UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO BRUNO FRANZMANN

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO BRUNO FRANZMANN"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO BRUNO FRANZMANN O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS DE PEQUENO PORTE: O CASO DE TRÊS EMPRESAS GAÚCHAS Porto Alegre 2010

2 1 Bruno Franzmann O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS DE PEQUENO PORTE: O CASO DE TRÊS EMPRESAS GAÚCHAS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito para a obtenção do título de bacharel em Administração. Professor orientador: Prof.ª Dra. Marisa Ignez Rhoden Tutor orientador: Prof.ª Manoela Silveira dos Santos Porto Alegre 2010

3 2 Bruno Franzmann O PROCESSO DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EMPRESAS DE PEQUENO PORTE: O CASO DE TRÊS EMPRESAS GAÚCHAS Trabalho de Conclusão de Curso, apresentada ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul como requisito para a obtenção do título de bacharel em Administração. Aprovado em de BANCA EXAMINADORA: Prof. Prof.

4 3 Uma estratégia sem táticas é o caminho mais lento para a vitória; táticas sem estratégias representam o caos que antecede a uma derrota. Sun Tzu

5 4 RESUMO Em um cenário empresarial cada vez mais complexo e turbulento, a necessidade de se planejar o futuro e profissionalizar os processos gerenciais aumenta substancialmente. Além de tal fato, em pequenas empresas a utilização de ferramentas como o planejamento estratégico costuma ser dificultada, por tratar-se de um tema complexo, abrangente, e que exige qualificação dos gestores na implementação. Considerando que existe um número muito maior de pequenas empresas do que de grandes empresas no país, o presente trabalho buscou, através de um estudo de casos múltiplos, demonstrar como três empresas gaúchas de pequeno porte estão operando o processo de planejamento estratégico, com vistas a atingir seus objetivos. Deste modo, identificou-se que, apesar de possuírem um conhecimento restrito acerca do assunto, os empresários das pequenas empresas estudadas entendem o conceito básico, percebem a importância e buscam aplicar a ferramenta em suas organizações. O produto final deste estudo é uma descrição da relevância, do modo de utilização e dos resultados obtidos através da utilização do planejamento estratégico em três empresas de pequeno porte do Rio Grande do Sul. Palavras-chave: Planejamento Estratégico. Estratégia. Pequena Empresa.

6 5 ABSTRACT In a competitive market that gets more complex and turbulent by the minute, the need to plan ahead and professionalize the managerial process grows substantially. Furthermore, in small companies, the utilization of tools like strategic planning is usually difficult, since it is a complex and broad matter, and one that needs the managers to be qualified enough to implement it. Considering that there is a far greater number of small companies than large ones in the country, this work has aimed, through a multiple case study, to show how three small companies from the state of Rio Grande do Sul are conducting the strategic planning process with a view to reaching their goals. This way, it was discovered that, despite having limited knowledge on the subject, the managers of the small companies that were analyzed understand its basic concept, realize its importance and try to apply it in their organizations. The final product of this study is a description of the relevance, the way to utilize, and the results obtained through the use of strategic planning in three small companies from Rio Grande do Sul. Keywords: Strategic Planning. Strategy. Small Company.

7 6 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Modelo de Planejamento Estratégico Bateman e Snell Figura 2: Modelo de Planejamento Estratégico Maximiano Figura 3: Diagrama Demonstrativo da Metodologia... 28

8 7 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Quadro Comparativo da Análise Cruzada... 42

9 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA ESTRATÉGIA Estratégia como plano Estratégia como pretexto Estratégia como padrão Estratégia como posição Estratégia como perspectiva PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Modelos de planejamento estratégico Níveis de planejamento estratégico PLANO ESTRATÉGICO PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS MÉTODO ESCOLHIDO E JUSTIFICATIVA TÉCNICA DE COLETA DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS RESULTADOS ESTUDOS DOS CASOS O Caso Enfato Comunicação O Caso Azanonatec O Caso Di Giglio & Scopel ANÁLISE CRUZADA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS...46 APÊNDICE 1 - Roteiro semi-estruturado para entrevistas em profundidade... 49

10 9 INTRODUÇÃO Diante da complexidade do cenário empresarial e de tantas turbulências e incertezas, as empresas brasileiras, em geral, passaram gradativamente a dar a devida importância ao planejamento e à profissionalização de seus processos gerenciais. A evolução do mercado acaba fazendo com que, cada vez mais, a organização e a definição de objetivos e estratégias anuais tornem-se essenciais para se atingir os resultados esperados, até mesmo para contornar possíveis situações que possam comprometer o sucesso dos negócios. Em função disso, o planejamento estratégico, e a sua formalização em planos estratégicos, parece estar se tornando uma importante ferramenta para um número cada vez maior de empresas. Do mesmo modo, nas pequenas empresas, essa ferramenta tem mesmo que de forma tímida tornado-se cada vez mais importante, sendo um processo constante de interação entre estas e o ambiente. Contudo, aparentemente, trata-se de um tema complexo, abrangente e que exige qualificação dos gestores na implementação, aspectos que podem dificultar a utilização de tal ferramenta em empresas de menor porte. O Brasil, segundo dados do Anuário do trabalho na Micro e Pequena Empresa 2009, desenvolvido pelo SEBRAE, conta hoje com empresas de pequeno porte, cerca de 5% do total de empresas do país sendo que, segundo o mesmo anuário, cerca de 94% são microempresas. Tais números demonstram a importância e o peso que as empresas de pequeno porte representam para o Brasil, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento do país. Mesmo assim, muitos são os dilemas enfrentados pelos gestores desse tipo de empresa, os quais precisam lidar com condições adversas no ambiente, enfrentadas, muitas vezes, com dificuldades de caixa e recursos humanos limitados. Além disso, apenas a definição de um plano estratégico não é suficiente, ele precisa ser executado, porém muitas empresas falham ao implementar suas estratégias. Um dos motivos para esse fato é apontado por recente estudo publicado no livro Management Scorecard: alinhando indicadores de desempenho à estratégia empresarial, de Schwarz (2000), que indica que 68% das organizações pesquisadas não possuem mecanismos eficazes de monitoramento e controle. Em sua pesquisa global de 2006, citada no livro Execução Premium, de Kaplan e Norton, o The Monitor Group interrogou altos executivos sobre suas prioridades, e a execução da estratégia foi a primeira colocada com uma ampla margem.

11 10 O Conference Board, em sua pesquisa de 2007, relatou que a prioridade para os executivos era excelência na execução. Além disso, logo após a segunda prioridade, descrita como crescimento sustentável e constante da receita bruta, a execução da estratégia novamente destacava-se como terceira prioridade, sob o nome de execução consistente da estratégia pela alta administração. São várias as pesquisas que, ao longo das últimas décadas, indicaram que 60% a 80% das empresas ficam muito longe de alcançar os objetivos definidos em seus planos estratégicos. Corroborando com a idéia, em outubro de 2007, Tony Hayward, CEO da BP, afirmou: Nosso problema não é a estratégia em si, mas a execução da estratégia (KAPLAN; NORTON, 2008, p. 3). Existem ferramentas e sistemas para acompanhar e monitorar o processo de planejamento estratégico disseminados em grande parte das empresas, como o Balanced ScoreCard e a definição de mapas estratégicos. Contudo, mesmo com a disposição dessa ampla gama de ferramentas para desenvolvimento e gestão das estratégias e operações, aparentemente as empresas ainda carecem de um conceito ou modelo para orientar sua efetiva integração. Em função disso, surge o seguinte problema de pesquisa: como as empresas gaúchas de pequeno porte trabalham o processo de planejamento estratégico para concretizar a execução dos seus objetivos? Com o intuito de responder ao problema de pesquisa proposto, tem-se os seguintes objetivos: Objetivo geral: Verificar como três empresas gaúchas de pequeno porte estão operando o processo de planejamento estratégico. Objetivos específicos: Identificar a percepção dos gestores das empresas entrevistadas a respeito do processo de planejamento estratégico, no que se refere à sua importância; Identificar os indicadores e modelos utilizados pela empresa para monitorar e controlar a execução da estratégia, caso existam; Levantar os resultados que estão sendo percebidos pelos gestores a partir do processo de planejamento estratégico; Identificar se a forma com que as empresas analisadas estão operando seu processo de planejamento estratégico está de acordo com os procedimentos propostos pelo referencial teórico.

