PROFESSOR : Telma Bartholomeu Silva. Direito Ambiental. Teoria Geral do Direito Ambiental

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1 PROFESSOR : Telma Bartholomeu Silva Direito Ambiental Teoria Geral do Direito Ambiental 1 1

2 2 CONCEITO Direito Ambiental é o ramo do direito que estuda, analisa e regulamenta as questões e os problemas ambientais e sua relação com o ser humano, voltando-se à proteção do meio ambiente e à melhoria das condições de vida no planeta. *Conjunto de regras que regulamentam a proteção e o uso do ambiente.

3 3 MEIO AMBIENTE O meio ambiente é,assim, a interação do conjunto de elementos naturais,artificiais e culturais que propiciem o desenvolvimento equilibrado da vida em todas as suas formas.

4 4 AMPLITUDE O Direito Ambiental é um novo ramo do direito cujo objeto de proteção será o meio ambiente. Meio ambiente entendido em suas diferentes dimensões: Meio ambiente natural Meio ambiente artificial Meio ambiente cultural Meio ambiente do trabalho

5 5 MEIO AMBIENTE NATURAL O meio ambiente natural / físico constituído pelo solo, água, ar, flora ( é com relação a este aspecto que a Lei 6.938/81 define, no art. 3 o, o que se deve entender por meio ambiente)

6 6 MEIO AMBIENTE ARTIFICIAL O meio ambiente artificial, é composto pelo espaço urbano construído ( conjunto de edificações) e pelos equipamentos públicos ( ruas, praças,áreas verdes) fruto da interação do homem com o meio ambiente natural

7 7 MEIO AMBIENTE CULTURAL O meio ambiente cultural, integrado pelo patrimônio histórico, artístico, paisagístico, turístico também considerado fruto da interação do homem com o meio ambiente natural, mas, diferindo do anterior pelo valor especial que adquiriu ou de que se impregnou

8 8 MEIO AMBIENTE DO TRABALHO Meio ambiente do trabalho pode ser entendido como o local onde se desenvolvem as atividades do trabalho humano. O complexo de bens móveis e imóveis de uma Empresa Observação: no texto da Constituição Federal de 1988 encontramos dois artigos que tratam pontualmente do meio ambiente do trabalho: a) art. 7º, XXII redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. b) art. 200, VIII colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

9 9 Relação com os demais ramos do Direito Direito Internacional Direito Constitucional Direito Civil Direito Penal Direito Tributário Direito Econômico Direito Administrativo Direito Processual

10 10 Por ex: Código Civil Art O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 1o. O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.(grifo nosso).

11 11 DESENVOLVIMENTO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL E NO MUNDO

12 12

13 13

14 14 EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO AMBIENTAL NO MUNDO: A partir da Conferência de Estocolmo o primeiro grande Congresso Internacional sobre Meio Ambiente 1972 NO BRASIL: A partir da instituição da Política Nacional de Meio Ambiente 1981 Com a Lei 6.938/81

15 15 EVOLUÇÃO NO BRASIL Antes de Tutela pontual e fragmentária Por ex: Lei 4.771/65 ANTIGO Código Florestal Novo período- Lei da Política Nacional do Meio Ambiente-Lei /81 -Lei da Ação Civil Pública Lei /85 -Constituição Federal de

16 16 POLITICA E SISTEMA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE A Política e o Sistema Nacional do meio Ambiente, encontram-se na Lei 6.938/81. a Política Nacional do Meio Ambiente deve ser compreendida como o conjunto dos instrumentos legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos destinados à promoção do desenvolvimento sustentado da sociedade e economias brasileiras Paulo de Bessa Antunes.

