Relatório de Estabilidade Financeira

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Relatório de Estabilidade Financeira"

Transcrição

1 ISSN X Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008 Volume 7 Número 1

2 ISSN X CNPJ / Relatório de Estabilidade Brasília v. 7 n 1 maio 2008 P Financeira

3 Relatório de Estabilidade Financeira Publicação semestral do Banco Central do Brasil (Bacen) Os textos e os correspondentes quadros estatísti cos e gráficos são de responsabilidade dos seguintes componentes: Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação (Desig) Apresentação, Sumário executivo e Supervisão do Sistema Financeiro Nacional ( desig@bcb.gov.br) Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) Evolução dos mercados financeiros ( gabin.demab@bcb.gov.br) Departamento Econômico (Depec) Evolução dos mercados financeiros ( depec@bcb.gov.br) Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban) Sistema de Pagamentos Brasileiro ( deban@bcb.gov.br) Departamento de Organização do Sistema Financeiro (Deorf) Organização do Sistema Financeiro Nacional ( copec.deorf@bcb.gov.br) Departamento de Normas do Sistema Financeiro (Denor) Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional ( denor@bcb.gov.br) Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep) Estudos selecionados ( conep.depep@bcb.gov.br) É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 7, nº 1. Controle Geral de Publicações Banco Central do Brasil Secre/Surel/Dimep SBS Quadra 3 Bloco B Edifício-Sede 1º andar Caixa Postal Brasília DF Telefones: (61) e Fax: (61) editor@bcb.gov.br Tiragem: 900 exemplares Convenções Estatísticas... dados desconhecidos. - dados nulos ou indicação de que a rubrica assinalada é inexistente. 0 ou 0,0 menor que a metade do último algarismo, à direita, assinalado. * dados preliminares. O hífen (-) entre anos ( ) indica o total de anos, inclusive o primeiro e o último. A barra (/) utilizada entre anos (1970/75) indica a média anual dos anos assinalados, inclusive o primeiro e o último, ou ainda, se especificado no texto, ano-safra, ou ano-convênio. Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos. Não são citadas as fontes dos quadros e dos gráficos de autoria exclusiva do Banco Central do Brasil. Central de Atendimento ao Público Endereço: Secre/Surel/Diate Edifício-Sede 2º subsolo SBS Quadra 3 Zona Central Brasília DF DDG: Fax: (61) Internet:

4 Índice Apresentação 7 Sumário executivo 9 Evolução dos mercados financeiros Introdução Mercados financeiros internacionais Análise dos mercados financeiros internacionais Instituições financeiras Mercado Financeiro Nacional Análise do Mercado Financeiro Nacional Mercados de Ativos Conclusão 36 Supervisão do Sistema Financeiro Nacional Visão geral Estrutura patrimonial Capital Ativos Exigibilidades Resultados Fundo Garantidor de Crédito (FGC) Limites operacionais do SFN Índice de Basiléia Evolução Concentração Análise por segmentos Desenquadramentos ao Limite de Basiléia Índice de Imobilização Evolução Análise por segmentos Desenquadramentos no Limite de Imobilização Riscos Operações de crédito Operações baixadas como prejuízo Coobrigações 64

5 Maiores devedores do SFN Setor da atividade econômica Classificações das operações de crédito Inadimplência Provisão Provisão constituída/provisão mínima Exposição em moedas estrangeiras e ouro Exposição líquida na cesta de moedas Volume de posições compradas e vendidas na cesta de moedas Exposição líquida das moedas da cesta Exposição líquida na cesta por segmento Volume de posições comprada e vendida na cesta por segmento Concentração do SFN Testes de estresse Universo analisado Situação inicial Cenários de estresse de alta Cenário I: aumento do risco de crédito Cenário II: aumento das taxas de juros e de câmbio Cenário III: aumento das taxas de juros, de câmbio e do risco de crédito Cenários de estresse de baixa Cenário IV: baixa das taxas de juros e de câmbio Análise temporal Cenário I: aumento do risco de crédito Cenário II: aumento das taxas de juros e de câmbio Cenário III: aumento das taxas de juros, de câmbio e do risco de crédito Cenário IV: baixa das taxas de juros e de câmbio Análise de sensibilidade Risco de crédito Risco de mercado taxa de câmbio Risco de mercado taxa de juros Conclusão 81 Sistema de Pagamentos Brasileiro SPB Introdução Principais desenvolvimentos no segundo semestre de Desempenho dos sistemas de liquidação Sistemas de transferência de fundos Sistema de Transferência de Reservas STR Sistema de Transferência de Fundos Sitraf Sistema de Liquidação Diferida das Transferências Interbancárias de Ordens de Crédito Siloc Centralizadora da Compensação de Cheques e Outros Papéis Compe Sistemas de compensação e de liquidação de títulos e valores mobiliários, derivativos e câmbio interbancário Sistema Especial de Liquidação e de Custódia Selic Câmara de Custódia e de Liquidação Cetip Companhia Brasileira de Liquidação e de Custódia CBLC Câmara de Ativos da BM&F BM&F-Ativos 113

6 Câmara de Derivativos da BM&F BM&F-Derivativos Câmara de Câmbio da BM&F BM&F-Câmbio Conclusão 116 Organização do Sistema Financeiro Introdução As estratégias de mercado e o quantitativo de instituições no SFN Processos de reorganização, estrutura de capital, dinâmica operacional e níveis de concentração no SFN Microfinanças Cooperativas de crédito 125 Regulamentação do Sistema Financeiro Nacional Patrimônio de Referência Exigido (PRE) Mensuração de Risco das Operações não Classificadas na Carteira de Negociação (Banking Book) Limite para exposição cambial Ouvidoria Acessibilidade Tarifas bancárias 135 Boxes Matriz de Migração de Classificação de Crédito 68 Conceitos e Metodologias Geral 83 Conceitos e Metodologias Operações de Crédito 88 Conceitos e Metodologias Exposição Cambial 90 Conceitos e Metodologias Testes de Estresse 92 Metodologia Riskmetrics para Calcular Valor em Risco 94 Abordagem Híbrida para Calcular Valor em Risco 96 Fundo Garantidor de Crédito 97 Visão Geral do Sistema de Pagamentos Brasileiro 118 Apêndice 137

7 Apresentação O Banco Central do Brasil tem como missão assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Esses dois propósitos estão intimamente ligados. Distúrbios sérios no sistema financeiro afetariam a efetividade da política monetária, enquanto a estabilidade macroeconômica corrobora para a redução dos riscos para a estabilidade financeira. A responsabilidade institucional do Banco Central do Brasil de contribuir para a manutenção da estabilidade do sistema financeiro como um todo deriva da sua competência de implementar a política monetária, de cumprir o seu papel de supervisor do sistema de pagamento e de emprestador de última instância. Dentre as suas funções, encontra-se o monitoramento de situações ou eventos que não se enquadrem nos padrões de comportamento esperado em relação a questões regulamentares, à exposição a riscos ou a aspectos patrimoniais e financeiros que possam afetar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional ou de seus subsistemas. Assim, a publicação de análises sobre o desempenho do sistema financeiro, realizadas pelos bancos centrais, além de mostrar o nível de estabilidade do sistema, é amplamente recomendada sob a ótica da transparência da autoridade monetária e da convergência de expectativas dos agentes. Estabilidade financeira é a situação na qual a eficiência da intermediação bancária não está sendo ameaçada por choques adversos. É um ambiente em que o sistema financeiro é capaz de desempenhar corretamente o seu papel e, em perspectiva, visualizar a continuidade das funções bancárias. Nesse sentido, o Relatório de Estabilidade Financeira tem como objetivo divulgar diagnóstico sobre a eficiência e a solvência do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e contribuir para que os participantes do mercado financeiro possam melhor avaliar e gerenciar os riscos inerentes. Este Relatório é produzido semestralmente, publicado internacionalmente e tem como referência os dados ocorridos no segundo semestre Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 7

