UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O MERCADO DE DERIVATIVOS NO BRASIL Por: Silvia de Souza Lapa Orientador Prof. Ana Cláudia Morrissy Rio de Janeiro

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O MERCADO DE DERIVATIVOS NO BRASIL Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Finanças e Gestão Corporativa Por: Silvia de Souza Lapa 2

3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por ter me possibilitado realizar mais essa conquista e também a minha família e amigos pelo apoio, carinho e paciência em todos os momentos da minha vida. 3

4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho a todos que tem interesse pelo mercado financeiro e que sonham em um dia serem investidores de sucesso. 4

5 RESUMO Levando-se em conta o estágio atual da globalização e o crescimento da utilização de derivativos pelo mercado financeiro, o presente trabalho visa descrever sobre a história, o funcionamento, as características e utilização dos principais derivativos pelas empresas nacionais e analisar a viabilidade de um investidor comum emergir neste mercado. Trata-se de um mercado complexo e por isso pouco acessível ao investidor comum, dito pessoa física. Porém a Bovespa tem se colocado cada vez mais a disposição do investidor com cursos, palestras, feiras e orientações aos interessados em entender o modus operandi da bolsa de valores. Esse trabalho tem entre seus objetivos instigar esse investidor a buscar conhecer o mercado. 5

6 METODOLOGIA A metodologia utilizada engloba o tipo de pesquisa exploratória, observação sistemática (ou planejada) e método hipotético-dedutivo como explicado a seguir: Pesquisas exploratórias têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos, com vistas à formulação de problemas ou hipóteses pesquisáveis. Apresentam menor rigidez no planejamento. Este tipo de pesquisa é realizado especialmente quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular sobre ele hipóteses precisas e operacionalizáveis. O produto final deste processo é um problema mais esclarecido, passível de investigação mediante procedimentos sistematizados (GIL, 1991). A observação sistemática (ou planejada): requer um planejamento prévio para seu desenvolvimento. É estruturada e realizada em condições controladas, com objetivos e propósitos previamente definidos. Método hipotético-dedutivo: inicia-se pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos, formula-se uma hipótese e, pelo processo dedutivo, testa a predição da ocorrência de fenômenos. Diversas fontes de pesquisas foram utilizadas, tais como pesquisa bibliográfica, pesquisa na internet, pesquisa de outros trabalhos com mesmo tema, e todas elas estarão relacionadas nas bibliografias (citada e consultada). 6

7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - Surgimento e Definição de Derivativos 10 CAPÍTULO II - Participantes dos Mercados Derivativos 17 CAPÍTULO III Os Tipos de Derivativos 23 CAPÍTULO IV Derivativos no Mercado Brasileiro 30 CONCLUSÃO 36 ANEXOS 38 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 44 ÍNDICE 46 7

8 INTRODUÇÃO O investidor brasileiro é em sua maioria conservador. Isso não ocorre apenas por ser avesso ao risco ou porque a taxa de juros básica brasileira selic é alta é por isso pode-se contentar com investimentos de baixo ou nenhum risco (fundos DI e poupança, por exemplo), logo de pouco retorno. O investidor brasileiro é conservador por não conhecer bem o mercado e suas diversas opções de investimento. Recentemente, pode-se dizer, de uns 10 anos para cá, o investidor brasileiro começou a descobrir a bolsa de valores e o grande interesse da maioria sempre foi o mercado a vista, ou seja, a compra e venda direta de ações. Alguns investimentos, até por conta de sua natureza mais complexa permanecem pouco acessíveis ao investidor comum, ou investidor dito pessoa física. O mercado de derivativos se enquadra neste perfil, apesar de seu crescimento nos últimos anos. Este trabalho tem como objetivo tratar sobre o mercado de derivativos brasileiro contando um pouco de sua história, relatando suas principais características e tipos de contratos no mercado atual, bem como informar que produtos financeiros e agropecuários se encontram disponíveis para negociação atualmente na Bovespa - BM&FBOVESPA. O trabalho está dividido em quatro capítulos. Os assuntos acima descritos serão apresentados nos quatro capítulos conforme a seguir: O capitulo I conta um pouco da historia dos derivativos, sua origem através de fatos importantes que culminaram com seu aparecimento. Em seguida são apresentadas diversas definições da expressão derivativos encontradas em livros e sites o que pretende mostrar como tal conceito não é trivial. 8

9 O segundo capitulo vem apresentar ao leitor os participantes do mercado de derivativos, o Hedger, o Especulador, o Arbitrador e o Market Maker e sua forma de atuar neste mercado. O terceiro capítulo traz os principais tipos de mercados derivativos que são, a termo, futuro, de opções e swaps Neste capítulo abordaremos as características e especificidades de cada um desses mercados e como foram surgindo um a partir do outro conforme as necessidades mercadológicas surgiam. O quarto capítulo visa apresentar ao leitor que derivativos agropecuários e financeiros, tais como boi, café, açúcar, soja; e ouro, índices, taxas de juros, taxas de cambio; respectivamente. Ainda será comentado sobre o simulador do site da bovespa para investidores inicientes. Após os quatro capítulos é apresentada a conclusão do trabalho seguido da bibliografia e anexos. 9

10 CAPÍTULO I SURGIMENTO E DEFINIÇÃO DE DERIVATIVOS Viver é melhor que sonhar Sobre o Surgimento - Historia até os dias atuais Para falar sobre derivativos recorremos inicialmente as operações com commodities que já existem desde a Idade Antiga e se expandiram pela idade média. Não há unanimidade entre os autores sobre essa questão. Alguns consideram que surgiu na China antiga, com a negociação de commodities básicas, outros consideram que foi na idade média, com a especialização do comércio e outros, que foi na Europa com o aparecimento das swaps e a necessidade de proteção contra o risco de oscilação das moedas. (Silva Neto 2002) Porém pode-se considerar que o termo derivativo como vem sendo utilizado nos dias atuais começa a aparecer de fato no inicio da década de 1970 com o advento das swaps. (Bessada 2003) Os anos 1970, especialmente sua primeira metade, foram marcados por fortes mudanças no contexto internacional. O sistema de cambio mundial se tornou mais livre, o que ocasionou grandes alterações nas paridades das moedas. Isto teve como conseqüência fortes oscilações nas taxas de juros gerando aumento de risco para investidores e para as políticas econômicas dos países. (Silva Neto 2002) Com as crises do petróleo nas décadas de 70 e 80, os governos e empresas se vêem obrigados a repensarem suas estratégias, mercados e produtos. As fortes oscilações no preço da energia fizeram com que percebêssemos que estávamos cada dia mais expostos a riscos inesperados. (Silva Neto 2002) 10

