Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal

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1 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal HELENA KOCH GUIMARÃES DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS BRASÍLIA/DF MAIO/2006 1

2 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA ANÁLISE DE PREVALÊNCIA DE SALMONELOSE EM CRIAÇÕES NÃO TECNIFICADAS DE GALLUS GALLUS NO DISTRITO FEDERAL HELENA KOCH GUIMARÃES ORIENTADOR: FRANCISCO ERNESTO MORENO BERNAL CO-ORIENTADOR: VITOR SALVADOR PICÃO GONÇALVES DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS PUBLICAÇÃO: 226/2006 BRASÍLIA/DF MAIO/2006 2

3 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA ANÁLISE DE PREVALÊNCIA DE SALMONELOSE EM CRIAÇÕES NÃO TECNIFICADAS DE GALLUS GALLUS NO DISTRITO FEDERAL HELENA KOCH GUIMARÃES DISSERTAÇÃO DE MESTRADO SUBMETIDA À FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS À OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS NA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO DE DISCIPLINAS DE PRODUÇÃO ANIMAL. APROVADA POR: Prof. FRANCISCO ERNESTO MORENO BERNAL, doutor (UnB) (ORIENTADOR) CPF: framobe@unb.br Profa. SIMONE PERECMANIS, doutora (UnB) (EXAMINADORA INTERNA)CPF: perecmaniss@unb.br Prof. MILTON THIAGO DE MELLO, doutor (EXAMINADOR EXTERNO) CPF: anmil@uol.com.br BRASÍLIA/DF, 19 de MAIO de

4 FICHA CATALOGRÁFICA Guimarães, Helena Koch Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal. Helena Koch Guimarães; orientação de Francisco E.M.Bernal. - Brasília, p.; il. Dissertação de Mestrado (M) Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Salmonella 2.Gallus gallus 3.aves caipiras 4. suabe cloacal I. Bernal, F.E.M. II. Dr. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA GUIMARÃES, H.K. Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal. Brasília: Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, 2006, 54 p. Dissertação de Mestrado. CESSÃO DE DIREITOS NOME DO AUTOR: Helena Koch Guimarães TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE MESTRADO: Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal. GRAU: Mestre ANO: 2006 É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta dissertação de mestrado e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta dissertação de mestrado pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor. Helena Koch Guimarães CPF: SQN 316 bloco G apartamento 602, Asa Norte CEP Brasília/DF - Brasil (61) helenakoch@yahoo.fr 4

5 Dedico... A minha mãe, amigos e familiares pelo apoio e compreensão. Aos professores que ajudaram na minha formação profissional e pessoal. 5

6 Agradeço... A minha mãe, pela minha criação e formação. Aos meus amigos, pelos momentos que passamos juntos, sejam estes bons ou ruins, e por sempre me apoiarem, mesmo à distância. Aos meus professores, que sempre me ajudaram neste trabalho e em outros, em especial aos meus orientadores Francisco e Vitor. As minhas orientadoras que não levam o nome neste projeto, mas que me ajudaram neste trabalho: Simone Perecmanis, Ângela Patrícia Santana, Débora Cléa Ruy. Aos técnicos da EMATER que ajudaram na coleta das amostras e aos técnicos Hudson, Nara e Daniela do laboratório de microbiologia da UnB que me auxiliaram nas análises das amostras. Aos meus amigos e fotógrafos de salmonelas que me ajudaram nas fotos presentes neste trabalho, Taís e Diego. Ao meu gato Viggo que tanta alegria me proporciona com sua presença e ao apoio enquanto escrevia este trabalho às três horas da manhã e ele permanecia quietinho ao lado do computador, me dando forças para continuar a escrever. 6

7 Se você não diz o que pensa, logo ousará dizer o que não pensa Theodore Parker ( ) 7

8 ÍNDICE PÁGINA Introdução 13 Objetivos 14 Revisão de literatura 15 Etiologia das salmoneloses 15 Antígenos 15 Antígenos O 16 Antígenos H 16 Antígenos K 16 Exclusão competitiva 17 Nomenclatura 18 Diagnóstico 18 Meios de cultura 20 Epidemiologia 21 Distribuição 21 Hospedeiros suscetíveis 21 Reservatórios e fontes de infecção 22 Morbidade, letalidade e mortalidade em animais 23 Vias de eliminação 23 Transmissão 23 Transmissão entre as aves 24 Salmonelose em animais 25 Salmoneloses em aves 25 Pulorose 27 Tifo aviário 28 Paratifos aviários 29 Diagnóstico diferencial 30 Tratamento 30 Controle e Prevenção 31 Salmonelose em humanos 33 Prevenção das toxiinfecções alimentares 35 Surtos de infecção alimentar 37 Salmonelas em produtos de origem aviária 37 Contaminação em ovos 37 Material e métodos 39 Método de amostragem 39 Análise laboratorial 41 Resumo do esquema utilizado no trabalho 52 Resultados e discussão 53 Conclusões 59 Bibliografia 60 8

9 ÍNDICE DE TABELAS TABELA PÁGINA Tabela 1- Nomenclatura anterior e atual das subespécies que compõem a Salmonella enterica 18 9

10 ÍNDICE DE FIGURAS FIGURA PÁGINA Foto 1- Rappaport-Vassiliadis 42 Foto 2- Agar MacConkey 42 Foto 3- TSI 44 Foto 4- Agar fenilalanina 45 Foto 5- VM/VP 46 Foto 6- Indol 47 Foto 7- Salicina 48 Foto 8- Citrato de Simmons 49 Foto 9- Arginina 50 Foto 10- Malonato 51 10

11 Análise de prevalência de salmonelose em criações não tecnificadas de Gallus gallus no Distrito Federal. Resumo geral A distribuição mundial das Salmonellas já é conhecida, tanto em populações animais, como em grupos humanos, convertendo-se em sérios problemas de saúde pública, e juntamente com o gênero Campylobacter, é responsável por cerca de 90% das toxinfecções alimentares registradas. As populações de aves de produção encontram-se entre as principais espécies animais fornecedoras de proteína para os humanos, e acrescentando a fácil contaminação a nível de campo, as tornam um dos principais grupos de transmissores das Salmonellas, devido ao alto consumo de aves inteiras ou de partes ou subprodutos das mesmas. O presente trabalho teve como objetivo pesquisar a prevalência de salmonelas em 300 aves Gallus gallus adultos criados em propriedades não tecnificadas do Distrito Federal, bem como tipificá-las posteriormente na Fundação Oswaldo Cruz do Rio de Janeiro/RJ e realizar antibiograma para ver a sensibilidade das salmonelas encontradas a diferentes antibióticos. De cada ave foi coletado um suabe cloacal que era incubado no Rappaport-Vassiliadis por 48 horas a 37 o C, posteriormente foi repicado em ágar MacConkey a 37 o C por 24 horas e as colônias típicas de Salmonella eram repassadas no TSI a 37 o C por 24 horas, de onde os resultados típicos eram repassados para diversos testes bioquímicos. Nas aves analisadas não foi encontrada nenhuma Salmonella. Palavras chaves: Salmonella, Gallus gallus, ave caipira, suabe cloacal 11