8 de e, em algumas seções, nos primeiros meses do primeiro semestre de As análises divulgadas nesta edição e a base de dados utilizada referem-se aos fatos ocorridos até 3 de março de Portanto, eventuais divergências em relação a outras publicações com data-base mais recente podem ser decorrentes de eventuais mudanças no cenário econômicofinanceiro internacional. O Relatório de Estabilidade Financeira está disponível em PDF no endereço: 8 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

9 Sumário executivo Nos últimos meses, a projeção para a taxa de crescimento global foi revista para baixo. O cenário econômico internacional passou a traduzir o sentimento de que a economia norte-americana caminha para um período de menor atividade econômica. De fato, corroborando esse sentimento, a concessão de novos créditos no mercado internacional permaneceu objeto de crescente conservadorismo emanado da crise no mercado de financiamento hipotecário residencial subprime nos Estados Unidos. As grandes economias emergentes têm se mostrado relativamente menos afetadas por esses eventos devido ao elevado nível de reservas internacionais e aos fundamentos macroeconômicos robustos, embora a revisão para baixo das previsões para o crescimento mundial possa ter conseqüências no ritmo de crescimento do comércio internacional. Diante das turbulências desencadeadas pela crise do mercado de hipotecas, os indicadores do mercado financeiro nacional apresentaram grande resiliência, devido, basicamente, à consolidação das conquistas macroeconômicas dos últimos anos, que permitiu aos investidores diferenciar favoravelmente o Brasil dentre os países emergentes. Entretanto, esses indicadores domésticos não permaneceram totalmente indiferentes ao cenário externo adverso e, nos últimos meses, apresentaram aumento da volatilidade, principalmente nos mercados de juros e de ações. A hipótese de que as economias emergentes, dentre elas o Brasil, tenham se descolado da economia norte-americana ainda não pôde ser completamente comprovada. Por outro lado, a intensificação do ritmo de crescimento da economia real brasileira registrada nos últimos anos continua associada ao maior dinamismo da demanda interna, expresso tanto na aceleração significativa dos investimentos como na manutenção do crescimento do consumo das famílias. Nesse sentido, a demanda por crédito permaneceu aquecida no início de 2008, a despeito da elevação das taxas de juros das Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 9

10 principais modalidades de empréstimos. Esse comportamento reforça a percepção de que o mercado de crédito nacional tende a continuar oferecendo suporte à sustentação do nível de atividade econômica. As operações de crédito no país mantiveram a trajetória de expansão observada desde dezembro de 2004 e o seu percentual em relação ao PIB vem paulatinamente apresentando crescimento. Vale ressaltar que o crédito bancário tem estado sob especial atenção por parte deste órgão de supervisão do sistema financeiro, o qual tem constatado que o seu crescimento tem ocorrido sem o comprometimento da qualidade das carteiras e de forma ordenada, com observância à boa técnica bancária. Até ao final de, o nível de inadimplência manteve-se no patamar mais baixo desde o início da publicação deste Relatório; as provisões constituídas estavam em montante superior às perdas esperadas; e as instituições detinham capital acima do limite exigido na regulamentação brasileira para cobrir perdas não esperadas. Relativamente ao crédito imobiliário, é importante notar que esse tipo de operação é pouco representativo em relação ao montante das operações de crédito contratadas no âmbito do sistema financeiro e está entre as modalidades de crédito no SFN com o menor índice de inadimplência, especialmente quando comparado às realidades norteamericana e européia. Além disso, há de se considerar que o arcabouço normativo no Brasil é diferente do europeu e do norte-americano e que, até o momento, o tipo de empréstimo classificado como subprime, que gerou a atual crise em outros países, não encontrou ambiente que viabilizasse o seu crescimento. Portanto, o crescimento do crédito no Brasil não representa, até o momento, risco à solidez do sistema financeiro. De fato, tal cenário de incremento do crédito tem sido o responsável pela persistência das estratégias empresariais das instituições financeiras no sentido de elevar escalas operacionais, tanto pela via de aquisições como pela via de crescimento orgânico. Entretanto, diferentemente do que se possa imaginar, esse ambiente tem exercido saudável influência sobre a concorrência entre os agentes econômicos do setor, a despeito de processos de concentração verificados no passado. O ambiente competitivo tem sido assegurado pelo ingresso de novos concorrentes no mercado financeiro, atraídos pela lucratividade auferida pelos investimentos no setor, tanto estrangeiros quanto domésticos. 10 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

11 No segundo semestre de, no que se refere ao sistema de pagamentos, todos os sistemas de compensação e de liquidação e, em especial, aqueles considerados mais importantes sob o ponto de vista da estabilidade financeira funcionaram de forma contínua e sem atrasos significativos, com todos eles concluindo tempestivamente os ciclos diários de liquidação. Algumas instituições apresentaram maior necessidade de liquidez, sem efeitos significativos no sistema como um todo. Por outro lado, nenhum dos sistemas de pagamentos de varejo apresentou alterações que justificassem uma reavaliação quanto a sua importância sob o ponto de vista do risco sistêmico. Quanto ao gerenciamento de risco das câmaras que atuam como contraparte central, testes de estresses realizados mostraram resultados adequados para garantir a liquidação das operações, embora tenha sido observado crescimento dos riscos em decorrência da maior volatilidade observada no mercado internacional. A partir de 1º de julho de 2008, os dispositivos da Resolução n 3.490, de, produzirão seus efeitos nos quais, dentre outros, é atribuída ao Banco Central do Brasil a tarefa de fixar os procedimentos e parâmetros para o cálculo das parcelas do Patrimônio de Referência Exigido (PRE), um aprimoramento do antigo Patrimônio Líquido Exigido (PLE), que representa o montante de capital a ser mantido pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil, segundo recomendações contidas no documento Convergência Internacional de Mensuração de Capital e Padrões de Capital, conhecido por Basiléia II. A apuração do PRE é efetuada de forma consolidada, considerando os integrantes de conglomerado financeiro e de consolidado econômico-financeiro, inclusive as dependências no exterior. A introdução da parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de mercadorias (commodities) e da parcela referente ao risco das operações sujeitas à variação do preço de ações e classificadas na carteira de negociação conclui a implementação no Brasil da Emenda de 1996 ao Acordo de Basiléia de 1988, assim como as demais parcelas de requerimento de capital para cobertura do risco de mercado. Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 11

