Módulo 2. Palestrantes: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Presidente Associação Portuguesa Neurourologia e Uroginecologia AGENDA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Módulo 2. Palestrantes: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Presidente Associação Portuguesa Neurourologia e Uroginecologia AGENDA"

Transcrição

1 Módulo 2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA E BEXIGA HIPERATIVA Palestrantes: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Presidente Associação Portuguesa Neurourologia e Uroginecologia Dra Maria João Marques Medicina Geral e Familiar Departamento Médico Astellas Moderador: Prof. Carlos Martins Medicina Geral e Familiar 29 Abril 2017 URO/2017/0010/PTz, Abr17 AGENDA I Definição Incontinência Urinária e Bexiga Hiperativa II Prevalência e impacto na QdV III Caso clínico: abordagem e tratamento IV Plano de Cuidados Integrados (ICP) 2 1

2 INCONTINÊNCIA URINÁRIA: DEFINIÇÃO IU* 16% < 30 anos 29% anos *mulher ICS Thom D. Variations in estimates of urinary incontinence prevalence in the community: effects of differences in definition, population characteristics, and study type. J Am Geriatr Soc. 1998;46: [PubMed] 2. Hampel C, Weinhold N, Eggersmann C, Thuroff JW. Definition of overactive bladder and epidemiology of urinary incontinence. Urology. 1997;50(suppl 6A):4 14.[PubMed] INCONTINÊNCIA URINÁRIA Vários mecanismos de incontinência Disfunção pélvico-esfincteriana feminina Síndrome de Bexiga Hiperativa Incontinência iatrogénica masculina Extravasão urinária (obstrução/acontractilidade) 2

3 TIPOS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA (IU) IU URGÊNCIA Perda involuntária de urina + Desejo forte, súbito e incontrolável de urinar, resultado da hiperatividade do detrusor. IU ESFORÇO Perda involuntária de urina + Atividades físicas comuns (espirro, tosse, riso, levantamento de pesos) IU URGÊNCIA 51% IU MISTA 29-36% IU ESFORÇO 78% Hampel C, et al. Urology.1997;50(suppl 6A):4-14- Abrams P, et al. Urology. 2003;61:37-49; Victor W Nitti. Rev Urol. 2001; 3(Suppl 1): S2 S6. Available online: Thom D. Variations in estimates of urinary incontinence prevalence in the community: effects of differences in definition, population characteristics, and study type. J Am Geriatr Soc. 1998;46: [PubMed] 2. Hampel C, Weinhold N, Eggersmann C, Thuroff JW. Definition of overactive bladder and epidemiology of urinary incontinence. Urology. 1997;50(suppl 6A):4 14.[PubMed] INCONTINÊNCIA URINÁRIA Bexiga hiperactiva Disfunção PE feminina Iatrogenia masculina idade 3

4 CASO CLÍNICO CASO CLÍNICO Maria, 59 anos «Necessidade frequente de urinar (+/- 10 vezes por dia)» «Necessidade urgente de o fazer (3 a 4 vezes por dia)» Por vezes «não chega a tempo» e tem perdas de urina Levanta-se 2/3 vezes por noite para urinar Sintomas há cerca de 7 anos mas nunca o referiu ao médico porque achava que «era normal fazia parte da idade» 4

5 % women QUAL A % DE DOENTES QUE NÃO REFERE SINTOMAS COMO INCONTINÊNCIA URINÁRIA AO SEU MÉDICO? A. 30 % B. 43 % C. 52 % D. 70 % Incontinência urinária: a quem se dirigem as mulheres? GP 40 Specialist Not discussed 20 0 France (n=313) Germany (n=402) Spain (n=340) UK (n=496) 52% das mulheres não falou sobre a IU com o seu médico Cross-sectional postal survey of 2953 women with UI identified in a representative community-dwelling sample Adaptado de O Donnell M, et al. Eur J Clin Pract. 2007;13:20 6 5

6 Percepção da Bexiga Hiperativa pelos doentes 1 Irwin DE et al. BJU Int 2006;97: CASO CLÍNICO: ABORDAGEM 6

7 História clínica: Diagnóstico diferencial Sintomas Incontinência Urgência Bexiga hiperactiva Incontinência de esforço Urgência Sim Não Frequência c/ urgência (>8 vezes / 24h) Sim Não Perdas durante actividade física (ex: tossir, espirrar, levantar pesos) Quantidade de urina perdida em cada episódio de incontinência Capacidade de chegar ao WC após sentir urgência miccional Não Grande (se presente) Frequentemente ausente Sim Pequena Sim Noctúria Frequente Rara Adaptado de Chapple C European Urology 2006; (suppl 5): Diário miccional 7

8 Diário miccional Exames Complementares Amostra de jato médio de urina Presença de proteínas Presença de glicose Presença de nitritos ph da urina Presença de sangue 8

9 Exames Complementares Os exames complementares: NÃO SERVEM para diagnosticar a incontinência NEM SEMPRE demonstram o(s) seu(s) mecanismo(s) IDENTIFICAM contraindicações terapêuticas Exames Complementares Imagiologia ecografia vesical pré e pós miccional Sinais directos e indirectos de disfunção vesical Espessura parietal Resíduo pós-miccional Trabeculação Divertículos Tumor! 9

10 Exames Complementares Estudos urodinâmicos Podem mostrar a causa da incontinência já clinicamente identificada Podem revelar mecanismos não suspeitados clínicamente Mas... Devem identificar possíveis contraindicações das terapêuticas Obrigatórios antes das terapêuticas invasivas (?) Sinais de alarme na IU 1 História clínica e exame objectivo Exclusão de sinais de alarme ITU recorrentes Hematuria Cirugia pélvica (particularmente prostatica) Globo vesical / massa abdominal Radioterapia pélvica anterior Suspeita de fistula Sintomas de esvaziamento/dificuldade de esvaziamento Suspeita de doença neurológica Sintomas graves ou persistentes que não respondem ao tratamento inicial 1 Lucas MG, Bedretdinova D el al., Guidelines on Urinary Incontinence, European Association of Urology,

11 De volta à Dona Maria CASO CLÍNICO De volta à Dona Maria CASO CLÍNICO Maria, 59 anos «Necessidade frequente de urinar (+/- 10 vezes por dia)» «Necessidade urgente de o fazer (3 a 4 vezes por dia)» Por vezes «não chega a tempo» e tem perdas de urina (não associadas ao esforço) Levanta-se2/3 vezes por noite para urinar Sintomas há cerca de 7 anos mas nunca o referiu ao médico porque achava que «era normal fazia parte da idade» Nada a salientar nos antecedentes pessoais, exame objetivo sem alterações, urina II e ecografia vesical normal. Excluídos os sinais de alarme 11

12 DE VOLTA À DONA MARIA Qual o diagnóstico mais provável? A. Incontinência urinária de esforço B. Bexiga Hiperativa C. Infeções urinárias de repetição DE VOLTA À DONA MARIA Qual o diagnóstico mais provável? A. Incontinência urinária de esforço B. Bexiga Hiperativa C. Infeções urinárias de repetição 12

13 Bexiga Hiperativa URGÊNCIA: SINTOMA CENTRAL NA BEXIGA HIPERATIVA Síndrome da Bexiga Hiperativa Síndrome clínico: OAB Wet Dry Polaquiúria, noctúria com imperiosidade ou urgência e eventual incontinência (na ausência de causa vesical evidente imediata cálculos, infecção etc) Abrams et al. Neurourol Urodyn,

14 URGÊNCIA: SINTOMA CENTRAL NA BEXIGA HIPERATIVA > Frequência urinária URGÊNCIA Noctúria Incontinência PREVALÊNCIA E IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA 14

15 Qual a prevalência de Bexiga Hiperativa? A. 5% B. 9% C. 13% D. 17% E. 22% BEXIGA HIPERATIVA: PREVALÊNCIA Na Europa, cerca de 17% da população com idade 40 anos sofre de BH 1 França, Alemanha, Espanha, Suécia, Itália e Reino Unido 22 milhões de pessoas afectadas ou seja, cerca de 17 % da população acima dos 40 anos. A frequência aumenta com a idade e a queixa mais frequente é a polaquiúria (85%), seguida pela imperiosidade (54%) e pela incontinência por imperiosidade (36%). 1. Milsom I, et al. BJU Int 2001;87(9):760 6; 15

