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1 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto P O L I MERIZAÇÃO DO EST IRENO Projeto FEUP 2013/2014 Mestrado Integrado em Engenharia Química Supervisor: José Inácio Martins Monitor: António Carvalho Estudantes: Márcia Santos Mariana Gomes Paulo Silva Pedro Gomes Sofia Delgado Sofia Silva Vítor Pereira

2 RESUMO Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular Projeto FEUP, do curso de Engenharia Química da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Com a polimerização do estireno como tema central, foi, inicialmente, abordado o estireno como matéria-prima e ponto de partida para a polimerização. De seguida, foram descritos os principais mecanismos de produção do poliestireno, sendo estes enquadrados na indústria de acordo com as vantagens e desvantagens que acarretam. Posteriormente, referiram-se os principais condicionantes da reação de polimerização, que influenciam o rendimento e a velocidade. Por fim, abordaram-se as principais aplicações dos diferentes tipos de poliestireno. PALAVRAS-CHAVE Estireno; polimerização; poliestireno. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 2/22

3 ABSTRACT This report was written under the subject of Projeto FEUP of the first year of Chemical Engineering in Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. With styrene s polymerization as central topic, it was initially addressed styrene as a raw material and a starting point for polymerization. Then, the main mechanisms for the production of polystyrene were described, which are fitted in industry under the advantages and disadvantages they imply. Subsequently it was referred the main determinants of the polymerization reaction, which influence its efficiency and speed. Finally we discussed the main applications of different kinds of polystyrene. KEY WORDS Styrene; polymerization; polystyrene. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 3/22

4 AGRADECIMENTOS O grupo aproveita para agradecer a todos os que colaboraram na realização deste projeto, nomeadamente e em especial ao professor José Inácio Martins e ao monitor António Carvalho, pelas orientações e esclarecimentos prestados, bem como pelo tempo empregue para ajudar ao sucesso do trabalho. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 4/22

5 Índice Introdução... 7 Processo de fabrico do poliestireno... 8 Etapas de produção poliestireno em geral... 8 Mecanismos de Polimerização e processos Reacções de polimerização Exemplos das reações de polimerização Polimerização por Adição Polimerização em solução via radicais livres Iniciação: Propagação Terminação Polimerização por Condensação Efeitos sobre a saúde Cinética Polimerização do Estireno Aplicações Versatilidade Mercado Mundial Conclusão Referências bibliográficas Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 5/22

6 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1: Exemplo Pellets de poliestireno cristal. Forma esférica e cristalina... 9 Figura 2: Fluxograma de fabricação do poliestireno (Neste caso, poliestireno cristal)... 9 Figura 3: Esquema da fase de Iniciação Figura 4: Formação dos radicais a partir do monómero de estireno Figura 5: Clivagem homolítica do peróxido de benzoíla formando dois radicais derivados de ácido benzóico Figura 6: Esquema da fase de Crescimento Figura 7: Uma das reações que ocorre durante a propagação na polimerização de poliestireno Figura 8: Esquema da combinação de dois macro radicais Figura 9: Esquema da dismutação por transferência de um átomo de hidrogénio Figura 10: Esquema da combinação de um macro radical com um centro ativo Figura 11: Formação de um dímero a partir de dois monómeros Figura 12: Formação do trímero ABA Figura 13: Formação do trímero BAB Figura 14: Esquema da reação de formação de um poliéster por polimerização por condensação Figura 15: Esquema de formação de um poliuretano por polimerização por condensação Figura 16: Comparação da capacidade instalada, procura e produção de poliestireno em toneladas por ano, nos principais mercados mundiais ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Principais características das reações de polimerização por adição e por condensação Tabela 2: Mecanismo cinético básico para a polimerização Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 6/22