12 Evolução dos mercados financeiros Introdução A evolução recente das condições financeiras internacionais caracteriza-se pela acentuação dos riscos à estabilidade emanados da crise no mercado de financiamento hipotecário residencial subprime nos Estados Unidos, que desde o trimestre final de apresentou rápida evolução e passou a repercutir em outros mercados de crédito em nível local e internacional. Embora os sistemas financeiros de países desenvolvidos da Ásia, da Oceania e, em particular, da Europa também tenham apresentado repercussão dos acontecimentos nos mercados de crédito dos Estados Unidos, em nenhuma outra economia a dimensão e a dinâmica dos acontecimentos têm consubstanciado riscos para a estabilidade dos mercados, do sistema financeiro, bem como para a evolução do PIB, como na economia norte-americana. Embora as grandes economias emergentes tenham se mostrado relativamente menos afetadas por esses eventos devido ao elevado nível de reservas internacionais e fundamentos macroeconômicos robustos, países com déficits em transações correntes elevados e dependentes de capitais externos para o seu financiamento permaneceram mais vulneráveis à volatilidade nos mercados financeiros norte-americano e europeu. Os indicadores do mercado financeiro nacional apresentaram grande resiliência diante das turbulências desencadeadas pela crise do mercado de hipotecas de alto risco nos Estados Unidos. A consolidação das conquistas macroeconômicas dos últimos anos propiciadas pelo compromisso com a austeridade fiscal e com o sistema de metas para a inflação permitiu aos investidores diferenciar favoravelmente o Brasil dentre os países emergentes. Os indicadores domésticos, entretanto, não permaneceram totalmente indiferentes ao cenário externo adverso, Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 13

13 principalmente nos meses de agosto de e janeiro de 2008, quando se verificou um aumento da volatilidade nos mercados de juros e de ações. Após a queda decorrente da eclosão da crise no mercado financeiro internacional, em agosto, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) recuperou-se rapidamente, registrando, já em setembro, novos recordes históricos, e operou, desde então, com grande volatilidade em torno desse novo patamar. As taxas de juros, ainda que influenciadas pelos eventos externos, tiveram sua trajetória determinada pelo compromisso com as metas para a inflação e pelo ambiente de crescente dinamismo da economia doméstica. À inversão da inclinação da estrutura a termo no início do semestre, acompanhada de acentuado aumento das taxas para os prazos mais longos em agosto, seguiu-se redução da inclinação positiva até meados de outubro. A partir de então, com a interrupção do ciclo de relaxamento da política monetária doméstica, as taxas de juros futuros seguiram trajetória ascendente. Diferentemente do ocorrido em outras ocasiões de cenário internacional adverso, o real apreciou-se em relação ao dólar norte-americano à medida que este também se desvalorizava perante outras moedas. Diante do grande influxo cambial, o Banco Central do Brasil intensificou sua política de recomposição de reservas internacionais, o que contribuiu para alçar o país à condição de credor externo líquido ao final de. As diretrizes e as principais metas estabelecidas pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para a dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) em foram implementadas e cumpridas, resultando em alongamento de prazos e redução da participação dos títulos remunerados pela taxa Selic. 1.2 Mercados financeiros internacionais Análise dos mercados financeiros internacionais A crise iniciada no mercado imobiliário norteamericano e seus desdobramentos levaram à interrupção do crédito em alguns mercados, com severa restrição de financiamento no sistema bancário internacional. O transbordamento da crise para o mercado financeiro deu-se a partir de meados de junho de, quando a Moody s reduziu a avaliação de vários ativos lastreados 14 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

14 em empréstimos hipotecários subprime e colocou sob revisão outros tantos. Desde então, riscos não contemplados nas estratégias de securitização de várias instituições financeiras, sobretudo norte-americanas e européias, foram expostos e passaram a evidenciar dificuldades na determinação dos preços dos complexos produtos financeiros, inibindo operações nos mercados secundários. A assimetria de informação quanto à intensidade e à identificação de investidores com potenciais prejuízos trouxe de volta a volatilidade aos mercados. Inúmeros eventos continuaram a contribuir para o espraiamento da crise, com destaque para a contabilização de prejuízos bilionários por parte de diversas instituições financeiras. Mais recentemente, seguradoras de bônus municipais também se mostraram vulneráveis à crise financeira, reflexo de suas atuações como provedores de garantias a produtos estruturados lastreados em hipotecas residenciais. Há riscos de que o agravamento da situação transforme a crise no crédito em uma crise de solvência para instituições alavancadas. Retorno de títulos do tesouro Rendimentos nominais para papéis de 10 anos % a.a. 6,0 4,8 3,6 2,4 1,2 Apesar das intervenções dos principais bancos centrais em seus mercados, injetando liquidez, o sistema permaneceu desencorajado a fornecer crédito. De fato, a forte redução de liquidez foi evidenciada não somente no encarecimento do crédito bancário, mas também do crédito corporativo e dos spreads de risco soberano para as economias emergentes. Por outro lado, a procura por títulos soberanos de economias desenvolvidas permaneceu forte durante o período Fonte: Bloomberg Embi Global Fonte: Bloomberg EUA Alemanha Reino Unido Japão EmbiG África do Sul Turquia Argentina México 0,0 Pontos básicos Desde o último Relatório de Estabilidade Financeira, a procura por papéis governamentais de longo prazo permaneceu forte. O aumento da demanda por papéis percebidos como seguros, em ambiente de adoção de políticas monetárias menos restritivas, favoreceu a manutenção da trajetória de queda dos rendimentos anuais de títulos governamentais de dez anos de importantes economias, iniciada em junho passado. Entre 30 de setembro e 14 de março, os rendimentos anuais dos títulos de dez anos dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão reduziram-se, nesta seqüência, em 112 pontos básicos (p.b.), 60 p.b., 68 p.b. e 61 p.b. O Emerging Market Bond Index Global (Embi Global), indicador de risco associado a mercados emergentes, manteve a trajetória altista iniciada em junho passado, fruto da forte retração de liquidez no mercado financeiro internacional. Desde o final de setembro, o Embi Global Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 15