16 Prevalence (%) PREVALÊNCIA DE BEXIGA HIPERATIVA (EUROPA E EUA) 45 EU SIFO Study 1 40 US NOBLE Study Men Women Men Women 0 0 Age (years) Age (years) 1. Milsom I, et al. BJU Int. 2001;87(9): Stewart WF, et al. World J Urol. 2003;20(6): PREVALÊNCIA EM PORTUGAL Disponível em 16

17 EPIDEMIOLOGIA Os custos da Bexiga Hiperativa são financeiros, mas também sociais e crescem à medida que a população envelhece Estes custos não são só os directos, decorrentes do diagnóstico e terapêutica, mas também os indirectos e intangíveis (Kelleher, 2002) EPIDEMIOLOGIA A Bexiga Hiperativa é uma perturbação associada a uma comorbilidade substancial. Particularmente os doentes que apresentam incontinência urinária estão mais predispostos a perturbações cutâneas, disfunção sexual e globalmente têm mais acidentes com fracturas do que população geral (Kelleher, 2002) 17

18 EPIDEMIOLOGIA É estimado que nos Estados Unidos, são gastos anualmente 55 milhões de dólares no tratamento de quedas sem fracturas relacionadas com a Bexiga Hiperativa e 386 milhões quando estas resultam em fracturas (Hu, Wagner, Bentkovner et al., 2003). EPIDEMIOLOGIA Deterioração da qualidade de vida na Bexiga hiperativa (BH) em comparação com a de outras condições médicas ou com a população geral Escalas de Qualidade de Vida Funções Físicas Dores Saúde geral Vitalidade Funções sociais Funções emocionais Saúde mental Escala SF36 Grupo controlo Diabetes BHA (Adaptado de Kobelt-Nguyen) 18

19 EPIDEMIOLOGIA Como a prevalência aumenta com a idade, prevê-se um aumento da doença nos próximos anos Prevalência de sintomas da BHA % Este facto associado a: disponibilidade de melhores terapêuticas consciência geral da acessibilidade terapêutica sucesso das abordagens conservadoras vai produzir no futuro, um problema sócioeconómico agravado. Anos Reino-Unido Espanha Suécia Europa (média) BEXIGA HIPERATIVA: IMPACTO NA VIDA LABORAL 1 1.Irwin DE et al. BJU Int 2006;97:

20 Bexiga Hiperativa e impacto na QdV Exemplo BEXIGA HIPERATIVA E QUALIDADE DE VIDA Campanha de sensibilização para Bexiga Hiperativa Irlanda 20

21 BEXIGA HIPERATIVA E QUALIDADE DE VIDA FISIOPATOLOGIA A BH pode ser secundária a doenças neurológicas conhecidas neurogénica AVC esclerose múltipla Parkinson trauma medular mielite transversa Ou + frequentemente, surgir sem causa neurogénica aparente - idiopática 21

22 FISIOPATOLOGIA Associação a: Obstrução infravesical / HBP Hipoestrogenismo/menopausa Envelhecimento do detrusor por mecanismos mal conhecidos DE VOLTA À DONA MARIA Doente com urgência, frequência, noctúria e incontinência Confirmado o diagnóstico de Bexiga Hiperativa Excluídos os sinais de alarme QUAL O TRATAMENTO RECOMENDADO? 22

23 Tratamento Aconselhamento estilo de vida Menos invasivo Treino vesical Fisioterapia Pavimento pélvico Terapêutica oral Toxina botulínica Mais invasivo Neuromodulação Cirurgia convencional Caso Clínico DE VOLTA À DONA MARIA Foram dadas as seguintes recomendações: - Modificar consumo de líquidos - Evitar estimulantes (cafeína e álcool) - Peso adequado - Treino Vesical (instruir doente para adiar a micção por períodos crescentes de tempo inibindo a vontade de urinar) - Exercícios pavimento pélvico Informação Materiais educacionais dirigidos à população: - Diários miccionais - Exercícios pavimento pélvico - Conselhos alimentares - 23

24 Caso Clínico De volta à Dona Maria CONSULTA DE SEGUIMENTO (APÓS 2 MESES): «estou ligeiramente melhor mas mantenho aquela sensação de ter que ir a correr para a casa de banho e continuo a levantar-me durante a noite para urinar» Caso Clínico De volta à Dona Maria O que faria? 1. Referenciava para os cuidados saúde secundários 2. Medicava com Antimuscarínico (ex: cloreto tróspio, oxibutinina, solifenacina ) 3. Medicava com ß3-Agonista (mirabegrom) 24

25 FISIOLOGIA MICCÇÃO E OPÇÕES TERAPÊUTICAS MICÇÃO Fisiologia Cérebro Centros da micção (controlo voluntário) Nervo hipogástrico (simpático) Nervos motores Nervos sensoriais Espinal medula Centro simpático da micção Nervo pélvico (parassimpático) Receptores-β Centro sacral da micção Nervo pudendo (somático) Receptores colinérgicos Receptores-α Bexiga Músculo detrusor Esfíncter interno Músculos da parede pélvica Esfíncter externo Adaptado de Fowler et al. Nat Rev Neurosci 2008;9:

26 Redução média (%) Micção receptores e neurotransmissores vesicais Armazenamento da urina Noradrenalina A noradrenalina liga-se aos RAs β 3 no músculo detrusor de modo a promover o relaxamento 1 Esvaziamento da bexiga A estimulação parassimpática é mediada pela ligação da acetilcolina aos recetores muscarínicos, levando à contração do detrusor 1 Acetilcolina RA β 3 Noradrenalina A estimulação simpática através dos RAs α 1 leva à contracção do esfíncter interno 2 RA α 1 Recetores muscarínicos 1. FDA: Mirabegron (YM178) for the Treatment of Overactive Bladder, April Takasu T et al. J Pharmacol Exp Ther 2007; 321: A terapêutica antimuscarínica melhora os sintomas de BH Ensaio de extensão aberto com a duração de 40 semanas com doentes que terminaram o tratamento nos dois estudos anteriores, aleatorizados e em dupla ocultação, com a duração de 12 semanas Duração da exposição a 5/10mg de solifenacina (semanas) Frequência -27% Noctúria -50% Urgência -89% Adaptado de: Haab F, et al. Eur Urol. 2005;47:

27 Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica Os antimuscarínicos têm sido o tratamento mais usado para o síndrome da bexiga hiperativa O mecanismo desejado tem sido a redução da contractilidade do detrusor e assim, permitir um melhor controlo da incontinência Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica O efeito dos anticolinérgicos não é, no entanto apenas motor... É observação terapêutica que o principal impacto dos AC incide nos sintomas de armazenamento 27

28 Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica Conceito de warning time É o que mais determina a qualidade de vida Grande subjectividade Traduz sensibilidade vesical Faz a diferença entre a BH com e sem incontinência (OABwet/OABdry) Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica Retarda a imperiosidade Prolonga o warning time Desejo miccional Imperiosidade Contracção Contracção Diminui a contracção Acção anticolinérgica dupla Na terapêutica da BH perdas 28

29 Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica Efeito aferente primordial? Os anticolinérgicos não estão associados a retenção urinária ou aumento do resíduo pós-miccional nas doses terapêuticas habituais Reynard, Curr Opin Urol 2004 Kaplan et al J Urol 2005 Baixo risco de retenção mesmo nos doentes obstruídos Dmochowski Curr Opin Urol 2006 Taxa de retenção semelhante ao placebo McDiarmid e Rogers Curr Urol Rep 2007 Terapêutica antimuscarínica/anticolinérigica Efeitos acessórios da terapêutica com Anticolinérgicos (AC) Tontura/vertigem 2 Sonolência 2 Alterações memória 2 Alterações cognitivas 2 Visão turva 2,3 Cardiovascular: taquicardia 1,3 Boca seca/ xerostomia 1,2 Obstipação 1 3 Alterações urinárias 2,3 29