12 Salmonellosis's prevalence analysis in Gallus gallus's farms with no technical means in the Distrito Federal. Abstract Salmonellas are world-wide spread and besides being cause of disease for poultry, they still constitute a problem in what concerns public health, since Salmonella combined with Campylobacter sp. are estimated to be responsible for over 90% of the cases in the world related to food bacterial toxic infection; in case of Salmonellas, products derived from aviculture (poultry production), are the principal responsible. The present work aimed at developing a research on the predominance of Salmonellas, involving 300 Gallus Gallus poultry raised in farms with no technical means, in Distrito Federal, as well as typifying them later in the Foundation Oswaldo Cruz- Rio de Janeiro/RJ and also carrying out antibiograms to verify the Salmonellas susceptibility to different antibiotics. It was collected- from each poultry- a swab cloacal which was incubated in the Rappaport-Vassiliads for 48 hours at 37º degrees centigrade; later on, it was transplanted to a MacConkey agar at 37º degrees centigrade per hour and the typical Salmonella colonies it was *re-passed to the TSI at 37º centigrade for a period of 24 hours, from where the typical results it was* re-passed for several biochemical tests. No Salmonelas were found in the poultry analyzed. Key words: Salmonella, Gallus gallus, tacky chicken, swab cloacal 12

13 Introdução As salmonelas são microorganismos que podem causar doenças no homem e nos animais (PELCZAR et al, 1981; NASCIMENTO et al, 2000 e JACOB et al, 2002), sendo um dos gêneros bacterianos mais estudados (NASCIMENTO et al, 2000). O gênero Salmonella tem este nome devido ao americano Dr. Salmon, veterinário bacteriologista do século XIX (KORSAK, 2004). Em 1884, Salmon e Smith isolaram microorganismos que posteriormente foram denominados Salmonella Choleraesuis; em 1888, Gärtner descobriu a Salmonella Enteritidis; em 1889, Loeffler descobriu a Salmonella Typhimurium (STELLMACHER, 1999). São conhecidos mais de 2500 sorotipos de Salmonella, no entanto, apenas 80 a 90 são os mais comuns em casos de infecções nas aves e nos humanos (BERCHIERI JR, 2000). Dentre esses sorotipos, alguns podem infectar as aves e também podem estar associados a casos de toxinfecção alimentar no homem (HUMBERT e SALVAT, 1997 e BERCHIERI JR, 2000). As toxinfecções alimentares são um grave problema de saúde pública, sendo que a maioria dessas doenças estão associadas ao consumo de carne de aves e de produtos avícolas contaminados com os sorotipos paratifóides de Salmonella e com Campylobacter jejuni (WHITE et al, 1997). As salmonelas são um grave problema para a avicultura industrial e, portanto, para a saúde pública (ANDRADE et al, 1995 e TESSARI, 2003), pois o consumo de carne de frango é cada vez maior (TESSARI et al, 2003). 13

14 Objetivos O presente trabalho teve como objetivos: determinar a prevalência de Salmonella em Gallus gallus adultos criados em propriedades não tecnificadas do Distrito Federal; tipificar as salmonelas encontradas no Instituto Oswaldo Cruz localizado no Rio de Janeiro/RJ; verificar a sensibilidade das salmonelas isoladas a diferentes antibióticos por meio da realização de antibiogramas. 14

15 Revisão de Literatura 1) Etiologia das salmoneloses As salmonelas são bactérias pertencentes à família Enterobacteriaceae, gênero Salmonella (BIER, 1976 e CARTER, 1988). São bastonetes gram-negativos, não formadores de esporos (PELCZAR et al, 1981; CARTER, 1988; PINTO, 1996; GORZYNSKI, 1997 e ITO et al, 2004), aeróbios e anaeróbios facultativos (BIER, 1976; PELCZAR et al, 1981; CARTER, 1988; PINTO, 1996; GORZYNSKI, 1997 e KRUININGEN, 1998) com cerca de 2 a 5 µm de comprimento por 0,7 a 1,5 µm de largura (KORSAK, 2004). Devido aos flagelos peritríquios, são móveis (BIER, 1976; PELCZAR et al, 1981; PINTO, 1996 e KORSAK, 2004), no entanto, algumas salmonelas não possuem flagelo, portanto são imóveis (TOLEDO, 1996 e GORZYNSKI, 1997), como a Salmonella Gallinarum e a S. Pullorum (BIER, 1976; BERCHIERI JR, 2000 e ITO et al, 2004). 1.1) Antígenos As salmonelas possuem antígenos somáticos (designados por O), flagelares (designados por H) e de virulência ou capsular ocasional (designado por Vi), que através de sua "combinação" determinam o sorovar com referência à fórmula antigênica do esquema de Kauffman-White (QUINN et al, 1994 e OIE, 2004), no qual os microorganismos estão classificados pelos números e letras atribuídos a diferentes antígenos (PELCZAR et al, 1981). Os diferentes antígenos das salmonelas são identificados por meio de testes de aglutinação, utilizando-se anti-soros preparados em coelhos (TRABULSI e TOLEDO, 1996). 15

16 1.1.1) Antígenos "O" Os antígenos "O" são somáticos (BIER, 1976; PELCZAR et al, 1981; TRABULSI e TOLEDO, 1996 e LEVINSON e JAWETZ, 1998) e são numerados de um a 65 (PELCZAR et al, 1981). De acordo com GORZYNSKI (1997), a parede celular das bactérias gram-negativas possui três componentes externos à camada de peptidoglicana: lipoproteína, membrana externa e lipopolissacarídeo (LPS). O polissacarídeo do LPS é o principal antígeno de superfície dessas bactérias (designado como "O") e sua especificidade antigênica é devido às unidades terminais repetidas (trissacarídeos ou tetrassacarídeos ou pentassacarídeos) ) Antígenos "H" Os antígenos "H" são flagelares e, portanto, são encontrados apenas nas bactérias móveis, ou seja, que possuem flagelo (PELCZAR et al, 1981; TRABULSI e TOLDEDO, 1996 e LEVINSON e JAWETZ, 1998). O antígeno "H" das salmonelas que o possuem, podem alternar reversivelmente os dois tipos de "H" conhecidos: fase 1 e fase 2. Essa mudança na antigenicidade pode ser utilizada para fugir da resposta imune do hospedeiro (LEVINSON e JAWETZ, 1998). Existem duas fases de antígenos "H", um e dois; os antígenos da fase um são designados por letras minúsculas de "a" até "z", z 1 até z 59 ; os antígenos da fase dois foram numerados, mas devido a reações cruzadas incluem muitas designações da fase um (PELCZAR et al, 1981) ) Antígenos "K" Os antígenos "K" (letra vem da palavra alemã kapsein, que significa cápsula) de origem polissacarídica (BIER, 1976), sendo que entre as salmonelas, apenas a Salmonella Typhi possui e é designado por antígeno Vi 16

