Livro V Do Direito das Sucessões. Introdução: Mudança trazidas pelo CC/02 no direito civil nos campos: sucessões e família. Cônjuge Companheiro
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- André Sabala Meneses
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2 Livro V Do Direito das Sucessões Introdução: Mudança trazidas pelo CC/02 no direito civil nos campos: sucessões e família. Cônjuge Companheiro Sucessão substituição
3 CAPÍTULO I Disposições Gerais Da Sucessão em Geral Art Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Art A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. Art A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. Art Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela. Art Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Art Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Art A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
4 Livro V Do Direito das Sucessões Inter vivos Causa mortis Sucessão Sucessão Herança Sucessão: substituir em direitos e obrigações, em função da morte. Herança: conjunto de direitos e obrigações que se transmitem, em virtude da morte, a uma pessoa ou várias pessoas, que sobreviveram ao falecido.
5 Livro V Do Direito das Sucessões TÍTULO I DA SUCESSÃO EM GERAL Capítulo I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 6º do CC: a personalidade civil da pessoa natural termina com a morte. Extinta a personalidade civil a capacidade de direito desaparece
6 Do Direito das Sucessões Art Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. MORTE = REAL OU PRESUMIDA Art. 7º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
7 Do Direito das Sucessões Testamentários Espécies de sucessores Herdeiros Legatários Legítimos
8 Do Direito das Sucessões Momento Instante da morte Abertura da sucessão Local Último domicílio do de cujus Lei que se aplica Vigente no momento da morte (se houver testamento, aplica-se a lei do momento em que foi feito quanto aos requisitos extrísicos).
9 Do Direito das Sucessões Princípio da saisine: regra que estabelece o momento da morte como sendo aquele que se transfere a herança aos sucessores. Art Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
10 Do Direito das Sucessões Art Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Incluídos na herança (objetos): bens/créditos/dívidas HERANÇA Excluídos da herança (objetos): direitos sem conteúdo patrimonial + direitos de caráter personalíssimo
11 DA HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO Herança: Conjunto de bens formado com o falecimento do de cujus. A herança forma o espólio. Espólio se constitui em um ente despersonalizado e despersonificado. Legitimidade ativa do espólio: inventariante (art. 12, V, CPC). Art. 12. Serão representados em juízo, ativa e passivamente: (...) V - o espólio, pelo inventariante; (...) Pacto sucessório: contrato que tem por objetivo herança de pessoa viva. É expressamente proibido (art. 426 CC)
12 ABERTURA DA SUCESSÃO 1. Momento: morte A abertura da sucessão ocorre no exato instante da morte. Após a aquisição do direito sucessório, ocorre a transmissão da herança. O patrimônio passa da esfera jurídica do sucedendo (morto), que se extingue, e se incorpora à esfera jurídica dos sucessores.
13 ABERTURA DA SUCESSÃO Pressupostos da transmissão da herança: Morte do sucedendo e a sobrevivência do sucessor. - Prova: (do tempo da morte) Certidão do registro de óbito no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais.
14 ABERTURA DA SUCESSÃO - Comoriência Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-seão simultaneamente mortos. Se sucedendo e sucessor são comorientes, não haverá entre eles sucessão, por faltar importante pressuposto do direito sucessório e da transmissão da herança, afinal pessoa MORTA não pode suceder.
15 COMORIÊNCIA Na hipótese de comoriência do sucedendo com o sucessor, caberá à lei deferir a herança aos herdeiros legítimos do sucedendo, conforme a ordem de vocação hereditária (art CC) Art Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder: I os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao abrirse a sucessão; II as pessoas jurídicas; III as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.
16 - Apuração da capacidade sucessória Capacidade civil Capacidade de direito capacidade sucessória Capacidade civil Capacidade de direito: Todas as pessoas possuem a capacidade de direito, ou seja, todos são capazes de adquirir direitos e deles gozar. Capacidade civil: nem todos são capazes de exercer seus direitos e os atos da vida civil, que consistem na capacidade de fato. (art. 3º CC)
17 Capacidade sucessória: é a aptidão que o individuo tem de receber os bens deixados pelo de cujus. uma pessoa pode ser incapaz para praticar atos da vida civil e ter capacidade para suceder; igualmente, alguém pode ser incapaz de suceder, apesar de gozar de plena capacidade civil, como ocorre com o indigno de suceder, que não sofre nenhuma diminuição na sua capacidade para os atos da vida civil... PEREIRA, Caio Mario (2006)
18 Legitimidade para suceder Pessoa que existir no momento da abertura da sucessão e que estiver investida de direito eventual à sucessão (lei ou testamentária). Art Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da abertura da sucessão. Ordenações Filipinas A legitimidade para suceder do herdeiro testamentário devia ser apurada tanto no momento da elaboração do testamento quanto no da morte do testador. Desde o CC/16 é a partir da abertura da sucessão
19 Nascituro é "aquele que há de nascer", que foi gerado e não nasceu ainda. Nascituro tem personalidade jurídica, pode ser sujeito de direitos. Quanto ao direito patrimonial tem capacidade de direito condicionada. Para Maria Helena Diniz (2010, p.1276): havendo um estado de pendência da transmissão hereditária, recolhendo seu representante legal a herança sob condição resolutiva. O já concebido no momento da abertura da sucessão e chamado a suceder adquire desde logo o domínio e a posse da herança como se já nascido, porém, em estado potencial, como lhe falta personalidade jurídica material, nomeia-se um curador de ventre. Se nascer morto, será tido como se nunca tivesse existido, logo, a sucessão é ineficaz. Se nascer com vida, terá capacidade ou legitimação para suceder. Direito sucessório eventual está condicionado. A aquisição somente se completará se forem atendidos 2 pressupostos: criança sobreviver ao autor da herança e se manter na qualidade de sucessor (abertura da sucessão) Legitimidade ao Nascituro: Proteger seus futuros e eventuais interesses.
