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1 Transcrição da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Professora Cíntia Local: Núcleo de Arte Nise da Silveira Data: Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA - Relatos do Entrevistado COR VERDE - Comentários da Entrevistadora Núcleo de Arte Nise da Silveira, professora Cíntia, hoje é dia 12 de Dezembro de Bom, professora Cíntia me fala um pouquinho sobre sua formação e experiência na dança. Bom, eu fiz Faculdade de Educação Física e sempre gostei da dança, né? Então, acabei por fazer curso em academia e teve (pausa rápida). Quando eu comecei a trabalhar no núcleo, aliás eu comecei primeiro em clube escolar com dança. E, eu trabalho na rede com educação física aí....aí está mais com educação física e fez algum curso de dança? Mais com educação física. Fiz ao longo da minha vida, fiz curso sim, academia dentro de Centro de Dança Rio. Ai, fiz a pós-graduação em dança em 2000, pela secretaria da educação e aí os professores interessados enviaram currículo e tudo que era certificado, dos cursos que participei, UERJ, enviei os certificados para comprovar o currículo. Esse curso foi quando? 98? Foi em a prova foi em 2000 é...e aí os professores selecionados fizeram uma prova escrita e uma prova prática é, e aí acho que eram uns 100 professores, senão me falha a memória. É, não tenho certeza, mas acho que foi uma turma, acho que foi aliás o único ano que fez essa pós. E, aí durante a pós nós tivemos que ficar um ano participando na rede, trabalhando com dança que era uma coisa nova, né? Então, cada um procurava uma escola que tivesse espaço e eu procurei até uma escola em Vila

2 Valqueire, que eu fui visitar e vi que tinha um espaço no último andar. E, e aí esse espaço eu tive de preparar esse espaço que era cheio de cadeiras, então preparar esse espaço para poder dar aula, então nós pintámos para espaço para ficar um lugar agradável foi muito difícil porque quando eu cheguei, a direção me deu o sétimo ano que eu nunca trabalhei, então alunos já adolescentes que nunca tinham feito dança, foi complicado de chegar com esse trabalho! E, aí a primeira coisa que eu fiz foi fazer um questionário, perguntando o que é que eles esperavam, né? O que é que eles queriam e tal. E, os alunos colocaram bobagens, principalmente os meninos ah eu espero que seja (pausa) as meninas rebolando é como sempre, né? (risos). E aí eu fui conversar que não! Que era uma proposta nova, de trabalho. E, comecei a trabalhar fazendo dinâmicas de teatro, porque dançar eles nem não...então peguei aqui dinâmicas de teatro para trabalhar, essa parte difícil de socialização primeiro, em grupos, aí eu por exemplo, de uma palavra que movimento essa palavra emerge.. Vai devagar, né? É, aí fiz uma aula com o flyer da Globo e pedi a ele para botar uma mensagem para eles, como era um cara conhecido, né? Aí ele colocou que os meninos podiam dançar e tal e eu podia até levá-los para assistir uma aula. E, isso deu uma animada nos meninos, né? Porque o Hip Hop estava começando, aquela época dos Back Street Boys. E, aí o que é que aconteceu? A maioria não tinha vergonha, quem quis...quem queria fazer estava inibido porque os outros.. eu pegava a turma inteira. Então os outros ficavam aahhh (...) e tal porque tinha aquela inibição. Tanto, que de manhã eu dava aula aí à tarde eu abri oficinas e aí nas oficinas só ia quem queria fazer dança e aí enchia. Por área de interesse. Era a área de interesse e não tinha ninguém olhando para ficar mexendo e tal. E completamente diferente, porque você tem que gostar, tem que estar a fim, tem que ter prazer, né? Bom, mas aí no final do ano eu fiz um concurso de dança, um grande concurso de dança e podia qualquer coisa. Era o Tchã e aí as inscrições começaram a aparecer e o concurso encheu. Então fez um sucesso, no ano seguinte todo o mundo queria fazer dança, inclusive os meninos que fizeram um grupo de Back Street boys passaram os meninos gritavam e todo mundo quis. Depois você ficou lá quanto tempo nessa escola? Aí eu fiquei lá dois anos, o que aconteceu, o núcleo me convidou, que eu tinha uma matrícula no clube escolar e outra na escola. E aí surgiu uma vaga no Nise, e Clube escolar com quem trabalhava lá, em Vila Quente eu morava no Méier. Ai, sai da escola, sob protestos Ahh! Professora a senhora vai sair da escola. E tinha as mostras de dança, era tudo novo né? Mas enfim vim para o Nise porque aqui é um trabalho certinho, com alunos que estão interessados, né? A estrutura também, né?