17 17 SISNAMA- Sistema Nacional do Meio Ambiente art. 6º - lei 6.938/81 O SISNAMA é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal, dos territórios e dos municípios, bem como as fundações instituídas pelo poder público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental. Assim, os órgãos integrantes do SISNAMA são os responsáveis pelo exercício das atividades de deliberação,fiscalização, controle e execução das políticas ambientais

18 18 TUTELA CONSTITUCIONAL

19 19 LINHA DO TEMPO DAS NOSSAS CONSTITUIÇÕES /

20 20 AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS E O MEIO AMBIENTE Não fez qualquer referência à matéria.. No entanto, já previa a proibição de indústrias contrárias à saúde do cidadão Atribuía competência legislativa à União para legislar sobre suas minas e terras 1934 Tratou da proteção às belezas naturais, ao patrimônio histórico,artístico e cultural, conferindo,ainda à União competência em matéria de riquezas do subsolo, mineração, águas,florestas, caça, pesca e sua exploração

21 21 CF(s) E MEIO AMBIENTE idem 1946-idem 1967-idem, incluindo dentre as competências da União legislar sobre normas gerais de defesa da saúde, sobre jazidas, florestas, caça, pesca e águas

22 22 CONCLUSÕES desde a CF de 1934 todas mantiveram a proteção do patrimônio histórico, cultural e paisagístico do país o legislador NÃO se preocupava em proteger o meio ambiente de forma específica e global. A tutela era pontual e fragmentária a partir de 1934 os textos começaram a prever a função social da propriedade

23 23 A CF de 1988 e o MEIO AMBIENTE A CF de 88 pode ser considerada VERDE dada a amplitude da proteção ambiental que estabelece. Ela tutela o meio ambiente administrativa, civil e penalmente ( art. 225 e seus parágrafos)

24 24 Art. 225 CF/1988 Art. 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendêlo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

25 25 ANÁLISE Todos Quem? Têm direito- que Direito? Meio ambiente ecologicamente equilibrado O que é isso?

26 26 DIREITOS FUNDAMENTAIS 1ª GERAÇÃO - direitos individuais e políticos Valor privilegiado = LIBERDADE 2ª GERAÇÃO - direitos sociais / econômicos e culturais Valor privilegiado = IGUALDADE 3ª GERAÇÃO direito à Paz, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado Valor privilegiado = FRATERNIDADE / SOLIDARIEDADE ***4ª GERAÇÃO direito à democracia, à informação e o direito ao pluralismo Valor privilegiado = UNIVERSALIDADE

27 27 POSICIONAMENTO DO STF MS SP (decisão de 30/10/95)...o direito à integridade do meio ambiente típico direito de terceira geração constitui prerrogativa jurídica de titularidade coletiva,refletindo,dentro do processo de afirmação dos direitos humanos, a expressão significativa de um poder atribuído,não ao indivíduo identificado em sua singularidade,mas, num sentido verdadeiramente mais abrangente, à própria coletividade social. ( grifos no original) (...)

28 28 Bem de uso comum do povo -Qual a extensão disto? Poder público? Coletividade? Dever de defendê-lo e preservá-lo para presentes e futuras gerações?

29 29 RESPONSABILIDADE NA CF/88 Art. 225, 3º da CF 88 : as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

30 30 ALGUNS OUTROS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS QUE CUIDAM DO MEIO AMBIENTE Art. 5 o, LXXIII- Ação Popular Art. 129,III- Ação Civil Pública Art. 170,VI- Defesa do meio Ambiente Art. 200,VIII -Proteção do Meio Ambiente do Trabalho

31 31 MEIO AMBIENTE NAS CONSTITUIÇÕES ESTRANGEIRAS Antes do Brasil, alguns países já haviam tutelado o meio ambiente em suas Constituições: Portugal Espanha Equador Peru Chile 1.980

32 32 PRINCÍPIOS AMBIENTAIS

33 33 Princípio do Desenvolvimento Sustentável; Princípio do Poluidor Pagador; Princípio da Participação; Princípio da Prevenção / Precaução

34 34 Princípio do Desenvolvimento Sustentável: arts. 225, V cc. 170,VI da CF, e artigos 4º e 5º da Lei n. 6938/81. Por este princípio, procura-se compatibilizar desenvolvimento econômico social e preservação da qualidade do meio ambiente.