12 11 O objeto de estudo do presente trabalho justifica-se em sua importância nos campos pessoal, acadêmico e social. Quanto à justificativa pessoal, se expressa pelo interesse do autor no campo do planejamento e da gestão, procurando entender e identificar os melhores modelos existentes para percorrer o caminho necessário até os objetivos traçados, sejam eles de ordem pessoal ou profissional. Além disso, o foco do estudo está diretamente relacionado à carreira profissional do autor, que trabalha atualmente na área de planejamento de uma pequena empresa. Dessa forma, o estudo fará com que o pesquisador tenha mais subsídios para sugerir, em sua carreira profissional, melhores práticas para o processo de planejamento estratégico na empresa onde atua, assim como no restante de sua trajetória profissional. No que se refere à justificativa social, deve-se ao fato de que o processo de planejamento estratégico é uma necessidade e, ao mesmo tempo, um problema crítico em grande parte das empresas. Sendo assim, o objeto de estudo servirá como contribuição para o meio corporativo em geral, por trazer conteúdo a respeito desse tema tão necessário e crítico. Mas, principalmente, tornar-se-á relevante para as pequenas empresas, foco principal do trabalho, fornecendo maior embasamento para que estas busquem compreender as melhores práticas de planejamento estratégico e, a partir delas, desenvolvê-lo da melhor forma, tendo como referência um trabalho focado em uma empresa do seu mesmo porte. Com relação à justificativa acadêmica, tendo em vista que o tema está em pauta atualmente, o presente estudo passa a ser importante para a academia na forma de aprofundamento do conhecimento acerca do processo de planejamento estratégico. Além disso, em pesquisa realizada na biblioteca da UFRGS não foram encontrados trabalhos acadêmicos ou bibliografia que abordem especificamente o processo de planejamento estratégico no perfil de empresa proposto pelo estudo - o de pequeno porte. Assim, o presente trabalho apresenta-se como uma rica fonte aos que buscarem compreender a forma com que o processo de planejamento estratégico vem sendo encarado nesse tipo de organização. Buscando apresentar de forma objetiva o tema abordado, o presente estudo será composto por diferentes capítulos que abordarão aspectos inerentes à estratégia, ao planejamento estratégico e a sua formalização em planos estratégicos. Após o quadro teórico apresentado, os procedimentos metodológicos empregados em sua execução serão detalhados e, a seguir, apresentados os resultados. Por fim, passamos às considerações finais, e às referências bibliográficas, as quais embasaram este estudo.

13 12 2 PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA A estruturação teórica do presente trabalho contará com três subtópicos que terão por objetivo abordar os conceitos fundamentais para o correto entendimento histórico e conceitual do tema proposto pelo autor. O primeiro subtópico destacará os temas relacionados à estratégia, buscando conceitos e a evolução histórica do assunto. Para tal, neste capítulo, buscou-se embasamento nos seguintes teóricos: Mintzberg (2006), Porter (1989), Hitt (2007), Ireland (2007), Hoskisson (2007) e Oliveira (2007). O segundo subtópico do referencial teórico abordará o planejamento estratégico, tema principal do estudo e, por isso, digno de um capítulo à parte. Serão buscados conceitos, definições sobre as etapas do planejamento estratégico e informações relevantes sobre o mesmo. Para tanto, serão trazidas as visões de teóricos como Fischmann e Almeida (1991), Luce e Rossi (2002), Drucker (1980), além dos já citados no capítulo de estratégia, Mintzberg (2006) e Porter (1989). O terceiro e último subtópico abordará o plano estratégico, diferenciando-o do planejamento estratégico, e trazendo conceitos, definições, roteiros e visões a respeito do assunto. Para tanto, além dos teóricos já citados anteriormente, serão pesquisadas as teorias de Born (2007). 2.1 ESTRATÉGIA A Estratégia é, atualmente, uma das palavras mais utilizadas no meio empresarial e pode ser facilmente encontrada tanto na literatura especializada quanto no âmbito jornalístico. Até em função dessa disseminação e forte presença do termo, pode parecer que se trata de um conceito estabilizado e claramente definido. Contudo, embora seja um tema debatido constantemente e há milhares de anos, não há uma definição única, universalmente aceita, para o termo estratégia. Diversos autores e dirigentes usam o termo de diferentes formas. Como exemplo pode-se citar a inclusão de metas e objetivos como parte da estratégia para alguns autores, enquanto para outros são feitas distinções claras entre esses assuntos (MINTZBERG, 2006). Definições a respeito do conceito de estratégia são quase tão numerosas quanto os autores que se dedicam a esse tema. Nos últimos anos, muitos autores consagrados no meio

14 13 empresarial, como Porter, Ansoff e Mintzberg escreveram suas definições a respeito de estratégia. Para Ansoff (1965, p. 52), Estratégia é um conjunto de regras de tomada de decisão em condições de desconhecimento parcial. As decisões estratégicas dizem respeito à relação entre a empresa e o seu ecossistema. Já para Porter (1989, p. 71), estratégia competitiva são ações ofensivas ou defensivas para criar uma posição defensável numa indústria, para enfrentar com sucesso as forças competitivas e assim obter um retorno maior sobre o investimento. Mintzberg (1988, p. 112) vê a estratégia como sendo uma força mediadora entre a organização e o seu meio: um padrão no processo de tomada de decisões organizacionais para fazer face ao meio envolvente. Katz (1970, p. 14) cita que Estratégia refere-se à relação entre a empresa e o seu meio envolvente: relação atual (situação estratégica) e relação futura (plano estratégico, que é um conjunto de objetivos e ações para atingir esses objetivos). Por sua vez, Oliveira (2007, p. 181) relata que estratégia é uma forma de se antecipar, pensar no futuro integrando tudo que já foi estabelecido, a fim encontrar a melhor forma de se adequar às mudanças dos ambientes. Para esse autor, estratégia é definida como um caminho, ou maneira, ou ação formulada e adequada para alcançar, preferencialmente de maneira diferenciada, as metas, os desafios e os objetivos estabelecidos no melhor posicionamento da empresa perante seu ambiente (OLIVEIRA; 2007 p. 4). Observando que a palavra estratégia tem sido utilizada de formas diferentes, Mintzberg (2006) apresenta cinco definições para o termo: como plano, pretexto, padrão, posição e perspectiva. O reconhecimento explícito das definições múltiplas, segundo o autor, pode ajudar as pessoas a moverem-se neste campo difícil Estratégia como plano A estratégia como plano estabelece, conscientemente, diretrizes para um curso de ação, tendo sua elaboração antes das ações para as quais se aplica. Segundo Mintzberg (2006, p. 24), para quase todos a quem você perguntar, estratégia é um plano algum tipo de curso de ação conscientemente pretendido, uma diretriz (ou conjunto de diretrizes) para lidar com uma situação. Como exemplo, uma criança tem uma estratégia para pular uma cerca, da mesma forma que uma corporação tem uma estratégia para capturar mercado. Seguindo essa definição, as estratégias têm duas características essenciais: são criadas antes das ações às

15 14 quais vão ser aplicadas e são desenvolvidas de forma consciente e proposital. Um conjunto de definições em diversos campos serve como reforço para essa visão: No campo militar: estratégia está relacionada à criação de um plano de guerra [...] preparação das campanhas individuais e, dentro delas, decisão do comprometimento individual (Von Clausewitz, 1976 apud MINTZBERG et al, 2006, p. 24); Na teoria dos jogos: estratégia é um plano completo: um plano que especifica que escolhas [o jogador] vai fazer em cada situação possível (Von Newman e Morgenstern, 1944, apud MINTZBERG et al., 2006, p. 24); Em administração: estratégia é um plano unificado, amplo e integrado [...] criado para assegurar que os objetivos básicos da empresa sejam atingidos (Glueck, 1980 apud MINTZBERG et. al., 2006, p. 24) Estratégia como pretexto Ainda como plano, uma estratégia também pode ser um pretexto, apenas uma manobra específica para superar um oponente ou concorrente. Usando um exemplo cotidiano, assim como uma criança pode usar a cerca como um pretexto para levar um valentão para o quintal, onde seu Dobermann aguarda os intrusos, da mesma forma, uma corporação pode ameaçar expandir a capacidade da fábrica para desencorajar um concorrente de construir uma nova fábrica. Nesses casos, a estratégia real (como plano, ou seja, a intenção real) é a ameaça, não a expansão em si, e, como tal, é um pretexto (MINTZBERG, 2006) Estratégia como padrão A estratégia como padrão é consistente no comportamento, quer seja ou não intencional. Mintzberg cita que se as estratégias podem ser pretendidas (seja como planos gerais, seja como pretexto específico), elas certamente também podem ser realizadas (2006, p. 24). Em outras palavras, definir estratégia apenas como um plano não é suficiente. Também se faz necessária uma definição que englobe o comportamento resultante. Dessa forma, é