3 A estrutura é bonita, né? E está aqui há quanto tempo? No Nise, né? Não aqui eu acho que há oito anos, já (pausa), mas eu faço esse trabalho na escola também de Educação Física, faço uns grupinhos para participarem da mostra de dança, que é algo novo também na escola, a minha monografia da pós é sobre a importância da dança no desenvolvimento desse aluno pequeno, né? Que ele através do corpo, né? Ele se desenvolve, aí ele tem mais segurança. Então, eu queria fazer na minha escola para participar da mostra de dança. São as transformações corporais, afetivas, etc. Exactamente nossa! Como a gente vê alunos se transformando pela dança, né? Eu tinha aluna, que ela era minha aluna na escola e fazia no núcleo, ela era uma aluna muito tímida, pequenininha até hoje faz comigo, mas tinha vezes que ela ficava parada! Assim gente, ela ficava parada de medo, três anos depois ela falava não fala e a mãe fala a família toda (...) tá vendo Geovana como Geovana está diferente Geovana era muito tímida. São as transformações corporais, afetivas, sociais. (...) Queria te perguntar uma coisa, aqui no núcleo você trabalha com que estilo de dança? Eu trabalho (pausa). O que é que acontece, eu não tenho formação em Hip Hop, minha formação era jazz, quer dizer na minha época, a dança afro que eu sempre gostei, só que a procura foi o Hip Hop. E o Fábio que era director do Núcleo indicou e eu fui procurar alguns cursos, né? Para fazer alguns cursos, para fazer pelo menos a iniciação e aí eu comecei e aí garotos que pareciam tão novos, muito garotos Eles trazem também alguma experiencia, né? Então, aí que eu queria falar, aí que os meninos já eram rapazes de 14 anos e tinham aquela parte de acrobacia e tudo. E aí o que é que eu fazia? A primeira parte da coreografia, eu fazia para eles todos fazerem e num determinado momento eu abria para eles criarem do jeito que eles gostam e no final todo mundo junto de novo. Então, eu criei um espaço de troca, para eles trocarem e saberem, fazerem tudo e no final eles vieram para cá e me ajudaram com os pequenos, pequeninhos. Os pequeninhos viam eles fazendo e ai eles a determinado momento no fim da aula, eles pegavam nesses pequenininhos né? (...) Então aí, o que é que aconteceu? Eu fiquei com o Hip Hop, com Jazz e com a dança livre. A dança livre que a gente fala, porque é assim, dependendo do tema que trabalha e por exemplo, esse ano a gente trabalhou a Dança Afro.

4 Englobando as outras, né? Isso porque dependendo do tema, todo ano para falar do tema, né? O tema vocês escolhem? Ou vem pela secretaria? Vem pela secretaria. É, não é obrigatório, vêm vários e você escolhe um, por exemplo na minha escola, eu escolho o projeto pedagógico da escola, aí trabalho em cima dele e não levo em conta o que vem da secretaria. Agora aqui é este ano, o tema é energia e a gente trabalhou esse por exemplo. Você pode fazer um breve histórico desse espaço, em relação à gestão escolar? Enfatizando alguns projetos e a relação com a comunidade. Então, quando eu entrei era uma outra direção, eram professores de Arte. Minto! Eram professores de música que hoje em dia ele largou a carreira (...) para você ver, era ele e uma outra professora, mas a gente teve alguns problemas com essa direção e aí entro o professor de Arte e aí esse professor trouxe a Letícia. A Letícia de Arte?...de português, de português, e aí veio...mas a Lara é uma artista. Ela é de tudo, ela bota a mão na massa, faz de tudo, às vezes dança, às vezes, faz com a gente ééé às vezes faz com a gente, maravilhosos trabalhos! Aí estávamos lá já no espaço, né? Já adaptados, era um espaço complicado porquê é rente do Hospital Psiquiátrico. Então os alunos, a gente tinha uma alta e baixa de alunos porque, às vezes, a gente chegava e encontrava pessoas loucas, peladas né? Uma coisa assim meia constrangedora às vezes, mas as mães iam, mães maravilhosas que ajudavam na concepção da roupa, aí há dois