OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS: A LÓGICA DE MAQUIAVEL

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1 FACULDADE BOA VIAGEM FBV DEVRY GRADUAÇÃO EM DIREITO 1º PERÍODO NOITE HELOÍSA CATUNDA DE VASCONCELOS JÚLIA GABRIELA SANTOS DO NASCIMENTO OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS: A LÓGICA DE MAQUIAVEL RECIFE-PE 2016

2 HELOÍSA CATUNDA DE VASCONCELOS JÚLIA GABRIELA SANTOS DO NASCIMENTO OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS: A LÓGICA DE MAQUIAVEL Trabalho apresentado na disciplina de Ciência Política e Teoria Geral do Estado Orientado pelo Prof. Dr. Álvaro Azevedo RECIFE-PE 2016

3 ÍNDICE 1. Introdução...página Desenvolvimento Contexto Histórico...página 05 Origem da Frase...página 06 A teoria Maquiavélica...página 07 Aplicabilidade da teoria...página Metodologia...página Conclusão...página Referências Bibliográficas...página 11

4 INTRODUÇÃO Primeiramente, queríamos registrar que o trabalho aqui apresentado encontra-se em estágio inicial de pesquisa. O assunto principal da pesquisa é apresentar da maneira mais simples, objetiva, clara e prática no que diz respeito do conteúdo e aplicabilidade da teoria maquiavélica, baseada na obra O Príncipe do cientista político Nicolau Maquiavel. O principal questionamento que surgiu diante do assunto abordado é até que ponto você, indivíduo portador de princípios éticos e morais, estaria disposto a conseguir seus objetivos, independente do meio. A máxima de Maquiavel Os fins justificam os meios aborda justamente esse questionamento levantado. A busca de analisar a teoria de Maquiavel veio por consequência do interesse que despertamos quando fomos apresentadas a ele na disciplina de Ciência Política e Teoria Geral do Estado com o professor Álvaro Azevedo. Percebemos que a aplicabilidade dos ensinamentos que o Florentino propõe em O Príncipe não se restringe apenas à sua época nem ao contexto que tange apenas à política, mas também na contemporaneidade e no que diz respeito à esfera social, pois mesmo que não sejam indicadas como oriundas dele, podemos observar que algumas posições o indivíduo toma são regidos pela famosa frase os fins justificam os meios, que seguem sua lógica mesmo não sendo perceptível.

5 Contexto Histórico Em meados do século XV e início do XVI, a Europa passava por um momento de desconstrução do pensamento medieval para uma evolução que estaria sendo trazido pela idade moderna. O período de intensa renovação com os avanços na esfera científica, cultural, política, etc, foi nomeado RENASCIMENTO. Nessa época em Florença, Itália, nasce o homem que dará o pontapé inicial para o que hoje denominamos de ciência política. Nicolau Maquiavel presenciou toda essa movimentação ideológica porque passou grande parte de sua infância e adolescência sob a responsabilidade de governos tiranos e confusos. Sua principal obra, O Príncipe, está diretamente associada ao contexto histórico da Europa do século XV. O poder na região estava dividido em pequenos principados governados por mercenários ou déspotas sem direitos e com ilegitimidade religiosa (sem dinastia), o que gerava uma guerra pelo poder e instaurava o caos no cenário da política da Europa como um todo. A figura de Lourenço de Médici ajudou muito para conter invasões estrangeiras e sua morte, em 1492, foi crucial para a invasão de Carlos VIII, causando a expulsão dos Médici de Florença e restabelecendo a força da Igreja Católica na região. Com o Absolutismo instaurado na Europa, buscava-se justificar o poder absoluto do rei com a constituição de teorias filosóficas favoráveis ao interesse que a nobreza e a burguesia tinham em legitimar o grande poder de intervenção concedido à autoridade monárquica. Foi nesse cenário que Maquiavel encontrou espaço para a disseminação de suas teorias. As palavras maquiavélico e maquiavelismo, na verdade, foram empregadas para caracterizar determinadas situações políticas. Porém, a expressão caiu ao uso popular e acabou sendo importado para as relações privadas. O que muitas pessoas não sabem sobre essas expressões é que elas vieram de ideais e propostas apresentadas em O príncipe. O grande reconhecimento para que ele receba o título de pai da ciência política moderna é que o florentino desconstruiu a mentalidade cristão-medieval de que o poder político era concebido como poder divino, elaborando uma teoria política totalmente inédita, fundamentada na experiência concreta da prática humana, que seria posta em prática sua obra O Príncipe.