11 Foi o inicio de uma nova era, um caminho que, pode-se dizer, foi praticamente sem volta. A informação passa a se tornar commodity. A comunicação e informática iniciam um movimento de desenvolvimento inédito até então e acabam por diminuir o tamanho do planeta. Começa-se a testemunhar o processo cada vez mais intenso de internacionalização das grandes empresas, que aumentavam os investimentos e buscavam mercado e produção fora do eixo Europa Estados Unidos, muito em função dos grandes berços consumidores na Ásia e América do Sul e da mão-de-obra barata encontrada nestes continentes. Um dos grandes beneficiados por esse movimento foi o Brasil que pela primeira vez recebe muito dinheiro e altos investimentos diretos. Foi a época nomeada de milagre econômico. Porém, nos anos 80 esses investimentos diminuem no Brasil e são pesados na região conhecida como Tigres Asiáticos. Com isso, nessa década, a concorrência mundial começa a ficar bastante acirrada. Os países se rendem às leis de mercado e as empresas tradicionais começaram a perder espaço para novas empresas oriundas em sua maioria da Ásia. Diante de todas essas mudanças, o grande empresário se vê obrigado a tornar-se cada vez mais competitivo e eficiente. Seu nicho de mercado até então cativo estava sendo conquistado e isso abalava sua segurança. Essas mudanças não podiam deixar de englobar o mercado financeiro, com destaque para os bancos. As taxas de juros eram cada vez mais voláteis e o capital vivenciava uma mobilidade imensa, tornando-se sem pátria. O mercado cambial também entra nesse circo. Em 1971 cai o acordo de Bretton Woods que havia sido firmado em 1944 e que ligava as principais moedas mundiais ao dólar que possuía paridade fixa com o ouro. 11

12 É então estabelecido um novo padrão, Smithsonian Agreement que dura somente até 1973, pois falha em seu objetivo principal que era de estabilizar o mercado de cambio mundial. Este previa que o preço do ouro poderia variar em função do dólar americano mantendo sua conversibilidade para o metal. Outros muitos acordos e tratados são feitos pelos os países desenvolvidos ao longo dos anos na tentativa de estabilizar o cambio. Todos tem curta duração. O mercado parece estar comprovando que os bancos centrais dos países desenvolvidos já não possuem o controle de suas moedas. Já estamos na década de 90 onde, pode-se dizer que, é um mercado definitivamente globalizado, ou como dizem os economistas as leis de oferta e demanda, quem define os níveis das taxas de cambio a curto e médio prazo. Os participantes desse mercado são gigantes. Fundos de pensão e fundos administrados possuem um poder nunca antes imaginado. Muitos detêm um patrimônio de vários bilhões de dólares que se encontram espalhados pelo mundo, inclusive no Brasil e em diversas moedas. Na nova realidade mundial, barreiras, proteções e reservas de mercado não dependem apenas de governos, visto que as economias, especialmente dos países desenvolvidos, estão irreversivelmente abertas. Em funçao dessa reorganização da economia mundial que tem inicio nos primeiros anos da decada de 70 e que perdura até os dias atuais, os consumidores de serviços bancários fossem pessoas físicas ou jurídicas passam a demandar meios mais eficientes de financiamento e, principalmente, proteção para seus investimentos. Isso implica em maior expertise financeira por parte dos bancos. 12

13 A partir de então testemnunha-se o surgimento de diversos papeis e serviços financeiros, tais como petrodolares, eurodolares, euronotes, project finance, engenharia financeira, entre outros. Era o momento propicio para a criaçao de novos produtos e soluçoes financeiras. O capital fluia de modo rápido e eficiente em busca do menor risco e maior retorno. Os paises desenvolvidos e seus bancos centrais assistem impotentes sua moeda valorizar-se ou desvalorizar-se com uma velocidade incrivel. O que significa aumento de volatilidade, ou seja, aumenta a necessidade de garantias e coberturas de risco. Diante desse cenario e com objetivo de atender as demandas das empresas, surgem os primeiros derivativos de balcão, ou swaps, como ficaram mais conhecidos. Os swaps (em português, "permuta") são operações em que há troca de posições quanto ao risco e rentabilidade, entre investidores. 1.2 Definição Nos depararemos a partir de agora com uma tarefa dificil, que é encontrar uma boa definição para derivativos. Muitas definições são encontradas como veremos a seguir. Porém por experiencia sabe-se que sempre que existem muitas definições de um mesmo termo é porque nenhuma delas atende ao objetivo fim que é dar a real compreenção por detras do termo. (Silva Neto 2002) sites: A seguir algumas das diversas definições encontradas em livros e Derivativos são instrumentos financeiros que têm seus preços derivados (daí o nome) do preço de mercado de um bem ou de outro instrumento financeiro. Por exemplo, o mercado futuro de petróleo é uma modalidade de derivativo cujo preço é referenciado dos negócios realizados no mercado à vista de petróleo, seu 13

