O ADOLESCENTE E SEUS PAIS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "O ADOLESCENTE E SEUS PAIS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ DHE - Departamento de Humanidades e Educação Curso de Psicologia VANDRIANE TEDESCHI O ADOLESCENTE E SEUS PAIS IJUÍ 2011

2 2 VANDRIANE TEDESCHI O ADOLESCENTE E SEUS PAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Psicologia da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul UNJUÍ, como requisito parcial à obtenção do título de Psicólogo. Orientadora: Ana Maria de Souza Dias IJUÍ 2011

3 3 UNIVERSIDADE REGIONAL DO NORESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL UNIJUÍ VANDRIANE TEDESCHI O ADOLESCENTE E SEUS PAIS Banca Examinadora Ana Maria de Souza Dias - Professora Orientadora Ângela Maria Schneider Drugg - Professora Convidada

4 4 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, por ter me dado a vida e um lar dentro de uma família que é minha base e minha razão de viver. Aos meus pais que aprenderam a conviver com minha falta em casa durante os anos da faculdade e sempre me apoiaram em minhas decisões, apontando-me o caminho a seguir. A toda minha família e àqueles que se dispuseram a ajudar-me na caminhada do curso. Aos meus avós paternos que não estão mais entre nós, mas que conviveram comigo durante alguns anos e que jamais sairão de meu coração. A minha orientadora pela disponibilidade de sua ajuda na elaboração desta monografia.

5 5 RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso (TCC) abordará a temática da relação do adolescente com seus pais, geralmente marcada por desentendimentos entre ambos. Então, surge a chamada crise adolescente envolvendo dificuldades psíquicas neste tempo de passagem. Nos pais, a crise é desencadeada a partir das mudanças que atingem o (a) filho (a) e implica numa mudança de posição discursiva em relação ao adolescente: eles não podem mais falar com o filho como se fosse ainda uma criança, mas ainda não podem se dirigir a ele como um adulto. Eis um dos inúmeros conflitos conseqüentes do processo da adolescência. PALAVRAS-CHAVES: adolescência, relações parentais, conflitos, desejo e estruturação psíquica.

6 6 SUMÁRIO INTRODUÇÃO Primeiro Capítulo : A Adolescência na abordagem psicanalítica : 1.1 Definições sobre a Adolescência Identificações e as Relações do Adolescente O Adolescente e seu Corpo Adolescência: Crises e Conflitos Segundo capítulo : O Adolescente e seus pais CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 43

7 7 INTRODUÇÃO A presente monografia tratará sobre o adolescente e seus pais. No primeiro capítulo serão trabalhadas questões pertinentes à adolescência, bem como sua definição pela psicanálise. No segundo capítulo será trabalhada a relação entre o adolescente e seus pais, enfocando a crise que acontece na adolescência. Mas nessa relação surge a questão: de quem é a crise, do adolescente ou de seus pais? A escolha pelo tema das relações adolescente/pais deu-se durante o estágio em Psicologia e Processos Clínicos, realizado na Clínica de Psicologia da Unijuí, durante o atendimento com adolescentes. Geralmente vinham por vontade própria, e outros porque os pais queriam. Então surgiu a questão: como é a relação entre pais e filhos adolescentes? Quais processos estão envolvidos e o porquê de tantos conflitos entre eles. Talvez por conviverem em períodos diferentes de vida, em épocas distintas, já que hoje não há tanta banalização quando se trata de adolescente. Pelo contrário, o adolescente é valorizado e investido pela sociedade como sendo alguém com energia e potencial para conduzir o mundo no futuro. Pelo menos essa é a aposta que os adultos fazem no adolescente contemporâneo. Em pleno século XXI, a adolescência se tornou objeto de consumo e de desejo por parte da mídia e dos telespectadores. Isso porque a juventude traz consigo a idéia do belo, da perfeição e da disposição que todos almejam ter. No entanto, a adolescência não é só um período da vida em que tudo parece perfeito e onde há felicidade constante. Pelo contrário, consiste num trabalho de luto onde os objetos infantis são perdidos e novos objetos necessitam ser investidos pelo sujeito adolescente. Primeiro, ele deve elaborar o luto para depois voltar a investir objetalmente, só assim vai se identificar e investir em outros objetos diferentes dos objetos parentais. A relação do adolescente com seus pais é permeada por amor e ódio, isto é, por uma ambivalência necessária à formação de sua estrutura psíquica. Ao amar e logo depois odiar os pais, o adolescente vai aprendendo a questionar as diversas situações da vida, a se posicionar como um sujeito do desejo. Consequentemente, os pais vão se queixar que o filho (a) é rebelde e que perderam a autoridade que antes tinham sobre ele, já que na infância eram eles quem decidiam a roupa que a criança ia usar, o que ela ia comer, quando poderia sair. O adolescente vai decidir por si próprio o que vai querer fazer, fazendo suas escolhas diferentes das escolhas dos pais. Estes,

8 8 por sua vez, demoram a compreender que os filhos estão crescendo e não necessitam de tantos cuidados como uma criança pequena. Não é fácil deixar de ser criança e assumir outro lugar na família. Mas que lugar será esse, já que ainda não pode ocupar o lugar de adulto, mas nem permanecer no lugar de uma criança? Esta talvez seja a principal questão do sujeito adolescente, sobre qual lugar ele ocupa no ambiente familiar e social. Mas os pais também devem mudar a posição discursiva perante o adolescente, e para eles isso não é simples porque precisam reconhecer as mudanças físicas e psíquicas que nele estão acontecendo. Para o sujeito adolescente ter reconhecimento precisa ter um olhar do outro, que no caso refere-se ao sujeito do sexo oposto. Este vai convocar uma resposta do adolescente frente às questões da sexualidade, por isso ele passa a dar mais importância à sua imagem. A monografia proposta vai se realizar com base em estudos teóricos com referências da psicanálise, sobre o que a mesma tem a contribuir com esta pesquisa. Os objetivos do trabalho são: conhecer os processos psíquicos e físicos que envolvem a adolescência, a mudança de lugar na família que o sujeito precisa fazer, como se dão as escolhas ou identificações com as demais pessoas ou objetos, e principalmente a relação com os pais e demais familiares.

9 9 1. Primeiro capítulo A ADOLESCÊNCIA NA ABORDAGEM PSICANALÍTICA 1.1 Definições sobre a Adolescência A palavra adolescência vem do latim adolescere, que significa crescer. A puberdade, que vem do latim pubertate significando sinal ou aparecimento de pelos aparece juntamente com a adolescência. A puberdade tem mais a ver com as transformações biológicas dessa faixa etária, culminando em torno dos 18 anos com o crescimento físico. Então, a adolescência sucederia a puberdade, pois esta é uma marca biológica e aquela é uma marca psíquica. Já a definição de adolescência como uma etapa cronológica pela qual todos nós passamos, tem como idade inicial 10 anos e como término entre 19 e 24 anos. 1 Seu início coincide com o aparecimento dos caracteres sexuais secundários, como as etapas da pubarca, telarca e menarca, embora seu final não tenha uma marca orgânica para dizer que ela acabou e que o sujeito já pode se considerar um adulto. Até o início do século XX não era levado em conta o que hoje chamamos de adolescência, ela era confundida com a infância. E, como as pessoas eram submetidas ao casamento muito cedo, havia somente a passagem da infância para a idade adulta. É a partir de 1900 que a juventude se torna uma preocupação dos moralistas e políticos, que começaram a reivindicar os direitos adolescentes. Isso porque eles perceberam que a sociedade estava mudando, inclusive o trabalho manual passou a ser substituído pelas máquinas e com isso, era preciso que trabalhadores mais habilitados pudessem lidar com elas. Então, os jovens foram incorporados ao mundo do trabalho e com isso, o casamento passou a acontecer mais tarde. Logo, criou-se a necessidade da adolescência ser definida 1 A Organização Mundial da Saúde (OMS) compreende a adolescência entre a faixa etária de 10 e 19 anos. Já a Organização das Nações Unidas (ONU) a apresenta dentro da faixa etária entre 15 e 24 anos, sendo este um critério usado para fins estatísticos e políticos. O termo jovens adultos é utilizado para designar a faixa etária entre 20 e 24 anos de idade. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei nº8. 069, de 1990, define a adolescência entre a faixa etária de 12 a 18 anos de idade, mas em casos excepcionais, a lei é estendida até os 21 anos de idade.

10 10 como uma etapa de desenvolvimento físico e psíquico e também o jovem precisava ser visto como um membro atuante na sociedade. Hoje, é considerada uma etapa da evolução do ser humano, onde o processo maturativo biopsicossocial do sujeito culmina. Não pode ser estudada somente por um aspecto, seja ele biológico, psicológico, social ou cultural. Eles devem ser considerados em conjunto quando falamos em adolescência. O fracasso escolar na adolescência foi investigado por alguns psicólogos na época em que grandes adultos talentosos se destacavam, por isso, a tentativa para torná-la fonte de criatividade. Então, a psicologia da adolescência procurou alternativas para intervir com os adolescentes, embora suas determinações fossem baseadas em causas biológicas ou sociológicas. A biologia enfocava as transformações pubertárias que ocorrem nesse período, e a sociologia trazia o ambiente e as relações sociais como determinantes na formação da personalidade do adolescente. Ernest Jones (1923) foi um dos primeiros a utilizar o termo adolescência, definindo esse período como uma construção sobre o modelo da primeira infância, sendo marcado pelo estabelecimento harmônico das pulsões 2 em direção à genitalidade. Os psicanalistas começaram a usar o termo adolescência a partir da década de 30. Stanley Hall (1904) identificou a adolescência como uma etapa caracterizada por conflitos ligados ao surgimento da sexualidade. Essa idéia foi reforçada pelos psicanalistas, que acrescentaram a esse determinante, estresse e luto para essa fase do desenvolvimento. Erikson (1976) introduziu o conceito de moratória, para identificar no desenvolvimento do adolescente, uma confusão de papéis e dificuldades no estabelecimento de uma identidade própria. A antropóloga Margareth Mead (1945) questionou a universalidade dos conflitos adolescentes, pois nem todos passam pelas mesmas dúvidas ou crises. Segundo a autora, isso é variável dentro de cada cultura e não se tem como definir um padrão para a mesma. Embora que a rebeldia seja a marca central da adolescência, Osório (1992) afirma que não há 2 Pulsão, segundo Freud (1905) é o conceito limite entre o psíquico e o somático e impulsiona o sujeito na busca por seus objetivos.

