FILOSOFIA RENASCENTISTA PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL ( )

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1 FILOSOFIA RENASCENTISTA PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL ( )

2 O PENSAMENTO POLÍTICO ANTERIOR A MAQUIAVEL O pensamento político medieval é teocrático. O pensamento político renascentista recusa a ideia de teocracia, mas afirmava que o poder político só seria legítimo e justo se estivesse de acordo com a vontade de Deus e a Providência Divina.

3 SEMELHANÇAS ENTRE OS DOIS ESTILOS DE PENSAMENTO Remetem-se ao ideário cristão. Fundamentam a política em Deus, na Natureza ou na Razão, ou seja, em elementos anteriores e exteriores à política, servindo de fundamentos a ela. Afirmam que a política é a instituição de uma comunidade una e indivisa, cuja finalidade é realizar o bem comum e a justiça.

4 A boa política é feita pela comunidade harmoniosa, pacífica e ordeira. O bom governo depende da ação de um príncipe virtuoso e racional, portador da justiça, da harmonia e da indivisibilidade da comunidade.

5 Um só deus Um só sol Um só pai Um só rei

6 O PENSAMENTO POLÍTICO DE MAQUIAVEL Para formular sua teoria política, Maquiavel partiu da experiência real de seu tempo. Observou, como diplomata e conselheiro dos

7 Governantes de Florença, as lutas europeias de centralização monárquica. Viu a ascensão da burguesia comercial das grandes cidades e a fragmentação da Itália, dividida em reinos, ducados, repúblicas e Igreja.

8 COORDENADAS TEÓRICAS BÁSICAS Concebia o fenômeno histórico como constituído por ciclos: os fatos históricos se repetem, a ordem sucede à desordem. Concebia a natureza humana como egoísta, ambiciosa, ingrata, volúvel, movida pelas paixões e desejos insaciáveis.

9 O CONTRASTE COM O PENSAMENTO TEOLÓGICO E RENASCENTISTA Maquiavel não admitia um fundamento anterior e exterior à política (Deus, Natureza ou Razão). Toda cidade é dividida por dois desejos: o dos grandes de oprimir e comandar e o do povo de não ser oprimido e nem comandado. A cidade é tecida por lutas internas. Assim, não é uma comunidade homogênea nascida da vontade divina, da ordem natural ou da razão humana.

10 Opõem-se ao conceito da boa comunidade política constituída para o bem comum e a justiça. A sociedade é dividida e não pode ser vista como uma comunidade una, indivisa, homogênea, voltada para o bem comum. A política é obra dos conflitos existentes na própria sociedade e a sua finalidade não é, como diziam os pensadores gregos, romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas a tomada e manutenção do poder.

11 AS QUALIDADES DE UM PRÍNCIPE O verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e conservar o poder. O príncipe precisa ter virtú, ou seja, as qualidades para tomar e permanecer no poder, mesmo que use a violência, a mentira, a astúcia e a força. O príncipe não pode ser odiado, mas respeitado e temido.

12 VIRTÙ E FORTUNA A virtù não consiste num conjunto fixo de qualidades morais opostas à fortuna. Virtù é a capacidade do príncipe para ser flexível às circunstâncias, mudando com elas para agarrar e dominar a fortuna. Um príncipe deve mudar com a sorte, deve ser volúvel, inconstante. Dependendo das circunstâncias, será cruel ou generoso, mentirá ou será honrado, deverá ceder à vontade dos outros ou ser inflexível.

13 A fortuna é sempre favorável para quem deseja agarrá-la. É a sorte que se oferece como presente para quem é ousado e está disposto a vencê-la. O ethos ou o caráter do príncipe deve variar com as circunstâncias.

14 AÇÃO POLÍTICA Astúcia e capacidade para adaptar-se às circunstâncias e aos tempos. Não tem nada a ver com as virtudes éticas e morais da teologia cristã.

15 Consiste em ter eficácia prática e utilidade social, ou seja, busca atingir resultados. Secularização da política.

16 LEGITIMIDADE DE UM REGIME POLÍTICO Qualquer regime político será legítimo se não estiver a serviço dos desejos e interesses de um particular ou de um grupo de particulares. Todo regime político em que o poderio de opressão e comando dos grandes é maior do que o poder do príncipe e esmaga o povo é ilegítimo. Para que um governo seja legítimo, o poder do príncipe deve ser superior ao dos grandes e estar a serviço do povo.