anos atrás resolvi que eu tinha que sair de lá, as mães passaram um abaixoassinado, né? Mas tivemos que vir para cá... Os alunos vieram para cá? Os alunos mais velhos vieram, que andam sozinhos agora para as mães ficou complicado que é muito contramão, é muito contramão para vir para cá! Daí vir de carro, são cinco minutos, né? Mas de ônibus é complicado, tanto que tem até aluno e mães que vêm comigo de carro, vêm ficam aqui até ao final fazem a aula e vão comigo de carro e aí os garotos vieram, vieram, todos eles vieram, mas os pequenos não tinham como né? Mas aí a gente, está sempre com uma vontade né? Mas olha, foi surpreendente porque as crianças vieram e é assim... O projeto foi bem aceito? O projeto foi bem aceito, o trabalho foi muito bacana. Agora, quando teve esse fechamento, nossa? Tinha que ver o protesto que eles fizeram, com música, ligaram para a secretaria, foi emocionante, sai daqui chorando porque não tenho matrícula aqui, só para os professores que têm matricula aqui...

5 Mas vai continuar aqui?...vai continuar aqui, continuam aqui é...ela até propôs...mas a gestão daqui é maravilhosa sabe? Você pode contar com elas para tudo, qualquer sonho, elas botam a mão na massa compram o sonho. Você pode falar dos projetos desenvolvidos ao longo da gestão, apresentando os aspectos positivos e negativos desses projetos. Olha, eu vou falar que foi um que nós fizemos aqui, estávamos chegando nessa comunidade né? Com o nosso trabalho era sobre aqueles painéis que estão ali fora, do Alemão pintado. Então a gente fez o alemão. A tropa de elite, na verdade, ela fazia um resgaste daquele aluno que estava brincando no morro do Alemão e participava do núcleo de Arte. Então começa a tropa de elite invadindo, os alunos mais velhos vestindo de soldado e tal (...) entrando no morro, eles brincando, eles até vestem a camisa do núcleo de arte..e eles invadindo e foi assim um trabalho (...) (..) eu vi Você viu? Você estava lá na mostra é? Então, esse resgate do aluno saindo da rua fazendo parte do núcleo então foi um trabalho muito bacana, eles ficaram muito contentes né? Até porque era o primeiro trabalho, e tinha figurino e tal e o nosso figurino era roupa rasgada da favela né? E toda importância do trabalho, da pesquisa com os alunos, com a comunidade. E você tem algum aspecto negativo do projecto? Não, não, só aprendi, a gente sempre teve o apoio da comunidade, dos alunos, só crescemos. Em relação a linguagem da Dança, queria que você falasse também, da linguagem, se ela significativa, se tem muita procura? Olha, é muito significativa, nossas turmas, às vezes a gente tem recusar alunos, às vezes! Agora eu acho, vou falar pela minha aula, né? Eu procuro sempre partir do que eles gostam, né? A gente começa pelo Hip Hop, esses rapazes que dançavam comigo só fazem Hip Hop só Hip Hop e a gente depois vai apresentando outros, outras coisas para esses alunos. E esses alunos acabam dançando, tango sabe? A gente abre o leque para eles. Então é assim, partindo que está na moda do que eles gostam, para trazê-los depois porque a gente, né? Para pesquisa, para outros, né? Porque o que eles conhecem de dança? O que vêm de espetáculos? O que eles vêm é na televisão né? É o tchã é Hip Hop, né? A gente parte e depois abrindo o leque para eles conhecerem e depois acaba mas a gente, pega tem aluno que cresceu, né? Vai para fora, tem aluno que está em Londres, ganhou um concurso, por quê? O que é que acontece? A gente também dá uma base, né? Como tem bailarina também, né Jô? Bailarina que está lá na

