Adolescência: conceitos/mitos; mudanças sociais e comportamentais do adolescente.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Adolescência: conceitos/mitos; mudanças sociais e comportamentais do adolescente."

Transcrição

1 Adolescência: conceitos/mitos; mudanças sociais e comportamentais do adolescente. Profa. Dra. Deyseane Lima deyseanelima@yahoo.com.br

2 Constituição da Adolescência -> Ariès (1978), no livro história social da criança e da família, acredita que a adolescência constitui-se na Modernidade, a partir do século XX Ajuda financeira e incentivo à formação profissional.

3 Constituição da Adolescência É possível vermos que a virada para o século XX traz consigo a invenção de uma adolescência representada como uma fase de tempestades e tormentas e germe de transformações. * Infância X Adolescência

4 Pré-Adolescência Como se caracteriza a passagem da infância para a adolescência? Quais são as concepções referentes a préadolescência na atualidade?

5 O que é a Pré-Adolescência? Período evolutivo entre a infância e a adolescência; O marco principal da pré-adolescência é o aparecimento da puberdade.

6 O que é a Pré-Adolescência? Não adianta ficar insistindo para brincar. É também comum existir uma flutuação. A criança pode ter uma recaída e recuperar a boneca em alguns momentos. O importante é deixá-la fazer essa seleção espontaneamente", declara a educadora Tania Zaguri, no livro "Encurtando a Adolescência.

7 O que é adolescência? Ser adolescente é viver um período de mudanças físicas, psicológicas, cognitivas e sociais? Adolescência como uma fase do desenvolvimento humano que faz uma ponte entre a infância e a idade adulta?

8 Qual a faixa etária da adolescência? - Organização Mundial da Saúde (OMS): entre 10 e 19 anos; - Organização das Nações Unidas (ONU): entre 15 e 24 anos; - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): No Brasil, a Lei 8.069, de 1990, define a adolescência como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade. -O adolescente pode ter o voto opcional como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos.

9 Representações Sociais da Adolescência A adolescência quando encarada de forma naturalizante perpassa normas de condutas e características estanques, torna-se então mítica (CALLIGARIS, 2000).

10 Representação Social da adolescência no BRASIL 1968 a Juventude: Futuro da nação; Categorias: Eleitor, projeto de futuro, estudante, rebelde, irreverente, militância; - Juventude: Nova Consciência a Adolescência: Necessidade de proteção; Categorias: Criação, prevenção, Educação e futuro, compromisso com o prazer, vulnerabilidade e violência; - Adolescência e ruptura. Material: Representações sociais da adolescência/juventude a partir de textos jornalísticos ( e )

11 Adolescente como consumidor? -> Mídia facilita a construção das concepções de adolescência (OZELLA, 2002): - Influencia a percepção do adolescente sobre si e sobre a realidade; - Relaciona-se com a maneira que a sociedade representa a adolescência. - > Adolescência revestida de consumismo (CALLIGARIS, 2000).

12 Adolescente como menor? Com aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990, o termo "menor" foi abolido. Segundo o ECA, a adolescência vai dos 12 aos 18 anos de idade. Adolescente - > Sujeito de direitos e deveres (PINHEIRO, 2006).

13 Adolescente como aborrescente? Compreensão da adolescência é permeada pela ideia de aborrescência, rebeldia e atrevimento. Sem rebeldia e sem contestação não há adolescência normal... O adolescente submisso é que é a exceção à normalidade (OSÓRIO, 1992, p. 47).

14 Características da adolescência - Mudanças físicas (puberdade); - Busca pela independência e autonomia; - Referência do grupo; -Rebeldia em relação aos valores parentais; - Escolha profissional; - Elaboração do luto infantil;

15 Características da adolescência As mudanças corporais e a maturidade sexual geram no adolescente conflitos para a aceitação do próprio corpo e a busca de amor, obrigando-o a dar um novo sentido para sua identidade.

16

17 O adolescente se assombra com ser. E ao pasmo segue-se a reflexão: inclinado para o rio de sua consciência pergunta-se se este rosto que aflora lentamente das profundezas deformado pela água, é o seu. A singularidade de ser, mera sensação na criança transformase em problema e pergunta, em consciência inquisidora (PAZ, 1992, p. 35).

18 Concepção de adolescência Adolescência Questões sociais, históricas, culturais e psicológicas que envolvem os sujeitos no seu desenvolvimento. Puberdade Conjunto de transformações fisiológicas e biológicas ligadas à maturação sexual, vinculadas ao desenvolvimento humano.

19 Concepção de adolescência Aberastury retrata a adolescência como um momento crucial na vida do homem (1980, p. 15), bem como ressalta esse período como de contradições, confuso, doloroso (p. 16). Preconiza que a adolescência é o momento mais difícil da vida do homem... (p. 29). - Necessidade emergente de se despatologizar a noção do desenvolvimento humano, em especial a adolescência.

20 Concepção da adolescência Psicologia Sócio Histórica (LANE, 1984) - > a adolescência é criada historicamente pelos sujeitos, enquanto representação e enquanto fato social e psicológico. É constituída como significado na cultura, na linguagem que permeia as relações sociais (BOCK, 1997).

21 Concepção de adolescência Deve ser pensada para além da idade cronológica, da puberdade e transformações físicas que ela acarreta, dos ritos de passagem, ou de elementos determinados aprioristicamente ou de modo natural. A adolescência deve ser pensada como uma categoria que se constrói, se exercita e se re-constrói dentro de uma história e tempo específicos (FROTA, 2007)

22 O que significa adolescência? - Perda definitiva de sua condição de criança; - Mudanças corporais incontroláveis e imperativos do mundo externo; - Nova relação com os pais e com o mundo; - Luto pelo corpo de criança e pela identidade infantil; - Apresenta-se como vários personagens Flutuações de identidade.

23 O que significa adolescência? -É um período de contradições, confuso, ambivalente, doloroso, caracterizado por fricções com o meio familiar e social. - Quadro frequentemente confundido com crises e estados patológicos.

24 O que significa adolescência? - Perder a dependência infantil; - Temáticas a serem vivenciadas: amor, liberdade, matrimônio, paternidade, a educação, a religião, a profissão, a sexualidade, entre outros. - Hostilidade frente aos pais e ao mundo em geral - > Ideia de não se compreendido e de rejeição de sua realidade.

25 Piaget Desenvolvimento mental do Adolescente: O desenvolvimento motor e cognitivo relacionase com o afetivo. Progressão da atividade mental (percepção, imaginação, memória e atenção), controle da imaginação, posicionamento crítico, desenvolvimento da consciência de si mesmo e do outro.

26 Piaget Estágio Operacional Formal (a partir dos 11 anos de idade) * Pensamento abstrato - Pensamento lógico formal e capaz de generalização. * Pensamento hipotético - Elabora conceitos, hipóteses, leis e passa a testá-los.

27 Wallon 5ª fase: Adolescência Ênfase na afetividade integrada a cognição: - Mudanças fisiológicas e emocionais; - Conflitos externos e internos Afetivos; - Configurando-se a personalidade do sujeito; - Busca de auto-afirmação e desenvolvimento da sexualidade.

28 Freud Fase genital (a partir dos 11 anos): Maturação dos órgãos sexuais; Desenvolvimento da sexualidade; Presença de impulsos sexuais marcados pela busca do objeto de amor.

