O compromisso e o seu impacte na organização

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O compromisso e o seu impacte na organização"

Transcrição

1 O compromisso e o seu impacte na organização Resumo Tradicionalmente, tanto ao nível da literatura de gestão de recursos humanos como da prática empresarial, tem-se considerado que o compromisso do indivíduo para com a empresa é uma variável relevante no desempenho organizacional e deve ser gerido pela direcção de recursos humanos. No entanto, esta afirmação apresenta um certo grau de ambiguidade pois os avanços teóricos mais recentes referem que o conceito de compromisso organizacional é multidimensional, devendo ser analisado como um constructo composto por múltiplas dimensões e componentes, possuindo cada um deles uma natureza psicológica bastante diferente. Depois de especificada a proposta conceptual acerca do compromisso organizacional, delimitar-se-ão as relações que este mantém com outros resultados e comportamentos laborais potencialmente desejáveis pela empresa, nomeadamente o seu impacte ao nível do rendimento no trabalho e no processo de abandono organizacional. Palavras Chave: compromisso organizacional, rendimento laboral, abandono, rotação. 2

2 Introdução Tanto ao nível da literatura de gestão de recursos humanos como da prática empresarial, tem-se tradicionalmente considerado que o compromisso que os empregados estabelecem com a empresa é um factor que tem consequências na produtividade e no desempenho organizacional. Analisar o grau de compromisso é por isso um elemento fundamental de gestão, muito especialmente porque esta atitude permite predizer intenções de conduta e comportamentos com impacte directo na produtividade e na eficácia organizacional. Não entanto, esta afirmação considerada genericamente apresenta um certo grau de ambiguidade e pouco rigor de análise. Pressupõe uma abordagem generalista do compromisso organizacional. Não toma em consideração os seus elementos integrantes ou, se os considera, parte do princípio que os vários componentes que o integram conduzem aos mesmos comportamentos. No entanto, tal como indicam vários estudos empíricos, as consequências comportamentais das diversas formas de compromisso podem ser completamente distintas entre si, existindo diferenças significativas na natureza psicológica de cada uma delas. Neste sentido, e com o objectivo de enquadrar as acções a desenvolver pela direcção de recursos humanos, importa aprofundar as várias dimensões integrantes do conceito de compromisso organizacional. Para isso, com base numa revisão da literatura existente, analisar-se-á neste artigo o significado atribuído a esta atitude (compromisso organizacional), fazendo especial menção às contribuições teóricas e aos modelos multidimensionais mais recentes. Uma vez especificada a proposta conceptual, delimitar-se-á as relações que mantém com outros resultados e comportamentos laborais potencialmente desejáveis pela empresa. Analisaremos, em particular o impacte que possui sobre o rendimento no trabalho e sobre o processo de abandono organizacional, nomeadamente a sua principal consequência: a rotação voluntária do trabalhador. Isto porque, para se justificar a inclusão do compromisso organizacional e dos seus elementos como objecto de intervenção ao nível da direcção de recursos humanos, é necessário que se conheça o 3

3 impacte que esta atitude possui em determinados resultados empresariais considerados relevantes. Delimitação conceptual do compromisso organizacional Uma das primeiras tipologias elaboradas sobre o compromisso organizacional foi desenvolvida por Etzione (1961). Para este autor o compromisso pressupõe o grau de conformidade que o indivíduo experimenta no respeito pelas directrizes organizativas. O compromisso pode assumir várias formas as quais constituem três estados diferentes de uma postura contínua do compromisso: a moral, a calculista e a alienadora. A moral, produz uma orientação positiva e intensa face à empresa e pressupõe a internalização das metas, valores e normas organizativas e a identificação com a autoridade. A calculista, é caracterizada por uma ligação menos intensa, derivando, em grande medida, da relação de intercâmbio que tem lugar entre a empresa e os seus membros. Isto é, os indivíduos comprometem-se com a organização porque consideram que a relação de intercâmbio é benéfica e equitativa, existindo uma correspondência entre o valor das contribuições que dão à empresa através do seu trabalho e o montante das recompensas que recebem. Por último, a alienadora, distingue-se das restantes por pressupor uma orientação negativa face à organização e desenvolve-se em consequência da existência de situações em que o comportamento dos indivíduos se vê limitado de forma severa. É de realçar que nesta abordagem Etzione tem em consideração as implicações alienadoras ou negativas para a organização enquanto forma de compromisso, o que já não acontece em definições posteriores. Por exemplo Bouzas e Castro, (1986, p.168) referem que o compromisso é definido como uma identificação positiva dos indivíduos com a organização, baseada em atitudes que implicam crença e aceitação das metas, esforço para as ultrapassar, desejo de permanência e/ou comportamentos explícitos, irrevogáveis e volitivos com que se auto identificam os indivíduos (Bouzas e Castro, 1986, p.168). Neste sentido, considera-se que o compromisso organizacional implica 4

4 uma relação positiva e activa na qual os indivíduos estão dispostos a dar algo de eles mesmos com a finalidade de contribuírem para o bem-estar da empresa. Dentro desta corrente, uma das definições mais conhecidas e utilizadas em posteriores trabalhos empíricos é a de Mowday, Steers e Porter (1979, p.20) 1, que consideram que o compromisso organizacional é a força da identificação de um indivíduo com uma organização em particular e de sua participação na mesma. Este conceptualmente, pode ser caracterizado por pelo menos três factores: uma forte convicção e aceitação dos objectivos e valores da organização; uma disposição para exercer um esforço considerável em benefício da organização; e um forte desejo de permanecer como membro da organização. Importa ainda assinalar que o conceito de compromisso organizacional e a OCQ de Mowday, Porter e Steers foram elaborados a partir de uma estrutura unidimensional, em que todos os itens contribuem para obter o valor desta atitude, de tal maneira que estas características podem ter lugar de forma simultânea, enquanto que na classificação de Eztione se nega esta última possibilidade. Recentemente, os teóricos e investigadores da atitude do compromisso organizacional começaram a reconhecer que este é um conceito multidimensional (Morrow, 1993; Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky, 2002). Tal consenso provocou o surgimento de uma linha de investigação que pretende identificar as diferentes dimensões integrantes do compromisso. Neste sentido, têm surgido diferentes propostas teóricas. De entre elas, pode-se fazer menção à contribuição de Jaros, Jermier, Koehler e Sincich; ainda que os modelos mais difundidos e representativos de tal corrente são, por um lado, o desenvolvido por Meyer e Allen e, por outro, o de O'Reilly, Chatman e Caldwell. Ambos definem os componentes integrantes do compromisso organizacional considerando as bases do mesmo, quer dizer, cada componente procura reflectir os motivos que geram a adesão do empregado face à sua organização. O enfoque proposto por Meyer e Allen (1984, 1990, 1991) têm um carácter conciliador relativamente às conceptualizações prévias efectuadas na literatura, já que foi desenvolvido a partir de uma síntese dos traços comuns identificados nas distintas definições unidimensionais do compromisso organizacional. 1 Estes autores desenvolveram um questionário sobre o compromisso organizativo (OCQ) que facilitou a difusão e aceitação desta definição. Considerando que é a primeira medida, com propriedades psicométricas aceitáveis em relação a outros instrumentos prévios, permitiu a operacionalização do conceito do compromisso organizacional. Tal medida pode ser consultada em Porter, Steers, Mowday e Boulian (1974) e em Mowday, Steers e Porter (1979). 5

5 De forma genérica, estes autores definem o compromisso organizacional como um estado psicológico que caracteriza a relação que o empregado mantêm com a empresa, e consideram que tal estado tem uma forte influência sobre a decisão do trabalhador de continuar sendo membro da organização. De forma mais específica, propõem que a intensidade do vínculo psicológico que liga o empregado com a empresa se pode caracterizar a partir da definição do seu perfil de compromisso, o que inclui de forma simultânea graus variáveis dos três componentes ou dimensões do compromisso organizacional, a saber: o compromisso afectivo, o de continuidade e o normativo. O primeiro deles, o compromisso afectivo, faz referencia à adesão emocional do empregado, à identificação e à implicação na organização 2. O compromisso de continuidade pressupõe o reconhecimento por parte do trabalhador dos custos associados com o abandono da organização. Refere-se por tanto ao facto de que um indivíduo com compromisso de continuidade está consciente de que existem custos associados com o abandono da empresa em que trabalha 3. Finalmente, o compromisso normativo reflecte o sentimento de obrigação moral que experimenta o empregado relativamente à permanencia na empresa 4. Outro modelo multidimensional de compromisso organizacional é o de O'Reilly, Caldwell e Chatman (1986,1990, 1991), baseado no trabalho prévio de Kelman (1958). Tal modelo, na sua formulação inicial, estima que o compromisso organizacional reflecte o laço psicológico que une o empregado com a empresa, o qual, por sua vez, implica combinações variáveis de três elementos: obediência, identificação e internalização. Segundo estes autores, a obediência (mais tarde denominada compromisso instrumental) tem lugar quando o indivíduo adopta atitudes e comportamentos com a intenção de conseguir recompensas específicas e/ou evitar castigos, não remetendo para a partilha 2 Meyer e Allen sustentam que a maioria das definições revistas e identificadas na literatura podem ser consideradas como equivalentes a esta dimensão, ainda que muitas de elas incluam também diversos elementos dos outros dois componentes. 3 Com esta dimensão Meyer e Allen tentam aglutinar aquelas definições que têm em conta os side-bet de Becker (1960, p.32); termo que faz referencia aos investimentos, valorizados pelo individuo, que se converteriam em perdas se este abandonasse a empresa. 4 Este modelo dos três componentes do compromisso de Meyer e Allen têm sido um dos mais utilizados devido, fundamentalmente, ao resultado das análises factoriais que indicam que os três componentes do compromisso são constructos realmente diferentes; e que as medidas definidas para tornarem operativas as dimensões apresentam uma avaliação psicométrica positiva. É igualmente o que tem recebido as mais extensas avaliações empíricas, e o que permite realizar comparações entre diferentes estudos empíricos sobre o compromisso apesar da conceptualização utilizada em cada um deles. 6

