> dúvida se o paciente necessita de EXAME TRANSRETAL DO EQUINO COM CÓLICA. ' Prof. Associado MV. MMV, Doutsr - Inst. Vet. UtHRI, Seropédica - R1
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- Vitorino Álvares Castanho
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1 Cod. Téc. Vet.Zoot., v.58,~. 47de 106,2008 EXAME TRANSRETAL DO EQUINO COM CÓLICA Geraldo Eleno Silveira ~lvesl Paulo de Tarso Landgraf ~ otteon~ Humberto Pereira oliveira3 Fabiane cassou4 O exame transretal é um procedimento da competência do medico veterinário e de importância para os que se dedicam as clínicas reprodutiva, médica e cirúrgica de grandes animais. Em equinos, o ET tem sua execução indicada nos casos de dor abdominal (cólica), suspeita de doença gastrointestinal, perda crônica do peso, febre de origem desconhecida ou diarréia crônica, além de em procedimentos relacionados com o manejo reprodutivo. Em muitos casos, o exame transretal não é necessário, sobretudo quando for possível definir o diagnóstico e a ' Prof. Associado, MV, MMV, Doutor. Esc \'e1 UFMG, Belo Hurizonte - hlg g~raldo@,~e!.ufmg.b~ ' Prof. Associado MV. MMV, Doutsr - Inst. Vet. UtHRI, Seropédica - R1 ' Prof Associado, MV, MMV. Douto,. Esc. Vet. UFMG. Belo Horizonte - MG - Brastl i Dou!oranda. Esc Vet UtP/Ci Belo Ilorizoiite - PAG etiopatogenia da cólica mediante outros procedimentos semiológicos. É importante evidenciar que esse tipo de exame não deve anteceder qualquer outro procedimento do exame clínico e não deve ser realizado sem a avaliação da sua necessidade. Isso limita os riscos envolvidos com o procedimento e previne alterações paramétricas que possam influenciar nas demais observações clínicas. Para avaliar a necessidade, os fatores inerentes ao quadro clínico e ao exame em si, sobretudo no que se refere o seu valor e seus riscos, devem ser considerados de maneira dinâmica e objetiva. Nos episódios de cólica de equinos, o exame transretal auxilia na definição etiopatogênica e na decisão de se optar ou não pelo tratamento cirúrgico. Algumas situações que justificam o exame transretal em equinos com cólica Indefinição de diagnóstico; > dúvida se o paciente necessita de tratamento cirúrgico; h tentativa de reverter deslocamentos intestinais, auxiliando outras manobras como caminhadas em declive e aclive, massagens vigorosas e rolamentos orientados; i transporte do paciente ao hospital para ser operado (em alguns casos, ao final da viagem, verifica-se que não é mais necessária a cirurgia, mas, na
2 Cad. Téc. Vet. Zoo t., v. 58, p. 48 de 106,2008 Cad Téc. Vet. Zoot., v.58, p. 49 de 306,2008 maioria das vezes, e cirurgia é emergencial). 2. LIMITAÇÕES DO EXAME TRANS- RETAL As limitações são outro aspecto relevante a ser avaliado. Dependem de maneira isolada ou associada de condições relativas a capacidade profissional, disponibilidade de instalações, equipamentos, materiais, porte do eqüino, receptividade ao exame, patologia, intensidade da distensão abdominal e grau de dor presente. Com relação a capacidade do clínico, devem ser levados em conta a prática, conhecimento da anatomia normal e adequação do comprimento e espessura do braço, em função do tamanho do cavalo. Cavalos de porte médio são mais compatíveis com o exame transretal que os de portes extremos. Pôneis miniatura e potros de raças de porte médio e idade inferior a um ano geralmente são incompatíveis com o exame transretal, tanto pelo tamanho quanto pelo risco. Além de um Iúmen intestinal menor, o que torna mais fácil a produção de lacerações na mucosa, a vascularização do reto e cólon menor, relacionada com a coluna vertebral, pode ser prejudicada pela mobilização cranial do braço, na tentativa de alcançar as estruturas abdominais mais craniais. Em contrapartida, em cavalos adultos de porte grande, a dificuldade está no distanciamento das estruturas anatômicas, o que limita o exame da cavidade abdominal. A receptividade ao exame varia em função do indivíduo, de raça, sexo, estágio evolutivo da patologia, pressão abdominal, presença de lesões no ânus e/ou no reto e grau de dor, dentre