29 Vygotsky - Fase de desenvolvimento humano inserido em um contexto histórico, social, econômica e cultural; * Interação Social = Formação de grupos

30 A síndrome da Adolescência normal Maurício Knobel Prof(a) Dra. Deyseane Lima

31 Adolescência - Fenômeno específico dentro de toda a história do desenvolvimento do ser humano; - Estudar a expressão circunstancial de caráter geográfico e temporal históricosocial.

32 Adolescência Uma situação que obriga o indivíduo a reformular os conceitos que tem a respeito de si mesmo e que o levam a abandonar sua autoimagem infantil e a projetar-se no futuro de sua vida adulta.

33 Moratória Social - Conceito criado por Erikson; - A sociedade oferece a criança uma moratória social; Há uma margem de manobra que toda sociedade tem que permitir aos jovens, para que experimentem com a vida sem temor os compromissos e as conseqüências, com o intuito de adquirir as capacidades e características que necessitarão quando adultos para descobrir o seu lugar social.

34 Adultomorfismo - Estudar a adolescência em comparação com a fase adulta, como se fosse um momento preparatório.

35 Patologia e Normalidade Penso que a estabilização da personalidade não se consegue sem passar por um certo grau de conduta patológica que, conforme o meu critério, devemos considerar inerente à evolução normal desta etapa da vida.

36 Patologia e Normalidade O conceito de normalidade não é fácil de estabelecer, já que em geral, varia em relação com o meio socioeconômico, político e cultural.

37 Patologia e Normalidade Anna Freud - Difícil assinalar o limite entre o normal e o patológico na adolescência. Toda crise neste período pode ser considerado normal, afirmando que é anormal se houvesse um equilíbrio estável durante o processo de ser adolescente.

38 Características da Adolescência Profa. Dra. Deyseane Lima

39 Busca de si mesmo e da identidade -Identidade do Adolescente e Identidade do Adulto; Identidade Adolescente Sujeitos que querem desesperadamente ser eles mesmos. Lutar por conseguir a maturidade não é o mesmo que ser maduro.

40 Busca de si mesmo e da identidade - Auto conceito - > A percepção de si integrada a percepção das pessoas, dos grupos e das instituições, com ênfase nos valores que constituem o ambiente social.

41 Busca de si mesmo e da identidade Identidade transitória; Identidade ocasional; Identidade circunstancial;

42 Tendência grupal Recorre como comportamento defensivo à busca de uniformidade, que pode proporcionar segurança e estima pessoal. Interesse por grupos externos ao âmbito familiar. Identidade grupal

43 Necessidade de intelectualizar e fantasiar - Forma típica do pensamento do adolescente; - Mecanismos defensivos frente a estas situações de perda tão dolorosas;

44 Crises religiosas - Variedade de posicionamentos religiosos e mudanças muito frequentes;

45 Deslocalização temporal - Converte o tempo em presente e ativo, numa tentativa de manejá-lo. - Urgência; - Dificuldade para distinguir presentepassado e futuro;

46 Deslocalização temporal Considero que é durante a adolescência que a dimensão temporal vai adquirindo lentamente características discriminativas Noção discriminativa do tempo, aceitação da morte dos pais e a perda definitiva do seu vínculo com eles, e a própria morte.

47 Sexualidade - Atividades masturbartórias; - Conhecimento do próprio corpo Caráter exploratório e preparatório; - Orientação sexual; - Virgindade; - Relação interpessoal do adolescente: - Amor: Amor a primeira vista - Paixão: Amor platônico

48 Atitude social reivindicatória -Atitudes combativas e reivindicatórias dos adolescentes; - Contestação dos valores familiares; *Ritos de passagem

49 Contradições na conduta - Personalidade do adolescente como esponjosa (Spiegel): Presença de processos de projeção e introjeção; - Normal anormalidade Instabilidade permanente do adolescente.

50 Separação progressiva dos pais -Elaborar o luto pelos pais da infância; - Identidade do adolescente é de ir separando-se dos pais; - Terror de alguns pais pelo crescimento dos filhos;

51 Flutuações do humor e do estado de ânimo - Fenômenos de depressão e de luto; - Sentimento de ansiedade; - Mudanças de humor;

52 O adolescente e a liberdade Arminda Aberastury Prof(a) Dra. Deyseane Lima deyseanelima@yahoo.com.br

53 Adolescência e Família -Fase complexa para os pais também; - Relação repleta de ambivalências e de críticas; Essa identidade de adulto é sentir-se separado do meio familiar e as mudanças em seu corpo obrigam-no também a eliminação do corpo infantil.

54 Adolescência e Família - Que conflitos (conscientes e inconscientes) levam os pais a ignorar ou não compreender a evolução dos filhos?

55 Adolescência e Família Postura inadequada da família: -Ambivalência e resistência dos pais em aceitar o processo de crescimento dos filhos; - Fecha-se numa atitude de ressentimento e reforço da autoridade; - Pressão familiar: Dinheiro e Liberdade; - Usar a dependência econômica como poder sobre o filho.

56

57 Adolescência e Família Postura inadequada da família: -Desvalorização das conquistas dos adolescentes; - Dar liberdade sem limites; - O diálogo entre os pais e os filhos não devem iniciar apenas neste período; Exigir informações é tão patológico como proibir e é muito diferente de escutar.

58 Adolescência e Família Postura adequada da família: -Aceitar a prova da realidade de que o corpo infantil está se perdendo; --Aceitar o crescimento do seu filho; - Estabelecimento de uma nova relação com o seu filho de adolescente para adulto, para depois chegar, a de adulto para adulto.

59 Adolescência e Família Postura adequada da família: -Diálogo entre os pais e o adolescente deve ter iniciado deste a infância, solidificando-se na adolescência; - Dar liberdade com limites.

60 Adolescência e Família Só quando pode identificar-se com a força criativa do filho, poderá compreendê-lo e recuperar dentro de si a sua própria adolescência. - Consentimento da liberdade (com responsabilidade) é definitivo para a conquista da independência e da maturidade do filho.

61 Adolescência e Sociedade - Quais são os motivos para que a sociedade não modifique as suas rígidas estruturas e se empenhe em mantê-las, mesmo quando o indivíduo muda?

62 Adolescência e Sociedade -> Sociedade difícil, incompreensiva, hostil e inexorável; -> Representações sociais negativas do adolescente;

63 Adolescência e Sociedade -Necessidade do jovem de começar a fazer parte da vida do adulto. Ingressar nesse mundo e nas dificuldades do adulto; - Exigências em relação ao mercado de trabalho;

64 Adolescência e Sociedade - Postura de não querer ser como alguns adultos que os adolescentes conhecem na sua realidade;

65 Adolescência e Sociedade Pensamento de um adolescente: Não sou uma criança, eu mesmo perdi a minha condição de criança; meus pais são os pais de um adulto e eu tenho que me comportar como tal, como o meu corpo, a minha mente e a sociedade me exigem

66 Adolescência e Sociedade A sociedade em que vivemos, com seu quadro de violência e destruição, não oferece garantias suficientes de sobrevivência e cria uma nova dificuldade para o desprendimento. O adolescente, cujo destino é a busca de ideais e de figuras ideais para identificar-se, depara-se com a violência e o poder e também os usa (ABERASTURY, 1992)

67 Não vivência da adolescência pelos adolescentes - Condições sociais; - Realidade com dificuldades financeiras; - Responsabilidade de adulto;

68 Prolongamento da Adolescência - A expressão adolescência prolongada foi introduzida por Bernfeld em 1923; - Extensão da adolescência; - Não aceitação das responsabilidades da vida adulta; A incapacidade de abandonar posições infantis, juntamente com o desejo de independência e autoafirmação fora dos limites da família combinam-se para fazer do prolongamento da adolescência a única solução.

