Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb.
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- Bruna Azenha Figueiroa
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1 Hepatites A e E Hepatite E Fábio Gregori Taxonomia Características do vírus Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb Diagnóstico Diagnóstico Infecção: a) sorodiagnóstico IgM e IgG*. b) detecção RNA viral soro/fezes (qpcr)* Cultivo celular muito difícil *em pacientes imunocomprometidos a produção de anticorpos pode estar diminuída ou ausente. detecção [17-48 dias p.i. (média 28)] do HEV RNA. Reinfecção: a) Problemático. b) IgM negativo detecção por PCR c) No período pós-virêmico IgM e PCR negativos. IgG positivo*. Portanto: pareamento soro. Portanto: combinação dos testes sorológicos e moleculares é indicada. 1
2 Diagnóstico Diagnóstico/ocorrência Muitas discordâncias entre os resultados Causas: Diferentes sensibilidades (IgG) em testes comerciais, especialmente em infecções > 60 dias. Genotipo do antígeno (recombinante) utilizado. Área do antígeno utilizada (ORF2/ORF3) Configuração do teste utilizado (indireto, competitivo) Testes moleculares: in-house. grande variabilidade. Caracterização genotípica Transmissão Fragmento da ORF2 tem sido usado Mais recentemente ORF1 (RdRp) (306 bp) demonstrou ser representativa. Isso levou a muita discussão sobre os subtipos Estudo mais recente (genoma completo) sugere: 4 genótipos (1-4), sendo o 3 subdividido (em ) + 1 (novo) genótipo 5 (japanese wild boar) e 5 gêneros: ferret, rato, galinhas/aviário, morcegos. Genotipo 3: suínos (mundialmente) Genotipo 4: suínos (Japão e China) Rebanhos suínos são assintomáticos, embora excretem grande quantidade de vírus nas fezes e o vírus seja altamente infeccioso para esta espécie. Ex.: Holanda: 73% de porcos terminação Holanda eliminavam vírus nas fezes. Suínos são considerados hospedeiros primários e amostras guaram muita relação com as humanas. Transmissão Inativação viral Cervídeos e coelhos podem ser reservatórios para infecção humana. Por outro lado HEV ratos não foi capaz de infectar macacos. Em carne suína: 71ºC por 20 minutos O consumo de carne de porco infectado tem sido bem documentado. 2012: UK 10% das linguiças no mercado estavam contaminadas por HEV genotipo 3. 2
3 Transmissão - Resumo Transmissão Água HEV já foi detectado em cursos d agua e marítimas. ex: Inglaterra: 50% dos casos localizavam-se < 2km da costa. Zoonose Sintomas Japão (genotipos 3 e 4) Europa Nova Zelândia Estados Unidos Geralmente assintomática Infecção crônica ocorre em imunosuprimidos que desenvolvem cirrose progressiva (10% em 2 anos) se não tratada Maior parte das detecções: genotipo 3 Elevada mortalidade em gestantes Comuns: Icterícia Anorexia Dor abdominal Vômito Febre Menos comuns: Mialgia Dor de cabeça Artralgia Neurológicos (neurite braquial, Síndrome G- Barre) Prevenção Vacina licenciada na China em 2012 Saneamento básico Hepatite A 3
4 Taxonomia Características Primatas são o hospedeiro natural. Somente 1 genótipo e a imunidade é duradoura. Após a ingestão e replicação no fígado, o HAV é excretado na bile e altas concentrações do vírus são encontradas nas fezes. Transmissão: contato direto com infectado ou indireto através dos alimentos ou água. Não se transmite através de saliva ou urina. Características Sintomas Período de incubação: 28 dias (15-50d) Pico de eliminação viral: 2 semanas antes da icterícia e declina uma semana após. Infecções assintomáticas: a eliminação viral acompanha o aumento de ALT (alanina aminotransferase) comuns em crianças. Sorodiagnóstico (IgM anti-hav): 5-10 dias antes dos sintomas. de assintomáticas até hepatite fulminante. Adultos: 76%-97% apresentam sintomas e 40-70% apresentam icterícia. Outros sintomas: febre anorexia náusea vomito diarreia urina escurecida Mortalidade: 0,3% (mas varia de acordo com a situação do paciente) Fatores de risco Contaminação pode ocorrer em qualquer ponto da cadeia: cultivo, colheita, processamento, distribuição ou preparação. Limitações: a) dificuldade de rastreio do histórico de pacientes (2-6 semanas) b) casos assintomáticos ou de regressão rápida c) dificuldade de detecção nos alimentos 4
5 A fonte mais comum de surtos de HAV tem sido a manipulação dos alimentos por pessoas infectadas (2 semanas antes e uma semana após os sintomas). Um único manipulador pode disseminar para dezenas ou centenas de pessoas. A manipulação do alimento em si não representa risco de contrair a doença. Ou seja manipuladores que vivem em regiões de baixo status sócio-econômico tem maior risco de contrair a doença. Apesar disso, a manipulação não conta como a maior causa de transmissão. Estudos de contaminação experimental de alimentos sugerem que algumas características físicas dos alimentos facilitam a sua transmissão. Alface e cenura foram imersas em solução contendo o vírus por 20 min e armazenadas sob refrigeração. O vírus pode ser detectado 9 dias depois no alface, mas em cenoura após 4-7 dias. A contaminação no campo pode ocorrer pelos manipuladores ou água na irrigação ou em qualquer outro passo durante o processamento do produto. Cebolinha e morangos, por serem oferecidos na maior parte das vezes crus, apresentam maior risco. Prevenção Vacina disponível (porém não faz parte do calendáriod a rede pública) Práticas de higiene: dose infectante mínima é desconhecida HAV mantém-se infeccioso por 1 mês a temp. amb. Aquecimento a 85ºC por 1 min ou desinfecção com hipoclorito de sódio doméstico - a (1:100) ou amônia quaternária. Lavagem frequente das mãos para manipuladores. 5
6 Detecção em alimentos Detecção do vírus (viável) no alimento: cultivo celular demorado com baixa sensibilidade, pois geralmente não causam efeito citopático. Métodos moleculares não asseguram viabilidade. Excesso de inibidores Tratamento com cloro dos alimentos tem se mostrado efetivos na redução do HAV Vapor ou cozimento de mariscos <2min não inativam o vírus Depuração (1 semana em água limpa) não eliminou o HAV totalmente, e um marisco (+) pode infectar outro (-). 6
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