Algumas atribuições do CEAE-SP SEÇÃO 1 INFORME-SE!

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1 NESTA EDIÇÃO ABORDAREMOS O PAPEL DO CONSELHO ESTADUAL DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, AS PROPRIEDADES DA CARNE SUÍNA, A IMPORTÂNCIA DOS ALIMENTOS INTEGRAIS E O PREJUÍZO DO EXCESSO DE PROTEÍNA. SEÇÃO 1 INFORME-SE! Algumas atribuições do CEAE-SP Vamos conhecer algumas atribuições do Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo (CEAE-SP). Assim, você aprenderá um pouco mais sobre funções, atribuições,competências e a importância da participação do Conselho no controle social do PEAE. O Conselho Estadual de Alimentação Escolar (CEAE) é um órgão colegiado deliberativo e autônomo, composto por representantes da sociedade civil, pais de alunos, professores e também por representantes dos poderes executivo e legislativo. O CEAE tem como objetivo fiscalizar a execução do programa de alimentação escolar, desde o recebimento do recurso federal até a distribuição das refeições nas escolas. Uma das funções do Conselho é acompanhar e fiscalizar os locais de produção e fornecimento de refeições e lanches, que devem ser adequados às Boas Práticas para os serviços de alimentação, como forma de garantia da segurança desses alimentos. Procure ser receptivo ao receber os Conselheiros. Monitorar e fiscalizar a aplicação dos recursos. Elaborar o plano de ação. Apresentar propostas de planos e programas de trabalho que visem atingir a melhoria da qualidade da alimentação escolar. Controle social- CEAE-SP O controle social é a forma de participação da sociedade no acompanhamento da execução das políticas públicas. O exercício do controle social é um direito da sociedade e permite o acompanhamento e o controle da execução do programa. O CEAE executa uma parte fundamental do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), zelando pela qualidade dos alimentos oferecidos e acompanhando a aceitação dos cardápios pelos escolares. Apresentar relatórios do acompanhamento da execução do PNAE. Elaborar o regimento interno. 1

2 SEÇÃO 2 NOVIDADES Produtos novos, vamos conhecer! Novos produtos estão sendo inseridos na alimentação escolar e várias alterações estão sendo feitas na composição dos produtos já consumidos pela rede. Um exemplo é a introdução da carne suína. Carne suína em cubos A carne suína, alimento presente com frequência nas mesas dos brasileiros e paulistas, foi inserida no cardápio da Alimentação Escolar do Estado de São Paulo, por apresentar excelente valor nutritivo. A carne suína possui alta palatabilidade, proteínas de boa digestibilidade, bom perfil lipídico, teores baixos de colesterol e superiores de ácidos graxos poli-insaturados e monoinsaturados, além de ser boa fonte de vitaminas do Complexo B (especialmente tiamina e riboflavina) e minerais como ferro, selênio e potássio. Controle de qualidade da carne suína O modo antigo de produção de suínos, com a criação extensiva dos animais e pouco ou nenhum controle de qualidade da ração (popularmente chamada de lavagem ) acabou por criar um certo estigma quanto à segurança do consumo da carne suína. Por conta disso, ainda hoje é comum ouvirmos um conceito equivocado de que toda carne suína oferece riscos quanto à teníase ou a cisticercose, (por meio do consumo de carne crua ou insuficientemente cozida). Ao contrário do que acontecia antigamente, hoje a produção da carne suína provém de granjas com programas de controle de qualidade baseados no bem-estar do animal e com altíssimo padrão de exigência durante toda produção. Isso inclui ração balanceada, programa de vacinações, instalações e procedimentos com alto padrão higiênico sanitário, cada vez mais adequado aos níveis de sanidade exigidos pela legislação. 2

3 Além de todo controle da indústria, o Departamento de Alimentação, a cada entrega do produto, verifica sua qualidade através de análises laboratoriais. Isso inclui exatamente a pesquisa de parasitas e larvas, de forma que toda carne que chega à escola foi verificada e não confere riscos quanto à parasitoses. Quanto à preocupação com a cocção correta dos alimentos, esclarece-se que toda a carne deve ser bem cozida, seja ela bovina, suína ou de aves. De acordo com a Portaria da Vigilância Sanitária (CVS 5/2013), a temperatura de cocção recomendada é aquela que atinja o mínimo de 74 C em todas as partes do alimento assegurando a qualidade higiênico sanitária. Teste Aceitabilidade - Carne suína Além dos testes de qualidade, os produtos a serem destinados à Alimentação Escolar do Estado de São Paulo passam também por testes de aceitabilidade dos alunos, antes de chegar às unidades escolares. Quando realizados os testes com a carne suína, a aceitação dos alunos foi de 100 % de aprovação. Comparativo entre carne suína e carne bovina SEÇÃO 3 ENTREVISTA Acompanhe nossa conversa com o Diretora Katia Tate da EE. Inocoop II (D.E Guarulhos Sul) sobre a introdução da carne suína na alimentação escolar. Fonte: USDA,2001 3