69 Psicopatologia e Adolescência Profa. Dra. Deyseane Lima deyseanelima@yahoo.com.br

70 Psicopatia e Psicopatologia Psicopatia designa doença mental seja neurose ou psicose ou a personalidade psicopática (sociopatas). Psicopatologia refere-se a um saber interdisciplinar que se volta para o estudo dos estados psíquicos patológicos.

71 Psicopatologia Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais [DSM V]; Classificação de Transtornos Mentais e Comportamentos do CID-10 (Organização Mundial de Saúde, 1993).

72 Psicopatologia na adolescência Elaboração de lutos só pode ser feita quando o sujeito, de qualquer idade, passa por estados depressivos. Na adolescência, também observamos este processo, só que, devo acrescentar aqui, que considero que por estes mesmos motivos, os adolescentes vivem numa depressão constante, aparentemente muitas vezes mascarada e, também, normalmente, com claros traços psicopáticos que aparecem das maneiras mais diversas na expressão de condutas contraditórias descritas na síndrome da adolescência normal.

73 Psicopatologia na adolescência Os desvios emocionais mais frequentes na adolescência podem ser classificados como sintomas que por sua repetição, intensidade e frequência, podem gerar distúrbios ou dificuldades emocionais.

74 Psicopatologia na adolescência Eis aí que já temos depressão e psicopatia, como expressões psicopatológicas na adolescência, que dependendo da intensidade e do comprometimento do self, podem ser normais ou patológicas. Não é fácil discriminar entre o que chamamos normal e o que pode ou deve ser considerado como patológico.

75 Psicopatologia na Adolescência As dificuldades apresentadas pelos(as) adolescentes e devem ser alvo de atenção de um(a) psicólogo(a), podem ser: * Desempenho escolar; * A imagem corporal (percepção do seu corpo); * Constituição da identidade; * Sexualidade; *Alteração do sono e do apetite; * Orientação profissional; * Transtornos comportamentais (agressividade...); * Problemas na vida familiar e na interação com os amigos; *Transtornos depressivos e ansiosos. * Transtornos alimentares;

76 Depressão na adolescência O diagnóstico da depressão deve buscar reconhecer em que ela se diferencia de outros sinais como a simples tristeza. Os sujeitos descrevem sua angústia, seu sentimento de fracasso e de desespero, sua sensação de fadiga e sua dificuldade de concentração como sendo os sintomas experienciados na depressão. Aparece, na descrição dos adolescentes depressivos, o comportamento abatido, linguagem lenta e movimento corporal mais paralisado.

77

78 Depressão na adolescência Tristeza, raiva, apatia e sentimento de inutilidade são fenômenos comuns tanto à adolescência quanto à depressão. Por isso mesmo diferenciar adolescência de depressão é, frequentemente, uma questão difícil; é necessário ficar-se atento não apenas ao sujeito adolescente, como também à sua relação com o mundo e a seu modo de viver. Ou seja, só a compreensão do mundo vivido do adolescente, tornará possível uma maior clareza com relação a esta questão, não confundindo características próprias da adolescência com sintomas de depressão.

79 Suicídio na adolescência Intui-se que as condutas suicidas podem parecer um meio de evitar o confronto com o sofrimento depressivo. Elas apresentam um aspecto de controle e triunfo do eu sobre a dependência do objeto. Expondose à morte, o adolescente afirma-se como o dono de si mesmo. Nega sua impotência e seu desamparo e alcança uma ilusão de onipotência. (Kalina, 1999; Knobel, 1983; Mackinnon & Michels, 1982).

80 Suicídio na adolescência Devido a complexidade do fenômeno, considerar que se um adolescente tenta suicídio, seu processo de desenvolvimento está comprometido e necessita de ajuda, não só com medidas e condutas medicamentosas, mas também por um processo psicoterapêutico que possa envolvê-lo, assim como aqueles que o rodeiam (Feijó & Chaves, 2002; Levisky, 1998).

81 Transtorno Bipolar na Adolescência

82 Transtornos alimentares na adolescência Constituem patologias graves, complexas e com alto grau de morbidade, sobretudo na adolescência, quando freqüentemente iniciam e afetam ampla e severamente o desenvolvimento do indivíduo.

83 Transtornos alimentares na adolescência - Intenso medo de ganhar peso; - Supervalorização da forma corporal na auto-avaliação; - Insatisfação com a imagem corporal; - Adoção de comportamentos alimentares anormais e práticas inadequadas de controle do peso, como o uso de diuréticos, laxantes, auto indução de vômitos, realização de atividades físicas extenuantes, entre outros.

84 Anorexia nervosa e adolescência Início da anorexia nervosa geralmente ocorre na adolescência devido às preocupações com a nova forma e o novo peso do corpo, exigindo uma readaptação à imagem corporal. Cerca de 90% dos indivíduos atingidos são do sexo feminino. Supõem-se, que a pressão social, pautada no ideal de beleza feminina regido pela magreza.

85 Bulimia e Adolescência Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios compulsivos ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios. - Pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente, em homens e mulheres com mais idade.

86 Uso de drogas lícitas e ilícitas Drogas lícitas - são drogas cuja produção e uso são permitidos por lei, sendo liberada para comercialização e consumo. Exemplo: medicamentos, álcool, cigarro, entre outras. Drogas ilícitas - são substâncias proibidas de serem produzidas, comercializadas e consumidas. Exemplo: Maconha, Cocaína. Heroína, entre outras.

87 Uso de drogas lícitas e ilícitas No abuso das drogas, o uso recorrente da droga prejudica a vida do usuário seja na esfera familiar, social, acadêmica ou profissional. A dependência da droga ocorre quando se desenvolve tolerância a substância (redução do efeito e assim aumento da dose para reações desejadas).

88 Uso de drogas lícitas e ilícitas - > Fatores de risco: Família: Conflito familiar; Ausência de limites; Sem regras e diálogo com os filhos; Baixa expectativa de sucesso por parte dos filhos; Pais que usam drogas. Escola: Não adaptação a rotina escolar, bullying, violência entre professor e aluno, brigas na escola, influências de amigos; Comunidade e Grupo social: Condições econômicas, falta de oportunidade de trabalho.

89 Uso de drogas lícitas e ilícitas - > Fatores de proteção Família: Estabelecimento de vínculos afetivos; Promoção da educação e do diálogo ao invés de comportamento autoritário; saber lidar com o estresse e as frustrações. Escola: Acreditar na capacidade do aluno; Estimular a cooperação e a solidariedade; Estimular a liderança e a decisão; Incentivar a participação dos pais nas atividades da escola. Comunidade e Grupo social: Policiamento público; necessidades básicas; oportunidade de trabalho; serviços comunitários para os adolescentes.

90 Psicoterapia na adolescência O adolescente deve está disposto a comparecer a uma consulta psicológica para perceber o que se passa com ele. Podendo assim ele mesmo marcar a consulta, ou solicitando aos seus pais a realização deste processo. O processo de psicoterapia não deve ser uma obrigação para o adolescente ou mesmo uma imposição dos pais.

91 Psicoterapia na adolescência Se o adolescente tiver menos de 16 anos é importante que vá à primeira consulta acompanhado dos pais ou de um adulto da família. A forma de tratamento pode ser individual, familiar ou em grupo, de acordo com a demanda.