outros. Ausência ou insuficiência de receptividade ao exame pode ser controlada pela adoção de táticas diferentes de contenção, pelo uso de tranqüilizantes e anestésicos, e não deve ser descartada a hipótese de desistência, já que é preferível não realizá-lo a causar um acidente. Dependendo do quadro clínico presente não se deve executar o exame. Em episódios de abdome agudo, grandes distensões abdominais, em primeira análise, refletem envolvimento de compartimentos do intestino grosso. Nesses casos, no decorrer do exame clínico, pode-se determinar se o envolvimento é primário ou secundário, quais segmentos estão envolvidos, tipo de patologia, etc. Desse modo, a localização, a natureza, a distribuição e a intensidade da distensão abdominal, devem ser avaliadas a partir da inspeção, da auscultação, da percussão e da palpação externa. A palpação interna através do reto só será possível se a intensidade da distensão e a dor permitirem. Constitui um contra-senso tentar realizar o exame transretal em um eqüino com distensão abdominal intensa, sem antes aliviar o desconforto. Para tanto, deve-se aumentar ou criar espaço no abdome, mediante de sondagem nasogástrica e/ou vesical ou ainda por tiflocentese. 3. CONDUÇAO DO EXAME TRANS- RETAL O exame deve ser executado de forma segura, tanto para o médico veterinário quanto para o animal. Entre as medidas básicas de segurança, pode-se citar: instalações, técnicas de contenção e experiência do veterinário. Para a sua realização, deve-se sempre utilizar um lubrificante eficiente em quantidade suficiente, e exemplo da mucilagem preparada a base de carboximetil-celulose, sobre uma luva para toque. As luvas de Iátex são menos irritantes do que as de plástico fino flexível ou de polietileno e, nestas últimas, pode ser necessário usar pelo avesso para minimizar o atrito das bordas de colagem com a mucosa coloretal Quanto a instalações, equipamentos e materiais, deve ser salientada a importância da contenção física. Recomenda-se que o exame seja realizado com o animal contido em um brete associado ou não ao uso de cachimbo ou de outros métodos físicos, no intuito de proteger o examinador e o cavalo contra traumatismos. Na ausência do brete, uma porta da baia ou fardos de feno podem ser os artifícios usados para formar uma barreira entre o examinador e o animal. Em animais agressivos, dependendo da necessidade e conveniência, pode-se utilizar métodos químicos para a contenção. A administração de tranquilizantes ou sedativos pode facilitar o exame trasretal. A lidocaína em forma de gel ou em solução pode ser adicionada ao lubrificante, em quantidade suficiente para diminuir o desconforto durante o exame. Anestesia por infusão retal ou ainda anestesia epidural caudal também podem ser utilizadas. A hioscina, na dose de 0.3 mg/kg pode ser útil por promover a diminuição da pressão (Luo et al., 2005). Quando se pensa em utilização de qualquer droga, a condição clínica em curso deve ser sempre muito bem avaliada, com vistas a não ser agravada ou mascarada pela medicação. Especial atenção deve ser tomada com as condições circulatórias gerais, já que as drogas tranqüilizantes e anestésicas interferem na pressão arterial sistêmica. No que diz respeito a técnica em si, o exame transretal deve obedecer a uma rotina previamente estudada, de modo que nenhuma região deixe de ser examinada. Além do pleno conhecimento da anatomia, deve-se também considerar que mais de uma patologia pode estar presente. Desde O início, o exame transretal pode revelar importantes informações como consistência e odor das fezes, presença de sangue, melena, muco, parasitos. Em um eqüino sem alterações (distopias), e sem dificuldade ao exame transretal, uma das técnicas de exploração retal tem início no lado esquerdo, passando-se a mão pelo peritônio e introduzindo o braço até alcançar o baço (Fig. I), cuja superfície é ligeiramente irregular, porém lisa. Na seqüência a mão é dirigida
