAS REPERCUSSÕES NO DIREITO SUCESSÓRIO

CONTRATO DE CONVIVÊNCIA E SUAS REPERCUSSÕES NO DIREITO SUCESSÓRIO CONTRATO DE CONVIVÊNCIA E SUAS REPERCUSSÕES NO DIREITO SUCESSÓRIO Edgard Borba Fróes Neto 1 Resumo A possibilidade dos companheiros livremente estipularem regras de cunho patrimonial, mediante celebração

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES REGIME DE BENS

DIREITO DAS SUCESSÕES REGIME DE BENS DIREITO DAS SUCESSÕES REGIME DE BENS Prof.Dicler Direito das Sucessões é o conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio (ativo e passivo créditos e débitos) de alguém, depois de sua

Leia mais

A COLAÇÃO DOS BENS DOADOS A HERDEIROS: ANÁLISE DO ACÓRDÃO Nº 70050981836 JULGADO PELO TJRS

A COLAÇÃO DOS BENS DOADOS A HERDEIROS: ANÁLISE DO ACÓRDÃO Nº 70050981836 JULGADO PELO TJRS 23 A COLAÇÃO DOS BENS DOADOS A HERDEIROS: ANÁLISE DO ACÓRDÃO Nº 70050981836 JULGADO PELO TJRS Adrieli Aline Frias 1 Daniele Garcia 2 Niagara Sabrina 3 Ynaia Medina Long 4 Orientadora: Profª. Mª. Ana Cleusa

Leia mais

Regime de bens no casamento. 14/dez/2010

Regime de bens no casamento. 14/dez/2010 1 Registro Civil Registro de Pessoas Jurídicas Registro de Títulos e Documentos Regime de bens no casamento 14/dez/2010 Noções gerais, administração e disponibilidade de bens, pacto antenupcial, regime

Leia mais

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva

Direito Civil VI - Sucessões. Prof. Marcos Alves da Silva Direito Civil VI - Sucessões Prof. Marcos Alves da Silva INVENTÁRIO Dois sentidos para o mesmo vocábulo: Liquidação do acervo hereditário (registro, descrição, catalogação dos bens). Procedimento especial

Leia mais

SUCESSÃO DO CÔNJUGE NO NOVO CÓDIGO CIVIL

SUCESSÃO DO CÔNJUGE NO NOVO CÓDIGO CIVIL SUCESSÃO DO CÔNJUGE NO NOVO CÓDIGO CIVIL Zeno Veloso 1 No palco em que se desenrolam as relações jurídicas da sucessão legítima, um personagem ganhou papel de grande destaque, podendo-se afirmar que é

Leia mais

ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA

ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA Norberto Ungaretti Desembargador Aposentado Sob a denominação Da Ordem da Vocação Hereditária abrese o Capítulo I do Título dedicado pelo novo Código Civil à sucessão legítima

Leia mais

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoafisica/irpf/2008/perguntas/espolio.htm

http://www.receita.fazenda.gov.br/pessoafisica/irpf/2008/perguntas/espolio.htm Page 1 of 9 Espólio - Contribuinte Falecido CONCEITO 085 O que é espólio? Espólio é o conjunto de bens, direitos e obrigações da pessoa falecida. É contribuinte distinto do meeiro, herdeiros e legatários.

Leia mais

GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE

GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Pág. 1/11 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Doença Profissional Prestações por Morte (N13 v4.06) PROPRIEDADE

Leia mais

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos)

NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) NEGÓCIO JURÍDICO Conceito MANIFESTAÇÃO DE VONTADE + FINALIDADE NEGOCIAL (aquisição, conservação, modificação e extinção de direitos) INTERPRETAÇÃO Boa-fé e usos do lugar CC113 Os negócios jurídicos devem

Leia mais

ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Artur Francisco Mori Rodrigues Motta

ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS. Artur Francisco Mori Rodrigues Motta ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS Artur Francisco Mori Rodrigues Motta ESPÉCIES DE RENÚNCIA AO DIREITO HEREDITÁRIO E EFEITOS TRIBUTÁRIOS Artur Francisco Mori Rodrigues Motta

Leia mais

CONCEITO DE INVENTÁRIO

CONCEITO DE INVENTÁRIO DIREITO CIVIL Inventário e Partilha CONCEITO DE INVENTÁRIO Inventárioéoprocedimentojudicialatravésdoqual será realizado o levantamento dos bens, valores, dívidas e sucessores do autor da herança. OBJETIVO

Leia mais

Exame de Direito das Sucessões. 18 de junho de 2014. I (17 valores) Em 2008, C é condenado pelo crime de homicídio doloso de seu irmão D.