92 Psicoterapia na adolescência - Promover uma escuta autêntica que facilite a auto conhecimento do adolescente. - Facilitar a reflexão e entendimento sobre o processo físico-emocional próprio da adolescência; - Fornecer suporte necessário as questões próprias desta fase como ansiedade, insegurança, dificuldade de relacionamento e escolha profissional;

93 Psicoterapia e Adolescência O que leva esses jovens a procurar ajuda terapêutica são as frustrações devidas a desapontamentos ou fracassos na educação, vocação, atividades sociais, ou, mais forte ainda, nos fracassos amorosos.

94 Psicoterapia na adolescência - Buscar a solução de conflitos com minimização e/ou superação do sofrimento psíquico; - Facilitar o diálogo entre os adolescente e a família. - Favorecer o crescimento emocional com resolução de problemas sócio-emocional e cognitivo.

95 Psicoterapia na adolescência Promover um trabalho voltado para a orientação vocacional; Ter compromisso com o diagnóstico; Suporte para a família; Compreender o contexto social do adolescente; Conversar com outros profissionais de saúde; Fortalecimento dos vínculos afetivos do adolescente.

96 - > Orientação à família: Psicoterapia na adolescência Facilitar o conhecimento dos pais sobre as estratégias de enfrentamento das dificuldades com os seus filhos; Promover a compreensão dos pais sobre o processo de desenvolvimento dos seus filhos; Articular momentos de disciplina e de liberdade, de maneira contextualizada;

97 Psicoterapia na adolescência - > Orientação à família: - Fazer com que os pais tenham segurança de suas ações e de seus posicionamentos em relação aos filhos; - Promove a análise dos comportamentos dos pais quando eram jovens e a relação com os comportamentos dos filhos; - Acolher o sofrimento psíquico dos familiares em relação ao adolescente.

98 - > Orientação à família: Psicoterapia na adolescência * Indicação de psicoterapia para os pais. Acolher o sofrimento psíquico dos familiares em relação as suas próprias problemáticas e dificuldades.

Síndrome da Adolescência Normal. Profª Ana Elisa

Síndrome da Adolescência Normal. Profª Ana Elisa Síndrome da Adolescência Normal Profª Ana Elisa Normalidade e Patologia Crítica Problema básico da adolescência: circunstância evolutiva. Considerar a adolescência como fenômeno específico dentro de toda

Leia mais

ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS

ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS ADOLESCÊNCIA PROF. ALBERTO OLAVO ADVINCULA REIS E-mail: albereis@usp.br Duas perspectivas históricas: 1. Muitas das características associadas à adolescência tal como a conhecemos hoje tem uma longa histórica

Leia mais

Decio Tenenbaum

Decio Tenenbaum Decio Tenenbaum decio@tenenbaum.com.br Fator biográfico comum: Patologia dos vínculos básicos ou Patologia diádica Papel do vínculo diádico: Estabelecimento do espaço de segurança para o desenvolvimento

Leia mais

2 Ansiedade / Insegurança Comportamento de busca de atenção, medo / ansiedade, roer unhas, fala excessiva

2 Ansiedade / Insegurança Comportamento de busca de atenção, medo / ansiedade, roer unhas, fala excessiva Caracterização das demandas de psicodiagnóstico infantil em uma clínica-escola de São Paulo Characterization of the demands of child psychodiagnosis in a school clinic in São Paulo Tabela 1. Distribuição

Leia mais

ADOLESCENTE INFRATOR-UM OLHAR PARA COMPORTAMENTOS NA INFÂNCIA

ADOLESCENTE INFRATOR-UM OLHAR PARA COMPORTAMENTOS NA INFÂNCIA ADOLESCENTE INFRATOR-UM OLHAR PARA COMPORTAMENTOS NA INFÂNCIA Eliana Arara da Costa 1 Neila Rodrigues Oliveira 2 Elisângela Maura Catarino 3 Resumo Este trabalho apresenta a problemática de menores infratores

Leia mais

3.15 As psicoses na criança e no adolescente

3.15 As psicoses na criança e no adolescente Páginas para pais: Problemas na criança e no adolescente 3.15 As psicoses na criança e no adolescente Introdução As psicoses são doenças mentais raras que, geralmente, se iniciam no fim da adolescência

Leia mais

O ADOLESCENTE CONTEMPORÂNEO (J.D.NÁSIO, 2012)

O ADOLESCENTE CONTEMPORÂNEO (J.D.NÁSIO, 2012) O ADOLESCENTE CONTEMPORÂNEO (J.D.NÁSIO, 2012) E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade

Leia mais

Acompanhamento Psicoterapêutico

Acompanhamento Psicoterapêutico Acompanhamento Psicoterapêutico O Acompanhamento Psicológico/Psicoterapêutico possui características específicas de acordo com a população e faixa etária a que se destina. Corresponde a um encontro com

Leia mais

Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da

Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da Dra Rossandra Sampaio Psicóloga Clínica CRP 02-10159 Especialista em Gestão de Sistemas e serviços de Saúde (FIOCRUZ) Mestranda em Psicologia da Saúde (FPS) Qualidade de vida, Conceito da OMS: A percepção

Leia mais

O uso de drogas na adolescência é a origem de muitos problemas de saúde mental.

O uso de drogas na adolescência é a origem de muitos problemas de saúde mental. Centro de Estudos O uso de drogas na adolescência é a origem de muitos problemas de saúde mental. A adolescência é um momento especial na vida do indivíduo e o jovem costuma não aceitar as orientações,

Leia mais

ABORDAGEM AO ADOLESCENTE

ABORDAGEM AO ADOLESCENTE ABORDAGEM AO ADOLESCENTE Profa. Adjunta Tamara Beres Lederer Goldberg Departamento de Pediatria Disciplina de Medicina do Adolescente Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP Objetivos -A Consulta do Adolescente

Leia mais

INICIAÇÃO AO TABAGISMO O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES CARACTERÍSTICAS GERAIS

INICIAÇÃO AO TABAGISMO O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES CARACTERÍSTICAS GERAIS O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Maria das Graças Rodrigues de Oliveira CONTAD / AMMG Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte CARACTERÍSTICAS GERAIS A Nicotina é uma droga que

Leia mais

Adolescência. Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física

Adolescência. Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física Adolescência Matéria: D.B.D.H. II Profa.: Janine Lopes 2º e 3º Períodos de Ed. Física Adolescência, do latim adolescere (crescer). É uma fase da vida que pode ser definida em sua dimensão histórica, política,

Leia mais

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é...

Doença Mental??? Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes. Ou Saúde Mental???? Saúde Mental é... Emergências Psiquiátricas Conceitos Fundamentais da Saúde Mental e seus fatores prédisponetes Doença Mental??? Ou Saúde Mental???? Prof Esp. Enfª Priscila Maria Marcheti Fiorin Saúde Mental é... Usado

Leia mais

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: UMA PRIMEIRA VERSÃO. Nos últimos anos, vêm-se fomentando uma série de estudos preliminares (Pinto, F. E. M.

INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: UMA PRIMEIRA VERSÃO. Nos últimos anos, vêm-se fomentando uma série de estudos preliminares (Pinto, F. E. M. 7 Opinião INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: UMA PRIMEIRA VERSÃO Fausto Eduardo Menon Pinto (1) Nos últimos anos, vêm-se fomentando uma série de estudos preliminares (Pinto, F. E. M., 2008, 2009), no

Leia mais

Mente Sã Corpo São! Abanar o Esqueleto - Os factores que influenciam as doenças osteoarticulares. Workshop 1

Mente Sã Corpo São! Abanar o Esqueleto - Os factores que influenciam as doenças osteoarticulares. Workshop 1 Abanar o Esqueleto - Os factores que influenciam as doenças osteoarticulares. Workshop 1 Mente Sã Corpo São! Unidade de Cuidados na Comunidade Centro de Saúde de Alfândega da Fé Elaborado por: Rosa Correia

Leia mais

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado.

Depressão. Em nossa sociedade, ser feliz tornou-se uma obrigação. Quem não consegue é visto como um fracassado. O QUE É SAÚDE? É o nosso estado natural. Segundo a O.M.S. saúde é mais do que a ausência de doença ou enfermidade: É o estado de perfeito bem-estar físico, mental e social. Depressão Em nossa sociedade,

Leia mais

CRONOGRAMA DE AULAS CURSO PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIAS EM PSICOLOGIA 03/10 PSICOLOGIA HOSPITALAR 9/10 PSICOLOGIA DA SAÚDE 5/10 SAÚDE COLETIVA

CRONOGRAMA DE AULAS CURSO PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIAS EM PSICOLOGIA 03/10 PSICOLOGIA HOSPITALAR 9/10 PSICOLOGIA DA SAÚDE 5/10 SAÚDE COLETIVA CRONOGRAMA DE AULAS CURSO PREPARATÓRIO PARA RESIDÊNCIAS EM PSICOLOGIA 03/10 PSICOLOGIA HOSPITALAR PARTE 1: CONCEITOS DE PSICOLOGIA APLICADOS AO CONTEXTO HOSPITALAR Contexto histórico (parte I) Contexto

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 7ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 6ª aula Psicopatologia

Leia mais

Enfrentamento da Dor. Avaliação de Situação 10/05/2013. Enfrentamento da Dor Crônica. Processo de Avaliação Cognitiva. Profa. Dra. Andréa G.

Enfrentamento da Dor. Avaliação de Situação 10/05/2013. Enfrentamento da Dor Crônica. Processo de Avaliação Cognitiva. Profa. Dra. Andréa G. Enfrentamento da Dor Crônica Enfrentamento da Dor Profa. Dra. Andréa G. Portnoi BIO PSICO SOCIAL Sensação Incapacitação Diagnóstico Medicamentos Procedimentos Tratamentos Emoção Cognição Comportamento

Leia mais

Ansiedade de Separação: O que é isso???

Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de Separação: O que é isso??? Ansiedade de separação: o que é? A ansiedade de separação é um estado emocional desagradável e negativo que ocorre quando a criança se separa das figuras cuja vinculação

Leia mais

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA?

DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM CURA? SUMÁRIO 01. Dependência química tem solução? 3 02. Como tratar a dependência química? 8 03. Diferentes tipos de internação para dependentes 13 01 DEPENDÊNCIA QUÍMICA TEM SOLUÇÃO?

Leia mais

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado

SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado SÍNDROME DE BURNOUT das causas ao cuidado PELA MANHÃ VOCÊ SE SENTE ASSIM? E NO TRABALHO, VOCÊ SE SENTE ASSIM? SUA VIDA ESTA ASSIM? OU TUDO ESTA ASSIM? ESTRESSE Ocorre diante de uma situação (real ou imaginária)

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Profa Dra Maria Beatriz Martins Linhares Professora Associada

Leia mais

Comunidade Pastoral ADOECIDOS PELA FÉ?

Comunidade Pastoral ADOECIDOS PELA FÉ? Comunidade Pastoral ADOECIDOS PELA FÉ? HÁBITOS, COSTUMES E...GENÉTICA PSICOPATOLOGIAS DINAMISMO EMOCIONAL AFETO (Instinto) Inconsciente EMOÇÃO LÓGICA (RAZÃO) Consciente Equilíbrio (ideal) = 50% afeto +

Leia mais

Como Prevenir o Suicídio?

Como Prevenir o Suicídio? Como Prevenir o Suicídio? Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br

Leia mais

Desnutrição na Adolescência

Desnutrição na Adolescência Desnutrição na Adolescência Adolescência CRIANÇA Desnutrição Anorexia/Bulimia Obesidade / Diabetes ADULTO Dietas não convencionais e restritivas Deficiência de ferro Cálcio, vitamina A, zinco, Vitamina

Leia mais

OFICINA DE FUTEBOL MASCULINO E FEMININO TRABALHANDO MENTES E FORMANDO CIDADÃOS ATRAVÉS DO ESPORTE

OFICINA DE FUTEBOL MASCULINO E FEMININO TRABALHANDO MENTES E FORMANDO CIDADÃOS ATRAVÉS DO ESPORTE OFICINA DE FUTEBOL MASCULINO E FEMININO TRABALHANDO MENTES E FORMANDO CIDADÃOS ATRAVÉS DO ESPORTE É sabido que através da prática esportiva, o indivíduo pode ser norteado a caminhos contrários a violência,

Leia mais

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo

Clínica Jorge Jaber. Dependência Química. Luciana Castanheira Lobo de Araújo Clínica Jorge Jaber Dependência Química Luciana Castanheira Lobo de Araújo Critérios para o diagnóstico Rio de Janeiro 2018 Resumo Considerado um transtorno mental, além de um problema social pela Organização

Leia mais

DEPRESSÃO, O QUE É? A

DEPRESSÃO, O QUE É? A DEPRESSÃO, O QUE É? A depressão é uma doença que pode afetar pessoas de todas as idades. Ela é diferente de tristeza e surge devido a fatores biológicos e emocionais (perdas, traumas, estresse, etc.).

Leia mais

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31

Sumário. Parte I VISÃO GERAL. Parte II COMUNICAÇÃO E RELAÇÃO. Introdução A medicina da pessoa...31 Sumário Introdução...25 Parte I VISÃO GERAL 1. A medicina da pessoa...31 Um pouco de história saúde-doença: evolução do conceito...31 Período pré-histórico...31 Período histórico primórdios...33 O antigo

Leia mais

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A CRIANÇA E O ADOLESCENTE Grave violação dos direitos fundamentais de toda criança e adolescente, no entanto muito comum. Cerca de 10% das crianças e adolescentes que chegam

Leia mais

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1)

RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DA SES UNIDADE III (Parte 1) TAUANE PAULA GEHM Mestre e doutorando em Psicologia Experimental TEMAS Psicopatologia geral. Transtornos psicológicos, cognitivos, relacionados ao uso

Leia mais

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum

Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Curso de Atualização em Psicopatologia 2ª aula Decio Tenenbaum Centro de Medicina Psicossomática e Psicologia Médica do Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro 2ª aula Diferenciação

Leia mais

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOPATOLOGIA Ano Lectivo 2017/2018

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular PSICOPATOLOGIA Ano Lectivo 2017/2018 Programa da Unidade Curricular PSICOPATOLOGIA Ano Lectivo 2017/2018 1. Unidade Orgânica Ciências Humanas e Sociais (1º Ciclo) 2. Curso Psicologia 3. Ciclo de Estudos 1º 4. Unidade Curricular PSICOPATOLOGIA

Leia mais

OFERTA COMPLEMENTAR. EBI, Jovens Ativos

OFERTA COMPLEMENTAR. EBI, Jovens Ativos OFERTA COMPLEMENTAR EBI, Jovens Ativos O currículo da Oferta Complementar previsto na matriz curricular dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico, englobará no ano letivo 2015/2016, temas relacionados com