17 (capsular) (PELCZAR et al, 1981; TRABULSI e TOLEDO, 1996 e LEVINSON e JAWETZ, 1998). 1.2) Exclusão competitiva As bactérias requerem condições ambientais específicas para a sua aderência, colonização e patogênese nos animais. Dessa forma, a população normal de bactérias comensais tem capacidade para excluir por competição física e química as salmonelas. Para ocorrer a colonização entérica por patógenos é necessário alguma alteração na homeostase da microbiota intestinal normal, tais como: modificação rápida na alimentação, modificação ambiental, uso de antibióticos, altas doses de bactérias infectantes e dano epitelial causado por outro patógeno. Pesquisas demonstram que a população de bactérias do intestino pode ser alterada pela inoculação intencional de bactérias benéficas, ou exclusão competitiva (UGA, 2002). A exclusão competitiva é utilizada para reduzir a infecção por Salmonella e por outros patógenos em aves e outras espécies (ITO et al, 2004; OIE, 2004 e SCHNEITZ, 2005). Segundo SCHNEITZ (2005), estudos realizados em vários países mostram que o conceito da exclusão competitiva se aplica a todos os sorotipos de Salmonella. Pelo Princípio de Nurmi, a exclusão competitiva também abrangeria um conceito imunológico: no caso de bactérias próximas filogeneticamente e que teriam antígenos em comum, a infecção e/ou imunidade por uma, protegeria o animal da outra (FIORENTIN, 2000). Isso é útil para entender que a infecção por uma salmonela pode proteger o animal da infecção por outra. O trabalho de RABSCH et al (2005) mostra que na Alemanha (embora isso já tenha sido comprovado em outros países como Estados Unidos e Inglaterra) a S. Enteritidis ocupou o nicho ecológico deixado pela erradicação da S. Gallinarum na avicultura. 17

18 2) Nomenclatura A classificação do gênero Salmonella é bastante complexa e por isso, controversa, o que fez com que surgissem diversas nomenclaturas por vários anos (CORRÊA e CORRÊA, 1992 e OIE, 2004). A nomenclatura mais recente considera que o gênero Salmonella consiste em duas espécies: S. enterica e S. bongori. A S. enterica é dividida em seis subespécies, que são distinguíveis por certas características bioquímicas. Estas subespécies são (OIE, 2004): TABELA 1: NOMENCLATURA ANTERIOR E ATUAL DAS SUBESPÉCIES QUE COMPÕEM A SALMONELLA ENTERICA Nomenclatura anterior Nomenclatura atual Subespécie I Subespécie enterica Subespécie II Subespécie salamae Subespécie IIIa Subespécie arizonae Subespécie IIIb Subespécie diarizonae Subespécie IV Subespécie houtenae Subespécie VI Subespécie indica Observação: na nomenclatura anterior, a subespécie V corresponde atualmente à S. bongori. Fonte: OIE (2004) Somente para os sorovares da subespécie enterica, os nomes foram retirados. Estes nomes já não devem ser escritos em itálico e a primeira letra deve ser escrita em maiúscula. Por exemplo, a Salmonella enterica subespécie enterica sorovar typhimurium, pode ser escrita como S. Typhimurium (OIE, 2004). 3) Diagnóstico O diagnóstico definitivo das salmoneloses é feito por isolamento e identificação ou sorotipagem da bactéria (TOLEDO, 1996; HUMBERT e SALVAT, 1997; ITO et al, 2004 e PEREIRA e SILVA, 2005). Para as 18

19 salmoneloses, a sorologia não possui valor diagnóstico definitivo, mas permite detectar as aves ou outros animais que tiveram contato com as salmonelas, o que constitui uma ferramenta útil em programas sanitários (PEREIRA e SILVA, 2005). Geralmente os testes sorológicos são feitos com uma amostra representativa da população e possui valor limitado quando os animais são vacinados (OIE, 2004). Nas aves, o teste completo de sangue é utilizado no diagnóstico rápido de S. Pullorum e S. Gallinarum na propriedade (OIE, 2004). Esse exame sorológico de sangue chamado soroaglutinação em placa tem a vantagem de selecionar as aves soropositivas para aprofundarem nos exames. Caso se confirmem positivas, devem ser descartadas da reprodução e retiradas do contato com as demais. Em galinhas é realizado o abate (BENEZ, 2001). Para o diagnóstico baseado no isolamento de microorganismos, o material deve ser coletado assepticamente de tecidos em necropsias ou em fezes, suabes retais, amostras ambientais, alimentos e matéria-prima de alimentos (OIE, 2004). As etapas necessárias para o isolamento e a identificação das salmonelas são, nessa ordem, pré-enriquecimento, enriquecimento seletivo, plaqueamento, análise bioquímica e tipificação sorológica (NASCIMENTO et al, 2000 e OIE, 2004). Geralmente, a etapa de pré-enriquecimento é utilizada na análise de material desidratado ou quando é necessária para viabilizar o início da pesquisa da bactéria; as demais etapas são sempre obrigatórias (NASCIMENTO et al, 2000). O gênero Salmonella pode ser diferenciado de outras enterobactérias e dentro do mesmo gênero com base em reações bioquímicas, das quais se incluem o aspecto das colônias em meios diferenciais e a tipificação sorológica (PELCZAR et al, 1981). As salmonelas apresentam resultados negativos para os testes bioquímicos de indol, Vogues-Prokaeur (VP), urease, fenilalanina desaminase e sacarose, e resultados positivos para o vermelho de metila (VM), lisina descarboxilase, D-glicose produção de ácido e D-manitol, e resultados variáveis para H 2 S no três açucares e ferro (TSI), 19