6 Escola Rios se destacando que eram daqui do Núcleo, mas aquele que tiver o talento descobre, né? Queria que você falasse um pouquinho sobre a comunidade local e a sua participação nos projetos ao longo desses anos, como é que você percebe a comunidade local Bom, aqui estamos há dois anos né? E a participação daqui foi assim surpreendente até porque apareceram, fazendo inscrição quando souberam que ia acabar foi um desgaste, né? Não aceitamos o fim do Núcleo Nise da Silveira né? Todos os trabalhos foram afetados, eu acho que é assim, é uma comunidade que é muito carente de núcleo de arte, e aqui eles encontraram, né? O teatro, a dança, a música, mesmo que seja o prazer, sabe? No seu entendimento que a dança pode ser considerada um factor de inclusão social nas comunidades menos favorecidas? Porquê? Como é que você percebe isso? Com certeza, porque a gente vê que na pratica, né? O aluno até em rendimento escolar que melhorou a socialização, que é trabalhado no grupo. Esse trabalho que é realizado no final do ano, o grupo trabalha mas a gente tem que apoiar, tem que ver como um apoia o outro, é uma parceria. E a outra metade que surgem, aqueles que fazem novos grupos, a gente vê isso no dia-a-dia. Você percebeu que alguns alunos seus saíram para o mercado de trabalho? É, chega uma certa idade, principalmente no final desse ano a gente não tinha nenhum rapaz. No ano passado nos tínhamos um grupo de meninos mesmo. Agora chega numa certa idade, a família começa a cobrar, né? Mas eles vão para o mercado formal fora da dança? Por exemplo, a gente tem alunos que foram fazer faculdade de Dança, de Educação Física que seguiram à carreira de certa forma né? E a nível de transformações corporais, afetivas, cognitivas e sociais dos praticantes? O que você percebeu? Podia dar alguns exemplos. Agora mesmo eu estava falando sobre isso mesmo, uma aluna que me surpreendeu esse ano que é a Karine, que é uma aluna que começou com dificuldades, é uma menina baixinha que cuida da irmã, ajuda em casa a família. A irmã ganhou um festival de música, e todos os irmãos fazem aula aqui no núcleo. E essa menina teve um crescimento notável, não só na Dança, ela participou da oficina de Teatro e eu fiquei assim (abismada) Olha a Karine, uma menina que tinha dificuldade e se inibia no grupo! Que eu faço um trabalho de grupo e cada um tem que criar oito tempos, para eles mostrarem, né? Os seus trabalhos porque eles têm, não é só o que eu faço! Não é só ela, tem a Giovana. A gente vê alunos que eram tímidos que de repente desabrocham. Eu digo para as mães, não é ser artista, mas ele está trabalhando a consciência corporal, outro quadro postural, com mais criatividade. E, com certeza ele vai ser um profissional mais criativo, que hoje em dia ter criatividade é importante, né? E ele vai chegar com uma outra postura mediante a plateia, sem essa timidez, né? Então eu acho que a Dança trabalha além do dançar, né?

7 Você já teve alunas com deficiência nas turmas? Não, no Núcleo eu não tive, mas na escola sim. A Denise que já teve sim. Agora eu tive uma aluna com problemas que ia atrás do grupo e pegava tudo. Mas eu sempre coloco no início do ano, tem alunos que pegam com mais facilidade e tem outros com mais dificuldades, e isso não quer dizer que impedimento, digo que todos vão conseguir chegar ao seu tempo. Então é para continuar insistindo, porque senão desiste, né? Logo nas primeiras dificuldades. Ai eu digo, que a gente vai repetir quantas vezes for preciso para ele pegar (a aluna com dificuldade). Na sua concepção, você percebe se esses alunos que participam do núcleo conseguem assumir trabalhos informais ou formais por meio da Dança? Eu acredito que sim, eles vão levar uma bagagem daqui, eu acho que muitas vezes, a escola não consegue desenvolver tudo desse grupo, não desenvolve a capacidade deles de trabalhar em grupo, de criar, de se expressar a nível de movimento, né? Como é que você desenvolve o seu trabalho com a Dança? Que metodologia aplica? Num primeiro momento, é a gente ir aonde eles gostam, né? Ai a primeira parte da aula é a parte corporal, de alongamento e de abertura, né? Mostro como é importante para poder dançar, e aquecimento. E ai, a segunda parte, eu trabalho junto com eles a Improvisação, qualquer movimento serve, ai a gente trabalha a