Os reticulados de Bravais 60 CAPÍTULO 4
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- Leonor Malu Porto Nobre
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1 4 Estrutura Cristalina A palavra estrutura vem do latim structura, derivada do verbo struere, construir. No sentido mais geral, ela significa organização das partes ou dos elementos que formam um todo. A suspeita de que as formas externas de um cristal poderiam estar relacionadas com sua ordem interna é relativamente antiga. Robert Hooke ( ), no seu livro Micrographia publicado em 1665, foi um dos primeiros a estabelecer relações entre a forma externa de um cristal e sua estrutura interna. Em 1784, o francês René Just Haüy ( ) deu um passo além e propôs, no seu livro Essai d une théorie sur la structure des cristaux, que os cristais poderiam ser entendidos como um empacotamento de unidades romboédricas que ele denominou molécules intégrantes. A evidência experimental inequívoca da existência de estrutura cristalina nos cristais só aconteceu em 1912 com a difração de raios x, conforme será discutido em capítulo posterior. Um cristal é geralmente definido como um sólido com seus átomos arranjados em um reticulado periódico tridimensional. Idealmente, o arranjo mais estável dos átomos em um cristal será aquele que minimiza a energia livre por unidade de volume ou, em outras palavras, aquele que: preserva a neutralidade elétrica; satisfaz o caráter direcional das ligações covalentes; minimiza as repulsões íon-íon e, além disto, agrupa os átomos o mais compactamente possível. A grande maioria dos sólidos é cristalina. Os cristais encontrados na natureza tiveram um crescimento muito lento ao longo dos processos geológicos e são geralmente muito maiores que os produzidos sinteticamente. 59
2 60 CAPÍTULO 4 Por outro lado, nem todos os sólidos são cristalinos. Alguns, como os vidros e as resinas termorígidas são totalmente amorfos. Outros, como muitos termoplásticos apresentam regiões cristalinas em uma matriz amorfa. Do ponto de vista estrutural, não existem diferenças significativas entre um sólido amorfo e um líquido. Por convenção, a viscosidade é utilizada para distinguir um vidro de um líquido. Acima de poises, a substância é considerada amorfa. Os gases e a grande maioria dos líquidos não apresentam periodicidade nos seus arranjos atômicos. Alguns líquidos, denominados cristais líquidos, apresentam moléculas longas e pouco espessas que podem estar alinhadas paralelamente como em um cristal. A figura 4.1 apresenta a distribuição dos átomos em um gás (a), em um líquido (c), em um sólido amorfo (e) e em um cristal (g). Na mesma figura são apresentadas as funções probabilidade de se encontrar um átomo em função da distância, W(r), para os quatro casos mencionados. Um gás, nas condições normais de pressão e temperatura, contém cerca de átomos/cm 3. A partir de uma determinada distância δ, denominada livre caminho médio, a probabilidade de se encontrar um átomo vizinho é constante. Um líquido contém cerca de átomos/cm 3. Tanto no caso do líquido como no do sólido amorfo existe uma distância para a qual W(r) é máxima. Esta distância está relacionada com a ordem de curto alcance existente nos dois casos. Um cristal contém cerca de átomos/cm 3. A função W(r) apresenta neste caso valores máximos para determinadas posições. Para as posições entre os máximos, a função W(r) se iguala a zero. As substâncias cristalinas exibem anisotropia de várias propriedades tais como, constantes elásticas, constantes ópticas, condutividade elétrica, condutividade térmica, dilatação térmica e até a reatividade química de suas superfícies depende da orientação cristalina. As substâncias amorfas são habitualmente isotrópicas. Os reticulados de Bravais O primeiro trabalho sistemático descrevendo e enumerando os reticulados espaciais é devido ao alemão Moritz Ludwig Frankenheim ( ). Em 1835, Frankenheim propôs 15 reticulados espaciais.
