COMPENSAÇÕES DECLARADAS EM DCTF E A IMPRESCINDIBILIDADE DO LANÇAMENTO DE OFÍCIO PARA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "COMPENSAÇÕES DECLARADAS EM DCTF E A IMPRESCINDIBILIDADE DO LANÇAMENTO DE OFÍCIO PARA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO"

Transcrição

1 COMPENSAÇÕES DECLARADAS EM DCTF E A IMPRESCINDIBILIDADE DO LANÇAMENTO DE OFÍCIO PARA A CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO VALTER DE SOUZA LOBATO Doutor e Mestre em Direito Tributário pela UFMG Professor de Graduação e Pós Graduação em Direito Tributário nas Faculdades Milton Campos Coordenador-adjunto do curso de especialização em Direito Tributário das Faculdades Milton Campos Vice-Presidente da Associação Brasileira de Direito Tributário (ABRADT) Advogado MÔNICA BARROS Mestre em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito Milton Campos (FDMC), Especialista em Direito Tributário, Faculdade de Direito Milton Campos (FDMC), Coordenadora-adjunta do curso de especialização em Direito Tributário das Faculdades Milton Campos Advogada Sumário: 1. Introito. 2. O instituto da compensação no Direito Tributário Breves considerações sobre as formas de compensação no âmbito federal Regime da Lei 8.383/ Regime da Lei n / A similitude entre a compensação e o lançamento por homologação. 4. Necessidade de lançamento de ofício para desconstituir compensações realizadas mediante encontro de contas em DCTF. Pacificação da matéria junto ao Superior Tribunal de Justiça e disciplina atual. 5. Compensações não declaradas e a necessidade de lançamento de ofício. 6. A súmula 436 do STJ e sua correta interpretação. 7. Conclusão. 1. Introito. As alterações promovidas com o advento da Lei n.º 9.430, de 1996 e, posteriormente, pela Lei n.º , de 30 de dezembro de 2002, ampliaram a utilização do regime jurídico da compensação, possibilitando ao sujeito passivo que apurar créditos, relativos a tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal, utilizá-los na compensação de débitos próprios, atinentes a quaisquer tributos também administrados pelo mesmo órgão, mediante a apresentação de declaração de compensação pelo sujeito passivo, a qual será transmitida, preferencialmente, de modo eletrônico, por meio da PER/DCOMP. Ao passo que a utilização desta modalidade extintiva da obrigação tributária (art. 156, II do CTN) tornou-se mais frequente e habitual no dia a dia dos contribuintes, a matéria ganhou maior atenção, tanto por parte dos doutrinadores, quanto da jurisprudência. Tal fato decorre principalmente da enorme litigiosidade em torno das regras pertinentes à compensação. Uma questão que tem se apresentado desde a vigência da primeira lei que disciplinou a compensação no direito tributário (Lei 8.383/91) é acerca da necessidade de lançamento de ofício dos débitos compensados e declarados em DCTF, questão esta que se agravou com a alteração realizada pela Lei /03 no art. 74, 6º da Lei n /96 e também com publicação da Súmula 436 do STJ. 1

2 2. O instituto da compensação no Direito Tributário. Inspirada no Direito privado, de onde se extrai que, se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem, 1 e ainda, que a compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis, 2 conclui-se que a compensação nada mais é do que um encontro de contas, que viabiliza a extinção de um ou mais vínculos obrigacionais existentes entre o sujeito passivo e o sujeito ativo tributário. 3 Assim, a Lei nº 5.172, de 1966, que instituiu o Código Tributário Nacional (CTN) previu a compensação como hipótese de extinção do crédito tributário (art. 156, II 4 ), delegando à lei dispor a respeito das respectivas condições (art. 170). 5 Portanto, em Direito Tributário, a compensação somente se dá quando a lei autorizar, e nos limites desta. Diferentemente do que ocorre no direito privado, não há um direito assegurado à compensação ampla e irrestrita. Diversos municípios, por exemplo, não preveem compensação. Nesses casos o sujeito passivo mantém sua obrigação, mesmo tendo créditos contra a Fazenda Pública. Sobre essa delegação, manifestou-se SACHA CALMON: 6 O Código deveria ser imperativo. Mas, respeitoso da competência tributária dos entes públicos, remeteu às legislações respectivas a previsão em lei da compensação fiscal. Os legisladores, então, restringiram ao máximo esta forma de pagar. Note-se que quaisquer créditos, como, por exemplo, os decorrentes de contratos com os Poderes Públicos e os provenientes de precatórios, títulos da dívida pública ou de desapropriações, podem ser opostos aos débitos tributários favoráveis às Fazendas Públicas. 1 CC/02 Art Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguemse, até onde se compensarem. 2 Art A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis. 3 Importante a ressalva de que, no direito provado, conforme os dispositivos do Código Civil (arts. 368 e 369), a compensação é algo que acontece independentemente da manifestação das partes: basta que haja crédito de igual natureza ( coisas fungíveis ), vencidos e líquidos (valor não discutível), que se consideram extintas ambas as obrigações pela compensação. É a chamada compensação legal. 4 Art Extinguem o crédito tributário: (...) II - a compensação; 5 Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. 6 Curso de Direito Tributário Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2001, p

3 Correto, portanto, o Código Tributário Nacional. Do cotejo dos dispositivos legais do Direito Tributário e do Direito Privado mencionados acima, pode-se afirmar que são quatro os requisitos indispensáveis para a realização da compensação de créditos tributários: (i) a reciprocidade de obrigações; (ii) liquidez das dívidas; (iii) exigibilidade das obrigações e (iv) fungibilidade das coisas devidas. Nota-se que, diversamente do direito privado, a compensação tributária pode cobrir créditos vincendos, não apenas os vencidos. Pois bem, embora previsto no CTN desde a sua promulgação, no âmbito federal a regulamentação do procedimento de compensação só veio a ocorrer 25 (vinte cinco) anos depois, pelo art. 66 da Lei nº 8.383, de 1991, do seguinte teor: Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias e receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a período subsequente. 1º - A compensação só poderá ser efetivada entre tributos, contribuições e receitas da mesma espécie. (...) Ocorre que a possibilidade de se realizar a compensação somente entre tributos da mesma espécie, consoante previsto na Lei n.º 8.383/91, limitou essa espécie de extinção do crédito tributário, motivo pelo qual o legislador pátrio, mediante demanda dos contribuintes, editou a Lei n.º 9.430/96, posteriormente alterada pelas Leis /02 e /03, 7 possibilitando a compensação de quaisquer tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Veja-se, pois, que há atualmente amplo direito à compensação na esfera federal, a qual tem sido o meio mais utilizado pelos contribuintes para reaverem seus créditos contra o Fisco. No regime federal, a mera declaração do contribuinte já implica a extinção do crédito tributário, sob condição resolutória de homologação. Cabe, portanto, analisar as diversas formas de compensação. 7 Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. 3

4 2.1. Breves considerações sobre as formas de compensação no âmbito federal Como dito, o legislador de cada esfera política possui ampla liberdade para conceder ou não o direito à compensação, consoante redação do art. 170 do CTN. Desse modo, cabe, inicialmente, tecer um breve escorço histórico normativo acerca da compensação tributária no âmbito federal. Para isso trazemos didática explanação do Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI 8 : (a) até não havia em nosso ordenamento jurídico a figura da compensação tributária; (b) de a havia autorização legal apenas para a compensação entre tributos da mesma espécie, nos termos do art. 66 da Lei 8.383/91; (c) de a era possível a compensação entre valores decorrentes de tributos distintos, desde que fossem todos administrados pela Secretaria da Receita Federal e que esse órgão, a requerimento do contribuinte, autorizasse previamente a compensação, conforme estabelecia o art. 74 da Lei 9.430/96; (d) a partir de , com a alteração do art. 74 da Lei 9.430/96 pela Lei /02, para os tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal foi autorizada a compensação de iniciativa do contribuinte (com efeito de extinção do crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação) mediante simples entrega de declaração contendo as informações sobre os créditos e débitos utilizados. Portanto, atualmente existem dois regimes de compensação no âmbito federal, que tem regras próprias e são absolutamente distintos, com características, requisitos e efeitos próprios: (a) o regime estabelecidos pelo art. 66 da Lei nº 8.383/91 e (b) o regime do art. 74 da Lei nº 9.430/ Regime da Lei 8.383/91 A Lei nº 8.383/91, em seu art. 66, 9 autorizou a compensação de tributos e contribuições federais, inclusive contribuições previdenciárias, pagos indevidamente ou a maior, com o recolhimento da importância correspondente a períodos subsequentes, condicionando, no 1º, que seja feita entre tributos e contribuições da mesma espécie. O sujeito passivo da relação tributária compensa os créditos por sua conta e risco, assumindo a responsabilidade de seu ato. Uma vez que não é necessário provocar a via administrativa, o contribuinte deve informar o procedimento compensatório na DCTF, GFIP ou documento equivalente. 8 RESP nº PE, julgado pela 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça em Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições federais, inclusive previdenciárias, e receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a período subseqüente. 1º A compensação só poderá ser efetuada entre tributos, contribuições e receitas da mesma espécie. (...) 4