7 INTRODUÇÃO A descoberta do monómero de estireno deve-se a Newman que o isolou, em 1786, através da destilação do líquido âmbar, uma resina sólida obtida a partir de uma família de árvores nativas do extremo Oriente e Califórnia. Este líquido liberta um odor de baunilha e era usado em propriedades medicinais e na perfumaria. Contém um ácido cinâmico, que é facilmente descarboxilado para a obtenção do estireno. A primeira polimerização do estireno é creditada a E.Simon, em Foi obtido um composto sólido proveniente da destilação com vapor a partir de uma resina gomosa, denominado estirol. Entretanto, foi somente com a descoberta da quebra de ligações do etil-benzeno em moléculas mais simples e do desenvolvimento de inibidores de polimerização eficientes que o estireno e posteriormente o poliestireno começaram a ser comercializados em escala industrial. Devido à alta exotermicidade da reação de polimerização do estireno, o desenvolvimento de inibidores de polimerização foi necessário para evitar perdas durante a destilação do estireno a partir do etil-benzeno e permitir a reserva do estireno de forma segura, evitando a formação de polímero. A partir do desenvolvimento de inibidores eficazes, tornou-se fácil a polimerização do estireno e consequente comercialização simples e rápida do poliestireno. Os produtos de poliestireno fazem parte da sociedade atual, e são aplicados nos mais variados segmentos como nos eletrodomésticos, bens de consumo, descartáveis, informática e construção civil, entre outros, como será abordado ao longo do trabalho. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 7/22

8 PROCESSO DE FABRICO DO POLIESTIRENO O monómero para a produção do poliestireno é o estireno, que quimicamente é um hidrocarboneto aromático insaturado de fórmula C 6 H 5 C 2 H 3. É também chamado de fenilacetileno ou vinilbenzeno. O estireno é um líquido, com ponto de ebulição 145 C e ponto de solidificação -30,6 C. Quando puro é incolor, apresenta um odor agradável e adocicado. Pode ser obtido industrialmente a partir de vários processos, no entanto o mais utilizado consiste na desidrogenação do etil-benzeno. O etil-benzeno é obtido a partir da alquilação do benzeno por reação com o etileno, na presença de um catalisador, como por exemplo: cloreto de alumínio (AlCl 3 ). A desidrogenação do etil-benzeno é provocada pela ação do calor, na presença de óxidos metálicos, tais como o óxido de zinco, cálcio, magnésio, ferro ou cobre. A temperatura do sistema deve ser entre 600 C e 800 C. A reação é endotérmica e a pressão é reduzida. O grau de pureza do estireno utilizado no processo de polimerização dever ter um grau de pureza superior 99,6%, uma vez que os contaminantes que provêm do seu processo de produção (etilbenzeno e xilenos) afetam o peso molecular do poliestireno. ETAPAS DE PRODUÇÃO POLIESTIRENO EM GERAL Torre de alumínio: Objetivo de reter as impurezas provenientes da produção do estireno e principalmente reter o anti polimerizador adicionado durante a fabricação do estireno (de forma a evitar o amarelecimento no polímero). Reatores em série: O monómero juntamente com os aditivos e o iniciador passam para os reatores. Dá-se a iniciação mais rápida da reação, sendo os peróxidos, os iniciadores mais usados. Os tipos de reatores e outros equipamentos variam de acordo com a tecnologia utilizada para a fabricação da resina. Desvolatilização: O objetivo é a separação do monômero não reagido e dos aditivos que não foram incorporados na corrente principal contendo o polímero. É de salientar que, os equipamentos envolvidos nesta etapa trabalham a uma pressão bastante reduzida e altas temperaturas com o intuito de obter um polímero com elevado grau de pureza, visto que é uma especificação bastante exigida pelos clientes, principalmente pelos produtores de embalagens alimentares. Peletização/Granulação: A massa polimérica é transformada em pellets, que é a forma como o polímero é entregue aos clientes. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 8/22

9 Figura 1: Exemplo Pellets de poliestireno cristal. Forma esférica e cristalina. O poliestireno é um material de polimerização simples e de fácil processabilidade, além disso, é um termoplástico, tornando possível a sua reciclagem. Várias especificações são requeridas durante a produção do poliestireno, dependendo da aplicação final desejada. As principais são: Índice de Fluidez (IF); Temperatura de amolecimento; Transparência (no caso de ser cristal); Resistência ao impacto, sendo essa qualidade, a principal. As condições de processo são variadas e também dependem de: Temperatura dos reatores; Concentração de aditivos; Temperatura dos equipamentos de separação; Tipos de polibutadienos incorporados ao estireno (poliestireno de alto impacto). As noções interiorizadas dos diferentes tipos de poliestireno serão esclarecidas no ponto Versatilidade do relatório. Figura 2: Fluxograma de fabricação do poliestireno (neste caso, poliestireno cristal). Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 9/22