Leia mais

Trabalhando a ansiedade do paciente

Trabalhando a ansiedade do paciente Trabalhando a ansiedade do paciente Juliana Ono Tonaki Psicóloga Hospitalar Título SOFRIMENTO... principal Sofrimento humano como condição à todos; Cada um sente à sua forma e intensidade; Manifestação

Leia mais

O Desenvolvimento Emocional na Adolescência

O Desenvolvimento Emocional na Adolescência O Desenvolvimento Emocional na Adolescência O Ambiente e os Processos de Maturação (Família - Escola - Sociedade) material didático: Rafael Alexandre Prado end. correspondência: therapy.health@bol.com.br

Leia mais

Principais Temas da Aula. Bibliografia

Principais Temas da Aula. Bibliografia Desgravadas do 4º Ano 2007/08 Psicopatologia Data: 23 do de Ciclo Outubro de Vida de 2007 I Disciplina: Psiquiatria Prof.: Dr. Daniel Sampaio Tema da Aula: Psicopatologia do Ciclo de Vida I Autor(es):

Leia mais

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto

MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL. Prof. João Gregório Neto MEDIDAS DE PREVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL Prof. João Gregório Neto PREVENÇÃO Ato ou efeito de prevenir-se Disposição ou preparo antecipado e preventivo Precaução, cautela Modo de ver antecipado, premeditado

Leia mais

A COMPREENSÃO DE CORPO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO USO DE DROGAS. Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição NIED/UFPR 2018

A COMPREENSÃO DE CORPO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO USO DE DROGAS. Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição NIED/UFPR 2018 A COMPREENSÃO DE CORPO, EDUCAÇÃO E SAÚDE FRENTE À COMPLEXIDADE DO USO DE DROGAS Núcleo Interdisciplinar de Enfrentamento à Drogadição NIED/UFPR 2018 Complexidade do Tema Drogas Por quê? Cultura e Julgamento

Leia mais

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade)

Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 2. Perspectivas teóricas (a eterna busca da realidade) Sumário 1. As funções mentais superiores (a Síndrome de Pirandello) 1.1 Corpo, cérebro e mente 1.2 Sensação e percepção 1.2.1 Características das sensações 1.2.2 Fatores que afetam a percepção 1.2.3 Fenômenos

Leia mais

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 2. Professora: Nathália Bastos

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem Parte 2. Professora: Nathália Bastos PEDAGOGIA Aspecto Psicológico Brasileiro Parte 2 Professora: Nathália Bastos ORIENTAÇÕES TEÓRICAS DA PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO Modelo Mecanicista: o importante não é o que há dentro do organismo, senão

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br Desafio 1: Epidemiologia

Leia mais

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência

INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde. Um olhar sobre as várias formas de demência INCOGNUS: Inclusão, Cognição, Saúde Um olhar sobre as várias formas de demência Vila Velha de Ródão, 28 de novembro de 2016 O que é a Demência? A Demência é uma DOENÇA CEREBRAL, com natureza crónica ou

Leia mais

LEGISLAÇÃO PSICOLOGIA APRESENTAÇÃO CIENTÍFICA DOS SETORES DA APADEV PSICOLOGIA LINHAS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA PSICOLOGIA

LEGISLAÇÃO PSICOLOGIA APRESENTAÇÃO CIENTÍFICA DOS SETORES DA APADEV PSICOLOGIA LINHAS TEÓRICAS DA PSICOLOGIA PSICOLOGIA APRESENTAÇÃO CIENTÍFICA DOS SETORES DA APADEV Psicóloga: Joselaine de Barros Em 1879 em Leipzig, Wundt criou o primeiro laboratório dedicado aos estudos psíquicos É a ciência que estuda o comportamento

Leia mais

DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS ALIMENTARES

DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS ALIMENTARES DIRETRIZES SOBRE CO-MORBIDADES PSIQUIÁTRICAS EM DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS (ABEAD 2002) DEPENDÊNCIA DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS E TRANSTORNOS ALIMENTARES Introdução Quadros sugestivos de transtornos

Leia mais

A criança é convencida que está doente, Sente-se culpada pelo trabalho constante que dá ao agressor e por tudo de mal que lhe é atribuído como causa,

A criança é convencida que está doente, Sente-se culpada pelo trabalho constante que dá ao agressor e por tudo de mal que lhe é atribuído como causa, A criança é convencida que está doente, Sente-se culpada pelo trabalho constante que dá ao agressor e por tudo de mal que lhe é atribuído como causa, para toda a vida Luci Pfeifferer DECLARO NÃO TER CONFLITO

Leia mais

EMENTAS DAS DISCIPLINAS

EMENTAS DAS DISCIPLINAS EMENTAS DAS DISCIPLINAS CURSO DE GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA Morfofisiologia e Comportamento Humano Estudo anátomo-funcional de estruturas orgânicas na relação com manifestações emocionais. História e Sistemas

Leia mais

Para uma Educação e Formação Social, Humana e Profissional dos alunos da Escola Secundária Almeida Garrett

Para uma Educação e Formação Social, Humana e Profissional dos alunos da Escola Secundária Almeida Garrett ESCOLA SECUNDÁRIA DE ALMEIDA GARRETT DISCIPLINA: FORMAÇÃO CÍVICA 7.º E 8.º ANOS TEMAS A DESENVOLVER, OBJETIVOS E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ANO LETIVO: 2015/16 Para uma Educação e Formação Social, Humana e

Leia mais

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos

Ansiedade Generalizada. Sintomas e Tratamentos Ansiedade Generalizada Sintomas e Tratamentos Sumário 1 Ansiedade e Medo ------------------------------------ 03 2 Transtorno de ansiedade generalizada----------06 3 Sintomas e Diagnóstico-------------------------------08

Leia mais

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO

ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA. Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO ABORDAGEM DA SEXUALIDADE NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA Marcos Antonio Ribeiro Moraes Coordenação de DST/Aids SPAIS - SMS -GO Como o interno, que na adolescência vive um momento crucial da formação sexual (adolescência),

Leia mais

a conversa é quase uma unanimidade a percepção de que o período tem se alongado nos últimos

a conversa é quase uma unanimidade a percepção de que o período tem se alongado nos últimos Iniciando a conversa Não há uma definição única para o período de vida que chamamos de adolescência. As demarcações dependem de vários fatores, incluindo (com destaque) os socioeconômicos. Porém, para

Leia mais

Depressão em mulheres

Depressão em mulheres Depressão em mulheres Por que a depressão é maior em mulheres? O que é depressão? A depressão é um distúrbio de alteração do humor sério e por vezes incapacitante. Causa sentimentos de tristeza, desespero,

Leia mais

DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET. Oswaldo Rodrigues. Aneron Canals

DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET. Oswaldo Rodrigues. Aneron Canals DEPENDÊNCIA DE SEXO PELA INTERNET Oswaldo Rodrigues Aneron Canals ANERON CANALS MÉDICO PSIQUIATRA MESTRE EM PSICOLOGIA CLINICA PUCRS ESPECIALISTA EM TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL TREINAMENTO AVANÇADO

Leia mais

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA)

TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) Estratégias de atendimento educacional para pessoas com Transtorno Global do Desenvolvimento TGD/autistas PARTE 1 Queila Medeiros Veiga 3 Apresentação do professor