5 Nesse regime, somente pode haver a compensação de prestações vincendas, isto é, posteriores ao pagamento indevido, desde que não se trate, obviamente, de crédito tributário constituído na forma da lei. A condição imposta no 1º do art. 66 da Lei deve ser entendida como tributos da mesma espécie e destinação constitucional, porquanto o encontro de contas far-se-á perante o ente responsável pela arrecadação, fiscalização e lançamento do tributo. Há outra razão de ordem financeira: se o tributo que for compensado tiver destinação diversa daquele que já foi pago indevidamente, não se estará mantendo o equilíbrio das receitas tributárias, imprescindível para a distribuição destas receitas Regime da Lei n /96 A compensação disciplinada no art. 74 da Lei nº 9.430/96 aplica-se apenas aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal, admitindo a compensação com débitos oriundos de quaisquer tributos e contribuições administradas por este órgão. A Lei nº /2002 alterou significativamente o regime legal, que, embora seja em alguns pontos semelhante ao da Lei nº 8.383/91, difere substancialmente em outros. A principal diferença em relação ao regime da Lei nº 8.383/91 diz respeito aos efeitos da compensação. Caso não seja homologada a compensação e, após a devida intimação, o contribuinte não manifeste inconformidade, a Receita pode inscrever em dívida ativa o que foi declarado e cobrar o débito, sem prévio lançamento, pois a declaração de compensação constitui confissão de dívida. Em resumo, o fato de a autoridade fiscal deixar de homologar a compensação corresponde ao ato do lançamento de ofício, tanto que dele cabe impugnação e, mal sucedida esta, recurso para o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais CARF. Além disso, o 12 do art. 74 da Lei nº 9.430/96 enumera várias situações em que a compensação será considerada não declarada, ou seja, sequer haverá decisão posterior não homologatória. O fisco simplesmente vai ignorar a declaração. A Lei nº 9.430/96 não revogou o art. 66 da Lei nº 8.383/91, no que se refere aos tributos e contribuições administrados pela Receita Federal. O contribuinte pode escolher o regime que lhe convier, pois, inexistindo antagonismo entre ambos, sua coexistência é admissível. O que é absolutamente vedado é mesclar elementos dos dois. Optando o contribuinte pelo regime da Lei nº 8.383/91, deve compensar o crédito com prestações vincendas de tributo da mesma 5

6 espécie e destinação constitucional, por meio de encontro de contas via DCTF, GFIP ou declaração acessória cabível na hipótese. Escolhendo pelo sistema da Lei nº 9.430/96 pode compensar com qualquer tributo ou contribuição arrecadado pela Receita Federal, porém deve apresentar declaração na via administrativa e submeter-se às regras postas na Lei. 3. A similitude entre a compensação e o lançamento por homologação Na leitura dos procedimentos de compensação acima expostos nota-se a semelhança entre o instituto da compensação, contemplada pelo legislador federal, e o lançamento por homologação, de que trata o art. 150 do Código Tributário Nacional. 10 Embora o legislador não seja expresso quanto à homologação tácita, ela exsurge da fixação do prazo de cinco anos para que ocorra. Para que se mantenha a semelhança, cabe notar que, na hipótese de não ser homologada a compensação, inicia-se todo um procedimento administrativo, denominado manifestação de inconformidade, cujo paralelismo com o procedimento administrativo em caso de lançamento de ofício chega ao ponto de se prever recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), com a observância do rito do procedimento administrativo. Como se sabe, no lançamento por homologação, o contribuinte identifica o fato gerador da obrigação tributária, calcula o montante do tributo devido e antecipa o respectivo pagamento (art. 150 do CTN), nesse sentido ele recolhe o tributo antes da constituição do crédito tributário pela autoridade administrativa. E quando há créditos contra a Fazenda Pública? Nesse caso, ao invés de recolher o tributo, o contribuinte registra o crédito na escrita, compensando-o com o débito correspondente. Em uma hipótese como na outra - a da antecipação do pagamento ou a do registro do crédito - o procedimento tem caráter precário, valendo até a respectiva revisão, para a qual a Fazenda Pública tem o prazo de 5 (cinco) anos (CTN, art. 150, 4º). O pagamento ou a compensação, propriamente, enquanto hipóteses de extinção do crédito tributário, só serão reconhecidos por meio da homologação formal do procedimento ou depois de decorrido o prazo legal para a constituição do crédito tributário. Conforme aponta SCHOUERI, 11 é importante notar que a própria figura do lançamento por homologação já se configura uma situação paradoxal já que tributo é cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada, nos termos do art. 3º do CTN. A análise deste dispositivo leva a premissa de que se não houver lançamento, não há tributo, contudo como demonstrado, nos tributos 10 Art O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 11 SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. São Paulo: Saraiva,

7 sujeitos a lançamento por homologação, não há inicialmente a atividade administrativa. Assim, para manter a coerência entre os seus dispositivos, no lançamento por homologação o desembolso do contribuinte não se considera definitivo; é uma antecipação de algo que será apurado posteriormente. Uma vez apurado o montante, por um lançamento, será homologada a atividade exercida pelo contribuinte. Também para manter a coerência entre os seus dispositivos e diante da impossibilidade da autoridade administrativa homologar todos os pagamentos efetuados por sujeitos passivos individualmente, criou-se a figura da homologação tácita. Desta forma, o legislador continua afirmando que todo tributo tem lançamento e que todo lançamento é uma atividade administrativa, que pode ser realizada tacitamente. 12 Novamente, nas palavras de SACHA CALMON: 13 Entretanto, o CTN fincou pé em duas posições: a) seja qual for o tributo, tem de haver lançamento, atividade privativa da autoridade administrativa; b) nos casos em que o contribuinte faz o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, dá-se um prazo de cinco anos para a Fazenda homologar o pagamento expressa ou tacitamente. Dá-se, em seguida, ao silêncio ou inação da Fazenda durante esse tempo, o caráter de homologação tácita (o caráter de autolançamento homologado). (...) E quando pensamos que o silencia consente (homologação tácita), chegamos ao paradoxo de chamar de lançamento ao não-ato estatal, como quer o CTN. E chamar de procedimento de lançamento a sua total inexistência. Embora a sistemática do Código Tributário Nacional faça crer que sem o lançamento inexiste um crédito tributário, em alguns casos a jurisprudência tem visto tal formalidade como desnecessária, afirmando que o débito declarado prescinde de um lançamento para que se efetue a cobrança SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 2011, p COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense, 2011, 11ª ed. p TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. REQUISITOS DA CDA. SÚMULA 7/STJ. ICMS. TRIBUTO SUJEITO A LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. DESNECESSIDADE DE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO PRÉVIO PARA INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO. RESP PARADIGMA /RS. SÚMULA 83/STJ. SELIC. ATUALIZAÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO. ESFERA ESTADUAL. POSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO FIRMADO EM RECURSO REPETITIVO. RESP PARADIGMA /SP. SÚMULA 83/STJ. 1. O acórdão recorrido concluiu que a CDA preenchia adequadamente os requisitos legais, bem como rechaçou a alegação de cerceamento de defesa, visto que o crédito fora constituído pelo próprio contribuinte e que prescindível qualquer produção de prova. Rever o entendimento do Tribunal de origem no sentido de analisar os requisitos da CDA esbarram na Súmula 7/STJ. 7

8 Ou seja, conforme a jurisprudência consolidada e sumulada no Superior Tribunal de Justiça, se o contribuinte declarou que deve um tributo, mas não o pagou no vencimento, a Administração pode inscrever o débito em dívida ativa e cobrá-lo, inclusive em juízo, sem que precise, antes, efetuar um lançamento. Apesar de ser criticável tal posicionamento, uma vez que afasta clara disposição do CTN, é compreensível diante de uma formalização desnecessária. Contudo, conforme se demonstrará adiante, o entendimento consolidado pelo Corte Superior merece temperamentos, não podendo ser aplicável de forma irrestrita em todos os casos que há a declaração de débito por parte do sujeito passivo da obrigação tributária. Além disso, importante notar que a tendência de relativizar a necessidade de lançamento para a constituição do crédito tributário já se faz notar até mesmo no âmbito da legislação ordinária. A Lei n.º 9.430/96, ao versar em seu artigo 74, sobre a compensação como forma de extinção da obrigação, enfrenta a hipótese de o sujeito passivo confessar um débito para o efeito de compensação, mas o crédito a ele contraposto ser inexistente. Como na falta de um crédito não há que se falar em compensação, surgiria a questão se a confissão de débito supriria o lançamento. Importante a transcrição dos dispositivos que tornam claro como a questão foi tratada, em especial nos seus parágrafos 6º e 8º: Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão. 1º A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual constarão informações relativas aos créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados. 2º A compensação declarada à Secretaria da Receita Federal extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de sua ulterior homologação. (...) 2. Quanto à alegação de necessidade de processo administrativo a fim de apurar o débito fiscal, cumpre asseverar que a jurisprudência pacífica desta Corte entende que, tratando-se de débito declarado pelo próprio contribuinte, é desnecessário o prévio procedimento administrativo, uma vez que sua declaração já é suficiente para a constituição do crédito tributário, o que atrai o óbice da Súmula 83/STJ. 3. Em relação à utilização da taxa Selic como índice de correção monetária de débitos tributários, verifica-se que, novamente, o Tribunal de origem decidiu pela sua possibilidade, entendimento este que se coaduna com a jurisprudência desta Corte. Incidência da Súmula 83/STJ. Agravo regimental improvido. (STJ, AgRg no AREsp /PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 16/04/2015, DJe 22/04/2015) 8