6 Origem da Frase É imprescindível que haja um melhor esclarecimento acerca da máxima trazida no trabalho. A frase não foi dita literalmente por Maquiavel em sua obra. Ele disse que para o príncipe se manter no poder ele teria que estar preparado para ser mau, o que poderia ser interpretado de uma maneira equivocada e tendenciosa a acreditar que os fins justificam os meios. Na verdade, ele não quis dizer que você tem que ser necessariamente mau, mas sim, estar preparado para ser mau caso seja necessário. O que realmente Maquiavel mencionou em seu livro, que deu a entender a sua famosa frase já citada acima, foi: "Deixe um príncipe ter o crédito, e os meios sempre serão considerados honestos... Porque o vulgar sempre é tomado por aquilo que uma coisa parece ser e pelo que vem dela. A diferença entre Maquiavel e os outros cientistas naturais é que estes, ao publicarem suas obras, não constrangem a sociedade de modo geral, enquanto a obra de Maquiavel causa tal constrangimento, ainda que seja usada por todos os políticos de todos os tempos. Atualmente, adjetivar uma pessoa como maquiavélica é sinônimo de um sujeito ardiloso, astuto ou pérfido, justamente pelo uso dessa frase. A premissa de que "os fins justificam os meios" (frase que não é de Maquiavel, no entanto) passou a nortear a compreensão da obra. Daí a reputação de maquiavélico dada ao governante sem escrúpulos.

7 A teoria Maquiavélica A lógica Maquiavélica começa afirmando que o ser humano nasce vil, egoísta e também racional. É através dessa racionalidade que Maquiavel sustenta a ideia de como aqueles que almejam o poder deveriam se portar perante seu povo e agir, para atingir determinado objetivo, mantendo uma relação balanceada com seus subalternos entre ser primeiramente temido, sendo assim respeitado para "não cair" e amado para promover a manutenção do poder. Aplicando no contexto político que esta lógica está inserida, a frase citada anteriormente, preocupa-se com o alcance do poder independente da forma que ele conquistou. Daí a afirmação de que o homem é egoísta e racional, pois ele se articula de uma maneira que está determinado a conseguir o que deseja sem o mínimo de escrúpulos. Maquiavel não é idealista. É realista. Propõe estudar a sociedade pela análise da verdade efetiva dos fatos humanos, sem perder-se especulações. O objeto de suas reflexões é a política que se faz presente no cenário, pensada em termos de prática humana concreta. Seu maior interesse é o fenômeno do poder formalizado na instituição do Estado, procurando compreender como as organizações políticas se fundam, se desenvolvem, persistem e decaem. Foi ele que concluiu, através do estudo dos antigos e da intimidade com os poderosos da época, que os homens são todos egoísta e ambiciosos, e que só recuam da prática do mal quando coagidos pela força da lei. Os desejos e as paixões seriam os mesmos em todas as cidades e em todos os povos. O Príncipe foi escrito devido ao desejo de Maquiavel de retornar à vida pública, caindo na graça dos Médicis, que haviam retornado ao poder. Para tanto, tenta demonstrar o seu valor como conselheiro político através do livro, utilizando sua cultura e sua experiência para elaborar um manual, onde buscava saber qual é a essência dos principados; quantas são as suas formas; como adquiri-los; como mantê-los e porque eram perdidos. Além disso, alimentava a convicção de que uma monarquia absoluta constituía como a única solução possível naquele momento de corrupção e anarquia da vida italiana, para unificar a Itália e libertá-la do domínio estrangeiro. Para Maquiavel, fortuna é o acaso; são as circunstâncias e acontecimentos da vida que não podem ser 100% controlados pelo ser humano. Já a virtù é a qualidade de um guerreiro viril, que se faz valer de seus direitos, o que seria necessária para a realização à ordem política. Portanto, o homem de virtù é aquele que sabe o momento exato criado pela fortuna, no qual a ação poderá funcionar com êxito. É inventor do possível numa situação concreta dada. Busca na história uma situação semelhante e exemplar, da qual saberia extrair o conhecimento dos meios para a ação e previsão dos efeitos.