20 O embrião apesar de ter personalidade formal (direitos de personalidade), não tem a personalidade jurídica material (direitos patrimoniais), e só será herdeiro por força de disposição testamentária (art CC). Direito sucessório aos conviventes de união estável veio com a Lei em 30 de dezembro de 1994, cônjuge sobrevivente passa a figurar como herdeiro legítimo. Concubino do testador: Direito atual é NULA a disposição testamentária em favor do concubino, a não ser que esteja, sem culpa sua, separado há mais de 5 anos (art , V c/c art , III CC)
21 Art Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários: I a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos; II as testemunhas do testamento; III o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos; IV o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. Art É nula a disposição: I que institua herdeiro ou legatário sob a condição captatória de que este disponha, também por testamento, em benefício do testador, ou de terceiro; II que se refira a pessoa incerta, cuja identidade não se possa averiguar; III que favoreça a pessoa incerta, cometendo a determinação de sua identidade a terceiro; IV que deixe a arbítrio do herdeiro, ou de outrem, fixar o valor do legado; V que favoreça as pessoas a que se referem os arts e
22 Do lugar da abertura da sucessão Art Abre-se a sucessão no último domicílio do morto Domicílio- residência com ânimo definitivo Dúvida: qual o domicílio a considerar para efeito da abertura da sucessão (residencial ou negocial)? Orlando Gomes Privilegia o negocial Itaibaina de Oliveira e Salomão Cateb Privilegiam o residencial Beviláqua e Washington Barros Monteiro Se o falecido tiver mais de um domicílio, a sucessão se terá por aberta naquele em que primeiro for requerida a abertura do inventário. (Princípio processual da prevenção)
23 Sem residência fixa, nem lugar de trabalho definitivo: A competência para o inventário o juízo do lugar da situação dos bens do morto, ou caso os bens se encontrem em lugares diferentes, do lugar em que ocorreu a morte (art. 96, PU do CPC). Art. 96. O foro do domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade e todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. É, porém, competente o foro: I - da situação dos bens, se o autor da herança não possuía domicílio certo; II - do lugar em que ocorreu o óbito se o autor da herança não tinha domicílio certo e possuía bens em lugares diferentes.
24 ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DIREITO ROMANO: Abertura da sucessão implicava a devolução da herança aos herdeiros necessários que recebiam independentemente de sua vontade. Aos herdeiros voluntários a herança era deferida, ou seja, oferecida, e os herdeiros tinham prazo para aceitá-la ou não. Para os romanos: o homem morre, o culto fica; o lar nunca deve apagar-se nem o túmulo ficar abandonado Os herdeiros voluntários era oferecida a herança, que tinham prazo para aceitá-la ou não; aos herdeiros necessários não tinha a possibilidade de recusar a herança, a sucessão podia lhe trazer grande prejuízos. Evolução do direito, estendeu-se ao herdeiro necessário a faculdade de aceitar ou recusara herança. A aceitação deveria ser sempre pura e simples, não comportando condições.
25 ACEITAÇÃO DA HERANÇA A partir do CC/1916 consagrou-se o Princípio da sucessão voluntária por meio da positivação da aceitação ou renúncia a herança, e a responsabilidade do herdeiro até o total do patrimônio. ACEITAÇÃO: É o ato que confirma a transmissão da herança. Não se trata do ato que gera a transmissão em si, como ocorre com o art e Princípio da saisine (morte = sucessão) Transmitida imediatamente aos sucessores no momento da abertura da sucessão (art ) concede-se a eles a possibilidade de aceitar ou renunciar a herança.
26 ACEITAÇÃO DA HERANÇA Art Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão. Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança. Zeno Veloso (2008, p. 1982/1983): a aceitação é necessária porque ninguém pode ser herdeiro contra sua vontade, conforme o antigo brocardo: invito non datur beneficium (ao constrangido, ou a quem não quer, não se dá o benefício. *A aceitação não importa na aquisição da herança, mas simplesmente a confirmação da aquisição. *A aceitação tem eficácia retroativa (ex-tunc), vez que meramente confirmatória.