9 4º Os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela autoridade administrativa serão considerados declaração de compensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste artigo. (...) 6º A declaração de compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. 7º Não homologada a compensação, a autoridade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que não a homologou, o pagamento dos débitos indevidamente compensados. 8º Não efetuado o pagamento no prazo previsto no 7º, o débito será encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para inscrição em Dívida Ativa da União, ressalvado o disposto no 9º. 9º É facultado ao sujeito passivo, no prazo referido no 7º, apresentar manifestação de inconformidade contra a não homologação da compensação. O parágrafo 6º acima transcrito aponta a declaração de compensação como confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência do crédito. Ora, na sistemática do Código Tributário Nacional, a exigência do crédito tributário dependeria de um lançamento. O legislador ordinário simplesmente ignora a lei complementar e, seguindo a tendência jurisprudencial, não vê razão para lançamento quando o próprio sujeito passivo já reconheceu o débito. Tanto é que o parágrafo 8º manda seja o débito inscrito em dívida ativa, não cogitando de atividade administrativa de lançamento como condição precedente. Contudo, nessa hipótese, também há na Lei expressamente a disciplina dos efeitos da não homologação, instaurando um processo administrativo correspondente ao lançamento de ofício no qual é oportunizada a defesa administrativa ao contribuinte. Portanto, entendemos não haver grande controvérsia em torno dos efeitos da declaração da compensação em DCTF. Em que pese ser tratado como confissão de dívida (art. 74, 6º), uma vez que o contribuinte aponta expressamente um débito a ser compensado, por outro lado, não há margens na legislação para a completa supressão do processo administrativo com a imediata inscrição em dívida ativa. O que ocorre é que, após o processo administrativo, não havendo a comprovação da existência do crédito utilizado na compensação, o débito compensado é imediatamente inscrito em dívida ativa. O que se quer demonstrar com esse primeiro exemplo, que será seguido de várias outros todos referente a compensação tributária em âmbito federal, é que a jurisprudência, e também a própria legislação ordinária, já vêm dispensando o lançamento para que um tributo seja exigível. O conceito de tributo que, em tese, inclui a cobrança mediante atividade plenamente vinculada acaba, também 9

10 por se relativizar, já que mesmo sem a atividade administrativa do lançamento poderá haver a exigência válida de um tributo. 4. Necessidade de lançamento de ofício para desconstituir compensações realizadas mediante encontro de contas em DCTF. Pacificação da matéria junto ao Superior Tribunal de Justiça e disciplina atual. Conforme demonstrado, no âmbito federal atualmente coexistem dois sistemas que possibilitam ao contribuinte utilizar de eventual valor recolhido indevidamente ou a maior. Os efeitos da compensação não homologada no regime da Lei 9.430/96 já foram brevemente expostos acima e, em que pese dispositivos autorizando a supressão do lançamento de ofício quanto aos débitos compensados, a legislação prevê um procedimento administrativo similar ao que ocorre no lançamento de ofício. Pois bem, no regime de compensação disciplinado pela Lei n.º o próprio contribuinte, após apurar a existência de um débito fiscal, efetua a quitação desse débito mediante uma compensação direta, informada em sua DCTF ou GFIP. Trata-se da chamada compensação no âmbito do lançamento por homologação. Não há nesse regime, a necessidade de prévio requerimento ou autorização da Fazenda para que a compensação seja realizada, 15 ou seja, até o momento da compensação não há a atividade administrativa plenamente vinculada, como ocorre no pagamento dos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. Ocorre que, como a compensação é declarada diretamente pelo contribuinte em sua DCTF a autoridade administrativa, em uma interpretação da Súmula 436 do STJ, 16 passou a entender que quando a compensação não é homologada em posterior verificação, não há a necessidade do lançamento de ofício e consequente possibilidade de defesa administrativa pelo contribuinte. Nestes casos, a compensação realizada é tratada como débito declarado e não pago, havendo a imediata 15 PROCESSO CIVIL. COMPENSAÇÃO NA FASE EXECUTÓRIA. LEI Nº 8.383/91. POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO CONHECIDO. I - A norma do art. 66 da Lei nº 8.383/91 permite ao contribuinte a compensação dos valores pagos indevidamente, de forma a quitar débitos relativos a tributos da mesma espécie. II - Esta Corte tem aceitado a possibilidade de compensação de tributos autorizada pelo art. 66 da Lei nº O alcance desta interpretação tem conteúdo meramente declarativo. O tribunal não se substitui à administração para declarar a quitação do crédito, mas se limita a reconhecer a possibilidade de compensação entre os valores recolhidos a título de contribuição para o FINSOCIAL, e os valores devidos à conta da COFINS. Portanto, a compensação não depende de pedido do contribuinte à Receita Federal, nem de sentença transitada em julgado. Essa espécie de compensação é faculdade atribuída ao contribuinte com créditos contra a Fazenda por tributos pagos indevidamente. O contribuinte pode, sujeito a posterior homologação, realizar a compensação.(...) (RESP /AL, Segunda Turma, Min. Adhemar Maciel, DJ ) 16 a entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco". 10

11 inscrição em dívida ativa, apenas precedida de uma carta cobrança, na qual não é oportunizada a defesa pelo sujeito passivo da obrigação tributária. Para afastar essa interpretação, é imprescindível compreender inicialmente que a compensação feita no regime do artigo 66 da Lei n.º 8.383/91 se assemelha ao pagamento antecipado feito pelo contribuinte no lançamento por homologação, conforme acima demonstrado. Na DCTF no lugar de informar a DARF o contribuinte informa diretamente a compensação efetuada. Ou seja, em nenhuma interpretação é possível comparar ao débito que é declarado sem a alocação do respectivo pagamento. A compensação, assim como o pagamento extingue o crédito tributário sob condição resolutória nos termos do art. 156 do CTN. E assim como o pagamento antecipado fica submetida a posterior exame e homologação do Fisco. MISABEL DERZI 17 nos ensina sobre a peculiaridade da compensação no Direito Tributário, realçada especialmente nos tributos lançados por homologação, conforme modelo adotado pela Lei nº 8.383/91, está exatamente no fato de que ela extingue a obrigação sob condição resolutória, como é próprio do pagamento antecipado (art. 150, 4º do CTN). A certeza e a liquidez serão apuradas pelo sujeito passivo, que procederá à compensação, ficando os atos assim praticados sujeitos à fiscalização futura pelo prazo de cinco anos. Logo, se a fiscalização, por qualquer razão, entender ser irregular a compensação efetuada nos termos do art. 66 da Lei n.º 8.383/91, cabe a ele o dever de lançar de ofício o tributo que entender devido, para que possa exigi-lo. Sobre o tema, já se manifestou a conselheira do Conselho de Contribuintes Federal MARIA TEREZA MARTINEZ LOPES: 18 A matéria acabou pacificada naquele tribunal, quando sua Primeira Seção decidiu que em tributos lançados por homologação a compensação independeria de pedido à Receita Federal, uma vez que a lei não previa tal procedimento. O contribuinte, com base no art. 66 da Lei nº 8.383/91 podia efetuar a compensação em vez de antecipar o pagamento exigido pelo 1º do art. 150 do CTN e aguardar a homologação da administração tributária. Para tanto, devia registrar em sua escrita o encontro de créditos e débitos, podendo o fisco, no prazo do art. 150, 4º do CTN, lançar de ofício eventuais diferenças não pagas. 17 Notas de atualização do Direito Tributário Brasileiro, Aliomar Baleeiro, 11ª Ed. pg Maria Teresa Martinez López e Emanuel Carlos Dantas de Assis. Compensação de Tributos Administrados pela Receita Federal do Brasil., artigo publicado no livro Compensação Tributária, coordenado por Karem Jureidini Dias Marcelo Magalhães Peixoto, MP Editora, p

12 De forma coerente, no caso acima exposto - compensação declarada diretamente em DCTF, GFIP ou documento equivalente - a jurisprudência se alinhou no sentido de que a compensação de tributos é válida e eficaz enquanto a autoridade fiscal não se manifestar em sentido contrário. 19 Posteriormente, constatando irregularidades no procedimento compensatório efetuado pelo contribuinte, o Fisco tem o poder/dever de lançar de ofício as diferenças apuradas, não podendo, enquanto isso, indeferir a expedição de certidão de regularidade fiscal com base em tais débitos. Assim, com o lançamento de ofício, resta garantido o devido processo legal, sendo facultado ao sujeito passivo discutir a glosa levada a efeito na compensação, segundo o rito previsto no Decreto nº /72, que rege o processo administrativo fiscal, permanecendo o crédito tributário suspenso nos termos do artigo 151, III, do CTN, até o encerramento da discussão na esfera administrativa. Com o advento do artigo 90 da MP nº / a lei passou a dispor da mesma forma que a jurisprudência já vinha entendendo, qual seja, passou a exigir expressamente a necessidade do lançamento de ofício no caso de compensação indevida nas declarações prestadas pelo sujeito passivo. O artigo 18 da MP nº 135/ derrogou o supra transcrito artigo 90 da MP nº , determinando a aplicação do rito previsto nos 6º a 11 do artigo 74 da Lei nº 9.430/96, com garantia de amplo contraditório em todos os casos em que a compensação não é homologada, ainda que sob o regime da Lei n.º 8.383/ TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. APRESENTAÇÃO DE DCTF - DECLARAÇÃO DE CONTRIBUIÇÃO E TRIBUTOS FEDERAIS. REJEIÇÃO PELA PELA SRF. AUSÊNCIA DE INTIMAÇÃO DO CONTRIBUINTE. INSCRIÇÃO DO DÉBITO DECLARADO EM DÍVIDA ATIVA. IMPOSSIBILIDADE. 1. A apresentação de DCTF ou documento equivalente, pelo contribuinte, dispensa o Fisco de proceder à constituição formal do crédito tributário. Caso o Fisco não concorde com os termos da DCTF ou do documento apresentado, deve proceder ao lançamento de ofício, com abertura de prazo para impugnação. 2. É vedada a imediata inscrição em dívida ativa dos valores confessados em DCTF, quando o referido documento informar a quitação do crédito tributário por compensação. Precedentes: REsp /RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em , DJe ; AgRg no Ag /PR, Rel. Min. Herman Benjamin, Segunda Turma, julgado em , Dje Recurso especial improvido. (STJ, REsp /PR, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 23/08/2011, DJe 01/09/2011) 20 Art. 90. Serão objeto de lançamento de ofício as diferenças apuradas, em declaração prestada pelo sujeito passivo, decorrentes de pagamento, parcelamento, compensação, suspensão de exigibilidade, indevidos ou nãocomprovados, relativamente aos tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal. 21 Art. 18. O lançamento de ofício de que trata o art. 90 da Medida Provisória nº , de 24 de agosto de 2001, limitar-se-á à imposição de multa isolada sobre as diferenças apuradas decorrentes de compensação indevida e aplicar-se-á unicamente nas hipóteses de o crédito ou o débito não ser passível de compensação por expressa disposição legal, de o crédito ser de natureza não tributária, ou em que ficar caracterizada a prática das infrações previstas nos arts. 71 a 73 da Lei nº 4.502, de 30 de novembro de º Nas hipóteses de que trata o caput, aplica-se ao débito indevidamente compensado o disposto nos 6º a 11 do art. 74 da Lei no 9.430, de (...) 12