17 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE As relações de poder não são devidamente compreendidas se não forem referidas à dimensão imaginária da política. Isto significa que aquele que exerce o poder (o príncipe) deve levar em consideração, no exercício de seu governo, o impacto que sua imagem exerce sobre aqueles que governa. Esta é, certamente, uma máxima prudencial conhecida muito antes de Maquiavel

18 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE A república, para Maquiavel, é a única forma de organização política na qual os homens encontram a liberdade política. Isso porque a república implica, por um lado, a não dominação dos cidadãos por um grupo em especial ou por um único homem (todos estão submetidos à lei). Por outro lado, a república corresponde a uma forma de associação política na qual os cidadãos se veem na necessidade de participar mais ou menos ativamente da vida pública, isto é, os cidadãos exercem efetivamente o poder. Mas é preciso lembrar que o desejo de liberdade não é um desejo natural, o que quer dizer que Maquiavel o compreende como um desejo político, que se constitui no âmbito da vida política.

19 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE Em princípio, ele é reativo, isto é, ele é um desejo (típico daqueles que Maquiavel chama de povo ) de não ser dominado pelos homens que têm proeminência e que desejam dominar (que Maquiavel chama de grandes ). Porém, o desejo de liberdade ultrapassa o limite de uma categoria de cidadãos (o povo ), uma vez que ele pode coincidir com o bem comum, isto é, estar livre da opressão e viver sob leis. É esta capacidade de universalização do desejo de liberdade que o transforma no desejo político por excelência e que permite compreender por que a república é a única forma de associação política capaz de satisfazê-lo.

20 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE Esta concepção de liberdade pública conserva sua atualidade pela seguinte razão: podemos facilmente ver que os conflitos entre diferentes interesses caracterizam a arena pública e podemos igualmente ver que a liberdade política não decorre de sua supressão, mas de nossa capacidade, como cidadãos, de absorvê-los e subordiná-los ao bem comum.

21 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE Como afirma o capítulo XII de O Príncipe, um dos alicerces do domínio político são as armas; logo, a força. Porém, é necessário lembrar que as armas não esgotam o tema da força. O capítulo XVIII de O Príncipe destaca duas formas de combate político : a forma humana (as leis) e a forma bestial (a força). Daí é possível seguir duas séries de considerações: a primeira nos faz entender que a força está integrada à vida política como um dos aspectos da ação. Nesse sentido, não é razoável para Maquiavel acreditar que o campo da política seja essencialmente o domínio da harmonia, da concórdia e do consenso.

22 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE O pensamento de Maquiavel deixou marcas profundas na reflexão política ocidental. Sob diversos aspectos, ele pode ser considerado um precursor, dando, pela primeira vez, um tratamento conceitual a temas tão importantes quanto o do conflito político, o da revolução, o da aparência, etc. Além disso, vale a pena notar que Maquiavel se recusa a enquadrar a política em um esquema normativo. Esta é a origem da rotulação de sua obra como realista, o que é pertinente em certo sentido. Entretanto, o que me parece fundamental é que Maquiavel assume, com muita coragem, os riscos de pensar a política sem qualquer referência a fatores transcendentes.

23 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE Por esse motivo, seu pensamento se alimenta das (e está também exposto às) instabilidades do campo político que examina. Seu pensamento não é uma obra acabada, sistemática, não oferece um saber seguro sobre a ação política de modo a proporcionar àquele que o conhecesse o êxito duradouro. Pelo contrário. Ao incorporar como um dos conceitos fundamentais de sua reflexão a noção de Fortuna, Maquiavel conserva, no interior de sua própria filosofia política, a incerteza e o inacabamento da ação política.

24 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE A corrupção é uma possibilidade da vida política que jamais será totalmente eliminada. Toda e qualquer comunidade política é sujeita à corrupção porque os tempos e as circunstâncias mudam, o que a leva a perder sua força e vitalidade originárias. É importante colocar o problema nesses termos para evitar o tratamento exclusivamente moral do problema da corrupção política. Não há dúvidas de que a corrupção, entendida como ação criminosa realizada individualmente ou em grupo, e na qual o interesse coletivo é preterido tendo em vista o interesse privado, é um problema político grave.

25 MAQUIAVEL POR HELTON ADVERSE Contudo, um pensador como Maquiavel nos ajuda a entender as causas profundas da corrupção, e elas não são encontradas na suposta natureza egoísta do homem, muito menos na maldade intrínseca a determinados grupos sociais. A corrupção, para Maquiavel, é um problema que concerne a todo o corpo político: ela assinala a incapacidade dos cidadãos (em geral) de encontrar ou manter a forma política adequada a seus anseios. Consequentemente, a corrupção tem de ser referida à história política de um povo, na qual será possível aferir o grau de comprometimento que o vincula a suas instituições, ao mesmo tempo que evidencia a qualidade política dessas mesmas instituições. Se dirigirmos nossa atenção para o atual problema da corrupção, poderemos então nos perguntar se ele não indica a limitação de nossas instituições políticas, sua incapacidade de assegurar uma participação política mais efetiva e fomentar um engajamento político mais consistente.

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