O ANTIGO REGIME. A vida social e política na Europa Moderna
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- Marcos Vilanova Paranhos
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1 O ANTIGO REGIME A vida social e política na Europa Moderna
2 CONCEITUAÇÃO A expressão Antigo Regime foi cunhada pelos historiadores para designar o conjunto de características predominantes nas sociedades europeias entre os séculos XVI e XVIII.
3 CONCEITUAÇÃO Essa expressão teria sido usada primariamente entre os revolucionários franceses, no século XVIII, para se referir ao sistema político e social contra o qual se insurgiu a Revolução Francesa.
4 CONCEITUAÇÃO O chamado Antigo Regime foi modificado ou eliminado após os processos revolucionários específicos de cada país.
5 PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS Sociedades rurais e estamentais; Absolutismo monárquico;
6 SOCIEDADES RURAIS Entre os séculos XVI e XVIII, a distribuição da população europeia era bem diferente da de hoje. Em todos os países havia:
7 SOCIEDADES RURAIS Predomínio numérico da população rural sobre a urbana cerca de 80% das pessoas viviam no campo, desde o período medieval.
8 A Charrete, Louis Le Nain, 1641
9 SOCIEDADES RURAIS Entretanto, isso não significa que toda essa população trabalhasse diretamente na agricultura ou na pecuária.
10 SOCIEDADES RURAIS Grande parte da população rural era composta por comerciantes e artífices que exerciam ofícios variados, como os de:
11 SOCIEDADES RURAIS ferreiro, metalúrgico, carpinteiro, ceramista, armeiro, moleiro, mineiro, seleiro, trabalhadores das pedreiras da construção civil, construtores de carroças e carruagens etc.
12 SOCIEDADES RURAIS O grupo familiar dos proprietários de terra e dos arrendatários também não trabalhava na lavoura. Em geral, explorava a mão-de-obra camponesa através das relações de servidão.
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20 SOCIEDADES RURAIS Grande parte das indústrias também se encontrava espalhada naquela época na área rural, próxima de rios (fonte de energia hidráulica para moinhos, prensas de papel, forjas) ou de florestas (para aproveitamento da madeira).
21 SOCIEDADES RURAIS As cidades eram, predominantemente, centros de comércio permanente ou temporário (feiras). Por isso, grande parcela de sua população fazia parte da burguesia comercial.
22 SOCIEDADES RURAIS Os burgueses comecializavam com diferentes regiões do mundo, por isso, as grandes cidades situavam-se em zonas litorâneas e tinham portos.
23 A velha praça do Mercado de Dresden, na Saxônia. Bernardo Belloto, 1751
24 Mercado de Natal em Dresden
25 Veneza, Itália
26 Veneza, Itália
27 Gênova, Itália
28 Marselha, França
29 Sevilha, Espanha
30 Londres, Inglaterra
31 Lisboa, Portugal
32 Bruges, Bélgica
33 Amsterdã, Holanda
34 OS ESTAMENTOS Essas sociedades predominantemente rurais do Antigo Regime estavam organizadas em três estamentos (também chamados ordens ou estados): o clero, a nobreza e o terceiro estado.
35 OS ESTAMENTOS O terceiro estado era constituído de grupos sociais de diferentes níveis econômicos: comerciantes, artesãos, agricultores e profissionais liberais, dentre outros.
36 OS ESTAMENTOS O estamento de cada pessoa era definido por nascimento. Uma das poucas possibilidades de ascensão social para os membros do terceiro estado era o ingresso no corpo social da igreja, tornando-se parte do clero.
37 DESIGUALDADE JURÍDICA Cada estamento tinha estatuto jurídico próprio, que assegurava direitos e deveres a seus componentes.
38 DEVERES Clero praticar ofício religioso, conduzindo os fiéis a salvação eterna; Nobreza garantir a defesa militar da sociedade; Terceiro estado trabalhar para o sustento de todos.
39 DIREITOS Clero ser alimentado e defendido; Nobreza contar com as orações e o trabalho dos outros; Terceiro estado receber orações e segurança.
40 DESIGUALDADE JURÍDICA A nobreza e clero não pagavam tributos, só eram julgados por tribunais especiais e ocupavam os cargos mais elevados na administração do Estado.
41 DESIGUALDADE JURÍDICA Os membros do terceiro estado pagavam tributos e, geralmente, estavam excluídos das decisões políticas.
42 DESIGUALDADE JURÍDICA Em suma, como os seres humanos não eram considerados iguais, a lei não era igual para todos.
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44 O ABSOLUTISMO São características do absolutismo: - Centralização do poder nas mãos do rei - Aliança entre rei e burguesia - Mercantilismo O mercantilismo é um conjunto de regras criado para regulamentar a economia mercantil
45 OS PRINCIPAIS DEFENSORES DO ABSOLUTISMO Os teóricos do absolutismo foram filósofos que defenderam a centralização do poder dos reis como sendo a melhor forma de se governar um país. Os principais teóricos foram:
46 NICOLAU MAQUIAVEL Filósofo italiano Escreveu O Príncipe, livro considerado um manual para os reis absolutistas Para ele os fins justificam os meios
47 JACQUES BOSSUET Justificava o poder dos reis pela vontade de Deus: o rei era escolhido por Deus para governar. Suas ideias deram origem à TEORIA DO DIREITO DIVINO DOS REIS.
48 THOMAS HOBBES Hobbes afirmava que o rei deveria impor sua autoridade para poder manter a ordem social, mesmo que tivesse que impor a força. Para ele, o homem era incapaz de viver em sociedade sem leis e sem justiça. Sua frase mais famosa é o homem é lobo do próprio homem.
49 O ABSOLUTISMO NA FRANÇA O absolutismo vigorou na França entre os séculos 16 e 18, período conhecido como Antigo Regime - ou Ancien Regime, para os franceses. Trata-se de uma longa fase da história monárquica francesa, dominada em sua maior parte pela dinastia dos Bourbon. O ápice do absolutismo francês ocorreu sob o reinado de Luís XIV, o Rei Sol. Seu extenso governo foi o modelo acabado do Antigo Regime francês, tendo influenciado outras monarquias europeias, suas contemporâneas.
50 LUIZ XIV O REI SOL Também conhecido como Rei Sol, Luís XIV governou a França entre 1643 a 1715, período em que promoveu mudanças na economia, na política, no exército e nos costumes franceses. Associava sua figura a imagens míticas, como a do Sol e usou da Teoria do Direito Divino para exercer seu poder de forma centralizada. Luís XIV foi um dos maiores exemplos de rei absolutista especialmente pela organização político-social que construiu em torno de si mesmo. Sua frase mais famosa traduz a extensão do seu poder: L'État c'est moi - o Estado sou eu.
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