13 Com isso, a necessidade de lançamento de ofício ficou restrita às hipóteses de imposição de multa isolada sobre os valores devidos em casos em que o crédito não era passível de compensação tributária ou em que houve evidente intuito de fraudar o Fisco, bastando, nos demais casos, a cientificação do sujeito passivo acerca da não homologação, intimando-o para pagamento dos valores glosados ou interposição de manifestação de inconformidade, consistindo a declaração em confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. Na prática, houve apenas simplificação do procedimento, sem perda de garantias para ambas as partes. Sendo a declaração suficiente para a exigência do crédito tributário, não havia sentido em obrigar o Fisco a lançar exatamente aqueles créditos tributários já confessados, cuja existência é certa, evitando-se, inclusive, eventual decadência. Por outro lado, ao sujeito passivo restou assegurado o devido processo legal para discussão do procedimento de compensação. 5. Compensações não declaradas e a necessidade de lançamento de ofício Outra questão que merece destaque se refere à necessidade de lançamento de ofício e os procedimentos de compensação, quando das compensações não declaradas, na forma em que previstas no 12 da Lei n.º 9.430/96. Após algumas alterações legislativas, atualmente, o legislador prevê de forma coerente que toda e qualquer compensação indeferida pelo Fisco deve facultar ao contribuinte o direito de ofertar Manifestação de Inconformidade a ser julgada por uma das turmas da Delegacia da Receita Federal de Julgamento (DRJ) competente e, em se mantendo tal indeferimento, ainda lhe será cabível apresentar recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF) submetendo-se ao procedimento do Decreto /72. Caso deixe de exercer o direito de ofertar Manifestação de Inconformidade, o Fisco pode se utilizar das informações constantes na declaração de compensação para promover a cobrança dos débitos fiscais ali relacionados. Contudo, sob a justificativa de que alguns contribuintes começaram a utilizar o procedimento de compensação apenas como meio protelatório para o pagamento de tributos, nesse sentido utilizavam-se de créditos que, na visão do fisco, jamais poderiam motivar tal encontro de contas, a Lei n.º /2004 trouxe mais alterações ao citado artigo 74 da Lei n.º 9.430/96, principalmente presentes nos seus parágrafos 12 e 13: Hugo de Brito Machado faz duras críticas a este tipo de postura legislativa: As restrições que o legislador insiste em fazer talvez tenham o propósito de proteger o Fisco contra práticas fraudulentas. Entretanto, mesmo assim, não se justificam. As fraudes devem ser combatidas com a aplicação das sanções, inclusive penais, 13

14 Art. 74. (...) 12. Será considerada não declarada a compensação nas hipóteses: I - previstas no 3º deste artigo; II - em que o crédito: a) seja de terceiros; b) refira-se a "crédito-prêmio" instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969; c) refira-se a título público; d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; ou e) não se refira a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal - SRF. f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei, exceto nos casos em que a lei: 1 tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de constitucionalidade; 2 tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal; 3 tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada em julgado a favor do contribuinte; ou 4 seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal Federal nos termos do art. 103-A da Constituição Federal. 13. O disposto nos 2º e 5º a 11 deste artigo não se aplica às hipóteses previstas no 12 deste artigo. Portanto, com base no dispositivo acima transcrito, verifica-se outra possibilidade de manifestação da autoridade administrativa quanto à compensação efetuada pelo contribuinte, no caso considerar não declarada a compensação. A distinção imediata entre a não homologação e a decisão que considera não declarada, é que no último caso não é oportunizado ao contribuinte o direito a ampla defesa e contraditório no âmbito administrativo. Conforme se depreende do disposto no parágrafo treze, todos os dispositivos que disciplinam a oportunidade do contribuinte opor a Manifestação de Inconformidade são afastados. Desta forma, o fisco, com base exclusivamente em entendimento jurisprudencial encaminha o débito declarado diretamente para inscrição em dívida ativa, tratando-o como débito confessado e não pago na forma da Súmula 436 do STJ. Aqui se fala em entendimento exclusivamente jurisprudencial, cabíveis em cada caso concreto. Não podem servir de pretexto para restrições ao exercício regular dos direitos do contribuinte. (Curso de Direito Tributário, 25ª ed., São Paulo: Malheiros, 2004, pp. 210/211) 14

15 pois o próprio dispositivo afasta também a aplicação do parágrafo 6º que considera a declaração de compensação como uma confissão de dívida. O procedimento adotado pelo fisco nas compensações não declaradas merece duras críticas. A primeira delas é pelo fato de que, conforme já mencionado acima, a declaração de compensação originada exclusivamente pelo contribuinte, não pode ser considerado instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos ali relacionados. Não se trata sequer da situação prevista na Súmula emitida pelo STJ, pois no caso, para o débito indicado houve o respectivo pagamento, que ao ser desconsiderado pelo fisco deve ser objeto de lançamento de ofício. Verifica-se que no caso da compensação não homologada fala-se que não há o lançamento de ofício, contudo, foi construído um procedimento idêntico que da mesma forma oportuniza a defesa por parte do contribuinte ainda em instância administrativa. Esta não foi em qualquer momento suprimida. Contudo, no caso da compensação não declarada, pressupondo má-fé por parte do contribuinte, o fisco prevê na legislação ordinária a completa supressão da instância administrativa, havendo o encaminhamento direto do tributo declarado apenas pelo contribuinte, sem qualquer revisão por parte da administração tributária, para inscrição em dívida ativa. Portanto, o que se quer demonstrar é que, ainda que a legislação ordinária afaste os dispositivos que oportunizam ao contribuinte apresentar manifestação de inconformidade à decisão que considere não declarada a compensação, para a exigência do débito declarado é necessário a sua constituição mediante lançamento de ofício, momento no qual será facultado ao contribuinte o direito de impugnar tal lançamento, instaurando a fase litigiosa e, em observância aos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e do duplo grau de jurisdição, questionar os motivos que levaram a autoridade administrativa a desconsiderar o encontro de contas pretendido. Conforme CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO, 23 estão aí consagrados (nos princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa e do duplo grau de jurisdição) a exigência de um processo formal regular para que sejam atingidas a liberdade e a propriedade de quem quer que seja e a necessidade de que a Administração Pública, antes de tomar decisões gravosas a um dado sujeito, ofereça-lhe oportunidade de contraditório e de defesa ampla, no que se inclui o direito de recorrer das decisões tomadas. Ou seja: a Administração Pública não poderá proceder contra alguém passando diretamente à decisão que repute cabível. 23 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 11ª ed., São Paulo: Malheiros, 1999, p

16 5. Necessidade de lançamento de ofício para cobrança de créditos tributários apurados no momento da conferência de bases do crédito compensado. Instituto da imputação incompatível com a compensação. Por fim, importante tratar de mais um caso no procedimento de compensação que tem relativizado a necessidade do lançamento de ofício e, via de consequência, outros limites ao lançamento tributário, como por exemplo, o prazo decadencial. Há situações em que no momento em que a autoridade fiscal vai realizar a conferência do crédito compensado é necessário realizar também a conferência da base de cálculo e assim verificar o pagamento efetivamente realizado a maior. Contudo, em alguns casos, com a conferência da base de cálculo, a fiscalização pode apurar no lugar do crédito a compensar um tributo a pagar e, assim, automaticamente tem utilizado parte do crédito apurado para quitar este suposto saldo devedor, reduzindo desta forma o crédito que o contribuinte indicou para compensação. Ou seja, em prejuízo aos débitos arrolados pelo contribuinte, enfim, à própria declaração de vontade do contribuinte, a autoridade administrativa apropria-se do crédito indicado para quitar supostos débitos oriundos da reapuração deste crédito e efetua a ilegal imputação proporcional de pagamentos. Portanto, diminuiu o valor imputado pelo sujeito passivo ao pagamento dos débitos indicados na DCOMP, alocando-o para pagamento de débitos que não são entendidos como exigíveis pelo contribuinte e em alguns casos, manifestamente decaídos. Este caso é mais uma flagrante relativização indevida do lançamento de ofício. A autoridade administrativa identifica débitos além dos indicados pelo contribuinte e sem efetuar o lançamento de ofício, dentro do processo de compensação iniciado pelo contribuinte, no qual este indica os créditos e débitos a serem compensados, automaticamente quita o débito apurado. Ora, como vem sendo demonstrado, se a autoridade administrativa entende como devidas diferenças de crédito tributário oriundo de reapuração realizada, deve lançar este valor (art. 142, CTN 24 ) e não realizar uma imputação sobre um valor de crédito que já estava tomado por outro pedido de compensação. 24 Art Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. 16