Exame de Direito das Sucessões. 18 de junho de 2014. I (17 valores) Em 2008, C é condenado pelo crime de homicídio doloso de seu irmão D. Exame de Direito das Sucessões 18 de junho de 2014 I (17 valores) A é casado com B, tendo o casal três filhos, C, D e E. B tem ainda um filho, F, de um anterior casamento. C é casado com G e tem uma filha

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Os Negócios Jurídicos Da União Estável E Terceiros De Boa-fé Maíta Ponciano Os Casais que vivem união estável DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS DA UNIÃO ESTÁVEL E TERCEIROS DE BOA-FÉ. Desde

Leia mais

SEÇÃO III DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL SUBSEÇÃO I DIREITO CIVIL 1. ARTIGOS 1.1 SUCESSÃO LEGÍTIMA DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO NO NOVO CÓDIGO CIVIL

SEÇÃO III DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL SUBSEÇÃO I DIREITO CIVIL 1. ARTIGOS 1.1 SUCESSÃO LEGÍTIMA DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO NO NOVO CÓDIGO CIVIL SEÇÃO III DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL SUBSEÇÃO I DIREITO CIVIL 1. ARTIGOS 1.1 SUCESSÃO LEGÍTIMA DO CÔNJUGE E DO COMPANHEIRO NO NOVO CÓDIGO CIVIL DIMAS MESSIAS DE CARVALHO Promotor de Justiça no Estado

Leia mais

Dimas Messias de Carvalho Promotor de Justiça aposentado/mg Mestre em Direito Constitucional pela FDSM Professor na UNIFENAS e UNILAVRAS Advogado

Dimas Messias de Carvalho Promotor de Justiça aposentado/mg Mestre em Direito Constitucional pela FDSM Professor na UNIFENAS e UNILAVRAS Advogado Dimas Messias de Carvalho Promotor de Justiça aposentado/mg Mestre em Direito Constitucional pela FDSM Professor na UNIFENAS e UNILAVRAS Advogado Membro do IBDFAM Autor de Obras Jurídicas Email: dimasmp@navinet.com.br

Leia mais

A SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE EM CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES OCORRENDO A HIBRIDEZ FAMILIAR RESUMO

A SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE EM CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES OCORRENDO A HIBRIDEZ FAMILIAR RESUMO A SUCESSÃO DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE EM CONCORRÊNCIA COM OS DESCENDENTES OCORRENDO A HIBRIDEZ FAMILIAR Rodrigo Schenckel da Silva 1 Rachel Marques da Silva 2 RESUMO Com a entrada em vigor do Código Civil

Leia mais

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 17 DE SETEMBRO DE 2007

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 17 DE SETEMBRO DE 2007 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 24, DE 17 DE SETEMBRO DE 2007 Publicada no DOE(Pa) de 19.09.07. Retificação no DOE(Pa) de 25.09.07. Institui a Declaração de Bens e Direitos, relativa ao Imposto sobre Transmissão

Leia mais

DESTAQUES DO INVENTÁRIO 1

DESTAQUES DO INVENTÁRIO 1 DESTAQUES DO INVENTÁRIO 1 DO INVENTÁRIO EXTRAJUDICIAL A lei 11.441/2007 alterou os dispositivos do CPC, possibilitando a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES CONCEITO

DIREITO DAS SUCESSÕES CONCEITO DIREITO DAS SUCESSÕES CONCEITO Direito das sucessões é o conjunto de princípios e normas que regem a transferência da herança, ou do legado, ao herdeiro ou legatário, em razão da morte de alguém. O direito

Leia mais

PONTO 1: Sucessões. I descendentes concorrendo com o cônjuge;

PONTO 1: Sucessões. I descendentes concorrendo com o cônjuge; 1 DIREITO CIVIL PONTO 1: Sucessões CONCORRÊNCIA NO NCC herdeiros. Art. 1829 do CC É a primeira vez que o código enfrenta a concorrência entre I descendentes concorrendo com o cônjuge; Indignidade: art.