14 instrumento de referência. No caso de um contrato futuro de dólar, ele deriva do dólar à vista; o futuro de café, do café à vista, e assim por diante. Origem: BMF Bovespa Os derivativos são intrumentos financeiros sem valor próprio. Eles tem esse nome por derivarem seu valor do valor de algum outro ativo, exatamente o motivo pelo qual servem tão bem para limitar o risco de flutuações inesperadas de preços. Eles limitam o risco de posse de coisas como arrobas de trigo, franco francês, titulos governamentais e ações ordinárias em suma, qualquer ativo cujo preço seja volátil. O uso de derivativos surgiu da necessidade de reduzir a incerteza. (Seixas Silva 2009) Derivativo é um contrato no qual se estabelecem pagamentos futuros, cujo montante é calculado com base no valor assumido por uma variável, tal como o preço de um outro ativo (e.g. uma ação ou commodity), a inflação acumulada no período, a taxa de câmbio, a taxa básica de juros ou qualquer outra variável dotada de significado econômico. Derivativos recebem esta denominação porque seu preço de compra e venda deriva do preço de outro ativo, denominado ativo-objeto. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Portanto, os contratos chamados derivativos dependem da existencia de outro contrato ou ativo ativo objeto de referencia. Os contratos derivativos só existem porque há a possibilidade de o preço da mercadoria à vista (ação, grãos, taxas e índices) variar. Caso o mercado à vista deixe de existir ou de ser negociado livremente, o derivativo perde a razão de ser. 14

15 No Brasil as debêntures conversíveis são bem comuns e servem como um exemplo para essas definições. Uma debênture pode ser considerada um tipo de derivativo quando possui opções de conversão ou indexação. O fator de conversão comporta-se como uma opção, conferindo a esse valor mobiliário uma característica especial. (Silva Neto 2002) Um aspecto importante é que só podem existir derivativos sobre ativos e mercadorias que possuem seu preço de negociação livremente estabelecido pelo mercado. Mercadorias que possuem controle de preços, onde não há risco ou não há interesse por parte de um ou mais participantes do mercado para que seu preço seja livre e transparente, não se prestam a serem referencias para contratos derivativos. (Bessada 2003) Na prática, os derivativos são transações no mercado de futuros, a termo, swaps e opções, ou seus assemelhados. Uma opção da Petrobrás, por exemplo, negociada em bolsa de valores, depende do valor físico da ação negociada no pregão. O contrato futuro de Índice Bovespa negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) tem seu preço formado com base no valor da carteira do índice de ações da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O preço do dólar futuro depende do valor do dólar à vista. E assim por diante. (Bessada 2003) Os contratos derivativos são geralmente agrupados em quatro categorias, com base nos instrumentos a partir dos quais derivam. São eles: Taxa de juros, Taxa de câmbio, Commodities e Contratos de ações. Visivelmente, a definição de derivativos não é tão simples. No Brasil temos uma questão adicional à definição que é o próprio nome. Uma vez que o nome derivativo é oriundo do inglês derivative, a tradução para o português, ao pé da letra seria derivado e não derivativo. Tal qual em Portugal é chamado de derivados financeiros. Porém, o termo derivativo ficou mais difundido e é o usualmente utilizado mesmo podendo não ser o mais correto. (Bessada 2003) 15

16 Finalmente, observamos que, os derivativos são instrumentos que acompanham a historia da comercilaização de bens há bastante tempo.tem, em sua origem, a finalidade de ser um facilitador das trocas e do comercio de mercdorias. Desde seu surgimento já era capaz de diminuir ou diversificar o risco de preços. Por conta das mudanças dramaticas que vive a humanidade nas últimas decadas, conforme elencamos anteriormente alguns dos principais aspectos, esse instrumento ganha força e notoriedade. E passa a ser largamente utilizado pelas empresas para gerenciar os riscos de preços de mercadorias, matérias-primas e, acima de tudo, de taxas de cambio e de juros. Muitos são os tipos de derivativos e de mercados em que são negociados. Nos próximos capitulos abordaremos cada um deles, suas aplicaçoes, precificação e os riscos envolvidos. 16

17 CAPÍTULO II PARTICIPANTES DOS MERCADOS DERIVATIVOS Com o desenvolvimento do mercado de derivativos surgiu-se a necessidade de especialização de seus participantes, que por sua vez, foram classificados conforme seu relacionamento com o produto objeto do contrato. Ou seja, uma operação com derivativos pode ter diferentes objetivos, mas os quatro principais são: proteção, especulação, arbitragem e formação de mercado. A seguir entenderemos cada um deles: 2.1 Hedger Os indivíduos ou empresas (agentes econômicos) que pretendem se proteger dos riscos derivados das flutuações nos preços de commodities, taxa de juros, moedas estrangeiras são os chamados hedgers. Sua função, sendo assim, é administrar o risco. (Bessada 2003). Proteção (Hedge): é como se fosse um seguro de preço. Objetiva proteger o participante do mercado físico de um bem ou ativo contra variações adversas de taxas, moedas ou preços. (Bovespa) Pode-se defini-lo como detentor de contratos a termo ou a futuro. Faz isso para se garantir de eventuais oscilações no preço do ativo objeto do contrato. Sua atividade econômica principal está diretamente relacionada com a produção ou o consumo da mercadoria. O hedge abre mão de possíveis ganhos futuros para não incorrer em perdas futuras. Alguns exemplos seriam uma torrefadora de café que vende contratos a termo para garantir o preço de sua mercadoria, um produtor de soja que compra soja futuro para garantir o preço de sua matéria-prima, ou um banco que compra ienes para pagamento de uma divida a vencer. 17

18 A operação de hedge pode ser feita tanto na compra quanto na venda de um derivativo. O produtor de soja pode hedgear sua posição tanto comprando quanto vendendo contratos futuros de soja. Estando com o estoque baixo, irá comprar contratos de liquidação futura para garantir seu preço de reposição. Estando com os armazéns lotados, poderá vender soja a futuro, assim se protege de possíveis perdas de valor da mercadoria que esta em seu poder. À medida que ela vai vendendo o produto, vai diminuindo sua posição no mercado de derivativos para não ficar com mais hedge do que precisa, pois o hedge pode ser dinâmico, ou seja, alterado ao longo do tempo conforme as circunstancias do mercado. Vendendo a soja a futuro, a empresa fica coberta de uma eventual queda no preço do bem. Se o preço da soja sobe, ela realizará perda nos contratos futuros, perda essa que será compensada na venda direta do produto, pois este sofreu aumento de preço. Dessa forma, a empresa garante sua margem de lucro independentemente do que acontece com o preço do seu produto. Logo, para saber se uma empresa assume a posição de hedge em derivativo quando ela opera nos mercados futuros não basta saber sua atividade principal, é necessário também saber como esta sua produção e seu estoque. (Silva Neto 2002) O objetivo econômico do hedge é transferir risco para um agente econômico em particular, o especulador. Este se dispõe a assumir riscos por conta da expectativa de retorno, como veremos a seguir. (Bessada 2003) 2.2 Especulador Os agentes econômicos, pessoas físicas ou jurídicas, dispostos a assumir riscos das variações de preços, motivados pela possibilidade de ganhos financeiros, são conhecidos como especuladores. Sua presença no 18