11 11 adolescência normal sem ela, o que há de anormal é o adolescente submisso, ele sim é uma exceção. Não é simples definir a adolescência, pois como definir uma etapa da vida do sujeito, já que nem mesmo ele sabe dizer quem é? Ozella (2002) afirma que: Quando definimos a adolescência como isto ou aquilo, estamos constituindo significações (interpretando a realidade), a partir de realidades sociais e de marcas que são referencias para a constituição dos sujeitos. ( p.21). A adolescência então é uma construção histórica, e nessa construção o papel dos meios de comunicação é importante e vai ajudar o adolescente na construção de sua identidade. Esses meios veiculam concepções e valores que são compartilhados entre os jovens. E, consequentemente exigem que os adolescentes consumam com freqüência, pois dessa maneira alcançarão status social e a tão sonhada felicidade. Hoje, tudo gira em torno dos jovens, sejam roupas, filmes, acessórios, enfim, tudo com a falsa promessa seja jovem eternamente. Por fim, a adolescência precisa das condições culturais para acontecer, e que caracterizem a modernidade, bem como os laços sociais que integram o sujeito à sociedade, levando em conta as origens históricas e culturais de cada período. 1.2 Identificações e as Relações do Adolescente Rassial (1999) afirma que o adolescente não é nem uma coisa, nem outra, ou seja, nem criança e nem adulto. Ele precisa se firmar como um intermediário entre estas duas etapas da vida do sujeito, buscando nas identificações a oportunidade para isso. O duplo aspecto da adolescência, de ser ao mesmo tempo limite e período, determina a organização do que se pode chamar de crise formal da adolescência: um limite entre dois estatutos, um regendo a criança que brinca e aprende, outro o adulto que trabalha e participa da reprodução da espécie; um período de indecisão subjetiva e de incerteza social, durante o qual a família e as instituições exigem, segundo as circunstâncias, que o sujeito se reconheça como criança ou como adulto. (RASSIAL, 1999, p.58) O adolescente é levado a vários questionamentos porque precisa escolher entre uma coisa ou outra para se firmar como um ser social e subjetivo. Com isso, desenvolve um projeto de vida tentando responder quem é e o que vai querer para si. O questionamento surge

12 12 porque o adolescente rejeita um saber pronto, daí a aproximação com o psicanalista (RAPPAPORT, 1993), pois ambos constroem um saber a partir de suas experiências de vida.. Os adolescentes querem saber de si próprios, seus desejos, seu sexo, suas paixões, sua morte. No processo de deixar de ser criança, tornar-se homem ou mulher, muitas mortes ocorrerão. Para deixar de ser o filho que os pais, ou um deles desejou que fosse, exercer (ou é melhor dizer exercitar?) sua sexualidade, seu desejo, deverá oscilar entre o olhar e a voz dos pais e o ver e ser visto pelo outro alvo de seu desejo. (RAPPAPORT, 1993, p.3) O romance familiar tem seu desdobramento no nascimento da criança, pois ela ocupa um lugar na vida fantasmática 3 dos pais, ficando encarregada de preencher espaços vazios ou simplesmente acabar com a solidão dos pais. Antes mesmo de nascer ocupa um lugar no discurso familiar, sendo este um lugar narcísico. Deste lugar na fantasia dos pais, no mito familiar, alguns elementos se tornam conhecidos pelo sujeito; no entanto, permanece inconsciente a identificação narcísica qual é o lugar que ele ocupa na família, onde ele entra e se situa. (RAPPAPORT, 1993, p.11) Cada sujeito se constitui de uma forma subjetiva e singular, dependendo de como se dá a interação com a família e com o não-dito (parte inconsciente) dessa relação discursiva. Na infância, a criança tem por objeto de amor e objeto sexual a mesma pessoa, justamente aquela que a cuida, no caso a mãe. A partir da puberdade, a situação muda: buscam-se novos objetos para investir, já que a falta emerge. O sujeito adolescente vai tentar lidar com ela mesmo que em vão, porque se for preenchida o sujeito do desejo não se manifesta. É uma história que começa antes do nascimento da criança, quando ela faz parte do projeto de vida de duas pessoas que desejam ter um filho. Então, desde antes do bebê nascer é dado um lugar a ele na família. Lugar este, que mais tarde na adolescência, vai ser reafirmado e questionado pelo adolescente que não vê um lugar estabelecido para si na família, sendo esta mais uma de suas interrogações que necessita de uma resposta. A família tem importância fundamental na vida de um filho. Quando criança, ele necessita de amor, carinho e de suprir suas necessidades biológicas. Geralmente, isto cabe aos 3 Fantasma: condição de duplicação, isto é, de divisão do sujeito. Ele se alterna em vida da realidade e vida fantasmática, onde os desejos inconscientes se fazem presente.

13 13 pais, mas pode ser exercida por algum familiar que faça função paterna ou materna 4 para a criança. As primeiras identificações vão surgir no meio familiar, e através delas os laços sociais vão se estabelecendo. O psicanalista Donald Winnicott (1978) aponta os cuidados maternos primários como um ponto essencial de articulação entre a constituição psíquica do sujeito e as suas aquisições evolutivas. Para ele, a mãe é muito importante no início da vida da criança, porque é através dos seus primeiros cuidados com o bebê que ele passa a conhecer o mundo. Assim, o psiquismo do bebê vai se construindo a partir desses cuidados maternos e também do espaço transacional que circunda esta relação. Winnicott (1978) utiliza a expressão mãe suficientemente boa para esclarecer a função vital que a mãe exerce sobre seu filho, o bebê. Os cuidados adaptados às necessidades do bebê vão ajudar no desenvolvimento físico e psíquico da criança. Esses cuidados possuem o valor de uma inscrição na criança, onde a mãe é o Outro primordial. Isso permite que o ego infantil encontre alguns pontos de referência fundamentais para que ele possa se integrar no tempo e no espaço. Supondo um sujeito no bebê, a mãe sabe que isso é necessário para que ele venha constituir-se enquanto sujeito do desejo. Por isso quando o sujeito entra na adolescência vai se identificar com objetos e assim, ter um lugar para se inserir no meio social, para ser visto pelos demais. Ele procura grupos de amigos com os mesmos gostos seja pela música, literatura, dança e outras coisas. Isto quando não procura a droga como forma de inserção social, mas isso é outra coisa, bem mais séria que as demais escolhas feitas por ele. O refúgio no mundo dos livros, nas gerações mais velhas, na música popular, na televisão ou nos computadores, na atualidade, pode representar uma fuga ameaçadora da realidade que o adolescente teme na medida em que se sente inseguro de si mesmo e dominado por seus desejos e pulsões, o mundo que o rodeia pode parecer-lhe demasiado perigoso, pelo menos durante um certo tempo. (TUBERT, 1999, p. 57) 4 Função Materna e Função Paterna: funções psicológicas que não precisam ser encarnadas pela mãe e pelo pai, mas sim por alguém que exerça os cuidados com a criança e alguém que apresente a lei para ela, respectivamente.

14 14 Na verdade, estas formas de identificação veem como formas de reinserção no social, já que anteriormente o indivíduo estava no social como criança e agora precisa assumir um outro lugar e uma outra identidade. Por conseguinte, precisa assumir novas responsabilidades, ou pelo menos ensaiar que pode assumi-las. A adolescência transtorna o eu, os ideais e o mundo da infância. As transformações da puberdade, inicialmente no que elas modificam o estatuto do outro, a desqualificação dos pais em constituir o modelo do adulto, a decepção frente à promessa edípica que se revela enganadora e por isso mesmo, face a todos os discursos antigos, a saída do lar familiar em direção ao laço social exigem uma nova construção identificatória. (RASSIAL, 1999, p.102) 1.3 O Adolescente e seu Corpo Os adolescentes passam grande parte do tempo se olhando no espelho, demonstrando que o narcisismo se encontra acentuado. Uma das preocupações mais relevantes é com o próprio corpo, pois o adolescente precisa dar conta das transformações pelas quais está passando e precisa se apropriar desse novo corpo, que até então era desconhecido. Na maioria das vezes, esse corpo desconhecido provoca angústia no sujeito porque o questiona a todo o momento. O corpo pode ser também um representante simbólico. Pela maneira como é utilizado, valorizado ou desconhecido, amado ou detestado, fonte de rivalidade ou de um sentimento de inferioridade, vestido ou às vezes dissimulado, o corpo representa para o adolescente um meio de expressão simbólica de seus conflitos e de modos relacionais. Por exemplo, no menino, os cabelos longos ou cabelos curtos podem ser o reflexo de uma moda, mas podem ser também a expressão simbólica da identidade sexual. (MARCELLI, BRACONNIER, 2007, pg 28) Logo, através do corpo se constrói a identidade do adolescente e as modificações de visual podem ser um sinal de difícil incorporação das mudanças que ocorreram rapidamente em seu corpo. Como o corpo está em crescimento, ele faz barulho principalmente neste momento e, sintomatizando frequentemente, pois só assim a angústia ganha espaço e pode emergir. Essa situação faz parte da vida fantasmática do adolescente. As transformações que ocorrem no corpo do adolescente incidem sobre a imagem do corpo estabelecida no estádio do espelho, que se constitui entre os seis e os dezoito meses de idade, caracterizando uma etapa onde a criança reconhece sua imagem no espelho. É uma

