Um mundo em transformação.
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- Iasmin Varejão
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1 Filosofia Moderna.
2 Um mundo em transformação.
3
4 O Príncipe Um dos tratados políticos mais fundamentais elaborados pelo pensamento humano, e que tem papel crucial na construção do conceito de Estado como modernamente conhecemos. Lorenzo II de Médici Duque de Urbino.
5 No capítulo 15, Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, explicando que para manterse adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e as virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.
6 No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico.
7 No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada duram quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes.
8 No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que às vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.
9 No capítulo 19, Maquiavel defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse. Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários.
10 Francis Bacon. ( )
11 O conhecimento como agente transformador. O pensamento filosófico de Bacon representa a tentativa de realizar aquilo que ele mesmo chamou de Instauratio magna (Grande restauração). A filosofia verdadeira não é apenas a ciência das coisas divinas e humanas. É também algo prático.
12 A mentalidade científica somente será alcançada através do expurgo de uma série de preconceitos por Bacon chamados ídolos.
13 Os 4 Ídolos. 1) Idola Tribus (ídolos da tribo). Ocorrem por conta das deficiências do próprio espírito humano e se revelam pela facilidade com que generalizamos com base nos casos favoráveis, omitindo os desfavoráveis. São assim chamados porque são inerentes à natureza humana, à própria tribo ou raça humana. Astrologia, alquimia e cabala, são exemplos dessas generalizações; 2) Idola Specus (ídolos da caverna). Resultam da própria educação e da pressão dos costumes. Há, obviamente, uma alusão à alegoria da caverna platônica.
14 3) Idola Fori (ídolos da vida pública). Estes estão vinculados à linguagem e decorrem do mau uso que dela fazemos. 4) Idola Theatri (ídolos da autoridade). Decorrem da irrestrita subordinação à autoridade (por exemplo, a de Aristóteles). Os sistemas filosóficos careciam de demonstração, eram pura invenção como as peças de teatro.
15 Saber é poder.
16 O conhecimento, o saber, é apenas um meio vigoroso e seguro de conquistar poder sobre a natureza.
17 Renné Descartes
18 O discurso sobre o método e o assombro da dúvida.
19 O método cartesiano consiste no ceticismo metodológico. Duvida-se de cada idéia que não seja clara e distinta. Ao contrário dos gregos antigos e dos escolásticos, que acreditavam que as coisas existem simplesmente porque precisam existir, ou porque assim deve ser. Só se pode dizer que existe aquilo que puder ser provado, sendo o ato de duvidar indubitável. Baseado nisso, Descartes busca provar a existência do próprio eu (que duvida, portanto, é sujeito de algo cogito ergo sum, penso logo sou)
20 Também consiste o método de quatro regras básicas: Verificar - se existem evidências reais e indubitáveis acerca do fenômeno ou coisa estudada; Analisar, ou seja, dividir ao máximo as coisas, em suas unidades mais simples e estudar essas coisas mais simples; Sintetizar - ou seja, agrupar novamente as unidades estudadas em um todo verdadeiro; Enumerar - todas as conclusões e princípios utilizados, a fim de manter a ordem do pensamento.
21 Thomas Hobbes O homem renuncia às suas liberdades em favor do Estado.
22 Na obra Leviatã, explanou os seus pontos de vista sobre a natureza humana e sobre a necessidade de governos e sociedades.
23 Bellum omnia omnes No estado natural, mesmo que alguns homens sejam mais fortes ou mais inteligentes do que outros, nenhum se ergue tão acima dos demais por medo de que outro homem lhe possa fazer mal. Por isso, cada um de nós tem direito a tudo, e uma vez que todas as coisas são escassas, existe uma constante guerra de todos contra todos.
24 No entanto, os homens têm um desejo, que é também em interesse próprio, de acabar com a guerra, e por isso formam sociedades entrando num contrato social.
25 Tal sociedade necessita de uma autoridade à qual todos os membros devem render o suficiente da sua liberdade natural, por forma a que a autoridade possa assegurar a paz interna e a defesa comum.
26 Thomas Hobbes defendia a idéia segundo a qual os homens só podem viver em paz se concordarem em submeter-se a um poder absoluto e centralizado.
27 Este soberano, quer seja um monarca ou uma assembléia, deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável.
28 John Locke O Estado deve ser um protetor da Individualidade, da liberdade e da propriedade.
29 Dois tratados sobre o governo (1689).
30 Segundo Locke todos são iguais e que a cada deverá ser permitido agir livremente desde que não prejudique nenhum outro. Com este fundamento deu continuidade à justificação clássica da propriedade privada ao declarar que o mundo natural é a propriedade comum de todos, mas que qualquer indivíduo pode apropriar-se de uma parte dele ao misturar o trabalho com os recursos naturais.
31 Para o pensador inglês, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela. E desde que isso não prejudique alguém, fica assegurado o direito ao fruto do trabalho.
32 Em sua obra, afirmou que a organização das leis e do Estado deve ser feita com o objetivo de garantir o respeito aos direitos naturais. A garantia dos direitos naturais do povo - a proteção da vida, da liberdade e da propriedade de todos - é definida por ele como a única razão de ser de um governo.
33 Jean-Jacques Rousseau Através de um contrato social, o homem renuncia parcialmente à sua liberdade e a sua igualdade ao Estado, para que essa fonte de poder regulamente as relações sociais, pela vontade geral, amparado pelas leis.
34 Ao defender que todos os homens nascem livres, e a liberdade faz parte da natureza do homem, Rousseau inspirou todos os movimentos que visavam uma busca pela liberdade como as revoluções liberais, o marxismo e o anarquismo.
35 A Rousseau afirmava que os problemas do homem decorriam dos males que a sociedade havia criado e não existiam no estado selvagem.
36 Na resolução do estágio de conflito generalizado é estabelecido o contrato social. Tal contrato é para Rousseau o que forma um povo enquanto tal, sendo precedente a formação do Estado e do governo. Esses são decorrentes da organização e do acordo vigentes na constituição do povo.
37 As leis estabelecidas no contrato social asseguram a liberdade civil através dos direitos e deveres de cada cidadão no corpo político da sociedade. Mas para isso, cada cidadão deve doar-se completamente, submetendo-se ao padrão coletivo.
38 O Estado, tal como é proposto por Rousseau no Contrato Social, assegura a liberdade de cada cidadão através da independência individual privada e da livre participação política.
FRANCIS BACON ( )
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