17 Por fim, quanto a imputação, em que pese não ser o tema central do artigo, importante registrar que nas relações tributárias não pode competir ao Fisco tamanho privilégio. As garantias do Estado Democrático de Direito não se admite que o Fisco, pelo artifício da imputação em pagamento, exija do sujeito passivo tributo que entende que não deva pagar. Na imputação não há devido processo legal, contraditório, ampla defesa, Estado de Direito, enfim, os princípios constitucionais tornam-se peças acadêmicas diante de tamanha violência. 6. A súmula 436 do STJ e sua correta interpretação. Todos os casos acima transcritos em que a autoridade administrativa relativiza a necessidade do lançamento de ofício são oriundos do entendimento sumulado pelo Superior Tribunal de Justiça por meio do verbete n.º 436, que possui a seguinte redação: Súmula 436: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. Tal entendimento que atribuiu às declarações fiscais a natureza de confissão de dívida para os débitos ali declarados, que poderiam ser executados diretamente sendo desnecessário qualquer procedimento de ofício, se consolidou no intuito de reduzir a carga de trabalho da Receita Federal e da Procuradoria da Fazenda Nacional. De fato, considerando que o contribuinte preenche as suas declarações fiscais, tem uma certa lógica (em que pese as críticas já feitas acima) o fato de que quando é declarado um débito sem o respectivo pagamento, este seja considerado uma confissão de dívida. Contudo, o objetivo dos exemplos dados acima é demonstrar que deve haver uma restrição a aplicação deste entendimento, sob pena de se relativizar a necessidade da atuação da autoridade administrativa para constituição do crédito tributário. Efetivamente, a DCTF é documento complexo cujos efeitos não podem resumir-se apenas à declaração do que nela se transcreve. A DCTF contém em suas linhas, além da constituição do crédito tributário através da declaração de todos os débitos apurados, também a declaração dos créditos vinculados e a confissão do saldo a pagar (diferença entre os débitos apurados e os créditos vinculados). Em outras palavras, um mesmo documento comporta, respectivamente, a constituição do crédito tributário (rubrica débitos apurados ), a declaração de valores que na ótica do contribuinte devem ser abatidos desse crédito (rubrica créditos vinculados ) e a confissão inequívoca de 17

18 determinado valor (rubrica saldo a pagar ). Constitui-se, declara-se e confessa-se em um mesmo documento valores distintos pertencentes a rubricas distintas. Dentro da rubrica créditos vinculados são inseridas as rubricas de pagamento, compensação com DARF, compensação sem DARF, parcelamento e suspensão. As rubricas de compensação correspondem às informações prestadas pelo contribuinte em relação aos créditos pagos indevidamente ou a maior e também em relação aos processos judiciais onde foram reconhecidos créditos compensáveis. Dentro da sistemática da DCTF, das normas já transcritas e do entendimento acima, o que fica claro é que são classificados como créditos tributários não contenciosos apenas aqueles confessados e que não é alocado nenhuma espécie de pagamento vinculado, ou outra causa extintiva. Como bem ilustraram DONOVAM MAZZA LESSA e DANIEL SERRA LIMA, 25 a situação acima mencionada e que permite a aplicação da Súmula n.º 436 é a seguinte: DCTF Junho de 2005 Débitos de COFINS apurados para o período: R$ ,00 Pagamento com DARF R$ 0,00 Compensação R$ 0,00 Suspensão decorrente de ação judicial R$ 0,00 Saldo Devedor R$ ,00 Na hipótese acima, o contribuinte efetivamente está a afirmar que deve R$ ,00 de COFINS para junho de 2005, na medida em que apurou débitos neste valor e não imputou nenhuma causa de pagamento ou extinção do crédito tributário. Ainda atendo-se aos exemplos trazidos pelos autores acima, situação completamente diversa é quando se declara um débito, mas simultaneamente o sujeito passivo indica formas de extinção admitidas no direito tributário: DCTF Junho de 2005 Débitos de COFINS apurados para o período: R$ ,00 Pagamento com DARF R$ ,00 25 Revista Dialética de Direito Tributário n.º 209, pg. 36. Também disponível em < > acesso em

19 Compensação R$ ,00 Suspensão decorrente de ação judicial R$ 0,00 Saldo Devedor R$ 0,00 Neste caso não há qualquer confissão de dívida, tanto que o saldo devedor indicado é igual a zero. Ou seja, ao discordar de alguma das formas elencadas para extinção do crédito tributário e apurando um saldo a pagar, a autoridade administrativa deve proceder ao lançamento de ofício ou, no caso da compensação, seguir o rito do art. 74 da Lei n.º 9.430/96 oportunizando ao contribuinte a apresentação de manifestação de inconformidade. Em casos como estes, a DCTF do contribuinte não constitui nenhum crédito tributário, e muito menos autoriza a inscrição em dívida ativa de qualquer débito. Face o exposto, conclui-se que o único caso em que se aplica a Súmula 436 do STJ é quando o contribuinte entrega declaração fiscal informando a existência de crédito tributário sem indicar causa de suspensão da exigibilidade ou extinção (compensação ou pagamento) para a totalidade os débitos declarados. 7. Conclusão. O que se constata é que a jurisprudência já não vem meramente dispensando o lançamento: os casos citados apontam direção ainda mais ousada, já que equiparam a atividade do contribuinte ao apurar o quantum debeatur, a um lançamento (o autolançamento). Assim, o lançamento, de atividade exclusiva da Administração, passa a ser considerado praticado pelo próprio contribuinte, ao arrepio do Código Tributário Nacional. Afinal, se o art. 150 contempla a hipótese em que o contribuinte antecipa um pagamento, nada há no Código Tributário Nacional acerca do caso em que o contribuinte apenas informa o Fisco acerca do débito; esta figura tratada como autolançamento pela jurisprudência, acaba por dispensar a atividade vinculada e obrigatória (artigo 142 do Código Tributário Nacional). 26 Nos casos acima expostos, temos em uma balança duas questões que devem ser avaliadas, de um lado a consolidação de um entendimento que permite a autoridade administrativa a supressão do processo administrativo quando o próprio contribuinte declara um crédito tributário e simultaneamente não indica uma forma de extinção e de outro o procedimento de compensação cada dia mais utilizado pelos contribuintes de forma geral, em que este declara créditos por ele apurados e quita débitos por 26 Cf. XAVIER, Alberto. O conceito de autolançamento e a recente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. In Direito Tributário. Homenagem a Paulo de Barros Carvalho. SCHOUERI, Luís Eduardo (coord.). São Paulo: Quartier Latin, 2008, p

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Compensação Parte II. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Compensação Parte II. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Compensação Parte II Prof. Marcello Leal 1 Compensação de ofício Lei 9.430/96, Art. 73. A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela

Leia mais

(Afeal ) COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA

(Afeal ) COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA (Afeal 27.11.2007) COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA APRESENTAÇÃO Conceito e Fundamento Auto Compensação art. 66 da Lei n. 8.383/91 Compensação perante à SRF art. 74 da Lei n. 9.430/96 A criação do programa PER/DCOMP

Leia mais

PALESTRANTE: Ant n o t n o i n o o Car a l r os o Gui u do d n o i n Filho h

PALESTRANTE: Ant n o t n o i n o o Car a l r os o Gui u do d n o i n Filho h PALESTRANTE: Antonio Carlos Guidoni Filho TEMA: A redução do valor de crédito-indébito a restituir em processo de compensação, pela cobrança de crédito tributário sem lançamento, viola os artigos 142 e

Leia mais

Direito Tributário para o Exame de Ordem

Direito Tributário para o Exame de Ordem Direito Tributário para o Exame de Ordem 3 Conceito de Tributo. 4 Legislação Tributária. 5 Obrigação Tributária. 6 Crédito Tributário. (1a. Parte: Conceito, Constituição) Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com

Leia mais

Lançamento Tributário. Pré Aula Prof. Ramiru Louzada

Lançamento Tributário. Pré Aula Prof. Ramiru Louzada Lançamento Tributário Pré Aula Prof. Ramiru Louzada Lançamento Tributário Art. 123, CTN. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de

Leia mais

Obrigatoriedade. Autonomia do Crédito Tributário. Origem:

Obrigatoriedade. Autonomia do Crédito Tributário. Origem: Direito Tributário Crédito tributário:conceito e constituição. Lançamento: conceito e modalidades de lançamento. Hipóteses de alteração do lançamento. Sergio Karkache http://sergiokarkache.blogspot.com

Leia mais

DISCIPLINA LEGAL DA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA

DISCIPLINA LEGAL DA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA DISCIPLINA LEGAL DA COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA NA ÉPOCA CONTEMPORÂNEA JOSÉ AUGUSTO DELGADO Ministro do Superior Tribunal de Justiça e Professor de Direito Público (Administrativo, Tributário e Processual Civil).