10 MECANISMOS DE POLIMERIZAÇÃO E PROCESSOS REACÇÕES DE POLIMERIZAÇÃO As reações químicas que produzem polímeros a partir de monómeros designam-se por reações de polimerização. Em geral, podem considerar-se dois mecanismos fundamentais de polimerização: com crescimento em cadeia (adição) e com crescimento em etapas (condensação), no entanto, existem outros mecanismos menos importantes, como a polimerização por coordenação, em que se utilizam normalmente catalisadores metálicos. EXEMPLOS DAS REAÇÕES DE POLIMERIZAÇÃO Alguns termoplásticos, como o polietileno de baixa densidade e o poliestireno, são obtidos a partir dos respetivos monómeros por processos de polimerização por radicais (adição); outros, como os poliuretanos, são obtidos por polimerização por condensação; o nylon-6 por polimerização iónica e ainda o polipropileno e polietileno de alta densidade por polimerização por coordenação. Outros materiais poliméricos são, por exemplo, as resinas de poliéster, que se obtêm através de técnicas de polimerização por condensação e por radicais. POLIMERIZAÇÃO POR ADIÇÃO Na polimerização por adição, as espécies responsáveis pelo crescimento das cadeias moleculares são radicais, isto é, espécies moleculares com um eletrão desemparelhado. A esta espécie, responsável pela iniciação da polimerização, atribui-se a designação de centro ativo e a ela se adicionam, sucessivamente, novas moléculas de monómero para se formar o polímero. Daí advêm as designações dadas a este tipo de polimerização: polimerização por adição, polimerização radicalar ou polimerização com crescimento em cadeia. (Ribeiro 1999) POLIMERIZAÇÃO EM SOLUÇÃO VIA RADICAIS LIVRES A polimerização radicalar é o método mais utilizado industrialmente, devido ao baixo custo, fácil execução, compatibilidade com diversos monómeros e tolerância a impurezas e à água no meio reacional. Este processo reativo é caracterizado pela existência de três etapas: iniciação, propagação e terminação, todas com características, mecanismos e velocidades distintas. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 10/22

11 INICIAÇÃO: Para se formar espécies reativas, é necessário a utilização de um agente iniciador, que pode ser o calor, radiações eletromagnéticas ou um agente químico. Nos dois primeiros casos, os radicais formam-se através de cisão homolítica (quebra de duplas ligações). Deste tipo de iniciação obtém-se um produto de elevado grau de pureza, o que é desejado industrialmente. No entanto, não apresentam viabilidade, nomeadamente, devido às altas temperaturas exigidas. A iniciação química é a que apresenta maior utilização a nível industrial. A partir de um iniciador que se dissocia em dois radicais livres que se associam a um monómero (estireno). Figura 3: Esquema da fase de Iniciação, em que I representa o Iniciador e R o Radical. Figura 4: Formação dos radicais a partir do monómero de estireno. No caso do poliestireno, um dos iniciadores utilizados é o peróxido de benzoíla. A sua escolha depende da sua solubilidade e temperatura de decomposição. No caso de a polimerização ser realizada num solvente orgânico (xileno), o iniciador deve ser solúvel no solvente e a sua temperatura de decomposição deve ser igual ou menor ao ponto de ebulição do solvente. A sua decomposição baseia-se na clivagem homolítica nas ligações O-O quando submetido a temperaturas elevadas. Figura 5: Clivagem homolítica do peróxido de benzoíla formando dois radicais derivados de ácido benzoico. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 11/22

12 PROPAGAÇÃO: Durante esta fase, às espécies reativas resultantes da etapa anterior adiciona-se uma nova molécula de monómero, dando origem a um novo centro reativo aumentando, desta forma, o tamanho da cadeia. Repetindo-se este processo, caracterizado pelo crescimento do polímero, até à terminação da reação. Figura 6: Esquema da fase de Crescimento, em que R* representa o Radical; M o monómero; RM* e RMM* Macro radicais em crescimento. Figura 7: Uma das reações que ocorre durante a propagação na polimerização de poliestireno. TERMINAÇÃO: A paragem do crescimento da molécula dá-se com a destruição do núcleo ativo. Esta desativação pode ser feita de diversas maneiras como: Combinação de dois macro radicais obtendo-se um polímero de maior massa molecular relativa: Figura 8: Esquema da combinação de dois macro radicais. Dismutação (desproporcionamento) ocorre quando é transferido um átomo de hidrogénio de uma cadeia para outra: Figura 9: Esquema da dismutação por transferência de um átomo de hidrogénio. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 12/22