3 ESTRUTURA CRISTALINA 61 Figura 4.1 Distribuição dos átomos no espaço e suas respectivas funções W(r) em um gás (a e b), em um líquido (c e d), em um sólido amorfo (e e f ) e em um cristal (g e h), (segundo W. Schatt). Em 1848, o matemático e professor de física francês Auguste Bravais ( ) mostrou que Frankenheim havia contado duplamente dois reticulados cristalograficamente equivalentes. Um reticulado espacial é um arranjo infinito, tridimensional, de pontos e no qual todo ponto tem a mesma vizinhança e se chama ponto do reticulado. É importante destacar que a cada ponto do reticulado pode estar associado mais de um átomo. Segundo Bravais, os pontos do reticulado podem estar arranjados de 14 maneiras diferentes, denominadas reticulados de Bravais envolvendo 7 sistemas diferentes, chamados sistemas de Bravais (vide figura 4.2).
4 62 CAPÍTULO 4 Cúbico Simples (P) Cúbico de Corpo Centrado (I) Cúbico de Faces Centradas (F) Tetragonal Simples (P) Tetragonal de Corpo Centrado (I) Ortorrômbico Simples (P) Ortorrômbico de Corpo Centrado (I) Ortorrômbico de Base Centrada (C) Ortorrômbico de Faces Centradas (F) Romboédrico (R) Hexagonal (P) Monoclínico Simples (P) Monoclínico de Base Centrada (C) Triclínico (P) Figura 4.2 Os 14 reticulados de Bravais.
5 ESTRUTURA CRISTALINA 63 Os reticulados da figura 4.2 podem ser classificados em 5 tipos: primitivos (P), de corpo centrado (I), de faces centradas (F), de bases centradas (C) e o romboédrico (R). Os reticulados primitivos apresentam pontos reticulares apenas nos vértices da célula. Os reticulados de corpo centrado apresentam pontos reticulares no interior da célula. A designação I, neste caso, tem origem na língua alemã ( innenzentrierte ). Os reticulados do tipo F apresentam pontos reticulares no centro das suas faces. A designação C para os reticulados de base centrada se deve ao fato de que eles apresentam pontos reticulares nas faces perpendiculares ao eixo c. Os diferentes tamanhos e formas dos reticulados da figura 4.2 podem ser descritos em termos de até 3 parâmetros de reticulado ou de rede (a, b, c) e de até 3 ângulos (α, β, γ). A tabela 4.1 apresenta os parâmetros de rede e os ângulos característicos para cada um do 7 sistemas de Bravais. Tabela 4.1 Parâmetros de rede e ângulos dos 7 sistemas de Bravais Sistema Parâmetros de rede Ângulos cúbico a = b = c α = β = γ = 90 tetragonal a = b c α = β = γ = 90 ortorrômbico a b c α = β = γ = 90 romboédrico a = b = c α β γ 90 hexagonal a = b c α = β = 90 ; γ = 120 monoclínico a b c α = γ = 90 ; β > 90 triclínico a b c α β γ 90 Os cristais metálicos Os átomos metálicos podem ser considerados esferas rígidas e disto decorre a grande propensão que eles têm à cristalização. A sua grande maioria se cristaliza com estruturas cristalinas muito simples, conforme ilustra a tabela 4.2. Existem também vários casos de metais com estruturas mais complexas. Um exemplo é o urânio, que apresenta estrutura ortorrômbica. Um outro extremo é o caso do polônio α, que se cristaliza com estrutura cúbica simples.