Leia mais

Ação de Repetição do indébito

Ação de Repetição do indébito Ação de Repetição do indébito RUBENS KINDLMANN O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

Decadência. Pré-aula 07. Professor Ramiru Louzada

Decadência. Pré-aula 07. Professor Ramiru Louzada Decadência Pré-aula 07 Professor Ramiru Louzada Hipótese de Incidência Fato Gerador Obrigação Tributária Lançamento Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário

Leia mais

RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS. Vanessa Miranda

RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS. Vanessa Miranda 1 RESTITUIÇÃO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS Vanessa Miranda 2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Artigos 165 a 170-A do CTN (Lei nº 5.172/1966) Artigos 73 a 75 da Lei nº 9.430/1996 Instrução Normativa RFB nº 1.717/2017

Leia mais

PERDCOMP (Pedido de Eletronico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação)

PERDCOMP (Pedido de Eletronico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação) (Pedido de Eletronico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação) contato@agmcontadores.com.br 2015 Atualizada em março-2015 2 PER/DCOMP - PEDIDO ELETRÔNICO DE RESSARCIMENTO OU RESTITUIÇÃO

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte II Termo inicial de contagem Prof. Marcello Leal 1 Termo inicial da prescrição Tributos lançados por homologação STJ, Súmula 436 - A entrega

Leia mais

Evento Presencial. Per/DComp. Apresentação: Danilo Marcelino, Indra C. Nardini e Priscila R. Debiazzi. Data:

Evento Presencial. Per/DComp. Apresentação: Danilo Marcelino, Indra C. Nardini e Priscila R. Debiazzi. Data: Evento Presencial Per/DComp Apresentação: Danilo Marcelino, Indra C. Nardini e Priscila R. Debiazzi Data: 09.10.2015 Histórico O que é? Programa disponibilizado pela RFB para restituição e compensação

Leia mais

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º

SOBRESTAMENTO RICARF ART. 62-A, 1º RICARF Art. 62-A Art. 62-A. As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional, na sistemática prevista pelos

Leia mais

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento Contabilidade e Legislação Tributária Aula 11 Crédito Tributário e Lançamento Prof. Gustavo Gonçalves Vettori + 1. Crédito tributário e lançamento 1 OT vs. CT Art. 139, CTN: O crédito tributário decorre

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO Responsabilidade Tributária Art. 138 A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo

Leia mais

Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento art. 139 a 150 CTN

Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento art. 139 a 150 CTN CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO. Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann AULA 23 31/05/17 CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS FORMAS DE LANÇAMENTO Crédito Tributário e Suas Formas de Lançamento

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 142 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Obrigação Tributária. Denúncia espontânea. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Obrigação Tributária Previsão legal CTN, Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido E dos

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Tema: Obrigação Tributária Profª Ana Paula Rodrigues paula_frodrigues@hotmail.com Professora Ana Paula Rodrigues professoraanapaularodrigues

Leia mais

BRITCHAM ATUALIDADES DO CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO. Junho, 2018

BRITCHAM ATUALIDADES DO CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO. Junho, 2018 BRITCHAM ATUALIDADES DO CONTENCIOSO TRIBUTÁRIO Junho, 2018 Plano da Apresentação 1. Sistemáticas de apuração do IRPJ 2. Compensação de débitos tributários no âmbito federal e alterações recentes (o caso

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 30/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 25 Responsabilidade Tributária RESPONSABILIDADES Sucessão Pessoal

Leia mais

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann

AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Rubens Kindlmann AÇÃO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO Rubens Kindlmann O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

Em resumo, dito ato trouxe as seguintes regras para os débitos administrados pela RFB:

Em resumo, dito ato trouxe as seguintes regras para os débitos administrados pela RFB: TRIBUTÁRIO E DO TERCEIRO SETOR 2/2/2017 PUBLICADA A REGULAMENTAÇÃO DO PROGRAMA DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA (PRT) Foi publicada hoje no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa RFB n.º 1.687 (IN),

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Disposições Gerais Parte II. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário - Disposições Gerais Parte II. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO - Disposições Gerais Parte II Prof. Marcello Leal Privatividade de lançamento do Fisco? CTN, art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário

Leia mais

Ação de Repetição do indébito

Ação de Repetição do indébito Ação de Repetição do indébito RUBENS KINDLMANN O que é? A Ação de Repetição do indébito está prevista no art. 165 do CTN e é cabível toda vez que o sujeito passivo tiver realizado um pagamento indevido

Leia mais

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO

PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PÓS GRADUAÇÃO DIREITO E PROCESSO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 142 Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim

Leia mais

Comunicado nº 31/2009

Comunicado nº 31/2009 Comunicado nº 31/2009 Referente: Contribuição previdenciária de agentes políticos eletivos. EMENTA: 1. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE AGENTES POLÍTICOS LEI Nº 9.506/1997 - INCONSTITUCIONALIDADE COMPENSAÇÃO

Leia mais

RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO, DE TRIBUTOS FEDERAIS. FIEMG, 24 de março de 2011

RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO, DE TRIBUTOS FEDERAIS. FIEMG, 24 de março de 2011 RESTITUIÇÃO, RESSARCIMENTO, REEMBOLSO E COMPENSAÇÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS FIEMG, 24 de março de 2011 RESTITUIÇÃO Art. 165, CTN (1966) O sujeito passivo tem direito à restituição total ou parcial do tributo,

Leia mais

Programa Especial de Regularização Tributária PERT

Programa Especial de Regularização Tributária PERT Programa Especial de Regularização Tributária PERT Prezado(a) Cliente, Informamos que o Governo Federal publicou a Medida Provisória nº 783, de 31 de maio de 2017 (DOU 31/05/2017), que instituiu o Programa

Leia mais

Tributos e Contribuições Federais/Previdenciária - Medida Provisória nº 783/2017, que instituiu o Pert, é convertida em lei, com emendas

Tributos e Contribuições Federais/Previdenciária - Medida Provisória nº 783/2017, que instituiu o Pert, é convertida em lei, com emendas Tributos e Contribuições Federais/Previdenciária - Medida Provisória nº 783/2017, que instituiu o Pert, é convertida em lei, com emendas Publicada em 25.10.2017-10:04 A Lei nº 13.496/2017, em referência,

Leia mais

CONSULTA PÚBLICA RFB Nº 07/2018

CONSULTA PÚBLICA RFB Nº 07/2018 CONSULTA PÚBLICA RFB Nº 07/2018 Brasília, 16 de novembro de 2018. Assunto: Instrução Normativa que dispõe sobre o procedimento de imputação de responsabilidade tributária no âmbito da Secretaria da Receita

Leia mais

FASE DE LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DO NCPC. Prof. Samantha Marques

FASE DE LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DO NCPC. Prof. Samantha Marques FASE DE LIQUIDAÇÃO E EXECUÇÃO DO NCPC Prof. Samantha Marques O que se tem de novo? A forma de cumprimento da sentença, nas obrigações de pagar quantia certa, poderá ser realizado de forma provisória ou

Leia mais

A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA

A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA A DECADÊNCIA NA SUSPENSÃO POR DECISÃO JUDICIAL DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Indaga-se: qual o prazo extintivo para a constituição do crédito tributário, na hipótese de a Fazenda Pública estar

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ TRADIÇÃO, EXPERIÊNCIA E OUSADIA DE QUEM É PIONEIRO Curso: DIREITO Disciplina: DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II Professora: ILZA MARIA DA SILVA FACUNDES Turma: 8ºDIV

Leia mais

REsp Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Data da Publicação: DJ 17/04/2017 Decisão RECURSO ESPECIAL Nº

REsp Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Data da Publicação: DJ 17/04/2017 Decisão RECURSO ESPECIAL Nº REsp 1420025 Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO Data da Publicação: DJ 17/04/2017 Decisão RECURSO ESPECIAL Nº 1.420.025 - RS (2013/0387673-5) RELATOR : MINISTRO NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO RECORRENTE

Leia mais

Programa Especial de Regularização Tributária. Medida Provisória nº 783/2017 IN RFB nº 1711/2017 Portaria PGFN nº 690/2017

Programa Especial de Regularização Tributária. Medida Provisória nº 783/2017 IN RFB nº 1711/2017 Portaria PGFN nº 690/2017 Programa Especial de Regularização Tributária Medida Provisória nº 783/2017 IN RFB nº 1711/2017 Portaria PGFN nº 690/2017 Contexto PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA (PERT) Crise econômica e

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 2 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 237 - Data 16 de maio de 2017 Processo Interessado CNPJ/CPF Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário INCLUSÃO DO ICMS E DAS PRÓPRIAS

Leia mais

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.

1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. Questionário Especial Turma Magistratura Federal/2012 Prof. Mauro Luís Rocha Lopes 1) Incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais. STJ, Súmula 498. Não incide imposto de renda sobre a

Leia mais

Curso Prático PER/DCOMP

Curso Prático PER/DCOMP Curso Prático PER/DCOMP CONCEITOS BÁSICOS I.N. 1.717 ARTIGO 1º * RESTITUIÇÃO - Devolução em dinheiro pelo governo de tributos por ele cobrado em caráter indevido. * RESSARCIMENTO - Embora devido o governo

Leia mais

Neste momento iremos falar sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e o art. 151 do CTN descreve as causas:

Neste momento iremos falar sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e o art. 151 do CTN descreve as causas: 9. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 9.1. Introdução Material de apoio - Direito Financeiro Já vimos que se o contribuinte realizar uma conduta correspondente ao fato gerador de um tributo,

Leia mais

Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes

Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes Temas Repetitivos STJ (últimos) Matéria: Execução Fiscal Prof. Mauro Luís Rocha Lopes IPVA Prescrição Termo Inicial REsp 1320825 / RJ Relator(a) Ministro GURGEL DE FARIA (1160) Data do Julgamento: 10/08/2016

Leia mais

Prescrição e Decadência

Prescrição e Decadência Prescrição e Decadência RUBENS KINDLMANN Prescrição e Decadência FG LANÇAMENTO COBRANÇA 5 ANOS 5 ANOS DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO Decadência Liminar que não impede que o Fisco lance para prevenir a decadência

Leia mais

Teses Tributárias. ICMS na SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Teses Tributárias. ICMS na SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Teses Tributárias ICMS na SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Critério Pessoal Art. 128 CTN Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 101 - Data 3 de abril de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF Assunto: Normas Gerais de Direito Tributário CRÉDITO DE PRECATÓRIO. UTILIZAÇÃO

Leia mais

Conceito de Tributo RUBENS KINDLMANN

Conceito de Tributo RUBENS KINDLMANN Conceito de Tributo RUBENS KINDLMANN Art. 3º, CTN Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em

Leia mais

Instrução Normativa nº 1.717/2017: o uso de créditos do contribuinte na compensação indevida de débitos inexigíveis continua.