19 mercado é de suma importância, pois estes que se dispõem a assumir os riscos dos hedgers. (Bessada 2003) Especulação: o mesmo que tomar uma posição no mercado futuro ou de opções sem uma posição correspondente no mercado à vista. Nesse caso, o objetivo é operar a tendência de preços do mercado. (Bovespa) Nos mercados futuros a participação dos especuladores é estimulada uma vez que ele é responsável pela formação futura dos preços dos bens, ou seja, projeção de preços. Sem eles, as duas funções básicas dos mercados futuros - transferência de riscos e visibilidade de preços - seriam inviabilizadas. (Bessada 2003) Além destas, outra importante função dos especuladores é contribuir para a liquidez do mercado. Suas atividades aumentam muito o volume das transações nos mercados de derivativos, dando liquidez aos contratos. (Bessada 2003) Como estão assumindo riscos, irá buscar o maior numero de informações possíveis sobre o bem que está negociando, compondo, com isso, suas expectativas futuras sobre o comportamento dos preços. Ele é responsável pela transparência de preços e informações no mercado. Quanto maior for o numero de especuladores que operam em determinado segmento, maior será a transparência de preços para aquele produto. (Silva Neto 2002) O especulador é uma pessoa ou empresa cuja atividade principal não está relacionada com o bem objeto do contrato de derivativo. Este está disposto a assumir posições no mercado a fim de ficar exposto ao risco de oscilação de preços. O especulador assume hoje o risco de perdas futuras na esperança de auferir ganhos futuros. Sem ele, o hedger não teria a quem repassar seu risco. (Silva Neto 2002) 19

20 Diferentemente do que muitos acreditam o especulador não é nocivo ao mercado, exatamente ao contrário, ele é bastante necessário. Um produtor agrícola quando planta uma semente, planta um risco. Risco de perder a safra, ou desta não dar preço na hora da venda, enfim, a atividade econômica gera risco, isso é inevitável. Quando um hedger não quer correr risco deve encontrar alguém que queira e este é o especulador. (Silva Neto 2002) O que ocorre comumente é confusão entre o especulador e o manipulador Este quer provocar distorções artificiais nos preços dos contratos para obter lucros fáceis. Enquanto o primeiro é imprescindível ao funcionamento do mercado, o segundo é um predador e deve ser eliminado. Os manipuladores são nocivos a qualquer sistema de negociação, uma vez que minam a confiança que os participantes depositam nos contratos. As bolsas e autoridades possuem regras bastantes severas para evitar essas praticas. Os especuladores não têm intenção de receber ou entregar a mercadoria/ativo. Usualmente liquidam sua posições por diferença financeira e normalmente antes do vencimento do contrato. Utilizam com muita freqüência as operações de day trade, que consiste em comprar e vender sua posição no mesmo dia. (Bessada 2003) 2.3 Arbitrador Os arbitradores são outros integrantes importantes do mercado e formam assim o terceiro grupo de participantes dos mercados futuros e de opções. Como o valor de um contrato futuro de um bem tem relação direta com o preço atual da mercadoria, quando essas relações são quebradas um grupo opera simultaneamente no mercado a vista daquela mercadoria e no mercado de liquidação futura para ganharem dinheiro quando a relação entre os preços à vista e futuro for retomada. São os arbitradores. (Silva Neto 2002) 20

21 Arbitragem: significa tirar proveito da diferença de preços de um mesmo produto negociado em mercados diferentes. O objetivo é aproveitar as discrepâncias no processo de formação de preços dos diversos ativos e mercadorias e entre vencimentos. (Bovespa) O arbitrador é um participante que assume pouco risco e opera em mais de um mercado ao mesmo tempo para ganhar em cima das distorções dos preços relativos. São os responsáveis pelo estabelecimento de preços futuros e pela manutenção de uma relação entre preços futuros e a vista. (Silva Neto 2002) Costumam ser grandes bancos com fonte de financiamento barato ou grandes empresas que trabalham com o produto objeto do derivatvo e que tem facilidade de negociá-lo no mercado a vista. Uma empresa com todo perfil para ser hedge pode operar como arbitrador em determinado mercado, se valendo de seu estoque e de uma distorção na relação entre os preços à vista e futuro. 2.4 Market Maker Os market makers ou também chamados especialistas são, usualmente, bancos e corretoras que operam em determinado mercado, carregando posições próprias (investindo seu próprio capital), e que se especializam em determinados produtos e papeis. Tais participantes têm algumas vantagens sobre os demais, como reduzido custo operacional e preferência em qualquer negócio. (Silva Neto 2002) Por conseguinte são obrigados a oferecer preço de compra e venda para o produto em que se especializaram. Preços esses que seguem regras estabelecidas pela bolsas, não podendo ultrapassar um determinado spread 21