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES

DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DAS SUCESSÕES 2.º Ano Turma A (Dia) Exame de Coincidência Professor Doutor Luís Menezes Leitão 26 de junho de 2015 Duração da prova: 90 minutos GRELHA DE CORREÇÃO A morte de A desencadeia a abertura

Leia mais

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum

11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas. Da sociedade em comum 11/11/2010 (Direito Empresarial) Sociedades não-personificadas As sociedades não-personificadas são sociedades que não tem personalidade jurídica própria, classificada em: sociedade em comum e sociedade

Leia mais

GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE

GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE GUIA PRÁTICO DOENÇA PROFISSIONAL - PRESTAÇÕES POR MORTE INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Pág. 1/11 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Doença Profissional Prestações por Morte (N13 v4.07) PROPRIEDADE

Leia mais

ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO

ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO ORIENTAÇÕES DIREITO CIVIL ORIENTAÇÕES CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO IGUALDADE ENTRE SEXOS - Em conformidade com a Constituição Federal de 1988, ao estabelecer que "homens e mulheres são iguais em direitos e

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu

Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu Perguntas Frequentes sobre o Certificado Sucessório Europeu 1- O que é o Certificado Sucessório Europeu (CSE)? 2- Que instrumento jurídico criou o CSE? 3- Quem pode pedir o CSE? 4- Um credor pode pedir

Leia mais

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Código Civil Parte Especial - Arts. 1784 a 1896 LIVRO V Do Direito das Sucessões TÍTULO I Da Sucessão em Geral CAPÍTULO I Disposições Gerais Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde

Leia mais

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO

DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO DIREITO EMPRESARIAL PROFESSORA ELISABETE VIDO SUMÁRIO 1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA 2. TEORIA DA EMPRESA 3. ATIVIDADE EMPRESARIAL 4. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL 5. ATIVIDADE RURAL 6. EMPRESÁRIO INDIVIDUAL REGULAR X

Leia mais

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China

Universidade Federal do Rio Grande do Sul Porto Alegre Brasil University of New South Wales Sydney Austrália Universidade do Povo Macau - China 25. CONVENÇÃO SOBRE A LEI APLICÁVEL PARA REGIMES DE BENS MATRIMONIAIS (celebrada em 14 de março de 1978) Os Estados signatários da presente Convenção, Desejando estabelecer previsões comuns concernente

Leia mais

Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto. Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio

Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto. Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio Lei n.º 23/2010, de 30 de agosto A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.º Alterações à Lei n.º 7/2001, de 11 de maio Os artigos

Leia mais

Prescrição e decadência

Prescrição e decadência DIREITO CIVIL Professor Dicler A prescrição representa a perda da ação e da exceção (defesa) em razão do decurso de tempo. Tem como fundamento a paz social e a segurança jurídica que ficariam comprometidos

Leia mais

DIREITO CIVIL REGIME DE BENS

DIREITO CIVIL REGIME DE BENS DIREITO CIVIL REGIME DE BENS 1 1. Princípios a) P. da autonomia da vontade (1.639); b) P. da garantia da ordem pública (1.640); c) P. da definitividade do regime (1.639); d) P. da vedação ao enriquecimento.

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PANANÁ ALINI APARECIDA DANIELSKI DA SILVA ALIENAÇÃO DE QUINHÃO HEREDITÁRIO: UM ESTUDO DE CASO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PANANÁ ALINI APARECIDA DANIELSKI DA SILVA ALIENAÇÃO DE QUINHÃO HEREDITÁRIO: UM ESTUDO DE CASO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PANANÁ ALINI APARECIDA DANIELSKI DA SILVA ALIENAÇÃO DE QUINHÃO HEREDITÁRIO: UM ESTUDO DE CASO CURITIBA 2012 ALINI APARECIDA DANIELSKI DA SILVA ALIENAÇÃO DE QUINHÃO HEREDITÁRIO:

Leia mais

A Reforma do Código Civil Repercussões na Administração Pública e no Controle Externo De 07 a 11 de abril de 2003

A Reforma do Código Civil Repercussões na Administração Pública e no Controle Externo De 07 a 11 de abril de 2003 A Reforma do Código Civil Repercussões na Administração Pública e no Controle Externo De 07 a 11 de abril de 2003 10/04 DIREITO DAS SUCESSÕES DIREITO DE HERANÇA SUCESSÃO LEGITIMA E TESTAMENTÁRIA Dr. Euclides

Leia mais

1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-44 PERÍODO: 8 CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL VI NOME DO CURSO: DIREITO 2.

