A estrutura e contabilização das Operações em COOPERATIVAS.
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- André de Oliveira Bernardes
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1 A estrutura e contabilização das Operações em COOPERATIVAS. Gustavo Bernardes gustavo.bernardes@ocbes.coop.br (27) (27)
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4 Representação
5 Cronograma 1- Institucional; OK! 2- Dados do Cooperativismo; 3- Bases Legais e Conceituais e Estruturas Organizacionais; 4- Aspectos Contábeis e Tributários Específicos das Sociedades Cooperativas.
6 Conceito de Cooperativismo: Doutrina econômica estruturada para a geração de riquezas através do livre associativismo entre as pessoas que espontaneamente concordam em criar uma cooperativa em qualquer segmento produtivo permitido pela legislação e, unidas pelos mesmos ideais e tendo os mesmos objetivos, buscam satisfazer suas necessidades financeiras e de realização pessoal/profissional através da produtividade e da valorização humana e não da exploração do homem pelo homem.
7 Conceito de Cooperativa: Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. Art. 3, Lei 5.764/71
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9 Fonte: OCB Nacional. Ramos do Cooperativismo
10 Sistema OCB no Espírito Santo Cooperativas 121 Cooperados Empregados 7.863
11 RAMO COOPERATIVAS COOPERADOS EMPREGADOS Agropecuário Consumo Crédito Educacional Habitacional Produção Saúde Trabalho Transporte Total
12 Crescimento de cooperados no período... 87,9 mil 271 mil 208% cooperados (2005) cooperados (2016)
13 Já o número de empregos gerados no período aumentou... 3 mil 7,8 mil 160% Empregos gerados (2005) Empregos gerados (2016)
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16 Cronograma 1- Institucional; OK! 2- Dados do Cooperativismo; Ok! 3- Bases Legais e Conceituais e Estruturas Organizacionais; 4- Aspectos Contábeis e Tributários Específicos das Sociedades Cooperativas.
17 Cooperativas e o Terceiro Setor As Fundações Privadas e as Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil (FASFIL), realizado pelo IBGE e pelo IPEA excluiu do universo das organizações sem fins lucrativos que integram o Terceiro Setor, em síntese, as seguintes entidades pelos motivos abaixo sintetizados: [...] Cooperativas, por terem um objetivo de caráter econômico, visando à partilha dos resultados aos membros cooperados. Observe-se, ainda, que elas estão classificadas no CEMPRE* como Entidades Empresariais * Cadastro Central de Empresa CEMPRE (IBGE)
18 Arquivamento de Atos (Constituição; Alteração e Liquidação)
19 Lei Estadual do Cooperativismo A Lei Estadual nº 8.257, de 17 de janeiro de 2006, que trata da Política Estadual do Cooperativismo. Essa lei consiste no conjunto de diretrizes e regras voltadas para o fomento, incentivo e desenvolvimento da atividade cooperativista por parte do governo do estadual. [...] Art. 4º Para os efeitos desta Lei, são sociedades cooperativas aquelas regularmente registradas nos órgãos públicos competentes, na JUCEES nos termos da legislação federal pertinente e nos órgãos fazendários Federal, Municipal e Estadual, quando for o caso. Parágrafo único. A JUCEES exigirá, por ocasião do registro dos atos constitutivos das cooperativas, o certificado comprobatório de análise e aprovação dos documentos e procedimentos constitutivos de cooperativas: pré-registro, de acordo com as normas e diretrizes do Programa de Autogestão, Monitoramento e Acompanhamento do Cooperativismo Brasileiro do Sistema de Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB, emitido pelo Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo - OCB/ES.
20 Legislação Aplicável as Cooperativas Constituição de 1988; adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. [c)., III, Art. 146] Lei nº /1971 Sociedades Cooperativas; Lei nº /2002 Código Civil; L.C. nº. 130/2009 Cooperativas de Crédito; Lei nº /2012 Cooperativas de Trabalho; Entre outras.
21 Estatuto Social O Estatuto Social é o conjunto de normas que regem funções, atos e objetivos de determinada cooperativa, e é elaborado com a participação dos cooperados, para atender às necessidades da cooperativa e dos mesmos.
22 Direitos Deveres 1. Votar e ser Votado; 2. Participar de todas as operações com a cooperativa; 3. Receber o retorno de sobras apuradas no fim do exercício; 4. Examinar todos os livros e documentos; 5. Convocar assembleia; 6. Solicitar Esclarecimentos ao CA e CF e ao Coordenador; 7. Opinar e defender ideia; 8. Dar sugestões ao CA e AG. 1. Atuar com a cooperativa; 2. Participar das Assembleias Gerais; 3. Pagar suas quotas-parte em dia; 4. Acatar as decisões da Assembleia Geral; 5. Votar nas eleições da cooperativa; 6. Cumprir seus compromissos com a cooperativa; 7. Zelar pela imagem da cooperativa; 8. Participar do rateio das perdas, se ocorrerem e das despesas da cooperativa; 9. Conhecer e praticar o Estatuto Social.