6 de crenças e valores 5. A identificação produz-se quando o indivíduo aceita a influência da empresa com a finalidade de estabelecer e manter uma relação satisfatória com ela, gerando-se, então, um desejo de afiliação; isto é, o indivíduo chega a sentir-se orgulhoso por fazer parte da organização, respeitando os seus valores mas sem os adoptar como algo próprio. Por último, a internalização existe quando o empregado aceita a influência da empresa porque as atitudes e comportamentos induzidos por ela são aceites como congruentes com os seus. Quer dizer, existe coincidência entre os valores do indivíduo e os da organização. Não entanto, perante a dificuldade de distinguir na prática a identificação e a internalização (dado que as medidas de estes componentes têm-se mostrado em várias ocasiões problemáticas ao nível das multicolinearidades e com esquemas de correlação similares com outras variáveis), estes autores, numa abordagem posterior, combinaram estes dois últimos elementos do compromisso numa nova medida, que denominaram de compromisso normativo 6. Finalmente, outra proposta que reflecte a natureza multidimensional do compromisso organizacional é a de Jaros, Jermier, Koehler e Sincich (1993), ainda que a diferença com as anteriores não tenha recebido demasiada atenção, o que, em certa medida, dificulta a sua avaliação e, assim sendo, a sua validade. Estes autores consideram que o compromisso organizacional enquanto estado psicológico integra três dimensões: a) o compromisso de continuidade, pelo que os empregados sentem a obrigação de comprometerem-se com a organização devido ao facto de que, entre outros, os custos monetários, sociais e psicológicos associados com o abandono da organização são elevados; b) o compromisso afectivo baseia-se unicamente no desenvolvimento de sentimentos tais como a lealdade, a afectividade, o carinho, a felicidade, o prazer de trabalhar nessa empresa, etc. Segundo o trabalho de Kanter (1968), este é definido como uma forma de lealdade psicológica com a organização empregadora que implica a formação de um laço emocional; e, por último, c) o compromisso moral que expressa o grau de adesão psicológica à empresa devido à internalização de normas e à 5 Estes autores mantêm que a obediência pode ter implicações negativas para a organização, devido ao facto de que esta forma de adesão é mais fugaz e não implica a aceitação de normas e valores que beneficiem a empresa. Ao nível empírico, a medida deste conceito costuma estar correlacionada positivamente com a rotação de trabalhadores. Esta última circunstancia junto com a de que tal definição não apresenta nenhuma semelhança com qualquer das formuladas anteriormente na literatura, conduziu a Meyer e Allen a questionar que a obediência poda ser considerada como um verdadeiro compromisso organizacional, levando a sugerir a possibilidade de que tal conceito se possa classificar como a antítese do compromisso, devido ao que estes pressupõem que o compromisso por si só serve para gerar comportamentos sem implicar recompensas (Meyer e Allen, 1997, p.15). 6 Há que ter em conta que a identificação e a internalização poderiam ser consideradas como as bases do compromisso afectivo de Meyer e Allen, já que se poderia contemplar como os mecanismos que facilitam o desenvolvimento da dimensão do compromisso organizacional. Isto é, a adesão afectiva dos empregados à organização, nos termos de Meyer e Allen, poderia basear-se no desejo de estabelecer uma relação gratificante com a empresa (identificação) e/ou sobre a congruência existente entre as metas e valores do indivíduo e os da organização (internalização). 7

7 identificação com a autoridade organizacional, quer dizer, supõe que os indivíduos incorporam as metas e os valores da organização nas suas próprias identidades pessoais 7. Em forma de síntese, o quadro 1 integra as principais equivalências que se têm vindo a fazer referência a respeito das diferentes conceptualizações e modelos analisados assim como de outros contributos referidos na revisão da literatura. Quadro 1. Principais similitudes entre as definições e os modelos do compromisso organizacional. Fonte: Contribuição própria Uma vez definido e clarificado o conceito de compromisso organizacional, importa então analisar o seu impacto na organização. Com esta finalidade, a partir das conclusões obtidas em investigações empíricas 8, analisar-se-á nos capítulos seguintes, as suas implicações sobre o rendimento laboral e sobre o comportamento de abandono, seguindo os termos propostos no modelo de Meyer e Allen. A este respeito importa assinalar que as investigações sobre o impacte organizacional do compromisso normativo são limitadas, centrando-se a maioria dos estudos na análise do compromisso afectivo e, em menor medida, no de continuidade. A relação do compromisso organizacional com o rendimento laboral A avaliação do impacte que os elementos integrantes do compromisso podem exercer sobre o rendimento do trabalho é particularmente importante, pois permite que os gestores possam definir políticas estratégicas de recursos humanos adequadas de modo a melhorar a produtividade e o desempenho organizacional. 7 A concepção destes autores equivale a considerar, em certa medida, que o compromisso afectivo de Meyer e Allen está, por sua vez, integrado por estas duas dimensões, já que Jaros, Jermier, Koehler e Sincich incluem unicamente os sentimentos de lealdade na definição do seu compromisso afectivo e a internalização das metas e valores organizacionais na conceptualização do seu compromisso moral. 8 Os resultados das investigações empíricas devem ser considerados precaução (Huselid e Day, 1991; Jaros, Jermier, Koehler e Sincich, 1993; Cohen, 1993; e Allen e Meyer, 1997), já que nem sempre são concludentes. 8

8 A literatura teórica e empírica defende que cada elemento do compromisso organizacional (afectivo, normativo e de continuidade) tem uma natureza psicológica específica que gera motivações diferentes em cada indivíduo e, consequentemente, têm implicações igualmente diferenciadas sobre as condutas e na forma como os indivíduos desenvolvem o seu trabalho. Compromisso afectivo Considerando em primeiro lugar o compromisso afectivo, pode-se formular ao nível teórico vários argumentos que permitem justificar uma potencial relação positiva entre esta variável e o rendimento. A abordagem mais defendida é a que parte do princípio que os empregados com um forte compromisso afectivo sentem uma adesão emocional para com a empresa, pelo que estão altamente motivados para realizar contribuições significativas para a organização e, por tanto, também para desenvolver de forma correcta o seu trabalho. Isto significa que o compromisso afectivo pode ter efeitos positivos sobre o cumprimento e desenvolvimento tanto dos papéis estabelecidos pela descrição do trabalho (ou seja, o rendimento funcional ou rendimento no papel), como dos comportamentos que se consideram como particularmente críticos para o êxito organizacional, e que vão para além do que está estabelecido implícita ou explicitamente pela descrição das tarefas e/ou pela própria política empresarial (que são designados como comportamentos extra-papel ou extra-função). Morrison (1994) nos seus estudos, apesar de demonstrar a existência de uma relação positiva entre o compromisso afectivo e o rendimento extra-função, aponta um argumento diferente. Considera que o compromisso afectivo incide sobre o rendimento porque afecta positivamente a amplitude com que os empregados definem o seu trabalho. Assim, para esta autora, os indivíduos com um forte compromisso afectivo tendem a perceber o seu trabalho como estando integrado num conjunto mais amplo de actividades e responsabilidades, muito especialmente quando comparados com as percepções dos trabalhadores que experimentam um débil compromisso de este tipo. De forma similar, Meyer e Herscovitch (2001) sustentam que os indivíduos com um forte compromisso afectivo querem participar num determinado curso de acção devido à 9

9 sua adesão, identificação e participação com os valores organizacionais, pelo que são menos sensíveis aos limites que potencialmente delimitam o comportamento. Esse tipo de compromisso faz com que o indivíduo dirija a sua atenção para o resultado esperado pela empresa, de tal maneira que são eles próprios que passam a regular o seu comportamento e actividade, fixando os distintos cursos de acção que lhes permitirão alcançar os resultados que são considerados benéficos para a empresa. Porém, apesar das investigações provarem a existência de uma relação positiva entre o compromisso afectivo e o rendimento do trabalho, também se põe a possibilidade teórica de que possa existir uma relação negativa quando o rendimento se expressa em termos de inovação. O principal defensor desta corrente é Randall (1987). Sugere que um compromisso cego feito à empresa pode conduzir os empregados a aceitar o status quo, o que em última instância pode implicar que a empresa perca a sua habilidade para inovar e para se adaptar à mudança. Tais razões podem ser contestadas. Considerando que o compromisso afectivo gera adesão à empresa e com isso à sua cultura, se os valores propostos pela organização estiverem vinculados à troca e ao progresso então é provável que o compromisso afectivo potencie os comportamentos inovadores, mais do que os limita. Existem ainda outros estudos onde a relação entre o compromisso afectivo e os indicadores de rendimento na função não surgem relacionados, ou apresentam relações ambíguas, pois aparecem vinculados com um ou vários indicadores mas não com todos. Assim, no estudo de DeCotiis e Summers (1987) nenhuma das dimensões do rendimento avaliadas pelos supervisores se correlacionava com o compromisso afectivo dos avaliados, à excepção de três medidas objectivas do rendimento. Angle e Lawson (1994) obtiveram no seu trabalho que o compromisso afectivo dos empregados não se relacionava com as avaliações do rendimento geral dos mesmos efectuadas pelos supervisores, mas sim que se correlacionava significativamente com as avaliações dos supervisores sobre o nível de dependência e iniciativa dos trabalhadores. Becker, Billings, Eveleth e Gilbert (1996) descobriram que, embora o compromisso afectivo para os supervisores estava correlacionado com as avaliações do rendimento efectuadas pelos próprios supervisores, o compromisso afectivo para a organização não estava significativamente correlacionado com o rendimento. Finalmente, em Benkhoff (1997) 10

10 o compromisso afectivo correlacionava-se positivamente com uma medida objectiva de rendimento mas não com outras duas. Alegaram-se várias razões para explicar estes resultados. Em primeiro lugar, o facto de que a relação entre o compromisso afectivo e o rendimento podem estar moderadas pela forma na qual se processa esta avaliação do rendimento. Em segundo lugar, a clareza da mensagem da empresa acerca de quais são os comportamentos que se espera dos seus empregados pode também moderar as ligações entre o compromisso afectivo e o comportamento na função e extra função, pois que os indivíduos com uma vinculação deste estilo expressaram a sua adesão dirigindo a sua atenção e esforço para aqueles aspectos do rendimento que eles crêem que são importantes para a organização. Em terceiro lugar, estas relações podem estar subvalorizadas nas análises onde se tenha utilizado um indicador de última variável que não reflita de forma directa a motivação do empregado ou que esteja afectado por factores externos e alheios ao controlo do trabalhador, os quais poderiam impor restrições impedindo que os empregados comprometidos produzam efectivamente. Finalmente, a união entre o compromisso afectivo e o rendimento do trabalho pode ainda estar afectada pela forma como se define esta última variável 9. Apesar destas análises, existe uma considerável evidência empírica, a partir de uma ampla variedade de amostras, nas quais se empregaram todo tipo de indicadores de rendimento 10, que apoiam a ideia de que, de uma forma geral, os empregados com um forte compromisso afectivo desenvolverão melhor tanto as tarefas, actividades e funções consideradas como partes integrantes do seu trabalho, como aqueles que excedem a descrição do trabalho Assim, por um lado, se os dados sobre os rendimentos do trabalho obtêm-se sobre as avaliações efectuadas pelos supervisores, há que ter em conta que estes podem incluir como critérios de avaliação do rendimento determinados comportamentos e valores que na realidade são só compatíveis com os seus próprios valores, ultrapassando o que propunha a organização. Esta hipótese pode ser corroborada mediante a descoberta de Randall (1987), que verificou que quando se utilizam as avaliações dos supervisores como indicador ou medida do rendimento produzem-se umas correlações médias menores com o compromisso do que as que se obtêm quando se empregam auto informantes ou medidas objectivas de rendimento. 10 Como podem ser as informações proporcionadas pelos próprios trabalhadores sobre diferentes aspectos do seu trabalho; avaliações independentes, isto é, avaliações dos supervisores; e medidas objectivas, tais como o nível de vendas ou o controlo de custos. 11 Há que ter em conta que esta relação positiva entre o compromisso afectivo e o rendimento se manifeste nos estudos onde foram usados a OCQ como medida desta componente do compromisso organizacional, devido à possibilidade de existir redundância entre tais variáveis. Tal situação tem confirmação empírica no meta-análise de Randall, em que o emprego da OCQ conduzia sempre a uma união mais forte entre o compromisso afectivo e os resultados do rendimento que quando se utilizava qualquer outra medida desta atitude laboral. Mas isto não leva a concluir que a relação entre ambas variáveis é débil ou inexistente, já que numerosos estudos confirmaram a relação positiva entre esta variável com o rendimento na função e extra-função, aplicando outras medidas do compromisso afectivo distintas da OCQ, entre eles os de Schechter (1985), Meyer, Paunonen, Gellatly, Goffin, e Jackson (1989), Mayer e Schoorman (1992), Becker (1992), Meyer, Allen e Smith (1993), Hunt e Morgan (1994), Organ e Ryan (1995), Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky (2002), e Patterson, Warr e West (2004). 11