15 itraxx e DJ CDX 5 anos Fonte: Thomson Datastream itraxx Europa crossover, série 7 itraxx Europa, série 7 DJ CDX (EUA) crossover, série 8 DJ CDX (EUA), grau de investimento, série 8 CDS 5 anos Prêmios principais bancos 1/ VIX Bancos Europa Bancos EUA Pontos Pontos Fonte: Thomson Datastream 1/ Calculado pela média aritmética dos prêmios de CDS de cinco anos dos bancos HSBC, UBS, Santander, BNP Paribas e Deutsche Bank, para a Europa; e Citigroup, Bank of America, JPMorgan, Goldman Sachs e Wells Fargo, para os EUA. Como tratase de amostra não aleatória, pode não refletir o comportamento do sistema financeiro como um todo Pontos subiu 110 p.b., atingindo o patamar de 324 pontos em 14 de março, o maior valor desde julho de Nessa mesma data, os indicadores Embi Global associados à África do Sul, à Argentina, ao México e à Turquia alcançaram 279, 541, 200 e 338 pontos, representando elevações de 154 p.b., 143 p.b., 69 p.b. e 118 p.b. no período em análise. Cabe ressaltar que a forte elevação dos prêmios de risco associados especialmente à África do Sul e à Argentina está fortemente atrelada a determinantes de ordem doméstica. As expressivas baixas contábeis registradas nos balanços de importantes bancos sediados majoritariamente no hemisfério norte, bem como as expectativas de novas e elevadas baixas a serem realizadas no decorrer de 2008, impactaram a evolução dos prêmios dos credit default swap (CDS) desses bancos. Em 14 de março, os prêmios médios dos CDS de cinco importantes bancos dos Estados Unidos e de cinco importantes bancos europeus atingiram 198 p.b. e 155 p.b., respectivamente, em comparação com 35 p.b. e 25 p.b., ao final de setembro. Ressalte-se que, ao final de maio de, os CDS dos mesmos bancos registravam, na mesma ordem, médias de 14 p.b. e 7 p.b. O custo para proteção de títulos corporativos contra default atingiu níveis recordes, evidenciando, também, deterioração na percepção da qualidade do crédito. Nesse sentido, os indicadores itraxx Crossover e Dow Jones CDX US Crossover, que medem os prêmios exigidos para garantir empréstimos de companhias européias e estadunidenses com classificação de risco abaixo do grau de investimento, passaram de 340 p.b. e 250 p.b., respectivamente, ao final de setembro, para 548 p.b. e 430 p.b., em 14 de março Fonte: Bloomberg Bolsas de valores Países desenvolvidos = A deterioração do cenário financeiro continuou impactando no Índice de Volatilidade da Chicago Board Options Exchange (VIX), utilizado como medida de referência para a volatilidade do mercado acionário. Entre 30 de setembro de e 14 de março último, o VIX saltou de 18 pontos para 31,2 pontos, o maior patamar em cinco anos, superando a marca de 30,8 pontos registrada no fechamento de 16 de agosto do ano passado, um dia antes de o Federal Reserve (Fed) dar início a uma série de ações que tinham por objetivo adicionar liquidez ao sistema Fonte: Bloomberg Japão Nikkei 225 Reino Unido FTSE 100 Alemanha DAX EUA S&P A forte volatilidade verificada no mercado de ações desde o início da turbulência, em meados do ano passado, resultou em expressiva perda de riqueza nos mercados acionários. De fato, nos nove meses encerrados em 14 de março, os principais indicadores que refletem a evolução das bolsas de valores de importantes economias registraram perdas substanciais, variando de 15,4% (S&P500 Estados 16 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

16 Unidos) a 31,4% (Nikkei Japão). Considerando-se apenas as variações a partir do último Relatório de Estabilidade Financeira, os indicadores das bolsas de valores dos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Japão registraram, entre 30 de setembro e 14 de março, desvalorizações de 15,6%, 17,9%, 12,9% e 27,1%, nessa seqüência. No ano, até 14 de março, seguindo a mesma ordenação anterior, as perdas atingiram 12,3%, 20%, 12,8% e 20%. Bolsas de valores Economias emergentes Fonte: Bloomberg = África do Sul México Índia Turquia Moedas de países desenvolvidos Cotações do dólar Fonte: Bloomberg Libra/Dólar Iene/Dólar Euro/Dólar Moedas de países emergentes Cotações do dólar = = Diferentemente de crises anteriores, em que as bolsas de valores das economias emergentes foram as mais afetadas, no episódio atual, salvo algumas exceções, as bolsas de valores dessas economias têm-se mostrado mais resilientes do que as contrapartes do mundo desenvolvido. De 14 de junho de a 14 de março de 2008, os principais indicadores da África do Sul e da Índia registraram ganhos de 5,9% e 1%, respectivamente, enquanto os índices do México e da Turquia cederam, nesta ordem, 4,1% e 21,2%. Ressalte-se que tanto o índice XU100 (Turquia) quanto o Sensex (Índia) acumularam expressiva desvalorização no ano corrente, com perdas acumuladas de 23,3% e 22,3%, respectivamente, até 14 de março. No mesmo período, os índices IPC (México) e Jalsh (África do Sul) acumularam, nesta seqüência, perda de 1,7% e ganho de 5,8%. Desde fins de 2005, o dólar norte-americano iniciou uma trajetória de depreciação frente ao euro e à libra esterlina. Mais recentemente, a deterioração das condições econômicas dos Estados Unidos e a falta de atratividade das taxas de juros daquele país imposta pelas sucessivas reduções na sua taxa básica empurraram a moeda norteamericana para uma rápida desvalorização, em especial frente ao iene e ao euro. As expectativas para o restante de 2008 são de manutenção desse cenário, dada a perspectiva de, ao longo deste ano, haver cortes adicionais nas taxas dos Fed funds e de manutenção nas taxas básicas na Área do Euro e no Japão. De 14 de junho de a 14 de março de 2008, o dólar depreciou 19,4% frente ao iene, 15,1% frente ao euro e 2,5% frente à libra esterlina. No ano, até 14 de março, o dólar desvalorizou-se 11,3% frente ao iene, 6,9% frente ao euro e 1,7% contra a libra esterlina Fonte: Bloomberg Real/Dólar Lira turca/dólar Rublo/Dólar Rand sul-africano/dólar Na comparação da moeda norte-americana vis-à-vis moedas de economias emergentes, a trajetória do dólar tem seguido caminhos distintos. Na Turquia, o elevado déficit em conta corrente permanece como fonte de preocupação em relação à evolução da taxa de câmbio. Na África do Sul, as restrições quanto ao fornecimento de energia e as perspectivas de menor crescimento econômico mundial, com impactos negativos na indústria local, têm influenciado Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 17

17 negativamente no sentimento do investidor em relação a um país com elevado déficit em conta corrente. Na Hungria, eliminou-se a banda de flutuação de 15% para cima ou para baixo em relação ao euro, com o objetivo de permitir ao Banco Central húngaro concentrar-se mais fortemente no combate à inflação. Na China, aumentou a velocidade de apreciação do renmimbi em relação ao dólar dos Estados Unidos, reforçando a perspectiva de que o Banco Central chinês está aceitando a apreciação da moeda local na tentativa de combater o crescente processo inflacionário naquele país. De 14 de junho de a 14 de março de 2008, o dólar depreciou-se 6,3% frente à lira turca e 9,4% frente ao rublo russo, em contraposição a uma apreciação de 10,4% contra o rand sul-africano. No ano, até 14 de março, o dólar registrou desvalorização de 4,2% frente ao rublo russo, em contraposição a uma valorização de 5,9% contra a lira turca e de 15,6% contra o rand sul-africano Instituições financeiras A elevação da inadimplência nos créditos hipotecários subprime nos Estados Unidos, não representada previamente nas avaliações de rating, explicitou deficiências nas avaliações realizadas pelas principais agências de classificação de risco para instrumentos de securitização desses créditos. Isso provocou incertezas quanto à precificação de um amplo espectro de títulos securitizados e induziu forte contração da liquidez em seus mercados. Diante de riscos reputacionais ou obrigações contratuais assumidas, os intermediários financeiros responsáveis pela organização de securitizações de créditos foram levados a incorporar em seus balanços operações que anteriormente seriam vendidas nos mercados de títulos, passando a enfrentar importante pressão sobre suas posições de liquidez nos meses finais de. A elevação dos riscos de contraparte e a persistência das incertezas quanto ao total das perdas do sistema resultaram na adoção de atitudes defensivas pelas instituições financeiras, no intuito de minorar novas perdas, reforçar suas posições de liquidez e conservar capital. Essa postura teve repercussões importantes sobre a redução das transações no mercado interbancário, a elevação dos prêmios de seguro contra default de crédito por instituições financeiras e de spreads de uma forma geral, bem como sobre a redução da disposição do sistema financeiro à concessão de novos créditos a empresas e a indivíduos. 18 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