3 Cod. Téc. Vet. Zoot., v.58, p. 50 de 106, 2008 Cod. Téc. Vet. Zoot., v.58, p. 51 de 206, 2008 medialmente, em direção ao rim esquerdo (Fig. 2), passando pelo espaço nefro-esplênico. A seguir, direciona-se o braço cranialmente, procurando-se a raiz mesentérica, onde a artéria mesentérica cranial ou ileocecocólica (Fig. 3), em alguns casos é possível detectar o pulso. A direita da artéria mesentérica, junto a base do ceco, busca-se o duodeno, que dificilmente é palpado se não há distensão presente O ceco pode ser distinguido pelas tênias mediais e ventrais, orientadas de cima para baixo (Fig. 4). Recua-se o braço para palpar novamente o peritônio, agora do lado direito, até a crista ilíaca direita que serve como guia para que, no garanhão, sejam encontrados os anéis inguinais. A seguir, identificam-se a bexiga medialmente e a flexura pélvica (Fig. 5) logo abaixo da crista ilíaca esquerda. Nesse ponto, estendendo-se a mão, é possível palpar a porção caudal cólon maior esquerdo. Tais estruturas podem, dessa forma, ser identificadas em um animal normal. Figura 1. Palpação do baço. (Adaptado de Rose e Hodgson, 1993). Todas as estruturas palpáveis devem ser avaliadas quanto ao tamanho, sensibilidade, mobilidade, tensão da parede, espessura, presença de edema, presença de tensão na raiz mesentérica, distensão por gás, líquido ou ingesta e dor. Figura 2. Palpação do rim esquerdo. (Adaptado de Rose e Hodgson, 1993). Figura 3. Palpação da raiz mesentérica. (Adaptado de Rose e Hodgson, 1993). Figura 4. Palpação do ceco. (Adaptado de Rose e Hodgson, 1993). Figura 5 Palpação da flexura pelvica (Adaptado de Rose e Hodgsoii, 1993) 4. ANORMALIDADES QUE PODEM SER PALPADAS PELO RETO: As anormalidades intestinais mais comumente observadas: k Dilatação gasosa do intestino; k acúmulo de fezes ou presença de ingesta, bem como suas características; B hipertrofia da parede do íleo; B distensão por líquidos e gás no intestino delgado; > distensão por gás e sólidos no intestino grosso; 2 estiramento do mesentério; i encarceramento nefro-esplênico; P deslocamentos de segmentos do intestino grosso Outras alterações comuns nos animais acometidos de distúrbios gastrintestinais que podem se evidenciadas durante o exame transretal: EnterÓlitos/fecalitos: na maioria dos cavalos, a distensão do cólon dorsal provocada por enterólitos pode ser palpada. No cólon transverso, os enterólitos podem ser tocados. Impactação da flexura pélvica: normalmente o conteúdo intestinal na flexura pélvica é macio, com consistência tendendo a fluida. Nos casos de impactação, aparecerá como uma massa firme identificada pela pressão dos dedos. A impactação pode ser ampla e preencher completamente o cólon maior esquerdo, fazendo com que a flexura pélvica mova-se no abdômen. Obstrução do cólon maior: nas obstruções do cólon maior, ocorre com freqüência timpanismo da porção proximal a obstrução, que pode ser palpado dorsalmente. A distensão extrema do cólon maior por gás, associada a presença de faixas dolorosas ao toque sugere a ocorrência de acidentes como vólvulo, torção ou o deslocamento.
4 nrlimda para avaliaçk tanto do trato nprodutivo, como do trato gastrointtstinrl (Arnoki, et. al., 1978). o d - kíescrno -: rws obs8nrfkr o intestino ---&r0 Ponto amum. k 8l$8s krhttlnrls podrm--pdrprlva~~ umr-wornrkwnpkdoj>dbmãn d u n n t t r ~ O l n ~ d a l p d o, ~riclsnkskruxmhnb pilpivdfpoda~d9rtinluldockt dwnjipgkahitnnnrhpdiluskk dethksetmrkçkí. ~ n 0 m u c o s o r r c d : e m ~ dmorcknis do tnm ~aswnmtkul ckw r muam ntd dou do a%m mm#~odbsitfjmwwou8# mmpw-se. Os nbdukt YnHtka podem =pi;ipickgajcarindadrcwittkidrs kifkmrwounaopllikrr. oums uusrt menos freqolsrtrt de NipPun de rato incluem acidentes dmte i manta, htun w, ~dunnterrplpergkda bnrmyl=-dktbdaoqunmioeniphwrtsponmm 8 rxomb#mkrlltmo (kndd, d w ls?& Skm, et rl. 10%2; sautfw* 19w. lrm#h%~nrmuffipr ~ ~ P Y E L I I S W drcrwnmdr--e ~ernpw#eulwdwwitroo ~ d e ~ e m c 0 ~ 1 t m W cbknmamxdwntroawwm.0 prolnbaaca,m-denppwr, ~ d r ~ ~ = p w (mucoriemiffarkt)wtatr((mug#i, mwcuk e sanaa), rssfm como dr kcrltuçlqprniavlqdrcjillurkrwnr ~~~ibdomhrlqi~~pktqu SaZntrdeIUPIUIIpd5 -t@-pwrdptki.
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