Instrução Normativa nº 1.717/2017: o uso de créditos do contribuinte na compensação indevida de débitos inexigíveis continua. Instrução Normativa nº 1.717/2017: o uso de créditos do contribuinte na compensação indevida de débitos inexigíveis continua. Por Filipe Portela Oliveira Em 18.07.2017, foi publicada a Instrução Normativa

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br tatiana.saranello@gmail.com AULA 24 DECADÊNCIA - Decadência é

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 05/12/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 26 Prescrição e Decadência DECADÊNCIA Prazo para formalizar

Leia mais

O fim da autocompensação (ou como ficou a compensação tributária na Lei nº 8.383/91 após o advento da Lei nº /2003) 1.

O fim da autocompensação (ou como ficou a compensação tributária na Lei nº 8.383/91 após o advento da Lei nº /2003) 1. O fim da autocompensação (ou como ficou a compensação tributária na Lei nº 8.383/91 após o advento da Lei nº 10.833/2003) Autor: Artur Alves da Motta (Procurador da Fazenda Nacional) Artigo publicado em

Leia mais

Aula 1. Introdução. Ressalta-se, portanto, que a autonomia do processo judicial tributário ainda não foi concretizada.

Aula 1. Introdução. Ressalta-se, portanto, que a autonomia do processo judicial tributário ainda não foi concretizada. Página1 Curso/Disciplina: Processo Judicial Tributário Aula: Processo Judicial Tributário - 01 Professor (a): Mauro Lopes Monitor (a): Caroline Gama Aula 1 Introdução Contato do professor (e-mail) 1 :

Leia mais

Tributário Março de 2018

Tributário Março de 2018 Tributário Março de 2018 CIRCULAR PUBLICADO DECRETO QUE CRIA O PROGRAMA COMPENSA RS Foi publicado, em 22 de março de 2018, o Decreto n 53.974/2018, que regulamenta a compensação de débitos de natureza

Leia mais

Direito Tributário Irapuã Beltrão

Direito Tributário Irapuã Beltrão Direito Tributário Irapuã Beltrão Superior Tribunal de Justiça INFORMATIVO 621 PRIMEIRA TURMA TEMA: Juízo de retratação. Não incidência do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS. Julgamento pelo STF.

Leia mais

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Tributário. Crédito Tributário Promotor de Justiça

CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER. Direito Tributário. Crédito Tributário Promotor de Justiça CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER Crédito Tributário Promotor de Justiça 1) CESPE Promotor de Justiça - MPE RR (2012) Após apurar o ICMS devido em razão das notas fiscais de entrada e saída de mercadoria,

Leia mais

Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019. Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019. Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA Resumos de leitura obrigatória AULA 22-06/05/2019 Teses Tributárias - ICMS NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O ICMS-ST é o regime pelo qual a responsabilidade pelo recolhimento do imposto devido é transferida

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO TRIBUTÁRIO E PROCESSO CIVIL. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL ITR. TRIBUTAÇÃO COM BASE EM DECLARAÇÃO DO CONTRIBUINTE. PRAZO PRESCRICIONAL NÃO CONSUMADO. JULGAMENTO

Leia mais

PARECER JURÍDICO / SEBA ADVOGADOS / 002/2014

PARECER JURÍDICO / SEBA ADVOGADOS / 002/2014 PARECER JURÍDICO / SEBA ADVOGADOS / 002/2014 EMENTA: Análise jurídica acerca da viabilidade de adesão ao Parcelamento Especial instituído pela Lei n. o 12.249, de 2010, com reabertura de prazo deferida

Leia mais

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO /

ACÓRDÃO GERADO NO PGD-CARF PROCESSO / Fl. 569 568 Fl. 569 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS CÂMARA SUPERIOR DE RECURSOS FISCAIS Recurso nº Acórdão nº Especial do Procurador 9303 006.011 3ª Turma Sessão de 29

Leia mais

Como ocorrem os cruzamentos de informações?

Como ocorrem os cruzamentos de informações? Como ocorrem os cruzamentos de informações? A malha fina para as pessoas jurídicas, iniciada em fevereiro de 2015, é muito parecida com a que temos hoje para a pessoa física. A partir de sistemas informatizados

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PIRACICABA-SP

Coordenação-Geral de Tributação DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PIRACICABA-SP Fl. 19 Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 17 - Data 10 de novembro de 2015 Origem DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL EM PIRACICABA-SP ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fl. 78 Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 21 - Data 30 de agosto de 2016 Origem COREC/SUARA ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO O ressarcimento do AFRMM previsto

Leia mais

Previdenciária - Estabelecidas as normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso perante a Receita Federal do Brasil

Previdenciária - Estabelecidas as normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso perante a Receita Federal do Brasil Publicada em 18.07.2017-09:26 Previdenciária - Estabelecidas as normas sobre restituição, compensação, ressarcimento e reembolso perante a Receita Federal do Brasil A Secretaria da Receita Federal do Brasil

Leia mais

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação Fl. 12 Fls. 1 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 29 - Data 29 de dezembro de 2014 Origem DELEGACIA ESPECIAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS (DEINF -

Leia mais

Lei n /14 Desistência de Ações Judiciais

Lei n /14 Desistência de Ações Judiciais Desistência de Ações Judiciais O pagamento à vista e o parcelamento dependem da desistência de ações judiciais incidentes sobre o débito em questão, que deve ser realizada com renúncia ao direito sobre

Leia mais

Execução fiscal e a importância do Cadastro na Qualidade da Cobrança. Rafael Leão Câmara Felga Procurador do Município de São Paulo

Execução fiscal e a importância do Cadastro na Qualidade da Cobrança. Rafael Leão Câmara Felga Procurador do Município de São Paulo Execução fiscal e a importância do Cadastro na Qualidade da Cobrança Rafael Leão Câmara Felga Procurador do Município de São Paulo Apresentação Procurador do Município de Taboão da Serra, de 2009 até 2010

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Rubens Kindlmann 16/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br AULA 14 CRÉDITO TRIBUTÁRIO E SUAS FORMAS DE LANÇAMENTO - É somente

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.497.248 - RS (2014/0300025-7) RELATOR RECORRENTE ADVOGADO RECORRIDO ADVOGADOS : MINISTRO OG FERNANDES : FAZENDA NACIONAL : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL : MARQUES PINTO E

Leia mais

HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO...5 Fundamento legal... 5 2. PAGAMENTO...9 3. IMPUTAÇÃO EM PAGAMENTO E REPETIÇÃO DO INDÉBITO... 13 Imputação em pagamento... 13 Repetição

Leia mais

PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT Alternativas perante a RFB 03/08/2017

PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT Alternativas perante a RFB 03/08/2017 PROGRAMA ESPECIAL DE REGULARIZAÇÃO TRIBUTÁRIA - PERT Alternativas perante a RFB 03/08/2017 MODALIDADES DE PARCELAMENTO NO PERT Modalidade Débitos com a Receita Federal Procedimento Liquidação com Créditos

Leia mais

PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 3ª CÂMARA EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE DEZEMBRO DE 2008 Processo nº: / Recurso

PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 3ª CÂMARA EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE DEZEMBRO DE 2008 Processo nº: / Recurso PRIMEIRO CONSELHO DE CONTRIBUINTES 3ª CÂMARA EMENTÁRIO DOS ACÓRDÃOS FORMALIZADOS NO MÊS DE DEZEMBRO DE 2008 Processo nº:11522.000276/2005-38 Recurso nº:157838 Matéria:CSLL - Ex(s): 2004 Recorrente:ETENGE

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Depósito judicial em ações propostas pelos contribuintes Cacildo Baptista Palhares Júnior* Depósito judicial e depósito em geral O depósito pode resultar de um contrato, de uma determinação

Leia mais

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 150, 4º Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda

Leia mais

CAPÍTULO IV - DAS CONDIÇÕES PARA A CONSOLIDAÇÃO CAPÍTULO V - DO DEFERIMENTO DO PEDIDO DE PARCELAMENTO CAPÍTULO VI - DA REVISÃO DA CONSOLIDAÇÃO

CAPÍTULO IV - DAS CONDIÇÕES PARA A CONSOLIDAÇÃO CAPÍTULO V - DO DEFERIMENTO DO PEDIDO DE PARCELAMENTO CAPÍTULO VI - DA REVISÃO DA CONSOLIDAÇÃO CONTEÚDO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES INICIAIS CAPÍTULO II - DAS INFORMAÇÕES E DO PRAZO PARA SUA PRESTAÇÃO CAPÍTULO III - DO PARCELAMENTO E DO PAGAMENTO À VISTA COM UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS CAPÍTULO IV - DAS