15 15 imagem especular e que dá à criança a sensação de integridade, isto é, de que ela é um ser diferente de sua mãe. Mas, ao mesmo tempo, se percebe semelhante aos demais; e com isso, o eu surge para organizar as imagens espedaçadas do corpo. O estádio do espelho, então, tem a ver com o narcisismo primário onde apenas as pulsões autoeróticas existem no início da vida. Isso faz com que o eu de ao sujeito uma sensação de unidade, de corpo único, já que as pulsões estão ligadas às necessidades de autopreservação, cujo primeiro objeto sexual é a mãe, principal responsável pelos cuidados da criança. Por conseguinte, tal situação vai permitir que o sujeito faça novos investimentos objetais durante sua constituição, sendo este o narcisismo secundário. As paixões adolescentes ou a própria relação entre pais e filhos caracterizam esse fato. A paixão faz com que o ser amante atribua ao amado perfeições, sendo que as deficiências (ou defeitos) sejam ignoradas, pois de alguma forma amando o outro estão amando a si próprios. Os vínculos apaixonados permitem que o adolescente possa se apropriar de um corpo que antes pertencia a outros amores, isto é, aos pais. A ilusão amorosa sustenta o adolescente, lhe emprestando uma imagem corporal densa e plena. Enquanto imaginar que esse amor é perfeito, assim se sentirá. (CORSO, 2006, p.158). Mas quando o adolescente é abandonado pela sua ilusão amorosa, vive um aniquilamento pessoal; revelando assim a fragilidade do adolescente frente ás questões que mexem com suas emoções. Na adolescência, o sujeito precisa se reapropriar de uma imagem transformada do corpo, já que algumas modificações ocorrem e tem a ver com seus atributos físicos, suas funções, da semelhança com o corpo do adulto e a importância do olhar do ser do outro sexo. Estas mudanças podem não ser simbolizadas, invadindo dessa forma o corpo imaginário, pondo à prova a imagem que o sujeito tem de seu corpo. Logo, há uma reconstrução da imagem do corpo pelo sujeito adolescente, diferente da imagem do corpo infantil. Para o adolescente, o espelho é tentador e perigoso, porque a curiosidade de saber o que os outros vêm nele, é despertada. Entre a criança que se foi e o adulto que ainda não chega, o espelho do adolescente é frequentemente vazio. (CALLIGARIS, 2000, p.25). Por causa desse vazio, o adolescente se deixa levar pela insegurança e faz coisas sem pensar,

16 16 Logo, o adolescente vai experimentar as possibilidades de seu corpo em alguma atividade e se por como objeto de desejo do outro. Fala-se então, em retorno ao narcisismo. Ele vive freqüentes dramas amorosos, onde se apaixona por alguém impossível ou por alguém bem próximo. Pode traçar caminhos possíveis para tal fato, inclusive a troca incessante de parceiros, tendo como destaque o ficar, que não exige envolvimento afetivo. A explicação para este comportamento é que: (...) na adolescência, um busca no outro um ideal narcísico, e daí as grandes e intensas paixões e as trágicas desilusões. (RAPPAPORT, 1993, p.21) As mudanças corporais atingem de formas distintas as meninas e os meninos. as meninas, vão assemelhar-se aos padrões de beleza valorizados pelo social, e buscam a todo momento a confirmação de que algo mudou em seu corpo, provocando olhares da família e dos amigos. A menstruação vem a ser um sinal de que a modificação corporal é dirigida ao olhar materno. A garota irá afirmar sua existência pela renúncia fálica, isto é, irá se definir pelo que não tem, em relação à função simbólica de significante mestre do phallus, função que funda o sujeito como assujeitado à fala e à falta. Será uma nova confrontação com a castração simbólica, já imposta na infância, mas agora com um corpo capaz de consumar a relação sexual. (RAPPAPORT, 1993, p.20) Nos meninos, a principal mudança é a acentuação da pulsão vocal, além das funções genitais. A voz, é o principal componente da paquera adolescente e traz uma questão com o pai: por ser semelhante à voz dele, vai impulsionar comparação e confronto com a imagem paterna. Para que a imagem do corpo seja internalizada pelo jovem, é preciso que o corpo seja visto como um todo, e isso só acontece depois que tem-se acesso à genitalidade. A construção da imagem do corpo tem influencia do ambiente onde o adolescente vive, bem como de suas emoções e através do olhar do outro, que exerce forte influência para a vida do adolescente. Logo, o corpo se torna um Outro a ser investido para provocar o olhar do outro enquanto semelhante. Agora sexualizado, o corpo fica entregue a esse olhar e pondo em questão a dicotomia interior e exterior: se imobiliza pelo olhar, retraindo-se, mas por outro lado, se dá a ver pondo em movimento o corpo. É fundamental tal movimento porque propicia que o adolescente adquira a noção de que ele é cuidador de seu corpo, e não mais seus pais, como acontecia na infância.

17 17 Se a puberdade inicialmente perturba a imagem do corpo construída na infância e que deverá ser reconstruída, genitalizada, quer dizer, não mais sustentada pelo olhar e voz da mãe e pelo falo materno, mas implicada na relação ao outro sexo, como uma renúncia definitiva e difícil da bissexualidade (os riscos homossexuais e perversos na adolescência jogam-se aí), é nesse mesmo movimento que o remanejo dos ideais impõem-se. (RASSIAL, 1997, p.72) A partir dessa afirmação, pode-se dizer que o adolescente precisa reconstruir a imagem de seu corpo, que na infância não era atribuído um saber sexual, e era visto como um corpo inocente, por assim dizer. Agora, o corpo desperta para a sexualidade, em termos da genitalidade e, (...) o que garante essa imagem do corpo não são mais o olhar e a voz dos pais, em particular da mãe, mas o que verão e dirão os seus pares, sobretudo os eventuais parceiros do outro sexo. (RASSIAL, 1997, p.77). 1.4 Adolescência: Crises e Conflitos Winnicott (1961) destaca três mudanças sociais que ele considera como fundamentais na alteração do clima que envolve os adolescentes. A primeira delas é que as doenças venéreas não assustam mais, e o adolescente passa a se arriscar mais nas relações sexuais, isso porque o aparecimento dos contraceptivos permite que o adolescente tenha maior liberdade para explorar e investigar a sensualidade e a sexualidade, deixando de lado a hipótese de desejar ter filhos; esse aspecto caracteriza a segunda mudança destacada pelo autor. A última mudança destacada pelo autor tem a ver com o período das guerras, no caso a invenção da bomba atômica, afetando dessa maneira o relacionamento entre a sociedade adulta e a eterna vaga de novos adolescentes, que hoje não são mais submetidos às fortes disciplinas militares. Por conseguinte, pode-se perceber que os adolescentes de hoje tem mais liberdade frente a tais questões, principalmente as questões relacionadas ao sexual. No passado, não se tinha tal liberdade, tanto que os jovens eram submetidos ao casamento por escolha de seus pais. E, hoje se adia cada vez mais a saída da casa dos pais para assumir um compromisso. Será que os jovens têm medo de se arriscar num relacionamento? Ou a casa dos pais é um meio de segurança contra as frustrações nos investimentos amorosos dos filhos? Interrogações que nos fazem pensar sobre a adolescência hoje: o sujeito deseja ser adolescente eternamente, mesmo que tenha 40 ou 50 anos.

18 18 O maior dos desafios colocados pelos adolescentes atinge aquela parte de nós que não viveu em verdade sua adolescência. Essa parte nos faz lamentar que os jovens estejam atravessando sua zona de calmarias, e nos faz querer encontrar uma solução para seu problema. Há centenas de soluções falsas. Tudo o que dissermos ou fizermos estará errado. Damos apoio e estamos errados, retiramo-lo e continuamos errando. (WINNICOTT, 1961, p.127) O trabalho da adolescência é visto como um luto, consistindo numa perda de objeto, e de objetos infantis, segundo a psicanálise. A perda o objeto primitivo na infância (o seio materno), leva a criança ao processo de individuação-separação onde para entrar na adolescência é preciso perder a infância; logo, esse processo é refeito. O adolescente tenta se livrar do domínio parental para ter sua tão sonhada liberdade, por isso o objeto edipiano 5 é ambivalente: ao mesmo tempo que se ama, se odeia as figuras parentais porque eles negam a liberdade para o adolescente e fazem novas proibições. Portanto, uma das tarefas psíquicas centrais da adolescência é conseguir se livrar da autoridade parental e dos objetos infantis. (MARCELLLI E BRACONNIER, 2007, pg 29). O narcisismo 6 na adolescência é acentuado aos extremos: ou há uma imagem de si grandiosa ou um egoísmo, não tendo interesse pelo mundo exterior. Mas o narcisismo pode ser problemático porque o adolescente deve escolher novos objetos para investir, mas não deve esquecer de si mesmo, porque deve escolher-se como objeto de respeito, interesse e estima. Assim, aparecem as dificuldades narcísicas, por exemplo, quando eles maltratam seus corpos, no caso das psicopatologias alimentares. A participação dos adolescentes nos grupos é de suma importância para o processo identificatório e formação da personalidade do futuro adulto. Sabe-se que os integrantes de um grupo se unem pela mesma sintomática, e no caso dos adolescentes, pelas mesmas identificações ou pelos gostos por determinadas coisas. Marcelli (2007) cita o exemplo de que se existe no grupo adolescente um integrante depressivo, todo o grupo manifesta um espírito depressivo, isto é, deixam-se contagiar pelo sintoma presente no sujeito. 5 Objeto edipiano: orienta a existência do ser humano, enquanto um sujeito desejante. 6 Narcisismo: definido por Freud (1910) como o amor pela imagem de si mesmo, tendo por referencia o mito de Narciso.

19 19 Neste período da vida de seus filhos, os pais se referem a eles como rebeldes, mas a rebeldia é típica da adolescência e ela é uma contestação por parte do adolescente, que agora busca essa nova identidade e, durante essa busca ele vai testar diferentes formas de se relacionar com os demais e também ensaia posturas éticas próprias, ou seja, defende suas idéias em um dia e no outro pode ser que as julgue severamente. Para a psicanálise, a adolescência vem a ser uma tomada de posição subjetiva, ou seja, o modo ou o lugar de onde o sujeito endereça algo para alguém. Esta tomada de posição se faz presente na infância, cujo endereçamento principal é para os pais; já na adolescência, eles deixam de ser o endereço principal de suas formações psíquicas. A mudança que ocorre da infância para a adolescência é chamada por Rassial (1997) de passagem adolescente. Para a psicanálise interessa as mudanças subjetivas que ocorrem na adolescência, as quais o sujeito necessita operar para dar conta das mudanças corporais, principalmente à genitalidade, não somente no imaginário, mas também no real. Para Freud (1909), nesse período os conflitos teriam por função libertar-se dos pais para poder realizar os desejos eróticos. Ai há uma retomada do Complexo de Édipo, levando em conta o mito individual do neurótico, tratado por Lacan (1980) como a estruturação que acontece nas relações familiares e de que forma deu-se a união dos pais. Essa situação tem o caráter mítico, já que as vivencias familiares afetam outras pessoas e provocam o imaginário das mesmas. A adolescência é o momento onde os conflitos edipianos reaparecem e o incesto parece mais possível. Logo, o adolescente busca fora do ambiente familiar, um objeto com o qual possa ter uma vida sexual. Por exemplo, no caso dos meninos, a primeira identificação 7 se dá com o pai e assim, eles vão procurar nas meninas algo característico da mãe, seja no lado físico ou intelectual, por isso o interesse por mulheres mais velhas, como forma de se manter presente a figura da mãe. As meninas, pelo fato do pai ser proibido vão buscar nos meninos algo que seja característico dele. Por isso que os pais, na maioria das vezes, não simpatizam à primeira vista com os futuros parceiros dos filhos: porque o adolescente que eles foram no passado, aparece ao 7 Identificação: processo psicológico pelo qual um sujeito assimila um aspecto, uma propriedade, um atributo do outro e se transforma, total ou parcialmente, segundo o modelo desse outro. (LAPLANCHE E PONTALIS, 2004, p.226).