4 DAAA: Como foi a aceitação da carne suína pelos alunos na rede? Diretora Katia Tate: Uma das formas de preparo da carne suína em nossa escola, inclui temperos diversos, alho, batatas e cenouras em cubos. Os alunos tiveram boa aceitação, comeram bastante, e comentaram que estava muito gostosa. Entrevista com os alunos da escola Proteínas em excesso - Consequências A proteína é um nutriente muito importante para o nosso corpo por desempenhar funções essenciais como defesa e proteção celular, construção de novos tecidos e preservação da massa muscular esquelética. Entretanto, o consumo deste nutriente deve ser feito com atenção, pois o excesso de proteína animal (carnes, peixe, ovo, leite e iogurte) pode resultar em sérios problemas de saúde, como por exemplo: Anderson: Não teve nenhuma diferença da carne de boi. No dia que foi servido, a carne estava muito bem temperada. Estava uma delícia. Tudo gostoso! Chenayanne: Não observei diferença da carne bovina, o tempero e a forma de preparo deixou a carne bem macia. Adorei! Dessa forma, concluímos que a carne suína pode continuar integrando os cardápios, como uma alternativa saudável à carne bovina, proporcionando maior variedade de alimentos fonte de proteína e ferro. O DAAA define o per capita de carne de acordo com as necessidades dos alunos durante o período de permanência na escola, são observados os princípios de equilíbrio e harmonia entre os nutrientes. Nossa equipe de de nutricionistas tem grande preocupação que que essa recomendação seja seguida já que o consumo em excesso de qualquer nutriente causa prejuízos à saúde. 4

5 SEÇÃO 3 - CURIOSIDADES Alimentos integrais: opção mais que saudável PRODUTOS DO PNAE Pães tradicionais e integrais Os pães integrais da alimentação escolar possuem 4 vezes mais fibras, em relação aos tradicionais. Arroz integral Os alimentos integrais preservam suas propriedades nutritivas originais, pois não passam pelo processo de refinamento a que os produtos convencionais são submetidos. Por isso, são ricos em fibras, vitaminas e minerais. A função das fibras alimentares é principalmente regular o funcionamento intestinal, reduzir os níveis de colesterol e glicose no sangue, além de facilitar a digestão e promover sensação de saciedade. Em comparação ao arroz polido tradicional, o integral apresenta quase o dobro do conteúdo de fibras, além de apresentar maior teor de minerais e vitaminas. Macarrão integral O macarrão integral possui como diferencial alto teor de fibras. Tabela 1 - Comparativo do conteúdo de fibra As fibras alimentares podem ser classificadas como solúveis e insolúveis. No primeiro caso, esse tipo de fibra interage com a água formando gel em nosso intestino. As fibras insolúveis não interagem com a água, portanto não formam géis como as fibras solúveis mas, a principal função dessas fibras é o aumento do bolo fecal, estimulando o funcionamento do intestino. 5

6 SEÇÃO 4 ACONTECEU!. Apresentação- Conselho Estadual de Alimentação Escolar. No dia 10 de junho reuniram-se os participantes do novo Conselho Estadual de Alimentação Escolar - CEAE no Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno - DAAA para troca de informações sobre as atividades de cada órgão, além de degustação dos alimentos servidos na merenda escolar. Na oportunidade, o DAAA acolheu os novos conselheiros, apresentou a equipe técnica e as atividades de cada setor. A seguir, os conselheiros tiraram suas dúvidas e experimentaram os produtos servidos na rede. Projeto Horta Educativa Este jornal é uma iniciativa do Departamento de Alimentação e Assistência ao Aluno (DAAA). Lembramos a todas as escolas que participam do Projeto Horta, descrito na edição anterior, que receberão o Kit completo que contém: ferramentas, sementes, caderno do educador, caderno de atividades do aluno, caderno da família e caderno do cuidador da horta, conforme a necessidade das unidades escolares. Esperamos que gostem das novidades, e esperamos que na próxima edição possamos divulgar uma boa prática da sua escola para toda a rede. Entre em contato conosco: daaa.cepae@educacao.sp.gov.br daaa.cenut@educacao.sp.gov.br 6