35 35 Declaração do Rio Princípio 3 O direito ao desenvolvimento deve ser exercido de modo a permitir que sejam atendidas equitativamente as necessidades de desenvolvimento e de meio ambiente das gerações presentes e futuras. Princípio 4 Para alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção ambiental constituirá parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente deste.

36 36 Princípio do Poluidor Pagador: art.225, 3º da CF, artigos 3º,IV; 4º, VII e 14, 1º da Lei n. 6938/81. Este princípio, não significa que podemos pagar para poluir, consagra a idéia de que aquele que polui terá que arcar com os custos da reparação de dano causado.

37 37 Declaração do Rio Princípio 13 Os Estados irão desenvolver legislação nacional relativa à responsabilidade e à indenização das vítimas de poluição e de outros danos ambientais. Os Estados irão também cooperar, de maneira expedita e mais determinada, no desenvolvimento do direito internacional no que se refere à responsabilidade e à indenização por efeitos adversos dos danos ambientais causados, em áreas fora de sua jurisdição, por atividades dentro de sua jurisdição ou sob seu controle

38 38 Declaração do Rio Princípio 16 As autoridades nacionais devem procurar promover a internalização dos custos ambientais e o uso de instrumentos econômicos, tendo em vista a abordagem segundo a qual o poluidor deve, em princípio, arcar com o custo da poluição, com a devida atenção ao interesse público e sem provocar distorções no comércio e nos investimentos internacionais.

39 39 OBS: O PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR Art. 4º,VII 2ª parte- da Lei 6.938/81 Non bis in idem com o Poluidor- Pagador

40 40 Princípio da Participação: art. 225, 1º, VI da CF, art. 13 da Lei 6938/81. Este princípio prevê a atuação conjunta do Poder Público e da sociedade na proteção do Meio Ambiente.

41 41 Princípio 10 A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos.

42 42 Princípio da Prevenção/Precaução: art. 225, IV, e art. 9º, I, V da Lei 6.938/81 Aqui a idéia é prevenir a ocorrência do dano ambiental.

43 43 Declaração do Rio Princípio 15 Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental

44 44 OUTROS PRINCÍPIOS Função Sócio- ambiental da propriedade ( Art. 170, III e VI da CF/88 c.c. Art. 1228, 1º do Cód. Civil) Princípio do limite ( Art.225, 1º,V da CF/88 e Arts.4º,III c.c.8º,vii c.c. 9º,I da Lei n /81) Da Cooperação entre os povos ( Art. 4º,IX da CF/88, Art.4º, V da Lei 6.938/81 c.c. Art. 77 e 78 da Lei 9.605/98) Da Responsabilidade social Princípios do Equador

45 45 Protetor Recebedor ( ex: art. 10 1º, II, da Lei 9.393/96 ; ex: Decreto /2009 Estado de Minas gerais Programa Bolsa-verde) Proibição ( ou Vedação) do Retrocesso Ecológico Mínimo Existencial Ecológico ( portal STJ, em 31/05/2010)

46 46 Há inúmeros princípios ambientais que orientam a otimização das regras de proteção do meio ambiente. Esses princípios constam na Política Nacional do Meio Ambiente, na CF e em documentos internacionais de proteção do meio ambiente, como Conferência de Estocolmo de 1972, Nosso Futuro Comum (Relatório Brundtland) e Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992 (ECO-92). Considerando o texto acima, julgue os itens subseqüentes, acerca dos princípios ambientais e de sua adoção em regras procedimentais de proteção do meio ambiente.

47 O princípio do poluidor-pagador, dispositivo internacional da proteção do meio ambiente, ainda não foi incorporado à legislação infraconstitucional brasileira. (...) 174 O princípio da ampla informação, existente no direito do consumidor, também influi na proteção nacional e internacional do meio ambiente. 175 O princípio da participação da população na proteção do meio ambiente está previsto na Constituição Federal e na ECO-92.