20 20 vivo em sua frente, muitas vezes trazendo questões que estão recalcadas 8 pelo adulto. E essa situação é incômoda ao sujeito, que não consegue se reaver com tais questões e acaba por se ver no adolescente que está a sua frente e isso pode gerar angústia, afinal não é fácil reconhecer que um dia se teve aquela idade e aqueles conflitos, que hoje aparecem com outras roupagens. O pai ou a mãe deverá renunciar à projeção em seu filho de uma parte de seus próprios desejos infantis, e renunciar também à satisfação da onipotência parental, que provém em parte da idealização necessária que a criança fazia de seus pais (MARCELLI, 2007, p. 304). Logo, o filho adolescente traz á tona questões que seus pais viveram. No caso do adolescente ser filho único, desde a infância o processo de separação-individuação se torna mais difícil e, consequentemente a relação com os pais também, porque o adolescente não terá com quem dividir a responsabilidade de suportar os investimentos e projeções narcísicos deles. Por conseguinte, esse adolescente pode encontrar dificuldades em suas escolhas narcísicas e objetais, já que foi uma criança única no seio familiar. Quando o período de latência, que é caracterizado pelos desvios das pulsões sexuais para fins socialmente aceitos, termina, é onde a adolescência se inicia, afirma Freud. Daí a curiosidade ou interesse pelo sexo oposto começa; pode-se dizer que se inicia um jogo de sedução, onde os olhares e as palavras ganham maior importância na vida do sujeito adolescente. Assim, na leitura freudiana o adolescente busca a satisfação de suas pulsões no outro e, desse modo, quer chamar a atenção pelo olhar; por isso a exagerada preocupação com o corpo e passar horas em frente ao espelho é algo comum para eles. Muitas vezes, os estudos ficam de lado, o que gera preocupações para os pais que cobram o tempo todo que eles estudem para ser alguém na vida. Isto tem a ver com o ideal que os pais depositam nos filhos, ou seja, as oportunidades que não lhes foram proporcionadas agora tentam proporcionar aos filhos. 8 Recalque ou Recalcamento: acontece quando o sujeito mantém afastado do inconsciente representações que estão ligadas a uma pulsão, e é visto por Freud como um mecanismo de defesa do inconsciente frente ao desprazer.

21 21 O inicio da adolescência será marcado pela necessidade de uma afirmação própria do sujeito, pela qual ele responderá ao apelo a deixar a latência e se inserir, desde uma posição sexuada, nos laços sociais. O olhar do Outro 9 vai provocar essa afirmação por parte do adolescente, que se dará através do discurso, e essa é uma forma dele se inserir na sociedade. A adolescência é um período de interrogações por parte do sujeito adolescente, onde as certezas da infância são postas em jogo e os pais idealizados pela criança como os heróis caem dessa posição e passam a ser vistos como seres normais e mortais. Logo, é como se o adolescente descobrisse que seus pais também são castrados 10 e que possuem falhas, não são aqueles seres perfeitos que tanto eles idealizaram e idolatraram anteriormente. Outro momento próprio da adolescência é a famosa crise adolescente, isto é, um momento onde o sujeito não sabe responder quem é, do que gosta, pois está num período de desenvolvimento físico e psíquico. Mudanças, contradições e conflitos são freqüentes. Somente dessa maneira e passando por tais conflitos, o adolescente pode conquistar a si mesmo e se conhecer como um sujeito desejante, podendo fazer escolhas. Segundo Kestemberg (1980), a crise adolescente se dá em duas etapas: a primeira etapa é da decepção, se desiludindo com o que inconscientemente esperava que fosse acontecer; a segunda etapa é a passagem da decepção à conquista: conquista do eu, por meio de um objeto, base dos alicerces narcísicos dos adultos do amanhã. (MARCELLI, 2007, p. 49). Isso acontece quando o adolescente encontra tempo de esperar e se dá conta de que não precisa de uma realização imediata. Logo, ele descobre o tempo de fantasiar. Marcelli (2007) afirma que a adolescência é o momento em que a tranqüilidade do crescimento é interrompida e marca o fim do período de latência, fazendo aflorar as pulsões sexuais. Então, os conflitos são normais no período da adolescência, pois como ficar tranqüilo quando se está descobrindo quem é e ainda não sabe dar uma resposta para a pergunta: quem sou eu? 9 Outro: a psicanálise situa como sendo o lugar que determina a alteridade para o sujeito, e inicialmente é a mãe quem faz o papel de grande Outro para a criança. Mais tarde, substitutos imaginários surgem. 10 Complexo de Castração: centrado na fantasia de castração, dando uma resposta à criança para a diferença anatômica entre o sexo feminino e do sexo masculino. O menino teme a castração, e já a menina sente a ausência de pênis como um dano sofrido, que ela vai negar, compensar ou reparar.

22 22 O período adolescente é visto como uma crise de identidade, e psicanaliticamente falando toda crise é necessária ao sujeito. E essa crise adolescente se dá neste momento de passagem ou transição do ser infantil para o ser adulto. A identidade de cada sujeito é vista como o conhecimento que ele tem de si mesmo como um ser único no mundo, portanto um ser subjetivo. Por isso a crise de identidade aparece claramente na adolescência: como o sujeito vai conhecer a si próprio se mesmo ele não sabe quem é? Esta é uma pergunta de difícil resposta e que muitos exigem que se tenha a resposta, que o adolescente fale quem ele é. Mas como, se ele está em fase de conhecimento da fase pela qual está passando? Na contemporaneidade, a vida privada vem se tornando pública pela intromissão do consumismo exagerado e da mídia, que dita os modelos comportamentais que o sujeito deve seguir para ser considerado membro atuante da sociedade individualista e excludente. Logo, os pais sentem-se inseguros quanto à educação dos filhos e ficam presos nesse nãosaber, o que possibilita ao adolescente buscar outros saberes fora do ambiente familiar. Para compreendermos a adolescência em pleno século XXI, precisamos observar como o adolescente se encontra em seu ambiente, pois várias mudanças ocorreram ao longo dos anos. Tecnologias são lançadas a todo o momento; hoje quase todos os jovens têm acesso à Internet, celular e outros meios eletrônicos. Isso traz conseqüências psíquicas porque o jovem é pressionado a obter tais tecnologias para se inserir na sociedade e ser visto como adolescente. Aquele adolescente que aceita o que lhe vem passivamente e não contesta nada, ele sim é quem deveria ser motivo de preocupação para os pais. Essa situação foge da normalidade quando falamos em adolescente, pois o normal é o adolescente ser agitado, rebelde e perturbador. Do contrário, pode-se estranhar e talvez pensar numa patologia, como a melancolia ou a depressão. Mas, os adolescentes de hoje são comportados, por assim dizer, ou como coloca Calligaris (2000) desejam pequeno. E nesse desejar pequeno, estão as futilidades do dia a dia: celular, chapinha, computador, etc. os jovens do passado, lutavam pelos seus ideais, nem que para isso fosse preciso ir pra rua: sim, eles lideravam revoluções e hoje, as manifestações lideradas pelos jovens desapareceram. Será que isso tem a ver com o enfraquecimento do

23 23 Nome do Pai, como a autoridade para os jovens? Ou será que eles perderam a vontade de lutar pelas grandes causas da humanidade? A adolescência é característica da subjetividade moderna, porque traz consigo a visão de sujeito confuso, perdido e que busca referências para se sustentar na sociedade. Um sujeito que não tem mais o nome-do-pai para se agarrar e constituir um futuro, posição que reflete as incertezas do adolescer. O adolescer é, então, o substituto e o herdeiro da eficácia ritual perdida na modernidade. (RAPPAPORT, 1993, p.41). O Nome do Pai é o significante que transmite a lei para o sujeito, e que vem para fazer um corte na relação mãe-filho. Além de transmitir a lei, ele assegura que o sujeito possa investir em outros objetos, além do colo materno. Hoje, como o ser humano anda com medo, angustiado e sempre com pressa não tem como passar uma segurança para o adolescente; logo, este também será um sujeito medroso, angustiado e apressado, sem contar que pode não fazer investimentos objetais pelo medo de correr riscos. Freud (1917), ao trabalhar o conceito de Luto, o define como um processo onde o aparelho psíquico responde, constituindo em seu interior, algo que está em falta ao nosso redor. Assim, a tristeza pela falta do objeto vai ser superada. Esse processo é diferente da melancolia, pois nela o sujeito não consegue realizar o seu luto. A adolescência então, é um trabalho de luto sobre um simbólico construído na infância e que precisa dar lugar a um novo simbólico, que inaugura um futuro, por isso é necessário desconstruir algo para construir novos investimentos. (...) enquanto trabalho de luto, a adolescência se estabelece no sujeito como a operação que visará transformar o próprio sujeito, de modo a torná-lo capaz de constituir, para si, os dispositivos simbólicos eficazes para construir um significante lá onde houve um brutal encontro com o real. (RAPPAPORT, 1993, p. 47) Rassial (1999) também trabalha sobre o luto do adolescente e afirma que: De fato, a adolescência é um período em que as manifestações depressivas são freqüentes, devido ao trabalho de luto a efetuar, ao mesmo tempo das imagos e dos objetos infantis e das encarnações parentais do Outro. Assim, o engajamento amoroso pode ser a tentativa de superar esta depressão, ou, pelo menos, de dar-lhe um sentido (o mal do amor). (RASSIAL, 1999, p. 97) Há um remanejo psíquico da adolescência que tem como conseqüência uma fragilidade relativa do equilíbrio psicoafetivo (MARCELLI, 2007, p.298). Assim, o