27 ACEITAÇÃO DA HERANÇA *São 3 as formas de aceitação: Aceitação Expressa: Por meio de declaração escrita do herdeiro, por meio de instrumento público ou particular. Aceitação Tácita: Praticar ato próprios da qualidade de herdeiro. Ex: Herdeiro toma posse de um bem e começa a administrá-lo e a geri-lo como se fosse seu. O CC não considera ato próprio da qualidade de herdeiro (aceitação) atos oficiosos relativos ao funeral, os meramente conservatórios, administração e guarda provisória dos bens da herança. Ex. Limpeza da casa, pagamento do IPTU. Aceitação Presumida: O interessado em que o herdeiro declare se aceita ou não a herança, poderá 20 dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de 30 dias, para nele, se pronunciar o herdeiro.
28 ACEITAÇÃO DA HERANÇA A presunção da aceitação advém do nosso sistema, a renúncia tem que ser expressa. Art A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. 1º Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória. 2º Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros. Art O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
29 ACEITAÇÃO DA HERANÇA Art Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada. Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
30 Caso 1: ACEITAÇÃO DA HERANÇA Aberta a sucessão de X, seu herdeiro Y morre antes de se manifestar quanto à aceitação ou renúncia da herança, essa faculdade se transmite a Z, herdeiro de Y. Mas, para que Z possa aceitar a herança de X, deve obrigatoriamente, aceitar antes a herança de Y. Caso 2:
31 RENÚNCIA DA HERANÇA Sempre deve ser expressa, constando de instrumento público ou termo judicial. Art A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial. ** Não se admite a renúncia tácita, presumida ou verbal, podendo gerar NULIDADE ABSOLUTA DO ATO, por descumprimento à forma e a solenidade (art. 166, IV e V CC)
32 RENÚNCIA DA HERANÇA Pode ser requerida por meio de advogado constituído para está finalidade, conforme jurisprudência: Agravo de Instrumento Arrolamento. Renúncia à herança tomada por termo judicial. Validade. Renunciantes representados por advogado constituído mediante instrumento particular, com poderes específicos para o ato. Desnecessidade que o mandato seja outorgado mediante instrumento público, sendo suficiente a forma particular. Inteligência dos artigos 661 1º e do CC e 38 do CPC. Vícios de consentimento que deverão ser comprovados e postulados em ação própria (TJSP, Agravo de Instrumento , Acórdão , Piracicaba, 8ª Câmara de Direito Privado, Rel. Des. Salles Rossi, j , DJESP ) Decisão do STJ: Resp /SP Renúncia por procurador a exigência do instrumento público ou termo judicial, que também se caracteriza como instrumento público (...)
33 RENÚNCIA DA HERANÇA São 2 as modalidades de renúncia à herança: a) Renúncia abdicativa o herdeiro diz simplesmente que não quer a herança, havendo cessão pura e simples a todos os coerdeiros, o que equivale à renúncia. Não incidência de imposto de Transmissão Inter Vivos contra o renunciante. b) Renúncia translativa Quando o herdeiro cede os seus direitos a favor de determinada pessoa (in favorem). Como há negócio jurídico de transmissão incide o imposto de transmissão inter vivos, conforme Agravo de Instrumento SP
34 RENÚNCIA DA HERANÇA Art Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo. Hironaka (2007, p. 131/132): A herança se apresenta, por determinação legal, como um bem único e indivisível, dissolvendo-se essa condição apenas no momento da partilha. Bem por isso, a herança deverá ser aceita pelo herdeiro, ou este a ela renunciará, in totum. Ou seja: a lei veda que se renuncie ou aceite a herança em parte, sempre que deferida ao sucessor por um mesmo e único título. Assim poderá aceitar a herança relativamente a um imóvel quitado e renunciar à mesma herança no que se refere a um imóvel com saldo a pagar. Também será vedada a renúncia ou aceitação que busque ver alcançada uma condição ou aquelas feitas com a previsão de valerem a partir de determinada data
35 RENÚNCIA DA HERANÇA Exceções: 1º O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los. 2º O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia
36 RENÚNCIA DA HERANÇA Art Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada. Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
37 ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA Verificar se houve aceitação e renúncia da herança tem grande relevância do ponto de vista tributário, porquanto, havendo aceitação incide o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) Se cede seu direito hereditário aos demais herdeiros não há incidência do ITCMD sobre a cessão, por não haver aceitação. Se cede seu direito sucessório, há doação, a qual implica aceitação, e faz incidir o ITCD.
38 ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA Art Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subseqüente. Art Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém, ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça. Art São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança. Art Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 1º A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. 2º Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
39 ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA Art Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante. 1º A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato. 2º Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. A aceitação da herança por parte dos credores é a figura que mais da ação pauliana, que decorre da fraude contra credores. Na verdade o próprio art CC por si só dispensa prova do conluio fraudulento. (TJRS, Agravo de Instrumento )
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