22 (diferença entre compra e venda, quase como lucro). Esses preços ajudam as bolsas a analisarem os riscos das operações do sistema. Formação de Mercado: formador de mercado, agente de liquidez, facilitador de liquidez, promotor de negócios, especialista, market maker e liquidity provider são algumas designações atribuídas àqueles que se propõem a garantir liquidez mínima e referência de preço para ativos previamente credenciados, fatores de destaque na análise da eficiência no mercado de capitais. (Bovespa) A atuação destes especialistas no mercado garante boa liquidez ao produto negociado, alem de ajudar na formação de seu preço. Quando um especialista atua em uma ação, negociada em bolsa de valores, ele não pode manter vínculos com a empresa que opera. No entanto se torna um especialista naquele papel. Na BM&FBOVESPA, o papel de Formador de Mercado pode ser desempenhado por corretoras, distribuidoras de valores, bancos de investimento ou bancos múltiplos com carteira de investimentos, que, ao se credenciarem para exercer essa função, assumem a obrigação de colocar no mercado, diariamente, ofertas firmes de compra e de venda para uma quantidade de ativos predeterminada e conhecida por todos. Ao registrar ofertas, o Formador de Mercado proporciona um preço de referência para a negociação do ativo. E essa é uma tarefa importante porque envolve prévio conhecimento da empresa, atualização constante sobre suas condições econômicofinanceiras, acompanhamento do valor de seus ativos e também de perspectivas no longo prazo, fatores essenciais para o estabelecimento de um preço justo, resultado de um extenso trabalho de relacionamento e análise. (Bovespa) 22

23 CAPITULO III OS TIPOS DE MERCADOS DERIVATIVOS Como anteriormente mencionado, no início do desenvolvimento dos mercados financeiros, os derivativos foram criados como forma de proteger os agentes econômicos (produtores ou comerciantes) contra os riscos decorrentes de flutuações de preços, durante períodos de escassez ou superprodução do produto negociado, por exemplo. Segundo Moraes, atualmente, no entanto, a ideia básica dos agentes econômicos, ao operar com derivativos, é obter um ganho financeiro nas operações de forma a compensar perdas em outras atividades econômicas. Desvalorização cambial e variações bruscas nas taxas de juros são exemplos de situações que já ocorreram na economia, nas quais os prejuízos foram reduzidos ou até se transformaram em ganhos para os agentes econômicos que protegeram os seus investimentos realizando operações com derivativos. O mercados de derivativos é dividido em quatro tipos: a termo, futuro, de opções e de swap. A seguir abordaremos as particularidades de cada um desses contratos. 31. Contratos a Termo: São contratos onde comprador e vendedor se comprometem a comprar ou vender, em data futura, certa quantidade de um bem (mercadoria ou ativo financeiro), a um preço fixado na própria data da celebração do contrato. A data de realização do negócio e a realização são pré-estabelecidas para uma data futura. Os contratos a termo somente são liquidados integralmente na data de vencimento, podendo ser negociados em bolsa e no mercado de balcão. (Bovespa) 23

24 Um contrato termo pode ser conceituado como uma espécie de promessa de compra e venda, em que as partes contratantes especificam o objeto do contrato e seu volume, estipulam o preço assim como estabelecem sua data de entrega, que coincide com o pagamento. (Bessada 2003) Os contratos a termo sofrem de algumas limitações a seguir: a) inexistencia de mercado secundário onde a promessa de compra e venda possa ser negociada; b) dificuldades de compradores e vendedores com necessidades opostas se encontrarem; c)risco de uma ou outra parte não cumprir o compromisso assumindo na data do venciento. 3.2 Contratos Futuros: São contratos onde se estabelecem a compra e venda de um ativo a um dado preço, em data futura. O comprador ou vendedor se compromete a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado, num momento futuro. No mercado futuro, os compromissos são ajustados diariamente às expectativas do mercado referentes ao preço futuro do bem, por meio do ajuste diário (mecanismo que apura perdas e ganhos). Os contratos futuros são negociados somente em bolsas. (Bovespa) O mercado futuro é uma sofisticação moderna do mercado a termo, que foi o mercado pioneiro am trabalhar cm preços preestabelecidos no futuro. Um contrato futuro nama mais é do que um contrato a termo padronizado, onde são especificados o bem, seu volume, a data de liquidação e da entrega, especificações essas que são estabelecidas pelas bolsas de futuros. (Bessada 2003) Quando é fechado um negocio no mercado futuro, as partes não se relacionam mais entre si. A camara de compensação da bolsa assume a parte 24

25 oposta, seja em relaçõ ao comprador, seja em relação ao vendedor. Desta maneir, tanto para compradores como para vendedores, a credibilidade da parte oposta não é levada em consideração, diferente do que ocorre nos contratos a termo. (Bessada 2003) Segundo Bessada a padronização tem como objetivo conferir ao contrato futuro liquidez maior que o contrato a termo, dando-lhe negociabilidade, o que facilita a sua transferencia entre os diferentes participantes do mercado, permitindo ampliar ou encerrar antecipadamente os compromissos assumidos mediante operações de natureza inversa. (Bessada 2003) Tal padronização constitui como caracteristica basica que confere aos mercados futuros a propriedade de instrumentos de transferencia de risco. Com efeito que a maioria das transaçõescom contratos futuros é realizada com esse fim. Deste modo, se observa que o percentual de contratos liquidados pela entrega física da mercadoria no vencimento é baixo. A grande maioria das operações de contratos futuros é liquidada por diferena (realização de operação oposta). Em alguns contratos, como o futuro do indice de açoes e de outros futuros financeiros modernos, a liquidação de posições futuras feitas por diferença corresponde a totalidade dos casos. De acordo com Bessada, pode-se concluir que, na prática, não são negociados produtos ou ativos nos mercados futuros, e sim, riscos de preços. De um lado, os hedgers que procuram se defender de oscilações imprevistas de preços de seus produtos ou ativos e de outro os especuladores, que compram o risco dos hedgers, confiantes em sua capacidade de prever o comportamento futuro dos preços. Nos mercados futuros, e isso vale a pena ser ressaltado, os individuos que assumem riscos são aqueles que estão dispostos a fazê-lo. Quando da ausencia desses mercados, os agentes economicos, dentre eles, 25