16 15 proposta uma terceira definição: a estratégia como padrão. Mais especificamente, um padrão em uma corrente de ações. Segundo essa definição, quando Picasso pintou quadros azuis por um período, foi uma estratégia, assim como foi estratégia o comportamento da Ford Motor Company quando Henry Ford oferecia o modelo T apenas na cor preta. Resumindo, de acordo com essa definição, estratégia é consistência no comportamento, pretendida ou não (MINTZBERG, 2006). Na análise da estratégia sob a perspectiva de plano e padrão, Mintzberg (2006) observa que as estratégias podem ser: deliberadas, ou seja, pretendidas, que existiam previamente e que são realizadas; não realizadas, que são as estratégias pretendidas que não se realizaram; e as estratégias emergentes, definindo as estratégias realizadas que nunca foram pretendidas, e em que padrões se desenvolveram na ausência de intenções ou apesar delas Estratégia como posição A quarta definição considera estratégia uma posição, um meio de localizar uma organização naquilo que os teóricos organizacionais costumam chamar de ambiente. Segundo essa definição, estratégia torna-se a força mediadora entre a organização e o ambiente. Essa definição pode ser compatível com qualquer uma das anteriores (MINTZBERG, 2006) Estratégia como perspectiva Enquanto a quarta definição tem uma visão voltada para fora, na busca por localizar a organização no ambiente externo, e para baixo, para posições concretas, a quinta definição busca olhar para dentro da organização. Na verdade, para dentro da mente dos estrategistas coletivos, contudo, com uma visão mais ampla. Nesse aspecto, estratégia torna-se uma perspectiva, seu conteúdo consistindo não apenas de uma posição escolhida, mas também de uma maneira fixa de olhar o mundo (MINTZBERG, 2006). Após a revisão de conceitos de estratégia, buscar-se-á, no próximo subtópico, trazer subsídios relativos ao tema planejamento estratégico.

17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Pode-se dizer que o planejamento estratégico surgiu a partir de meados da década de 1940, baseando-se quase que exclusivamente na utilização de dados anteriores para realizar projeções futuras. Na época, esse modelo obtinha resultados, na medida em que, diferente do que ocorre atualmente, variáveis como aumento de competitividade, ciclos econômicos, globalização, entre outras, não impactavam de forma significativa as empresas, ao menos a curto e médio prazos. Alguns anos depois, em 1965, com a publicação do livro Corporate Strategy, Igor Ansoff formaliza e estrutura o Planejamento Estratégico. De acordo com esse autor, o método utilizado até então, que apenas extrapolava dados antigos, não tinha condições de descrever todos os âmbitos da dinâmica ambiental. Dessa forma, propôs que as empresas compreendessem e se adaptassem a essas novas condições (GIMENES; ROCHA; GIMENES, 2007). Esse primeiro modelo de Ansoff representou um avanço na história do planejamento estratégico, mas, ainda assim, não englobava fatores políticos, poder, cultura, dentre outros, e que representam variáveis importantes a impactar diretamente na estratégia. Dessa forma, a solução de Ansoff acabava por fornecer um quadro restrito, mais direcionado à parte que relaciona a organização ao mercado. Em função disso, no decorrer dos anos, uma nova abordagem surgiu, com vistas a uma maior assertividade na tomada de decisão. Ao passo que os riscos diminuíam, decisões da organização foram integradas e formalizadas em um só plano e houve a criação e manutenção de potenciais de competitividade (GIMENES; ROCHA; GIMENES, 2007). De acordo com Kreinkenbaun, apud Cunha (2001), o planejamento estratégico é um processo que consiste na análise sistemática dos pontos fortes e fracos da empresa e das oportunidades e ameaças do meio ambiente com o intuito de estabelecer objetivos, estratégias e ações que possibilitem um aumento da competitividade empresarial (p. 12). Também outra definição para planejamento estratégico foi proposta, esta por Oliveira: O planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção dos cursos de ação a serem seguidos para sua consecução esperada. Também considera as premissas básicas que a empresa, como um todo, deve respeitar para que o processo estratégico tenha coerência e sustentação decisória (OLIVEIRA, 2007 p. 37.)

18 17 Para Mintzberg (2006, p. 135), o planejamento estratégico é um meio não para criar estratégia, mas para programar uma estratégia já criada para lidar formalmente com suas implicações. A implantação do planejamento estratégico se dá inicialmente através da avaliação da cultura e dos valores da organização, bem como das relações de poder existentes na organização. Estas considerações são fundamentais, pois definirão se é possível implantar o planejamento estratégico na organização Modelos de planejamento estratégico Existem diversos modelos de planejamento estratégico propostos por diferentes autores. Apesar de cada modelo ter suas particularidades, de forma geral eles não diferem profundamente. Usando como referência os autores Wright et al (2000), Thompson e Strickland (2000), Aaker (2001) e Kluyver e Pearce (2007), temos que o planejamento estratégico deve ser elaborado seguindo cinco etapas: análise dos ambientes externo e interno, formulação das estratégias, implementação das estratégias e controle estratégico, percebendose, pois, que em todas as obras essas etapas são similares. Para Batemann e Snell (1998, p. 123), as etapas do planejamento estratégico são as seguintes: Figura 1 Modelo de Planejamento Estratégico Bateman e Snell. Fonte: Adaptado de Bateman e Snell, Outro modelo é proposto por Maximiano (2006, p. 333), incluindo o conceito de que o planejamento estratégico refere-se a um processo cíclico, na medida em que existe uma relação entre o processo que responde pelo monitoramento e controle junto às adaptações na análise da situação estratégica.

19 18 Figura 2 Modelo de Planejamento Estratégico Maximiano Fonte: Adaptado de Maximiano, Já segundo Bethlem (2004, p. 34), o planejamento estratégico é composto por alguns passos. O passo inicial é a avaliação da situação interna, envolvendo os recursos, carências, forças e fraquezas da empresa. O segundo passo consiste na avaliação da situação externa, que compreende a análise das características do meio ambiente e do mercado, das oportunidades, obstáculos e ameaças, bem como das inovações e mudanças previsíveis e avaliação da posição competitiva. A partir dessas duas etapas, sucedem-se a definição dos objetivos, das estratégias, e possíveis planos operacionais e orçamentos, bem como possíveis modificações a serem realizadas em processos, métodos, organização e estrutura. Para Oliveira (2007), as etapas de elaboração e implementação do planejamento estratégico são as seguintes: diagnóstico estratégico, missão da empresa, instrumentos prescritivos e quantitativos e controle e avaliação. Segundo esse modelo, o diagnóstico estratégico corresponde à primeira fase do processo de planejamento estratégico e procura responder a uma pergunta básica: Qual a real situação da empresa quanto aos seus aspectos internos e externos?, verificando, assim, o que a empresa tem de bom, de regular ou de ruim em seu processo administrativo. Nesse modelo, são elementos do diagnóstico estratégico: a visão da empresa, seus valores, a análise interna e externa e dos concorrentes. Em função do atual ritmo de mudanças ambientais, nenhuma empresa pode considerar-se imune às ameaças do ambiente, tais como a obsolescência do produto ou a saturação do mercado. Por isso, devem ser realizadas, por todas as empresas, revisões periódicas de suas estratégias, tanto de produto/mercado quanto de outras atividades, dentro de um processo contínuo de identificação das ameaças e das oportunidades externas. As estratégias e o planejamento são ferramentas de fundamental importância em um cenário como o atual, e que devem ser priorizadas em todos os níveis da empresa (OLIVEIRA, 2007). A segunda etapa do modelo é a definição da missão da empresa, que é a razão de ser de uma organização, o papel desempenhado pela empresa em seu negócio. Segundo Peter Drucker (1980, p. 37), uma empresa não se define pelo seu nome, estatuto ou produto que