11 Compromisso normativo No que respeita ao compromisso normativo, a hipótese mais aceite é a de que existe uma relação positiva, mas moderada, entre este componente do compromisso organizacional e os diferentes indicadores do rendimento. O raciocínio que subjaz é que o vínculo que une a relação dos empregados com a empresa implica sentimentos de obrigação e de dever, levando-os a comportarem-se de forma apropriada e a fazer o que consideram que é correcto. No entanto, o entusiasmo e o comprometimento que deriva desta componente do compromisso organizacional é menor se comparado com o experimentado pelos empregados com um forte nível de compromisso afectivo. Existem autores que inclusivamente propõem a possibilidade de que não existe relação do compromisso normativo com o comportamento extra função, pois só existiria uma relação positiva no caso desses comportamentos serem relevantes para o cumprimento de uma obrigação percebida pelo trabalhador (Meyer e Herscovitch, 2001). Estes argumentos obtiveram confirmação empírica. De facto, em várias investigações em que se utilizaram medidas do rendimento proporcionadas pelos próprios trabalhadores observou-se relações paralelas entre tais variáveis, embora mais débeis, do que as existentes com o compromisso afectivo (Randall, Fedor e Longenecker, 1990; Meyer, Allen e Smith, 1993; Ashforth e Saks, 1996; e Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky, 2002). Só Hackett, Bycio e Hausdorf (1994) não obtiveram relações significativas entre o compromisso normativo e os indicadores do rendimento do trabalho, ainda que neste caso as valorações do rendimento eram independentes. No entanto, dado que o número de estudos de carácter empírico que analisam o impacto do compromisso normativo sobre o rendimento é relativamente escasso, os seus resultados não têm um carácter concludente. Compromisso de continuidade Por último, em relação ao compromisso de continuidade a análise teórica tem referenciado a ausência de vinculação com o rendimento, ainda que vários autores também proponham a possibilidade de que se dê uma relação negativa ou positiva só se ocorrerem certas circunstâncias. Isto é, se o principal laço de união de os empregados com a organização é o compromisso de continuidade, então não existe a priori nenhuma 12

12 razão para pressupor a existência de um desejo por parte de tais trabalhadores para contribuírem de forma especial para a consecução dos objectivos organizacionais. Desta forma, é provável que o compromisso de continuidade não esteja relacionado com os diferentes indicadores de rendimento, excepto para aqueles casos em que a retenção do trabalho depende claramente do rendimento. Importa também ter em conta a possibilidade de que os indivíduos com um forte compromisso de continuidade possam chegar a desenvolver ressentimentos e frustrações, o que levaria a comportarem-se de forma inapropriada no trabalho, pelo que ao nível teórico se justificaria a hipótese de que o compromisso de continuidade possa estar negativamente relacionado com os indicadores do rendimento do trabalho e do comportamento extra função (Meyer e Allen, 1997, p.40). As investigações que estudam os efeitos do compromisso de continuidade confirmam em certa medida os argumentos anteriores. Apesar de algumas análises terem obtido correlações positivas e outras negativas (Meyer, Paunonen, Gellatly, Goffin e Jackson,1989; Shore e Wayne,1993; e Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky, 2002), a maioria das investigações apresentam correlações não significativas entre o compromisso de continuidade e as várias medidas do rendimento (Mayer e Schoorman, 1992; Meyer, Allen e Smith, 1993; Hackett, Bycio e Hausdorf, 1994; Angle e Lawson, 1994; e Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky, 2002) 12. Em síntese, estes estudos parecem apoiar a ideia de que é muito pequena a probabilidade de que os empregados com fortes laços psicológicos desta natureza tragam contribuições positivas para a empresa e/ou desenvolvam comportamentos extra função. Relação do compromisso organizacional com o processo de abandono e com a rotação na empresa Numa primeira análise, a consequência mais óbvia da existência de compromisso organizacional é a retenção do empregado. De facto, do ponto de vista teórico, esta relação quase se estabeleceu por definição, já que na imensa maioria das 12 Na meta-análise de Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky (2002) o compromisso de continuidade relaciona-se negativamente, ainda que de forma débil, com o rendimento do trabalho e não mantêm relações com o rendimento extra função. 13

13 conceptualizações este aparece, de uma forma implícita ou explícita, vinculado com a permanência do indivíduo na empresa em que trabalha. Veja-se por exemplo os estudos de Mathieu e Zajac, 1990; Randall, 1990; e Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky, No entanto, apesar da existência destas relações também se verificou que as correlações entre o compromisso organizacional e a rotação eram do sentido esperado, mas pouco elevadas. Vários autores têm procurado oferecer explicações sobre este fenómeno. Mathieu e Zajac (1990) propõem que possam existir outras variáveis que moderem o efeito que o compromisso pode exercer sobre a rotação. Mas a escassa investigação dirigida para a comprovação desta hipótese não permite confirmar a sua validade. Por sua vez, Cohen (1993) sustenta que as baixas correlações entre o compromisso e a rotação podem ser atribuidas a problemas relacionados com o desenho da investigação, sobretudo no que se refere ao tempo decorrido entre a medição do compromisso individual e a obtenção posterior dos dados referidos à ocorrência da saída da organização 13. A sua meta - análise confirma que quando se controla este intervalo de tempo, a relação entre o compromisso organizacional e a rotação é mais forte do que inicialmente se encontrou noutros estudos. Concluiu ainda, que este facto é mais significativo para os indivíduos que se encontram nas primeiras fases da sua carreira profissional, quando a idade é o indicador da etapa da carreira. O raciocínio que segundo ele transparece nestes últimos resultados é que o que determina a magnitude do efeito do tempo sobre a relação entre o compromisso e a rotação é a probabilidade de que ocorra uma diminuição no compromisso organizacional e a rapidez e intensidade dessa diminuição Concretamente, argumenta que quanto maior é o intervalo de tempo que media na obtenção dos valores das variáveis, maior é a probabilidade de se produzir eventos que modifiquem o nível de compromisso dos empregados. Circunstancia que incrementaria, obviamente, os erros na predição e que justificaria a existência de uma menor relação entre estas variáveis. 14 Esta última circunstancia é mais fácil que se produza em indivíduos que se encontram no principio do seu ciclo profissional, sendo que, geralmente, têm menos inclinação para comprometerem-se com uma organização em particular e, em geral, usufruem de uma maior disponibilidade de alternativas de trabalho atractivas, enquanto que os que se encontram nas últimas etapas da sua carreira profissional têm níveis mais estáveis de compromisso devido há existência de laços estruturais e conjunturais com a organização, a uma maior necessidade de estabilidade e a maiores dificuldades na hora de encontrar outras oportunidades de emprego. 14

14 Outros autores como Jaros, Jermier, Koehler e Sincich (1993), também tentam explicar a débil conexão entre o compromisso e a rotação através da existência de problemas metodológicos nas investigações. Ainda que o estudo realizado pelos autores padeça da crítica efectuada por Cohen 15, eles consideram que os resultados se devem ao facto de que o compromisso exerce um efeito indirecto sobre a rotação, actuando só de forma directa sobre uma variável intermédia denominada variável de abandono, que é a que em último lugar incide de forma directa nas várias cognições de abandono e no acto concreto da rotação 16. Mas, uma vez mais, na análise da relação entre o compromisso e o processo que dá lugar à saída voluntária da organização há que ter em conta a natureza multidimensional do compromisso, sendo que a intensidade com que cada forma de compromisso incide sobre as variáveis que configuram o processo de abandono não tem de ser a mesma (O'Reilly e Chatman,1986; Mathieu e Zajac, 1990; Huselid e Day, 1991; e Jaros, Jermier, Koehler e Sincich, 1993). Neste sentido, pode-se assinalar que, com carácter geral, ainda que haja relações significativas entre as três conceptualizações do compromisso e as variáveis intermédias implicadas no processo de abandono, estas são mais fortes com o compromisso afectivo. De facto, assim parece reflectido nas meta-análises de Meyer, Stanley, Herscovitch e Topolnytsky (2002) e de Allen e Meyer (1996), e nos estudos de Jaros, Jermier, Koehler e Sincich (1993) e de Mayer e Schoorman (1992) 17. De qualquer forma nestes dois últimos trabalhos só o compromisso de continuidade mantinha uma correlação negativa significativa com a rotação. Poderia parecer, então, que o compromisso de continuidade tem um maior efeito sobre a rotação actual Já que o tempo que medeia na recolha dos dados das variáveis implicadas é excessivamente elevado e, portanto, as baixas correlações obtidas entre o abandono voluntário da organização e o compromisso organizacional se poderiam justificar dessa forma. 16 A estas explicações pode somar-se o facto de que a rotação é um comportamento que pode ter outras origens que não apenas uma diminuição do nível de compromisso 16, pelo que seria normal a existência de uma correlação moderada entre o compromisso e a rotação. Neste caso há que indicar que a correlação entre o compromisso organizacional e a variável intenção de abandonar é elevada. Este fenómeno pode-se explicar tendo em conta, por um lado, que a intenção de abandonar nem sempre conduz ao comportamento actual de rotação (Steers e Mowday, 1981), e, por outro, que os factores que podem provocar estes actos de abandono organizacional desencadeiam, geralmente, rápidos processos psicológicos de decisão nos quais a intenção de abandonar e o comportamento de rotação seriam quase simultâneos, de tal maneira que se se considera a forma de medir estas variáveis nos estudos empíricos (isto é, os dados da intenção de abandonar obtém-se simultaneamente com os da atitude laboral, enquanto que a informação sobre o número de saídas voluntárias reais se costuma recolher num período posterior) se pode explicar que seja bastante improvável que essa troca na intenção de abandonar seja captada por tais trabalhos. 17 Uma excepção é o estudo de Irving, Coleman e Cooper (1997) em que se bem os três componentes do compromisso organizacional mantinham relações negativas significativas com a intenção de abandonar, a relação mais forte era a do compromisso de continuidade. 18 A meta análise de Cohen (1993) teria um certo poder de validar esta conclusão, sendo que embora, inicialmente, tenha sido obtido nele que os estudos que utilizavam uma primeira versão do OCQ tinham uma correlação de com a rotação frente à de - 15

