Trombocitopenia induzida pela heparina

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1 Trombocitopenia induzida pela heparina Novembro 2012 ULSM Hospital Pedro Hispano, Matosinhos

2 Distinguir Terapêutica curta duração: Profilática Emergência Heparina via parentérica Heparinas baixo peso molecular - via subcutânea Terapêutica longo prazo: Profilática

3 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Hemóstase sequência de reações e mecanismos que permite o controlo das hemorragias a partir de uma lesão de um vaso sanguíneo

4 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Sistema Hemostático Preserva a integridade da circulação Limita a perda de sangue

5 Hemóstase 1.Resposta Vascular 2.Resposta Plaquetária 3.Formação do coágulo Lesão Vascular Vasoconstrição

6 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Adesão plaquetária e agregação

7 Hemóstase e Coagulação Sanguínea

8 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Cascata da coagulação

9 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Formação do coágulo, cuja etapa final é a conversão do fibrinogénio em fibrina.

10 Hemóstase e Coagulação Sanguínea Após a sua formação, o coágulo sofre um processo de organização, que consiste na invasão por fibroblastos que irão formar o tecido conjuntivo fibroso.

11 Via Cascata da Coagulação

12 Cascata da Coagulação Via Comum

13 Mecanismo de ação da heparina A ação enzimática da trombina é impedida por uma glicoproteína do plasma a Antitrombina III. Heparina - atua em combinação com a AT III, tornando esta molécula muito mais ativa em relação à inibição da trombina.

14 Mecanismo de ação da heparina Na ausência de AT III a heparina não exerce qualquer efeito anticoagulante

15 Mecanismo de ação da heparina A ação anticoagulante da heparina é obtida através da ligação com dois anticoagulantes naturais: a antitrombina III, um inibidor da trombina, fator X, IX e XI. A ligação da heparina com a antitrombina III aumenta a atividade deste fator em 1000 vezes.. o cofator II da heparina, que age apenas inibindo a trombina.

16 Síndrome Antifosfolípido A SAF é definida como a presença de trombose arterial e/ou venosa recorrentes, abortos de repetição e trombocitopenia, com um resultado positivo numa análise de anticorpos antifosfolípidos

17 Síndrome Antifosfolípido Síndrome grande diversidade de quados clínicos Trombose Perda fetal Trombocitopenia

18 Síndrome Antifosfolípido Primária ou Idiopática os AAF surgem sem nenhuma doença subjacente Secundária ocorre em associação com uma doença previamente existente como Lúpus

19 Síndrome Antifosfolípido Na SAF todas as etapas do sistema de coagulação estão ativadas para que resulte TROMBOSE: Células endoteliais ativadas» plaquetas Fatores de coagulação ativados como a protrombina» trombina» fibrina

20 Síndrome Antifosfolípido Níveis de proteína C e S reduzidas devido à afinidade dos AFL para estas proteínas e consequentemente inibição do sistema fibrinolítico É o sistema pelo qual a fibrina é dissolvida e há dissolução do coágulo

21 C A L G O R I T M O

22 Trombocitopenia induzida heparina (TIH) A TIH é uma complicação grave, potencialmente fatal, definida como um decréscimo na contagem das plaquetas durante ou logo após a exposição à heparina. SUSPENSÃO IMEDIATA DA HEPARINA A heparina de baixo peso molecular é contra indicada.

23 Trombocitopenia induzida heparina Tipo I: menos severa; é caraterizada por uma trombocitopenia leve, transitória e assintomática. Tipo II: mais severa, é considerada um síndrome de caráter imunológico e associada a um aumento considerável no risco de trombose venosa e arterial com potencial risco de vida.

24 Trombocitopenia induzida heparina HNF /HBPM FP4 (fator plaquetário) Resposta imunitária com produção de Ac cujo Ag é o complexo heparina-fp4 resultando em agregação e destruição plaquetária.

25 TIH - Tratamento Anticoagulantes orais Apresentam início lento de ação Promovem a queda dos níveis de proteína C, anticoagulante natural que inibe o processo de formação de trombina

26 TIH - Tratamento Um fármaco que diminua a síntese de trombina Inibidores diretos da trombina: Hirudina Argatroban

27 HIRUDINA É um polipeptídeo de 65 aa extraída das glândulas salivares de sanguessugas É um potente e específico inibidor da trombina, formando um complexo não covalente cuja dissociação é lenta É metabolizada e excretada por via renal (ajuste para os IRC)

28 LEPIRUDINA É uma hirudina recombinante dissulfatada Está relacionada a uma rápida e sustentada recuperação na contagem de plaquetas O seu metabolismo é predominantemente renal sendo uma pequena parte metabolizada pelo fígado

29 LEPIRUDINA A sua ligação quase irreversível com a trombina pode ser considerada um problema potencial, já que não se conhece antídoto caso ocorra alguma hemorragia Por isso o uso da lepirudina no TEV é ainda limitado e este risco hemorrágico é a grande barreira à disseminação do seu uso clínico

30 ARGATROBAN É um inibidor sintético da trombina Atua de forma reversível, direta e seletiva Rápida eficácia terapêutica antitrombótica com um mínimo risco de hemorragia Rápida restauração da hemostasia

31 ARGATROBAN É excretada via hepática Pode ser usada em doentes com insuficiência renal

32 Inibidores diretos da Trombina Têm vantagens potenciais sobre as heparinas(hnf e HBPM): Podem inibir a trombina ligada à fibrina, um importante mediador do crescimento do trombo Não se ligam a proteínas plasmáticas e não são neutralizados pelo fator 4 plaquetário

33 Limitação da heparina Incapacidade de inativar a trombina ligada à fibrina e o fator Xa ligado às plaquetas ativadas dentro do trombo, podendo este continuar a crescer mesmo sob terapêutica com heparina.

34 Referências Oliveira, L.C.O. & Franco, R.F. Novas Drogas Anticoagulantes. Medicina, Ribeirão Preto, 34: , jul/dez Pereira, M.E.A. Novos Anticoagulantes Orais. Revista da Ordem dos Farmacêuticos 102, Boletim do CIM: 3-4, Mar/Abr Souza, M.H.L. & Elias, D.O. Fundamentos da Circulação Extracorpórea, publicação eletrónica, [acedido em nov. 2012] Disponível em: Longhi, F., Laks, D. & Kalil, N.G.N. Trombocitopenia induzida por heparina. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, 23 (2), mai/ago Disponível em:

35 Muito obrigado pela vossa atenção!

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