26 um produtor de uma determinada mercadoria, um exportador, instituições financeiras que emprestam e que carregam titulos governamentais em suas carteiras, ficariam vulneraveis aos riscos das oscilaçoes dos preços e das taxas de juros, o que na prática os tornaria especuladores compulsórios, pois não teraim no mercado qualquer chance de defesa. 3.3 Contratos de Opções: São contratos que dão a compradores ou vendedores o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender o ativo relacionado, em um data futura (data do vencimento da opção), por um preço preestabelecido (o preço de exercício da opção). Tal como num contrato de seguro, o comprador deve pagar um prêmio ao vendedor. Diferentemente dos futuros, o detentor de uma opção de compra (call option) ou de venda (put option) não é obrigado a exercer o seu direito de compra ou venda. Opções do tipo americano podem ser exercidas a qualquer momento, até a data de vencimento; opções do tipo europeu só podem ser exercidas na data de vencimento do contrato. Caso não exerça seu direito, o comprador perde também o valor do prêmio pago ao vendendor. (Bovespa) O mercado organizado de opções existe no Brasil desde Foi inicialmente implantado pela Bolsa de Valores de São Paulo, com opções de compra coberta, ou seja, com o depósito do título objeto da operação na bolsa de valores. Mais tarde, passaram a ser permitidas operações de compra a descoberto, quer dizer, sem o depósito do título objeto da operação na bolsa de valores, daí passou-se a exigir depósito de margem de garantia. O contrato de opções pode ser considerado como uma evolução ou uma ramificação dos contratos futuros das commodities mais negociadas e sua operação e regulação se dão igualmente pelas bolsas de futuros ou bolsa de valores, nas opçoes de açoes. (Bessada 2003) 26

27 No mercado de opções não se negocia os produtos (títulos ou ativos objeto), tais como ações, puro, dolar, etc, e sim o direito sobre ele. Opção é o direito de uma parte comprar ou vender à outra parte, até uma data estipulada, uma quantidade do título objeto a um preço preestabelecido. Logo, a opção é um instrumento que dá a seu comprador, chamado de titular, um direito futuro sobre um título, mas não uma obrigação; e dá a seu vendedor, chamado de lançador, uma obrigação futura, caso solicitado pelo comprador da opção. Desta forma, neste tipo de contrato, uma parte tem o direito o comprador -, mas não a obrigação, e a outra parte - o vendedor só tem obrigação e, por assumir esta obrigação, recebeu um premio. As opções estão entre os derivativos mais populares e, sobre estas, existem diversos modelos teóricos de valorização. Dentre estes modelos, um dos mais difundidos é o Modelo de Black & Scholes, publicado por Robert C. Merton e denominado em honra a Fischer Black e Myron Scholes, cuja formulação rendeu o Nobel de Economia aos seus autores, Merton e Scholes (Black já tinha falecido quando o prêmio foi dado). Os mercados futuros e de opções são extremamente importantes no mercado financeiro. Utilizados por hedgers, especuladores e arbitradores, a sua formação de preços deriva de mercadorias e de ativos financeiros. (Wikipedia) Como já mencionado na definição inicial, as opções são normalmente classificadas em dois estilos, europeias e americanas. As opções americanas podem ser exercidas a todo momento, até a data de vencimento; já as europeias só podem ser exercidas na data de vencimento do contrato. A grande maioria das opções negociadas em bolsa é do estilo americano. No entanto, as opções europeias são mais simples de se analisar. De acordo com Bessada, no Brasil, as opções de venda são do estilo europeu e, assim, pouco negociadas, enquanto as de compra que representam quase a totalidade do mercado são do estilo americano. 27

28 O mercado de opções possibilita uma grande alavancagem de posição. Como, de modo geral, os premios tem valor bem menor que os preços dos ativos referenciados, é possivel comprar e vender grandes posições do bem objeto da opção. Em contrapartida, o risco também aumenta Swaps São contratos que determinam um fluxo de pagamentos entre as partes contratantes, em diversas datas futuras. Negocia-se a troca (em inglês, swap) do índice de rentabilidade entre dois ativos. Por exemplo: a empresa exportadora A tem uma dívida cujo valor é corrigido pela inflação e prevê que terá dólares em caixa. Portanto, ela pode preferir que sua dívida seja atualizada pela cotação do dólar. Já a empresa B, que só vende no mercado interno, tem um contrato reajustado em dólar, e pode preferir usar outro indexador, tal como a taxa de juros. Então, A e B, interessadas em trocar seus respectivos riscos, poderiam firmar um contrato de swap (diretamente ou mediante a intermediação de uma instituição financeira). O swap, no entanto, implica um certo risco. Variações inesperadas nos indexadores das dívidas podem eventualmente prejudicar um dos signatários, prejudicando o outro. Tal como a operação a termo, a operação de swap é liquidada integralmente no vencimento. (Bovespa) Segundo Bessada, operaçõs de swaps consistem resumidamente, na troca de posições em determindos índices entre dois agentes economicos. Estes, por meio de um contrato de swap, estipulam um valor base e elegem um índice (taxa de juros, moeda, mercadoria) distinto para correção original deste valor base. Não ocorre alteração nas dívidas de cada parte nem transferencia de principal, mas sim intercambio dos fluxos de caixa dos pagamentos de juros. O comprador e o vendedor determinam o prazo e o tamanho do contrato livremente, sendo aceita sua liquidação antecipada, parcial ou total. 28

29 De acordo com Bessada, o que funciiona como grande estimulo às operações de swap é a proteção oferecida aos investidores em relação a seus ativos e passivos reais expostos ao mercado. Estas operações podem ser feitas entre duas empresas, em geral com a participação ou intermediação de uma instituição financeira. (Bessada 2003) Com relação ao sistema de grarantias, as operações de swaps podem sem resgistradas com garantia, sem garantia ou com garantia de somente uma das partes, desde que previamente acordado entre elas. (Bessada 2003) Com garantia parcial, são as operações em que a BM&F garante somente o membro de compensação de uma das partes. O cliente que desejar garantia contra o risco de inadimplencia da contraparte devera dar essa informação no registro do negocio. (Bessada 2003) Com garantia total são as operações em que as duas partes devem fazer deposito de margem e a BM&F garante o membro da compensação contra o risco de inadimplencia.(bessada 2003) As margens de garantia são calculdas diariamente. Por intermedio delas é apurado o risco individual de cada operação mediante a comparaçãoentre a taxa negociada na operação e a taxa te rica de mercado calculada pela BM&F, a qual resulta da obsrvação de amostra de dados colhida junto ao mercado. (Bessada 2003) 29