18 EUA Evolução do lucro líquido Fonte: FDIC Lucro líquido US$ milhões Segundo a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), no quarto trimestre de houve deterioração generalizada dos principais indicadores de qualidade de ativos e de lucratividade das instituições financeiras seguradas, principalmente entre as grandes instituições grupo no qual uma em cada quatro instituições apresentou prejuízo. Além de apresentar o menor lucro líquido consolidado (US$5,8 bilhões) desde o último trimestre de 1991, pela primeira vez na história as transações com títulos e valores mobiliários registraram prejuízo (US$10,6 bilhões) para o sistema financeiro de forma consolidada. As novas provisões para devedores duvidosos foram recordes, tendo alcançado US$31,3 bilhões, mais que três vezes o montante provisionado no mesmo trimestre de EUA Provisões e baixas contábeis líquidas Q Q Fonte: FDIC Q Provisões Q Q Q Q Q Baixas contábeis líquidas US$ milhões 0 Q Em claro sinal da tendência de degradação da qualidade das operações de crédito em carteira das instituições seguradas, a inadimplência (atrasos superiores a noventa dias) cresceu US$26,9 bilhões, chegando a US$109,9 bilhões, no quarto trimestre de, o maior nível em 24 anos e 91,5% superior ao nível registrado ao final do quarto trimestre de Os créditos com atrasos entre trinta e noventa dias cresceram US$18,7 bilhões em relação ao trimestre anterior, para US$110,94 bilhões, nível 55,1% superior ao observado ao final de As baixas contábeis no último trimestre de somaram US$16,2 bilhões. Ao gerar prejuízos e problemas de acesso à liquidez também para fundos de hedge e descapitalização de empresas seguradoras que garantem risco de crédito de títulos municipais (monolines) que possuem em carteira derivativos de crédito, a queda dos preços de títulos de dívida securitizada introduziu uma segunda ordem de risco para o sistema e para os mercados financeiros. Assentado, em grande medida, na avaliação de risco de crédito empreendida por agências de rating sobre ativos e instituições, novos provisionamentos de crédito podem ser demandados a bancos e outras instituições financeiras devido a suas posições em títulos municipais, caso a deterioração do capital das monolines leve a reclassificações de seus ratings para baixo, com conseqüências similares para os ratings e preços dos títulos por elas garantidas. Adicionalmente, restrições continuadas ao acesso a crédito por parte de instituições que apresentam elevada alavancagem, como os fundos de hedge, podem obrigá-las a vender posições em mercados já debilitados por problemas de liquidez e precificação, introduzindo novas pressões de baixa. Caso se confirmem, ambos os movimentos têm o potencial de gerar novos Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 19

19 prejuízos e problemas relacionados à capitalização no sistema financeiro, o que poderia acentuar os problemas já aparentes. Em resposta a prejuízos, a pressões sobre liquidez e sobre a adequação de capital, diversas instituições norteamericanas, especialmente as de grande porte, procuraram capitalizar-se reduzindo recompras de ações e distribuições de dividendos e levantando capital adicional, de forma a manter o nível de capital suficiente para atender aos limites regulatórios. Até início do mês de março, entre as maiores instituições bancárias foram levantados pouco mais de US$50 bilhões em capital adicional. Parcela importante desse valor foi originária de aquisições de ações por fundos soberanos de investimento de países da Ásia e do Oriente Médio. No último trimestre de, um banco comercial decretou falência e o número de bancos comerciais e instituições de poupança segurados pela FDIC com problemas foi acrescido em dez, para 75 instituições, com ativos totais de US$22,2 bilhões. Em março de 2008, virtual impossibilidade de acesso à liquidez no mercado interbancário induziu a venda, com o apoio do Federal Reserve, do quinto maior banco de investimentos norteamericano para outro grande banco do país. Em contrapartida aos problemas nos mercados e no sistema financeiro, os esforços da política monetária norte-americana voltaram-se com intensidade crescente ao restabelecimento da fluidez nas transações financeiras e a contra-arrestar os efeitos desses sobre o nível de atividade econômica. Em resposta à severa crise de liquidez, desde meados de agosto, o Federal Reserve Bank já reduziu a taxa básica dos Fed funds por seis vezes, de 5,25% ao ano (a.a.) para 2,25% a.a.; e a taxa de redesconto por oito vezes, para 2,5% a.a. Sensibilizados pelo estreitamento do crédito e pelo relativo recuo da atividade econômica, em meados de dezembro, os bancos centrais dos Estados Unidos, da Área do Euro (BCE), da Inglaterra (BoE), do Canadá (BoC) e da Suíça (BNS) anunciaram uma ação temporária e coordenada de intervenções em seus mercados monetários, e passaram a realizar leilões de crédito a taxas menores do que as disponíveis pelas respectivas janelas de redesconto. Nos Estados Unidos, esses leilões ficaram conhecidos como Term Auction Facility (TAF). Essas operações, que conjugam o aceite de uma maior gama de colaterais e prazos mais dilatados para a revenda dos papéis, somaram-se ao esforço para reduzir a pressão sobre o dólar no mercado 20 Relatório de Estabilidade Financeira Maio 2008

20 interbancário offshore, o que deu origem ao estabelecimento de linhas de swap entre o Fed e o BCE (US$20 bilhões) e entre o Fed e o BNS (US$4 bilhões). Seja na Europa, seja nos Estados Unidos, os leilões têm sido eficientes na redução dos spreads entre as taxas interbancárias de três meses e a meta para juros básicos. Nos Estados Unidos, a TAF tem o objetivo de reduzir os incentivos de preferência à liquidez pelos bancos e aumentar sua disposição de prover crédito para empresas e indivíduos. Com duas ofertas mensais no sistema de leilão e prazos de 28 ou 35 dias, o limite inicial dessa operação, de US$20 bilhões a cada leilão foi, posteriormente, elevado para US$30 bilhões e US$50 bilhões, respectivamente, em janeiro e março de A emergência dos problemas de capitalização das monolines e de acesso a financiamentos pelos fundos de hedge, que coincidiram com o período em que os problemas de liquidez do quinto maior banco de investimento do país se acentuaram, levaram o banco central norte-americano a criar, em 11 e 16 de março, duas novas linhas de crédito aos primary dealers, que incluem instituições que não possuem contas de reserva bancária. Com o objetivo explícito de melhorar a capacidade de os primary dealers proverem financiamento para participantes dos mercados de títulos securitizados, essas linhas de crédito ampliaram o espectro de ativos elegíveis como colaterais para a realização das operações junto ao banco central. Inicialmente, por meio da Term Securities Lending Facility (TSLD), o Federal Reserve passou a facultar a troca, em leilões, por 28 dias, de diversos títulos por até US$200 bilhões em títulos do Tesouro. Além dos colaterais usuais nas operações de auxílio à liquidez, essa linha de crédito faculta a apresentação, como colaterais, de títulos de agências federais, títulos garantidos por empréstimos hipotecários residenciais emitidos por agências federais e por agentes privados, neste caso, desde que tenham rating AAA ou Aaa. Em seguida, pela primeira vez desde o período da Grande Depressão de 1929, a autoridade monetária dos Estados Unidos criou uma linha de assistência à liquidez direta, que alcança também instituições não-bancárias (cerca de dez instituições entre os vinte primary dealers 1/ Uma descrição detalhada dessa e de outras medidas do Federal Reserve, bem como a coordenação de ações entre bancos centrais de países desenvolvidos, está disponível no Boxe A Crise Financeira Internacional Resenha sobre a Ação dos Bancos Centrais, à página 76 do Relatório de Inflação de março de 2008 deste Banco Central. Maio 2008 Relatório de Estabilidade Financeira 21

