Incontinência Urinária Juliana Aquino
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- Cíntia Amarante Coimbra
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1 Incontinência Urinária Juliana Aquino
2 Conceito - A incontinência urinária, na mulher é definida, segundo a Sociedade Internacional de Continência ( International Continence Society ), como a perda involuntária de urina pela uretra, secundária ao aumento da pressão abdominal na ausência de contração do detrusor, e que acarreta problemas sociais à paciente. - A incontinência urinária é a perda involuntária de urina da bexiga em situações impróprias, devendo ser objetivamente demonstrável.
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4 Classificação Existem diversos tipos de incontinência urinária, sendo estas as mais freqüentes: a) Incontinência urinária de esforço: compreende a perda de urina após a realização de um esforço, tal como tossir, espirrar, rir, subir escada, correr, entre outros. Sendo, em geral, de causa anatômica.
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7 b) Incontinência por urgência: este tipo compreende os casos em que quando se sente a vontade de urinar, não há tempo de chegar ao banheiro, ou ainda, quando ouvem barulho de água. Pode ser causada por corpo estranho, carcinoma de bexiga, infecção urinária e muitas vezes a causa é desconhecida.
8 c) Incontinência urinária por bexiga hiperreflexa: o quadro é semelhante ao da urgência, no entanto tem como característica a presença de doenças neurológicas (AVE, Parkinson).
9 d) Incontinência Transitória: é causada por algum agente externo que normalmente,tem tratamento e cura. São causas possíveis os seguintes agentes: infecção urinária, estado de confusão mental, medicamentos, depressão,diabetes descompensado, fezes impactada no intestino, deficiência do hormônio estrogênio etc. Todos esses fatores devem ser investigados e afastados pelo médico quando o paciente chega com a queixa de incontinência urinária.
10 e) Incontinência Funcional: perda de urina em pessoas idosas que não conseguem usar o toalete. Acha-se relacionada aos casos de demência, incapacidades físicas (por exemplo, dificuldade para caminhar), fatores psicológicos e ambientais (banheiros mal localizados, por exemplo) que levam a dificultar o uso do banheiro.
11 f) Incontinência por Transbordamento: aqui existe uma incapacidade de contrair a bexiga de maneira adequada. A bexiga fica cheia de urina e a pessoa não percebe. Pequenas perdas de urina na roupa podem ocorrer. Causas comuns podem ser: diabetes, problemas da coluna vertebral e de crescimento da próstata. Esse tipo é muito comum nos homens com a próstata aumentada de tamanho.
12 Incidência É importante salientar que 45% da população feminina apresentam algum tipo de incontinência urinária, sendo destas 50% de esforço e 20% de urgência.
13 Fisiopatologia Existem situações transitórias e definitivas que podem levar à incontinência urinária. Dentre as transitórias, responsáveis por cerca de 50% dos casos de incontinência urinária nas mulheres idosas, podemos citar: Drogas - Existem vários medicamentos que interferem tanto na função vesical como na uretral. Algumas drogas contra hipertensão arterial, por exemplo, podem levar à incontinência.
14 Problemas mentais Alterações mentais graves que acarretam perda do sentido de orientação podem levar à perda da consciência da plenitude vesical. Infecção urinária As cistites agudas são muito comuns e m pacientes idosas e podem levar à urge-incontinência.
15 Deficiência hormonal - A função uretral relacionada à contenção urinária está intimamente relacionada à produção hormonal ovariana (estrógeno), que é também fundamental para a menstruação. Após a menopausa, a produção de estrógeno diminui, e em algumas mulheres o tecido uretral torna-se mais frágil e sujeito a lesões e infecções.
16 Dentre as situações definitivas que levam à incontinência, podemos citar: Cirurgias abdominais ou pélvicas - Destacamse a histerectomia, as falhas das cirurgias para incontinência e as cirurgias para tratamento de tumores do cólon ou do reto, dentre outras. Acidente vascular cerebral, traumas e tumores medulares - São situações nas quais pode haver comprometimento do controle do sistema nervoso sobre a micção (CLÍNICA DE UROLOGIA, 2003).
17 Quadro clinico De maneira geral, os principais sinais e sintomas são: perda urinária aos menores ou maiores esforços; incapacidade de interromper o fluxo; incapacidade de controlar a micção; não apresentar dor; perda de urina mesmo com a bexiga praticamente vazia; gotejamento constante de urina; desejo freqüente, quase compulsório de esvaziar a bexiga em curtos intervalos; entre outros (BASTOS, 1998).