24 24 adolescente pode ser comparado ao bebê, que com a plasticidade inicial permite que ele se adapte em função do ambiente, e isso inclui o meio familiar. Desse modo acontece com o adolescente que tem difícil adaptação ao seu ambiente e pode se achar um estranho dentro dele, por isso pode procurar outros lugares aonde vai se sentir bem. No ambiente familiar, o adolescente clama por sua autonomia, mas ainda depende profundamente de sua família. Por isso os constantes conflitos entre pais e adolescentes. Muitos deles se mostram insatisfeitos com seus pais: ou os consideram excessivamente severos, invasivos demais ou inacessíveis demais. Segundo Marcelli (2007), o adolescente que manifesta algum comportamento patológico, mais as relações entre ele e seus pais vão ser insatisfatórias, conflituosas e medíocres. Sigmund Freud não se estendeu na temática adolescência, mas dedicou-se ao estudo do inconsciente, através de suas formações: lapsos, sonhos, chistes, e sendo constituído por conteúdos que não estão na consciência em determinado momento. Logo, os conteúdos são reprimidos por censuras, denominadas de resistências. Cabe à psicanálise, decifrar o que há no inconsciente e como isso afeta a vida do sujeito. No caso dos adolescentes, o que foi reprimido na infância, retorna. E, o adolescente tem facilidade em falar o que o adulto se nega a admitir, isto é, o adulto recalca e o adolescente fala. Verdadeira contradição entre as gerações. (...) o adolescente vive o aqui e o agora intensamente, diferentemente dos adultos, ainda presos a um passado que não reconhecem ser passado, ainda que retornando sempre com diferenças (FOLBERG, 1999, p.9). Logo, o adolescente está sempre ansioso para que as coisas aconteçam num simples segundo, e se revoltam com a falta de pressa dos adultos. Isto faz com que o sujeito adolescente se torne autor de sua própria fala, fazendo com que o processo de enunciação aconteça. Tal processo é fundamental para o adolescente surgir como um sujeito singular, dono de seu desejo 11. Calligaris (2000) afirma que a modernidade promove o ideal de independência para o adolescente, e que ele só poderá ser reconhecido como adulto se assim for. Com isso, se impõe um paradoxo: o adolescente é frustrado pela moratória imposta, mas por outro lado, a 11 Desejo: falta inscrita na palavra e efeito do significante sobre o ser falante, e que, por conseguinte é sempre o desejo do outro.

25 25 sociedade impõe que o adolescente seja feliz. Então ele tem duas opções: ser feliz ou fazer de conta que é. Nesse fazer de conta, a felicidade está no imaginário do sujeito adolescente, mas longe do Real, que na maioria das vezes é impossível de ser suportado, gerando um sintoma patogênico como uma forma de defesa diante do insuportável. Uma das possíveis saídas é o suicídio, já que dando um fim para a vida termina a luta para suportar o insuportável. Segundo Rassial (1999), Quando o adolescente avalia que a economia social só autoriza uma única circulação, a circulação simbólica do dinheiro e das mercadorias, ele ainda tenta circular realmente, através da fuga, pegando a estrada, ou através de outras partidas intempestivas, ou ainda, de modo mais simples, através dos preparativos de viagem, em bando ou de carona, quer estes preparativos sejam efetivos, quer permaneçam em sonhos. Pode acontecer também que ele se arrisque à grande viagem e se suicide. (RASSIAL, 1999, p.87) O sujeito aprende em 12 anos de vida, que é preciso ser desejável e invejável para se incluir e ganhar destaque na sociedade, sendo elas duas qualidades subjetivas necessárias ao período adolescente. Mas, ainda não é a hora de amar, copular, gozar e reproduzir. A autorização para realizá-los é postergada Para crescer, o adolescente perde ou renuncia a segurança do amor que os pais garantiam à criança, logo surge um dos traços característicos da adolescência: a insegurança. O adolescente não sabe em quem confiar, por isso os inevitáveis conflitos de opiniões nesse momento da vida do sujeito. Para este autor, a adolescência assume a tarefa de interpretar o desejo inconsciente dos adultos, e os adolescentes como ótimos intérpretes que são trazem á tona as mais variadas questões inconscientes e mal resolvidas de seus próprios pais. Consequentemente, essa situação provoca o desencontro entre adolescentes e adultos. O fato é que a adolescência é uma interpretação de sonhos adultos, produzida por uma moratória que força o adolescente a tentar descobrir o que os adultos querem dele. O adolescente pode encontrar e construir respostas muito diferentes a essa investigação. As condutas adolescentes, em suma, são tão variadas quanto os sonhos e os desejos reprimidos dos adultos. Por isso elas aparecem (e talvez sejam) todas transgressoras. No mínimo transgridem a vontade explícita dos adultos. (CALLIGARIS, 2000, p.33)

26 26 Logo, a conclusão é de que os adultos reprimem e os adolescentes transgridem, demonstrando dessa maneira, os extremos da relação entre ambos. A transgressão alimenta os ideais sociais dos adultos, e dá reforços para a educação dos filhos na contemporaneidade e muitos pais dizem não saber o que fazer com o filho adolescente. E esse não saber permite que o adolescente cometa mais transgressões, e com isso reforça a fraqueza dos pais no processo de educativo e de constituição do sujeito com base nas regras de convivência familiar. O adolescente é o protótipo do sujeito moderno e que se encontra na posição de quem não deve nada ao passado, por isso ele não vê um futuro. Para ele, o que importa é gozar aqui e agora, dando seqüência à sociedade apressada e ao consumismo desenfreado. Por não reconhecer os valores da geração passada, ele desenvolve um ódio a herança, não querendo saber de seus antepassados e tão pouco levar a sério o futuro. As gerações atuais renunciam a segurança para ter um pouco de felicidade, mesmo que por alguns minutos. Estão sempre beirando o precipício, ou seja, na borda do perigo e nos mostrando que o Nome do Pai falhou. E, ao mesmo tempo em que o adolescente vive momentos de felicidade, vive no sofrimento: sofre pelo que não tem, pelo pouco que tem, por quem é e por quem não é. Então, sofrer faz parte da vida do sujeito, o problema é quando o sujeito se apega a esse sofrimento e faz dele seu sintoma. A situação terá caráter patológico e necessariamente o sujeito precisará de ajuda para sair desse sintoma. Outra característica da adolescência é o desencontro com os pais, que ocorre na forma de conflitos entre gerações e que é inevitável. Por não saber o que fazerem nesse momento da vida de ambos, surgem as crises, tanto do lado dos pais como dos filhos adolescentes. Então, quais deles, os adolescentes ou os pais sofrem mais com a crise? Assunto que será abordado no capítulo a seguir.

27 27 2. Segundo Capítulo O ADOLESCENTE E SEUS PAIS: CRISE DE QUEM? A adolescência, antes de mais nada, é um ideal social e (...) é a época de ser o que todos cobiçam: jovem, belo e com todas as possibilidades em aberto. Para nossa sociedade, o jovem parece ter o mundo a seus pés. O adolescente parece adormecido para o mundo dos adultos, mas ele não está nada parado: em seu retiro, seja o quarto, o grupo ou o hobby, praticará frenética e entusiasticamente qualquer coisa que o engate, dedicará a seus amigos mais tempo do que nunca, odiará ferozmente a todos os que dele discordarem. (CORSO, 2006, p.89). Isso porque todos querem conservar o corpo, o entusiasmo sexual e as possibilidades de escolha nesse momento da vida, já que para os adultos, escolher significa perder algo para ganhar outra coisa. Mas crescer também significa perder e principalmente perder a capacidade de brincar para dar lugar à organização de fantasias mais complexas. Somente na juventude é possível fantasiar tanto. Depois que o jogo da vida começa para valer, os devaneios são fontes de satisfação, mas também de muita frustração. (CORSO, 2006, p.260). Os conflitos com os pais são inevitáveis, afinal, O adolescente é confrontado com a distância entre a realidade de seus pais, que ele começa a perceber como sujeitos comuns, com seus conflitos, seus limites, seus desejos, e os pais ideais ou idealizados da infância que, por um tempo, encarnaram esse estatuto de adulto prometido para mais tarde. (RASSIAL, 1997, p.76) A criança tem em seus pais, os heróis que ela tanto admira e busca neles a sua segurança e proteção, dependendo exclusivamente dessa situação para poder se desenvolver. Mas, ao longo de seu desenvolvimento, os pais demonstram que não são tudo aquilo que o filho (a) idealizou, eles também falham. A situação se torna suportável até que a adolescência se faz presente na família. Perder o lugar no amor dos pais, abandonar o castelo onde crescemos. Significa juntar os próprios pedaços, colar o próprio corpo e sair andando. Implica apossarmos-nos daquilo que recebemos, que nos permitiu transformar um olhar amoroso em imagem corporal. Para que possamos fazer isso, temos de conhecer o caminho. Crescer é ir apropriando-se, cada vez mais, daquilo que o amor dos pais nos ofertou. (CORSO, 2006, p. 157)

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno

Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Centro de Estudos Psicanalíticos - CEP Como a análise pode permitir o encontro com o amor pleno Laura Maria do Val Lanari Ciclo II, terça-feira à noite O presente trabalho tem por objetivo relatar as primeiras

Leia mais

PERÍODO EDIPIANO. Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento

PERÍODO EDIPIANO. Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento PERÍODO EDIPIANO Salomé Vieira Santos Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento Março de 2017 Fases do Desenvolvimento Psicossexual Ao longo do desenvolvimento (bb-adolescente) ocorrem mudanças marcantes:

Leia mais

O LUGAR DO ADOLESCENTE NA CULTURA CONTEMPORÂNEA 1 THE PLACE OF ADOLESCENT IN CONTEMPORARY CULTURE

O LUGAR DO ADOLESCENTE NA CULTURA CONTEMPORÂNEA 1 THE PLACE OF ADOLESCENT IN CONTEMPORARY CULTURE O LUGAR DO ADOLESCENTE NA CULTURA CONTEMPORÂNEA 1 THE PLACE OF ADOLESCENT IN CONTEMPORARY CULTURE Mariele Roberta Schalanski 2, Andressa Da Silva Dias 3 1 Projeto de Extensão Sensibilização para a Escolha

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL

A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL 1 A IMPORTÂNCIA DAS RELAÇÕES DE AMOR NAS PRIMEIRAS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL José Henrique Volpi Maria Beatriz de Paula Volpi: Em sua opinião, qual a importância da amamentação no primeiro ano