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - 2007 (Anexo específico de que trata o art. 4º, 4º, da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000)

Leia mais

ISSN 1517-6576 CGC 00 038 166/0001-05 Relatório de Inflação Brasília v 3 n 3 set 2001 P 1-190 Relatório de Inflação Publicação trimestral do Comitê de Política Monetária (Copom), em conformidade com o

Leia mais

Relatório de Inflação

Relatório de Inflação Relatório de Inflação Junho 2015 Volume 17 Número 2 ISSN 1517-6576 CNPJ 00.038.166/0001-05 Relatório de Inflação Brasília v. 17 nº 2 jun. 2015 p. 1 111 Relatório de Inflação Publicação trimestral do Comitê

Leia mais

Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento

Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento Sistema Financeiro e os Fundamentos para o Crescimento Henrique de Campos Meirelles Novembro de 20 1 Fundamentos macroeconômicos sólidos e medidas anti-crise 2 % a.a. Inflação na meta 8 6 metas cumpridas

Leia mais

Encontro de Bancos Centrais de países de língua portuguesa

Encontro de Bancos Centrais de países de língua portuguesa Encontro de Bancos Centrais de países de língua portuguesa Antônio Gustavo Matos do Vale Diretor de Liquidações e Desestatização 4 de outubro de 2010 1 Evolução recente da economia brasileira O momento

Leia mais

Nota de Crédito PJ. Janeiro 2015. Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014

Nota de Crédito PJ. Janeiro 2015. Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014 Nota de Crédito PJ Janeiro 2015 Fonte: BACEN Base: Novembro de 2014 mai/11 mai/11 Carteira de Crédito PJ não sustenta recuperação Após a aceleração verificada em outubro, a carteira de crédito pessoa jurídica

Leia mais

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos

Relatório de Gerenciamento de Riscos. Informações Adicionais e. Dados Quantitativos Relatório de Gerenciamento de Riscos Informações Adicionais e Dados Quantitativos Avaliação da adequação do Patrimônio de Referência (PR) face à estrutura e contexto operacional O processo de monitoramento

Leia mais

Nova Estrutura de Dados de Crédito

Nova Estrutura de Dados de Crédito Nova Estrutura de Dados de Crédito Este boxe apresenta as principais alterações introduzidas recentemente nas estatísticas de crédito publicadas pelo Banco Central 1. A reformulação objetivou ampliar a

Leia mais

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV

Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV INVESTIMENTOS Esclarecimentos sobre rentabilidade das cotas do Plano SEBRAEPREV Uma questão de suma importância para a consolidação e perenidade de um Fundo de Pensão é a sua saúde financeira, que garante

Leia mais

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011

Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Retorno dos Investimentos 1º semestre 2011 Cesar Soares Barbosa Diretor de Previdência É responsável também pela gestão dos recursos garantidores dos planos de benefícios administrados pela Sabesprev,

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 77 julho de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Sistema bancário e oferta monetária contra a recessão econômica 1 BC adota medidas para injetar

Leia mais

Impacto sobre os rendimentos dos títulos públicos

Impacto sobre os rendimentos dos títulos públicos Como as taxas de juros dos Estados Unidos afetam os mercados financeiros das economias emergentes 15 de maio de 2014 Alexander Klemm, Andre Meier e Sebastián Sosa Os governos da maioria das economias emergentes,

Leia mais

O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander. ANÁLISE COMPARATIVA RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2013 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica

Leia mais

2.7 Financiamento. Por que Financiamento? Comparação Internacional. Visão 2022

2.7 Financiamento. Por que Financiamento? Comparação Internacional. Visão 2022 2.7 Financiamento Por que Financiamento? O ritmo de crescimento de uma economia e a competitividade da sua indústria dependem da disponibilidade de recursos para investimento e da capacidade do sistema

Leia mais

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio

NOTAS ECONÔMICAS. Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio NOTAS ECONÔMICAS Informativo da Confederação Nacional da Indústria Ano 11 Número 2 12 de julho de 2010 www.cni.org.br Regimes cambiais dos BRICs revelam diferentes graus de intervenção no câmbio Brasil

Leia mais

Risco de Crédito Estrutura de gerenciamento do risco de crédito

Risco de Crédito Estrutura de gerenciamento do risco de crédito Risco de Crédito Estrutura de gerenciamento do risco de crédito Dezembro/2008 Agenda 1. Histórico 2. Escopo de Aplicação 3. Estrutura da Norma 4. Detalhamento da Norma Normativos similares Histórico Resolução

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL ANÁLISE COMPARATIVA RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2012 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica

Leia mais

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor?

Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? 1. Introdução Os investimentos no Brasil estão perdendo valor? Simone Maciel Cuiabano 1 Ao final de janeiro, o blog Beyond Brics, ligado ao jornal Financial Times, ventilou uma notícia sobre a perda de

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Agosto 2011

Relatório Econômico Mensal Agosto 2011 Relatório Econômico Mensal Agosto 2011 Tópicos Economia Americana: Confiança em baixa Pág.3 EUA X Japão Pág. 4 Mercados Emergentes: China segue apertando as condições monetárias Pág.5 Economia Brasileira:

Leia mais

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 %

ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA. Renda Fixa Plano B 124,0 % 10,0 % Renda Fixa Plano C 110,0 % 9,1 % Selic 71,0 % 6,5 % ENTENDENDO COMO FUNCIONA A RENDA FIXA A partir de 2005 foi iniciado um processo de alongamento dos prazos das carteiras de renda fixa da PSS, que propiciou bons ganhos por oito anos seguidos até o final

Leia mais

A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil

A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil 1 A Crise Internacional e os Desafios para o Brasil Guido Mantega Outubro de 2008 1 2 Gravidade da Crise Crise mais forte desde 1929 Crise mais grave do que as ocorridas nos anos 1990 (crise de US$ bilhões

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições financeiras que especifica. O Banco Central do Brasil,

Leia mais

5 ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA

5 ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA 5 ECONOMIA MONETÁRIA E FINANCEIRA Os sinais de redução de riscos inflacionários já haviam sido descritos na última Carta de Conjuntura, o que fez com que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidisse

Leia mais

Relatório FEBRABAN - Evolução do Crédito do Sistema Financeiro

Relatório FEBRABAN - Evolução do Crédito do Sistema Financeiro Relatório FEBRABAN - Evolução do Crédito do Sistema Financeiro (com base na Nota do Banco Central do Brasil de 22-10-08) Edição de 27 de Outubro de 08 Crise não teve impacto significativo nas operações

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Maio de 2015. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Maio de 2015. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Maio de 2015 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: GDP Mais Fraco no Primeiro Trimestre...Pág.3 Europa: Curva

