OFICINAS DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO: CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR.

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1 OFICINAS DE BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO: CONSTRUINDO ESTRATÉGIAS PARA GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR. Tarcisio Costa¹ ¹Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Gramado-RS, Maio de Promoção

2 Introdução A comercialização de alimentos tradicionais, além de agregar maior valor aos produtos rurais, resgatam a história e a cultura presentes nesses alimentos. Fonte: ed0f6704b %7d_19.04 ala_das_marisqueiras.jpg ZUIN e ZUIN, 2008.

3 Introdução A região do Recôncavo Baiano constitui-se em um dos berços da cultura baiana, sendo a pesca artesanal uma de suas principais manifestações. Fonte: OTT, 1944.

4 Introdução Os pescadores artesa nais são os principais responsáveis pelo abastecimen to do mercado nacional. Fonte::tp:// 611dff6eaea.jpg&w=200&h=150 Fonte: 80e2ef83df1d.jpg ESPM, 2008

5 Introdução Os pescadores utilizam-se de práticas tradicionais de pesca e existe uma desorganização ao longo de toda a cadeia produtiva. Fonte: m.jpg Fonte::ttp:// amana_santa_rp_0020_copia.jpg? SANTOS, 2006.

6 Objetivo Socializar uma experiência de construção de oficinas de Boas Práticas de Fabricação (BPF) para pescadoras no Recôncavo Baiano.

7 Metodologia A proposta de trabalho foi desenvolvida com uma associação de pescadoras de um Município do Recôncavo da Bahia. Alternativa coletiva de transformação social, na qual a melhoria do processo produtivo será feita a partir das experiências dos atores dos empreendimentos solidários aliadas ao saber científico. Os aspectos éticos foram respeitados.

8 Metodologia Observação da realidade Pré-teste Construção das oficinas de BPF Análise da realidade

9 Metodologia As atividades formativas foram distribuídas em módulos: Conceitos básicos de BPF; Noção de microbiologia de alimentos; Higiene: pessoal, dos alimentos, do ambiente, dos utensílios e dos equipamentos; Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar; Processamento de alimentos.

10 Resultados e discussão Tabela 1: Dados socioeconômicos das pescadoras de um município do Recôncavo da Bahia, Questões Resultados Idade Escolaridade Tempo de trabalho com o pescado Entre 30 e 45 anos 80,3% relatam saber ler e escrever Desde a infância Renda Única fonte de renda para 66,7% das entrevistadas Fonte:

11 Resultados e discussão Uma informação preocupante é que todas as pescadoras entrevistadas nunca receberam treinamento sobre as BPF. Os manipuladores de alimentos devem receber capacitação de forma continua. FERREIRA et al., (2001) e STEFANELLO et al., (2009)

12 Resultados e discussão As entrevistadas em sua maioria associaram as BPF a relação de limpeza, asseio e ter higiene no tratamento do pescado. São como você consegue ter os mariscos pra não ter bactérias.

13 Resultados e discussão Quando questionadas quanto a importância das BPF, elas relacionaram à saúde. Em seu relato uma participante afirmou: É pra saúde da gente, pra não pegar bactéria, para poder vender e não receber reclamação.

14 Resultados e discussão As pescadoras percebem as BPF como sinônimo de higiene e de poder comercializar o pescado sem reclamações por parte dos clientes. Embora as mesmas não têm noção dos procedimentos de BPF na sua atividade (Etapa avaliação da realidade).

15 Resultados e discussão A importância do conhecimento acerca das BPF é citada por Stefanello et al., (2009) ressaltando que a qualidade higiênico-sanitária é um fator de segurança alimentar. Fonte:

16 Resultados e discussão Ao apoiar pequenos empreendimentos rurais e urbanos dedicados ao cultivo, transformação e comercialização de produtos agroalimentares ampliase, ao mesmo tempo, a disponibilidade de alimentos de qualidade de um modo menos custoso, valorizando a diversidade nos hábitos de cultivo e de consumo. Fonte: MALUF et al (2002)

17 Considerações finais O processo formativo se constitui como uma das estratégias de base para consolidação dos grupos como uma forma de fortalecimento das práticas organizacionais. As oficinas de BPF são alternativas eficientes e criativas, de fácil execução e baixo custo, sendo possível a reaplicação dessa metodologia em outras comunidades com situação semelhante.

18 Agradecimentos

19 Referências bibliográficas ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing, Aquicultura e pesca: camarões - Estudos de Mercado, Sebrae/Escola Superior de Propaganda e Marketing, Disponível em: A.pdf. Acesso: 23 de Ago FERREIRA, C.E.M et al, 2001 apud ARAÚJO, W. D. B. et al. Avaliação do conhecimento de manipuladores de alimentos quanto às boas práticas de fabricação. Revista Vivências. Disponível em: acesso em: 21 Ago FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 15. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação. Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, OTT, C. F., 1944 apud: SOUTO, F. J. B; Martins, V. S. Conhecimentos etnoecológicos na mariscagem de moluscos bivalves no Manguezal do Distrito de Acupe, Santo Amaro BA. Biotemas, Santa Catarina, v. 22, n. 4, p , dezembro de 2009.

20 Referências bibliográficas SANTOS, C.A.M.L. A qualidade do pescado e a segurança dos alimentos, In: SIMPÓSIO DE CONTROLE DO PESCADO, 2, São Paulo, Disponível em: ftp://ftp.sp.gov.br/ftppesca/qualidade_pescado.pd, Acesso em: 21 Ago STEFANELLO, C. L.; LINN, D. S.; MESQUITA, M.O. Percepção sobre Boas Práticaspor cozinheiras e auxiliares de cozinha de uma UAN do noroeste do RioGrande do Sul. Vivências, v. 5, n. 8, p , TAVOLARO, P et al., Avaliação do conhecimento em práticas de higiene: uma abordagem qualitativa. Rev. Interface: Botucatu. v.10. n.19, ZUIN F.S; ZUIN, P.B. Produção de alimentos tradicionais contribuindo para o desenvolvimento local/regional e dos pequenos produtores rurais. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, Taubaté, SP, v.4, n. 1, p , MALUF, R.S. et al Caderno Segurança Alimentar. Fórum Social Mundial, 1, Porto Alegre, Disponível em: Acessado em 30 de Janeiro de 2012.

21 Obrigado!