18 Diagnostico O diagnóstico deve basear-se a partir de três pontos, são estes: a) História Clínica: deve pesquisar-se sobre a duração da patologia; a idade de inicio dos sintomas; a freqüência e o volume de urina; enurese noturna na infância; cirurgia pélvica previa; passado obstétrico; história de infecções genitais; menopausa; estrogenioterapia; prolapso genital; uso de medicamentos; história pregressa de patologias como Parkinson, Diabetes, Demência.
19 b) Exame Físico: avaliação especifica do aparelho geniturinário, com o objetivo de avaliar a deprivação estrogênica, prolapso genital, cistocele(hérnia vesical que se salienta pela vagina), retocele, presença de urina na vagina, sequelas cirúrgicas, rigidez, fixação, edema de uretra.
20 c) Exames Complementares: sumário de urina, urocultura, uretrocistoscopia, testes urodinâmicos, urofluxometria, perfil pressórico uretral, cistometria ( aferir a capacidade da bexiga,ultra-sonografia.
21 Tratamentos O tratamento dependerá do tipo, da causa, do grau de incontinência e de particularidades de cada caso. Técnicas comportamentais: essas técnicas mostram maneiras de controlar o funcionamento da bexiga e músculos envolvidos no controle da micção. Medicamentos: existem vários medicamentos que visam aumentar a residência da uretra, relaxar a bexiga e a uretra ou contrair a bexiga. Cada medicamento é específico para cada caso.
22 Cirurgia: existem muitas técnicas descritas de cirurgia para tratar a incontinência urinária. Hoje em dia, procura-se a técnica mais adequada para cada caso sendo fundamental o diagnóstico correto do que causa a incontinência. Na sua maioria, elas reposicionam a bexiga e a uretra corrigindo defeitos anatômicos. Outras vezes, fecham-se as fístulas existentes.
23 Fisioterapia: é de grande valor para o tratamento desta patologia, uma vez que melhora o estado de alerta físico e mental, a locomoção e a qualidade de vida do paciente, além de melhor, também o condicionamento dos músculos que suportam a bexiga e que impedem a perda urinária.
24 Objetivos da Fisioterapia - Aumentar a auto-estima e a qualidade de vida da paciente; - Prevenir, reabilitar ou minimizar as disfunções do assoalho pélvico; - Promover relaxamento da musculatura sob tensão; - Fortalecer a musculatura enfraquecida;
25 - Aliviar ou eliminar a dor, se presente; - Reeducar a musculatura do assoalho pélvico; - Orientar a paciente para que esta possa compreender a patologia e o tratamento.
26 Condutas Exercícios de Kegel: este exercício visa desenvolver a percepção proprioceptiva, além do controle e fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico (KISNER, 199-)Contrai o assoalho pélvico
27 Cateter de Foley: este equipamento apresentase em diâmetros variados e após ser inserido na vagina, orienta-se para que a paciente resista à retirada do mesmo.
28 Cones Vaginais: utiliza-se gradativamente cinco cones de forma e volumes iguais, mas com pesos variando entre 20 e 70 gramas, contendo um fio de nylon em seu ápice para a sua remoção; o cone é inserido na vagina com a extremidade de menor diâmetro voltada para o vestíbulo, sendo retido através da contração reflexa (cone passivo) ou voluntária (cone ativo) da musculatura do assoalho pélvico; o tratamento pode ser na fase passiva ou ativa.
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30 Estimulação Elétrica: estimula-se as estruturas neuromusculares do assoalho pélvico; esta estimulação do nervo pudendo tem por objetivo fortalecer as fibras musculares do elevador do ânus e da musculatura estriada peri-uretral.
31 Fortalecimento da musculatura abdominal, através de exercícios que realizem movimentos do tronco e da pelve, tais como rotação do tronco, flexão do tronco e retroversão pélvica.(ex:bola de Bobath)
32 Hidroterapia: este recurso pode ser utilizado com objetivo promover um bom relaxamento, bem como favorecer a realização dos exercícios com uma postura mais adequada, equilíbrio e coordenação, melhorando, então, a força muscular
33 Exercícios Recomendados 1º passo: contrair e relaxar o períneo (vagina): vezes em cada uma das posições abaixo. 2º passo: contrair o períneo (vagina) e segure por5 segundos e após relaxe: vezes em cada uma das posições abaixo.
34 Em pé, com as mãos na cintura, pernas juntas,contraia o Glúteo e coloque o quadril para frente e contraia o períneo; a hora em que você relaxar o períneo relaxe junto o glúteo e o quadril:
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