Leia mais

Indicadores de Sustentabilidade Fiscal e Externa

Indicadores de Sustentabilidade Fiscal e Externa Indicadores de Sustentabilidade Fiscal e Externa A instabilidade registrada nos mercados financeiros internacionais de maio a junho de 26, a exemplo da turbulência observada recentemente, impactou negativamente

Leia mais

RELATÓRIO TESE CENTRAL

RELATÓRIO TESE CENTRAL RELATÓRIO Da audiência pública conjunta das Comissões de Assuntos Econômicos, de Assuntos Sociais, de Acompanhamento da Crise Financeira e Empregabilidade e de Serviços de Infraestrutura, realizada no

Leia mais

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2011 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL

RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2011 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL RELATÓRIO ANUAL DE TAXAS DE JUROS / 2011 EMPRÉSTIMO PESSOAL E CHEQUE ESPECIAL ANÁLISE COMPARATIVA O levantamento anual envolveu sete instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica

Leia mais

TRABALHO DE ECONOMIA:

TRABALHO DE ECONOMIA: UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - UEMG FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE ITUIUTABA - FEIT INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO E PESQUISA DE ITUIUTABA - ISEPI DIVINO EURÍPEDES GUIMARÃES DE OLIVEIRA TRABALHO DE ECONOMIA:

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Outubro 2007

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Outubro 2007 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Outubro 2007 A VOLATILIDADE NAS BOLSAS DE VALORES GLOBAIS E OS IMPACTOS NAS EMPRESAS DE REAL ESTATE LISTADAS NA BOVESPA Prof. Dr. Claudio

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS POLÍTICA DE INVESTIMENTOS Segurança nos investimentos Gestão dos recursos financeiros Equilíbrio dos planos a escolha ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 A POLÍTICA DE INVESTIMENTOS...4 SEGMENTOS DE APLICAÇÃO...7 CONTROLE

Leia mais

Relatório de Estabilidade Financeira. Banco Central do Brasil Março de 2013

Relatório de Estabilidade Financeira. Banco Central do Brasil Março de 2013 Relatório de Estabilidade Financeira Banco Central do Brasil Março de 2013 Pontos abordados para o Sistema Bancário* Base: 2º semestre/12 Risco de liquidez Captações Risco de crédito Portabilidade Crédito

Leia mais

Extrato de Fundos de Investimento

Extrato de Fundos de Investimento Extrato de Fundos de Investimento São Paulo, 02 de Janeiro de 2015 Prezado(a) Período de Movimentação FUNDO DE PENSAO MULTIPATR OAB 01/12/2014 a 31/12/2014 Panorama Mensal Dezembro 2014 A volatilidade

Leia mais

Operações Crédito do SFN

Operações Crédito do SFN Operações de Crédito do Sistema Financeiro Nacional em fev/2015 O crédito total do SFN incluindo as operações com recursos livres e direcionados somou R$ 3,03 trilhões em fev/15, após alta de 0,5% no mês

Leia mais

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO II RELATÓRIO ANALÍTICO 15 1 CONTEXTO ECONÔMICO A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados por um governo aos seus cidadãos são fortemente influenciadas pelo contexto econômico local, mas

Leia mais

Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro

Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro Política Monetária no G3 Estados Unidos, Japão e Área do Euro Nos primeiros anos desta década, os bancos centrais, em diversas economias, introduziram políticas monetárias acomodatícias como forma de evitar

Leia mais

A Evolução da Inflação no Biênio 2008/2009 no Brasil e na Economia Mundial

A Evolução da Inflação no Biênio 2008/2009 no Brasil e na Economia Mundial A Evolução da Inflação no Biênio / no Brasil e na Economia Mundial A variação dos índices de preços ao consumidor (IPCs) registrou, ao longo do biênio encerrado em, desaceleração expressiva nas economias

Leia mais

Decomposição da Inflação de 2011

Decomposição da Inflação de 2011 Decomposição da de Seguindo procedimento adotado em anos anteriores, este boxe apresenta estimativas, com base nos modelos de projeção utilizados pelo Banco Central, para a contribuição de diversos fatores

Leia mais

Crise Financeira Internacional Atuação do governo brasileiro no fornecimento de liquidez em moeda estrangeira

Crise Financeira Internacional Atuação do governo brasileiro no fornecimento de liquidez em moeda estrangeira Crise Financeira Internacional Atuação do governo brasileiro no fornecimento de liquidez em moeda estrangeira O agravamento da crise financeira internacional decorrente da falência do banco Lehman Brothers,

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 89 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Crise não afeta lucratividade dos principais bancos no Brasil 1 Lucro dos maiores bancos privados

Leia mais

Resenha do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) Período de 12/12/2011 a 16/12/2011

Resenha do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) Período de 12/12/2011 a 16/12/2011 Resenha do Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) Período de 12/12/2011 a 16/12/2011 Mercado Primário Na quinta-feira, 15 de dezembro, foram realizados os leilões tradicionais do Tesouro para

Leia mais

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural

Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural Maxi Indicadores de Desempenho da Indústria de Produtos Plásticos do Estado de Santa Catarina Relatório do 4º Trimestre 2011 Análise Conjuntural O ano de 2011 foi marcado pela alternância entre crescimento,

Leia mais

Determinantes da Evolução Recente do Consumo Privado

Determinantes da Evolução Recente do Consumo Privado Determinantes da Evolução Recente do Consumo Privado O dinamismo do consumo privado, traduzindo a evolução favorável das condições dos mercados de trabalho e de crédito, e das expectativas dos consumidores,

Leia mais

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

Parte V Financiamento do Desenvolvimento Parte V Financiamento do Desenvolvimento CAPÍTULO 9. O PAPEL DOS BANCOS PÚBLICOS CAPÍTULO 10. REFORMAS FINANCEIRAS PARA APOIAR O DESENVOLVIMENTO. Questão central: Quais as dificuldades do financiamento

Leia mais

(com base na Nota do Banco Central do Brasil de 27-05-2009) Edição de 27 de Maio de 2009

(com base na Nota do Banco Central do Brasil de 27-05-2009) Edição de 27 de Maio de 2009 Relatório Febraban - Evolução do Crédito do Sistema Financeiro (com base na Nota do Banco Central do Brasil de 27-05-2009) Edição de 27 de Maio de 2009 Em Abril de 2009, operações de crédito atingiram

Leia mais

Relatório de Análise dos Investimentos. da OABPREV SP. Julho de 2015

Relatório de Análise dos Investimentos. da OABPREV SP. Julho de 2015 Relatório de Análise dos Investimentos da OABPREV SP Julho de 2015 1. Introdução O presente Relatório de Análise dos Investimentos visa fornecer algumas análises quantitativas do mercado (indicadores financeiros),

Leia mais

Mudanças Recentes no Passivo Externo Brasileiro

Mudanças Recentes no Passivo Externo Brasileiro Mudanças Recentes no Passivo Externo Brasileiro As contas externas do país registraram a seqüência de cinco anos de superávits em transações correntes entre 2003 e 2007, proporcionando a ocorrência de

Leia mais

Taxa de Empréstimo Estatísticas Financeiras Internacionais (FMI - IFS)