13 Combinação de um macro radical com um centro ativo formado na iniciação: Figura 10: Esquema da combinação de um macro radical com um centro ativo. Na síntese de polímeros através da polimerização radicalar, as reações podem produzir muito calor, devido à sua alta entalpia. Deste modo, durante este processo costumam utilizar-se reatores selados ou atmosferas inertes para a síntese de polímeros em grande escala. Alguns destes, durante o processo, precisam de ser arrefecidos, porque o calor que libertam pode iniciar a degradação do produto final da reação. POLIMERIZAÇÃO POR CONDENSAÇÃO A polimerização por condensação dá-se em reações onde o monómero se polimeriza por etapas ou passo-a-passo com libertação de moléculas de baixa massa molecular relativa. Contudo, há reações de polimerização por condensação em que não há libertação destas substâncias, como no caso dos poliuretanos. O mecanismo de polimerização por condensação (ou polimerização com crescimento em etapas ou passo-a-passo) é processado através de reações que ocorrem entre os grupos funcionais das espécies moleculares presentes no sistema reacional. De uma forma esquemática, poder-se-á representar o mecanismo da seguinte forma: Reação de dois monómeros A e B para formar o dímero (AB): Figura 11: Formação de um dímero a partir de dois monómeros. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 13/22

14 Reação do dímero (AB) com o monómero A ou B para formar o trímero (ABA ou BAB): Figura 12: Formação do trímero ABA. Figura 13: Formação do trímero BAB. Reação do n-mero com o m-mero para formar o (n+m)-mero. A polimerização por condensação é bastante mais lenta que a de adição, visto que a primeira é essencialmente uma reação entre grupos funcionais de moléculas. Desta reação resulta a formação de um novo grupo funcional característico. Como exemplo, pode-se referir a formação de: Poliésteres que envolvem a reação de grupos OH com grupos COOH: Figura 14: Esquema da reação de formação de um poliéster por polimerização por condensação Poliamidas que pode envolver a reação de grupos NH2 com grupos COCl; Poliuretanos que envolve a reação de grupos N=C=O com grupos OH: Figura 15: Esquema de formação de um poliuretano por polimerização por condensação. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 14/22

15 Se os grupos funcionais se localizarem apenas nas extremidades das moléculas intervenientes, formar-se-ão polímeros lineares. Se alguns dos grupos funcionais não estiverem localizados nas extremidades, formar-se-ão polímeros ramificados ou mesmo reticulados, havendo ainda a possibilidade da formação de estruturas cíclicas por reação intramolecular entre grupos funcionais. Na Tabela 1 apresentam-se um resumo das principais características das reações de polimerização por adição e por condensação. Tabela 1: Principais características das reações de polimerização por adiçã o e por condensação. EFEITOS SOBRE A SAÚDE Efeitos sobre a saúde decorrentes da exposição ao estireno podem envolver o sistema nervoso central e incluem queixas de dor de cabeça, fadiga, tonturas, confusão, sonolência, mal-estar, dificuldade de concentração, e uma sensação de embriaguez. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 15/22

16 CINÉTICA A Cinética é a área da Química que estuda a velocidade das reações. Assim, o seu objetivo é compreender como determinar as taxas de reação e que fatores influenciam estas. Deste modo, para alterar a velocidade das reações químicas é necessário analisar os fatores de que depende a sua velocidade: Entre outros, a concentração dos reagentes, o estado físico dos mesmos, a temperatura a que decorre a reação, e a presença de determinadas substâncias que se designam por catalisadores e inibidores. POLIMERIZAÇÃO DO ESTIRENO Como vimos, a polimerização radicalar é o método mais utilizado industrialmente, daí ser aquele que vamos analisar. Na Tabela 2 apresentam-se as principais equações de reação da polimerização: Tabela 2: Mecanismo cinético básico para a polimerização. A etapa de iniciação é uma etapa muito importante no processo, pois é fundamental na determinação do número de moléculas de polímeros que será formado e também no peso molecular médio do polímero. Quanto maior a taxa de iniciação, maior a quantidade de radicais livres presentes no meio reacional, implicando assim uma maior taxa de polimerização, visto que poderá haver um maior número de radicais consumidos. Na etapa de propagação, ocorre o crescimento da molécula de polímero. Este crescimento é proporcional ao consumo de monómero e à produção de polímeros. Por fim, na etapa de terminação, a constante global é dada pela soma das constantes de terminação por combinação e dismutação (desproporcionamento). Temperaturas mais elevadas Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 16/22