improvisação em grupo, que é mais fácil, porque normalmente eles têm vergonha, né? Então, em grupo cada um dá uma ideia, ai depois cada grupo cria e eu vou trocando, com eles a dinâmica. E a última parte da aula é a parte de coreografia que a gente vai de acordo com o tema, que a gente discute junto e vai para a parte coreográfica. E ai cada aula, a gente vai aumentando a coreografia, né? E prazerosamente por quê? Eles estão aqui porque eles querem. E senão houver prazer, eles não ficam. Eles ficam porque gostam, porque estão gostando. É até um desafio porque ao mesmo tempo que você tem que fazer um trabalho bacana, você tem que fazer uma coisa que agrade a eles, porque senão você fica sem aluno. Tem grupo que traz ele até o final do ano e tem aqueles que entram, mas... desanimam... ainda estão procurando ainda o quê que eles querem né? No seu entendimento a dança pode ser considerada um fator de inclusão social nas comunidades menos favorecidas? Com certeza! Por quê? Como que você percebe isso? Se fosse para você comprovar isso, como você poderia cobrar, é... Por quê? Porque a gente vê aqui na prática né? Aluno que até em rendimento escolar que melhorou. A gente até estava falando sobre isso, a socialização que é trabalhada, o grupo... Esse trabalho do final do ano, o grupo trabalha e a gente ajuda, mas o grupo vai um com o outro e é uma parceria que a gente tem que ter. E as amizades que

8 surgem, aqui eles fazem novos grupos, novos amigos e enfim... Eu acho que a gente vê isso na prática, no dia a dia... Você também percebeu que alguns alunos seus saíram para o mercado de trabalho? Hoje em dia eles estão inseridos? Chega uma certa idade... principalmente esse ano não tinha rapaz nenhum, ano passado no concurso de dança o primeiro lugar... a gente sempre entra. É um grupo de meninos mesmo, rapazes de que chegam uma certa idade. Precisamos ensaiar a dança é... aí a família começa a cobrar né? A inserção deles não é pelo meio da dança é mais pelo trabalho formal né?! É... a gente teve um aluno aqui que ele era sensacional a gente tentou encaminhá-lo para algumas coisas, mas o próprio pai achava que ele tinha que estar trabalhando em escritório e ele perdeu o talento humano que ele tinha... Às vezes poderia ter ido para um curso técnico, falta muita gente no mercado né? Mas a gente, por exemplo tem aluno que se encantou e está em Faculdade de Dança, de Educação Física e tem isso também, gente que descobre que é isso que importa. E a nível de transformação corporal, afetivo e social dos seus alunos? Há uma aluna que me surpreendeu muito esse ano que é a Carla, que uma menina que começou com dificuldade... É aquela alta e forte que dançou? Não. Uma grandona que... Não... É uma baixinha, uma baixinha que até a irmã dele faz também... são cinco irmãos... ela a irmã ganhou para um festival de música, todos eles fazem aula aqui... E essa menina teve um crescimento, não só na dança, ela participou do teatro e eu fiquei assim Olha a Karine... uma menina que tinha dificuldade e assim... líder no grupo! Eu faço trabalho de grupo tem que criar oito teatros para eles mostrarem que eles têm não só o que eu faço com eles... e essa menina, nossa! Que crescimento que ela teve... Não só ela, essa Giovana que eu estou te falando, a gente vê assim alunos que eram tímidos e que de repente desabrocham e é uma coisa que eu teimo com as mães Mães não é porque é artística, mas ele está trabalhando a consciência corporal, ele está conhecendo o seu corpo. Com certeza ele vai ser um profissional mais criativo, porque hoje em dia você precisa ter criatividade. Ele vai chegar com uma outra postura porque ele já enfrentou a plateia, já dançou para a plateia então não vai chegar com essa timidez, ele vai chegar com uma postura diferente. Então, eu acho que a dança trabalha além do dançar, o corporal, o afetivo e o social. Você teve alunos com deficiência, deficientes? Tem, já teve?