6 64 CAPÍTULO 4 Tabela 4.2 Estrutura cristalina dos principais metais puros. Estrutura CFC HC CCC Metal Ag, Al, Au, Ca, Co-β, Cu, Fe-γ, Ni, Pb, Pd, Pt, Rh, Sr Be, Cd, Co-α, Hf-α, Mg, Os, Re, Ru, Ti-α, Y, Zn, Zr-α Ba, Cr, Cs, Fe-α, Fe-δ, Hf-β, K, Li, Mo, Na, Nb, Rb, Ta, Ti-β, V, W, Zr-β Vários elementos apresentam no estado sólido diferentes estruturas cristalinas. A denominação para isto é alotropia. Quando o sólido é uma substância composta, a denominação habitualmente usada é polimorfismo. Estas mudanças de estruturas geralmente ocorrem em função de variações de temperatura e pressão. Elas causam variações de volume de alguns porcentos, isto é, muito altas para serem acomodadas elasticamente em um sólido cristalino. Em outras palavras, estas transformações acarretam deformação plástica (permanente). A figura 4.3 apresenta as células unitárias cúbica de faces centradas (a) e cúbica de corpo centrado (b), supondo-se serem os átomos esferas rígidas. Se os parâmetros de rede (a) das duas estruturas da figura 4.3 forem conhecidos, isto é, determinados experimentalmente (vide Capítulo VI), pode-se definir e determinar o raio dos átomos (r) ou raio atômico. Figura 4.3 Células unitárias, supondo-se serem os átomos esferas rígidas: a) cúbica de faces centradas e b) cúbica de corpo centrado.
7 ESTRUTURA CRISTALINA 65 Considerando-se a diagonal da face na estrutura CFC obtém-se a relação: a 2 = 4r ou r = a 2 4 Tomando-se a diagonal do cubo na estrutura CCC obtém-se a relação: a 3 = 4r ou r = a 3 4 Os valores do parâmetro de rede e do raio atômico são diferentes em cada caso. Em outras palavras, o raio atômico depende não só do elemento ou substância mas também da sua estrutura cristalina. Para um mesmo elemento químico, quanto maior for o seu número de vizinhos mais próximos, maior será seu raio atômico, devido às forças de repulsão entre os seus elétrons. O número de vizinhos mais próximos de um átomo em uma determinada estrutura é denominado número de coordenação. Os números de coordenação das estruturas CFC e CCC da figura 4.3 são 12 e 8, respectivamente. O grau de ocupação e quantidade de vazios (interstícios) também é diferente para as duas estruturas da figura 4.3. Este grau de ocupação é denominado fator de empacotamento atômico (FEA) e é definido da seguinte maneira: FEA = volume dos átomos da célula volume da célula Os diferentes planos das estruturas da figura 4.3 não apresentam graus de ocupação ou densidades atômicas idênticas. Uma maneira conveniente de se visualizar os cristais é por meio do empilhamento dos seus planos mais compactos. A figura 4.4 ilustra a obtenção de um cristal com estrutura hexagonal compacta (HC) pelo empilhamento dos seus planos basais, os quais são planos de máxima densidade atômica. Note que o empilhamento neste caso é do tipo ABABAB... De maneira similar, a estrutura CFC também pode ser obtida pelo empilhamento de seus planos mais compactos. Os planos mais compactos da estrutura CFC são aqueles que contém as diagonais do cubo, conforme ilustra a figura 4.5. Neste caso, a seqüência de empilhamento é do tipo AB- CABCABC...
8 66 CAPÍTULO 4 Figura 4.4 Cristal com estrutura HC: a) arranjo dos átomos no reticulado; b) seqüência de empilhamento dos seus planos de máxima densidade atômica (planos basais). Tanto um cristal com a estrutura HC como outro com a estrutura CFC podem ser descritos ou obtidos pelo empilhamento de planos de máxima densidade atômica. Os planos de máxima densidade atômica das duas estruturas são idênticos. A principal diferença é a seqüência de empilhamento. Por esta razão, as duas estruturas apresentam o mesmo fator de empacotamento atômico. A estrutura CCC não apresenta planos de máxima densidade atômica como as estruturas CFC e HC. Por esta razão, a descrição ou representação de cristais com estrutura CCC por meio do empilhamento de planos cristalinos é menos freqüente, mas não impossível. A estrutura CCC também apresenta planos, que embora não sejam de máxima densidade atômica, apresentam maior densidade atômica que os outros. Para identificá-los basta ligar duas arestas paralelas (vide figura 4.3 b) e diagonalmente opostas. O empilhamento destes planos na seqüência ABABAB... gera a estrutura CCC.