30 Doentes (%) Chronic use of anti-cholinergics (AC) may carry serious consequences to brain activity A 10-year cumulative dose-response incidence was observed for dementia and Alzheimer s disease in a cohort of older subjects (>65 years) (test for trend, p<0.001) 1 Longest exposures (>1095 days) increased the risk for dementia (HR 1.54, ) or Alzheimer s disease (HR 1.63; )1 AC users showed lower mean scores on Weschler Memory Scale-Revised Logical Memory Immediate Recall 2 AC users had reduced total cortical volume and temporal lobe cortical thickness and greater lateral ventricle and inferior lateral ventricle volumes 2 1. Gray SL, et al. JAMA Intern Med. 2015;175(3): Risacher SL, et al. JAMA Neurol. 2016;73(6): Doentes sob terapêutica antimuscarínica durante 12 meses Solifenacina (n=1.381) Tolterrodina ER (n=1.758) Tolterrodina IR (n=1.758) Oxibutinina ER (n=482) Oxibutinina IR (n=590) Propiverina (n=97) Tróspio (n=352) Darifenacina (n=23) Flavoxato (n=89) Meses Abstract and poster; SIU 2010, Siddiqui E, et al. BJUi

31 EAU guidelines: urinary incontinence 2017 A atualização de 2017 refere 1 : - Os antimuscarínicos são eficazes nos doentes idosos (1B) - Nos doentes idosos, o impacto cognitivo dos fármacos com efeitos anticolinergicos é cumulativo e aumenta com a duração de exposição (2) - A oxibutinina pode agravar a função cognitiva nos doentes idosos (2) - A solifenacina, darifenacina, fesoterodina e trospium têm demonstrado não causar disfunção cognitiva nos doentes idosos, em estudos de curta duração (1B) - O mirabegrom tem demonstrado ser eficaz e perfil de segurança favorável nos doentes idosos (1B) Adaptado de Urinary Incontinence EAU Guidelines MECANISMO DE AÇÃO AGONISTA β 3 (MIRABEGROM) 31

32 Reflexos miccionais normais e anormais BH: Desejo miccional intenso Desejo intenso Bladder sensation Subito E difícil de adiar 1º desejo 1ª sensação ruido aferente t/ml 63 Fisiopatologia da BH Controlo vesical Aferências Geradas na bexiga Moduladas pelo SNC Decreased capacity to handle the afferent signals in the brain PMC Increased afferent signals from the bladder and /or urethra Hood and Andersson, Int J Urol

33 DOIS tipos de contracções: Contrações autónomas não miccionais Enchimento Random, innefective, not cortical (no sensation or desire) Basal spontaneous myogenic contractios bladder tone generates constant basal afferent activity afferent noise Regulate compliance and bladder capacity filling contractions Sympathetic - Beta3 mediated Wall distension can trigger a voiding reflex Contrações miccionais Esvaziamento Synchronous, Resulting from voiding reflexes, manometrically efficient, measurable Caused by massive release of contractant transmitters ACh, ATP Gillespie et al, BJU int 2009 Gillespie et al, BJU Int 2012 Wrapping up Duas versões de BH Dois níveis de controlo Duas vias aferentes Dois tipos de contracção 66 33

34 Mirabegrom promove o armazenamento de urina através do agonismo potente e seletivo do RA β3 Armazenamento de urina A ativação do RA β 3 pelo mirabegrom estimula o relaxamento do detrusor de modo a promover o armazenamento de urina, levando a um aumento da capacidade da bexiga e a um aumento do tempo entre micções 1,4 Esvaziamento da bexiga Mirabegrom não tem qualquer efeito na estimulação parassimpática da contracção do detrusor e esvaziamento da bexiga pelo que poderá reduzir o risco de retenção urinária aguda em comparação com os antimuscarínicos 1,2,5 Noradrenalina Acetilcolina Mirabegrom Recetores muscarínicos RA β 3 1. FDA: Mirabegron (YM178) for the Treatment of Overactive Bladder, April Takasu T et al. J Pharmacol Exp Ther 2007; 321: Barkin J, Folia C. Can J Urol 2012; 19(Suppl 1): Tyagi P et al. Expert Opin Drug Saf 2011; 10: Expressão tecidular dos três subtipos de recetores adrenérgicos no tecido humano e perfil de segurança do mirabegrom Coração: β 1 β 2 Fígado: β2 Vesícula biliar: β 3 Trato GI: β 2 β 3 Útero: β 2 β 3 Músculo esquelético: β 2 Cérebro: β 1 β 2 β 3 Vasos sanguíneos: β 2Pulmões: β 2 Rins: β 1 β 2 Pâncreas: β 2 Tecido adiposo: β 1 β 3 Efeitos adversos, n (%) Placebo (n=494) Tolterrodina LP 4 mg (n=495) Mirabegrom 50 mg (n=493) Hipertensão 38 (7.7) 40 (8.1) 29 (5.9) Cefaleias 14 (2.8) 18 (3.6) 18 (3.7) Xerostomia 13 (2.6) 50 (10.1) 14 (2.8) Nasofaringite 8 (1.6) 14 (2.8) 14 (2.8) Gripe 8 (1.6) 7 (1.4) 11 (2.2) Infeção do trato urinário 7 (1.4) 10 (2.0) 7 (1.4) Obstipação 7 (1.4) 10 (2.0) 8 (1.6) 1. Yamaguchi O Urology 59(5 Suppl 1): Krief et al J Clin Invest 91: Daly and McGrath 2011 Trends Pharmacol Sci 32(4): Os dados são para o conjunto de análises de segurança. Os acontecimentos adversos, definidos de acordo com o Dicionário Médico para as Atividades Regulamentares (MedDRA versão 9.1), 34

35 Conseguimos atingir o equilíbrio ótimo? Eficácia Alivia os sintomas de BH Tolerabilidade Efeitos secundários mínimos Equilíbrio Ótimo Adesão/ Persistência Maximiza a duração da terapêutica 35

36 MULHER COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA História Exame físico AVALIAÇÃO INICIAL Questionário validado de qualidade de vida Análise de urina Se queixas de esvaziamento: avaliar RPM Exame ginecológico Diário miccional ATENÇÃO! Hematúria, dor, ITU(s), Prolapsos pélvicos, cirurgia /radioterapia pélvica, alterações no exame ginecológico (massa/fístula) DISCUTIR OPÇÕES TRATAMENTO Uso de pensos/coletores Perda de peso, função intestinal, ingestão fluidos, fármacos e co-morbilidades Investigação adicional / Referenciação Incontinência Esforço Incontinência Urgência Incontinência Mista Reabilitação Reabilitação Reabilitação Evitar cafeína/álcool - Anticolinérgicos - Agonista beta-3 - Estrogénios tópicos se atrofia vaginal SUCESSO SIM NÃO Completar/Manter tratamento Referenciar Plano de Cuidados Integrados Bexiga Hiperativa 36

37 PLANO DE CUIDADOS INTEGRADOS (ICP) BEXIGA HIPERATIVA Projecto desenvolvido durante o ano de 2016 e finalizado em fevereiro 2017 Apoio científico APU, APNUG e APMGF 7 médicos de várias especialidades (Urologia, ginecologia, MGF e fisiatria) Guia de abordagem dos doentes com BH Sistematizar os cuidados nas várias etapas Abordagem/diagnóstico/ tratamento/referenciação Disponível no website da APMGF, APU e APNUG Disponível no Infoshare Uro+ Documento resumo PLANO DE CUIDADOS INTEGRADOS (ICP) BEXIGA HIPERATIVA 37

38 PLANO DE CUIDADOS INTEGRADOS (ICP) BEXIGA HIPERATIVA Conclusão BH prevalência 17 % e impacto na QdV É importante perceber quais os sintomas que mais incomodam os doentes Falar proactivamente sobre a IU, urgência, aumento frequência urinária Uma percentagem significativa de doentes tem percepções erradas sobre a patologia Existem medidas que podem melhorar a qualidade de vida destes doentes se forem diagnosticados e tratados Recursos úteis disponíveis: - Guidelines EAU, Plano de Cuidados Integrados - Para o doente: 38