15 De todas formas estes resultados não são concludentes, pois a investigação centrada em modelar o impacto que as formas alternativas de compromisso podem ter sobre esssas variáveis é muito pouca, limitando-se assim a analisar basicamente os efeitos do compromisso afectivo e do compromisso de continuidade. O carácter provisório destes resultados também são consequência de que em tais estudos não se considerou que as várias formas de compromisso podem diferir na sua estabilidade ao longo do tempo (Beck e Wilson, 2001; e Pittinsky e Shih, 2005). Assim poder-se-ia pressupor que o compromisso afectivo é menos estável que o compromisso de continuidade, pois aquele é mais fácil de ser modificado por qualquer acontecimento organizacional que o nível do compromisso continuidade. Além disso, os resultados também poderiam estar, uma vez mais, influenciados pelo tempo decorrido entre a obtenção dos dados de cada forma do compromisso individual e os da saída voluntária da organização. CONCLUSÕES À luz dos resultados obtidos sobre o impacte organizacional dos componentes do compromisso pode-se chegar à conclusão de que as diferentes dimensões do compromisso organizacional (segundo a terminologia do modelo de Meyer e Allen) conduzem a diferentes resultados relevantes do ponto de vista da empresa e que têm distintas mas importantes implicações no desempenho organizacional, nomeadamente na diminuição da rotação voluntária e/ou no desenvolvimento de comportamentos laborais relacionados com o incremento do rendimento do trabalho. Existe ainda evidencia teórica e empírica que confirma que é o compromisso afectivo, e em menor medida o compromisso normativo, o que tem um impacte mais significativo no nível de rendimento tanto no exercício da função (actividades específicas que compõem uma tarefa) como da extra função (actividades não estão explicitamente descritas nas tarefas e que ultrapassam o exercício estrito da função) dos estudos que analisavam a relação com o compromisso enquanto expressão dos side-bets, isto é o compromisso de continuidade, a primeira correlação (entre a rotação e o compromisso afectivo) descia até para os estudos que haviam utilizado a versão abreviada do OCQ, na qual se eliminan os itens problemáticos por serem redundantes com a variável rotação. 16

16 Relativamente ao processo de abandono, embora as investigações indiquem que o compromisso afectivo tem um impacto significativo sobre a intenção de abandonar e sobre outras variáveis cognitivas do processo de abandono, a rotação real parece estar significativamente melhor predita pelo compromisso de continuidade, e não pelo afectivo ou normativo. É por isso que, tendo em conta as consequências atribuídas a cada componente do compromisso organizacional e o seu impacte no desempenho organizacional, a empresa deve fomentar uma gestão efectiva dos vários componentes do compromisso. Deve, em particular, conseguir um elevado compromisso afectivo nos seus trabalhadores, dadas as suas vinculações com o rendimento na função e extra função, assim como na intenção de abandonar. Deve também alcançar um determinado nível de compromisso normativo nomeadamente pela sua vinculação com o rendimento na função e com as variáveis cognitivas do processo de abandono. Mas, dado que o compromisso de continuidade tem uma incidência directa sobre o comportamento real de abandono, este não pode ser eliminado do conjunto de objectivos da direcção de recursos humanos, devendo ser perseguido e sempre acompanhado de um forte compromisso afectivo para evitar possíveis repercussões negativas sobre o rendimento no trabalho. Figura 1. Esquema sobre a intensidade das relações das dimensões do compromisso organizacional com as variáveis do processo de abandono e o rendimento laboral. Fonte: Contribuição própria Em síntese, a análise efectuada a partir da revisão da literatura específica produzida sobre o tema confirma que o compromisso afectivo e, em menor medida, o normativo têm um impacto significativo no aumento do rendimento do trabalho e na redução das intenções de abandonar a empresa e de outras variáveis cognitivas do processo de abandono; enquanto que o compromisso de continuidade parece incidir de forma relevante na diminuição da rotação real voluntária dos trabalhadores. Ao nível da prática empresarial, o esquema de relações entre as dimensões do compromisso organizacional e as variáveis de desempenho organizacional proporcionam um referencial importante para verificar que tanto o compromisso 17

17 afectivo, como o normativo ou o de continuidade cumprem as condições necessárias para serem incluídos como objectivos a atingir pela direcção de recursos humanos. Levam-nos ainda a sugerir que os responsáveis pela gestão das pessoas têm de identificar, em função dos comportamentos laborais considerados importantes para a empresa, quais os componentes do compromisso que devem ser potencializados e em que níveis devem ser considerados como objecto de acção da direcção de recursos humanos, para depois procederem ao desenho das estratégias que melhor permitirão atingir os objectivos desejados. 18

18 BIBLIOGRAFIA Allen, N.J. e Meyer, J.P. (1990) The Measurement and Antecedents of Affective, Continuance, and Normative Commitment to the Organization, Journal of Occupational Psychology, Vol. 63, pp Allen, N.J. e Meyer, J.P. (1993) Organizational Commitment: Evidence of Career Stage Effects?, Journal of Business Research, Vol. 26, pp Allen, N.J. e Meyer, J.P. (1996) Affective, Continuance, and Normative Commitment to the Organization: An Examination of Construct Validity, Journal of Vocational Behavior, Vol. 49, pp Angle, H.L. e Lawson, M.B. (1994) Organizational Commitment and Employees Performance Ratings: Both Types of Commitment and Type of Performance Count, Psychological Reports, Vol. 75, pp Angle, H.L. e Perry, J.L. (1981) An Empirical Assessment of Organizational Commitment and Organizational Effectiveness, Administrative Science Quarterly, Vol. 27, pp Ashforth, B.E. e Saks, A.M. (1996) Socialization Tactics: Longitudinal Effects on Newcomer Adjustment, Academy of Management Journal, Vol. 39, Nº 1, pp Beck, K. e Wilson, C. (2001) Have we Studied, Should we Study, and can we Study the Development of Commitment? Methodological Issues and the Developmental Study of Work-related Commitment, Human Resource Management Review, Vol. 11, pp Becker, H.S. (1960) Notes on the Concept of Commitment, American Journal of Psychology, Vol. 66, pp Becker, T.E. (1992) Foci and Bases of Commitment: Are They Distinctions Worth Making?, Academy of Management Journal, Vol. 35, Nº 1, pp Becker, T.E.; Billings, R.S.; Eveleth, D.M. e Gilbert, N.L. (1996) Foci and Bases of Employee Commitment: Implications for Job Performance, Academy of Management Journal, Vol. 39, Nº 2, pp Benkhoff, B. (1997) Ignoring Commitment Is Costly: New Approaches Establish the Missing Link Between Commitment and Performance, Human Relations, Vol. 50, Nº 6, pp Bouzas, B. e Casal, C. (1986) El Compromiso Organizacional, Revista de Economía y Empresa, Vol. 16, Nº 15-16, pp Brown, B. (2003) Employees Organizational Commitment and their Perception of Supervision Relations-Oriented and Task-Oriented Leadership Behaviors, Virginia Polytechnic Institute and State University, Falls Church. Buchanan, B. (1974) Building Organizational Commitment: The Socialization of Managers in Work Organizations, Administrative Science Quarterly, Vol. 19, pp Caldwell, D.F.; Chatman, J. e O Reilly, C.A. (1990) Building Organizational Commitment: A Multi-Firm Study, Journal of Occupational Psychology, Vol. 63, pp Cohen, A. (1993) Organizational Commitment and Turnover: A Meta-Analysis, Academy of Management Journal, Vol. 36, Nº 5, pp

19 Cohen, A. (1996) On the Discriminant Validity of the Meyer and Allen Measure of Organizational Commitment: How does it Fit with the Work Commitment Construct?, Educational and Psychological Measurement, Vol. 56, pp DeCotiis, T.A. e Summers, T.P. (1987) A Path Analysis of a Model of the Antecedents and Consequences of Organizational Commitment, Human Relations, Vol. 40, pp De Frutos, B.; Ruíz, M.A. e San Martín, R. (1998) Análisis Confirmatorio de las Dimensiones del Compromiso con la Organización, Psicológica, Vol. 19, pp Dunham, R.B.; Grube, J.A. e Castenada, M.B. (1994) Organizational Commitment: The Utility of an Integrative Definition, Journal of Applied Psychology, Vol. 79, pp Etzione, A. (1961) A Comparative Analysis of Complex Organizations, Free Press, New York. Gould, S. (1979) An Equity-Exchange Model of Organizational Involvement, Academy of Management Review, Vol. 4, pp Gould, S. e Penley, L. (1982) Organizational Commitment: A Test of a Model, Universidad de Texas. Hackett, R.D.; Bycio, P. e Hausdorf, P.A. (1994) Further Assessments of Meyer and Allen s (1991) Three Component Model of Organizational Commitment, Journal of Applied Psychology, Vol. 79, pp Hall, D.T.; Schneider, B. e Nygren, H.T. (1970) Personal Factors in Organizational Identification, Administrative Science Quarterly, Vol. 15, pp Hrebibiak, L.G. e Alutto, J.A. (1972) Personal and Role-Related Factors in the Development of Organizational Commitment, Administrative Science Quarterly, Vol. 17, pp Hunt, S.D. e Morgan, R.M. (1994) Organizational Commitment: One of Many Commitments or Key Mediating Construct?, Academy of Management Journal, Vol. 37, Nº 6, pp Huselid, M. e Day, N. (1991) Organizational Commitment, Job Involvement and Turnover: A Substantive and Methodological Analysis, Journal of Applied Psychology, Vol. 76, pp Irving, P.; Coleman, D. e Cooper, C. (1997) Further Assessments of a Three Component Model of Occupational Commitment: Generalizability and Differences across Occupations, Journal of Applied Psychology, Vol. 82, Nº3, pp Jaros, S.J.; Jermier, J.M.; Koehler, J.W. e Sincich, T. (1993) Effects of Continuance, Affective, and Moral Commitment on the Withdrawal Process: An Evaluation of Eight Structural Equation Models, Academy of Management Journal, Vol. 36, Nº 5, pp Kanter, R.M. (1968) Commitment and Social Organization: A Study of Commitment Mechanisms in Utopian Communities, American Sociological Review, Vol. 33, pp Kelman, H.C. (1958) Compliance, Identification and Internalization: Three Processes of Attitude Change, Journal of Conflict Resolution, Vol. 2, pp Kidron, A. (1978) Work Values and Organizational Commitment, Academy of Management Journal, Vol. 21, Nº 1, pp Ko, J.W.; Price, J.L. e Kueller, C.W. (1997) Assessment of Meyer and Allen s three Component Model of Organizational Commitment in South Korea, Journal of Applied Psychology, Vol. 82, Nº6, pp Lee, T.W.; Mitchell, T.R.; Wise, L. e Fireman, S. (1996) An Unfolding Model of Voluntary Employee Turnover, Academy of Management Journal, Vol. 39, Nº1, pp

