Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária
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- Walter da Silva de Almada
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1 Abordagem contemporânea da Bexiga hiperativa refratária
2 43 anos, casada, gerente comercial Urgência miccional com perdas há 6 anos Intervalo entre as micções 1 hora Noctúria 3x/noite com perdas ao se levantar da cama Sem outras queixas miccionais Obstipada medicamentos fitoterápicos AP: Hipotireoidismo (Levotiroxina); IIG IIP (2N) Nega tabagismo, nega etilismo
3 Medidas comportamentais e fisioterapia pélvica + Oxibutinina 10 mg/dia por 8 meses Detrusitol LA 3 meses Enablex 2 meses Vesicare 5 e 10 mg últimos 6 meses - Urgência diária com incontinência 2x/dia - Noctúria 2x - Sensação boca seca - Agravou obstipação
4 Exame físico Geral: normal Ginecológico: normal Sem incontinência via uretral com esforço Neurológico: normal C: 0,9 mg/dl HBA1c: 5,1% UI: L H 4.000
5 Há necessidade de exames complementares? US EUD Cistoscopia
6 Diário miccional Intervalo entre micções 30 a 80 minutos (14 x/d) Noctúria 3x / noite Volume em cada micção: 170 ml (50 ml 180 ml) Incontinência: 2 a 4 episódios / dia Volume total diurno: 1050 ml Volume total noturno: 340 ml
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9 É uma bexiga hiperativa refratária? E se tivesse tomado apenas um anticolinérgico? E se tivesse cursado com melhora dos sintomas urinários, mas com intolerância / efeitos colaterais?
10 O Que é bexiga hiperativa refratária? Insucesso Terapia comportamental Medicação oral anticolinérgica Agonistas beta 3 Quanto tempo? Quantos medicamentos? Associação medicamentosa? Intolerância
11 92% dos pacientes com OAB descontinuaram o primeiro anticolinérgico em até 2 anos 6% dos pacientes trocaram por outro ACH (n = 5979) 86% dos pacientes descontinuaram 81% dos pacientes descontinuaram 2o. ACH N: Estudo retrospectivo - 24 meses seguimento Descontinuação: 45 dias sem a medicação Clin Ther 2013;35:
12 Troca entre anticolinérgicos está associada a elevada taxa de descontinuação Descontinuado Trocado Mantido Ciclo 1 Ciclo 2 Ciclo 3 Ciclo 4 Ciclo 5 Ciclo 6 n = 332 (51%) n = 551 n = 655 n = 229 (34%) n = 105 (46%) n = 158 n = (23%) n = 37 n = 23 (43%) n = (26%) n = 5 n = 1 (36%) (33%) n = 83 n = 2 n (21%) = 14 n n = =1 3 (33%) n = 1 n = 94 n = n = 16 n = 6 n = 1 Adaptado de Chancellor et al. AUA 2014; Poster MP33 20.
13 Média ± DP Episódios de incontinência urinária permanecem constantes Maioria dos pacientes mantém desconforto apesar do anticolinérgico tentado Pacientes (%) n = 0 Persistência de sintomas All patients 1 ACH 2 ACHs 3 ACHs 4 ACHs n = -1 3,6 3,6 3,5 3,7 Eventos IU/dia 3,9 All patients 1 ACH 2 ACHs 3 ACHs 4 ACHs 3,0 2,8 3,7 Mantiveram tratamento Descontinuaram 4,4 3,3 Adaptado de Chancellor et al. AUA 2014; Poster MP33 20.
14 OAB refratária Terapia não farmacológica Anticolinérgicos orais Bexiga hiperativa refratária Toxina Botulínica Neuromodulação sacral Neuromodulação tibial posterior Ampliação vesical
15 Toxina botulínica - onabotulinuntoxina Anestesia: sedação endovenosa 100 U intravesical em 20 pontos
16 OnabotulinumtoxinA for the Treatment of Patients with Overactive Bladder and Urinary Incontinence: Results of a Phase 3, Randomized, Placebo Controlled Trial Victor W. Nitti, Roger Dmochowski, Sender Herschorn, Peter Sand, Catherine Thompson, Christopher Nardo, Xiaohong Yan and Cornelia Haag-Molkenteller for the EMBARK Study Group J Urol 2013; 189: N: 557 (280 onabotulinumtoxina A vs 277 Placebo) A- incontinência de urgência B- % continência na semana 12 C- resposta subjeriva - TBS
17 Revisão sistemática Eur Urol 2014 OAB (16 estudos / 1380 pac NE 1 e 2) Incontinência: - 59% Frequência: - 29% Urgência: - 38% CCM: + 58% Pressão detrusora máxima: - 29% ITU: 21% vs 7% placebo CIL: 0 a 12% (7-10%: 100U / 24-31%: 200U) Eur Urol 2014; 6 5:
18 Long-term Extension Trial Final Data De Ridder D, Nitti V, Sussman D, Sand P, Sievert K, Radomski S, Jenkins B, Zheng Y, Chapple C Presented at EAU 2015, AUA ICS 2015
19 Proporção de pacientes com melhora na condição urinária (resposta ao TBS) na semana 12 pós-tb 100 U Pacientes (%) N: 829 Seguimento: 3,5 anos n= Tratamento Onabotulinumtoxina A 100U
20 Episódios / dia de IU (Média de mudança a partir da linha de base) Redução nos episódios de incontinência urinária / dia na semana 12 Número do Treatmento com Onabotulinumtoxina A 100U n= BL =
21 Pacientes (%) Duração média do efeito terapêutico 7,6 meses 40% 35% 34,2% 37,2% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 28,5% 0% n= meses >6 a 12 meses >12 meses
22 429/829 (51.7%) pacientes completaram 3,5 anos de estudo 400/829 (48.3%) descontinuaram ao longo da extensão do estudo - perda de eficácia: 5.7% - eventos adversos: 5.1% - eventos adversos: 0.5% Eventos adversos 3% ao longo de 12 semanas pós-tratamento Evento Adverso n (%) 1 n=829 Ciclos de tratamento com Onabotulinumtoxina A 100U 2 n=608 3 n=388 4 n=273 5 n=185 6 n=139 Infecção urinária 141 (17.0) 98 (16.1) 68 (17.5) 40 (14.7) 25 (13.5) 20 (14.4) Disúria 46 (5.5) 28 (4.6) 16 (4.1) 7 ( 2.6) 7 (3.8) 8 (5.8) Bacteriúria 32 (3.9) 21 (3.5) 18 (4.6) 12 (4.4) 6 (3.2) 4 (2.9) Retenção urinária b 32 (3.9) 20 (3.3) 9 (2.3) 6 (2.2) 3 (1.6) 3 (2.2) Leucocitúria 18 (2.2) 7 (1.2) 4 (1.0) 3 (1.1) 2 (1.1) 5 (3.6) IVAS 8 (1.0) 10 (1.6) 7 (1.8) 2 (0.7) 6 (3.2) 1 (0.7)
23 Conclusões Pacientes com OAB úmida tratados com onabotulinumtoxina A por até 3,5 anos: 74 83% relataram melhora ou grande melhora na condição urinária após cada tratamento Média de redução 3 a 4 / dia nos epsiódios diários de incontinência urinária mantida após cada tratamento Média de redução 3 a 4 / dia nos epsiódios diários de urgência miccional mantida após cada tratamento Duração média do efeito foi 7,6 meses com manutenção ou ganho se comparado ao primeiro tratamento Nenhum novo alerta de segurança após repetidos tratamentos com onabotulinumtoxina A
24 Obrigado
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