Plano de Cuidados Integrados (ICP)

Plano de Cuidados Integrados (ICP) Bexiga Hiperativa (BH) ICP Baseado na Evidência (Portugal) BEXIGA HIPERATIVA Plano de Cuidados Integrados (ICP) Formulários (Portugal) Vera Pires da Silva Alexandre Lourenço Francisco Cruz Luis Miguel

Leia mais

Sessão Televoter Urologia. Incontinência Urinária na Mulher e no Homem

Sessão Televoter Urologia. Incontinência Urinária na Mulher e no Homem 25 de Outubro Sexta-Feira 2013 Norte Sessão Televoter Urologia Incontinência Urinária na Mulher e no Homem Tomé Lopes Palma dos Reis Principais tipos de incontinência urinária Tipo Incontinência por imperiosidade

Leia mais

CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA DIA 25 MAIO 2013 HOTEL TRYP COIMBRA BEXIGA HIPERACTIVA. Paulo Príncipe

CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA DIA 25 MAIO 2013 HOTEL TRYP COIMBRA BEXIGA HIPERACTIVA. Paulo Príncipe CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA DIA 25 MAIO 2013 HOTEL TRYP COIMBRA BEXIGA HIPERACTIVA Paulo Príncipe Definição e nomenclatura BEXIGA HIPERACTIVA Definição baseada em sintomas Imperiosidade, com ou sem incontinência,

Leia mais

Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria......

Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria...... 27/06/16 Síndrome caracterizada por: Urgência miccional (principal sintoma) COM ou SEM incontinência, Também associada a: Polaciúria. Noctúria...... na ausência de causa infecciosa ou outra doença que

Leia mais

Incontinência de urgência Tratamento medicamentoso

Incontinência de urgência Tratamento medicamentoso Incontinência de urgência Tratamento medicamentoso Dr. Carlos A. R. Sacomani Departamento de Cirurgia Pélvica Núcleo de Urologia Setor de Urodinâmica e Disfunção Miccional Síndrome da bexiga hiperativa

Leia mais

BEXIGA HIPERATIVA. Atualidades no tratamento medicamentoso Carlos A Bezerra

BEXIGA HIPERATIVA. Atualidades no tratamento medicamentoso Carlos A Bezerra BEXIGA HIPERATIVA Atualidades no tratamento medicamentoso 2013 Carlos A Bezerra BEXIGA HIPERATIVA Definições BEXIGA HIPERATIVA ( Overactive bladder ) Sintomas urgência urge incontinência frequencia nocturia

Leia mais

Bexiga hiperativa. Cássio. Riccetto Disciplina de Urologia - Unicamp

Bexiga hiperativa. Cássio. Riccetto Disciplina de Urologia - Unicamp Bexiga hiperativa Cássio Riccetto Disciplina de Urologia - Unicamp Caso Qual o clínico diagnóstico provável vel? Mulher, 65 anos, menopausa háh 15 anos sem TRH Há 12 anos: urgência, 10 micções/dia e 3/noite

Leia mais

Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária

Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária 43 anos, casada, gerente comercial Urgência miccional com perdas há 6 anos Intervalo entre as micções 1 hora Noctúria 3x/noite com perdas ao se levantar

Leia mais

Alternativas Terapêuticas para Bexiga Hiperativa Idiopática

Alternativas Terapêuticas para Bexiga Hiperativa Idiopática Alternativas Terapêuticas para Bexiga Hiperativa Idiopática Fabrício Leite de Carvalho Doutor em Urologia USP Prof. Adjunto Faculdade de Ciências Médicas de MG Hospital Universitário Ciências Médicas Belo

Leia mais

Atualidades no Tratamento Medicamentoso da Bexiga Hiperativa. Márcio Augusto Averbeck, MD, M.Sc.

Atualidades no Tratamento Medicamentoso da Bexiga Hiperativa. Márcio Augusto Averbeck, MD, M.Sc. Atualidades no Tratamento Medicamentoso da Bexiga Hiperativa Márcio Augusto Averbeck, MD, M.Sc. Márcio Augusto Averbeck, MD Membro Titular da SBU Coordenador do Departamento de Uro-Neurologia da SBU EAU

Leia mais

Tratamento farmacológico de transtornos do baixo trato urinário. Fernando Silva Carneiro

Tratamento farmacológico de transtornos do baixo trato urinário. Fernando Silva Carneiro Tratamento farmacológico de transtornos do baixo trato urinário Fernando Silva Carneiro Anatomia da bexiga urinária Inervação da bexiga urinária Gânglio mesentérico inferior Cadeia de gânglios paravertebrais

Leia mais

Bexiga Hiperativa: Diagnóstico e Tratamento. Marcelle Rodrigues Pereira R2 Orientadora: Dra. Rebecca Sotelo

Bexiga Hiperativa: Diagnóstico e Tratamento. Marcelle Rodrigues Pereira R2 Orientadora: Dra. Rebecca Sotelo Bexiga Hiperativa: Diagnóstico e Tratamento Marcelle Rodrigues Pereira R2 Orientadora: Dra. Rebecca Sotelo Diagnóstico Síndrome clínica que constitui-se por urgência, frequência e noctúria com ou sem incontinência

Leia mais

Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006)

Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006) Incontinência urinária Resumo de diretriz NHG M46 (setembro 2006) Lagro-Janssen ALM, Breedveldt Boer HP, Van Dongen JJAM, Lemain TJJ, Teunissen D, Van Pinxteren B traduzido do original em holandês por

Leia mais

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

INCONTINÊNCIA URINÁRIA INCONTINÊNCIA URINÁRIA O que é a incontinência urinária? A incontinência urinária (IU) é uma situação patológica que resulta da incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina. É caraterizada por

Leia mais

ENURESE MAPA DE REVISÕES PROTOCOLO CLINICO. Destinatários. Data Palavras-Chave: ENURESE

ENURESE MAPA DE REVISÕES PROTOCOLO CLINICO. Destinatários. Data Palavras-Chave: ENURESE Palavras-Chave: Destinatários Médicos dos ACES da Unidade Coordenadora Funcional (UCF) de Leiria Elaboração Dr.ª Carla Loureiro, Dr.ª Carmen Costa, Dr.ª Teresa Rezende Aprovação Diretor do Serviço Dr.

Leia mais

Acta Urológica. Urologia e Medicina Familiar. Incontinência Urinária Feminina. Francisco Botelho, Carlos Silva, Francisco Cruz

Acta Urológica. Urologia e Medicina Familiar. Incontinência Urinária Feminina. Francisco Botelho, Carlos Silva, Francisco Cruz Associação Portuguesa de Urologia Separata Volume 24 Número 1 2007 Acta Urológica Urologia e Medicina Familiar Incontinência Urinária Feminina Francisco Botelho, Carlos Silva, Francisco Cruz Director Editor

Leia mais

CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA 25 MAIO 2013 COIMBRA

CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA 25 MAIO 2013 COIMBRA CURSO INCONTINÊNCIA URINÁRIA 25 MAIO 2013 COIMBRA Urodinâmica Paulo Temido CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA E.P.E. SERVIÇO DE UROLOGIA Director: Prof. Dr Alfredo Mota. Classificação fisiopatológica

Leia mais

Informação para Doentes. Bexiga Hiperativa (BHA) Português

Informação para Doentes. Bexiga Hiperativa (BHA) Português Informação para Doentes Bexiga Hiperativa (BHA) Português Tabela de conteúdos O que é a bexiga?... 3 O que são sintomas de bexiga hiperativa?... 3 Diagnóstico de BHA... 4 Autogestão da BHA... 4 Tratamento

Leia mais

Plano de Cuidados Integrados (ICP)

Plano de Cuidados Integrados (ICP) BEXIGA HIPERATIVA Plano de Cuidados Integrados (ICP) Evidência Científica e Guia do Utilizador (Portugal) Vera Pires da Silva Alexandre Lourenço Francisco Cruz Luis Miguel Abranches Monteiro Manuela Mira