23 Governança ASSEMBLEIA GERAL CONSELHO ADMINISTRATIVO E/OU DIRETORIA CONSELHO FISCAL
24 Assembleia Geral Ordinária AGO Realiza-se anualmente nos 3 (três) primeiros meses após o término do exercício social. Deliberações: I Prestação de Contas da Administração e parecer do Conselho Fiscal; II Destinação das Sobras ou rateio das Perdas; III Eleição dos Componentes dos Conselhos; IV Definição dos honorários dos Conselheiros; V Quaisquer outros assuntos de interesse social.
25 Assembleia Geral Extraordinária AGE Em qualquer período. Sempre que necessário. Deliberações: I Reforma Estatutária; II - Fusão, Incorporação ou Desmembramento; III - Mudança do Objeto da Sociedade; IV - Dissolução voluntária e nomeação de liquidantes; V - Contas do liquidante.
26 Conselho de Administração Órgão responsável por determinar as diretrizes administrativas da Cooperativa. Normalmente composto por 05 Conselheiros; Mandato de até 04 anos; Renovação obrigatória de 1/3 dos integrantes; O Conselho pode ser composto por uma Diretoria Executiva, além dos Conselheiros.
27 Conselho Fiscal Órgão responsável pela fiscalização, divulgação e orientação das informações internas da Cooperativa. Composto por 03 membros efetivos, além de 03 suplentes; Mandato de até 01 ano; Renovação obrigatória de 2/3 dos integrantes; Deve reunir-se, regularmente, conforme previsão estatutária.
28 Dos Livros Art. 22, Lei 5.764/71 Livros Obrigatórios para Cooperativa: Fichas de Matrícula dos Cooperados Atas das Assembleias Gerais Atas dos Órgãos de Administração Atas dos Órgãos do Conselho Fiscal Presenças dos Cooperados nas Assembleia Outros, fiscais e contábeis obrigatórios
29 Maneiras de ASSOCIAR a Cooperativa
30 ADMISSÃO O ingresso é livre, desde que os interessados preencham as condições previstas no estatuto.
31 Maneiras de DESASSOCIAR da Cooperativa
32 Exclusão Por dissolução da pessoa jurídica; por morte da pessoa física; Incapacidade civil não suprida; Não atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa. Eliminação Aplicada em virtude de infração legal ou estatutária (cabe recurso à Ass. Geral). Demissão Unicamente a pedido do cooperado Art. 32, 33 e 35 da Lei 5.764/71
33 Cronograma 1- Institucional; OK! 2- Dados do Cooperativismo; Ok! 3- Bases Legais e Conceituais e Estruturas Organizacionais; Ok! 4- Aspectos Contábeis e Tributários Específicos das Sociedades Cooperativas.
34 Base Legal Lei 5.764/71 NBC TG Cont. p/ Pequenas e Médias Empresas NBC T 10.8 Entidades Cooperativas NBC T Operadoras de planos de saúde Lei /2007 REGULAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA RIR/99 Lei /04, Lei /03, Lei /02, IN 635/06 PIS e COFINS RICMS/ES (Dec R/2003) Códigos Tributários Municipais Entre outros..
35 CAPITAL SOCIAL O valor do capital social da cooperativa será calculado da seguinte forma: multiplica-se o valor determinado para uma quota-parte, pelo número mínimo de quotas a ser subscrito por cada cooperado para sua admissão, vezes o número mínimo de cooperados exigido por lei: 20 (vinte). Exemplo: Se a quota-parte tiver o valor de R$ 60,00 (sessenta reais) e o mínimo de quotas-parte por cada cooperado for 10 (dez) quotas, temos então: R$ 60 x 10 quotas x 20 cooperados = R$ ,00;
36 Fundos Obrigatórios (Art. 28 da Lei 5.764/71) Fundo de Reserva constituído de pelo menos 10% das sobras líquidas, destinado ao desenvolvimento da cooperativa ou para cobertura das perdas. Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (FATES) constituído de pelo menos 5% das sobras líquidas, destinado à prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto em estatuto, aos colaboradores da cooperativa. Diferença do Fundo de Reserva (5.764/71) x Reserva Legal (6.404/76): 5.764/71 Art. 4º [...] VIII - indivisibilidade dos fundos de Reserva e de Assistência Técnica Educacional e Social;
37 Art. 80º - Lei 5.764/ , NBC T 10.8 Entidades Cooperativas. Ingresso = Receita / Dispêndio = Despesa Os dispêndios da cooperativa serão pagos pelos cooperados mediante rateio. O rateio pode ser feito: I- em partes iguais, dos dispêndios da sociedade entre os cooperados, quer tenham ou não, usufruído dos serviços por ela prestados. II- em razão diretamente proporcional, entre os cooperados que tenham usufruído dos serviços.
38 Definição legal do Ato Cooperativo 5.764/71 [...] Art. 79. Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus cooperados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando cooperados, para a consecução dos objetivos sociais. Parágrafo único. O ato cooperativo não implica operação de mercado, nem contrato de compra e venda de produto ou mercadoria
39 Ato Cooperativo COOPERATIVA COOPERADO MERCADO A Cooperativa viabiliza e é a ponte da relação entre seus Cooperados e o Mercado.