20 citrato de Simmons, arginina desidrolase, ornitina descarboxilase, motilidade, malonato, D-glicose produção de gás, dulcitol e maltose (MAPA, 1995). 3.1) Meios de cultura Todas as enterobactérias crescem bem em ágar sangue e em ágar MacConkey (QUINN et al, 1994 e LEVINSON e JAWETZ, 1998), sendo que esse último meio, permite a fermentação da lactose, critério de maior importância para a identificação dessas bactérias (LEVINSON e JAWETZ, 1998). Embora o MacConkey seja um meio seletivo, ele permite o crescimento de outras bactérias gram negativas que não são enterobactérias. Também podem ser utilizados o ágar verde brilhante e o ágar XLD que são mais seletivos e utilizados para isolar salmonelas, no entanto permite o crescimento de outras enterobactérias (QUINN et al, 1994). As salmonelas crescem bem em meios seletivos como o ágar azul de metileno-eosina, Mc-Conkey e similares, sem fermentar a lactose e, portanto, produzindo colônias transparentes com cerca de um milímetro de diâmetro após 24 horas a 37 o C no cultivo (CORRÊA e CORRÊA, 1992). Os meios recomendados pelo MAPA (1995) para isolamento de salmonelas são: ágar MacConkey, ágar verde brilhante, ágar Hektoen e ágar Rambach. Nas condições comuns de isolamento e observação, as bactérias do gênero Salmonella e Proteus são bastante similares (ambas não fermentam a lactose, podem produzir H 2 S), no entanto o Proteus desdobra a uréia (CORRÊA e CORRÊA, 1992). Os inibidores de bactérias gram positivas: violeta cristal e verde brilhante; inibidores de coliformes: sais biliares, que favorecem as salmonelas. O sulfito de bismuto é eletivo para a S. Typhi (BIER, 1976). 20

21 4) Epidemiologia 4.1) Distribuição As salmonelas são encontradas em todos os países, mas a maior prevalência é em áreas de criação animal intensiva, principalmente de suínos e bovinos e algumas espécies de aves em confinamento (OIE, 2004), mas em regiões, climas ou estações quentes, a freqüência de casos clínicos é maior (CORRÊA e CORRÊA, 1992). Os fatores mais importantes para a sua presença são os portadores crônicos entre os animais e o homem e também a capacidade da bactéria em conservar-se e multiplicar-se por longos períodos no meio ambiente (STELLMACHER, 1999). 4.2) Hospedeiros suscetíveis São susceptíveis às salmonelas, todas as espécies de animais domésticos (CORRÊA e CORRÊA, 1992 e OIE, 2004), especialmente em aves e suínos. Animais jovens ou prenhes ou em lactação são mais suscetíveis (OIE, 2004). Todos os sorovares podem infectar os animais (exceto a S. Typhi) e o homem (CORRÊA e CORRÊA, 1992 e LEVINSON e JAWETZ, 1998), mas existe uma certa eletividade desses microorganismos pelas espécies animais, como por exemplo: S. Typhimurium (todas as espécies, pouco seletivo), S. Abortus-equi (eqüinos), S. Choleraesuis (suínos), S. Typhisuis (leitões), S. Dublin (bezerros) e S. Abortus-ovis (ovinos) (CORRÊA e CORRÊA, 1992). MILLÁN et al (2004) investigaram a presença de salmonelas em 82 pássaros e 123 mamíferos de vida livre, utilizado amostras de fígado, intestino e baço em cultura. Nas aves, a prevalência encontrada foi de 8,5% (7/82) e nos mamíferos foi de 7,2% (9/123). Nas aves, foram isolados os 21

22 seguintes sorotipos: S. Typhimurium, S. Enteritidis, S. Muenchen, sorotipo 6,14:z4,z )Reservatórios e fontes de infecção As salmonelas possuem vasta distribuição na natureza, sendo que o trato intestinal dos animais e do homem é seu principal reservatório (PEREIRA e SILVA, 2005). Os reservatórios dessas bactérias são os animais portadores inaparentes, animais domésticos e selvagens (CARTER, 1988; CORRÊA e CORRÊA, 1992 e BERCHIERI JR, 2000). Os répteis são comumente portadores assintomáticos de salmonelas (OIE, 2004). MILLAN et al (2004) ressaltam a importância de animais de vida livre como reservatórios de Salmonella, sendo um risco de contaminação para humanos e animais de criação. Alguns animais, especialmente aves e suínos, podem ser portadores assintomáticos e transmitirem a doença para outros animais e contaminarem alimentos (OIE, 2004), sendo as mais freqüentes fontes de contaminação de origem animal para o homem: frango e ovos (LEVINSON e JAWETZ, 1998). Segundo FARIAS (2000), a ocorrência de salmonelas em águas de esgoto e águas poluídas por essas fontes é descrita na literatura em muitos países, e é reconhecida a transmissão por veiculação hídrica e sabida a capacidade de sobrevivência dessas bactérias por longos períodos no meio aquático. Essa autora pesquisou em amostras de águas de esgoto e de águas de córrego em São Paulo, a presença de salmonela. Todas as amostras (100%) foram positivas. 22

23 4.4) Morbidade, letalidade e mortalidade em animais A morbidade nesta doença é variável, geralmente é baixa nas criações com manejo sanitário adequado e alta onde não há esse tipo de manejo. A mortalidade varia com a morbidade e com o uso rotineiro de medicamentos que alteram esses índices que são ativos contra o microorganismo (CORRÊA e CORRÊA, 1992). 4.5) Vias de eliminação As salmonelas podem residir na vesícula biliar ou no tubo intestinal de animais portadores (KRUININGEN, 1998). Essencialmente, as salmonelas se multiplicam no tubo digestivo, principalmente no ceco, e a excreção dessas bactérias pode ser massiva no ambiente (HUMBERT e SALVAT, 1997). 4.6) Transmissão A infecção geralmente é adquirida via oral (CARTER, 1988; LEVINSON e JAWETZ, 1998 e STELLMACHER, 1999), mas também pode ocorrer pelas vias aerógena, conjuntival, transplacentária e pelo ovo (STELLMACHER, 1999). Ingressando pela via digestiva com a água e alimentos contaminados, as salmonelas chegam aos intestinos, onde se instalam e se multiplicam. Dependendo da espécie do hospedeiro, da sua patogenicidade, da adaptação ao hospedeiro e idade deste, as salmonelas podem causar grave doença ou passar desapercebidas e permanecer no hospedeiro por meses ou anos, constituindo um reservatório da bactéria para animais suscetíveis (CORRÊA e CORRÊA, 1992). 23