8 A aplicabilidade da teoria No conteúdo da obra de Maquiavel há exemplos da aplicabilidade da teoria sobre o fim justificar os meios e de como um indivíduo deve ser portar quando estiver com o poder nas mãos. Como existem aqueles que usam o meio positivo para justificar o fim, há também quem use o meio negativo para alcançar o poder. Na obra 'O príncipe', no capítulo VII - De his qui per scelera ad principatum pervernere (dos que chegaram ao principado por meio de morte), relata dois casos de príncipes que usaram o assassinato para a posse do poder de um principado. O primeiro modelo é de Agatocles, natural da Sicília, que tornou-se rei de Siracusa. Filho de um oleiro, ingressou na milícia por conta de seus delitos e chegou a ser pretor de Siracusa. Uma vez investido nessa função, tendo deliberado tornar-se príncipe e manter pela violência e sem favor dos outros aquilo que por acordo lhe tinha sido concedido, reuniu num certo dia o povo e o senado de Siracusa para uma suposta reunião, e como foi combinado com seus soldados matou todos os senadores e os mais ricos da cidade, tornando assim, príncipe de Siracusa, utilizando o poder sem qualquer controvérsia civil. Diante desse fato, Maquiavel afirma que ao utilizar desse meio não virtuoso, você alcançará o poder, mas não a glória. O segundo caso é o de Oliverotto de Fermo, órfão de pai, foi criado por um tio chamado Giovanni Fogliani. Oliverotto foi encaminhado à vida militar sob o comando de Paulo Vitelli, que com sua morte quem assumiu o comando foi Vitellozo. Aproveitando-se de seu cargo de militante, Oliverotto reuniu seu tio, Giovanni, e todos os principais homens de Fermo para um banquete, que depois de toda uma cerimônia, soldados apareceram e mataram Giovanni e os demais homens de Fermo. Oliverotto governou de forma despótica e um ano depois do parricidio foi enforcado juntamente com Vitellozo. 'Acima de tudo, um príncipe deve viver com seus súditos de modo que nenhum acidente, bem ou mau, o faça variar: porque, surgindo pelos tempos adversos a necessidade, não estarás em tempo de fazer o mal, e o bem que tu dizes não te será útil eis que, julgado forçado, não trará gratidão.' Afirmou Maquiavel em resumo desses dois casos de crueldade para se conseguir o fim.

9 METODOLOGIA Quanto à metodologia, a pesquisa realizada neste presente trabalho teve um desenvolvimento todo baseado na busca de informação através de sites na internet e na extração de conteúdo dos livros adotados em sala de aula, devido sua diversa gama de vertentes a serem exploradas e a facilidade pela qual encontramos conhecimento. Adotamos esses dois tipos pesquisa porque são os meios mais presentes e requisitados no que diz respeito a elaboração de um trabalho científico. Por ser um trabalho que se encontra ainda em estágio inicial, não houve necessidade de ter uma divisão do trabalho justamente por não ser extenso, sendo assim, esse trabalho caracteriza-se como uma construção conjunta.

10 CONCLUSÃO Neste trabalho abordamos acerca da teoria maquiavélica de que 'os fins justificam os meios', a qual Nicolau Maquiavel aborda em seu livro O Príncipe a partir de métodos de se adquirir poder. Vale ressaltar que Maquiavel não disse exatamente esta frase, e sim que ela surgiu através de uma interpretação de um de seus ensinamentos. Concluímos que essa lógica maquiavélica consiste em como chegar no poder sem classificar como positivo ou negativo o meio utilizado para aderir ao fim. Cumprimos nosso objetivo proposto neste trabalho, uma vez que conseguimos explicar e exemplificar em que consiste a teoria maquiavélica. Este trabalho foi muito importante para nossa compreensão sobre o pensamento político de Maquiavel, uma vez que nos interessamos em sua obra O príncipe em uma aula de Ciência Política.

11 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 2. ed. tradução: Roberto Grassi. Rio de Janeiro: Civilização Brrasileira, FRIEDE, Reis. Curso de Ciência Política e Teoria Geral do Estado. Ed.2 Editora Forense Universitari, 2006 WEFFORT, Francisco. Os Clássicos da Política Coleção Fundamentos Vol 1. Editora Ática

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