30 CAPITULO IV O MERCADO DE DERIVATIVOS NO BRASIL A primeira bolsa de commodities agrícola surgiu no Brasil em 1917, era a bolsa de mercadorias de São Paulo. Não negociava contratos futuros, o que passou a ser realizado a partir de 1983, na Bolsa Brasileira de Futuros, no Rio de Janeiro. (Silva e Pedrozo 2006) 4.1 Sua Regulamentação O desenvolvimento do mercado de derivativos brasileiro possui uma defasagem temporal em relação ao mercado mundial. Incipiente no inicio da década de 80, hoje movimenta bilhões de reais e sua regulamentação tornouse uma necessidade. (Moraes 2009) Segundo Moraes mesmo após a edição da Lei n /2001, que alterou a Lei n 6.385/76, há a necessidade de se editarem regras infralegais rígidas, que regulamentam esta Lei - apesar da Instrução CVM n 467/2008, que dispôs sobre a aprovação de contratos derivativos admitidos à negociação no mercado de valores mobiliários, porque há a necessidade de uma ação conjunta com o executor da política monetária brasileira, o Banco Central do Brasil (Bacen). A idéia de uma regulação mais rígida para o mercado de derivativos foi amplamente debatida no encontro dos chefes de Estado do G-20, em fevereiro de 2009, com divulgação maciça pela imprensa mundial. Sabe-se que eles se reuniram na tentativa de unir esforços contra a crise financeira de 2008, causada, justamente, por derivativos hipotecários! O Brasil, junto com a França, propuseram, até mesmo, uma comissão para estudar a formulação de um tratado ou acordo mundial sobre a regulação do sistema financeiro - incluindo, com ênfase, o mercado de derivativos. 30

31 Ou seja, é imperativo que as autoridades regulatórias estabeleçam normas equânimes, com foco na análise utilitarista do Direito, pois a regulamentação ajudará no equacionamento de um eficiente regramento tributário, uma vez que evidenciará o ganho auferido com tais contratos (derivativos), bem como o ganho nas operações periféricas do mercado (de derivativos), como o hegde. As Leis tributárias que versam sobre o assunto - n 9.779/1999 e / podem, com a regulamentação, estabelecer novos paradigmas, mudando o enfoque da jurisprudência pátria. (Moraes 2009) 4.2 Tipos de derivativos Os derivativos são classificados em dois tipos: os derivativos agropecuários e os derivativos financeiros. Os derivativos agropecuários têm como ativo-objeto commodities agrícolas como café, boi, milho, soja e outros. Já os derivativos financeiros têm seu valor de mercado referenciado em alguma taxa ou índice financeiro, como taxa de juro, taxa de inflação, taxa de câmbio, índice de ações e outros Derivativos Agropecuários Os derivativos agropecuários atendem à necessidade de comercialização de determinadas mercadorias. Devem ser utilizados por pessoas e empresas que pretendem se proteger do risco de preço de seus produtos e matérias-primas. Com os derivativos agropecuários é possível garantir a fixação dos preços de determinadas mercadorias, que sofrem impactos diretos de fatores externos, como clima, condições de solo e pragas, por exemplo. O mercado futuro e o mercado de opções oferecem toda a proteção que os produtores agrícolas e as empresas precisam para garantir o sucesso do negócio. BM&FBOVESPA: A seguir a lista dos derivativos agropecuários disponíveis na 31

32 Açúcar Açúcar Cristal Especial Boi Gordo Boi Gordo com Liquidação Financeira Café Arábica Café Arábica Etanol Etanol Anidro Etanol Hidratado com liquidação financeira Milho Base de Preço de Milho Milho com Liquidação Financeira Soja Soja com Liquidação Financeira Derivativos Financeiros Os derivativos financeiros são utilizados por pessoas e empresas que pretendam se proteger do risco das oscilações de câmbio, juros e índices, entre outros. Alguns negócios estão expostos a variações cambiais, e é preciso se proteger com estratégias de hedge utilizando contratos futuros de taxa de câmbio. O mesmo é valido para empresas expostas a variações nas taxas de juros, que podem se proteger com contratos futuros de DI; e as expostas a inflação, que podem se proteger com contratos futuros de índices de inflação. 32

33 BM&FBOVESPA: A seguir a lista dos derivativos financeiros disponíveis na Ouro Ouro Índices Ibovespa IBrX-50 IGP-M IPCA Taxas de Câmbio Dólar Dólar Australiano (AUD) Dólar Canadense (CAD) Dólar da Nova Zelândia (NZD) Euro (EBR) Euro (EUR) Franco Suíço (CHF) Iene (JPY) Iuan (CNY) Libra Esterlina (GBP) Lira Turca (TRY) Peso Chileno (CLP) Peso Mexicano (MXN) Rande da África do Sul (ZAR) Taxas de Juro Cupom Cambial Cupom de IGP-M 33

34 Cupom de IPCA DI1 DI Longo Swap Cambial Títulos da Dívida Externa A-Bond CDS Brasil de 3 anos CDS Brasil de 5 anos CDS Brasil de 7 anos Global Bonds US T-Note Alguns contratos não são autorizados para negociação por investidores residentes nos Estados Unidos, são eles: Contrato de Opção de Compra sobre Futuro de Ibovespa - Modelo Europeu Contrato de Opção de Venda sobre Futuro de Ibovespa - Modelo Europeu Operação Estruturada de Volatilidade de Ibovespa (VOI) Contrato Futuro de Índice Brasil Minicontratos Os minicontratos futuros são ferramentas de proteção para investidores individuais, pequenas e médias empresas. Eles representam uma fração dos contratos-padrão e permitem a realização de operações com a mesma transparência e agilidade característica dos mercados de derivativos BM&F. Com os minicontratos da BM&FBOVESPA o investidor tem acesso muito mais simplificado ao mecanismo de proteção de preço (hedge) a custos operacionais baixos. Os valores são menores e acessíveis a investidores e a empresas de qualquer porte. A Bolsa oferece minicontratos de boi gordo, café, 34