24 Geralmente, infecções e epidemias são causadas por diversos tipos de produtos alimentares derivados da carne, ovos, leite e aves. Outros meios de infecção podem ser alimentos e água contaminados com fezes de roedores, alimentos infectados pelos manipuladores e por equipamentos e utensílios contaminados. Esporadicamente ocorre contaminação a partir do contato direto com um animal ou pessoa infectada (CARTER, 1988). A doença também pode ser transmitida por moscas e utensílios contaminados (KRUININGEN, 1998). Provavelmente, rações contaminadas por salmonelas contribuem para a introdução desses microorganismos nos plantéis (ANDRADE et al, 1995). ALBUQUERQUE et al (2000) analisaram em uma fábrica industrial de ração do interior de São Paulo, 136 amostras de ingredientes de rações, 43 amostras de rações prontas (sendo cinco de suínos e 38 de aves) e 110 amostras de suabes de pó. Das 136 amostras analisadas, 27 (19,85%) estavam contaminadas com salmonelas, sendo 59,26% em matérias-primas de origem animal, 29,63% em derivados vegetais e industriais e 11,11% em derivados lácteos. Das 43 rações prontas analisadas, duas (4,65%) foram positivas, sendo uma de aves (2,63%) e uma de suínos (20%). O percentual baixo na ração das aves em relação à de suínos, provavelmente se deve ao fato de que esta era destinada à alimentação de aves reprodutoras, nas quais não foram utilizadas matérias-primas de origem animal. Dos 110 suabes de pó, nenhum recuperou salmonelas ) Transmissão entre as aves Nas aves adultas, alguns sorovares de Salmonella podem se localizar no aparelho genital, causando a infecção transovarina (BARROW, 2000 e ITO et al, 2004). Isso caracteriza a transmissão vertical, na qual ocorre a contaminação do ovo dentro da galinha, sendo uma das principais formas de transmissão do tifo e pulorose aviárias (BERCHIERI JR, 2000 e SHIVAPRASAD, 2000). 24

25 No caso da transmissão vertical, caso o embrião sobreviva, pode ocorrer a contaminação do lote de aves e no caso de morte embrionária, muitos ovos podem ficar contaminados (HUMBERT e SALVAT, 1997). Após a postura, nos ninhos, nos galpões de matrizes, nos caminhões e nos incubatórios, os ovos para incubação podem se contaminar por Salmonella, o que também caracteriza a transmissão horizontal (ROCHA et al., 2003). A bactéria pode ser eliminada pelas fezes e contaminar alimentos, água e cama; pode ocorrer o canibalismo entre aves doentes, ingestão de ovos contaminados e de forma mecânica: pessoas e outros animais podem disseminar as salmonelas (BERCHIERI JR, 2000 e ITO et al, 2004). 5) Salmonelose em animais O tipo de salmonela e a dose de infecção são importantes fatores a serem considerados na ocorrência da doença, assim como fatores estressantes para os animais (STELLMACHER, 1999). Os sinais clínicos variam entre as espécies e com a idade: a salmonelose afeta com maior freqüência e de forma mais grave os animais novos do que os adultos (KRUININGEN, 1998). 5.1) Salmoneloses em aves As bactérias do gênero Salmonella podem causar três doenças em aves: a pulorose causada pela S. Pullorum, o tifo aviário causado pela S. Gallinarum (BERCHIERI JR, 2000; SHIVAPRASAD, 2000; ITO et al, 2004 e PEREIRA e SILVA, 2005), e o paratifo aviário, causado pelas outras espécies 25

26 de salmonelas, exceto as causadoras do tifo e da pulorose (BERCHIERI JR, 2000). Em aves, as infecções causadas por salmonelas apresentam amplo aspecto clínico, sendo grave a sintomatologia das salmonelas adaptadas às aves, que é o caso da S. Pullorum e da S. Gallinarum, enquanto que as salmonelas paratíficas geralmente não apresentam manifestações clínicas aparentes, freqüentemente ocasionando uma queda na produtividade do plantel avícola, mas podendo ser transmitida para outras espécies animais, através de fezes e aves infectadas ou seus produtos contaminados (PEREIRA e SILVA, 2005). ANDRADE et al (1995) analisaram 1304 suabes cloacais de aves de postura comercial com uma a 72 semanas de vida de seis granjas comerciais em Goiânia/GO e entorno. Nas granjas sem histórico de problemas sanitários, a prevalência de Salmonella foi de 3,98% (34/854), enquanto que nas granjas com problemas sanitários a prevalência foi de 11,33% (51/450); a média das amostras foi de 6,51% (85/1304). MURUGKAR et al (2005) pesquisaram 231 suabes cloacais de pássaros na Índia, sendo que 34 (14,7%) eram positivos. Quatro sorovares foram identificados: S. Typhimurium (35,3%), S. Gallinarum (35,3%), S. Enteritidis (23,5%) e S. Paratyphi B (5,9%). ROCHA et al. (2003) avaliaram 18 lotes de frangos de corte de três diferentes empresas integradoras em Goiás. Foram coletadas 378 amostras (sendo 198 de órgãos de pintos de um dia e 180 de forros de caixas de transporte). Nas caixas foram encontradas 11,11% de amostras positivas (2/180) e nos órgãos de pintos 3,03% (6/198), sendo que neste último, todos em um mesmo lote. O fato de ter sido encontrada uma maior positividade de salmonelas em caixas do que em órgãos, pode ser devido ao fato de que as caixas possuem maior representatividade, pois cada uma, acondiciona em média 100 pintos, aumentando a probabilidade de isolamento da bactéria. 26

27 PEREIRA e SILVA (2005) coletaram 160 amostras de soro sanguíneo, 44 suabes cloacais e 58 suabes ambientais em nove propriedades rurais de galinhas caipiras em Uberlândia (MG). O soro sanguíneo foi analisado pela prova de soroaglutinação rápida (SAR); os suabes cloacais foram feitos nas mesmas galinhas que foram coletados o sangue, com um pool de três a cinco suabes por amostra; os suabes ambientais foram coletados principalmente de locais como ninhos e poleiros. O SAR demonstrou que 88,9% (8/9) das propriedades e 35,5% (57/160) das aves foram positivas; com os suabes cloacais, Salmonella sp foi isolada em 11% (1/9) das propriedades e 2,27% (1/44) das aves; através dos suabes ambientais, 55,55% (5/9) das propriedades e 29,31% (17/58) das aves foram positivos para a salmonela. A Instrução Normativa número 78 (MAPA, 2003) estabelece normas para o monitoramento das salmoneloses S. Pullorum, S. Gallinarum, S. Enteritidis e S. Typhimurium em estabelecimentos avícolas que realizam comércio nacional e internacional, e à transferência nacional de seus produtos. Dessa forma, os estabelecimentos de linhas puras, bisavoseiros e avoseiros devem ser livres das quatro salmonelas; os matrizeiros devem ser livres para as S. Pullorum e S. Gallinarum e livres e/ou controlados para a S. Enteritidis e para a S. Typhimurium. Os estabelecimentos de postura comercial, frango de corte e ratitas não são abrangidos por essa Instrução Normativa ) Pulorose Geralmente acomete aves com até três semanas de vida e a transmissão vertical é a principal forma de disseminação da pulorose, que quando ocorre, quase sempre apresenta grande mortalidade. Embora várias espécies de aves como perus, codornas, papagaios, faisões e outras possam se infectar com a S. Pullorum, palmípedes e pombos são considerados mais resistentes à infecção. As galinhas são os hospedeiros naturais dessa bactéria e as linhagens leves são mais resistentes do que as pesadas. As aves 27