Leia mais

Sexualidade na infância. Suas etapas e definições

Sexualidade na infância. Suas etapas e definições Sexualidade na infância Suas etapas e definições Os estudos na área da sexualidade humana desenvolvidos por Sigmund Freud, evidenciam a necessidade de compreensão das diversas fases da construção da sexualidade

Leia mais

Escola Secundária de Carregal do Sal

Escola Secundária de Carregal do Sal Escola Secundária de Carregal do Sal Área de Projecto 2006\2007 Sigmund Freud 1 2 Sigmund Freud 1856-----------------Nasceu em Freiberg 1881-----------------Licenciatura em Medicina 1885-----------------Estuda

Leia mais

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE. psicanálise com crianças, sustentam um tempo lógico, o tempo do inconsciente de fazer

PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE. psicanálise com crianças, sustentam um tempo lógico, o tempo do inconsciente de fazer PSICANÁLISE COM CRIANÇAS: TRANSFERÊNCIA E ENTRADA EM ANÁLISE Pauleska Asevedo Nobrega Assim como na Psicanálise com adultos, as entrevistas preliminares na psicanálise com crianças, sustentam um tempo

Leia mais

Prof. Me. Renato Borges

Prof. Me. Renato Borges Freud: Fases do desenvolvimento Prof. Me. Renato Borges Sigmund Freud Médico Nasceu em 1856 na República Tcheca e viveu em Viena (Áustria). Morreu em Londres em 1839, onde se refugiava do Nazismo. As três

Leia mais

O período de latência e a cultura contemporânea

O período de latência e a cultura contemporânea Eixo III O período de latência e a cultura contemporânea José Outeiral Membro Titular, Didata, da SPP Enunciado Sigmund Freud ao estudar (1905) o desenvolvimento da libido definiu o conceito de período

Leia mais

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT

O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A PERSPECTIVA DE BION E WINNICOTT Carla Maria Lima Braga Inicio a minha fala agradecendo o convite e me sentindo honrada de poder estar aqui nesta mesa com o Prof. Rezende

Leia mais

O Édipo em Lacan. O uso perverso do falo imaginário no mundo contemporâneo

O Édipo em Lacan. O uso perverso do falo imaginário no mundo contemporâneo O Édipo em Lacan O uso perverso do falo imaginário no mundo contemporâneo CAMILA DENENO PEREZ São Paulo 2012 Ser completo não tem uma definição, ser completo compete a quem te diz completo. Ser completo

Leia mais

Sofrimento e dor no autismo: quem sente?

Sofrimento e dor no autismo: quem sente? Sofrimento e dor no autismo: quem sente? BORGES, Bianca Stoppa Universidade Veiga de Almeida-RJ biasborges@globo.com Resumo Este trabalho pretende discutir a relação do autista com seu corpo, frente à

Leia mais

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade

Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade Estrutura Neurótica Evolução genética e o desenvolvimento do psíquismo normal No iníco, o lactente encontra-se em um modo de fusão e de identificação a uma totalidade fusional, em que não existe ainda

Leia mais

Adolescência. Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física

Adolescência. Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física Adolescência Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física Adolescência, do latim adolescere (crescer). É uma fase da vida que pode ser definida em sua dimensão histórica, política,

Leia mais

Freud e a Psicanálise

Freud e a Psicanálise Freud e a Psicanálise Doenças mentais eram originadas de certos fatos passados na infância dos indivíduos; Hipnose (para fazer com que seus pacientes narrassem fatos do seu tempo de criança); Hipnose:

Leia mais

O lugar do amor na transição da adolescência para a vida adulta 1 Michele Melo Reghelin 2009

O lugar do amor na transição da adolescência para a vida adulta 1 Michele Melo Reghelin 2009 O lugar do amor na transição da adolescência para a vida adulta 1 Michele Melo Reghelin 2009 Na área da psicologia, a escolha conjugal e o relacionamento conjugal são entendidos como um processo maturacional

Leia mais

ADOLESCÊNCIA: TEMPO DE ESPERA 1 ADOLESCENCE: A WAITING TIME

ADOLESCÊNCIA: TEMPO DE ESPERA 1 ADOLESCENCE: A WAITING TIME ADOLESCÊNCIA: TEMPO DE ESPERA 1 ADOLESCENCE: A WAITING TIME Lucas Cavalheiro Kryzozun 2, Jenaína Tres 3, Renan Martins De Melo 4, Alexa Fagundes Dos Santos 5 1 Projeto de Iniciação Científica realizado

Leia mais

O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES. Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3

O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES. Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3 O FRACASSO ESCOLAR E SEUS IMPASSES 1 THE SCHOOL FAILURE AND ITS IMPASSES Mara Carine Cardoso Lima 2, Tais Cervi 3 1 Projeto de pesquisa realizado no curso de Psicologia da Unijui 2 ALUNA DO CURSO DE PSICOLOGIA

Leia mais

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano)

AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) AMOR PROVADO Ninho Bagunçado (Décimo primeiro ao décimo nono ano) a) Manter uma identidade pessoal e uma identidade para o casamento > Dependência exagerada - A identidade do cônjuge é um reflexo do seu

Leia mais

FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS

FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS FAMÍLIA COMO PROTEÇÃO AO USO DE DROGAS IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA A família tem papel central na proteção ao uso de drogas. Família é primeira referência. Pode estruturar ou desestruturar. A criança e o adolescente

Leia mais

PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo

PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo PSICANÁLISE Dissolução do complexo de Édipo COMPLEXO DE ÉDIPO O fundador da psicanálise, Sigmund Freud, instituiu o Complexo de Édipo como uma fase universal na infância do sujeito em que há uma triangulação

Leia mais

Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história:

Você já ouviu a história de uma tal garota legal? Bem, se não, deixeme contar uma história: Você já ouviu a história de uma tal "garota legal"? Bem, se não, deixeme contar uma história: Uma garota legal é alguém que se dedica de alma e coração em um relacionamento. Ela é alguém que poderia esperar

Leia mais

Dra. Nadia A. Bossa FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS

Dra. Nadia A. Bossa FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS FRACASSO ESCOLAR: UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGENS CONHECIMENTO E DESEJO NA CONSTITUIÇÃO DO SER HUMANO uma abordagem psicopedagógica do processo de aprendizagem dra. Nadia Aparecida

Leia mais

seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer

seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer 122 4. DISCUSSÃO E CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante muitos anos, na história da psicanálise de crianças, os analistas que seguiam a corrente clássica de análise tinham como norma tratar da criança sem fazer

Leia mais

O Complexo de Édipo e de Electra

O Complexo de Édipo e de Electra O Complexo de Édipo e de Electra 12ºC BÁRBARA Nº4 MARTA Nº16 RAQUEL Nº20 O complexo de Édipo e de Electra, foi o tema escolhido por nós, porque foi aquele com o qual mais nos identificámos, uma vez que

Leia mais

MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO. Sara Guimarães Nunes 1

MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO. Sara Guimarães Nunes 1 MULHERES MASTECTOMIZADAS: UM OLHAR PSICANALÍTICO Sara Guimarães Nunes 1 1. Aluna Especial do Mestrado em Psicologia 2016.1, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Tipo de Apresentação: Comunicação

Leia mais

A (DES)CONSTRUÇÃO DOS PROCESSOS IDENTIFICATÓRIOS: ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE RUA

A (DES)CONSTRUÇÃO DOS PROCESSOS IDENTIFICATÓRIOS: ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE RUA A (DES)CONSTRUÇÃO DOS PROCESSOS IDENTIFICATÓRIOS: ADOLESCENTE EM SITUAÇÃO DE RUA Renata Kloster Dezonet ¹ Adriane Wollmann ² A adolescência é considerada uma fase difícil pelas inúmeras mudanças no estágio

Leia mais

Módulo 5. Corpo de Emoções

Módulo 5. Corpo de Emoções Amor-próprio DIANA DUARTE Módulo 5. Corpo de Emoções Lição 2. Reciclagem Emocional Gosto da designação de reciclagem emocional para representar a forma como podes lidar com as tuas emoções, e como as podes

Leia mais

A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência.

A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência. A nossa sexualidade é uma construção que se inicia na vida intra-uterina e nos acompanha por toda nossa existência. Viver na idade adulta uma sexualidade satisfatória depende do desenvolvimento psicossexual

Leia mais

Período de Latência (PL) Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento

Período de Latência (PL) Salomé Vieira Santos. Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento Período de Latência (PL) Salomé Vieira Santos Psicologia Dinâmica do Desenvolvimento Março de 2017 Freud PL o período de desenvolvimento psicossexual que surge com a resolução do complexo de Édipo etapa

Leia mais

Decio Tenenbaum

Decio Tenenbaum Decio Tenenbaum decio@tenenbaum.com.br Fator biográfico comum: Patologia dos vínculos básicos ou Patologia diádica Papel do vínculo diádico: Estabelecimento do espaço de segurança para o desenvolvimento

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da. identificação 1

O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da. identificação 1 O estudo teórico na formação do psicanalista Uma lógica que não é a da Arlete Mourão 2 identificação 1 Na formação do analista, o lugar e a função do estudo da psicanálise são conseqüências lógicas da

Leia mais

Ansiedade de Separação: O que é isso???

Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de separação: o que é? A ansiedade de separação é um estado emocional desagradável e negativo que ocorre quando a criança se separa das figuras cuja vinculação

Leia mais

O AMOR PILAR CENTRAL. por L A D Y A M A

O AMOR PILAR CENTRAL. por L A D Y A M A Página1 O AMOR PILAR CENTRAL por L A D Y A M A O AMOR é o ponto central da relação DOMINAÇÃO/submissão, vez que, sem ele a relação se torna conflituosa e não é esse o objetivo da filosofia da SUPREMACIA

Leia mais

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade

A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade A dor no feminino: reflexões sobre a condição da mulher na contemporaneidade Alcione Alves Hummel Monteiro 1 Vanusa Balieiro do Rego 2 Roseane Freitas Nicolau 3 Susette Matos da Silva 4 A arte dá ao artista

Leia mais

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PLANO DE CURSO 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Curso: Bacharelado em Psicologia Disciplina: Processos de Desenvolvimento I: Infância Código: PSI17 Professor: Idenise Naiara Lima Soares E-mail: idenise.soares@fasete.edu.br

Leia mais

Para ler. A força do não

Para ler. A força do não Para ler A força do não 08 14 Dói dizer e ouvir não! Devemos dizer não aos filhos, Não se pode dar tudo aquilo que os filhos querem, essas frases são constantemente ditas e a maioria concorda com isso.