17 contribuem para terminação por dismutação, pois facilita a libertação do átomo de hidrogénio de uma molécula para a outra. Deste modo, verificamos que as velocidades de reação dependem da concentração dos reagentes, neste caso, radicais, monómeros e, posteriormente, macro radicais. Isto, pois, quanto maior a concentração, maior o número de partículas no mesmo volume e, assim, existe um aumento da frequência de colisões eficazes. Aumentando a temperatura a que decorre a reação química, a velocidade aumenta. Tal acontece, pois a agitação das partículas é maior, também contribuindo para o número de choques eficazes. Finalmente, uma outra maneira de alterar a velocidade de algumas reações químicas é através da adição de pequenas quantidades de substâncias que não se consomem, nem se produzem no decorrer das reações químicas. Este tipo de substâncias pode acelerar ou retardar as reações químicas e designam-se, respetivamente, catalisadores e inibidores. A presença de um catalisador provoca uma diminuição da energia necessária para o choque ser eficaz. Deste modo, embora o número de choques seja o mesmo, aumenta o número de choques eficazes, aumentando, por consequência, a velocidade da reação. Assim, resta dizer que as taxas de reação dependem também das caraterísticas do iniciador e do solvente utilizados. APLICAÇÕES O poliestireno reúne um conjunto de condições que lhe permitem ter uma grande área de aplicação: O facto de ter resistência ao impacto, dilatações e compressões; Ter capacidade isolante de calor, som e humidade; Grande estabilidade perante outros materiais, como cimento, gesso e até mesmo alimentos; Não se decompor e não absorver água. Todas estas características fazem deste polímero um material de extrema importância na sociedade moderna, uma vez que lhe permite ter uma grande área de aplicação, dependendo do tipo de poliestireno em questão. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 17/22

18 VERSATILIDADE Existem quatros tipos de poliestireno e cada um tem o seu tipo de aplicação: o poliestireno de alto impacto; o poliestireno cristalino ou comum; o polistireno resistente ao calor e, por último, o poliestireno expandido. Embora todos eles apresentem algumas das principais características deste polímero, cada tipo de poliestireno apresenta as suas próprias características que definem a sua área de aplicação. O poliestireno de alto impacto, tal como o nome indica, tem uma capacidade de aguentar com impactos e por isso é usado para artigos técnicos, embalagens rígidas, como por exemplo, artigos de computadores, impressoras, máquinas de ar condicionado e afins, artigos sanitários, etc. O poliestireno cristalino é muito usado em artigos descartáveis como copos e talheres, em brinquedos, na indústria farmacêutica, em tampas de garrafas e em artigos domésticos como cabides, pentes, escovas de dentes, jarros, etc. O poliestireno resistente ao calor é muito usado em embalagens de alimentos, etc., uma vez que estes podem ser embalados ainda a quente e, como não reage com os alimentos, estes não ficam com o seu sabor alterado nem emitem qualquer odor. Por último, o poliestireno expandido, é um polímero que é submetido a um agente expansor que lhe permite aumentar o seu tamanho. Este polímero apresenta uma grande capacidade isolante ao calor e ao som e, por isso, é muito usado na construção para isolar as diferentes divisões de um certo imóvel. MERCADO MUNDIAL Relativamente à distribuição do consumo de poliestireno, estudos indicam que há um crescimento de aproximadamente 2% do consumo anual deste polímero. A área das embalagens e dos artigos técnicos são as mais significativas e representam dois terços do consumo total de poliestireno. Na Europa Ocidental e nos EUA, cerca de 50% do poliestireno é consumido em embalagens. Por outro lado, artigos técnicos feitos com este polímero representam cerca de 20-25% do mercado destas zonas do mundo. Na Ásia, apenas 25% deste material é usado em embalagens, enquanto 50% é usado em artigos técnicos. Esta parte do mundo é responsável pelo consumo de aproximadamente de 40% enquanto a região do NAFTA e a União Europeia consomem cerca de 25% do seu consumo total. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 18/22