Leia mais

BULIMIA NERVOSA A PERFEIÇÃO É A DOENÇA DA NAÇÃO

BULIMIA NERVOSA A PERFEIÇÃO É A DOENÇA DA NAÇÃO BULIMIA NERVOSA A PERFEIÇÃO É A DOENÇA DA NAÇÃO ¹Marceli Apª Pedroso Santos, ¹Pedro Luiz Moreira Dias, ¹Valeria Conceição Ferreira, ²Rogerio Marchete Resumo Método: trata-se de uma revisão bibliográfica

Leia mais

TECENDO GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NOS CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL SEXUALIDADES NAS INFÂNCIAS

TECENDO GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NOS CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL SEXUALIDADES NAS INFÂNCIAS TECENDO GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL NOS CURRÍCULOS DA EDUCAÇÃO INFANTIL SEXUALIDADES NAS INFÂNCIAS SEXUALIDADE HUMANA OMS A sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um é uma necessidade

Leia mais

Transtornos Alimentares e Transtorno por Uso de Substância: Considerações sobre Comorbidade

Transtornos Alimentares e Transtorno por Uso de Substância: Considerações sobre Comorbidade Transtornos Alimentares e Transtorno por Uso de Substância: Considerações sobre Comorbidade Maurício Canton Bastos Doutor em Psicologia Social e da Personalidade (UFRJ) Mestre em Psicologia Cognitiva (FGV-RJ)

Leia mais

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL (PDCV) 11/05/2017

PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL (PDCV) 11/05/2017 (PDCV) 11/05/2017 Não há um consenso bem estabelecido quanto às faixas Não há um consenso bem estabelecido quanto às faixas etárias que estabelecem as diferentes fases da vida adulta etárias que estabelecem

Leia mais

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral

Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Capítulo 1 Uso de Substâncias e Dependência: Visão Geral Do ponto de vista comportamental, dependência pode ser conceitualizada como um prejuízo na capacidade de inibir a busca por determinada droga em

Leia mais

VIVER BEM ALCOOLISMO

VIVER BEM ALCOOLISMO VIVER BEM ALCOOLISMO Alcoolismo (ou etilismo) é um termo amplo para descrever problemas com o álcool (etanol), causados pelo uso compulsivo e descontrolado de bebidas alcoólicas, na maioria das vezes com

Leia mais

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP)

Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) Profa. Ana Carolina Schmidt de Oliveira Psicóloga CRP 06/99198 Especialista em Dependência Química (UNIFESP) Doutoranda (UNIFESP) anacarolina@vidamental.com.br vidamental.com.br Venha se especializar com

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES

Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES Pontifícia Universidade Católica Psicologia Jurídica AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES REALIDADE Realidade psíquica elaborada pelo indivíduo a partir dos conteúdos armazenados na mente As vezes, usamos nossa

Leia mais

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce.

O estirão Nos meninos, ocorre entre 14 e 16 anos. Nas meninas entre 11 e 12 anos. É a fase que mais se cresce. A sexualidade no ser humano atravessa um longo desenvolvimento e tem início na adolescência. Cada pessoa tem seu desenvolvimento. No menino a puberdade se inicia com a primeira ejaculação ou polução e

Leia mais

SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL. Profa. Keila Ribeiro

SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL. Profa. Keila Ribeiro SAUDE MENTAL E TRANSTORNO MENTAL Profa. Keila Ribeiro Conceitos Saúde Mental Transtorno Mental Descrições de Transtornos Mentais mais frequentes O que é o exame mental? Saúde Mental o sujeito deve... Compreender

Leia mais

SUICÍDIO COMO IDENTIFICAR?

SUICÍDIO COMO IDENTIFICAR? COMO IDENTIFICAR? Ludmila Palhano 1 O detalhamento do conhecimento dos fatores de risco auxilia na delimitação da populações nas quais os eventos poderão ocorrer com maior frequência. ABP, 2014 Dois principais

Leia mais

Desenvolvimento humano: Traumas e transtornos. Prof Me. Irisomar Fernandes Silva ceevix.com

Desenvolvimento humano: Traumas e transtornos. Prof Me. Irisomar Fernandes Silva ceevix.com Desenvolvimento humano: Traumas e transtornos Prof Me. Irisomar Fernandes Silva 27 99224 6450 ceevix.com Somos seres em constante desenvolvimento e evolução Do ( ) 09 até a morte, estamos no processo diuturno

Leia mais

Anorexia/Bulimia. Trabalho realizado por: Ana Margarida Piloto Carla Sofia Veiga Catarina Isabel Cabral Sandra Catarina Dias

Anorexia/Bulimia. Trabalho realizado por: Ana Margarida Piloto Carla Sofia Veiga Catarina Isabel Cabral Sandra Catarina Dias Anorexia/Bulimia Trabalho realizado por: Ana Margarida Piloto Carla ofia Veiga Catarina Isabel Cabral andra Catarina Dias 1 Anorexia Critérios rios de Diagnóstico Recusa de manter um peso igual ou superior

Leia mais

O Desenvolvimento da criança. Psicologia Aplicada a Educação Prof. Marcos Romão

O Desenvolvimento da criança. Psicologia Aplicada a Educação Prof. Marcos Romão O Desenvolvimento da criança Psicologia Aplicada a Educação Prof. Marcos Romão O desenvolvimento O Desenvolvimento Humano, é mais uma área de estudos da Psicologia desde o nascimento até a vida adulta,

Leia mais

COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO. Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027

COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO. Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027 COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027 COMORBIDADES * Denomina-se COMORBIDADE a situação onde

Leia mais

COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO. Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027

COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO. Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027 COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E TRATAMENTO Centro de Estudos da Clínica Jorge Jaber Psicóloga Simone Leite Especialista na área Clínica CRP 05/21027 COMORBIDADES * Denomina-se COMORBIDADE a situação onde

Leia mais

14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e

14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e 14- LA TAILLE, Yves. DANTAS, Heloisa e Concurso Público Osasco PEB I - 2017 OLIVEIRA, Marta Kohl de, Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. ed., São Paulo: Summus, 1992 PROFESSOR

Leia mais

Anaí Machado Resende- Psicóloga Elizene dos Reis Oliveira - Psicóloga Marnia Santos Muniz- Psicóloga

Anaí Machado Resende- Psicóloga Elizene dos Reis Oliveira - Psicóloga Marnia Santos Muniz- Psicóloga Anaí Machado Resende- Psicóloga Elizene dos Reis Oliveira - Psicóloga Marnia Santos Muniz- Psicóloga Forma como construímos a nossa imagem a partir de conceitos que temos de nós mesmos, e de como os outros

Leia mais

TRABALHO E SAÚDE MENTAL. Cargas de trabalho e possíveis transtornos

TRABALHO E SAÚDE MENTAL. Cargas de trabalho e possíveis transtornos TRABALHO E SAÚDE MENTAL Cargas de trabalho e possíveis transtornos A influência das características atuais do trabalho sobre a saúde mental dos trabalhadores pode decorrer de inúmeros fatores e situações:

Leia mais

l. Você notou algum padrão nessas reações (os momentos em que as coisas melhoram, horário do dia, semana, estação)?

l. Você notou algum padrão nessas reações (os momentos em que as coisas melhoram, horário do dia, semana, estação)? Entrevista inicial para terapia cognitivo-comportamental Nome: Data: 1. Data de nascimento e idade. 2. Estado civil, filhos (nome e idade). 3. Situação de vida atual. Com quem você vive? Como é o local?