Leia mais

Incontinência urinária. Paulo Temido - CHUC Lilian Campos - HDFF Joana Maia - UCSP Cantanhede Vera Marques - CHUC Miguel Eliseu - CHUC

Incontinência urinária. Paulo Temido - CHUC Lilian Campos - HDFF Joana Maia - UCSP Cantanhede Vera Marques - CHUC Miguel Eliseu - CHUC Incontinência urinária Paulo Temido - CHUC Lilian Campos - HDFF Joana Maia - UCSP Cantanhede Vera Marques - CHUC Miguel Eliseu - CHUC Incontinências urinárias Correta identificação do tipo de incontinência

Leia mais

6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte

6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte 6º Período - Fisioterapia PUC Minas - Belo Horizonte COMO POSSO SABER SE A CRIANÇA TEM ALGUM DISTÚRBIO MICCIONAL? VENHA CONOSCO PARA CONHECER UM POUCO MAIS... CAROLINA KESSEN, DANIEL HENRIQUE, DOUGLAS

Leia mais

APNUG IX CONGRESSO NACIONAL DA. 9 e10 MAIO 2014 CONSENSOS EM NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA. Hotel Vila Galé, Coimbra

APNUG IX CONGRESSO NACIONAL DA. 9 e10 MAIO 2014 CONSENSOS EM NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA. Hotel Vila Galé, Coimbra IX CONGRESSO NACIONAL DA APNUG Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia CONSENSOS EM NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA 9 e10 MAIO 2014 Hotel Vila Galé, Coimbra IX CONGRESSO NACIONAL DA APNUG

Leia mais

Bexiga hiperativa Do desenvolvimento científico à prática clínica

Bexiga hiperativa Do desenvolvimento científico à prática clínica SIMPÓSIO ASTELLAS NO 29º CONGRESSO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE UROLOGIA, ESTOCOLMO Bexiga hiperativa Do desenvolvimento científico à prática clínica Os mais recentes desenvolvimentos científicos no

Leia mais

Estudo Urodinâmico Indicações e Casos. Dr Davi Paluello

Estudo Urodinâmico Indicações e Casos. Dr Davi Paluello Estudo Urodinâmico Indicações e Casos Dr Davi Paluello Local do Exame CME 13 º Andar Centro do Rim Equipe Ginecologia - Dra Barbara Murayama - Dra Claudia Palos Equipe Urologia - Dr Fabio Vicentini - Dr

Leia mais

Tratamento de segunda linha da BHA

Tratamento de segunda linha da BHA Informácie Informação pre para pacientov Doentes Português Slovak 35 Tratamento de segunda linha da BHA Os termos sublinhados estão listados no glossário. tratamento melhor a urgência, a frequência urinária

Leia mais

TUTORIAL DE URO-NEUROLOGIA DISFUNÇÃO MICCIONAL NO IDOSO

TUTORIAL DE URO-NEUROLOGIA DISFUNÇÃO MICCIONAL NO IDOSO TUTORIAL DE URO-NEUROLOGIA DISFUNÇÃO MICCIONAL NO IDOSO Márcio Augusto Averbeck, MD, MSc Márcio Augusto Averbeck, MD Médico Urologista UFCSPA EAU Clinical Fellowship (Neurourology Unit Innsbruck/Austria)

Leia mais

Urgency: Etiology, Related diseases/conditions and Management. Prof. Dr Rogério de Fraga Coordenador Ambulatório de Disfunções Miccionais CHC / UFPR

Urgency: Etiology, Related diseases/conditions and Management. Prof. Dr Rogério de Fraga Coordenador Ambulatório de Disfunções Miccionais CHC / UFPR Urgency: Etiology, Related diseases/conditions and Management Prof. Dr Rogério de Fraga Coordenador Ambulatório de Disfunções Miccionais CHC / UFPR Qual o tamanho do problema? Visão Leiga Urgência Urinária

Leia mais

CURSO DE UROLOGIA PEDIÁTRICA. Associação Portuguesa de Urologia

CURSO DE UROLOGIA PEDIÁTRICA. Associação Portuguesa de Urologia CURSO DE UROLOGIA PEDIÁTRICA Associação Portuguesa de Urologia Nunca é demais lembrar Enurese Definição International Children s Continence Society 1997 Micção activa, completa e involuntária num momento

Leia mais

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS XI CONGRESSO APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA 03 e 04. MARÇO. 2017 SHERATON PORTO HOTEL INCONTINÊNCIAS E PAVIMENTO PÉLVICO COMPLICAÇÕES IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS

Leia mais

TÍTULO: ELETROESTIMULAÇÃO DO NERVO TIBIAL POSTERIOR COMO TRATAMENTO DA BEXIGA NEUROGÊNICA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA.

TÍTULO: ELETROESTIMULAÇÃO DO NERVO TIBIAL POSTERIOR COMO TRATAMENTO DA BEXIGA NEUROGÊNICA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA. 16 TÍTULO: ELETROESTIMULAÇÃO DO NERVO TIBIAL POSTERIOR COMO TRATAMENTO DA BEXIGA NEUROGÊNICA NA ESCLEROSE MÚLTIPLA. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO:

Leia mais

Os Custos da Síndrome de Bexiga Hiperactiva

Os Custos da Síndrome de Bexiga Hiperactiva Os Custos da Síndrome de Bexiga Hiperactiva Overactive Bladder Syndrome Costs Autores: Luís Abranches Monteiro 1, Manuel Mendes Silva 2 Instituições: 1 Consultor de Urologia do Serviço de Urologia do Hospital

Leia mais

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL Módulo 1 Palestrante: Dr. Luis Miguel Abranches Monteiro Urologia Moderador: Prof. Carlos Martins Medicina Geral e Familiar 01 Abril 2017 URO/2017/0010/PTp,

Leia mais

Introdução. Graduanda do Curso de Fisioterapia FACISA/UNIVIÇOSA. com. 2

Introdução. Graduanda do Curso de Fisioterapia FACISA/UNIVIÇOSA.   com. 2 TRATAMENTO FISIOTERÁPICO EM CRIANÇAS COM ENURESE NOTURNA Juliana Carneiro Faria 1, Jackeline Lopes Carvalho 2, Andréia Kely Rodrigues Cordeiro de Almeida 3 Resumo: A enurese noturna é a perda de urina

Leia mais

Reeducação Perineal. Prof a : Aline Teixeira Alves

Reeducação Perineal. Prof a : Aline Teixeira Alves Reeducação Perineal Prof a : Aline Teixeira Alves Modalidades de Tratamento Cinesioterapia; Biofeedback; Eletroestimulação; Cones Vaginais. Cinesioterapia O assoalho pélvico é uma musculatura estriada

Leia mais

III Jornadas Temáticas Patient Care

III Jornadas Temáticas Patient Care III Jornadas Temáticas Patient Care 11 e 12 abril 2019 SANA Lisboa Hotel PRESIDENTE Tomé Lopes DATA LIMITE PARA SUBMISSÃO DE CASOS CLÍNICOS E POSTERS 04 de março de 2019 www.admedic.pt I magem: Ad Médic

Leia mais

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS XI CONGRESSO APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA 03 e 04. MARÇO. 2017 SHERATON PORTO HOTEL INCONTINÊNCIAS E PAVIMENTO PÉLVICO COMPLICAÇÕES IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS

Leia mais

Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Murilo Ferreira de Andrade Médico Assistente da Divisão de Urologia FMRP USP Mestrado em Clínica Cirúrgica (Urologia) pela FMRP - USP Membro

Leia mais

Professor Adelmo Aires Negre

Professor Adelmo Aires Negre Professor Adelmo Aires Negre Apresentação Urologista pela Sociedade Brasileira de Urologia Membro da American Urological Association (AUA) Urologista no Hospital Geral Público de Palmas Urologista no Hospital

