Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira Mestre em Neurofarmacologia (UFC)
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- Júlia de Miranda Santana
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1 Prof. Msc. Carlos Renato Nogueira Mestre em Neurofarmacologia (UFC)
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3 O termo psicose define um grande número de distúrbios mentais. A esquizofrenia é um tipo de psicose, caracterizado por uma percepção clara e acentuado distúrbio do pensamento. Afeta 1% da população. Doença crônica e incapacitante.
4 Caracterizada por ilusões, alucinação, desorganização de pensamentos e alteração no contato com a realidade (Psicose).
5 Fatores hereditários Fatores ambientais (complicações no parto, infecção viral, mal-nutrição, incompatibilidade de fator Rh) Hipótese neuroanatômica (volume ventricular aumentado) Hipótese da dopamina
6 Sintomas Positivos ( fora do normal - Agudo) Delírios (paranóide) Alucinações (vozes e mensagem de exortação) Distúrbios do pensamento, incluindo encadeamentos desordenados de pensamento e conclusões irracionais. Relacionados à hiperfunção dopaminérgica na via mesolímbica
7 Sintomas Negativos (Emocionais - Crônicos) Afastamento dos contatos sociais (Preconceito) Anulação das respostas emocionais Sentimento de culpa Ansiedade e suicídio (50%) Déficit cognitivo Relacionado à hipofunção dopaminérgica na via mesocortical
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12 Esquizofrenia resulta de neurotransmissão dopaminérgica aumentada. Qualquer abordagem que bloqueie a neurotransmissão dopaminérgica alivia os sintomas da doença Antipsicóticos atuam em receptores pós-sinápticos de dopamina (D2) Novos fármacos atuam também em receptores adrenérgicos e serotoninérgicos
13 Drogas antipsicóticas bloqueiam receptores pós-sinápticos D2 no SNC; Drogas que aumentam a atividade dopaminérgica (Agonista D2- apomorfina), agravam a doença; A densidade de receptores dopaminérgicos está aumentada em pacientes esquizofrênicos não tratados por antipsicóticos; Ativação de receptores D2 por uma variedade de agonistas diretos e indiretos (por exemplo, anfetaminas, levodopa, apomorfina) provoca aumento da atividade motora e comportamento estereotipado em ratos
14 Comportamento motor repetitivo, não Funcional, muitas vezes aparentemente intencional. (brincar com as mãos, remexer os dedos, manusear objetos, morder a si mesmo, beliscar a pele, etc)
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16 Disfunção da 5-HT parece está envolvida na Esquizofrenia (Busatto e Kerwin, 1997) Drogas como Cetamina, LSD produzem alterações parecidas com a Esquizofrenia (Alucinações) no receptor 5-HT. 5-HT2A regulam negativamente a liberação de DA Bloqueio simultâneo de receptores dopaminérgicos D2 e serotoninérgicos 5-HT2A aumentaria a liberação de DA na região nigroestriatal (Diminuindo adversos estereotipados) Olanzapina (Zyprexa) que também promove bloqueio muscarínico.
17 Receptor serotonérgico relacionado à alucinações Atua inibindo a liberação de dopamina na via nigroestriada. Seu bloqueio resulta em aumento na transmissão dopaminérgica nesta via, reduzindo, desta forma os tremores extrapiramidais. Também resulta em maior eficácia nos sintomas negativos (emocionais) 5-HT2A Liberação de DA Alucinações
18 Típicos (Primeira Geração) Não seletivos. Promovem um bloqueio amplo (H1, Muscarínico e Dopaminérgico), sendo, portanto de grande eficácia nos sintomas positivos. - Clorpromazina (Amplictil) - Levomepromazina (Neozine) - Haloperidol (Haldol) - Fenergan*
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21 Atípicos (Segunda Geração) Mais toleráveis, bloqueando os receptores H1, D2, 5-HT2A e, em menor grau os muscarínicos. Propiciam mais conforto ao paciente ao diminuir a incidência de efeitos extrapiramidais (tremores), maior eficácia nos sintomas negativos (emocionais) e menos desconforto antimuscarínico (vista turva, boca seca, constipação etc.)
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23 Absorção e Distribuição: Rápida, mas incompletamente absorvidos. Muitas drogas sofrem metabolismo de 1a. Passagem. Muitos são lipossolúveis e ligam-se a proteínas. Sequestradas em compartimentos lipídicos. Ação duradoura.
24 Metabolismo Maioria das drogas são largamente metabolizadas e alguns metabólitos são ativos, porém não muito importantes para ação da droga (exceção: mesoridazina, metabólito da tioridazina). Excreção Metabolizados para substâncias mais polares. Eliminação renal (meia-vida varia de 10 a 24 h).
25 Em Psiquiatria: Esquizofrenia, Distúrbios bipolares, Psicose em pacientes deprimidos; São eficazes em apenas 70% dos pacientes esquizofrênicos, os outros 30% sendo classificados como resistentes ao tratamento (a clozapina pode ser eficaz nestes casos Não psiquiátricos: antieméticos (Ex. proclorperazina); devido ao bloqueio D2 da zona do gatilho quimioceptora na área postrema, além do bloqueio de receptores muscarínicos e histamínicos
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27 Efeitos Colaterais de Antipsicóticos Atividade antagonista de vários receptores no SNC Histamina H1 Adrenérgico α1/α2 sedação, hipotensão, disfunção sexual Colinérgico M efeitos anticolinérgicos: estímulo cardíaco, dilatação da pupila, diminui secreções/salivação, inibe peristaltismo. Dopaminérgico D2 antagonismo na via extrapiramidal-nigrostriatal sintomas parkinsonianos (bradicinesia, tremor, rigidez muscular)
28 Psicológicos: sonolência, inquietação e efeitos autonômicos; Endócrinos: amenorréia-galactorréia e aumento da libido (mulheres) e ginecomastia e diminuição da libido; Via tuberoinfundibular se projeta do hipotálamo para a glândula hipófise anterior. A dopamina inibe a liberação da prolactina. Na deficiência da dopamina, os níveis de prolactina estarão aumentados Cardiovasculares: hipotensão ortostática, alterações no ECG.
29 Endócrinos e Metabólicos: Aumento de peso. Hiperprolactenemia em mulheres resulta em amenorréia-galactorréia e infertilidade. Em homens resulta em perda de libido, impotência e infertilidade. Hiperlipidemias Alérgicos e Tóxicos: icterícia e erupções cutâneas; Toxicidade Cardíaca (Arritimias) Risco de Teratogêneses
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31 Obrigado!!!!
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