20 Marsh, R.M. e Mannari, H. (1977) Organizational Commitment and Turnover: A Predictive Study, Administrative Science Quarterly, Vol. 22, pp Mathieu, J.E. e Zajac, D.M. (1990) A Review and Meta-Analysis of the Antecedents, Correlates and Consequences of Organizational Commitment, Psychological Bulletin, Vol. 108, pp Mayer, R.G. e Schoorman, F.D. (1992) Predicting Participation and Production Outcomes through a Two- Dimensional Model of Organizational Commitment, Academy of Management Journal, Vol. 35, Nº 3, pp McGee, G.W. e Ford, R. (1987) Two or More Dimensions of Organizational Commitment: Reexamination of the Affective and Continuance Commitment Scales, Journal of Applied Psychology, Vol. 59, pp Meyer, J.P. e Allen, N.J. (1984) Testing the "Side Bet Theory" of Organizational Commitment: Some Methodological Considerations, Journal of Applied Psychology, Vol. 69, pp Meyer, J.P. e Allen, N.J. (1991) A Three-Component Conceptualization of Organizational Commitment, Human Resource Management Review, Nº 1, pp Meyer, J.P. e Allen, N.J. (1997) Commitment in the Workplace, Sage Publications, Thousand Oaks. Meyer, J.P.; Allen, N.J. e Gellatly, I.R. (1990) Affective and Continuance Commitment to the Organization: Evaluation of Measures and Analysis of Concurrent and Time-lagged Relations, Journal of Applied Psychology, Vol. 75, pp Meyer, J.P.; Allen, N.J e Smith, C.A. (1993) Commitment to Organizations and Occupations: Extension and Test of a Three Component Conceptualization, Journal of Applied Psychology, Vol. 78, pp Meyer, J.P. e Herscovitch, L. (2001) Commitment in the Workplace. Toward a General Model, Human Resource Management Review, Vol. 11, pp Meyer, J.P.; Paunonen, S.V.; Gellatly, I.R.; Goffin, R.D. e Jackson, D.N. (1989) Organizational Commitment and Job Performance: It s the Nature of Commitment that Counts, Journal of Applied Psychology, Vol. 74, pp Meyer, J.P.; Stanley, D.J.; Herscovitch, L. e Topolnytsky, L. (2002), Affective, Continuance, and Normative Commitment to the Organization: A Meta-analysis of Antecedents, Correlates, and Consequences, Journal of Vocational Behavior, Vol. 61, pp Morrison, E.W. (1994) Role Definitions and Organizational Citizenship Behavior: The Importance of the Employee s Perspective, Academy of Management Journal, Vol. 37, Nº 6, pp Morrow, P.C. (1993) The Theory and Measurement of Work Commitment, Jai Press, Greenwich. Mowday, R.T.; Porter, L.W. e Steers, R. (1982) Organizational Linkages: The Psychology of Commitment, Absenteeism, and Turnover, Academic Press, San Diego. Mowday, R.T.; Steers, R.M. e Porter, L.W. (1979) The Measurement of Organizational Commitment, Journal of Vocational Behavior, Vol. 14, pp O Reilly, C.A. e Chatman, J. (1986) Organizational Commitment and Psychological Attachment: The Effects of Compliance, Identification and Internalization on Prosocial Behavior, Journal of Applied Psychology, Vol. 71, pp

A (IN)DEFINIÇÃO DE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA DE 1980 A 2016

A (IN)DEFINIÇÃO DE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA DE 1980 A 2016 A (IN)DEFINIÇÃO DE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA DE 1980 A 2016 Rodrigo de Souza da Silva (UFF) rsouza7671@hotmail.com Denise Medeiros Ribeiro Salles (UFF) denisesalles@id.uff.br

Leia mais

Ana Paula Passos Universidade Lusíada de Lisboa. César Madureira Universidade Lusíada de Lisboa ISCTE - IUL Instituto Universitário de Lisboa

Ana Paula Passos Universidade Lusíada de Lisboa. César Madureira Universidade Lusíada de Lisboa ISCTE - IUL Instituto Universitário de Lisboa Empenhamento Organizacional: controvérsia e resultados da investigação Ana Paula Passos Universidade Lusíada de Lisboa César Madureira Universidade Lusíada de Lisboa ISCTE - IUL Instituto Universitário

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas BASTOS, A. V. B.; ANDRADE, J. E. B. Comprometimento com o Trabalho: padrões em diferentes contextos organizacionais. Revista de Administração de Empresa, v. 42, p. 31-41, 2002.

Leia mais

RELAÇÃO ENTRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E O

RELAÇÃO ENTRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas UNIVERSIDADE DE LISBOA RELAÇÃO ENTRE O COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E O COMPROMETIMENTO PROFISSIONAL: Um estudo exploratório realizado com docentes

Leia mais

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: QUESTÕES QUE CERCAM SUA NATUREZA E OS SEUS LIMITES CONCEITUAIS

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: QUESTÕES QUE CERCAM SUA NATUREZA E OS SEUS LIMITES CONCEITUAIS COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: QUESTÕES QUE CERCAM SUA NATUREZA E OS SEUS LIMITES CONCEITUAIS ORGANIZATIONAL COMMITMENT: SOME ISSUES SURROUNDING ITS NATURE AND CONCEPTUAL BOUNDS COMPROMISO ORGANIZACIONAL:

Leia mais

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar 4710-057 Braga Medida de Burnout de Shirom-Melamed (MBSM) Shirom-Melamed Burnout Measure (SMBM) Tradução e adaptação: A. Rui Gomes (2012) (rgomes@psi.uminho.pt)

Leia mais

O COMPROMISSO ORGANIZACIONAL E AS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

O COMPROMISSO ORGANIZACIONAL E AS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS O COMPROMISSO ORGANIZACIONAL E AS ESTRATÉGIAS DE GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS Autores: Elena Velando Rodríguez Tony Crespo Franco Universidade de Vigo Maria João Nicolau Santos Instituto Superior de Economia

Leia mais

PERCEPÇÃO DE APOIO ORGANIZACIONAL EMPENHAMENTO ORGANIZACIONAL: QUE RELAÇÃO? Catarina José Faustino Honório

PERCEPÇÃO DE APOIO ORGANIZACIONAL EMPENHAMENTO ORGANIZACIONAL: QUE RELAÇÃO? Catarina José Faustino Honório UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO PERCEPÇÃO DE APOIO ORGANIZACIONAL E EMPENHAMENTO ORGANIZACIONAL: QUE RELAÇÃO? ESTUDO DE UMA AMOSTRA NUMA EMPRESA DO SECTOR BANCÁRIO

Leia mais

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar 4710-057 Braga Medida de Burnout de Shirom-Melamed (MBSM) Shirom-Melamed Burnout Measure (SMBM) Tradução e adaptação: A. Rui Gomes (2012) (rgomes@psi.uminho.pt)

Leia mais

REFLEXIONES - ENSAYOS

REFLEXIONES - ENSAYOS REFLEXIONES - ENSAYOS INTERFACE ENTRE COMPROMETIMENTO PROFISSIONAL E ORGANIZACIONAL: RECURSOS HUMANOS NO SETOR SAÚDE INTERFACE ENTRE COMPROMISO PROFESIONAL Y ORGANIZACIONAL: RECURSOS HUMANOS EN EL SECTOR

Leia mais

Autoria: Lauro Cesar de Abreu

Autoria: Lauro Cesar de Abreu Avaliação do Grau de Comprometimento dos Gerentes e Profissionais de Nível Superior de uma grande empresa siderúrgica RESUMO Autoria: Lauro Cesar de Abreu Foram analisadas cinco dimensões do comprometimento

Leia mais

6 Referências bibliográficas

6 Referências bibliográficas 6 Referências bibliográficas ALLEN, N. J.; MEYER, J. P. The measurement and antecedents of affective, continuance and normative commitment to the organization. Journal of Occupational Psychology, Great

Leia mais

Branding interno e Contrato Psicológico numa empresa de prestação de serviços informáticos

Branding interno e Contrato Psicológico numa empresa de prestação de serviços informáticos Mestrado em Gestão de Sistemas de Informação Branding interno e Contrato Psicológico numa empresa de prestação de serviços informáticos Pedro Torres Orientador: Prof. Dr. Abílio Oliveira Lisboa, 23 de

Leia mais

Identificação de Riscos e Causas de Intenção e de Comportamento de Turnover Voluntário

Identificação de Riscos e Causas de Intenção e de Comportamento de Turnover Voluntário e de Comportamento de Turnover Voluntário www.xdaquestao-resolution-produtive.blogspot.com.br e de Comportamento de Turnover Voluntário Manoela Ziebell de Oliveira Há muitos anos as transições de carreira

Leia mais

DESENHO DE PESQUISA (3) Rita Espanha

DESENHO DE PESQUISA (3) Rita Espanha DESENHO DE PESQUISA (3) Rita Espanha Formulação da Problemática Umberto Eco sistematiza quatro regras básicas para a escolha do tema: 1. Que o tema corresponda aos interesses do candidato (que esteja relacionado

Leia mais

UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS MÚLTIPLOS COMPONENTES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL

UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS MÚLTIPLOS COMPONENTES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL UM ESTUDO EXPLORATÓRIO DOS MÚLTIPLOS COMPONENTES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL Carlos Alberto Freire Medeiros 1 Espinheiro, 2094 - San Valle - Candelária CEP: 59066-440 Natal/RN Brasil E-mail: carlosalberto@digi.com.br

Leia mais

O Compromisso Organizacional e a Satisfação no Trabalho: análise das variáveis socioprofissionais de contexto numa indústria do sector metalúrgico

O Compromisso Organizacional e a Satisfação no Trabalho: análise das variáveis socioprofissionais de contexto numa indústria do sector metalúrgico UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Engenharia O Compromisso Organizacional e a Satisfação no Trabalho: análise das variáveis socioprofissionais de contexto numa indústria do sector metalúrgico Maria José Ribeiro