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 4. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 4. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 4 Professora: Nathália Bastos FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES Consiste no modo de funcionamento psicológico tipicamente humano. Ex: capacidade de planejamento,

Leia mais

Drogas no sócio educativo: um alívio para a internação

Drogas no sócio educativo: um alívio para a internação Drogas no sócio educativo: um alívio para a internação Robson Duarte 1 Este trabalho destina-se a abordar um aspecto do uso de drogas por parte de adolescentes cumprindo medida sócio educativa de privação

Leia mais

TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. ORIENTADOR(ES): KELE CRISTINA PASQUALINI, PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONI

TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. ORIENTADOR(ES): KELE CRISTINA PASQUALINI, PATRICIA SOARES BALTAZAR BODONI TÍTULO: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA ANGUSTIA E NARCISISMO PARA PSICANÁLISE. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: FACULDADE ANHANGUERA DE BAURU AUTOR(ES):

Leia mais

QUEM SOMOS? Nossas vidas estão continuamente em mudança, em transformação.

QUEM SOMOS? Nossas vidas estão continuamente em mudança, em transformação. QUEM SOMOS? Nossas vidas estão continuamente em mudança, em transformação. O momento mais dramático de transformação que elas possam passar com o compasso de nossas próprias vidas, nada pode representar

Leia mais

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios

CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos. A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios CEP - Centro de Estudos Psicanalíticos Luis Fernando de Souza Santos Trabalho semestral - ciclo II (terças 19h30) A psicanálise como berço ou por que tratamos apenas crianças em nossos consultórios Se

Leia mais

12. SOCIEDADE DO ESPETÁCULO: A CRIANÇA COMO ALVO Aline Vaneli Pelizoni 1 Geovane dos Santos da Rocha 2 Michaella Carla Laurindo 3

12. SOCIEDADE DO ESPETÁCULO: A CRIANÇA COMO ALVO Aline Vaneli Pelizoni 1 Geovane dos Santos da Rocha 2 Michaella Carla Laurindo 3 12. SOCIEDADE DO ESPETÁCULO: A CRIANÇA COMO ALVO Aline Vaneli Pelizoni 1 Geovane dos Santos da Rocha 2 Michaella Carla Laurindo 3 As propagandas as quais somos expostos diariamente demonstram um mundo

Leia mais

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Para Freud, a personalidade é centrada no crescimento interno. Dá importância a influência dos medos, dos desejos e das motivações inconscientes

Leia mais

O poder do Entusiasmo! Como ser um profissional a cima da média?

O poder do Entusiasmo! Como ser um profissional a cima da média? O poder do Entusiasmo! Como ser um profissional a cima da média? Entusiasmo! O que é entusiasmo? Entusiasmo é um grande interesse, um intenso prazer, uma dedicação ardente, uma paixão, uma admiração, um

Leia mais

ALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO. Mical Marcelino Margarete Pauletto Renata Costa

ALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO. Mical Marcelino Margarete Pauletto Renata Costa ALIENAÇÃO E SEPARAÇÃO Mical Marcelino Margarete Pauletto Renata Costa Objetivo Investigar a Alienação e Separação, conceitos fundamentais para entender: CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO SUBJETIVIDADE EIXOS DE ORGANIZAÇÃO

Leia mais

A deficiência como ponto de partida

A deficiência como ponto de partida A deficiência como ponto de partida É interessante os tipos de deficiência que são reconhecidos dentro da nossa sociedade. Mais interessante ainda é o excesso de cuidado ao aplicar termos, que vão mudando

Leia mais

QUEM SOU EU? A BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA

QUEM SOU EU? A BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA QUEM SOU EU? A BUSCA PELA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA RESUMO Camila Ribeiro Menotti Colégio Gaspar Silveira Martins Rosana Hansel dos Santos Colégio Gaspar Silveira Martins A adolescência

Leia mais

Os contos de fadas. Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa;

Os contos de fadas. Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa; Os contos de fadas Contos de fadas, pra quê/por quê? Necessidade de significados na vida : importância dos pais nesta tarefa; - Maturidade psicológica grande conquista; - Literatura infantil : apenas manifestação

Leia mais

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana

Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana Profa. Dra. Adriana Cristina Ferreira Caldana PALAVRAS-CHAVE Análise da Psique Humana Sonhos Fantasias Esquecimento Interioridade A obra de Sigmund Freud (1856-1939): BASEADA EM: EXPERIÊNCIAS PESSOAIS

Leia mais

A Revista do aluno moderno

A Revista do aluno moderno A Revista do aluno moderno Carta Teen Esta primeira edição da nossa revista Escola Teen é voltada para você, adolescente, que adora estar interado no que rola no mundo, e inclusive na sua escola. Teremos

Leia mais

ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS

ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS E-mail: albereis@usp.br Duas perspectivas históricas: 1. Muitas das características associadas à adolescência tal como a conhecemos hoje tem uma longa histórica

Leia mais

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X

Anais V CIPSI - Congresso Internacional de Psicologia Psicologia: de onde viemos, para onde vamos? Universidade Estadual de Maringá ISSN X A BRINCADEIRA ACABOU: UM CASO DE AMADURECIMENTO PRECOCE E SUAS IMPLICAÇÕES Flávia Angelo Verceze Carla Maria Lima Braga Se os adultos abdicam, os adolescentes tornam-se adultos prematuramente, mas através

Leia mais

Congresso Nacional de História da Universidade Federal de Goiás Campus Jataí (1.:2010:Jataí,GO)

Congresso Nacional de História da Universidade Federal de Goiás Campus Jataí (1.:2010:Jataí,GO) Congresso Nacional de História da Universidade Federal de Goiás Campus Jataí (1.:2010:Jataí,GO) Cadernos de Resumos e Programação do I Congresso Internacional do Curso de História da UFG/Jataí - Gênero,

Leia mais

As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo. Sandra Freiberger

As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo. Sandra Freiberger As Implicações do Co Leito entre Pais e Filhos para a Resolução do Complexo de Édipo Sandra Freiberger Porto Alegre, 2017 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PSICOLOGIA CURSO: INTERVENÇÃO

Leia mais

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #21 - ABRIL e t m o se? Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. Sou bem que ele mais v coleção Conversas #21 - ABRIL 2015 - m o c está l e g i o h a que e l apenas por in e t. er e s se? Será Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

Leia mais

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce.

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce. A sexualidade no ser humano atravessa um longo desenvolvimento e tem início na adolescência. Cada pessoa tem seu desenvolvimento. No menino a puberdade se inicia com a primeira ejaculação ou polução e

Leia mais

9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR

9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR 9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR 9 MENSAGENS DE TEXTO QUE NENHUM HOMEM CONSEGUE RESISTIR Pense nessas mensagens de texto que virão a seguir como as flechas do seu arco. Quando disparado,

Leia mais

Assistência ao Adolescente com Ênfase em Saúde Sexual e Reprodutiva

Assistência ao Adolescente com Ênfase em Saúde Sexual e Reprodutiva Assistência ao Adolescente com Ênfase em Saúde Sexual e Reprodutiva Profº. Marcelo Alessandro Rigotti Especialista CCIH Mestrando pela USP Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - SP Adolescência Conceito:

Leia mais

A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo.

A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo. A Técnica na Psicoterapia com Crianças: o lúdico como dispositivo. *Danielle Vasques *Divani Perez *Marcia Thomaz *Marizete Pollnow Rodrigues *Valéria Alessandra Santiago Aurélio Marcantonio RESUMO O presente

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 6ª aula Psicopatologia

Leia mais

Grupo de Trabalho: GT03 CULTURAS JUVENIS NA ESCOLA. IFPR - Instituto Federal do Paraná (Rua Rua Antônio Carlos Rodrigues, Porto Seguro, PR)

Grupo de Trabalho: GT03 CULTURAS JUVENIS NA ESCOLA. IFPR - Instituto Federal do Paraná (Rua Rua Antônio Carlos Rodrigues, Porto Seguro, PR) Grupo de Trabalho: GT03 CULTURAS JUVENIS NA ESCOLA Sandra Amarantes ¹, Maicon Silva ² IFPR - Instituto Federal do Paraná (Rua Rua Antônio Carlos Rodrigues, 453 - Porto Seguro, PR) ÉTICA E HUMANIZAÇÃO NO

Leia mais

Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud

Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud Amor e precipitação: um retorno à história de Sidonie C., a paciente homossexual de Freud Alexandre Rambo de Moura Nosso trabalho se desdobra das questões que emergem a partir do livro Desejos Secretos,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS Guimarães, M.T. C; Sousa, S.M.G.Juventude e contemporaneidade: desafios e perspectivas. León, O.D. Uma revisão

Leia mais

O Efeito Depressivo Eduardo Mendes Ribeiro

O Efeito Depressivo Eduardo Mendes Ribeiro O Efeito Depressivo Eduardo Mendes Ribeiro As estatísticas médicas e farmacêuticas indicam que vivemos em tempos de depressão. Nada de novo nesta constatação. Entretanto, chama a atenção o fato de outras

Leia mais

Psicanálise: as emoções nas organizações

Psicanálise: as emoções nas organizações Psicanálise: as emoções nas organizações Objetivo Apontar a importância das emoções no gerenciamento de pessoas Definir a teoria da psicanálise Descrever os niveis da vida mental Consciente Subconscinete

Leia mais

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES

INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES SUMÁRIO PREFÁCIO - 11 INTRODUÇÃO - GENERALIDADES SOBRE AS ADICÇÕES DEFINIÇÃO E HISTÓRICO...14 OBSERVAÇÕES SOBRE O CONTEXTO SOCIAL E PSÍQUICO...19 A AMPLIDÃO DO FENÔMENO ADICTIVO...24 A ADICÇÃO VISTA PELOS

Leia mais

BNCC e a Educação da Infância: caminhos possíveis para um currículo transformador. Profa. Maria Regina dos P. Pereira

BNCC e a Educação da Infância: caminhos possíveis para um currículo transformador. Profa. Maria Regina dos P. Pereira BNCC e a Educação da Infância: caminhos possíveis para um currículo transformador Profa. Maria Regina dos P. Pereira Oficina Escuta, fala, pensamento e imaginação É preciso transformar a forma. Zilma de

