Itália dividida: Reino de Nápoles, República de Florença, Ducado de Milão, República de Veneza e o Papado (Estados Pontifícios).
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- Caio Olivares Almada
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2 Itália dividida: Reino de Nápoles, República de Florença, Ducado de Milão, República de Veneza e o Papado (Estados Pontifícios). Reinos rivais entre si: conflitos internos. País separado, dividido: poderia ser facilmente dominado. Indefesa contra os ataques de países fortalecidos pela centralização monárquica. Inglaterra, França, Espanha. Unificação italiana: 1870.
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4 Fundador da Ciência Política Moderna Funda uma nova concepção política: Maquiavel rompeu o vínculo de dependência entre o poder político e a autoridade religiosa, desenvolvendo uma teoria que afirma a política como superior à ética e à religião. Obras sobre política: O Príncipe (palavra que designa todos os governantes), escrito em 1513; Discurso Sobre a Primeira Década de Tito Lívio (Governo Republicano). Basicamente 2 grupos sociais: Poderosos, ricos ou grandes (que visam dominar) E o povo (que visa não ser dominado). Função do poder político: regular o conflito e as tensões entre os grupos sociais.
5 Escrito em 1513 (durante o exílio). Dedicado aos Médici: visando reaproximação, exercer novamente funções políticas. Publicado em 1531/1532 (após a morte de Maquiavel, que se deu em 1527).
6 Objetivo da Política: conquistar e Manter o poder ou a autoridade. Para manter o poder, o governante deve lutar com todas as armas possíveis: não é uma decisão moral. Segundo Maquiavel, a conservação, os interesses do Estado é que devem determinar a atuação do governante. Na ação política não são os princípios morais que contam, mas os resultados: Nas ações de todos os homens, especialmente os príncipes, os fins é que contam. Faça o príncipe tudo para alcançar e manter o poder; os meios de que se valer serão sempre julgados honrosos e louvados por todos, porque o povo atenta sempre para os resultados (MAQUIAVEL, O Príncipe, p. 113).
7 Descreve a ação do príncipe através das expressões italianas: virtù e fortuna. Virtù: virtude, no sentido grego de força, valor, qualidade de lutador, astucia e capacidade de dominar a situação. Não segundo os preceitos da moral grega e cristã: bom e justo, verdadeiro. Príncipes de virtù: governantes especiais, capazes de realizar grandes obras e provocar mudanças na história. Ter a capacidade de perceber o jogo de forças da política, para então agir com energia a fim de conquistar e manter o poder.
8 Fortuna: em sentido comum, significa acúmulo de bens, riqueza. Mas, este não é o sentido empregado por Maquiavel. Sua origem é a deusa romana Fortuna: representa a abundância, mas também é aquela que move a roda da sorte. Fortuna, concepção de Maquiavel: ocasião, acaso, sorte, oportunidade. Para agir bem, o príncipe não deve deixar escapar a ocasião oportuna.
9 ENEM 2012 Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao: a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
10 ENEM 2012 Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao: a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. X c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.
11 OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS?
12 Para manter o poder político, a importância dos fins a se alcançar justifica o emprego de quaisquer meios, desde que esses meios funcionem e sejam realmente necessários (MAQUIAVEL, O PRÍNCIPE, p.112). Manter o poder político, proporcionando a segurança do Estado. É uma moral prática, que olha para o bem do Estado. Isto não significa que se pode fazer o que se quer, de qualquer modo, sem sentido algum: atitude necessária para unificar o povo e manter a paz.
13 (...) um senhor prudente não pode nem deve observar a palavra dada quando esta voltar-se contra ele e quando as razões que o fizeram prometer desaparecerem. Se os homens fossem todos bons, este preceito não seria necessário. Como, porém, eles são maus e por isso não observarão a palavra dada em relação a ti, tu também não deves observar a palavra dada a eles (MAQUIAVEL, Antologia de Textos Filosóficos, p. 458).
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15 A resposta é de que seria necessário ser uma coisa e outra; mas, como é difícil reuni-las, em tendo que faltar uma das duas é muito mais seguro ser temido do que amado. Pois os homens têm menos receio em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faça temer, posto que a amizade é mantida por um vínculo de obrigação que, por serem os homens maus, é quebrado em cada oportunidade que a eles convenha; mas o temor é mantido pelo receio de castigo que jamais se abandona (MAQUIAVEL, O PRÍNCIPE, p ).
16 Características admiradas: piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso. A um príncipe não é necessário ter de fato todas as supramencionadas qualidades, mas é necessário parecer tê-las. Deve-se compreender que um príncipe não pode ter todas aquelas qualidades pelas quais os homens são chamados de bons, por frequentemente necessitar, para manter o estado, agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. (MAQUIAVEL, Antologia de Textos Filosóficos, p. 458). Caso seja possível, não deve se afastar do bem, mas, se for necessário, deve saber praticar o mal.
17 ENEM 2010 O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na: A) inércia do julgamento de crimes polêmicos. B) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. C) compaixão quanto à condenação dos servos D) neutralidade diante da condenação dos servos. E) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe
18 ENEM 2010 O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na: A) inércia do julgamento de crimes polêmicos. B) bondade em relação ao comportamento dos mercenários. C) compaixão quanto à condenação dos servos D) neutralidade diante da condenação dos servos. X E) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe
19 Aversão ao nome de Maquiavel e aos seus escritos somente ganhou força com a reação da Igreja. Na segunda metade do século XVI: incluído no Índex (lista dos livros proibidos pela Igreja). Condenação: feita por pessoas que conheciam sua obra de segunda mão. Condenação: fundamentava-se numa leitura carregada de preconceitos.
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