Leia mais

Bexiga Neurogênica por TRM. Alfredo Felix Canalini

Bexiga Neurogênica por TRM. Alfredo Felix Canalini Bexiga Neurogênica por TRM Alfredo Felix Canalini TRM Mortalidade 1 a guerra 80% Morton (1901) Elsberg (1913) Ludwig Guttmann 1939 1944 (Trueta) 1948 Donald Munro (1947) 2 a guerra 45% Guerra da Coréia

Leia mais

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA

CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: FISIOTERAPIA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA TÍTULO: INFLUÊNCIA DA ELETROESTIMULAÇÃO PARASSACRAL E DO BIOFEEDBACK NA INCONTINÊNCIA URINÁRIA COMO SEQUELA DE UMA MIELITE TRANSVERSA AGUDA: ESTUDO DE CASO. CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

Leia mais

Informação para Doentes

Informação para Doentes Informação para Doentes Português 32 Sintomas e Diagnóstico de Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) Sintomas Os termos sublinhados estão listados no glossário. A hiperplasia benigna da próstata (HBP)

Leia mais

ANEXO I TABELA DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE BOYARSKY MODIFICADA

ANEXO I TABELA DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE BOYARSKY MODIFICADA ANEXO I TABELA DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE BOYARSKY MODIFICADA TABELA DE AVALIAÇÃO DE SINTOMAS DE BOYARSKY MODIFICADA. 1- HESITAÇÃO (OBSTRUTIVO) 0 Ocasional (ocorre em 20% ou menos das tentativas de urinar).

Leia mais

Farmacologia Autonômica colinérgica

Farmacologia Autonômica colinérgica Projeto: Atualização em Farmacologia Básica e Clínica Curso: Farmacologia Clínica do Sistema Nervoso Autônomo Farmacologia Autonômica colinérgica Prof. Dr. Gildomar Lima Valasques Junior Doutor em Biotecnologia

Leia mais

Urologia Fundamental CAPÍTULO. Bexiga Hiperativa. Rogério Simonetti Alves

Urologia Fundamental CAPÍTULO. Bexiga Hiperativa. Rogério Simonetti Alves Urologia Fundamental CAPÍTULO 28 Bexiga Hiperativa Rogério Simonetti Alves UROLOGIA FUNDAMENTAL INTRODUÇÃO Em 2002, a Sociedade Internacional de Continência definiu que bexiga hiperativa (BH) é uma síndrome

Leia mais

Sistema Nervoso Autônomo. Homeostasia. Sistema Nervoso Autônomo SNA X MOTOR SOMÁTICO. Sistema Nervoso Autônomo 04/10/2011. Julliana Catharina

Sistema Nervoso Autônomo. Homeostasia. Sistema Nervoso Autônomo SNA X MOTOR SOMÁTICO. Sistema Nervoso Autônomo 04/10/2011. Julliana Catharina Universidade Federal do Ceará Departamento de Fisiologia e Farmacologia Disciplina: Fisiologia Humana Você levanta subitamente de manhã, acordado pelo despertador. Sua cabeça que estava no mesmo nível

Leia mais

ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA

ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA ABORDAGEM TERAPÊUTICA DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE URGÊNCIA UNITERMOS Nadiessa Dorneles Almeida Aline Valduga Sara Kvitko de Moura Lucas Schreiner Carla Helena Augustin Schwanke Thaís Guimarães dos Santos

Leia mais

Dr. Cristiano M. Gomes

Dr. Cristiano M. Gomes Myrbetric (Mirabegrona) O primeiro e único beta3 agonista para o tratamento da Bexiga Hiperativa: Uma nova classe terapêutica. Dr. Cristiano M. Gomes Professor Livre Docente de Urologia FMUSP Setor de

Leia mais

ATUALIDADES NO TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA

ATUALIDADES NO TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA ATUALIDADES NO TRATAMENTO DA BEXIGA HIPERATIVA AUTORA Aline Teixeira Alves Fisioterapeuta, mestranda em Gerontologia pela Universidade Católica de Brasília (UCB) RESUMO A síndrome da bexiga hiperativa

Leia mais

Nos primeiros lugares das dores de cabeça da Urologia

Nos primeiros lugares das dores de cabeça da Urologia N i i l d d d b d Nos primeiros lugares das dores de cabeça da Urologia Câncer de próstata :malignidade mais diagnosticada em homens Incontinência urinária afeta diretamente qualidade de vida Cirurgia:

Leia mais

Hiperactividade de esforço Uma forma de incontinência

Hiperactividade de esforço Uma forma de incontinência 45 Artigos Originais Hiperactividade de esforço Uma forma de incontinência Tânia Oliveira Silva* Luis Abranches Monteiro** * Interna do Internato Complementar de Urologia ** Consultor de Urologia Serviço

Leia mais

OXIBUTININA (CLORIDRATO DE OXIBUTININA) E TOLTERODINA (TARTARATO DE TOLTERODINA): CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO.

OXIBUTININA (CLORIDRATO DE OXIBUTININA) E TOLTERODINA (TARTARATO DE TOLTERODINA): CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO. OXIBUTININA (CLORIDRATO DE OXIBUTININA) E TOLTERODINA (TARTARATO DE TOLTERODINA): CRITÉRIOS DE UTILIZAÇÃO. 1) Introdução O sistema geniturinário inferior funcionalmente consiste da bexiga (músculo detrusor

Leia mais

Centro Universitário de Brasília Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento - ICPD

Centro Universitário de Brasília Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento - ICPD Centro Universitário de Brasília Instituto CEUB de Pesquisa e Desenvolvimento - ICPD CORRELAÇÃO ENTRE OS HÁBITOS MICCIONAIS E A SEVERIDADE DOS SINTOMAS DA SÍNDROME DA BEXIGA HIPERATIVA EM MULHERES IDOSAS

Leia mais

Disfunção miccional e Qualidade de vida...no homem. Vanessa Vilas Boas Urologista HVFX FEBU

Disfunção miccional e Qualidade de vida...no homem. Vanessa Vilas Boas Urologista HVFX FEBU Disfunção miccional e Qualidade de vida...no homem Vanessa Vilas Boas Urologista HVFX FEBU Disfunção miccional e LUTS EAU, Management of non-neurogenic male lower urinary tract symptoms (LUTS) - update

Leia mais

Incontinência Urinária Juliana Aquino

Incontinência Urinária Juliana Aquino Incontinência Urinária Juliana Aquino Conceito - A incontinência urinária, na mulher é definida, segundo a Sociedade Internacional de Continência ( International Continence Society ), como a perda involuntária

Leia mais

Síndrome da Bexiga Hiperativa

Síndrome da Bexiga Hiperativa Síndrome da Bexiga Hiperativa Miriam Dambros Livre Docente em Urologia Síndrome da Bexiga Hiperativa - conceito Síndrome caracterizada por urgência miccional (100%) associada ou não à incontinência (30%),

Leia mais

Mesa 8 Disfunções vesicais

Mesa 8 Disfunções vesicais Mesa 8 Disfunções vesicais DISFUNÇÕES VESICAIS Coordenador: Paulo Temido - CHUC Comentador: João Lourenço, CHBV - Aveiro Miguel Eliseu - CHUC Daniela Fernandes - UCSP Cantanhede DISFUNÇÕES VESICAIS Como

Leia mais

GUIA PRÁTICO PARA A BEXIGA HIPERATIVA

GUIA PRÁTICO PARA A BEXIGA HIPERATIVA GUIA PRÁTICO PARA A BEXIGA HIPERATIVA Com o apoio de: Saiba mais sobre incontinência urinária e bexiga hiperativa O que é a Bexiga Hiperativa? A bexiga hiperativa (BH) é um problema de saúde que afeta

Leia mais

Anatomia e Fisiologia da Micção. José Carlos Truzzi Doutor em Urologia UNIFESP Chefe do Departamento de Uroneurologia da SBU

Anatomia e Fisiologia da Micção. José Carlos Truzzi Doutor em Urologia UNIFESP Chefe do Departamento de Uroneurologia da SBU Anatomia e Fisiologia da Micção José Carlos Truzzi Doutor em Urologia UNIFESP Chefe do Departamento de Uroneurologia da SBU Urotélio Epitélio do TUI (pelve bexiga) Camada basal Camada intermediária Camada