20 19 faz; ela se define pela sua missão. Somente uma definição clara da missão é razão de existir da organização e torna possíveis, claros e realistas os objetivos da empresa. A terceira etapa diz respeito a instrumentos prescritivos e quantitativos. Nesta, as questões básicas são estabelecidas como de onde se quer chegar e de como chegar à situação em que se deseja. Os instrumentos prescritivos dão à organização o direcionamento que a empresa necessita para poder alcançar seus propósitos, anteriormente estabelecidos na missão, e conforme a postura estratégica da empresa, considerando as macropolíticas e as ações estabelecidas pelas macroestratégias, tomando como base norteadora a visão estabelecida. Os instrumentos quantitativos consistem em projeções econômico-financeiras do planejamento orçamentário que se associam à estrutura da empresa, os quais serão imprescindíveis no desenvolvimento dos planos de ação, projetos e atividades previstas (OLIVEIRA, 2007). Por fim, ocorre a fase de controle e avaliação, diretamente ligada a esses processos no método de planejamento, fazendo um acompanhamento do sistema, através de comparações entre situações alcançadas e previstas, principalmente quanto aos objetivos e desafios, e da avaliação das estratégias e políticas seguidas pela organização. Essa função desenvolve processos de estabelecimento e análise de indicadores de desempenho; avaliação de desempenho; comparação do desempenho real com os objetivos, desafios, metas, projetos e planos de ação estabelecidos; análise dos desvios se ocorridos -; tomada de ação corretiva; acompanhamento para avaliação de eficiência e eficácia; e adição de informações ao processo de planejamento, visando ao desenvolvimento dos ciclos futuros da atividade administrativa (OLIVEIRA, 2007). Aconselha-se que o controle e a avaliação sejam feitos etapa por etapa no desenvolvimento do planejamento estratégico, devendo considerar os critérios e parâmetros de avaliação, dentro de uma situação apropriada de custo com relação ao seu benefício (BETHLEM, 2004). Carlos Alberto Vargas Rossi e Fernando Bins Luce (2002) sugerem um outro modelo de planejamento estratégico, o qual será descrito a seguir. A formulação do planejamento estratégico corporativo, de acordo com o modelo proposto pelos autores, consiste de: missão corporativa, princípios (credos, valores) corporativos, intenção estratégica corporativa, competências centrais da corporação, planejamento de cenários, análise do ambiente externo, análise interna, decisões estratégicas corporativas, objetivos estratégicos corporativos e planos de ação estratégica. Além de conhecer o método e as etapas, os autores ressaltam a importância de extrair do plano estratégico corporativo os seguintes itens: uma orientação filosófica para todas as empresas ou unidades de negócio da corporação; objetivos estimulantes e desafiadores para toda a corporação; planejamento de cenários de longo prazo,

21 20 relacionando variáveis de análise externa e entendendo seus efeitos combinados para todas as empresas ou unidades de negócio da corporação; decisões estratégicas de natureza essencialmente corporativa, tais como diversificar ou concentrar no core business, investir ou deixar de investir nas empresas ou unidades de negócio. Fora o método e a sua condução, os autores sustentam que há duas variáveis condicionantes e determinantes do sucesso de uma implementação de planejamento estratégico: o engajamento dos recursos humanos (por meio de procedimentos simples, rápidos e eficazes) e o processo de revisão do plano estratégico. A respeito do engajamento dos recursos humanos, faz-se necessário conquistar o comprometimento, tanto dos níveis de gerências e chefias que não participam do grupo de planejamento estratégico, estendendo-se até as lideranças informais dos diversos níveis da estrutura organizacional da empresa. Este comprometimento necessariamente decorre do compartilhamento das noções que se tem de rumo da empresa e do papel de cada colaborador nessa caminhada, sempre se baseando em seu nível na organização (LUCE; ROSSI, 2002). O processo de revisão do plano estratégico funciona como um auxílio para que a empresa domine o processo de implementação, monitorando a sua evolução e conseguindo cobrar de cada executivo o seu papel e responsabilidade no processo de planejamento estratégico. Sobre o timing da revisão, este deve ser definido em função do histórico de planejamento estratégico da empresa. Por exemplo, no caso de um planejamento estratégico que esteja sendo realizado pela primeira vez, ou que há muitos anos não era alimentado, há a necessidade de reuniões de revisão a cada três meses, ao menos no primeiro ano após a formulação. Mas, se o planejamento estratégico já se tornou um hábito na empresa e vem funcionando bem, uma revisão por semestre é o bastante (LUCE; ROSSI, 2002) Níveis de planejamento estratégico Os autores Luce e Rossi (2002) relatam também os níveis de planejamento estratégico. Segundo eles, a realização de um planejamento estratégico compreende, inicialmente, a dominação de seus dois níveis fundamentais: em corporações (ou grupos empresariais) ou em empresas isoladamente (ou unidades de negócio em uma corporação). O primeiro nível denomina-se planejamento estratégico corporativo, ao passo que o segundo, planejamento estratégico de negócio. Contudo, o planejamento estratégico em sua essência compreende,

22 21 além disso, captar os benefícios do espírito do tempo. Essa tecnologia, que hoje já possui aproximadamente quarenta anos de aplicação, acabou por incorporar o ensinamento de que, além de dominar o método (formulação), existe a necessidade de fazer o plano funcionar (implementação) (LUCE; ROSSI, 2002). 2.3 PLANO ESTRATÉGICO Antes de se iniciar a construção de um plano estratégico, há de se definir exatamente quais serão as partes e as técnicas utilizadas em sua construção, porém isso não é algo que se defina durante o trabalho, sob pena de gerar confusão na equipe de planejamento. Existem diferentes formas de se estruturar um plano. De uma forma geral, um plano estratégico dividese em Análise da empresa, momento no qual devem ser analisadas as potencialidades e fraquezas da empresa-objeto e descritas as suas estratégias correntes; Análise estratégica, momento no qual são identificadas as oportunidades e ameaças; Formulação estratégica, em que se apontam os objetivos, estratégias e programas de ação de longo prazo; e Análise financeira, em que se realizam as projeções à luz do planejado, permitindo assim a avaliação do custo x benefício do plano (BORN, 2007). Em seu livro Construindo o Plano Estratégico, Roger Born (2007) propõe o seguinte roteiro para o plano estratégico: Análise da empresa, trazendo histórico, recursos e resultados, princípios norteadores (negócio, visão, valores e missão), cadeia de valores e fatores-chave de sucesso; análise estratégica, trazendo a análise macroambiental com oportunidades e ameaças, cenários, análise da indústria (cinco forças competitivas de Porter), grupos estratégicos, matriz de competitividade, análise de mercado (qualitativa e quantitativa), segmentação, matriz GE e matriz SWOT; formulação estratégica, com os objetivos estratégicos, estratégias empresariais, ações estratégicas, cronograma e orçamentos e controles estratégicos; análise financeira, trazendo a caracterização da empresa, DRE incremental do plano, projeção do DRE, projeção de balanço patrimonial, análises (horizontal e vertical) e cálculo do ROI (BORN, 2007). Para que se conduza um processo de elaboração do plano estratégico de uma organização, de acordo com Luce e Rossi (2002), faz-se necessário o envolvimento direto de seus principais executivos os diretores e, caso se considere importante, os gerentes participantes do chamado Grupo de Planejamento Estratégico, no processo de planejamento

23 22 estratégico. As atividades a serem desenvolvidas nesse processo são as seguintes: tomada de posição dos professores-consultores, com o propósito de familiarizá-los com a empresa/organização e mapear as principais necessidades (projetos prioritários, questões estratégicas, efeitos sobre a performance da empresa, por exemplo) para os anos seguintes ao planejamento estratégico; seminários coordenados pelos professores-consultores com as áreas funcionais da empresa, incluindo as chefias e seus principais colaboradores, visando à obtenção de inputs das áreas na elaboração do plano; convites a convidados externos (fornecedores e clientes, por exemplo) à empresa com a finalidade de construção, a partir de uma visão externa, do planejamento de cenário para o planejamento estratégico; reuniões do GPE para a elaboração do plano estratégico; e processo de implementação (LUCE; ROSSI, 2002) Luce e Rossi propõem um modelo de plano estratégico que compreende basicamente três grandes momentos, a saber: momento filosófico, que define o negócio da empresa, sua ideologia e seus valores centrais como a missão e os princípios, e adiciona a dimensão de longo prazo com a intenção estratégica; o momento analítico, que dá sustentação a todo o conjunto de decisões estratégicas subseqüentes, englobando o cenário de trabalho, a análise SWOT e a definição das questões estratégicas; e o momento das decisões e das ações, etapa mais concreta e culminante do plano estratégico, na medida em que define o conjunto de decisões e ações estratégicas da empresa. Os autores citam, ainda, que o modelo para plano estratégico constitui-se em uma espécie de funil, onde a definição do negócio equivaleria à boca ou entrada do funil, e à medida que a formulação do plano avança mais se estreita o foco das discussões até que se chegue à saída do funil (LUCE; ROSSI, 2002) A primeira etapa, o momento filosófico, inicia com a definição do negócio, etapa de suma importância, capaz de afetar todo o desenvolvimento das demais decisões estratégicas do plano estratégico. A definição do negócio é a representação explícita do âmbito da atuação da organização. A missão, outro elemento do momento filosófico, representa o papel desempenhado pela organização em seu negócio. Essa oferece uma certa tangibilidade à definição do negócio na medida em que busca explicitar o que a empresa é e o que ela faz, além de como ela desempenha esse papel e para quem. A missão deve ser singular e exclusiva, para que cada participante da organização sinta-se engajado nos propósitos essenciais da missão. Já os princípios, também denominados como credos ou valores, são orientados para o processo decisório e para o comportamento da organização no cumprimento de sua missão. De forma isolada, eles não fariam sentido. A vinculação com a missão é indispensável, formando a constituição da organização.