Leia mais

Coordenadores de Área

Coordenadores de Área Coordenadores de Área Língua Portuguesa Ana Maria Matemática- Fernando História Côrtes Geografia Marcos Lucena Ciências Janine Inglês Vera Lofrese Alemão Bruno Pollon Educação Física Marcio Martins Educação

Leia mais

Tema 2 Considerações sobre a puberdade e o crescimento do adolescente 27

Tema 2 Considerações sobre a puberdade e o crescimento do adolescente 27 Tema 2 Considerações sobre a puberdade e o crescimento do adolescente Objetivo geral do tema Apresentar as alterações físicas e fisiológicas que ocorrem na adolescência. Objetivos específicos voltados

Leia mais

Teoria Psicanalítica II - manhã

Teoria Psicanalítica II - manhã Teoria Psicanalítica II - manhã 12-09-05 Narcisismo e auto-erotismo: Texto: Freud, S. (1914). À guisa de introdução ao narcisismo. In. Escritos sobre a psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago,

Leia mais

A Anorexia em Mulheres e a Melancolia. contribuído para a manifestação da anorexia patologia que incide na população numa

A Anorexia em Mulheres e a Melancolia. contribuído para a manifestação da anorexia patologia que incide na população numa A Anorexia em Mulheres e a Melancolia Giovana Luiza Marochi A supervalorização da estética, bem como o culto à magreza na atualidade, tem contribuído para a manifestação da anorexia patologia que incide

Leia mais

Contrabaixo Minimalista

Contrabaixo Minimalista Contrabaixo Minimalista Valorizando as coisas que realmente são importantes e jogando o resto fora. Olá Baixista, Tudo bem? Antes de abordarmos o tema principal deste ebook, gostaria de falar um pouco

Leia mais

Síndrome da Adolescência Normal. Profª Ana Elisa

Síndrome da Adolescência Normal. Profª Ana Elisa Síndrome da Adolescência Normal Profª Ana Elisa Normalidade e Patologia Crítica Problema básico da adolescência: circunstância evolutiva. Considerar a adolescência como fenômeno específico dentro de toda

Leia mais

NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI

NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI NOME PRÓPRIO - EM NOME DO PAI Rachel Rangel Bastos 1 No meu nascimento Eu não cheguei sendo nada Eu já estava moldado Vestido Cultivado Culturado Antes mesmo de escutar Eu tinha já escutado dizer Antes

Leia mais

O real escapou da natureza

O real escapou da natureza Opção Lacaniana online nova série Ano 4 Número 10 março 2013 ISSN 2177-2673 Sandra Arruda Grostein O objetivo deste texto é problematizar a proposta feita por J.-A. Miller de que o real emancipado da natureza

Leia mais

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend

O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu o entend A CLÍNICA DA PSICOSE Profª Ms Sandra Diamante Dezembro - 2013 1 O Psicótico: aspectos da personalidade David Rosenfeld Sob a ótica da Teoria das Relações Objetais da Escola Inglesa de Psicanálise. Expandiu

Leia mais

PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL

PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL PRINCÍPIO 1 AMOR INCONDICIONAL AMOR INCONDICIONAL Ame seu filho e não o seu comportamento: - A gente consegue amar incondicionalmente quando separa a pessoa do comportamento. Fortaleça a capacidade de

Leia mais

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud

SEQUENCIA EMOCIONAL. Freud SEQUENCIA EMOCIONAL Freud Sequência Emocional - Introdução Dentro da terapia psicanalítica a sequência emocional assume importante papel na análise dos problemas e sintomas trazidos pelo paciente. Ela

Leia mais

Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos. Julieta Quayle

Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos. Julieta Quayle Sobre a infertilidade e o desejo de ter filhos Julieta Quayle A maternidade na contemporaneidade e a clínica da infertilidade A grande questão que nunca foi respondida e que eu mesmo ainda não fui capaz

Leia mais

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é...

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é... Emergências Psiquiátricas Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes Doença Mental??? Ou Saúde Mental???? Prof Esp. Enfª Priscila Maria Marcheti Fiorin Saúde Mental é... Usado

Leia mais

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação?

O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . O que vem a ser identidade? O que vem a ser uma identificação? . Quando falamos de identificação entre pessoas, entre pais e filhos, o que queremos dizer com isso? Resultado de projeções e de introjeções

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO E ADOECIMENTO: QUANDO O INCONSCIENTE ATRAPALHA OS ESTUDOS

IDENTIFICAÇÃO E ADOECIMENTO: QUANDO O INCONSCIENTE ATRAPALHA OS ESTUDOS IDENTIFICAÇÃO E ADOECIMENTO: QUANDO O INCONSCIENTE ATRAPALHA OS ESTUDOS Bruno Aurélio da Silva Finoto Transferência e Identificação: a construção do sujeito social freudiano Freud, em suas observações

Leia mais

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa

O falo, o amor ao pai, o silêncio. no real Gresiela Nunes da Rosa Opção Lacaniana online nova série Ano 5 Número 15 novembro 2014 ISSN 2177-2673 e o amor no real Gresiela Nunes da Rosa Diante da constatação de que o menino ou o papai possui um órgão fálico um tanto quanto

Leia mais

Amar uma questão feminina de ser

Amar uma questão feminina de ser Amar uma questão feminina de ser Flavia Braunstein Markman Desde Freud, sabemos que estamos diante de um conceito psicanalítico bastante complexo, de difícil delineamento e de significados pouco precisos.

Leia mais

Especulações sobre o amor

Especulações sobre o amor Especulações sobre o amor Janete Luiz Dócolas, Psicanalista O amor é um mistério que há muito tempo, talvez desde que fora percebido, os homens vem tentando compreender, descrever ou ao menos achar um

Leia mais

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL

O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL O NÃO LUGAR DAS NÃO NEUROSES NA SAÚDE MENTAL Letícia Tiemi Takuschi RESUMO: Percebe-se que existe nos equipamentos de saúde mental da rede pública uma dificuldade em diagnosticar e, por conseguinte, uma

Leia mais

RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1. Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3.

RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1. Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3. RESSIGNIFICAR: PSICOLOGIA E ONCOLOGIA 1 Jacson Fantinelli Dos Santos 2, Flávia Flach 3. 1 Trabalho de Extensão Departamento de Humanidades e Educação, Curso de Graduação em Psicologia 2 Acadêmico do 8ºsemestre

Leia mais

PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA SEXUALIDADE E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO

PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA SEXUALIDADE E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO PROJETO EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA SEXUALIDADE E A CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO Débora Maria Gomes Silveira Universidade Federal de Minas Gerais Maio/ 2010 ESTUDO PSICANALÍTICO DA SEXUALIDADE BREVE HISTÓRICO Na

Leia mais

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO Como o interno, que na adolescência vive um momento crucial da formação sexual (adolescência),

Leia mais

Atualmente atua como Consultora de Marketing e Negócios para Mulheres e Mães Empreendedoras. Além disso, realiza Palestras motivacionais e

Atualmente atua como Consultora de Marketing e Negócios para Mulheres e Mães Empreendedoras. Além disso, realiza Palestras motivacionais e 2 SOBRE A AUTORA Adriana Valente é Empresária, Consultora de Marketing, Palestrante e Fundadora do Empreender Mulher. Graduada em Propaganda e Marketing, Marketing de Varejo e MBA em Gestão Empresarial.

Leia mais

Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas. Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas

Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas. Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas Mensagem do dia 02 de Março Suas escolhas Mensagem do dia 02 de Março de 2013 Suas escolhas Acredite: você é aquilo que acredita ser. Você tem aquilo que acredita poder ter. Você recebe da vida aquilo

Leia mais

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a

A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a A contribuição winnicottiana à teoria do complexo de Édipo e suas implicações para a prática clínica. No interior de sua teoria geral, Winnicott redescreve o complexo de Édipo como uma fase tardia do processo

Leia mais

Muitos caras conseguem ser assim em sua vida social, sendo mais eficiente do que vários caninos, por exemplo.

Muitos caras conseguem ser assim em sua vida social, sendo mais eficiente do que vários caninos, por exemplo. Ser um Alfa... Bem, no mundo animal é aquele que todo bicho respeita e sabe de sua superioridade perante eles. É o líder natural do bando e nunca deixa a peteca cair. Na verdade, ele é o bicho mais disputado,

Leia mais

CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS. Curso de Formação em Pasicanálise. Ciclo IV 3ª Noite

CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS. Curso de Formação em Pasicanálise. Ciclo IV 3ª Noite CEP -CENTRO DE ESTUDOS PSICANALÍTICOS Curso de Formação em Pasicanálise Ciclo IV 3ª Noite O atravessamento da Psicanálise em meu cotidiano Nathália Miyuki Yamasaki 2014 Chego para análise e me ponho a

Leia mais

A importância do conhecimento na formação do psiquismo do ser humano.

A importância do conhecimento na formação do psiquismo do ser humano. Profa. Dra. Nadia A. Bossa III SEMINARIO DE EDUCAÇÃO DE VALPARAISO DE GOIAS A importância do conhecimento na formação do psiquismo do ser humano. PALESTRA A Importância do Conhecimento na Formação do Psiquismo

Leia mais

Acompanhamento Psicoterapêutico

Acompanhamento Psicoterapêutico Acompanhamento Psicoterapêutico O Acompanhamento Psicológico/Psicoterapêutico possui características específicas de acordo com a população e faixa etária a que se destina. Corresponde a um encontro com

Leia mais

VIOLÊNCIA SEXUAL. Capacitação Coordenadores municipais

VIOLÊNCIA SEXUAL. Capacitação Coordenadores municipais VIOLÊNCIA SEXUAL Capacitação Coordenadores municipais Fórum catarinense pelo fim da violência e exploração sexual infanto-juvenil Regional Alto Vale do Itajaí VIOLÊNCIA Uma ação direta ou indireta, concentrada

Leia mais

Resumo de Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Psicologia, do Departamento de Humanidades e Educação da UNIJUÍ 2

Resumo de Monografia de Conclusão do Curso de Graduação em Psicologia, do Departamento de Humanidades e Educação da UNIJUÍ 2 ENTRE CORTES E AMARRAÇÕES: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS SOBRE AUTOMUTILAÇÃO/CUTTING NA ADOLESCÊNCIA 1 BETWEEN CUTS AND MOORINGS: PSYCHOANALYTIC CONSIDERATIONS ABOUT SELF-MUTILATION/CUTTING IN ADOLESCENCE

Leia mais