Leia mais

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS

APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS SOCIAIS E SEXUAIS INTERAÇÕES PSÍQUICAS XI CONGRESSO APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEUROUROLOGIA E UROGINECOLOGIA 03 e 04. MARÇO. 2017 SHERATON PORTO HOTEL INCONTINÊNCIAS E PAVIMENTO PÉLVICO COMPLICAÇÕES IATROGENIAS ÉTICA E JURISPRUDÊNCIA SEQUELAS

Leia mais

Estudos urodinâmicos e esclerose múltipla

Estudos urodinâmicos e esclerose múltipla Estudos urodinâmicos e esclerose múltipla Serviço de Medicina Física e de Reabilitação Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE Sara Bastos, Simão Serrano, João Paulo Branco, Iolanda Veiros Introdução

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE DISFUNÇÃO NEUROGÉNICA DO TRACTO URINÁRIO INFERIOR

ORIENTAÇÕES SOBRE DISFUNÇÃO NEUROGÉNICA DO TRACTO URINÁRIO INFERIOR ORIENTÇÕES SOBRE DISFUNÇÃO NEUROGÉNIC DO TRCTO URINÁRIO INFERIOR (Texto actualizado em Março de 2009) M. Stöhrer (Presidente), B. Blok, D. Castro-Diaz, E. Chartier-Kastler, P. Denys, G. Kramer, J. Pannek,

Leia mais

URODINÂMICA Proteus Prof. Dra. Ana Paula Bogdan Disciplina de Urologia Faculdade de Medicina de SJRP FUNFARME

URODINÂMICA Proteus Prof. Dra. Ana Paula Bogdan Disciplina de Urologia Faculdade de Medicina de SJRP FUNFARME URODINÂMICA Proteus 2016 Prof. Dra. Ana Paula Bogdan Disciplina de Urologia Faculdade de Medicina de SJRP FUNFARME Good urodynamic practices: uroflowmetry, filling cystometry, and pressure-flow studies.

Leia mais

Sessão Televoter Urologia

Sessão Televoter Urologia 2013 26 de Abril Sexta-Feira Sessão Televoter Urologia Tomé Lopes Palma dos Reis Principais tipos de incontinência urinária Tipo Incontinência por imperiosidade (hiperactividade do detrusor) Descrição

Leia mais

Sexta-feira 24 de novembro de 2017

Sexta-feira 24 de novembro de 2017 Sexta-feira 24 de novembro de 2017 07:30h Abertura do Secretariado 08:30-11:00h WORKSHOP 1 Autoalgaliação, a reabilitação urinária de doentes neurogénicos Algaliação intermitente na bexiga neurogénica

Leia mais

Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico

Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico 1 Assistência de Enfermagem a Pessoas com Disfunção do Soalho Pélvico Dayana Saboia Enfermeira Especialista em Saúde da Mulher - UFC Especializanda em Estomaterapia UECE Mestranda em Enfermagem - UFC 2

Leia mais

Síndromes medulares. Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP

Síndromes medulares. Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP Síndromes medulares Amilton Antunes Barreira Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica FMRP - USP Transsecção completa da medula espinal *Interrupção dos tratos motores e sensitivos

Leia mais

VII CONGRESSO NACIONAL DA APNUG

VII CONGRESSO NACIONAL DA APNUG VII CONGRESSO NACIONAL DA APNUG ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE NEURO-UROLOGIA E URO-GINECOLOGIA ORGANIZAÇÃO Associação Portuguesa de Neuro-Urologia e Uro-Ginecologia PRESIDENTE DO CONGRESSO Paulo Dinis Urologia,

Leia mais

Perguntas Frequentes sobre a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP)

Perguntas Frequentes sobre a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) Informação para Doentes Português 37 Perguntas Frequentes sobre a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) Os termos sublinhados estão listados no glossário. Esta é uma lista das perguntas mais frequentes

Leia mais

LUTS/HBP Abordagem centrada no doente. Dr. Miguel Carvalho Prof. Paulo Santos

LUTS/HBP Abordagem centrada no doente. Dr. Miguel Carvalho Prof. Paulo Santos LUTS/HBP Abordagem centrada no doente Dr. Miguel Carvalho Prof. Paulo Santos Será que a idade necessita de tratamento? Porque é que o envelhecimento da próstata necessita de tratamento? Capacidade funcional

Leia mais

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc

Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem da Semana: Cintilografia Renal c/99mtc Imagem 01. Cintilografia Renal Estática Imagens (99mTc-DMSA) Paciente do sexo feminino, 10 anos de idade, apresenta enurese noturna, incontinência urinária

Leia mais

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ FIOCRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa TESE DE DOUTORADO INCIDÊNCIA E FATORES DE RISCO DE BEXIGA HIPERATIVA

Leia mais

ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS

ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS ENSINANDO MULHERES A FORTALECER A MUSCULATURA PERINEAL: ESTUDO DA EFETIVIDADE DO USO DE AUTOMONITORAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS Enf. Msc. ET Aline Fernanda Negri Enf. Dra. ET Gisele Regina de Azevedo

Leia mais

Sistema nervoso - II. Professora: Roberta Paresque Anatomia Humana CEUNES - UFES

Sistema nervoso - II. Professora: Roberta Paresque Anatomia Humana CEUNES - UFES Sistema nervoso - II Professora: Roberta Paresque Anatomia Humana CEUNES - UFES Nervo olfatório Nervo óptico Nervo oculomotor, troclear e abducente Nervo trigêmeo Nervo facial Nervo vestíbulo-coclear Nervo

Leia mais

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROF. PEDRO OLIVEIRA HISTÓRICO FUNÇÃO HOMEOSTÁTICA * CLAUDE BERNARD (1813 1878) ANATOMIA * WALTER GASKELL (1847 1925) * JOHN LANGLEY (1852

Leia mais

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA SOBRE BEXIGA HIPERATIVA EM MULHERES

ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA SOBRE BEXIGA HIPERATIVA EM MULHERES Vol.23,n.3,pp.102-106 (Jun Ago 2018) Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research - BJSCR ABORDAGEM DIAGNÓSTICA E TERAPÊUTICA SOBRE BEXIGA HIPERATIVA EM MULHERES DIAGNOSTIC AND THERAPEUTIC APPROACH

Leia mais

Alterações Fisiológicas e Fisiopatológicas no Envelhecimento: Sistema Geniturinário. Profª Ms. Simone Alves Landim FASM 1 sem 2014

Alterações Fisiológicas e Fisiopatológicas no Envelhecimento: Sistema Geniturinário. Profª Ms. Simone Alves Landim FASM 1 sem 2014 Alterações Fisiológicas e Fisiopatológicas no Envelhecimento: Sistema Geniturinário Profª Ms. Simone Alves Landim FASM 1 sem 2014 Glomérulo Nos glomérulos, o sangue que chega aos rins (através da artéria

Leia mais

Incontinência Urinária

Incontinência Urinária Incontinência Urinária Marco Antonio Arap 1 Cristiano Mendes Gomes 1 Epidemiologia e Quadro Clínico Incontinência urinária é a perda involuntária de urina pelo meato uretral, caracterizando um sintoma

Leia mais

Juliana Carneiro Faria et all ENURESE NOTURNA: A REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA PODE SER BENÉFICA?