9 ESTRUTURA CRISTALINA 67 Figura 4.5 Cristal com estrutura CFC: a) arranjo dos átomos no reticulado; b) e c) seqüência de empilhamento dos planos de máxima densidade atômica. Os cristais iônicos A ligação predominante na maioria dos materiais cerâmicos é a iônica. Suas estruturas cristalinas são compostas de íons ao invés de átomos eletricamente neutros, como no caso dos metais. Portanto, nos materiais cerâmicos iônicos, além do tamanho relativo dos cátions e ânions, deve-se ter neutralidade elétrica.
10 68 CAPÍTULO 4 Os cátions, geralmente metais que cedem elétrons, são habitualmente menores que os ânions. A tabela 4.3 apresenta uma coletânea de raios iônicos. Os cristais iônicos são geralmente mais complexos que os cristais metálicos. Os materiais cerâmicos iônicos são compostos por elementos metálicos e não metálicos, havendo freqüentemente vários átomos (íons) presentes. Estruturas cerâmicas estáveis são formadas quando os ânions que envolvem os cátions estão em contato entre si. O número de coordenação, que neste caso é o número de ânions envolvendo um cátion, depende da relação entre o raio iônico do cátion (r c ) e o raio iônico do ânion (r a ); r c /r a. A tabela 4.3 relaciona o número de coordenação com a relação entre os raios dos cátions e dos ânions. Tabela 4.3 Raio iônico de alguns cátions e ânions, (segundo W.D.Callister, Jr.). Cátion Raio iônico (nm) Ânion Raio iônico (nm) Al 3+ 0,053 Br - 0,196 Ba 2+ 0,136 Cl - 0,181 Ca 2+ 0,100 F - 0,133 Cs + 0,170 I - 0,220 Fe 2+ 0,077 O 2-0,140 Fe 3+ 0,069 S 2-0,184 K + 0,138 N 3-0,171 Mg 2+ 0,072 P 3-0,212 Mn 2+ 0,067 Na + 0,102 Ni 2+ 0,069 Si 4+ 0,040 Ti 4+ 0,061
11 ESTRUTURA CRISTALINA 69 Tabela 4.4 Dependência do número de coordenação com a relação r c /r a. Número de coordenação r c /r a 2 < 0, ,155-0, ,255-0, ,732-1,0 12 > 1 Em seguida, serão apresentados alguns exemplos de cristais iônicos. O primeiro exemplo que será apresentado (vide figura 4.6) e discutido é o do cloreto de césio (CsCl). Figura 4.6 Célula unitária cúbica simples do cloreto de césio (CsCl). Tomando-se os valores dos raios iônicos do Cs + (0,170 nm) e do Cl - (0,181 nm) da tabela 4.3 obtém-se para a relação r c /r a o valor 0,94. De acordo com a tabela 4.4, o número de coordenação esperado é 8. Deve-se acentuar que a estrutura mostrada na figura 4.6 é cúbica simples e não cúbica de corpo centrado, pois a estrutura é neste caso definida pelos ânions. Algumas fases intermetálicas, tais como NiAl e latão β (Cu-Zn) também se cristalizam com esta estrutura. Neste caso ela é considerada CCC.
12 70 CAPÍTULO 4 O segundo exemplo que será apresentado é o do cloreto de sódio (NaCl) ou sal gema. A relação entre o raio iônico do cátion e o raio iônico do ânion é neste caso 0,56. De acordo com a tabela 4.4, o número de coordenação esperado é 6. A figura 4.7 mostra a célula unitária do NaCl, onde pode-se notar que realmente 6 ânions rodeiam ou envolvem cada cátion. Figura 4.7 Célula unitária cúbica de faces centradas do cloreto de sódio. Figura 4.8 Célula unitária cúbica de faces centradas do BaTiO 3.