19 Atualmente, o mercado do estireno está maioritariamente voltado para a fabricação de poliestireno (PS), sendo cerca de 60%, seguidamente do ABS e de borrachas sintéticas. O PS é assim o quinto termoplástico mais consumido no mundo com 7,8% do consumo mundial de termoplásticos. Apesar de o PS ser um material bastante versátil, com grandes variedades e aplicações, enfrenta hoje a concorrência de diversos produtos, como o papel, o vidro, a madeira, e os plásticos PP, PVC e ABS. Consequentemente, a sua produção enfrentou uma diminuição.7 Figura 16: Comparação da capacidade instalada, procura e produção de poliestireno em toneladas por ano, nos principais mercados mundiais. Na América do Norte, houve uma projeção da diminuição da capacidade em mais de 272 mil toneladas, de 2005 a 2010, sendo o excesso de capacidade de produção ainda um problema, apesar das reduções. Na Europa, outro mercado que cresce a taxas vegetativas, também teve a sua capacidade instalada diminuída, sendo que houve uma redução de 345 mil toneladas, de 2005 para Entretanto, a procura de poliestireno na Europa aumentou cerca de 6% no mesmo período, havendo assim um aumento do nível operacional no continente passando de 81% para 90%. Esta situação tem-se mostrado diferente na Ásia, sendo que o consumo do PS neste continente cresce cerca de 8% ao ano, passando assim a liderar o consumo mundial. Entre 1996 e 2001, 56% do acréscimo da procura mundial de poliestireno foi oriunda da região asiática. Embora a América do Sul tenha tido um pequena participação nos últimos anos, a nível mundial, essa região apresentou uma taxa de crescimento de 5,2% ao ano, no período de 1993 a 1998, Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 19/22

20 continuando a crescer bastante, demonstrado pelo aumento da capacidade, que passou de 441 mil toneladas para 861 mil em 10 anos. Por fim, o mercado no Médio Oriente, apesar de ser o que apresenta menor capacidade instalada, 556 mil toneladas atualmente, é um mercado que pode ser considerado bastante promissor, sendo que aumentou 65% entre 2000 e 2005, mantendo-se constante desde então. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 20/22

21 CONCLUSÃO A partir dos dados obtidos com a realização do trabalho foi possível concluir que a polimerização do estireno é um processo relativamente complexo que se revela essencial no panorama atual. Mesmo que a maioria das pessoas não se aperceba, muitos do materiais com que contactamos no dia-a-dia são fabricados a partir de polímeros de estireno, nomeadamente, embalagens, brinquedos e produtos descartáveis. Foram analisadas as várias formas de polimerização do estireno, detalhando-se as reações químicas envolvidas no processo e a forma como a concentração dos reagentes, a temperatura e a presença ou não de catalisadores afetam a velocidade das referidas reações. A procura de polímeros de estireno aumentou em certas zonas do mundo o que, consequentemente, provocou um desenvolvimento da sua produção nesses locais. No entanto, o balanço a nível mundial é negativo devido principalmente á concorrência de outros materiais utilizados para os mesmos fins. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 21/22

22 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Arioli, Rafael "Utilização de iniciadores multifuncionais na polimerização do estireno em suspensão.", acedido em 02/10/2013. Brown, T.L., H.E. LeMay, B.E. Bursten, C. Murphy, and P. Woodward Chemistry: The Central Science: Pearson Prentice Hall, acedido em 09/10/2013. Derbly, Jorge. Escola Interativa: Química - Polímeros Available from me/quimica/quimica-organica-polimeros-, acedido em 02/10/2013. Franco, Ivan Carlos Modelagem matemática da polimerização via radical livre controlada usando mecanismo raft, Universidade Estadual De Campinas, acedido em 02/10/2013. Infopédia. mecanismo de reação química. Porto Editora [cited [Consult ]. Available from Jacques, Felipe Barcellos "Mercado brasileiro de poliestireno com ênfase no setor de eletrodomésticos.", acedido em 09/10/2013. Maul, Jürgen, Bruce G. Frushour, Jeffrey R. Kontoff, Herbert Eichenauer, Karl-Heinz Ott, and Christian Schade "Polystyrene and Styrene Copolymers." In Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry. Wiley-VCH Verlag GmbH & Co. KGaA, acedido em 16/10/2013. Newaz, Dr. S.S. Free Radical Initiators - Sigma Aldrich. Available from acedido em 16/10/2013. Ribeiro, M. Gabriela T. C Polímeros e Materiais Poliméricos, acedido em 02/10/2013. Serra, Joana Síntese de hidrogéis de base acrílica recorrendo a técnicas de polimerização radicalar viva. Potencial aplicação como fármacos poliméricos, Universidade de Coimbra, acedido em 09/10/2013. Polimerização do Estireno - Projeto FEUP 22/22

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