PARASITOSES EMERGENTES e OPORTUNISTAS
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- Orlando Balsemão de Paiva
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1 PARASITOSES EMERGENTES e OPORTUNISTAS
2 Parasitoses emergentes: Doenças parasitárias comuns em animais e que têm sido assinaladas com maior frequência no homem ultimamente.
3 Parasitoses emergentes Motivos: alteração do meio ambiente melhoria das técnicas de diagnóstico aumento da incidência de AIDS Outros fatores: uso de imunossupressores (transplantes) e quimioterapia
4 Parasitoses emergentes Reino Protista sub-reino Protozoa filo Apicomplexa classe Sporozoa Parasitos intracelulares obrigatórios Reprodução sexuada e assexuada Possuem complexo apical
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6 Parasitoses emergentes Gêneros e parasitoses: Isospora sp. e Isosporíase Cryptosporidium sp. e Criptosporidiose Sarcocystis sp. e Sarcosporidiose
7 Criptosporidiose
8 Criptosporidiose Epidemiologia: A partir de 1982 adquiriu importância como oportunista em pacientes com AIDS Surtos de criptosporidiose têm sido relatados em diversos países (Milwaukee, afetados). Dose baixa de oocistos já é suficiente para iniciar a infecção ( 9 oocistos)
9 Criptosporidiose Agente etiológico: Cryptosporidium parvum
10 Criptosporidiose Há formas encontradas nos tecidos (formas endógenas) e nas fezes e meio ambiente (oocistos). Formas endógenas: esporozoítos, esquizontes, trofozoítas, merozoítas, gametócitos Oocistos: pequenos, esféricos ou ovoides (5 x 4,5 µm), e contêm 4 esporozoítos livres no seu interior quando eliminados nas fezes.
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15 Criptosporidiose Localização no homem: preferencialmente, nas microvilosidades de células epiteliais do trato gastrintestinal. Pode se localizar no parênquima pulmonar, vesícula biliar, ductos pancreáticos, esôfago e faringe. Ele parasita a parte externa do citoplasma da célula e dá a impressão de se localizar fora dela localização intracelular extracitoplasmática
16 Microscopia eletrônica de varredura oocisto liberando esporozoítas. Courtesy of Dr. Rosemary Soave, Cornell University Medical College.
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18 Ciclo biológico:
19 Criptosporidiose Ciclo biológico: Os oocistos são imediatamente infectantes quando eliminados com as fezes Dois tipos de oocistos são formados: de parede espessa: excretado nas fezes; de parede delgada: se rompe no intestino delgado e é responsável pela auto-infecção.
20 Criptosporidiose Transmissão: Ingestão ou inalação de oocistos Auto-infecção (oocistos de parede delgada) A contaminação do meio ambiente com fezes infectadas pode atingir alimentos e fontes de água para consumo ou recreação, resultando em surtos.
21 Criptosporidiose Patogenia e Sintomatologia: Indivíduos imunocompetentes: Assintomáticos Sintomáticos: Diarréia: Autolimitada cura espontânea Intensa ( 20 evacuações/dia) Outros sintomas: dor abdominal, náuseas e vômitos, perda de peso, desidratação
22 Criptosporidiose Patogenia e Sintomatologia: Indivíduos imunocomprometidos: Diarréia crônica e intermitente acompanhada de cólicas abdominais, perda de peso acentuada, febre alta e vômitos A intensidade e duração da diarréia está diretamente relacionada ao número de células T CD4 + Manifestações extra-intestinais podem ocorrer em pacientes com AIDS (hepatite, pancreatite e criptosporidiose respiratória
23 Criptosporidiose Diagnóstico: Presença de oocistos nas fezes, em material de biópsia intestinal ou em material obtido de raspado de mucosa. O exame de fezes é feito por métodos de concentração ou métodos especiais de coloração O diagnóstico pode ser sorológico (imunofluorescência, ELISA, etc).
24 Criptosporidiose Tratamento: Nenhuma droga apresentou eficiência comprovada Cura espontânea em indivíduos imunocompetentes Para indivíduos imunocomprometidos: Azitromicina ou roxitromicina: inibidores da síntese protéica do parasito persistência de oocistos nas fezes reativação da infecção Nitazoxanida: maior eficácia em imunocomprometidos
25 Isosporose/Isosporíase Epidemiologia A isosporose tem distribuição mundial Mais frequente em áreas tropicais e subtropicais, sendo endêmica na América do Sul, África Sudoeste Asiático O aumento da incidência está relacionado ao surgimento da AIDS: prevalência de 15% em indivíduos infectados e com diarréia
26 Isosporose/Isosporíase Agente etiológico: Isospora belli Taxonomia: Filo: Apicomplexa Classe: Sporozoea Ordem: Eucoccidiida Família: Eimeriidae Gênero: Isospora
27 Isosporose/Isosporíase Formas de vida: oocistos esporozoítas esquizontes trofozoítas merozoítas gametócitos
28 Isosporose/Isosporíase Morfologia: Isospora belli: Coccídio que apresenta um oocisto elíptico com dimensões de 30x12 µm, contendo em seu interior dois esporocistos com quatro esporozoítas (oocisto maduro)
29 Oocistos de Isospora belli
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32 Ciclo biológico:
33 Ciclo biológico:
34 Isosporose/Isosporíase Patogenia e Sintomatologia Imunocompetentes: geralmente assintomática ou com diarréia autolimitada Imunocomprometidos: quadro diarréico grave (>10 evacuações/dia), acompanhado de febre, cólicas intestinais, vômitos, má absorção e emagrecimento Pode apresentar quadros de disseminação extra-intestinal (linfonodos, fígado e baço)
35 Isosporose/Isosporíase Transmissão: Ingestão de alimentos ou água contaminados por oocistos esporulados de Isospora belli
36 Isosporose/Isosporíase Profilaxia: O oocisto pode manter-se viável por meses em ambiente frio e úmido. A profilaxia é a mesma para todas as parasitoses intestinais: verduras Consumir água tratada ou fervida; Higiene dos alimentos, sobretudo frutas e Construir fossas sanitárias adequada dos dejetos humanos. para eliminação
37 Isosporose/Isosporíase Diagnóstico laboratorial Diagnóstico parasitológico: Pesquisa de oocistos nas fezes: Os oocistos encontrados nas fezes são imaturos (contendo 1 ou 2 esporoblastos) (UV) Autofluorescência: oocistos fluorescem sob luz ultravioleta
38 Oocisto de Isospora belli
39 Isosporose/Isosporíase Tratamento: Sulfametaxazol trimetropim por 10 dias, seguido de esquema profilático por mais três semanas, levando a diminuição do nº de evacuações e recuperação do peso corporal.
40 Ciclosporíase
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