Leia mais

Direito Processual Civil

Direito Processual Civil Direito Processual Civil Atualização 1: para ser juntada na pág. 736 do Livro Principais Julgados de 2016 Depois da conclusão do julgado "STJ. 4ª Turma. REsp 1.261.856/DF, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado

Leia mais

2ª Fase Prática Tributaria Prof. Roberta Boldrin

2ª Fase Prática Tributaria Prof. Roberta Boldrin 2ª Fase Prática Tributaria Prof. Roberta Boldrin Determinada instituição de educação sem fins lucrativos foi autuada pelo Estado X, em razão do descumprimento de obrigação acessória prevista na legislação

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 5ª REGIÃO GABINETE DO DESEMBARGADOR FEDERAL FRANCISCO BARROS DIAS REMESSA EX OFFICIO EM AÇÃO CÍVEL Nº 487024/PE (2009.05.99.003624-2) PARTE A : FAZENDA NACIONAL PARTE R : FRANCISCO PEDRO DA SILVA ESPÓLIO REMTE : JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PALMARES

Leia mais

Prescrição e Decadência

Prescrição e Decadência Prescrição e Decadência RUBENS KINDLMANN Conceito É um fenômeno que acarreta a perda do direito subjetivo do Fisco em constituir o crédito tributário pelo lançamento, em decorrência do decurso do prazo

Leia mais

BOLETIM TRIBUTÁRIO. Compensação tributária com precatórios judiciais

BOLETIM TRIBUTÁRIO. Compensação tributária com precatórios judiciais BOLETIM TRIBUTÁRIO EQUIPE TRIBUTÁRIA Compensação tributária com precatórios judiciais A partir de junho de 2018, credores de precatórios próprios ou adquiridos de terceiros poderão promover a extinção

Leia mais

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Conceito

CRÉDITO TRIBUTÁRIO. Conceito Conceito CRÉDITO TRIBUTÁRIO O crédito tributário corresponde ao direito do Estado de exigir o tributo, ou melhor, de exigir o objeto da obrigação tributária principal do sujeito. Contribuição do crédito

Leia mais

Prefeitura Municipal de Olindina publica:

Prefeitura Municipal de Olindina publica: Prefeitura Municipal de 1 Ano Nº 2148 Prefeitura Municipal de publica: Lei nº 285 de 22 de agosto de 2017 - Institui o programa de refinanciamento de débitos tributários e não tributários vencidos, inscritos

Leia mais

um dos temas mais e :

um dos temas mais e : um dos temas mais e : decorre do! e tem marcantes! Muitas incertezas! Confusões! decadência e prescrição - tratadas como se sinônimas fossem. foi nítida a evolução e modernização: - da ; - dos de fiscalização

Leia mais

BRASÍLIA Complexo Brasil XXI SH Sul Quadra 06, Conj. A, Bloco C, 12º andar Tel. (5561)

BRASÍLIA Complexo Brasil XXI SH Sul Quadra 06, Conj. A, Bloco C, 12º andar Tel. (5561) SÃO PAULO Rua Dona Maria Paula, 123, 19º andar Ed. Main Offices Tel. (5511) 3105-7823 smda@dobler.com.br BRASÍLIA Complexo Brasil XXI SH Sul Quadra 06, Conj. A, Bloco C, 12º andar Tel. (5561) 3035-7823

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.548.171 - RS (2015/0193700-5) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES AGRAVANTE : COOPERATIVA VITIVINÍCOLA FORQUETA LTDA AGRAVADO : FAZENDA NACIONAL EMENTA AGRAVO REGIMENTAL

Leia mais

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.

EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. P á g i n a 128 EXECUÇÃO DE CRÉDITOS DA FAZENDA PÚBLICA: RITO DA EXECUÇÃO FISCAL OU DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Rodrigo Toaldo Cappellari 59 O presente ensaio tem por escopo a análise de um tema afeto

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário Mutabilidade do Lançamento. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Lançamento Tributário Mutabilidade do Lançamento. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Mutabilidade do Lançamento Prof. Marcello Leal Hipóteses de modificação do lançamento tributário CTN, Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado

Leia mais

Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão

Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão Exclusão do ICMS e ISS da base de cálculo do PIS, COFINS, CPRB, IRPJ lucro presumido: repercussões das decisões do STJ e do STF Gustavo Brigagão Base de cálculo PIS/COFINS - CF/88 Redação original do art.

Leia mais

60% 60% 75% 75% - 40% 40% 50% 50% 0,64% 40% 40% 50% 50% 0,80% 40% 40% 50% 50% 1%

60% 60% 75% 75% - 40% 40% 50% 50% 0,64% 40% 40% 50% 50% 0,80% 40% 40% 50% 50% 1% TRIBUTÁRIO 14/05/2014 ICMS - Regulamentação do Programa Especial de Parcelamento do Estado de São Paulo PEP Reduções Com base na autorização do Convênio ICMS 24/14, de 21 de março de 2014, hoje (14 de

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.032.715 - SP (2008/0036794-7) RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON EMENTA TRIBUTÁRIO PIS COMPENSAÇÃO COM TRIBUTOS DE ESPÉCIES DIVERSAS PRECEDENTE DA PRIMEIRA SEÇÃO NO REsp 720.966/ES.

Leia mais

Pert - Programa Especial de Regularização Tributária. Informações Básicas e Esclarecimentos

Pert - Programa Especial de Regularização Tributária. Informações Básicas e Esclarecimentos Atendimento na RFB Pert - Programa Especial de Regularização Tributária Informações Básicas e Esclarecimentos 3 Pert Informações Básicas e Esclarecimentos Legislação Aplicada Medida Provisória nº 783,

Leia mais

Processo Administrativo Fiscal Federal

Processo Administrativo Fiscal Federal Processo Administrativo Fiscal Federal Prof. Dr. Érico Hack ABDCONST novembro/2013 1 Processo Série de atos visando a um fim Atos praticados voltados ao fim pretendido Encadeamento dos atos individuais

Leia mais

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de agosto de 2014

MINISTÉRIO DA FAZENDA TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO. Voluntário ª Câmara / 1ª Turma Ordinária Sessão de 21 de agosto de 2014 Fl. 123 4 Fl. 5 MINISTÉRIO DA FAZENDA CONSELHO ADMINISTRATIVO DE RECURSOS FISCAIS TERCEIRA SEÇÃO DE JULGAMENTO Processo nº 10855.902707/2008 11 Recurso nº Acórdão nº Voluntário 3401 002.706 4ª Câmara /

Leia mais

Procuradoria da Dívida Ativa - PG-05

Procuradoria da Dívida Ativa - PG-05 Procuradoria da Dívida Ativa - PG-05 Ano UFIR-RJ* 2006 67.495.595,72 2007 50.486.636,57 2008 65.476.580,85 2009 231.174.347,46 2010 421.467.819,04 2011 144.707.862,62 2012 357.340.649,83 2013 367.528.368,78

Leia mais

Programa Especial de Regularização Tributária (PERT)

Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) Ref.: nº 23/2017 1. Programa Especial de De acordo com a Medida Provisória n 783/2017, fica aberto, até 31 de agosto de 2017, o prazo para adesão ao Programa de. O Programa tem por objetivo regularizar

Leia mais

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 18 Cosit Data 3 de agosto de 2012 Origem

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 18 Cosit Data 3 de agosto de 2012 Origem Fl. 19 Fls. 1 Coordenação Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 18 Data 3 de agosto de 2012 Origem DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DE JULGAMENTO EM PORTO ALEGRE RS ASSUNTO: NORMAS GERAIS

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte IV Interrupção da prescrição. Prof. Marcello Leal

DIREITO TRIBUTÁRIO. Extinção do Crédito Tributário Prescrição Parte IV Interrupção da prescrição. Prof. Marcello Leal DIREITO TRIBUTÁRIO Extinção do Crédito Tributário Parte IV Interrupção da prescrição Prof. Marcello Leal 1 Interrupção da CTN, Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco

Leia mais

Programa de Regularização Tributária (PRT)

Programa de Regularização Tributária (PRT) Programa de Regularização Tributária (PRT) Delegacia da Receita Federal do Brasil em Santarém-PA (DRFB-Santarém) Equipe de Atendimento ao Contribuinte (EAT) LEGISLAÇÃO Medida Provisória 766, de 04 de janeiro

Leia mais

TRIBUTÁRIO. Destacamos abaixo as informações consideradas por nós como as mais importantes relativas ao PERT: 1. INFORMAÇÕES GERAIS. 1.

TRIBUTÁRIO. Destacamos abaixo as informações consideradas por nós como as mais importantes relativas ao PERT: 1. INFORMAÇÕES GERAIS. 1. TRIBUTÁRIO 1/6/2017 Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) Informamos que ontem, dia 31 de maio de 2017, foi publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União, a Medida Provisória nº 783

Leia mais

DIREITO TRIBUTÁRIO GUIA PARA SALA DE AULA MÓDULO 4 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA

DIREITO TRIBUTÁRIO GUIA PARA SALA DE AULA MÓDULO 4 HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA Roteiro de aula 1. Quando se considera ocorrido o fato gerador sujeito à condição suspensiva? 2. O que é o lançamento? 1. Qual a sua natureza? 2. É possível o surgimento do crédito tributário sem o lançamento

Leia mais

A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. 1. Introdução.

A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. 1. Introdução. 1 A homologação das bases tributáveis pelo decurso do prazo decadencial nos tributos sujeitos ao lançamento por homologação. Donovan Mazza Lessa 1 Fernando Daniel de Moura Fonseca 2 1. Introdução. A atual

Leia mais