28 acometidas podem apresentar sinais clínicos que variam de uma simples sonolência e perda de apetite, até diarréia branca a branco-amarelada, penas arrepiadas, asas caídas e morte. Nas aves adultas, os sinais clínicos não são evidentes e geralmente são poucas aves acometidas; geralmente essas aves têm uma diminuição na postura, penas arrepiadas, crista pálida, diarréia branco-amarelada a amarelo-esverdeada, depressão e desidratação (BERCHIERI JR, 2000). CARDOSO et al (2003) examinaram para a pulorose, 9940 amostras de soro de aves reprodutoras com idade de seis a 68 semanas de três empresas avícolas de São Paulo. Os soros foram analisados pela técnica de soroaglutinação rápida em placa (SAR) e os positivos para esse teste eram submetidos ao teste de soroaglutinação lenta em tubos (SAL). Na prova de SAR, 2,17% dos soros foram positivos (216/9940) e a prova de SAL revelou 0,41% (41/9940) de soros positivos. No entanto, a positividade sorológica para a pulorose nas aves reprodutoras necessita uma análise mais detalhada para nortear as investigações, já que o diagnóstico definitivo é obtido com o isolamento, identificação e tipificação da Salmonella spp ) Tifo Aviário As aves adultas são mais comumente acometidas pela doença, embora ela seja patogênica para aves de todas as idades (BERCHIERI JR, 2000 e ITO et al, 2004). A mortalidade é alta, acometendo 40-80% do plantel, e as aves que adoecem, morrem em sete a 14 dias. Igualmente à pulorose, as linhagens leves são mais resistentes do que as demais pesadas e semipesadas (BERCHIERI JR, 2000). 28

29 5.1.3) Paratifos aviários Diversos sorotipos de Salmonella já foram isolados de aves com e sem o quadro da doença, o mais comum é S. Typhimurium, mas outros, tais como S. Enteritidis, S. Agona, S. Infantis, S. Hadar, S. Senftenberg e S. Heideberg também são freqüentemente isolados. As aves jovens são mais suscetíveis do que as adultas (BERCHIERI JR, 2000). As bactérias do gênero Salmonella causadoras do paratifo compreendem atualmente, mais de 2500 sorotipos de salmonelas que não possuem hospedeiro específico (PEREIRA e SILVA, 2005). Essas bactérias causam graves problemas para a indústria avícola, gerados pela introdução dessas bactérias na cadeia alimentar (BARROW, 2000). O sistema intensivo de criação utilizado na avicultura industrial favorece a introdução, instalação, permanência e disseminação das salmonelas paratíficas. As salmonelas paratíficas apresentam uma epidemiologia complexa devido a existência de diversas fontes de infecção (ZANATTA et al, 2003). Embora a maioria das infecções causadas por salmonelas sejam enzoóticas, a Salmonella Enteritidis é responsável por uma pandemia nas aves domésticas e no homem desde a metade do século XX (THORNS, 2000), enquanto que no Brasil, ela surgiu como um grande problema avícola e de saúde pública desde 1993 (SILVA e DUARTE, 2002). Por se adaptar bem ao intestino de galinhas e perus, as salmonelas paratíficas podem ser eliminadas nas fezes por várias semanas e também podem invadir a circulação e infectar órgãos tais como ovário, fígado, baço e coração. Com a contaminação do aparelho reprodutor e da cloaca (fezes), o ovo pode se contaminar, gerando a contaminação vertical (BERCHIERI JR, 2000). Em aves, na forma aguda pode ocorrer diarréia severa de coloração variável entre castanho e vermelho a diarréia branca, que neste caso é excesso de urina com uratos causados por lesões renais; febre, perda de peso, perda de apetite e da sede. As penas podem ficar emboladas, com 29

30 mancha rocha no abdômen (hepatomegalia), pinta preta no lado direito do abdômen dos filhotes (hiperplasia da vesícula biliar) e morte rápida. As lesões observadas na necropsia de aves mortas por salmonelose podem ser: fígado aumentado de volume com pontos brancos de necrose, vesícula biliar aumentada com grande quantidade de bile; rins congestos ou esbranquiçados devido à grande quantidade de uratos no tecido renal e nos ureteres; congestão pulmonar, inflamação necrótica do intestino; baço aumentado e friável e pus nas articulações (BENEZ, 2001). TESSARI et al (2003) analisaram 130 lotes de pintos de corte recém-nascidos, sendo que 24,62% (32/130) dos lotes foram positivos para salmonelas, sendo 24 (18,46%) para Salmonella Enteritidis e oito (6,15%) para Salmonella enterica subespécie enterica (O: 9,12). 5.2) Diagnóstico diferencial A pulorose, por acometer as aves do nascimento até a terceira semana de vida, deve ser diferenciada de outras doenças como encefalomielite aviária, aspergilose, colibacilose e outras salmoneloses; em aves adultas, a pulorose deve ser diferenciada da doença de Marek, pasteurelose, colibacilose e outras salmoneloses. O tifo aviário deve ser diferenciado de doenças como Marek, colibacilose, pasteurelose, micoplasmoses e outras salmoneloses. Os paratifos aviários devem ser diferenciados das outras salmoneloses e de doenças bacterianas septicêmicas (BERCHIERI JR, 2000). 5.3) Tratamento Em aves, o tratamento pode ser eficaz, mas não tem efeito sobre o indivíduo portador, pois esta característica não é perdida (BERCHIERI JR, 2000; BENEZ, 2001 e ITO et al, 2004). O uso de antibióticos de sensibilidade constatada deve ser por seis a sete dias (BENEZ, 2001). 30

31 Comumente as salmonelas apresentam resistência a antibióticos causada por diversos fatores, como por plasmídeos (LEVINSON e JAWETZ, 1998 e BERCHIERI JR, 2000), por resistência cromossômica (THRELFALL et al, 1997), pela alteração na estrutura das proteínas ligantes ao antibiótico, pela redução da permeabilidade da membrana externa (o que diminui a capacidade do antibiótico atingir as proteínas ligantes apropriadas) e pela inativação do antibiótico por beta-lactamases bacterianas (no caso das penicilinas) (WIKIPEDIA, 2006), daí a importância em se realizar antibiogramas. Para diminuir o risco de resistência aos antibióticos é preciso o uso cauteloso no tratamento e na profilaxia das salmoneloses, após o antibiograma, para que a eficácia do uso dos antibióticos se sustente a longo prazo (MURUGKAR et al, 2005). Não é recomendado o tratamento das aves contra a pulorose, pois é uma doença de erradicação compulsória (ITO et al; 2004). 5.4) Controle e Prevenção Considerando que a distribuição do gênero Salmonella é universal e que infecta grande variedade de aves domésticas e de vida livre, geralmente assintomáticas, o seu controle é difícil e medidas de biossegurança como prevenção da infecção em plantéis industriais são importantes (PEREIRA e SILVA, 2005). As salmoneloses estão entre os problemas de maior prevalência na avicultura industrial, o que requer um elaborado programa de prevenção e controle com medidas que evitem a transmissão vertical e horizontal. A obtenção de pintinhos de um dia livres de salmonelas é essencial para o sucesso de programas que visem a prevenção e o controle desse microorganismo, o que por si é importante para o sucesso econômico da avicultura intensiva, pois a qualidade dos pintinhos de corte é um reflexo direto da cadeia produtiva (TESSARI et al, 2003). Em incubatórios, seleção dos ovos, o afastamento das aves soropositivas para a salmonela nos matrizeiros e 31