40 Lei 5.764/71 Ato NÃO cooperativo Art As cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não cooperados, desde que tal faculdade atenda aos objetivos sociais e estejam em conformidade com a presente lei. Art Os resultados das operações das cooperativas com não associados nos arts. 85 e 86, serão levados à conta do "Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social - FATES" e serão contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de tributos.
41 Apuração Correta do Ato Cooperativo O Resultado das Operações do Ato Cooperativo, quando positivo, é excluído da tributação para fins de Imposto de Renda e Contribuição Social. Quando negativo, deve ser adicionado ao resultado do exercício para a apuração do resultado tributável, evidenciando-se tal ajuste através da escrituração contábil fiscal (ECF). O ganho líquido das operações com terceiros deve ser destinado integralmente ao FATES. (Art. 87, 5.764/71)
42 O Plano de Contas ora apresentado prevê a segregação de atos cooperativos e atos não cooperativos para o fiel cumprimento das normas incidentes e aplicáveis. Ex. Cooperativa de Agropecuária Ex. Cooperativa de Transporte
43 Estrutura Patrimonial NBC TG (a) o balanço patrimonial; - BP (b) a demonstração do resultado; (Sobras e Perdas) - DSP (c) a demonstração do resultado abrangente; (Res. CFC 1.185/09) (d) a demonstração das mutações do patrimônio líquido; - DMPL (e) a demonstração dos fluxos de caixa; - DFC ( 6 º Art. 176, Lei 6.404/76) (f) a demonstração do valor adicionado quando exigida legalmente; e (g) as notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações explanatórias. - NE
44 IRPJ e CSLL Lei 5.764/71 Art. 3 Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. ISENTAS
45 VEDAÇÃO DE OPÇÃO PELO SIMPLES NACIONAL As Cooperativas (exceto as de consumo) não poderão aderir ao Simples Nacional, conforme o disposto no artigo 3º, parágrafo 4º, inciso VI, da LC 123/2006. Lei de 10 de dezembro de 1997: Art. 69. As sociedades cooperativas de consumo, que tenham por objeto a compra e fornecimento de bens aos consumidores, sujeitam-se às mesmas normas de incidência dos impostos e contribuições de competência da União, aplicáveis às demais pessoas jurídicas.
46 PIS SOBRE FOLHA Lei de 25 de Novembro de 1998 Art. 2 o A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente: III. [...] 1 o As sociedades cooperativas, além da contribuição sobre a folha de pagamento mensal, pagarão, também, a contribuição calculada na forma do inciso I, em relação às receitas decorrentes de operações praticadas com não associados. [...] Art. 8 o A contribuição será calculada mediante a aplicação, conforme o caso, das seguintes alíquotas: II - um por cento sobre a folha de salários;
47 IOF - Decreto nº 2219, de 02 de maio de 1997 Art. 8º A alíquota é reduzida a zero na operação de crédito: I - em que figure REVOGADO como tomadora cooperativa, observado o disposto no art. 39, inciso I; II - realizada entre cooperativa de crédito e seus associados; Revogado pelo Decreto nº 9.017, de 30/03/2017.
48 ISSQN LINHARES/ES LEI COMPLEMENTAR Nº 010, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2011 Art. 22 A base de cálculo do imposto é o preço do serviço, sem qualquer dedução, observadas as exceções constantes da Lista de Serviços anexa a esta Lei Complementar. 10 Tratando-se de serviços prestados por cooperativas em favor de seus cooperados, sem interesse negocial ou objetivo de lucro, não haverá incidência do imposto de que trata esta lei, por se tratarem de meros atos cooperados.
49 Temas relevantes e atuais da Contabilidade em Cooperativas Interpretação Técnica (ICPC 14) RESOLUÇÃO CFC N.º 1.516, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2016 Capital Social de Cooperados em Sociedades Cooperativas: Instrumento Patrimonial x Instrumento Financeiro
50 Temas relevantes e atuais da Contabilidade em Cooperativas Solução de Consulta RFB 349/2014 Remuneração por Juros S/ Capital Próprio, limitado à taxa SELIC em Sociedades Cooperativas (Art. 7 da Lei Complementar 130/2009), constitui fato jurídico tributário no qual incide IRPF, a ser retido mediante aplicação da tabela progressiva do Imposto de Renda.
51 Temas relevantes e atuais da Contabilidade em Cooperativas INSS Tomador Solução de Consulta nº 152 Cosit O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário nº /SP, no âmbito da sistemática do art. 543-B do Código de Processo Civil (CPC), declarou a inconstitucionalidade e rejeitou a modulação de efeitos desta decisão do inciso IV, do art. 22, da Lei nº 8.212, de 1991, dispositivo este que previa a contribuição previdenciária de 15% sobre as notas fiscais ou faturas de serviços prestados por cooperados por intermédio de cooperativas de trabalho.
52 Distribuição de Sobras Constitui fato jurídico tributário? Exemplos: Cooperativas de transporte; Cooperativas financeiras; Cooperativas agropecuárias (leite e café).
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54 Participe!
55 Gustavo Bernardes (27) (27)
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