13 ESTRUTURA CRISTALINA 71 Os ânions e os cátions da figura 4.7 formam duas células cúbicas de faces centradas interpenetrantes. Vários materiais cerâmicos tais como MgO, FeO, LiF, MnS, TiN, TiC e NbC apresentam estrutura CFC do tipo NaCl. Alguns materiais cerâmicos apresentam mais de um tipo de ânion. Um exemplo típico é a estrutura perovsquita do titanato de bário (BaTiO 3 ), mostrada na figura 4.8. O titanato de bário apresenta estrutura cúbica acima de 120 C. Abaixo desta temperatura sua célula é levemente tetragonal. Vários compostos piezoelétricos tais como BaTiO 3, SrZrO 3 e SrSnO 3, apresentam este tipo de estrutura. Outro grupo importante de materiais cerâmicos é o dos espinélios. Eles têm fórmula geral M 2+ M 2 3+ O 4, onde M pode ser Mn, Fe, Co ou muitos outros íons de metais de transição ou não. M 2+ e M 3+ podem ser dois metais diferentes ou um mesmo metal em dois estados de oxidação diferentes. Por exemplo, os óxidos Fe 3 O 4 e Mn 3 O 4 são espinélios e suas fórmulas podem ser escritas de forma mais explícita, respectivamente como Fe 2+ Fe 2 3+ O 4 e Mn 2+ Mn 2 3+ O 4. Um exemplo de espinélio com íons metálicos diferentes é o aluminato de magnésio (MgAl 2 O 4 ). Os ânions O 2- formam uma estrutura CFC. Os interstícios tetraédricos da estrutura CFC são ocupados pelos cátions Mg 2+, enquanto os cátions Al 3+ ocupam os interstícios octaédricos. Os cristais covalentes Numerosos materiais cerâmicos têm um determinado caráter covalente nas suas ligações químicas. Para alguns, principalmente nitretos e carbonetos, este caráter covalente é predominante. O exemplo mais familiar de cristal covalente é o diamante, em que cada átomo de carbono está ligado (por ligações covalentes) a quatro outros átomos de carbono, conforme ilustra a figura 4.9. Outros elementos do grupo IV A da tabela periódica apresentam este tipo de estrutura: germânio, silício e estanho cinza, o qual é estável abaixo de 13 C. O carboneto de silício β (β - SiC ) é outro exemplo típico de cristal cerâmico predominantemente covalente. Na sua estrutura CFC, cada átomo de silício tem quatro átomos de carbono como vizinhos, e cada átomo de carbono tem também quatro átomos de silício como vizinhos, conforme ilustra a figura 4.10.
14 72 CAPÍTULO 4 Figura 4.9 Estrutura cúbica do diamante. Figura 4.10 Célula unitária cúbica de faces centradas do β - SiC.
15 ESTRUTURA CRISTALINA 73 As regiões cristalinas dos termoplásticos também são constituídas de cristais covalentes. A figura 4.11 apresenta a estrutura ortorrômbica do polietileno. Note que cada posição do reticulado é ocupada por vários átomos. Figura 4.11 Estrutura ortorrômbica do polietileno. Os quase-cristais Em meados da década de 1980, alguns pesquisadores observaram figuras de difração de elétrons com simetria icosagonal, ao analisar no microscópio eletrônico de transmissão, ligas alumínio-manganês resfriadas ultra-rapidamente a partir do estado líquido. Estas figuras de difração causaram grande sensação no meio científico, pois este tipo de simetria não pode ser justificado com nenhum dos 14 reticulados de Bravais. Estudos mais detalhados mostraram que na verdade a figura de difração obtida pode ser explicada supondo-se que os átomos estão deslocados, com relação a uma estrutura cristalina perfeita, em uma condição de organização no espaço, intermediária entre um cristal e um sólido amorfo. Materiais nesta condição são atualmente denominados quase-cristais (vide figura 4.12).
16 74 CAPÍTULO 4 Figura 4.12 Arranjo dos átomos em um quase-cristal (esquemático).
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