32 limpeza e desinfecção de ovos e incubadora são medidas que devem ser adotadas (BENEZ, 2001 e TESSARI et al, 2002). As carcaças das aves devem ser recolhidas rapidamente antes que outras aves as biquem e jogadas em cova com cal ou cremadas (BENEZ, 2001). Os comedouros e os bebedouros devem ser limpos diariamente; os ratos devem ser eliminados; a água deve ser tratada; e sempre que possível os animais jovens devem ser criados separados dos adultos (CORRÊA e CORRÊA, 1992). O uso de rações não contaminadas é outro importante fator a ser considerado para a não contaminação das aves em um plantel (SOUZA et al, 2002). Em lotes com aves infectadas, alguns métodos de profilaxia são considerados eficazes: abate de reprodutores contaminados, barreiras sanitárias em relação à entrada de novos lotes, tratamento térmico dos alimentos, utilização de probióticos, seleção de raças de aves geneticamente resistentes a salmonelas, eventualmente vacinação e tratamento com antibióticos (HUMBERT e SALVAT, 1997). O controle na produção de aves deve ser realizado a partir de necropsias diagnósticas em todas as aves mortas, cultura bacteriana de ovos cheios e mortos, cultura de fezes, evitar a superpopulação, limpeza adequada, quarentena de aves que vieram de outros locais ou que saíram para feiras e exposições, medicamentos de forma estratégica (BENEZ, 2001). A criação de animais domésticos com resistência aumentada para salmonelose é uma alternativa atrativa, já que os métodos tradicionais de controle aplicados geralmente possuem falhas. Nestes existem custos com o uso de vacinas, problemas de saúde pública, pois os antibióticos utilizados podem gerar cepas resistentes, ou medidas parcialmente efetivas, como o uso de probióticos com a exclusão competitiva. Então, a criação de animais resistentes, juntamente com a adoção de boas práticas de higiene é uma opção mais fácil de ser adotada, pois apresentam baixo risco para controlar a doença e a colonização pelas salmonelas. Sem dúvida, em várias espécies é 32

33 forte a correlação entre a resistência genética à salmonelose. A redução do número de animais infectados e dos níveis de bactéria infectando os alimentos dos animais é um importante fator na redução das zoonoses transmitidas pelos alimentos de origem animal (WIGLEY, 2004). As vacinas têm sido indicadas na redução da infecção por Salmonelas em reprodutoras, mas não é utilizada em frangos de corte (ITO et al, 2004). Apenas as matrizes podem ser vacinadas (somente contra a S. Enteritidis), sendo vedado o uso em avoseiros, bisavoseiros e em reprodutoras primárias (MAPA, 2003). Muitas vacinas inativadas são utilizadas contra as salmoneloses e algumas vacinas vivas são disponíveis comercialmente. Faltam dados referentes à eficácia de campo, embora testes laboratoriais indiquem que seja útil seu uso (OIE, 2004). 6) Salmoneloses em humanos Geralmente as salmoneloses são zoonoses, exceto aquelas causadas por espécies adaptadas ao homem, como é o caso do sorotipo Typhi (CORRÊA e CORRÊA, 1992), que é o agente da febre tifóide, e S. Newport, S. Enteritidis e S. Typhimurium as mais associadas às infecções alimentares (PINTO, 1996), sendo esta última a responsável pelos maiores incidentes (CORRÊA e CORRÊA, 1992 e PINTO, 1996). Comumente é descrita a presença de Salmonella na população e no meio ambiente, dado o isolamento desse gênero bacteriano em vários tipos de amostras e em diferentes localidades (FARIAS, 2000 e OIE, 2004). A circulação de cepas de salmonelas resistentes a antibióticos oriundas de animais ou do homem aumentam os riscos de disseminação e persistência dessa zoonose (FARIAS, 2000). 33

34 Trabalhos como de MURUGKAR et al (2005) demonstram a correlação entre casos humanos e em animais, já que neste estudo, os mesmos sorovares isolados de casos humanos, também foram isolados de animais (pássaros, suínos e bovinos). Em muitos países, as zoonoses bacterianas de origem alimentar são a causa mais freqüente de doenças intestinais no homem. Juntamente com o gênero Campylobacter, as bactérias do gênero Salmonella são as causadoras de mais de 90% dos casos registrados de toxinfecção alimentar de origem bacteriana no mundo. As aves domésticas e os produtos da avicultura são incriminados na maioria das doenças de origem alimentar causadas pelas salmonelas (THORNS, 2000). Em circunstâncias normais, os produtos alimentícios não contêm bactérias pertencentes ao gênero Salmonella, portanto, quando encontradas são consideradas como um perigo potencial para a saúde humana (SHARF, 1972). Do ponto de vista sanitário, a pesquisa de salmonelas nos vários alimentos de origem animal é de grande importância, já que na maioria das vezes, a contaminação humana se dá pelo consumo desses alimentos contaminados (DE PAULA et al, 1974 e ROITMAM et al, 1987). A ocorrência de surtos veiculados por alimentos originados da suinocultura tem sido pequena, fato este que pode ser explicado pela utilização de tratamento térmico adequado em carnes de frango e suína, enquanto que os ovos são consumidos crus ou semi-crus (NADVORNY et al, 2004). A maioria dos microorganismos para serem patogênicos ao homem necessitam estar presentes sob a forma viável nos alimentos e são relativamente sensíveis às altas temperaturas, sendo destruídos pelo cozimento adequado dos alimentos ou pela sua pasteurização. As infecções causadas por bactérias não esporuladas, como é o caso das salmonelas, se enquadram neste caso (PINTO, 1996). 34