48 48 COMPETÊNCIA AMBIENTAL

49 49 Competência: Capacidade de emitir decisões dentro de um campo específico A CF/88 traça as regras de COMPETÊNCIA AMBIENTAL prevendo em síntese: -Competência Material -Competência Legislativa OBS: Competência Processual análise posterior

50 50 Competência Material ou administrativa- ligada com a prática de atos administrativos/poder de execução. Refere-se à implementação das diretrizes,políticas e preceitos concernentes ao ambiente. Competência Legislativa- ligada com a prática de atos legislativos

51 51 COMPETÊNCIA MATERIAL PODE SER: Exclusiva -da União ( Art. 21) -do Município (Art. 30, VIII e IX) Comum União/Estados/DF e Municípios( Art. 23 da CF/88) Residual Estados-Membros ( Art. 25, 1 o )

52 52 A competência material exclusiva da União Competência material exclusiva da União: compete à União elaborar planos de ordenação do território e de desenvolvimento socioeconômico, instituir o sistema nacional de recursos hídricos, instituir diretrizes de desenvolvimento urbano, incluindo a habitação, saneamento básico e transportes urbanos, explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garaimpagem.(art. 21, IX, XIX, XX, XXIII, a, b, c, e XXV.)

53 A competência material comum Competência material comum: proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; impedir a destruição desses bens; promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico; proteger o meio ambiente e combatera poluição em qualquer de suas formas; preservar as florestas, a flora e a fauna; registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos de pesquisa e exploração dos recursos hídricos e minerais em seus territórios. Não se trata de competência legislativa mas de mera cooperação administrativa ou de implementação entre os entes da Federação para atuar em cooperação recíproca comum ( art. 23, III, IV, VI, VII, IX e XI) 53

54 54 OBS: o Art. 23, parágrafo único foi alterado pela EC n. 53/06

55 55 LEMBRAR!!! A Lei Complementar n. 140/2011 fixa normas nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da CF/88 para regular a competência comum da União,Estados, DF e Municípios

56 56 ATUALIZAÇÃO DO TEMA LEI COMPLEMENTAR 140/2011 PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO OFICIAL EM 09/12/2011 Fixa normas, nos termos dos incisos III, VI e VII do caput e do parágrafo único do art. 23 da Constituição Federal, para a cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios nas ações administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção das paisagens naturais notáveis, à proteção do meio ambiente, ao combate à poluição em qualquer de suas formas e à preservação das florestas, da fauna e da flora; e altera a Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981.

57 57 Lei complementar 140/11 Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se: I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental; II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar; III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar.

58 58 Art. 4o Os entes federativos podem valer-se, entre outros, dos seguintes instrumentos de cooperação institucional: I - consórcios públicos, nos termos da legislação em vigor; II - convênios, acordos de cooperação técnica e outros instrumentos similares com órgãos e entidades do Poder Público, respeitado o art. 241 da Constituição Federal; III - Comissão Tripartite Nacional, Comissões Tripartites Estaduais e Comissão Bipartite do Distrito Federal; IV - fundos públicos e privados e outros instrumentos econômicos; V - delegação de atribuições de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei Complementar; VI - delegação da execução de ações administrativas de um ente federativo a outro, respeitados os requisitos previstos nesta Lei Complementar.

59 59 Art. 5o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente. Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas.

60 60 Art. 7o São ações administrativas da União: (...) XIV - promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva; c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas; d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs); e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados; f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental, nos termos de ato do Poder Executivo, aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo, em qualquer estágio, ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen); ou h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento;

61 61 Art. 8o São ações administrativas dos Estados: (...) XIV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7o e 9o; XV - promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

62 62 Art. 9o São ações administrativas dos Municípios: (...) XIV - observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; ou b) localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);

63 63 ATUAÇÃO EM CARÁTER SUPLETIVO Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos.

64 64 ATUAÇÃO SUBSIDIÁRIA Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.