Juliana Carneiro Faria et all ENURESE NOTURNA: A REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA PODE SER BENÉFICA? 254 Juliana Carneiro Faria et all ENURESE NOTURNA: A REABILITAÇÃO FISIOTERÁPICA PODE SER BENÉFICA? Juliana Carneiro Faria¹, Jackeline Lopes Carvalho², Andréia Kely Rodrigues Cordeiro de Almeida³, Karina

Leia mais

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO DIVISÃO DO SN SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO MIDRIASE E MIOSE clic Quem não tem colírio, usa óculos escuros... Raul Seixas http://www.qmc.ufsc.br/qmcweb/artigos/ma Salivação MEDO, PANICO, TERROR Reação de urgência

Leia mais

Prepare-se para a consulta com seu médico

Prepare-se para a consulta com seu médico Prepare-se para a consulta com seu médico Para um melhor resultado quando visitar seu médico, é importante estar preparado. Quanto mais completo e claro seja possível descrever a incontinência, mais fácil

Leia mais

Fonte: Anatomia Humana 5 edição: Johannes W. Rohen

Fonte: Anatomia Humana 5 edição: Johannes W. Rohen Prof. Bruno Pires MORFOLOGIA Divisões: Sistema Nervoso Central: formado por encéfalo e medula espinhal Encéfalo: Massa de tecido nervoso presente na região do crânio. Composta por tronco encefálico, cérebro

Leia mais

Jose Damasceno Costa

Jose Damasceno Costa Jose Damasceno Costa DISFUNÇÃO PAVIMENTO PÉLVICO Incontinência urinária 625.6 Prolapso dos órgãos pélvicos (POP) 618.89 Incontinência anal 787.60 Anomalias sensitivas do tracto urinário inferior Disfunção

Leia mais

Síndrome doloroso vesical. Carlos Martins da Silva Serviço de Urologia Hospital S. João / Faculdade de Medicina do Porto

Síndrome doloroso vesical. Carlos Martins da Silva Serviço de Urologia Hospital S. João / Faculdade de Medicina do Porto Síndrome doloroso vesical Carlos Martins da Silva Serviço de Urologia Hospital S. João / Faculdade de Medicina do Porto Síndrome doloroso pélvico crónico 66 anos; Sensação permanente de vontade de urinar,

Leia mais

Sistema Nervoso Cap. 13. Prof. Tatiana Setembro / 2016

Sistema Nervoso Cap. 13. Prof. Tatiana Setembro / 2016 Sistema Nervoso Cap. 13 Prof. Tatiana Setembro / 2016 Função Responsável pela comunicação entre diferentes partes do corpo e pela coordenação de atividades voluntárias ou involuntárias. Neurônios A célula

Leia mais

Avaliação Urodinâmica

Avaliação Urodinâmica Urologia Fundamental CAPÍTULO 26 Avaliação Urodinâmica Carlos Alberto Ricetto Sacomani UROLOGIA FUNDAMENTAL INTRODUÇÃO O exame urodinâmico (EU) é o método propedêutico de eleição para análise funcional

Leia mais

Avaliação Urodinâmica

Avaliação Urodinâmica Avaliação Urodinâmica Redigido por Dra. Miriam Dambros Objetivo: Possibilitar ao aluno o aprendizado dos conhecimentos básicos do estudo urodinâmico, dando condições ao mesmo de compreender e interpretar

Leia mais

Patologia do Sono no Idoso: o que fazer? Prof. Doutor Mário Simões

Patologia do Sono no Idoso: o que fazer? Prof. Doutor Mário Simões Patologia do Sono no Idoso: o que fazer? Prof. Doutor Mário Simões O sono Definição O Sono é um fenómeno cíclico, caracterizado por uma alteração reversível do estado de consciência e da reactividade a

Leia mais

APNUG X CONGRESSO CONTROVÉRSIAS PROGRAMA CIENTÍFICO. 19 a 21 de novembro de 2015 Hotel Eurostars Oásis Plaza Figueira da Foz

APNUG X CONGRESSO CONTROVÉRSIAS PROGRAMA CIENTÍFICO. 19 a 21 de novembro de 2015 Hotel Eurostars Oásis Plaza Figueira da Foz X CONGRESSO APNUG Associação Portuguesa de Neurourologia e Uroginecologia CONTROVÉRSIAS em Neurourologia e Uroginecologia 19 a 21 de novembro de 2015 Hotel Eurostars Oásis Plaza Figueira da Foz PROGRAMA

Leia mais

SINTOMAS URINÁRIOS NO HOMEM ADULTO

SINTOMAS URINÁRIOS NO HOMEM ADULTO SINTOMAS URINÁRIOS NO HOMEM ADULTO Pedro Monteiro Especialista de Urologia do Hospital Egas Moniz Centro Hospitalar Lisboa Ocidental EPE O aparecimento de queixas relacionadas com a micção é algo de comum

Leia mais

Coordenação Nervosa Cap. 10. Prof. Tatiana Outubro/ 2018

Coordenação Nervosa Cap. 10. Prof. Tatiana Outubro/ 2018 Coordenação Nervosa Cap. 10 Prof. Tatiana Outubro/ 2018 Função Responsável pela comunicação entre diferentes partes do corpo e pela coordenação de atividades voluntárias ou involuntárias. Neurônios A célula

Leia mais

II Encontro de Urologia do Sudeste. Ricardo Castellani de Mattos TiSBU

II Encontro de Urologia do Sudeste. Ricardo Castellani de Mattos TiSBU Toxina Botulínica na Bexiga Hiperativa II Encontro de Urologia do Sudeste Ricardo Castellani de Mattos TiSBU Mecanismos de Ação. Diferenças entre as formulações. Histórico. Aspectos Técnicos Profundidade

Leia mais

Estudo transversal, efectuado por aplicação directa de um questionário. Foram

Estudo transversal, efectuado por aplicação directa de um questionário. Foram Ficha técnica Estudo transversal, efectuado por aplicação directa de um questionário. Foram analisados dados referentes a 2201 homens dum universo de 2.612.473, com idade igual ou superior a 35 anos, inquiridos

Leia mais

REGULAÇÃO E COORDENAÇÃO

REGULAÇÃO E COORDENAÇÃO SISTEMA NERVOSO REGULAÇÃO E COORDENAÇÃO Sistema nervoso x Sistema hormonal Interpretar estímulos e gerar respostas Percepção das variações do meio (interno e externo) Homeostase = equilíbrio Tecido nervoso

Leia mais

Resposta Sexual Masculina Normal

Resposta Sexual Masculina Normal Resposta Sexual Masculina Normal Interesse sexual/ estimulação Orgasmo Ejaculação acompanhada por orgasmo Tumescência peniana Penetração Detumescênci a peniana Excitação/ erecção peniana elevada Planalto

Leia mais

Anatomia feminina. Diafragma pélvico. Hiato urogenital. M. elevador do ânus. M. coccígeo Parte posterior do diafragma. Uretra, vagina e reto

Anatomia feminina. Diafragma pélvico. Hiato urogenital. M. elevador do ânus. M. coccígeo Parte posterior do diafragma. Uretra, vagina e reto Definição Perda urinária aos esforços via uretral, por aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor Pode estar associada a prolapso de órgãos pélvicos Considerações Acomete 10 milhões

Leia mais

I Data: 24/05/05. II Grupo de Estudo: III Tema: IV Especialidade(s) envolvida(s):

I Data: 24/05/05. II Grupo de Estudo: III Tema: IV Especialidade(s) envolvida(s): Parecer do Grupo Técnico de Auditoria em Saúde 016/05 Tema: Ultra-sonografia dinâmica de vias urinárias I Data: 24/05/05 II Grupo de Estudo: Silvana Márcia Bruschi Kelles Lélia Maria de Almeida Carvalho

Leia mais

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA EM SAÚDE E MEDICINA INVESTIGATIVA

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA EM SAÚDE E MEDICINA INVESTIGATIVA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ CENTRO DE PESQUISAS GONÇALO MONIZ FIOCRUZ CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOTECNOLOGIA EM SAÚDE E MEDICINA INVESTIGATIVA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO PREVALÊNCIA E GRAU DE DESCONFORTO DE BEXIGA

Leia mais

Oxibutinina. Eficaz na terapia da disfunção miccional.

Oxibutinina. Eficaz na terapia da disfunção miccional. Eficaz na terapia da disfunção miccional. Eficaz na Terapia da disfunção miccional. Introdução Aproximadamente uma em cada três pessoas de idade avançada tem problemas em controlar a sua bexiga; as mulheres

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO

UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO UTILIZAÇÃO DA ELETROESTIMULAÇÃO TRANSVAGINAL NO TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA URINÁRIA POR BEXIGA HIPERATIVA: ESTUDO DE CASO Patrícia Lima Ventura 1, Marcela Soares Silva 2, Liana Rodrigues da Rocha 3 Regiane

Leia mais