Leia mais

Helena Martins Erasmus Mundus WOP-P Master

Helena Martins Erasmus Mundus WOP-P Master Impact of Firm-promoted Accreditation of Prior Learning Processes on the Worker- Organization Relationship: a crosssectional survey in Portuguese Industrial Firms Agenda 1. Breve Resumo da Investigação

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO CLIMA DE SEGURANÇA

A IMPORTÂNCIA DO CLIMA DE SEGURANÇA A IMPORTÂNCIA DO CLIMA DE SEGURANÇA Neste apontamento vou falar-vos um pouco sobre clima de segurança e sobre o seu papel nos comportamentos de prevenção dos trabalhadores. Ao analisar-se o que tem sido

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Este capítulo apresenta os resultados da pesquisa no BNDES e a análise dos dados encontrados de acordo com a teoria exposta no capítulo dois. 5.1. Consolidação dos resultados e

Leia mais

Palavras-chave: Comprometimento de continuação, entrincheiramento organizacional, sobreposição conceitual e empírica

Palavras-chave: Comprometimento de continuação, entrincheiramento organizacional, sobreposição conceitual e empírica Do Comprometimento de Continuação ao Entrincheiramento Organizacional: Evidências de Sobreposição entre os Construtos Autoria: Ana Carolina de Aguiar Rodrigues, Antônio Virgílio Bittencourt Bastos Na agenda

Leia mais

PERCEÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, CAPITAL PSICOLÓGICO E DESEMPENHO

PERCEÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, CAPITAL PSICOLÓGICO E DESEMPENHO 1 PERCEÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL, CAPITAL PSICOLÓGICO E DESEMPENHO Susana Leal susana.leal@esg.ipsantarem.pt Orientação de: Prof. Arménio Rego (Universidade de Aveiro) Prof. Arnaldo Coelho (Universidade

Leia mais

Comprometimento e consentimento organizacional: um estudo da validade discriminante dos construtos

Comprometimento e consentimento organizacional: um estudo da validade discriminante dos construtos 51 Comprometimento e consentimento organizacional: um estudo da validade discriminante dos construtos Adriano de Lemos Alves Peixoto Universidade Federal da Bahia, Salvador, Brasil Antônio Virgílio Bittencourt

Leia mais

COMPREENDENDO OS ENFOQUES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL

COMPREENDENDO OS ENFOQUES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 COMPREENDENDO OS ENFOQUES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL Paula Suemi Souza Kuabara 1 ; Maria Iolanda

Leia mais

MESTRADOS. PARTE I (Aula comum) TRABALHO FINAL DE MESTRADO Trabalho Projecto Relatório de Estágio. ISEG PROGRAMA Tópicos Principais

MESTRADOS. PARTE I (Aula comum) TRABALHO FINAL DE MESTRADO Trabalho Projecto Relatório de Estágio. ISEG PROGRAMA Tópicos Principais Mestrados MESTRADOS PARTE I (Aula comum) TRABALHO FINAL DE MESTRADO Trabalho Projecto Relatório de Estágio 1 PROGRAMA Tópicos Principais Tipos de trabalho final Trabalho Projecto Relatório de Estágio Explicação

Leia mais

RESUMO. Palavras-Chave: Comprometimento Profissional, Comprometimento Afetivo, Comprometimento Afiliativo. ABSTRACT

RESUMO. Palavras-Chave: Comprometimento Profissional, Comprometimento Afetivo, Comprometimento Afiliativo. ABSTRACT COMPROMETIMENTO AFETIVO E AFILIATIVO: UMA ABORDAGEM COMPARATIVA ENTRE OS ENFOQUES NO CONTEXTO PROFISSIONAL DOS CONTADORES ATUANTES NA CIDADE DE NATAL/RN Erivan Ferreira Borges Contador, Professor do Depto

Leia mais

PROGRAMA (Ação cofinanciada pelo Fundo Social Europeu PRO-EMPREGO) GESTÃO DO TEMPO E DO STRESS

PROGRAMA (Ação cofinanciada pelo Fundo Social Europeu PRO-EMPREGO) GESTÃO DO TEMPO E DO STRESS PROGRAMA (Ação cofinanciada pelo Fundo Social Europeu PRO-EMPREGO) 1. Designação da Ação de Formação: GESTÃO DO TEMPO E DO STRESS 2. Formador: Dr. Marco Santos 3. Razões Justificativas da Ação de Formação:

Leia mais

Comprometimento, Entrincheiramento e Consentimento do Indivíduo com a Organização: Explorando seus Antecedentes e Consequentes RESUMO EXPANDIDO

Comprometimento, Entrincheiramento e Consentimento do Indivíduo com a Organização: Explorando seus Antecedentes e Consequentes RESUMO EXPANDIDO Comprometimento, Entrincheiramento e Consentimento do Indivíduo com a Organização: Explorando seus Antecedentes e Consequentes Gean Carlos Tomazzoni (gean.tomazzoni@mail.ufsm.br) Vânia Medianeira Flore

Leia mais

ESTUDOS CORRELACIONAIS E ESTUDOS CAUSAL-COMPARATIVOS. Ana Henriques Carla Neves Idália Pesquita Mestrado em Educação Didáctica da Matemática

ESTUDOS CORRELACIONAIS E ESTUDOS CAUSAL-COMPARATIVOS. Ana Henriques Carla Neves Idália Pesquita Mestrado em Educação Didáctica da Matemática 1 ESTUDOS CORRELACIONAIS E ESTUDOS CAUSAL-COMPARATIVOS Ana Henriques Carla Neves Idália Pesquita Mestrado em Educação Didáctica da Matemática 1. Introdução A compreensão do comportamento humano tanto a

Leia mais

6 Referências Bibliográficas

6 Referências Bibliográficas 6 Referências Bibliográficas ALLEN, N. J.; MEYER, J. P. The measurement and antecedents of affective, continuance and normative commitment to the organization. Journal of Occupational Psychology, Great

Leia mais

ORGANIZACIONAL: O OLHAR DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL SOBRE O CONSTRUCTO

ORGANIZACIONAL: O OLHAR DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL SOBRE O CONSTRUCTO WWWCONVIBRAORG COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: O OLHAR DOS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE FEDERAL SOBRE O CONSTRUCTO George de Almeida Andrade 1 Mônica Maria Barbosa Gueiros 2 RESUMO

Leia mais

Bases do Comprometimento da Geração Y em uma Empresa Pública: um estudo de caso

Bases do Comprometimento da Geração Y em uma Empresa Pública: um estudo de caso 1 Roberto Alves da Silva Bases do Comprometimento da Geração Y em uma Empresa Pública: um estudo de caso Dissertação de Mestrado Dissertação apresentada ao Programa de Pósgraduação em Administração de

Leia mais

Qualidade de Vida no Trabalho

Qualidade de Vida no Trabalho RESUMO Qualidade de Vida no Trabalho Estudo da Relação da Qualidade de Vida no Trabalho dos Técnicos de Diagnóstico e Terapêutica com a Cultura Organizacional e Estilo de Liderança, numa Organização de

Leia mais

3 Metodologia de Estudo

3 Metodologia de Estudo 3 Metodologia de Estudo Este capítulo apresenta as características do método adotado para o estudo, compreendendo a descrição sobre o instrumento de pesquisa adotado (questionário), bem como os critérios

Leia mais

A administração de recursos humanos e o comprometimento com a organização e com a carreira

A administração de recursos humanos e o comprometimento com a organização e com a carreira A administração de recursos humanos e o comprometimento com a organização e com a carreira Lauro César de Abreu (Cepead-UFMG) lpabreu@uai.com.br Antônio Luiz Marques Ph.D. (Cepead-FACE-UFMG) marques@face.ufmg.br

Leia mais

Artigo - Revisão de Literatura

Artigo - Revisão de Literatura . http://submission-pepsic.scielo.br/index.php/rpot/index ISSN 1984-6657 Uma publicação da Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho Problemas Conceituais e Empíricos na Pesquisa

Leia mais

I. Iniciação à atividade filosófica Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar... 13

I. Iniciação à atividade filosófica Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar... 13 Índice 1. Competências essenciais do aluno... 4 2. Como estudar filosofia... 5 3. Como ler, analisar e explicar um texto filosófico... 7 4. Como preparar-se para um teste... 10 5. Como desenvolver um trabalho

Leia mais

Validação do Modelo de Conceitualização de Três Componentes do Comprometimento Organizacional (Meyer e Allen, 1991)

Validação do Modelo de Conceitualização de Três Componentes do Comprometimento Organizacional (Meyer e Allen, 1991) Validação do Modelo de Conceitualização de Três Componentes do Comprometimento Organizacional (Meyer e Allen, 1991) Carlos Alberto Freire Medeiros Wayne Thomas Enders RESUMO Neste estudo foi realizada

Leia mais

Comprometimento Organizacional, Relações Interpessoais e Desempenho No Trabalho

Comprometimento Organizacional, Relações Interpessoais e Desempenho No Trabalho Comprometimento Organizacional, Relações Interpessoais e Desempenho No Trabalho Organizational Commitment, Interpersonal Relationships and Work Performance Aline Ortiz Rauber Acadêmica do Curso de Psicologia

Leia mais

Estudo sobre a validação do Modelo de Comportamento Organizacional de Meyer e Allen para o contexto português

Estudo sobre a validação do Modelo de Comportamento Organizacional de Meyer e Allen para o contexto português COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E GESTÃO, 2008, VOL. 14, N.º 1, 115-133 Estudo sobre a validação do Modelo de Comportamento Organizacional de Meyer e Allen para o contexto português José Luís Nascimento Universidade

Leia mais

Os Níveis de Comprometimento em Contexto Organizacional: Estudo de uma Empresa Portuguesa.

Os Níveis de Comprometimento em Contexto Organizacional: Estudo de uma Empresa Portuguesa. Maria Joana de Sousa Freitas Os Níveis de Comprometimento em Contexto Organizacional: Estudo de uma Empresa Portuguesa. UNIVERSIDADE FERNANDO PESSOA FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PORTO, 2010

Leia mais

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE.

PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. PARADIGMAS SOCIOLÓGICOS DECORREM DA FORMA DE VER A RELAÇÃO ENTRE O INDIVÍDUO E A SOCIEDADE. 1. Teorias que consideram que a sociedade é uma instância que se impõe aos indivíduos sendo estes produto dessa

Leia mais

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga. Atitudes Face ao Exercício (AFE) Rui Gomes

UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar Braga. Atitudes Face ao Exercício (AFE) Rui Gomes UNIVERSIDADE MINHO Escola de Psicologia Campus de Gualtar 4710-057 Braga Atitudes Face ao Exercício (AFE) Rui Gomes (rgomes@psi.uminho.pt) (2011) Rui Gomes (rgomes@psi.uminho.pt). Universidade do Minho.