65 65 Art. 17. Compete ao órgão responsável pelo licenciamento ou autorização, conforme o caso, de um empreendimento ou atividade, lavrar auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo para a apuração de infrações à legislação ambiental cometidas pelo empreendimento ou atividade licenciada ou autorizada. 1o Qualquer pessoa legalmente identificada, ao constatar infração ambiental decorrente de empreendimento ou atividade utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores, pode dirigir representação ao órgão a que se refere o caput, para efeito do exercício de seu poder de polícia. 2o Nos casos de iminência ou ocorrência de degradação da qualidade ambiental, o ente federativo que tiver conhecimento do fato deverá determinar medidas para evitá-la, fazer cessá-la ou mitigá-la, comunicando imediatamente ao órgão competente para as providências cabíveis. 3o O disposto no caput deste artigo não impede o exercício pelos entes federativos da atribuição comum de fiscalização da conformidade de empreendimentos e atividades efetiva ou potencialmente poluidores ou utilizadores de recursos naturais com a legislação ambiental em vigor, prevalecendo o auto de infração ambiental lavrado por órgão que detenha a atribuição de licenciamento ou autorização a que se refere o caput.

66 66 Alteração da redação art. 10 da lei 6.938/81 Art. 20. O art. 10 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, passa a vigorar com a seguinte redação: Art. 10. A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento ambiental. 1o Os pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão serão publicados no jornal oficial, bem como em periódico regional ou local de grande circulação, ou em meio eletrônico de comunicação mantido pelo órgão ambiental competente. 2o (Revogado). 3o (Revogado). 4o (Revogado). (NR)

67 67 REVOGAÇÃO EXPRESSA Art. 21. Revogam-se os 2º, 3º e 4º do art. 10 e o 1o do art. 11 da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981

68 68 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA Privativa - da União ( Art com possibilidade de Delegação par. Único) - do Município (Art. 30, I) Concorrente União/Estados/DF ( Art. 24) Suplementar-dos Municípios e dos Estados ( Art. 30,II e Art. 24, 1 o ao 4 o ) Residual Estados-Membros ( Art. 25, 1 o Expressa Estados ( 25, caput) e Municípios ( Art. 29 em geral)

69 69 COMPETÊNCIA LEGISLATIVA Competência legislativa Privativa da União -é competência deste ente, com possibilidade de delegação Pode legislar sobre : água, energia, jazidas,minas e outros recursos minerais, populações indígenas, atividades nucleares de qualquer natureza. ( art. 22, IV, XII,XIV, XXVI, e parágrafo único da CF/88)

70 70 Competência legislativa concorrente:união/estados e DF Princípio da predominância do interesse Podem legislar sobre direito urbanistico, florestas, caça, pesca, fauna, conservação, defesa do meio ambiente e dos recursos naturais, proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico e responsabilidade por dano ao meio ambiente. (art. 24, I, VI, VII, e VIII da CF/88)

71 71 OBS: Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios Art. 32, 1 o

72 72 A CF/88, o Meio Ambiente e o Município OBS: Competência legislativa e material dos municípios Em resumo, compete aos municípios legislar, sobre assuntos de interesse local, suplementar a legislação federal e estadual, promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; promover a proteção do patrimônio histórico cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual(art. 30, I, II, VIII e IX)

73 73 RESUMO GERAL Competência legislativa: A UNIÃO tem competência privativa e concorrente Os ESTADOS e DISTRITO FEDERAL têm competência concorrente e suplementar Os MUNICIPIOS têm competência para legislar sobre assuntos de interesse local ( privativa)e para suplementar a legislação federal e estadual, além de algumas competências expressas do art. 29 *Os ESTADOS podem exercer também a competência residual e alguma competência expressa do art. 25

74 74 RESUMO GERAL Competência Material ou Administrativa A UNIÃO tem competência exclusiva e comum Os Estados/ DF e Municípios tem competência comum * Os Municípios têm competência exclusiva *Os ESTADOS podem exercer também a competência residual

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