Nicolau Maquiavel. Professor Sérgio Cerutti IFSC Joinville agosto 2017

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1 Nicolau Maquiavel Professor Sérgio Cerutti IFSC Joinville agosto 2017

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3 Maquiavel viveu nos anos 1500 ( ) - fim da Idade Média (realidade de feudos e de monarquias). - Itália: mosaico de poderes/instabilidade política/corrupção. - forte domínio da Igreja Católica: Igreja centralizava os poderes religioso, econômico e intelectual. - diversos movimentos se contrapondo à ordem (renascentista, humanista/antropocentrismo, reforma protestante). - revolução comercial/novos atores políticos. - concepção de política até então: política visa ao bem comum e deve se relacionar com ética, moral, religião.

4 Maquiavel: - vem de família humilde, de comerciantes, mas letrado; pai dotor em leis. - estudioso de história, política, literatura. - sólida formação humanista/renascentista. - poeta, dramaturgo, diplomata, conselheiro político de governante republicano de Florença. - republicano por convicção;política centro da vida. - com o retorno dos Médici ao poder de Florença, em 1512, Maquiavel foi excluído da política, preso, torturado.

5 Maquiavel: conceitos - virtú: sabedoria para agir e estabelecer a melhor estratégia, diante das circunstâncias, tendo em vista o poder. - fortuna: oportunidade, circunstâncias, sorte, azar, acaso. Maquiavel: um homem de virtú sem fortuna

6 Obra O Príncipe - escrito em 1513 (obra controversa/polêmica) : monarquia como solução para unificar Itália de 1500? : defesa de interesses pessoais do autor? : Manual para governantes conquistarem e manterem o poder? : Conjunto de ensinamentos para o povo, sobre como a política realmente é, funciona? (Jean Jacques Rousseau, Friedrich Nietzsche) - Indiscutivelmente: - nova concepção de política, de moral e de ser humano.

7 Trechos da obra O Príncipe : - E quem adquire tais territórios, se os deseja manter, deve respeitar duas regras: primeiro extinguir o sangue do príncipe anterior e, segundo, não alterar nem as leis nem os impostos... (p. 54). - Quem ocupa uma província estrangeira deve... tratar de enfraquecer os mais fortes... (p. 56). Mas, voltemos à França e examinemos se fez algumas dessas coisas; falarei de Luís e não de Carlos... (p. 58). Esta é uma passagem que mostra como Maquiavel fez valer seu método: o exemplo histórico como elemento da formulação teórica.

8 - Note-se que, ao tomar um estado, deve o ocupador relacionar todas as ofensas que precisa fazer, e fazê-las todas de uma só vez... (p.90)... já os benefícios devem ser feitos pouco a pouco, de forma a serem bem saboreados (p. 91). - Trate, pois, um príncipe de vencer e de manter o estado: os meios sempre serão julgados honrados e louvados por todos... (p. 134). (aqui o dito maquiavelismo) - Tampouco se pode chamar de virtude o assassinato de seus cidadãos, a traição aos amigos... (p. 87).

9 - E, quando for necessário proceder contra o sangue de alguém, fazê-lo quando haja justificativa convincente e causa manifesta... (p. 128). - Porque dos homens pode-se dizer isto geralmente: que são ingratos, volúveis, simuladores e dissimulados, covardes frente aos perigos, cúpidos de lucro... (p. 127). Homens querem a glória, o reconhecimento pessoal, acima de qualquer coisa. - Deveis, portanto, saber que há dois meios de combater: um com as leis, outro com a força: o primeiro é próprio do homem, o segundo, das bestas; mas, como o primeiro muitas vezes não basta, convém recorrer ao segundo (p. 131).

10 - A um príncipe, portanto, não é necessário ter de fato todas as qualidades supracitadas, mas é bem necessário parecer tê-las. Ao contrário, ousarei dizer isto, que, tendo-as e observando-as sempre, são danosas; e parecendo tê-las, são úteis; como parecer piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso, e o ser; mas ter a disposição de ânimo para que, precisando não ser, possa e saiba mudar para o contrário (p. 133). Sociedade é um jogo de aparências.

11 LEGADOS DE MAQUIAVEL: (1) Sobre a Política: -O que se pensava antes: : Política visa ao bem comum, a justiça (Platão, Aristóteles). : Política visa ao bem comum e aos valores religiosos (Igreja C). - O Maquiavel mostrou, através de estudo da história: : Política visa o poder (sua conquista e manutenção) e não ao bem comum e a melhoria da sociedade. : Inversão: Bem comum é meio e não fim da política. Segundo o senso comum: poder é o meio para o bem comum. Segundo os fatos reais: bem comum é meio para o poder.

12 Para Maquiavel Ética, Moral, Religião e Política são campos independentes, autônomos, que podem ou não se relacionarem entre si, a depender das circunstâncias. **Maquiavel busca mostrar que a adoção da Teoria Política (que era baseada na tradição e na religião), escrita até o século XV, caso seguida pelo monarca, resultaria em ruína e fracasso. Perguntas: - Política visa ao bem comum? Política depende da ética e do respeito aos valores morais e religiosos?

13 Mostrou a autonomia da Política. Política vem da vida mundana, das lutas e desavenças diárias e não de forças não sociais. LEGADOS DE MAQUIAVEL: (2) Concepção de ser humano: Construiu sua teoria política a partir de uma outra concepção de ser humano: ser humano é egoísta, individualista, ambicioso, quer o poder, a glória, o reconhecimento pessoal

14 LEGADOS DE MAQUIAVEL: (3) Concepção de moral: Fazer aquilo que é certo para conquistar e manter o poder. Inaugurou o pragmatismo moral. Maquiavel é maquiavélico? Imoral? Irreligioso? Ou é realista? Seu livro foi para o Index em Foi considerado um autor maldito.

15 Método de análise da realidade de MAQUIAVEL: - Analisar os fatos como eles são, sem idealismos; - Utilizar o exemplo histórico como referência explicativa; - Procurar descobrir o que há por trás dos fatos, dos discursos, tentando descobrir a intenção efetiva da ação nesse sentido, prestar atenção nos atores sociais que estão na disputa; - Pensar a política como uma ação que visa o poder; - Pensar a política como um campo autônomo em relação à moral, ética e religião; - Saber que o ser humano é egoísta, ambicioso, que luta pelo poder, pela glória própria, pelos interesses próprios.

16 Bibliografia MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2012.

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