Leia mais

NO TRABALHO VOLUNTÁRIO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E DESENHO DO TRABALHO EM ONGs

NO TRABALHO VOLUNTÁRIO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E DESENHO DO TRABALHO EM ONGs 206 NO TRABALHO VOLUNTÁRIO: ESTUDO DAS RELAÇÕES ENTRE COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL E DESENHO DO TRABALHO EM ONGs Carlos Eduardo Cavalcante 1 José Armatés de Oliveira 2 Carlos Alberto Freire Medeiros

Leia mais

Palavras-chave: Comprometimento organizacional. Variáveis antecedentes. Servidores públicos. Gestão pública. 1 INTRODUÇÃO

Palavras-chave: Comprometimento organizacional. Variáveis antecedentes. Servidores públicos. Gestão pública. 1 INTRODUÇÃO Título: Comprometimento Organizacional no Âmbito do Serviço Público: reflexões sobre o fenômeno a partir da visão dos servidores de uma Universidade Federal. Autores: 1- Mariana de Brito Sassi Farias,

Leia mais

Expectativas Subjectivas e Escolhas Ocupacionais de Estudantes Universitários em Moçambique

Expectativas Subjectivas e Escolhas Ocupacionais de Estudantes Universitários em Moçambique Nota de Política 36401 Março 2018 Mariapia Mendola, Luigi Minale, Ines Raimundo Expectativas Subjectivas e Escolhas Ocupacionais de Estudantes Universitários em Moçambique Em suma A transição da educação

Leia mais

Desempenho no trabalho: Revisão da literatura [I] Job performance: An overview of literature

Desempenho no trabalho: Revisão da literatura [I] Job performance: An overview of literature PSICOLOGIA ARGUMENTO doi: 10.7213/psicol.argum.5895 ARTIGOS [T] Desempenho no trabalho: Revisão da literatura [I] Job performance: An overview of literature [R] [A] Pedro Fernando Bendassolli Resumo Received

Leia mais

2 Referencial Teórico

2 Referencial Teórico 2 Referencial Teórico 2.1. Comprometimento Organizacional O termo comprometimento é tratado em diversas áreas do conhecimento como, na Sociologia, na Psicologia e em estudos relacionados às organizações.

Leia mais

Estudos de Psicologia, 15(3), setembro-dezembro/2010, Antonio Virgilio Bastos Igor Gomes Menezes Universidade Federal da Bahia.

Estudos de Psicologia, 15(3), setembro-dezembro/2010, Antonio Virgilio Bastos Igor Gomes Menezes Universidade Federal da Bahia. Estudos de Psicologia, 15(3), setembro-dezembro/2010, 299-307 Intenção de permanência na organização: um constituinte ou consequente do comprometimento organizacional? Antonio Virgilio Bastos Igor Gomes

Leia mais

Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa

Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa Afirmação de Princípios e Ações para Promover a Igualdade e a Condição das Mulheres na Pesquisa Princípios Para fazer avançar a diversidade global para a excelência em pesquisa exige-se que todos os cidadãos

Leia mais

Guia auto-avaliação segundo EFQM GUIA PARA A APLICAÇÃO DA METODOLOGIA EFQM NA AUTO-AVALIAÇÃO DE PROJECTOS EM PARCERIA

Guia auto-avaliação segundo EFQM GUIA PARA A APLICAÇÃO DA METODOLOGIA EFQM NA AUTO-AVALIAÇÃO DE PROJECTOS EM PARCERIA GUIA PARA A APLICAÇÃO DA METODOLOGIA EFQM NA AUTO-AVALIAÇÃO DE PROJECTOS EM PARCERIA 1 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 3 2. A METODOLOGIA EFQM E O QUESTIONÁRIO PARA AUTO- AVALIAÇÃO... 4 3. A METODOLOGIA EM PROJECTOS

Leia mais

Remuneração. Introdução

Remuneração. Introdução Remuneração Introdução Remuneração Remuneração se refere a todas as formas de retornos financeiros e serviços tangíveis e benefícios que os empregados recebem como parte da relação de emprego. Remuneração

Leia mais

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NO SUPERMERCADO BETA ORGANIZATIONAL COMMITMENT: A CASE STUDY IN BETA SUPERMARKET

COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NO SUPERMERCADO BETA ORGANIZATIONAL COMMITMENT: A CASE STUDY IN BETA SUPERMARKET 93 v. 01, n. 04 : pp. 93-100, 2005 ISSN 1808-0448 D.O.I.: 10.3895/S1808-04482005000400010 COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO NO SUPERMERCADO BETA ORGANIZATIONAL COMMITMENT: A CASE STUDY

Leia mais

Autoria: Ana Carolina de Aguiar Rodrigues, Antonio Virgilio Bittencourt Bastos

Autoria: Ana Carolina de Aguiar Rodrigues, Antonio Virgilio Bittencourt Bastos Problemas Conceituais e Empíricos na Pesquisa sobre Comprometimento Organizacional: Uma Análise Crítica do Modelo Tridimensional de J. Meyer e N. Allen Autoria: Ana Carolina de Aguiar Rodrigues, Antonio

Leia mais

Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa

Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa EAPN Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza Observatório de Luta Contra a Pobreza na Cidade de Lisboa Referencial Estratégico para Monitorização do Desenvolvimento Social de Lisboa Documento realizado para

Leia mais

Bennett, R. J., & Robinson, S. L. (2000). Development of a measure of workplace deviance. Journal of Applied Psychology, 85,

Bennett, R. J., & Robinson, S. L. (2000). Development of a measure of workplace deviance. Journal of Applied Psychology, 85, Bennett, R. J., & Robinson, S. L. (2000). Development of a measure of workplace deviance. Journal of Applied Psychology, 85, 349-360. Caeiro, L. (2005). Prefácio. In P. B. Camara, P. B. Guerra, & J. V.

Leia mais

ISO 9000:2005 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000

ISO 9000:2005 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário. As Normas da família ISO As Normas da família ISO 9000 ISO 9000:2005 Sistemas de Gestão da Qualidade Fundamentos e Vocabulário João Noronha ESAC/IPC 1 As Normas da família ISO 9000 ISO 9000 descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e especifica

Leia mais

em outros instrumentos (CORDERY e SEVASTOS, 1993; SCHMITT e STULTS, 1985).

em outros instrumentos (CORDERY e SEVASTOS, 1993; SCHMITT e STULTS, 1985). 5 Conclusão Esta dissertação representa a primeira avaliação das propriedades psicométricas da tradução, realizada no âmbito deste trabalho, para o português do PSWQ em brasileiros. Os resultados obtidos

Leia mais

Palavras-chaves: Comprometimento organizacional, organizações, análise exploratória.

Palavras-chaves: Comprometimento organizacional, organizações, análise exploratória. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Maturidade e desafios da Engenharia de Produção: competitividade das empresas, condições de trabalho, meio ambiente. São Carlos, SP, Brasil, a de outubro

Leia mais

Política de Formação

Política de Formação Política de Formação Sumário A Política de Formação do ATLANTICO estabelece os princípios orientadores para a gestão eficiente de todas as actividades que asseguram a realização e acompanhamento das acções

Leia mais

Estudo de percepção do uso de dispositivos móveis no Ensino Superior

Estudo de percepção do uso de dispositivos móveis no Ensino Superior Estudo de percepção do uso de dispositivos móveis no Ensino Superior Relatório interno 1/2009 CEREM UFP Steven Abrantes Instituto Politécnico de Viseu steven@di.estv.ipv.pt Luis Borges Gouveia Universidade

Leia mais

F M H ANÁLISE DO FLUXO DE TRABALHO. Ano Lectivo 2009/2010 OBJECTIVOS:

F M H ANÁLISE DO FLUXO DE TRABALHO. Ano Lectivo 2009/2010 OBJECTIVOS: Ano Lectivo 2009/2010 F M Recursos Humanos H ANÁLISE DO FLUXO DE TRABALHO OBJECTIVOS: Analisar o fluxo de trabalho, identificando as entradas, as actividades e as saídas na produção de bens e serviços;

Leia mais

Earnings Losses of Displaced Workers: Evidence from a Matched Employer-employee Dataset SUMÁRIO

Earnings Losses of Displaced Workers: Evidence from a Matched Employer-employee Dataset SUMÁRIO Earnings Losses of Displaced Workers: Evidence from a Matched Employer-employee Dataset Anabela Carneiro Faculdade de Economia da Universidade do Porto e CETE Pedro Portugal Banco de Portugal e Universidade

Leia mais

1 Introdução 1.1. Descrição do problema

1 Introdução 1.1. Descrição do problema 1 Introdução 1.1. Descrição do problema As empresas, na busca por melhores desempenhos, têm dado especial atenção ao comprometimento dos seus empregados no trabalho. A base para este interesse é a crença

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências Relatório de Competências Natural Este Relatório é um produto da PDA International. PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para a seleção, gestão e desenvolvimento

Leia mais

CAPÍTULO V DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

CAPÍTULO V DISCUSSÃO DOS RESULTADOS CAPÍTULO V DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Neste capítulo será efectuada a discussão dos resultados apresentados anteriormente. A discussão visa compreender os resultados obtidos, mediante a comparação com estudos

Leia mais

Relatório de Competências

Relatório de Competências Relatório de Competências Natural Este Relatório é um produto da PDA International. A PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para recrutar, reter, motivar e desenvolver

Leia mais

7 Referências Bibliográficas

7 Referências Bibliográficas 7 Referências Bibliográficas ABBAD, Gardênia; TORRES, Claudio Vaz. Regressão múltipla stepwise e hierárquica em psicologia organizacional: aplicações, problemas e soluções. Estudos de Psicologia, n.7,

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DOS TRABALHADORES

CÓDIGO DE CONDUTA DOS TRABALHADORES CÓDIGO DE CONDUTA DOS TRABALHADORES DA SECRETARIA-GERAL DO MF Índice Introdução 2 I - Âmbito 3 II Objectivos 3 III - Princípios Gerais 4 IV - Relações Internas e Externas 6 V Vigência, Publicidade e Revisão

Leia mais

U IVERSIDADE DA BEIRA I TERIOR

U IVERSIDADE DA BEIRA I TERIOR U IVERSIDADE DA BEIRA I TERIOR DEPARTAMENTO DE GESTÃO E ECONOMIA Dissertação de Mestrado em Gestão A LIDERA ÇA ESTRATÉGICA A ADMI ISTRAÇÃO LOCAL: O CASO DA CÂMARA MU ICIPAL DO FU DÃO Susana Cristina Neves

Leia mais

A Africa Talents resulta de uma fusão estratégica entre a A+ (A+ Angola, A+ Africa e Angola Talents) e a Talent Consulting, incluindo também um acordo

A Africa Talents resulta de uma fusão estratégica entre a A+ (A+ Angola, A+ Africa e Angola Talents) e a Talent Consulting, incluindo também um acordo A Africa Talents resulta de uma fusão estratégica entre a A+ (A+ Angola, A+ Africa e Angola Talents) e a Talent Consulting, incluindo também um acordo de parceria estratégica com a BET ON PEOPLE. Deste

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular.

AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular. O MODELO DE AUTO-AVALIA AVALIAÇÃO DAS BE e a MUDANÇA A ORGANIZACIONAL: Papel do CREM/BE no desenvolvimento curricular. ESRDL/CREM CREM/Carlos Carlos Carvalho 1 Interacção Sociedade-Escola Escola-NTI Vivemos

Leia mais

As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. O Papel da CCDR. Carla Velado Junho 2011

As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas. O Papel da CCDR. Carla Velado Junho 2011 As Entidades com Responsabilidades Ambientais Específicas O Papel da CCDR Carla Velado Junho 2011 1 Agenda A importância da AAE no processo de Planeamento Competências da CCDR enquanto ERAE Quais os PMOT

Leia mais

INDEG-ISCTE MESTRADO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (2007/2008)

INDEG-ISCTE MESTRADO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (2007/2008) INDEG-ISCTE MESTRADO EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS (2007/2008) O ALINHAMENTO ENTRE A ESTRATÉGIA E OS SISTEMAS DE RH: QUESTÕES - CHAVE A CONSIDERAR (Adaptado de Gratton, 1999) O CICLO DE CURTO PRAZO Estabelecimento

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Residentes com o Comércio e Restauração

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Residentes com o Comércio e Restauração Avaliação da Satisfação dos Residentes com o Comércio e Restauração Entidade Promotora Concepção e Realização Enquadramento Avaliação da Satisfação dos Residentes com o Comércio e Restauração Índice

Leia mais

Tribunal de Contas. Nota Introdutória

Tribunal de Contas. Nota Introdutória Nota Introdutória NOTA INTRODUTÓRIA O presente Volume, cuja estrutura reflecte o conteúdo genérico previsto no artigo 41.º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto, contém os resultados das acções de verificação

Leia mais

O Humor na Comunicação Organizacional

O Humor na Comunicação Organizacional O Humor na Comunicação Organizacional Pós-Graduação em Gestão de Recursos Humanos 7ª Edição Comunicação na Organização Comunicação na Organização Carolina Calado Cheila Cuz Patrícia Dinis 4 Questões -

Leia mais

Relatório de Competências. Manuel Vega. Natural

Relatório de Competências. Manuel Vega. Natural Relatório de Competências Manuel Vega Natural Este Relatório é um produto da PDA International. PDA International é líder no fornecimento de avaliações comportamentais aplicadas para a seleção, gestão

Leia mais

ACÇÃO 5 A Avaliação do Desempenho Docente e Supervisão Pedagógica

ACÇÃO 5 A Avaliação do Desempenho Docente e Supervisão Pedagógica ACÇÃO 5 A Avaliação do Desempenho Docente e Supervisão Pedagógica Nem tudo o que pode ser medido conta; Nem tudo o que conta pode ser medido. Albert Einstein Objectivos 1. Proporcionar a aquisição de conceitos

Leia mais

ANALISE DAS DIMENSÕES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS DO SETOR PUBLICO NA REGIONAL DO RIO DE JANEIRO

ANALISE DAS DIMENSÕES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS DO SETOR PUBLICO NA REGIONAL DO RIO DE JANEIRO 5, 6 e 7 de Agosto de 2010 ISSN 1984-9354 ANALISE DAS DIMENSÕES DO COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE SERVIÇOS DO SETOR PUBLICO NA REGIONAL DO RIO DE JANEIRO Yuli Acuna

Leia mais

BIBLIOTECAS ESCOLARES AUTO-AVALIAÇÃO BIBLIOTECA ESCOLAR DE MARRAZES 2009/2010

BIBLIOTECAS ESCOLARES AUTO-AVALIAÇÃO BIBLIOTECA ESCOLAR DE MARRAZES 2009/2010 BIBLIOTECAS ESCOLARES AUTO-AVALIAÇÃO BIBLIOTECA ESCOLAR DE MARRAZES 2009/2010 ONTEM... tendo magníficas colecções de informação, um ambiente físico inspirador ou uma rede avançada de tecnologia de informação.

Leia mais

Resumo. Palavras-chave: Balanced Scorecard, competitividade, activos intangíveis, estratégia, gestão estratégica. -i-

Resumo. Palavras-chave: Balanced Scorecard, competitividade, activos intangíveis, estratégia, gestão estratégica. -i- Resumo A gestão das organizações é por si só um grande desafio! Os sistemas tradicionais de informação para a gestão, no geral, não respondem eficazmente a este desafio, pois apresentam numerosas debilidades

Leia mais

Beyond rational management: mastering the paradoxes and competing demands of hight performance

Beyond rational management: mastering the paradoxes and competing demands of hight performance Autor: Robert E. Quin Beyond rational management: mastering the paradoxes and competing demands of hight performance Data: 1998 Nº de Pag.: 8 AVALIAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL Adaptado de Robert E. Quin

Leia mais

Perfil Caliper de Especialistas The Inner Potential Report

Perfil Caliper de Especialistas The Inner Potential Report Perfil Caliper de Especialistas The Inner Potential Report Avaliação de: Sr. Antônio Modelo Preparada por: Consultor Caliper consultor@caliper.com.br Data: Página 1 Perfil Caliper de Especialistas The

Leia mais

A Língua Estrangeira no âmbito dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundário

A Língua Estrangeira no âmbito dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundário A Língua Estrangeira no âmbito dos processos de reconhecimento, validação e certificação de competências de nível secundário Procedimentos e Orientações - Fevereiro de 2010 - A. Enquadramento De acordo

Leia mais

Novos desafios da gestão em contexto de incerteza. Nuevos retas de la gestión bajo incertidumbre. Fevereiro 4-5, 201 O- Setúbal, Portugal.

Novos desafios da gestão em contexto de incerteza. Nuevos retas de la gestión bajo incertidumbre. Fevereiro 4-5, 201 O- Setúbal, Portugal. Novos desafios da gestão em contexto de incerteza Nuevos retas de la gestión bajo incertidumbre Fevereiro 4-5, 201 O- Setúbal, Portugal Artigos ÁREA CIENTÍFICA: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS GESTÃO ESTRATÉGICA

Leia mais

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços da Administração Pública Regional e Local

Barómetro Regional da Qualidade Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços da Administração Pública Regional e Local Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços da Administração Pública Regional e Local Entidade Promotora Enquadramento Concepção e Realização Avaliação da Satisfação dos Utentes dos Serviços da Administração

Leia mais

É com a mente que pensamos: pensar é ter uma mente que funciona e o pensamento exprime, precisamente, o funcionamento total da mente.

É com a mente que pensamos: pensar é ter uma mente que funciona e o pensamento exprime, precisamente, o funcionamento total da mente. A mente, sistema de construção do mundo A mente recolhe informações do ambiente e com elas cria representações. A representação não copia a informação interpreta-a. A informação em si não possui qualquer

Leia mais

AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS: CRIANÇAS COM AGRESSIVIDADE E ISOLAMENTO

AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS: CRIANÇAS COM AGRESSIVIDADE E ISOLAMENTO UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE PSICOLOGIA E DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO AVALIAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS: CRIANÇAS COM AGRESSIVIDADE E ISOLAMENTO Luís Filipe Santana Júlio

Leia mais

Manutenção, um investimento para reduzir custos. publicada por Gil Santos junho 24, 2018

Manutenção, um investimento para reduzir custos. publicada por Gil Santos junho 24, 2018 Manutenção, um investimento para reduzir custos. publicada por Gil Santos junho 24, 2018 O sector da manutenção é tradicionalmente encarado como um custo. Embora esta já não seja a realidade para algumas

Leia mais

Auditoria DISC. Juan Prueba

Auditoria DISC. Juan Prueba Auditoria DISC Juan Prueba 26/03/2016 1 Introdução à metodologia D.I.S.C. Este relatório baseia-se na metodologia D.I.S.C. e o seu objectivo é o de ajudar aos processos de progressão e selecção. D.I.S.C.

Leia mais

Liderança a e desempenho grupal

Liderança a e desempenho grupal Liderança a e desempenho grupal Definição de liderança Comportamento de liderança Teorias de liderança Copyright, 2006 José Farinha Definição de liderança O que é um líder? l A liderança é o exercício

Leia mais

Aula de Metodologia da Pesquisa Segundo Prof. Dr. Fernando Gauthier

Aula de Metodologia da Pesquisa Segundo Prof. Dr. Fernando Gauthier Aula de Metodologia da Pesquisa Segundo Prof. Dr. Fernando Gauthier Formular o problema é aprimorar e estruturar mais formalmente a ideia de pesquisa um problema bem formulado esta mais perto de ser resolvido

Leia mais

O Comprometimento Organizacional nas Unidades de Saúde Familiar

O Comprometimento Organizacional nas Unidades de Saúde Familiar Artigo de Investigação O Comprometimento Organizacional nas Unidades de Saúde Familiar Submitted in 15, March 2016 Accepted in 06, April 2017 Evaluated by a double blind review system CLÁUDIA SILVA 1 JOÃO

Leia mais

Centros de responsabilidade numa empresa

Centros de responsabilidade numa empresa Centros de responsabilidade numa empresa 1. Centros de Responsabilidade (ou de actividades) Constitui um Centro de Responsabilidade toda a unidade da empresa que: Disponha de um chefe; Tenha objectivos

Leia mais

O PORTFOLIO E A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS. Ana Cláudia Cohen Coelho Ana Paula Ferreira Rodrigues

O PORTFOLIO E A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS. Ana Cláudia Cohen Coelho Ana Paula Ferreira Rodrigues O PORTFOLIO E A AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS Ana Cláudia Cohen Coelho Ana Paula Ferreira Rodrigues Portfolio - Definição - Pressupostos - Âmbito de Utilização - Objectivos - Características - Vantagens

Leia mais

Conhecimento Específico

Conhecimento Específico Conhecimento Específico Trabalho em Equipe Professor Rafael Ravazolo www.acasadoconcurseiro.com.br Conhecimento Específico TRABALHO EM EQUIPE Grupo é um conjunto de pessoas que podem ou não ter objetivos

Leia mais

O Desafio de Estudar Burnout e Engagement em. Técnicos de Ambulância de Emergência. Teresa Guerreiro Jesus. Instituto Nacional de Emergência Médica

O Desafio de Estudar Burnout e Engagement em. Técnicos de Ambulância de Emergência. Teresa Guerreiro Jesus. Instituto Nacional de Emergência Médica O Desafio de Estudar Burnout e Engagement em Técnicos de Ambulância de Emergência Teresa Guerreiro Jesus Instituto Nacional de Emergência Médica Lisboa Portugal Teresa.jesus@inem.pt Resumo O presente estudo

Leia mais