PLANO DE ACÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA
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- João Batista Bergmann Monsanto
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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DO MAR, ÁGUAS INTERIORES E PESCAS INSTITUTO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA PESCA E AQUACULTURA PLANO DE ACÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA 1
2 Introdução Objectivos Enquadramento CONTEÚDO Potencialidades para o desenvolvimento da aquacultura Resultados do PAMP Principais desafios da aquacultura Resultados esperados Papel dos actores-chave 2
3 INTRODUÇÃO Produção mundial de pescado (em 2012) foi 158 milhões de toneladas. Produção mundial de pescado para consumo humano 136 milhões de toneladas. 69,6 milhões de toneladas (51,1%) tiveram origem na pesca. 66,6 milhões (48,9%) de toneladas tiveram origem na aquacultura. 3
4 INTRODUÇÃO Há 40 anos a aquacultura contribuía com menos de 1% da produção mundial de pescado. Prevê-se que até 2030 a aquacultura contribua com mais de 60% da produção mundial de pescado. 4
5 INTRODUÇÃO Em Moçambique a aquacultura inciou na década de 1950 com o povoamento de represas. Na década de 60 foram construídos 3 centros de pesquisa e demonstração aquícolas em Sussundenga, Chokwé e Umbelúzi. Na década de 1990 surge a indústria de aquacultura nas províncias de Cabo Delgado, Zambézia e Sofala. 5
6 INTRODUÇÃO Colapso da aquacultura de camarão marinho e decadência gradual da aquacultura comercial em água doce devido à: Doença da mancha branca; Falta de insumos aquícolas. Desenhado e implementado o Plano de Massificação da Piscicultura (PAMP ) para responder novos desafios 6
7 INTRODUÇÃO Principal objectivo do PAMP era fomentar o cultivo de peixe; Apesar da massificação, a aquacultura de pequena escala não tem mostrado sinais de desenvolvimento assinaláveis; Necessidade de desenhar o Plano de Acção para Desenvolvimento da Aquacultura para responder aos desafios actuais. 7
8 OBJECTIVOS Objectivo geral Promover uma aquacultura comercial viável e sustentável nos domínios económico, social e ambiental. Objectivos específicos Aumentar a disponibilização de sementes aquícolas, ração e produção aquícola e melhorar o acesso aos serviços de extensão. Definir uma estratégia de comercialização de produtos e insumos de aquacultura Garantir o ordenamento da actividade aquícola Reforçar a capacidade institucional 8
9 ENQUADRAMENTO Plano Director das Pescas II A segurança alimentar e nutricional surgem como prioridades a par da melhoria das condições de vida das comunidades de pescadores artesanais e de aquacultores de pequena escala 9
10 ENQUADRAMENTO Plano Quinquenal do Governo Tem como prioridade e objectivos, promover o emprego, a produtividade e a competitividade: Assegurar a implantação de um programa de industrialização orientada para agregar valor através do uso de recursos nacionais; Expandir os centros de formação, investigação e de transferência de tecnologias para capacitação de produtores locais; Dinamizar a implantação de parques industriais, aquaparques, centros zonais de produção de alevinos e outras facilidades para o desenvolvimento do sector produtivo; Promover transferência de tecnologia aquícola e de pesca. 10
11 ENQUADRAMENTO Plano Quinquenal do Governo Promover a capacitação de pescadores processadores, comerciantes e aquacultores de pequena escala em técnicas de manuseamento e processamento e conservação de pescado; Estabelecer mecanismos de certificação aquícola; Promover e incentivar a integração dos pequenos produtores na cadeia de valor de bens e serviços. 11
12 ENQUADRAMENTO Estratégia de Desenvolvimento da Aquacultura EDA A estratégia assenta-se em três objectivos específicos: Promover o desenvolvimento sustentado da aquacultura para aumentar a renda dos aquacultores; Aumentar os níveis de produção anuais actuais de camarão marinhos e todas as outras espécies aquáticas para exportação e consumo por parte da população; Estabelecer um quadro jurídico, regulamentar e institucional para a gestão adequada e eficaz da aquacultura que garante a gestão, administração e exploração sustentável de recursos que são objecto da aquacultura. 12
13 POTENCIALIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA Aquacultura marinha ha para tanques de terra ha para o cultivo em gaiolas ha para o cultivo de algas marinhas Apenas cerca de 850 ha são explorados 13
14 POTENCIALIDADES PARA O DESENVOLVIMENTO DA AQUACULTURA Aquacultura águas interiores Estima-se em cerca de ha de terra apta Cerca de 180 ha são actualmente explorados Produção em 2015 foi de 1400 toneladas de peixe 14
15 ESPÉCIES COM POTENCIAL PARA SEREM CULTIVADAS Camarões: camarão tigre (Penaeus monodon), camarão branco (Penaeus indicus) e camarão flor (Penaeus japonicus). Algas marinhas: Eucheuma spinosum e Kappaphycus alvarezii. Peixes : tilápia (mossambica, rendalli), carpa (comum,herbívora, prateada) e peixe gato. 15
16 RESULTADOS DO PAMP Previsto Construção de tanques Produção de 6 milhões alevinos/ano Produção de 4 mil toneladas por ano Realizado Construídos tanques 2.5 milhões de alevinos são disponibilizados /ano Produção actual é de 1400 toneladas 16
17 RESULTADOS PAMP
18 RESULTADOS PAMP Produção da aquacultura industrial Camarão marinho Peixe marinho Algas marinhas Peixe de água doce Aquacultura industrial registou declínio com colapso da produção do camarão 18