Leia mais

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down

DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO: Transtornos Mentais na Síndrome de Down DUPLO DIAGNÓSTICO Refere-se a pessoas com deficiência intelectual e também um outro transtorno psicológico ou psiquiátrico. TRANSTORNOS MENTAIS

Leia mais

Alexandre de Araújo Pereira

Alexandre de Araújo Pereira SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA / SAÚDE DA FAMÍLIA: CO-RESPONSABILIDADE NO TERRITÓRIO III MOSTRA NACIONAL DE III MOSTRA NACIONAL DE PRODUÇÃO EM SAÚDE DA FAMÍLIA BRASÍLIA 08/2008 Alexandre de Araújo Pereira

Leia mais

COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL INFANTIL: COMO PREVENIR

COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL INFANTIL: COMO PREVENIR COMPORTAMENTO ANTISSOCIAL INFANTIL: COMO PREVENIR Maria Luiza Marinho Casanova Universidade Estadual de Londrina Depto Psicologia Geral e Análise do Comportamento PREVENÇÃO Estudos sobre a prevenção de

Leia mais

Agrupamento de Escolas Dr. Vieira de Carvalho P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L D E E D U C A Ç Ã O P A R A A C I D A D A N I A

Agrupamento de Escolas Dr. Vieira de Carvalho P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L D E E D U C A Ç Ã O P A R A A C I D A D A N I A Agrupamento de Escolas Dr. Vieira de Carvalho P L A N I F I C A Ç Ã O A N U A L D E E D U C A Ç Ã O P A R A A C I D A D A N I A ANO LETIVO 2018/2019 1.º Período Áreas temáticas Conteúdos programáticos

Leia mais

Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral

Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral Dependência Química Transtorno por Uso de Substâncias Por Silvia Tavares Cabral A característica essencial por uso de substâncias consiste na presença de um agrupamento de sintomas cognitivos, comportamentais

Leia mais

O FAZER DA PSICOLOGIA DO IFRN: Mitos e Verdades. Apresentação dos profissionais de Psicologia do IFRN

O FAZER DA PSICOLOGIA DO IFRN: Mitos e Verdades. Apresentação dos profissionais de Psicologia do IFRN O FAZER DA PSICOLOGIA DO IFRN: Mitos e Verdades Apresentação dos profissionais de Psicologia do IFRN Psicologia e Educação Atualmente, a Psicologia inserida na Educação, preocupase com as políticas públicas

Leia mais

MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL

MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL MÓDULO 6 - USO NOCIVO DE SUBSTÂNCIAS - ÁLCOOL GABARITO DAS QUESTÕES NORTEADORAS (Aspectos que devem ser contemplados na resposta das questões norteadoras) PERGUNTA NORTEADORA 1: Neste caso temos cinco

Leia mais

do canguru, mamífero que nasce e permanece na bolsa materna até atingir uma condição física e psíquica que permita que ande e se alimente por conta

do canguru, mamífero que nasce e permanece na bolsa materna até atingir uma condição física e psíquica que permita que ande e se alimente por conta Apresentação No livro anterior, Filhos sadios, pais felizes, descrevemos os fatos característicos da evolução psicossocial da grande maioria das crianças desde o nascimento até os dez anos de idade e sua

Leia mais

Suicídio: informando para prevenir.

Suicídio: informando para prevenir. Suicídio: informando para prevenir. O suicídio pode ser definido como um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente,

Leia mais

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes?

Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar e lidar com estes pacientes? Sávia M. Emrich Pinto Psicóloga Serviço de Radioterapia Sinais visíveis de transtornos psicológicos: como identificar

Leia mais

Desenvolvimento psicossocial do adolescente e do adulto jovem - Apoio ao estudante Disciplina Tópicos em Educação nas Profissões da Saúde II

Desenvolvimento psicossocial do adolescente e do adulto jovem - Apoio ao estudante Disciplina Tópicos em Educação nas Profissões da Saúde II Desenvolvimento psicossocial do adolescente e do adulto jovem - Apoio ao estudante Disciplina Tópicos em Educação nas Profissões da Saúde II Objetivos Apresentar conceitos relacionados ao aprendizado em

Leia mais

Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez 2016)

Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez 2016) Compartilhe conhecimento: Além de cuidar das crianças, precisamos estar atentos à saúde psicológica das mães. Entenda os sintomas e os tratamentos da depressão pós-parto. Depressão Pós Parto. (NEJM, Dez

Leia mais

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico

Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Estruturas da Personalidade e Funcionamento do Aparelho Psíquico Para Freud, a personalidade é centrada no crescimento interno. Dá importância a influência dos medos, dos desejos e das motivações inconscientes

Leia mais

Agrupamento de Escolas da Sé

Agrupamento de Escolas da Sé PLANIFICAÇÃO - EDUCAÇÃO PARA A CIDADANIA Metas: Criar um ambiente saudável, pautado pelo respeito mútuo e sentido de responsabilidade; Adotar uma cultura de prevenção, segurança e vida saudável; Participar

Leia mais

Inteligência: cognitiva, psicomotora, emocional, social, moral

Inteligência: cognitiva, psicomotora, emocional, social, moral A sala de aula é espaço rico para o inteligência Inter - e -Intrapessoal. desenvolvimento da Inteligência: cognitiva, psicomotora, emocional, social, moral Frustrações, limitações, conflitos, que surgem

Leia mais

Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público

Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho no Serviço Público Um ambiente desfavorável no trabalho é um fator de risco para 60% das doenças não transmissíveis Ban Ki-Moon marcoavezzani@gmail.com

Leia mais

A Loucura. O modelo psicossocial 05/11/2017. Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica

A Loucura. O modelo psicossocial 05/11/2017. Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica Definição de Loucura na perspectiva Sócio- Histórica A Loucura A concepção de homem como um sujeito sóciohistoricamente constituído Retardo Mental e Déficits de Aprendizagem foram muito abordados na perspectiva

Leia mais

Gelder M, Mayou R, Geddes J. Psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999.

Gelder M, Mayou R, Geddes J. Psiquiatria. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1999. Diretrizes de abordagem psicoterápica na atenção primária Alexandre de Araújo Pereira ASPECTOS GERAIS Os profissionais que atuam em serviços de atenção primária de saúde frequentemente interagem com uma

Leia mais

O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego "autos" que significa "si mesmo" referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo.

O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego autos que significa si mesmo referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo. O Autismo desafia generalizações. A palavra vem do grego "autos" que significa "si mesmo" referindo-se a alguém retraído e absorto em si mesmo. O autismo é um transtorno do desenvolvimento que compromete

Leia mais

A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de A "Organização Mundial de Saúde" (OMS) define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades". De acordo com a OMS, saúde mental

Leia mais

ASPECTOS PSICODINÂMICOS E FAMILIARES NOS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

ASPECTOS PSICODINÂMICOS E FAMILIARES NOS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM ASPECTOS PSICODINÂMICOS E FAMILIARES NOS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM Paula Neves Matos Soares 1 Resumo: Realizou-se uma reflexão a respeito dos aspectos emocionais e familiares nos distúrbios de aprendizagem

Leia mais

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra.

Transtornos Mentais no Trabalho. Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR Psiquiatra. Transtornos Mentais no Trabalho Carlos Augusto Maranhão de Loyola CRM-PR 20879. Psiquiatra. carlosamloyola@icloud.com No período Medieval - caráter de Possuído. O tratamento: pregações, exorcismo, santificação

Leia mais