24 23 Por fim, faz parte também do momento filosófico a intenção estratégica, que deve representar um desafio para os próximos 10 (dez) anos, que esteja muito além dos recursos e capacidades atuais da empresa. Esse conceito foi proposto por Hamel e Prahalad (1989, p. 64) quando afirmaram que empresas que chegaram à liderança global nos últimos 20 anos, invariavelmente, começaram com ambições desproporcionadas aos seus recursos e capacidades. Contudo, elas criaram, em todos os níveis da organização, uma obsessão por vencer e sustentaram esta obsessão por 10, 20 anos na busca da liderança global. A esta obsessão damos o nome de Intenção Estratégica (LUCE; ROSSI, 2002). Já a segunda etapa, determinada como momento analítico, é uma atividade essencial do plano estratégico, na medida em que dá sustentação a todo o conjunto de decisões estratégicas subseqüentes. Inclui: planejamento de cenário; análise SWOT, com oportunidades, ameaças, pontos fortes e fracos; matriz da análise SWOT, que sintetiza o extenso material produzido na análise, apontando as principais questões estratégicas e as prioridades. O planejamento de cenários representa um entendimento adotado pela empresa sobre algumas variáveis externas que constituem o seu cenário de negócios. Nesta etapa, a organização precisa coletar materiais, efetuar análises e promover entendimentos sobre os elementos externos que podem afetar o desenvolvimento de suas atividades. Já a análise SWOT, do original em inglês: Strengths (pontos fortes), Weaknesses (pontos fracos), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças), proposta originalmente por Andrews em 1971, é a combinação da análise do ambiento externo e da análise interna. Por fim, a matriz da Swot, originalmente proposta por Piercy (1992), procura sintetizar o extenso material produzido na análise SWOT, e deduz as principais questões estratégicas e as prioridades para as ações (LUCE; ROSSI, 2002). Por fim, ocorre o momento das decisões e das ações, o qual define o conjunto de decisões e ações estratégicas da empresa. Este inclui: encaminhamento das questões estratégicas por meio de decisões advindas do GPE e de projetos (ou planos de ação ou planos táticos) do plano estratégico; o núcleo de objetivos estratégicos; e o princípio da estratégia. As decisões advindas do plano estratégico são as situações em que uma questão estratégica é resolvida e/ou encaminhada por uma decisão. Dessa forma, não precisa de um plano de ação para ser resolvida e/ou encaminhada. Projetos do plano estratégico são as situações em que uma questão estratégica, para ser resolvida e/ou encaminhada, precisa de um plano de ação específico. Já o núcleo de objetivos estratégicos constitui o conjunto de objetivos que são relacionados ao plano estratégico. Compreendem, dessa forma, um DRE resumido em suas 4

25 24 a 5 principais rubricas e outros objetivos peculiares ao negócio, à semelhança de modelos de gestão por indicadores, como o balanced scorecard (LUCE; ROSSI, 2002). Comparando os modelos determinados por Born (2007) e Luce e Rossi (2002), percebemos que, apesar de distintos principalmente em termos de nomenclatura e detalhamento, ambos os modelos seguem uma estrutura lógica aproximada. A primeira etapa de Born, denominada Análise da Empresa, assemelha-se com a primeira etapa de Luce e Rossi, denominada Momento Filosófico, em função de ambas se concentrarem no momento atual da empresa, e na busca pela definição clara de seus norteadores estratégicos e diferenciais competitivos, chamados por Luce e Rossi de intenção estratégica. Já a segunda etapa de Born, definida como Análise Externa, assemelha-se à segunda etapa de Luce e Rossi, chamada de momento analítico, em função de ambas concentrarem-se na análise do ambiente externo à organização, e as oportunidades e ameaças oriundas de tal ambiente. Por fim, a última etapa de Luce e Rossi, chamada de Momento das Decisões e Ações, assemelha-se às últimas etapas de Born, denominadas Formulação Estratégica e Análise Financeira, ao passo em que tais etapas concentram-se nas definições e ações estratégicas, bem como nos cálculos financeiros do planejamento. Em linhas gerais, o modelo de Born contempla um número maior de itens específicos, sendo, dessa forma, mais completo, apesar de se assemelhar em termos de estrutura lógica com o modelo de Luce e Rossi. Ao final do quadro teórico do presente estudo, percebe-se que há à disposição uma vasta literatura sobre os temas da estratégia, do planejamento estratégico e de sua formalização em planos estratégicos. Foram selecionados alguns modelos de reconhecidos autores para servir como referência e balizar as próximas etapas da pesquisa.

26 25 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 3.1 MÉTODO ESCOLHIDO E JUSTIFICATIVA Após a definição do problema de pesquisa, escolheu-se a metodologia a ser utilizada para o presente estudo. A opção por esta metodologia foi determinada segundo o método que melhor se enquadrou para a coleta e análise das informações desejadas. Dessa forma, definiuse a abordagem como qualitativa, a qual proporciona a compreensão essencial da linguagem, dos valores e das percepções das pessoas, permitindo, assim, uma interpretação adequada das informações (MALHOTRA, 2001). Como justificativa para a aplicação dessa espécie de vertente no presente trabalho, argumenta-se a necessidade de identificar a fundo as percepções dos gestores das três empresas estudadas, a respeito do processo de planejamento estratégico. Dessa forma, mais do que quantificar dados e generalizar resultados, o presente estudo tem um viés comportamental, procurando não concluir uma realidade, mas sim compreendê-la. O método utilizado no presente estudo foi o estudo de caso, caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado (GIL, 1999, p. 72), mais precisamente o estudo de casos múltiplos, pois foram estudadas três empresas. Yin (2005, p. 32) cita que o método em questão enfrenta uma situação tecnicamente única em que existem muito mais variáveis de interesse do que pontos de dados e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências, com os dados precisando convergir em um formato de triângulo. Em suma, estudos de caso formalizam-se na estratégia mais adequada quando o como e/ou o porquê são as questões centrais, tendo o investigador um pequeno controle perante os eventos, como no estudo em questão, fato que justifica o uso de tal método. Yin (2005) classifica o estudo de caso em três tipos quanto ao objetivo da pesquisa: descritivo, que descreve o fenômeno dentro de seu contexto; exploratório, que trata com problemas pouco conhecidos, objetivando definir hipóteses ou proposições para futuras pesquisas; e explanatório, que possui o intuito de explicar relações de causa e efeito a partir de uma teoria. O presente estudo tem caráter descritivo, por descrever o fenômeno dentro de seu contexto, e não buscar definir hipóteses ou proposições.

27 TÉCNICA DE COLETA DE DADOS Dados para estudos de caso costumam vir de seis fontes: documentos, registros em arquivo, entrevistas, observação direta, observação participante e artefatos físicos (YIN, 2005). No presente estudo, os instrumentos de coleta de dados são, nos três casos, entrevistas com os gestores da empresa, observação direta, pesquisa documental dentro da instituição e pesquisas bibliográficas. A pesquisa assumiu um cunho teórico-empírico, baseando-se inicialmente em referências teóricas que tornaram possível uma melhor compreensão a respeito do problema de pesquisa e do objeto de estudo. Após isso, a pesquisa assumiu um cunho empírico, em função da coleta de dados in loco, através de pesquisa de campo em três empresas gaúchas de pequeno porte. Para a definição dessas três organizações, buscaram-se, dentro dos limites estaduais, empresas de pequeno porte que possuíssem um processo de planejamento estratégico. Para esse fim, foram pesquisados bancos de dados do SEBRAE e de prêmios de competitividade com foco em pequenas e médias empresas. Com base nesses levantamentos, foram selecionadas as três empresas, a saber: Enfato Comunicação, AZanonatec e Di Giglio & Scopel. Para que se confirmasse a adequação das mesmas, foram feitos contatos prévios via telefone para confirmar a existência de um planejamento estratégico dentro da organização, bem como a caracterização da mesma pelo porte. Faz-se importante citar aqui o critério utilizado para a definição de uma empresa de pequeno porte. Para o presente estudo, foi empregado o critério utilizado pelo SEBRAE, segundo o qual uma empresa de pequeno porte é aquela que possui receita bruta anual superior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ ,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). Além do critério da receita, o SEBRAE utiliza também o critério de número de funcionários. Dessa forma, além de possuir receita bruta entre os números citados acima, uma pequena empresa precisa deter, na indústria e construção, de 20 a 99 funcionários, e no comércio e serviços, de 10 a 49 funcionários 1. No nível teórico da pesquisa, a coleta de dados foi realizada através de livros sobre planejamento e estratégia, além de publicações, artigos e revistas. Para o trabalho em campo, ou seja, a coleta de dados qualitativa, foi utilizada a técnica de entrevista em profundidade, com o principal gestor de cada uma das organizações acima referidas, norteadas por um 1 Disponível em:

28 27 roteiro pré-estabelecido (APÊNDICE 1) e semi-estruturado, baseado nos pontos cruciais direcionados pelo referencial teórico. As entrevistas foram realizadas individualmente, com duração média de 40 minutos, onde o entrevistado foi incentivado a falar abertamente sobre o assunto proposto. As entrevistas ocorreram entre os dias 18 e 22 de outubro de 2010, nas sedes de cada uma das três empresas, e foram gravadas com a autorização dos entrevistados, para posterior transcrição. Nesses mesmos momentos, aproveitando a visita, foram coletados dados em pesquisa documental dentro das instituições dos entrevistados. Dessa forma, a pesquisa empírica consistiu, também, na observação direta dos entrevistados, a fim de que os fenômenos e fatos coletados pudessem ser analisados ao ocorrerem espontaneamente. A pesquisa de campo foi mais do que uma coleta de dados no local e, sim, uma observação direta, de forma que fossem analisadas não somente as informações, mas também os aspectos comportamentais e expressivos dos entrevistados, com vistas a contribuir para a análise descritiva final (MARCONI E LAKATOS,1999). 3.3 ANÁLISE DOS DADOS Por tratar-se de um estudo de casos múltiplos, a análise dos dados realizada no presente trabalho ocorreu em duas etapas principais, a saber: análise individual dos casos e análise cruzada dos dados (MERRIAM, 1998). Na etapa de análise individual, realizou-se a avaliação do material previamente coletado em cada um dos três casos estudados, buscando organizar os dados oriundos da pesquisa de campo, em relação aos objetivos do estudo. Na etapa seguinte, denominada análise cruzada, buscou-se identificar e analisar as semelhanças e diferenças entre os casos pesquisados, com base na fundamentação teórica. Existem diferentes técnicas de análise de dados. Uma delas é a análise de conteúdo, utilizada para tornar replicáveis e validar inferências de dados dentro do seu contexto, a partir da estruturação dos seus componentes (categorias) e de suas relações. Outra, a análise léxica, que possibilita o estudo científico do vocabulário, com aplicação de métodos estatísticos, iniciando sempre pela contagem das palavras e avançando sistematicamente em direção à identificação da dimensão das respostas, com o propósito de destacar a essência dos principais elementos (descrições) citados no texto. Por fim, há também a triangulação, que significa usar várias fontes de evidência (dados, respondentes) para verificar se há convergência entre elas.

29 28 No presente estudo, para a análise dos dados coletados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo (YIN, 2005). Abaixo, diagrama demonstrativo da metodologia empregada: BUSCA POR CASOS CASOS SELECIONADOS ENFATO AZANONATEC DI GIGLIO Visita à empresa Aplicação do questionário Análise dos dados Visita à empresa Aplicação do questionário Análise dos dados Visita à empresa Aplicação do questionário Análise dos dados ANÁLISE CRUZADA Figura 3 Diagrama Demonstrativo da Metodologia Fonte: Criado pelo autor

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Este material resulta da reunião de fragmentos do módulo I do Curso Gestão Estratégica com uso do Balanced Scorecard (BSC) realizado pelo CNJ. 1. Conceitos de Planejamento Estratégico

Leia mais

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ

ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ ESCOLA PAULISTA DE NEGOCIOS DISCIPLINA: ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO CORPORATIVO PROFESSOR: CLAUDEMIR DUCA VASCONCELOS ALUNOS: BRUNO ROSA VIVIANE DINIZ INTRODUÇÃO Estratégia é hoje uma das palavras mais utilizadas

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL 1 SUMÁRIO DIAGNÓSTICO GERAL...3 1. PREMISSAS...3 2. CHECKLIST...4 3. ITENS NÃO PREVISTOS NO MODELO DE REFERÊNCIA...11 4. GLOSSÁRIO...13 2 DIAGNÓSTICO GERAL Este diagnóstico é

Leia mais

EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA. www.executivebc.com.br. 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br

EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA. www.executivebc.com.br. 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br EXECUTIVE GESTÃO ESTRATÉGICA www.executivebc.com.br 071 3341-4243 cursos@executivebc.com.br GESTÃO ESTRATÉGICA O presente documento apresenta o modelo de implantação do sistema de gestão estratégica da

Leia mais

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey

O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey O Valor estratégico da sustentabilidade: resultados do Relatório Global da McKinsey Executivos em todos os níveis consideram que a sustentabilidade tem um papel comercial importante. Porém, quando se trata

Leia mais

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal Histórico de Revisões Data Versão Descrição 30/04/2010 1.0 Versão Inicial 2 Sumário 1. Introdução... 5 2. Público-alvo... 5 3. Conceitos básicos...

Leia mais

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS Vanice Ferreira 12 de junho de 2012 GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais DE QUE PROCESSOS ESTAMOS FALANDO? GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS: conceitos iniciais

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL Prof. Roberto Almeida Esta estratégia compreende o comportamento global e integrado da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Para Aquino:Os recursos humanos das

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO

PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO PROBLEMA, MUDANÇA E VISÃO Esse é o ponta-pé inicial da sua campanha. Se você não tem um problema, não tem porque fazer uma campanha. Se você tem um problema mas não quer muda-lo, também não tem porque

Leia mais

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS Informação como suporte à gestão: desenvolvimento de componente de avaliação de desempenho para sistemas de Esta atividade buscou desenvolver instrumentos e ferramentas gerenciais para subsidiar a qualificação

Leia mais

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano

Empresa como Sistema e seus Subsistemas. Professora Cintia Caetano Empresa como Sistema e seus Subsistemas Professora Cintia Caetano A empresa como um Sistema Aberto As organizações empresariais interagem com o ambiente e a sociedade de maneira completa. Uma empresa é

Leia mais

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos

Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos Gerenciamento de Riscos do Projeto Eventos Adversos 11. Gerenciamento de riscos do projeto PMBOK 2000 PMBOK 2004 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos 11.1 Planejamento de gerenciamento de riscos

Leia mais

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças.

Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. 1 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE POLÍTICAS PARA AS MULHERES Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça. Oportunidades Iguais. Respeito às Diferenças. Guia de orientações para a elaboração do Plano

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil

MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS. Junho, 2006 Anglo American Brasil MANUAL PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS Junho, 2006 Anglo American Brasil 1. Responsabilidade Social na Anglo American Brasil e objetivos deste Manual Já em 1917, o Sr. Ernest Oppenheimer, fundador

Leia mais

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios.

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. A palavra vem do grego strátegos, que significa "a arte do general". Arte militar de escolher onde, quando e

Leia mais

Formulação Estratégica da PMERJ

Formulação Estratégica da PMERJ Formulação Estratégica da PMERJ Dezembro.2012 Projeto de Formulação Estratégica da PMERJ O Projeto de Formulação Estratégica da PMERJ foi resultado de todo realinhamento estratégico da SESEG, facilitado

Leia mais

Como organizar um processo de planejamento estratégico

Como organizar um processo de planejamento estratégico Como organizar um processo de planejamento estratégico Introdução Planejamento estratégico é o processo que fixa as grandes orientações que permitem às empresas modificar, melhorar ou fortalecer a sua

Leia mais

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014 INTRODUÇÃO Sobre o Relatório O relatório anual é uma avaliação do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC sobre as práticas

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCOS DAS EMPRESAS ELETROBRAS Versão 2.0 30/10/2014 Sumário 1 Objetivo... 3 2 Conceitos... 3 3 Referências... 4 4 Princípios... 4 5 Diretrizes... 5 5.1 Identificação dos riscos...