35 Os alimentos mais suscetíveis à contaminação por salmonelas são as carnes frescas, principalmente carcaças de aves (PINTO, 1996; ALMEIDA FILHO et al, 2003 e SCHLUNDT et al, 2004), o leite, os queijos e chocolates (PINTO, 1996) e os ovos (ALMEIDA FILHO et al, 2003 e SCHLUNDT et al, 2004). Em humanos são descritas três principais formas de salmonelose: febres entéricas, septicemia e enterocolite (CARTER, 1988 e LEVINSON e JAWETZ, 1998). Os sintomas mais comuns são diarréias, vômitos, dores abdominais e febre, que aparecem entre 12 e 36 horas após a ingestão do alimento contaminado (PINTO, 1996). 6.1) Prevenção das toxinfecções alimentares O problema de salmonelose transmitida por alimentos de origem avícola pode ser combatido principalmente em dois pontos: na granja, com programas de prevenção e controle e na indústria com a adoção de boas práticas de fabricação (NADVORNY et al, 2004). A total prevenção da contaminação dos alimentos de origem aviária é praticamente impossível, devido à ampla distribuição das salmonelas no ambiente e à existência de portadores assintomáticos. Mas a adoção de medidas higiênico-sanitárias no manuseio e preparo dos alimentos, o controle de rações para animais, a higiene na criação, transporte e abate de animais contribuem para a redução dos níveis de contaminação. Concomitantemente, devem ser adotadas medidas como controle da temperatura, desidratação, acidificação, entre outras que visem a evitar a intensa proliferação das salmonelas do processamento até o produto final. Também seria interessante, quando possível, garantir a destruição das salmonelas, por exemplo, se utilizando da pasteurização com temperaturas na faixa de 60 o a 75 o C (ROITMAM et al, 1987). 35

36 NUNES et al (1995) analisaram 53 amostras de carcaças e cortes de frangos em Goiânia/GO, sendo 13,20% das amostras positivas (7/53). Os sorotipos isolados foram: S. Brandenburg, S. Typhimurium, S. Derby, S. Agona. SANTOS et al (2000) pesquisaram a presença de Salmonella em 150 carcaças de frango congeladas, de quatro marcas comerciais obtidas no comércio de Jaboticabal (SP). Foram isoladas salmonelas em 32% das amostras(48/150), e as 48 amostras pertenciam a 11 sorotipos. Entre as marcas houve diferença de positividade nas amostras, o que sugere que existam grandes diferenças na qualidade dos programas de higiene das granjas, incubatórios e abatedouros, e mesmo assim, todas as marcas estão fora dos parâmetros desejados. CARDOSO et al (2000) coletaram 120 amostras congeladas de carcaças de frangos (peito, coxa, sobre-coxa, lingüiça e salsicha) em dois abatedouros em Descalvado/SP. Todas as amostras estavam ausentes de Salmonella. BAÚ et al (2001) pesquisaram em Pelotas (RS) a presença de salmonelas em 124 amostras de produtos de frango e foram encontradas salmonelas em 10,5% das amostras (13/124). Dos 13 isolamentos, dez (77%) foram tipificados como S. Enteritis, um (7,7%) como S. Anatum e dois (15,3%) como S. enterica subespécie enterica sorovar 3,10:e, h:-. ALMEIDA FILHO et al (2003) analisaram 20 amostras frescais e 20 inspecionadas de carcaças de frango, no total 18 (45%) estavam contaminadas por salmonelas e não houve diferença estatística entre os dois tipos de amostras. 36

37 6.2) Surtos de infecção alimentar Em 2000, no Rio Grande do Sul, dos 99 relatórios finais de investigação de surtos de doenças transmitidas por alimentos realizados pela Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, 74 foram devido às salmonelas. Os alimentos preparados com ovos (como maionese caseira, tortas, mouses, bolos, omeletes e salgadinhos em geral) estavam envolvidos em 72,2% dos surtos de salmonelose e a carne de frango em 11,4%, de onde conclui-se que 83,6% dos surtos tiveram alimentos oriundos da cadeia avícola (NADVORNY et al, 2004). MURUGKAR et al (2005) analisaram 112 amostras de casos humanos de diarréia na Índia e encontraram 23 (20,5%) de salmonelas, sendo três sorovares identificados, S. Enteritidis (47,8%), S. Typhimurium (43,5%) e S. Paratyphi B (8,7%). 7) Salmonelas em produtos de origem aviária 7.1) Contaminações em ovos Embora sejam considerados relativamente livres de bactérias em comparação a outros alimentos, os ovos são apontados como veiculadores de muitas bactérias, principalmente as do gênero Salmonella, o que provoca surtos de toxinfecções alimentares (ANDRADE et al, 2004). No Brasil, a maioria dos ovos comerciais é produzida por galinhas mantidas em gaiolas, enquanto uma pequena parte provém de ovos de descarte de incubatórios que são produzidos por matrizes em ninhos com cama de maravalha. Parte desses ovos, oriundos de reprodutoras, apresenta defeitos na casca que facilitam a passagem de salmonelas da superfície para as estruturas internas, o que aumenta o risco de contaminação. Os ovos também podem se contaminar via 37

38 transovariana, onde a contaminação ocorre na gema e, portanto, os processos de desinfecção dos ovos não são eficientes (OLIVEIRA e SILVA, 2000). A contaminação dos ovos pode ocorrer logo após a postura, quando estes entram em contato com material fecal, cama, ninhos e/ou gaiolas contaminados (SOUZA et al, 2002). OLIVEIRA e SILVA (2000) analisaram 1240 ovos comerciais de galinhas em Campinas (SP). Foram isoladas salmonelas na casca de 12 (9,6%) e na gema de quatro (3,2%). O único sorovar identificado foi a Salmonella Enteritidis. BAÚ et al (2001) analisaram 564 ovos em Pelotas/RS. As amostras de superfície (casca) e conteúdo (clara e gema) não apresentaram contaminação por salmonelas. Em Goiânia/GO, ANDRADE et al (2004) analisaram 816 ovos de galinha, sendo 336 ovos em granjas de postura, 195 ovos em supermercados, 165 ovos em feiras livres e 120 ovos em pequenos postos de venda (mercearias); provenientes de granjas comerciais e também de pequenas propriedades que comercializavam ovos "caipiras". 27,68% dos ovos de granjas foram positivos para a salmonela, 35,38% dos ovos de supermercados, 58,18% dos ovos de feiras livres e 60% dos ovos de mercearias; sendo a média de contaminação 40,44%. ZANATTA et al (2003) analisaram 77 lotes de aves reprodutoras utilizando suabes cloacais e ovos bicados, sendo que 13 lotes (16,88%) apresentaram-se positivos, sendo 11 em suabes de cloaca e dois em amostras de ovos bicados, apenas um lote foi positivo para suabes e ovos bicados. Os sorotipos isolados foram Salmonella Heidelberg (sete lotes), S. Enteritidis (quatro lotes) e Salmonella sp (dois lotes). Esses resultados demonstram a importância do monitoramento bacteriológico nas aves reprodutoras, pois todos os lotes examinados estavam bem clinicamente. 38

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