35 Ibovespa e dólar. Para começar a operar minicontratos basta fazer um cadastro em uma corretora. Seguem abaixo os minicontratos disponíveis na BM&FBOVESPA: Agropecuários Mini de Boi Gordo Míni de Café Arábica Financeiros Míni de Dólar (WDO) Míni de Euro Mini Ibovespa 4.4 Operando com derivativos O site da Bovespa possui um espaço educacional com cursos, vídeos, simuladores, folhetos educativos, palestras institucionais, biblioteca, entre outros. Entre os simuladores disponíveis, o que se aproxima do assunto que temos abordado é o Simulador Mercados Futuros. O Simulador Mercados Futuros é uma maneira simples e dinâmica de proporcionar ao público conhecimentos básicos sobre o mercado de derivativos. O participante tem acesso a cotações reais e pode acompanhar, um ranking com os resultados conquistados, comparando seu desempenho com o de outros investidores virtuais. Proporciona a experiência de ser um investidor na bolsa de mercados futuros. O link para este simulador é 35

36 CONCLUSÃO Conforme mencionado em diversos momentos neste trabalho, o mercado de derivativos é bastante complexo e pudemos comprovar parcialmente a dimensão desta complexidade. Entretanto, tal complexidade é diluída pela riqueza de suas características e possibilidades que instigam o investidor a conhecer melhor esse mercado e suas diversas formas de operar e obter sucesso financeiro. Este trabalho, a meu ver, cumpriu com seu objetivo geral, exposto no plano de pesquisa que era pesquisar e identificar os principais aspectos e funcionamento do mercado de derivativos no Brasil e o objetivo exposto na introdução, ou seja, tratar sobre o mercado de derivativos brasileiro contando um pouco de sua história, relatando suas principais características e tipos de contratos no mercado atual, bem como informar que produtos financeiros e agropecuários se encontram disponíveis para negociação atualmente na bovespa atual BM&FBOVESPA. O trabalho tem também uma hipótese a ser aceita ou rejeitada. É a seguinte questão: É interessante investir em derivativos no Brasil? Por mais que esta não seja uma hipótese simples de se comprovar, a história da economia brasileira que foi tratada nesta monografia de forma bem superficial, nos mostra que o Brasil atingiu uma maturidade econômico-financeira capaz de atrair o capital estrangeiro e sendo assim é interessante também para os brasileiros. O problema levantado, como funciona o mercado de derivativos no Brasil, é razoavelmente respondido no que tange à parte teórica. Além disso, o trabalho convida o leitor/investidor a conhecer o site da bovespa e conhecer melhor esses investimentos do ponto de vista operacional. O mercado de derivativos brasileiro esta em plena expansão sem limite previsto. Com a entrada do investidor individual, pessoa física, esse 36

37 mercado tende a crescer ainda mais. Como o Brasil vive o boom do petróleo com sua diversas descobertas de óleo e gás em bacias antigas e novas, esse se caracteriza como um bom momento para investir tanto em derivativos commodities de petróleo, como em ações das empresas desse ramo. 37

38 ANEXOS INDICE DE ANEXOS ANEXO 1 site: 38 ANEXO 2 Artigo da revista Valor 07/2011 p.c2 40 ANEXO 3 site: -do-mercadode-derivativos/ 41 38

39 NAVALHA ANEXO 1 O Brasil aprendeu a lição da crise americana de 2008, quando quebrou o banco Lehman. O Brasil decidiu regular o mercado de derivativos, aquela operação financeira que o Warren Buffet não conseguiu entender. É a especulação dentro da especulação, a partir de uma especulação especulada. O presidente Clinton desmontou o sistema de regulação que havia nos Estados Unidos, desde Franklin Roosevelt, para impedir essa farra. Deu no que deu. O Brasil é o imã do investimento estrangeiro. Não poderia entregar essa bomba relógio à Comissão de Valores Mobiliários, notoriamente avessa a combater excessos (e, às vezes, a combater irregularidades, como prova sua leniência com as operações do banco Opportunity do passador de bola apanhado no ato de passar bola. O mercado considera a medida difícil de ser implementada (sic) é o que diz o mesmo Valor. Outros acham que vai levar o mercado de derivativos para fora do Brasil. Tomara! Definitivamente, amigo navegante, não tente entender as medidas que o Ministro Mantega tomou nesta quarta-feira com as explicações da urubóloga. 39

40 Este ansioso blogueiro foi submetido à tortura intelectual de ter que ouvir a CBN, a rádio que troca a notícia. Por dez intermináveis minutos tratamento de canal é mais agradável a urubóloga explicava a um suposto âncora o que o Mantega tinha acabado de anunciar. Submetida a explicação a um professor de português, uma banda de matemáticos do INPE e a três prêmios Nobel de Economia, seria considerada incompreensível. Este ansioso blogueiro gosta muito quando ela diz assim a economia brasileira E a economia americana? E a economia mundial? Paulo Henrique Amorim 40

41 ANEXO 2 Saiu no Valor, pág. C2: Conselho Monetário Nacional vira regulador dos derivativos e terá visão global, diz Nelson Barbosa, secretário executivo do Ministério da Fazenda. Agora o CMN poderá intervir se e quando achar necessário. Intervenção na forma de resolução, especificando limites, compulsórios, e nas próprias características dos contratos de derivativos. Vai poder avaliar se eles trazem riscos sistêmicos, aprovar a criação de contratos novos, analisar os existentes. Enfim, o CMN vai ser o regulador do mercado de derivativos, disse. Até agora, cabia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) cuidar das exposições cambiais das empresas abertas, o Banco Central regulava o sistema financeiro e a Receita Federal via os negócios pelo lado tributário. Mas dentro do espírito do que foram as conclusões do pós-crise de 2008, tem que ter supervisão, regulação, padronização e transparência, completou. Consideramos que uma apreciação adicional do real teria mais efeitos negativos do que positivos para a economia brasileira. Grande parte da apreciação do real decorre das operações de derivativos, que constroem apostas na valorização da moeda altamente alavancadas, comentou o secretário. 41

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