Leia mais

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade

Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade 3 Processo de Implementação de um Sistema de Gestão da Qualidade Não existe um jeito único de se implementar um sistema da qualidade ISO 9001: 2000. No entanto, independentemente da maneira escolhida,

Leia mais

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1

Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 Diretrizes visando a melhoria de projetos e soluções construtivas na expansão de habitações de interesse social 1 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O tema estudado no presente trabalho é a expansão de habitações

Leia mais

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1 Governança de TI ITIL v.2&3 parte 1 Prof. Luís Fernando Garcia LUIS@GARCIA.PRO.BR ITIL 1 1 ITIL Gerenciamento de Serviços 2 2 Gerenciamento de Serviços Gerenciamento de Serviços 3 3 Gerenciamento de Serviços

Leia mais

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação

Métodos qualitativos: Pesquisa-Ação Métodos AULA 12 qualitativos: Pesquisa-Ação O que é a pesquisa-ação? É uma abordagem da pesquisa social aplicada na qual o pesquisador e o cliente colaboram no desenvolvimento de um diagnóstico e para

Leia mais

Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I

Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I Gestão Colegiada HOSPITAL DAS CLÍNICAS UNIDADE I Gestão Colegiada Os aspectos que definem o grau de responsabilidade de uma instituição são: 1 - A conformação da agenda do gestor: isso significa que um

Leia mais

Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard

Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (http://www.trt23.jus.br) Gestão Estratégica e o Balanced Scorecard José Silva Barbosa Assessor de Planejamento e Gestão Setembro/2009 Objetivos Apresentar a

Leia mais

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015 Está em andamento o processo de revisão da Norma ISO 9001: 2015, que ao ser concluído resultará na mudança mais significativa já efetuada. A chamada família ISO 9000

Leia mais

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani

Planejamento Estratégico de TI. Prof.: Fernando Ascani Planejamento Estratégico de TI Prof.: Fernando Ascani BI Business Intelligence A inteligência Empresarial, ou Business Intelligence, é um termo do Gartner Group. O conceito surgiu na década de 80 e descreve

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA INSTITUTO INTERAMERICANO DE COOPERAÇÃO PARA A AGRICULTURA TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD 4.6.8 01 VAGA 1 IDENTIFICAÇÃO DA CONSULTORIA Contratação de consultoria pessoa física para serviços de preparação

Leia mais

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000)

(WRIGHT; KROLL; PARNELL, 2000) de Marketing e Estratégias de Marketing Parte 01 OPORTUNIDADES E AMEAÇAS DO AMBIENTE EXTERNO Marcoambiente Ambiente setorial Estratégia Administração Estratégica Estratégico Organização / Direção Estratégia

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE INFORMÁTICA CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CÓDIGO MATRIZ CURRICULAR: 109P1NB

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE INFORMÁTICA CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CÓDIGO MATRIZ CURRICULAR: 109P1NB UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE INFORMÁTICA CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO CÓDIGO MATRIZ CURRICULAR: 109P1NB PLANO DE DISCIPLINA ANO LETIVO: 2011 2º SEMESTRE DADOS DA DISCIPLINA CÓDIGO DISC

Leia mais

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Análise do Ambiente estudo aprofundado Etapa 1 Etapa 2 Etapa 3 Etapa 4 Etapa 5 Disciplina Gestão Estratégica e Serviços 7º Período Administração 2013/2 Análise do Ambiente estudo aprofundado Agenda: ANÁLISE DO AMBIENTE Fundamentos Ambientes

Leia mais

Inteligência Competitiva

Inteligência Competitiva Inteligência Competitiva Prof. Patricia Silva psilva@univercidade.br Aula 6 Objetivos da aula 6 n Análise SWOT n Bibliografia: Estratégia de Marketing O C. Ferrell Cap. 4 Strenghts (forças), Weaknesses

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

COMO FAZER A TRANSIÇÃO ISO 9001:2015 COMO FAZER A TRANSIÇÃO Um guia para empresas certificadas Antes de começar A ISO 9001 mudou! A versão brasileira da norma foi publicada no dia 30/09/2015 e a partir desse dia, as empresas

Leia mais

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS - FAN CEUNSP SALTO /SP CURSO DE TECNOLOGIA EM MARKETING TRABALHO INTERDISCIPLINAR APRESENTAÇÃO DO TI O Trabalho Interdisciplinar é um projeto desenvolvido ao longo dos dois primeiros bimestres do curso. Os alunos tem a oportunidade de visualizar a unidade da estrutura curricular do

Leia mais

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques

Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Pesquisa sobre: Panorama da Gestão de Estoques Uma boa gestão de estoques comprova sua importância independente do segmento em questão. Seja ele comércio, indústria ou serviços, o profissional que gerencia

Leia mais

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios.

Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. Usada originalmente na área militar, esta palavra hoje é bastante usada na área de negócios. A palavra vem do grego strátegos, que significa "a arte do general". Arte militar de escolher onde, quando e

Leia mais

O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o

O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o O Planejamento Estratégico pode ser considerado como uma Bússola e Guia de Apoio à decisão das organizações. É uma metodologia para construir o futuro da empresa. O que pode fazer pela minha empresa? Avaliar

Leia mais

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com

www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com www.dehterakm.com beatriz@dehtearkm.com Quem somos? A BEATRIZ DEHTEAR KM apresenta a seus clientes uma proposta totalmente inovadora para implementar a Gestão do Conhecimento Organizacional. Nosso objetivo

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)?

1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)? 1 - Como definir o Balanced Scorecard (BSC)? Conceitualmente, o Balanced Scorecard, também conhecido como BSC, é um modelo de gestão que auxilia as organizações a traduzir a estratégia em objetivos operacionais

Leia mais

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO Indicadores e Diagnóstico para a Inovação Primeiro passo para implantar um sistema de gestão nas empresas é fazer um diagnóstico da organização; Diagnóstico mapa n-dimensional

Leia mais

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão

Desenvolve Minas. Modelo de Excelência da Gestão Desenvolve Minas Modelo de Excelência da Gestão O que é o MEG? O Modelo de Excelência da Gestão (MEG) possibilita a avaliação do grau de maturidade da gestão, pontuando processos gerenciais e resultados

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo de Planejamento Prof.º Fábio Diniz COMPETÊNCIAS A SEREM DESENVOLVIDAS CONHECER A ELABORAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E FUNCIONALIDADES UM PLANO DE NEGÓCIOS.

Leia mais

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como:

Referências internas são os artefatos usados para ajudar na elaboração do PT tais como: Plano de Teste (resumo do documento) I Introdução Identificador do Plano de Teste Esse campo deve especificar um identificador único para reconhecimento do Plano de Teste. Pode ser inclusive um código

Leia mais

Projeto de Sistemas I

Projeto de Sistemas I Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Projeto de Sistemas I Professora: Kelly de Paula Cunha E-mail:kellypcsoares@ifsp.edu.br Requisitos: base para todo projeto, definindo o

Leia mais

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação Pesquisa realizada com os participantes do de Apresentação O perfil do profissional de Projetos Pesquisa realizada durante o 12 Seminário Nacional de, ocorrido em 2009, traça um importante perfil do profissional

Leia mais

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO

CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO Contexto e objetivos CEAP CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO AMAPÁ CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DISCIPLINA COMÉRCIO ELETRÔNICO PROF. CÉLIO CONRADO O desenvolvimento do plano de negócios, como sistematização das idéias

Leia mais

Marketing em Design. 3. Planejamento Estratégico e Processos de Marketing. Profª Ms. Angela Maria Ramos

Marketing em Design. 3. Planejamento Estratégico e Processos de Marketing. Profª Ms. Angela Maria Ramos Marketing em Design 3. Planejamento Estratégico e Processos de Marketing Profª Ms. Angela Maria Ramos 4. Planejamento de novos negócios, redução de negócios superados Os planos da empresa para seus negócios

Leia mais

Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor

Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor Título: Pensando estrategicamente em inovação tecnológica de impacto social Categoria: Projeto Externo Temática: Segundo Setor Resumo: A finalidade desse documento é apresentar o projeto de planejamento

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade

A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade A Sustentabilidade na perspectiva de gestores da qualidade Realização Patrocínio Objetivo da pesquisa Captar a perspectiva dos gestores e professores de gestão da qualidade sobre: 1. Os conceitos de sustentabilidade

Leia mais

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA Brasília, abril/2006 APRESENTAÇÃO O presente manual tem por objetivo

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Governança Corporativa

Governança Corporativa Governança Corporativa POLÍTICA DE INTEGRIDADE A política de integridade (conformidade), parte integrante do programa de governança corporativa. Mais do que nunca as empresas necessitam de estruturas consistentes