1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-44 PERÍODO: 8 CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL VI NOME DO CURSO: DIREITO 2. 1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: D-44 PERÍODO: 8 CRÉDITO: 04 NOME DA DISCIPLINA: DIREITO CIVIL VI NOME DO CURSO: DIREITO 2. EMENTA CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 Direito das

Leia mais

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS

PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS PRINCIPAIS CLASSIFICAÇÕES DOS ALIMENTOS 1. Quanto à fonte: a) Alimentos legais: fixados pela lei, fundamentados no direito de família, decorrentes do casamento, ou união estável ou da relação de parentesco

Leia mais

DIREITO DAS SUCESSÕES 2.º Ano Turma A (Dia) Época de Recurso Professor Doutor Luís Menezes Leitão

DIREITO DAS SUCESSÕES 2.º Ano Turma A (Dia) Época de Recurso Professor Doutor Luís Menezes Leitão DIREITO DAS SUCESSÕES 2.º Ano Turma A (Dia) Época de Recurso Professor Doutor Luís Menezes Leitão EXAME 09 de junho de 2014 Duração da prova: 90 minutos GRELHA DE CORREÇÃO A morte de A desencadeia a aberta

Leia mais

TEORIA E PRÁTICA DO INVENTÁRIO JUDICIAL E EXTRAJ U DICIAL

TEORIA E PRÁTICA DO INVENTÁRIO JUDICIAL E EXTRAJ U DICIAL JOÃO ROBERTO PARIZATTO TEORIA E PRÁTICA DO INVENTÁRIO JUDICIAL E EXTRAJ U DICIAL 5. a Edição EDITORA PARIZATTO Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio eletrônico, mecânico ou xerográfico,

Leia mais

Direito das sucessões e aspectos Constitucionais. Sucessão: legítima e testamentária. Herança. Formas de Testamento. Inventário e Partilha.

Direito das sucessões e aspectos Constitucionais. Sucessão: legítima e testamentária. Herança. Formas de Testamento. Inventário e Partilha. Detalhes da Disciplina Código JUR3107 Nome da Disciplina DIREITO CIVIL VII Carga Horária 60 Créditos 4 Ementa Objetivos Gerais Direito das sucessões e aspectos Constitucionais. Sucessão: legítima e testamentária.

Leia mais

N e w s l e t t e r AAPS

N e w s l e t t e r AAPS Caros Associados, A AAPS interessada nos temas que possam ser de utilidade aos associados, tem participado em eventos sobre o assunto em questão. No contexto das atividades desenvolvidas pelo GEPS (Grupo

Leia mais

INSTITUTO DA AUSÊNCIA RESUMO

INSTITUTO DA AUSÊNCIA RESUMO INSTITUTO DA AUSÊNCIA Fernanda Sacchetto Peluzo* Hugo Leonardo de Moura Bassoli* Loren Dutra Franco** Rachel Zacarias*** RESUMO O Instituto da Ausência está exposto na parte geral do Novo Código Civil

Leia mais

EXERCÍCIOS SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA

EXERCÍCIOS SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA Universidade do Sul de Santa Catarina Unidade Ilha Centro Curso: Direito Disciplina: Direito das Sucessões Professor: MSc. Patrícia Fontanella Acadêmico (a): EXERCÍCIOS SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA 01. (MP/SC

Leia mais

QUESTÕES OBJETIVAS SUCESSÕES

QUESTÕES OBJETIVAS SUCESSÕES QUESTÕES OBJETIVAS SUCESSÕES 1. Heitor, solteiro e pai de dois filhos também solteiros (Roberto, com trinta anos de idade, e Leonardo, com vinte e oito anos de idade), vem a falecer, sem deixar testamento.

Leia mais

União estável e a separação obrigatória de bens

União estável e a separação obrigatória de bens União estável e a separação obrigatória de bens Quando um casal desenvolve uma relação afetiva contínua e duradoura, conhecida publicamente e estabelece a vontade de constituir uma família, essa relação

Leia mais