19 PRINCIPAIS DESAFIOS DA AQUACULTURA Aumentar a produção e produtividade aquícola Garantir o acesso ao mercado e aos serviços financeiros Fortificar os serviços de pesquisa e investigação Apoio institucional Ordenamento da actividade aquícola Melhoria do quadro legal 19
20 Aumento da produção e produtividade aquícola Melhorar o acesso aos serviços de extensão Disponibilização de sementes aquícolas e ração Construção de infraestruturas de apoio à produção: Unidades de produção de alevinos Fábricas de produção de ração Aquaparques Unidades de demonstração para a transferência de tecnologias de produção. Vias de acesso Electricidade 20
21 Acesso ao mercado e a serviços financeiros Criar condições para garantir a qualidade higiosanitária e agregar valor aos produtos da aquacultura; Impulsionar o desenvolvimento de um sector comercial virado para a produção e comercialização de insumos aquícolas; Mobilizar recursos financeiros para criação de linhas de crédito acessíveis para o desenvolvimento de actividades aquícolas e afins. 21
22 Fortificar os serviços de pesquisa e investigação Identificar localmente espécies cultiváveis Melhoramento genético das espécies cultiváveis de acordo com as especificidades agro-ecológicas de cada região. Formulação de rações com base em ingredientes localmente disponíveis Monitoramento e mitigação de doenças 22
23 Apoio institucional Desenvolvimento do capital humano Capacitação/treinamento técnicos em matérias de aquacultura. Fortalecimento da coordenação entre as instituições de pesquisa, ensino e investigação com o sector produtivo. Disponibilização meios, equipamentos e materiais de trabalho. 23
24 Ordenamento da actividade aquícola Zoneamento e reserva das áreas potenciais para a aquacultura Licenciamento e registo de projectos de aquacultura Aprimoramento do sistema de recolha de dados estatísticos. 24
25 Melhoria do quadro legal Desenho de um quadro legal e normativo que responde aos desafios actuais, tais como: Importação de insumos, Controlo de movimentos de animais, Utilização de drogas e medicamentos veterinários. Revisão do Regulamento Geral da Aquacultura Criação de um código de conduta para uma aquacultura responsável 25
26 RESULTADOS ESPERADOS Aumentada a produção da aquacultura de pequena escala de 838 toneladas para 40 mil toneladas até 2020 Aumentada a produção da aquacultura industrial de 264 toneladas para 78 mil até
27 IDEPA PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Divulgar as potencialidades existentes para o desenvolvimento da aquacultura; Criar programas de mobilização de investimentos e assegurar a sua divulgação; Identificar e apoiar pessoas interessadas para o desenvolvimento das iniciativas; Identificar locais estratégicos para a construção de unidades de produção de sementes e recria; 27
28 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE IDEPA Promover a construção de aquaparques; Influenciar as autoridades competentes nos processos de isenção ou redução de taxas de importação de equipamentos, matrizes, produtos e drogas de uso veterinário e outras taxas de modo a tornar o produto final de baixo custo para o produtor e consumidor; Colaborar na certificação das unidades de produção de sementes de modo a garantir a qualidade aceitável do produto. 28
29 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Fundo de Fomento Pesqueiro (FFP) Incentivar as instituições de micro finanças ligadas ao desenvolvimento rural para financiar acções de desenvolvimento da aquacultura; Estabelecer parcerias com as instituições microfinanceira para facilitar o acesso ao crédito a produtores; Promover a aquacultura de pequena escala através de pacotes de incentivos; Celebrar contratos com os agentes interessados em desenvolver a aquacultura e definir os planos de amortizações e cobranças. 29
30 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Instituto Nacional de Investigação (IIP) Realizar investigação para garantir a produção de sementes e ração de qualidade; Realizar experiências de melhoramento genético das espécies nativas; Identificar espécies com potencial para aquacultura; Garantir a disponibilidade de matrizes de qualidade aos produtores 30
31 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Administração Nacional das Pescas (ADNAP) Licenciamento de empreendimentos aquícolas e seus operadores; Definir políticas e estratégias para o desenvolvimento responsável e sustentável da aquacultura; Organizar e manter actualizado o registo das actividades da aquacultura e respectivos titulares; Estabelecer mecanismos de monitorização e controlo das actividades aquícolas. 31
32 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Instituto Nacional de Inspecção do Pescado (INIP) Licenciar sanitariamente as instalações de: aquacultura, recolha e manutenção de organismos aquáticos vivos e fábrica de rações; Certificar produtos da aquacultura e ração; Fazer a monitorização e o controlo de doenças aquáticas em empreendimentos de aquacultura; Elaborar procedimentos de licenciamento e certificação sanitários na aquacultura. 32
33 PAPEL DOS ACTORES-CHAVE Escola de Pesca Formação vocacional em Aquacultura dirigida aos estudantes e extensionistas do sector; Promoção de cursos de curta duração dirigidos aos técnicos extensionistas do sector e as empresas privadas e organizações de base comunitária de base Governos provinciais Incentivar os conselhos consultivos locais para a divulgação de oportunidades de negócio na área da aquacultura (criação de unidades de produção de sementes, ração, engorda e processamento) Apoiar os interessados na concessão de espaços e DUAT s 33
34 Obrigado 34
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