Leia mais

A Área de Marketing no Brasil

A Área de Marketing no Brasil A Área de Marketing no Brasil Relatório consolidado das etapas qualitativa e quantitativa Job 701/08 Fevereiro/ 2009 Background e Objetivos A ABMN Associação Brasileira de Marketing & Negócios deseja

Leia mais

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Modelo para elaboração do Plano de Negócios Modelo para elaboração do Plano de Negócios 1- SUMÁRIO EXECUTIVO -Apesar de este tópico aparecer em primeiro lugar no Plano de Negócio, deverá ser escrito por último, pois constitui um resumo geral do

Leia mais

Alinhamento entre Estratégia e Processos

Alinhamento entre Estratégia e Processos Fabíola Azevedo Grijó Superintendente Estratégia e Governança São Paulo, 05/06/13 Alinhamento entre Estratégia e Processos Agenda Seguros Unimed Modelo de Gestão Integrada Kaplan & Norton Sistema de Gestão

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT MASTER IN PROJECT MANAGEMENT PROJETOS E COMUNICAÇÃO PROF. RICARDO SCHWACH MBA, PMP, COBIT, ITIL Atividade 1 Que modelos em gestão de projetos estão sendo adotados como referência nas organizações? Como

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto Processos de gerenciamento de projetos em um projeto O gerenciamento de projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto a fim de cumprir seus requisitos.

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS SEGUNDO O PMBOK. Faculdade PITÁGORAS Unidade Raja Prof. Valéria E-mail: valeriapitagoras@gmail.

PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS SEGUNDO O PMBOK. Faculdade PITÁGORAS Unidade Raja Prof. Valéria E-mail: valeriapitagoras@gmail. PROCESSOS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS SEGUNDO O PMBOK Faculdade PITÁGORAS Unidade Raja Prof. Valéria E-mail: valeriapitagoras@gmail.com 1 Processos Processos, em um projeto, é um conjunto de ações e atividades

Leia mais

Gestão Estratégica de Marketing

Gestão Estratégica de Marketing Gestão Estratégica de Marketing A Evolução do seu Marketing Slide 1 O Marketing como Vantagem Competitiva Atualmente, uma das principais dificuldades das empresas é construir vantagens competitivas sustentáveis;

Leia mais

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo

Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Indicadores de Rendimento do Voluntariado Corporativo Avaliação desenvolvida por Mónica Galiano e Kenn Allen, publicado originalmente no livro The Big Tent: Corporate Volunteering in the Global Age. Texto

Leia mais

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas

ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas ANEXO 1: Formato Recomendado de Planos de Negócios - Deve ter entre 30 e 50 páginas 1) Resumo Executivo Descrição dos negócios e da empresa Qual é a ideia de negócio e como a empresa se chamará? Segmento

Leia mais

Categoria Temática- Sequenciamento Proposto Modelo de Comércio Exterior- Padronização das Ações Preparação

Categoria Temática- Sequenciamento Proposto Modelo de Comércio Exterior- Padronização das Ações Preparação 1 1. Apresentação A ideia de investigar o processo de internacionalização de micro, pequenas e médias empresas, em Pernambuco, surgiu de observações iniciais realizadas pelo pesquisador enquanto profissional

Leia mais

Aula 13. Roteiro do Plano de Marketing. Profa. Daniela Cartoni

Aula 13. Roteiro do Plano de Marketing. Profa. Daniela Cartoni Aula 13 Roteiro do Plano de Marketing Profa. Daniela Cartoni Plano de Marketing: Estrutura Capa ou folha de rosto 1. Sumário Executivo 2. Situação atual de marketing 3. Análise de oportunidades 4. Objetivos

Leia mais

UNIDADE 5 A estrutura de um Plano de Negócios

UNIDADE 5 A estrutura de um Plano de Negócios UNIDADE 5 A estrutura de um Plano de Negócios É evidente a importância de um bom plano de negócios para o empreendedor, mas ainda existem algumas questões a serem respondidas, por exemplo: Como desenvolver

Leia mais

O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO

O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO O CLIENTE COMO FONTE DE INFORMAÇÃO PARA INOVAÇÃO: INTEGRAÇÃO ENTRE AS DIMENSÕES CLIENTES E RELACIONAMENTO Aliny Francielly de Oliveira Formada em Administração, atuante nos segmentos comércio varejista

Leia mais

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade

Sistemas de Gestão da Qualidade. Introdução. Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade. Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Tema Sistemas de Gestão da Qualidade Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Gestão Estratégica da Qualidade Sistemas de Gestão da Qualidade Elton Ivan Schneider Introdução

Leia mais

Engajamento com Partes Interessadas

Engajamento com Partes Interessadas Instituto Votorantim Engajamento com Partes Interessadas Eixo temático Comunidade e Sociedade Principal objetivo da prática Apoiar o desenvolvimento de uma estratégia de relacionamento com as partes interessadas,

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação. cynaracarvalho@yahoo.com.br

Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação. cynaracarvalho@yahoo.com.br $XWDUTXLD(GXFDFLRQDOGR9DOHGR6mR)UDQFLVFR± $(96) )DFXOGDGHGH&LrQFLDV6RFLDLVH$SOLFDGDVGH3HWUROLQD± )$&$3( &XUVRGH&LrQFLDVGD&RPSXWDomR Gerenciamento de Riscos em Segurança da informação cynaracarvalho@yahoo.com.br

Leia mais

O desafio da liderança: Avaliação, Desenvolvimento e Sucessão

O desafio da liderança: Avaliação, Desenvolvimento e Sucessão O desafio da liderança: Avaliação, Desenvolvimento e Sucessão Esse artigo tem como objetivo apresentar estratégias para assegurar uma equipe eficiente em cargos de liderança, mantendo um ciclo virtuoso

Leia mais

A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS

A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS A Organização orientada pela demanda. Preparando o ambiente para o Drummer APS Entendendo o cenário atual As organizações continuam com os mesmos objetivos básicos: Prosperar em seus mercados de atuação

Leia mais

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período:

Disciplina: Unidade V: Prof.: E-mail: Período: Encontro 30 Disciplina: Planejamento Estratégico de Marketing Unidade V: O Plano de Marketing Prof.: Mario Filho E-mail: pro@mariofilho.com.br Período: 4º. ADM Planejamento é tudo... Link: http://www.youtube.com/watch?v=dwt9ufbxluk

Leia mais

Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.)

Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.) Gerenciamento da Integração (PMBoK 5ª ed.) O PMBoK diz que: O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar, unificar e coordenar

Leia mais

ESTÁGIO DE NIVELAMENTO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS MACROPROCESSO DE GESTÃO DO PORTFÓLIO

ESTÁGIO DE NIVELAMENTO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS MACROPROCESSO DE GESTÃO DO PORTFÓLIO ESTÁGIO DE NIVELAMENTO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS MACROPROCESSO DE GESTÃO DO PORTFÓLIO 05.11.2015 SUMÁRIO INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO DE PORTFÓLIO CENÁRIO NEGATIVO DOS PORTFÓLIOS NAS ORGANIZAÇÕES GOVERNANÇA

Leia mais

F.1 Gerenciamento da integração do projeto

F.1 Gerenciamento da integração do projeto Transcrição do Anexo F do PMBOK 4ª Edição Resumo das Áreas de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos F.1 Gerenciamento da integração do projeto O gerenciamento da integração do projeto inclui os processos

Leia mais

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Osmar Mendes 1 Gilberto Raiser 2 RESUMO Elaborar uma proposta de planejamento estratégico é uma forma de criar um bom diferencial competitivo, pois apresenta para a organização

Leia mais

GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO

GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO PMI PULSO DA PROFISSÃO RELATÓRIO DETALHADO GERENCIAMENTO DE PORTFÓLIO Destaques do Estudo As organizações mais bem-sucedidas serão aquelas que encontrarão formas de se diferenciar. As organizações estão

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Risco na medida certa

Risco na medida certa Risco na medida certa O mercado sinaliza a necessidade de estruturas mais robustas de gerenciamento dos fatores que André Coutinho, sócio da KPMG no Brasil na área de Risk & Compliance podem ameaçar a

Leia mais

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores O Planejamento Estratégico deve ser visto como um meio empreendedor de gestão, onde são moldadas e inseridas decisões antecipadas no processo

Leia mais

PLANEJAMENTO DE MARKETING

PLANEJAMENTO DE MARKETING PLANEJAMENTO DE MARKETING A análise ambiental e o planejamento beneficiam os profissionais de marketing e a empresa como um todo, ajudando os gerentes e funcionários de todos os níveis a estabelecer prioridades

Leia mais