9 Eu já tive à alguns tempos atrás, eu tinha uma menina que ela tinha deficiência, mas ela participava de tudo. Você tinha lá no outro? Tinha, mas a Denise que pegou mais esses alunos porque depende assim, escrevem nessas oficinas né? No Núcleo eu já tive uma menina sim, ela tinha um problema, mas ela ia atrás. Os alunos pegaram rápido quando você entrou? Não. Nem todos, mas eu sempre coloco no início do ano, alguns alunos têm facilidades e tem alunos que tem que dedicar mais, isso não quer dizer que não vai conseguir... então é para continuar e tentar porque se não... tem aluno que desiste porque ele tem dificuldade, aí eu... Olha, a tia vai repetir quantas vezes for preciso, só não pode parar, tem que estar participando. E alguns vão participando e depois descobrem que conseguem. Você acredita que os alunos do Núcleo, eles podem conseguir trabalhos formais e informais por meio da dança? Eu acredito que sim. Eles vão levar uma bagagem daqui e as escolas muitas vezes devem desenvolver tudo aquilo que é desenvolvido aqui no Núcleo. A gente desenvolve a capacidade deles de trabalhar em grupo, de criar, de se expressar através de movimentos. Fale um pouco sobre a sua metodologia de ensino que você utiliza para trabalhar a dança. Então, no primeiro momento essa coisa de ir ao que eles gostam... buscar o que eles gostam. Daí a primeira parte da aula é a parte corporal, de alongamentos, de exercícios, mostro para eles como isso é importante para poder dançar...o aquecimento. A segunda parte trabalho muito com eles a parte da improvisação, qualquer movimento serve, é aceito aqui. Então a gente aí trabalha a parte de improvisação em grupo que é mais fácil, individualmente eles têm vergonha, então em grupo cada um dá uma ideia... depois que cada grupo cria eu vou trocando, agora você vai aprender desse grupo., a parte de dinâmicas com eles. A última parte da aula é a parte de coreografia mesmo, que a gente vai de acordo com o tema... o que a gente discute o que a gente vai trazer para esse tema, aí a gente vai fazer essa parte coreográfica e a cada aula a gente vai aumentando essa coreografia. Queria perguntar a respeito... Mas acima de tudo, prazerosamente porque eles estão aqui porque querem, se não houver prazer eles não ficam... eles ficam porque gostam, porque estão gostando. Então é até um desafio, porque ao mesmo tempo que você tem que fazer um trabalho bacana, você tem que fazer uma coisa que agrade a eles porque se não você fica sem aluno. Só para a gente fechar a entrevista eu queria que você comentasse, fizesse uma avaliação do seu trabalho, oito anos no Núcleo né? E no final fechasse um pouquinho

10 sobre a questão política dos Núcleos, mas fica à vontade, senão quiser falar não tem problema. O trabalho é muito prazeroso, primeiro trabalha com quem gosta, nada como você trabalhar com um grupo que está ali porque gosta, porque está fazendo. Então o trabalho é prazeroso, é um tempo de uma hora e meia para cada turma, então dá para você desenvolver o trabalho. Eu procuro assim ser muito amiga deles, tanto que esse grupo adolescente até hoje saiu e ficam comigo pelo facebook. Eu tenho muito esse lado afetivo com eles, trabalho muito esse lado afetivo e é um prazer estar aqui... trabalhando... triste porque eu não sei se ano que vem eu vou estar e realmente eu acho que a escola para mim perdeu um pouco a graça. Muitos critérios da dança, estruturas... Precisa-se de uma outra estrutura para trabalhar... Pois é, tanto que na escola eu procuro sempre estar inserindo a dança, mas é diferente. Quanto a essa parte eu só posso dizer que é um desrespeito ao trabalho, eu acho que não tem um olhar aí para o aluno, porque o nosso olhar é sempre para o aluno e não tem esse olhar... é um desrespeito com o aluno, um desrespeito com o professor... Para você ver, eu estou a oito anos e agora acabou. A gente vê que as vezes nós somos até usados porque quando eles querem uma apresentação bonita para prefeito, para secretária liga para o Núcleo e a gente está lá e sempre... Ah que maravilha! e na hora eles não têm esse cuidado... então, somos despejados... somos jogados fora. Muito triste com essa política sobre esse olhar sobre os Núcleos porque eles não estão vendo o desenvolvimento do aluno lá... acha que desenvolver o aluno é aprender... é sentar e aprender matemática, português e o aluno é muito mais que isso. É educação integral né? Desenvolvimento integral, Muito obrigada!

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