Taxa de Empréstimo Estatísticas Financeiras Internacionais (FMI - IFS) Taxa de Empréstimo Estatísticas Financeiras Internacionais (FMI - IFS) África do Sul: Taxa predominante cobrada pelos bancos de contas garantidas prime. Alemanha: Taxa sobre crédito de conta-corrente de

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo:

PESQUISA DE JUROS. Estas reduções podem ser atribuídas aos fatores abaixo: PESQUISA DE JUROS Após longo período de elevação das taxas de juros das operações de crédito, as mesmas voltaram a ser reduzidas em setembro/2014 interrompendo quinze elevações seguidas dos juros na pessoa

Leia mais

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014

REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 NOTAS CEMEC 01/2015 REDUÇÃO DA TAXA DE POUPANÇA E AS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS: 2010-2014 Carlos A. Rocca Lauro Modesto Santos Jr. Fevereiro de 2015 1 1. Introdução No Estudo Especial CEMEC de novembro

Leia mais

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012

Fase 2 (setembro 2012) Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012 Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário - 2012 Apresentação A sondagem Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário 2012 Fase 2 apresenta a visão do empresário do transporte

Leia mais

Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras

Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras Administração Financeira: princípios, fundamentos e práticas brasileiras Prof. Onivaldo Izidoro Pereira Finanças Corporativas Ambiente Econômico Em suas atividades uma empresa relacionase com: Clientes

Leia mais

Relatório Semanal de Estratégia de Investimento

Relatório Semanal de Estratégia de Investimento 12 de janeiro de 2015 Relatório Semanal de Estratégia de Investimento Destaques da Semana Economia internacional: Deflação na Europa reforça crença no QE (22/11); Pacote de U$1 trilhão em infraestrutura

Leia mais

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha

ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Introdução: economias abertas Problema da liquidez: Como ajustar desequilíbrios de posições entre duas economias? ECONOMIA INTERNACIONAL II Professor: André M. Cunha Como o cada tipo de ajuste ( E, R,

Leia mais

Extrato de Fundos de Investimento

Extrato de Fundos de Investimento São Paulo, 04 de Maio de 2015 Prezado(a) FUNDO DE PENSAO MULTIPATR OAB 01/04/2015 a 30/04/2015 Panorama Mensal Abril 2015 No cenário internacional, o mês de abril foi marcado por surpresas negativas em

Leia mais

Mercado Financeiro e de Capitais Prof. Cleber Rentroia MBA em Finanças e Banking

Mercado Financeiro e de Capitais Prof. Cleber Rentroia MBA em Finanças e Banking 1. Quando o IPCA tende a subir além das metas de inflação, qual medida deve ser tomada pelo COPOM: a) Abaixar o compulsório b) Reduzir taxa do redesconto c) Aumentar o crédito d) Elevar a taxa de juros

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 55.075.238/0001-78 SETEMBRO/2015

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 55.075.238/0001-78 SETEMBRO/2015 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o Spinelli Fundo de Investimento em Ações. As informações completas sobre esse fundo podem ser obtidas no Prospecto e no Regulamento do fundo,

Leia mais

Estrutura de gestão do Risco de Mercado no BNDES. 1. Introdução

Estrutura de gestão do Risco de Mercado no BNDES. 1. Introdução 1 Estrutura de gestão do Risco de Mercado no BNDES 1. Introdução A Gestão de Riscos de Mercado é a atividade por meio da qual uma instituição financeira administra os riscos resultantes de variações nas

Leia mais

Unidade II. Mercado Financeiro e de. Prof. Maurício Felippe Manzalli

Unidade II. Mercado Financeiro e de. Prof. Maurício Felippe Manzalli Unidade II Mercado Financeiro e de Capitais Prof. Maurício Felippe Manzalli Mercados Financeiros Definição do mercado financeiro Representa o Sistema Financeiro Nacional Promove o fluxo de recursos através

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O VIDA FELIZ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 07.660.310/0001-81 OUTUBRO/2015

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O VIDA FELIZ FUNDO DE INVESTIMENTO EM AÇÕES CNPJ 07.660.310/0001-81 OUTUBRO/2015 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o Vida Feliz Fundo de Investimento em Ações. As informações completas sobre esse fundo podem ser obtidas no Prospecto e no Regulamento do fundo,

Leia mais

II - Evolução do crédito, da taxa de juros e do spread bancário 1

II - Evolução do crédito, da taxa de juros e do spread bancário 1 II - Evolução do crédito, da taxa de juros e do spread bancário 1 Desde março do ano passado, a partir da reversão das expectativas inflacionárias e do início da retomada do crescimento econômico, os juros

Leia mais

Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras

Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras Evolução Recente das Principais Aplicações Financeiras As principais modalidades de aplicação financeira disponíveis no mercado doméstico caderneta de poupança, fundos de investimento e depósitos a prazo

Leia mais

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. 1 Objetivo. 2 Diretrizes. 2.1 Princípios para Gerenciamento do Risco de Liquidez

ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ. 1 Objetivo. 2 Diretrizes. 2.1 Princípios para Gerenciamento do Risco de Liquidez ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCO DE LIQUIDEZ 1 Objetivo Apresentar o modelo de gerenciamento de Risco de Liquidez no Banco Safra e os princípios, as diretrizes e instrumentos de gestão em que este modelo

Leia mais

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Apresentação A institucionalização da série Notas Técnicas do Banco Central do Brasil, cuja gestão compete ao Departamento Econômico (Depec), promove

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Março de 2015. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Março de 2015. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Março de 2015 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Fed e Curva de Juros...Pág.3 Europa: Melhora dos Indicadores...Pág.4

Leia mais

Normas Contábeis Orientações da SUSEP ao Mercado de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Capitalização e Resseguro

Normas Contábeis Orientações da SUSEP ao Mercado de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Capitalização e Resseguro Normas Contábeis Orientações da SUSEP ao Previdência Complementar Aberta, Capitalização e Resseguro julho/2013 Sumário 1. INTRODUÇÃO... 2 1.1. Área Responsável... 2 1.2. Base Legal... 2 1.3. Abrangência...

Leia mais

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL

SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL SPREAD BANCÁRIO NO BRASIL Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade 26 DE MARÇO DE 2009 Fábio Colletti Barbosa Presidente ÍNDICE 1. A Crise Financeira Mundial 2. O Brasil, a Crise

Leia mais

Administração Financeira e Orçamentária I

Administração Financeira e Orçamentária I Administração Financeira e Orçamentária I Sistema Financeiro Brasileiro AFO 1 Conteúdo Instituições e Mercados Financeiros Principais Mercados Financeiros Sistema Financeiro Nacional Ações e Debêntures

Leia mais

Perspectivas da Economia Brasileira

Perspectivas da Economia Brasileira Perspectivas da Economia Brasileira Márcio Holland Secretário de Política Econômica Ministério da Fazenda Caxias do Sul, RG 03 de dezembro de 2012 1 O Cenário Internacional Economias avançadas: baixo crescimento

Leia mais

A Crise Econômica Mundial e as Economias Regionais

A Crise Econômica Mundial e as Economias Regionais A Crise Econômica Mundial e as Economias Regionais Gráfico 1 Efeitos da crise financeira sobre o emprego Dados dessazonalizados Abril = 104 103 102 101 99 98 97 96 104 102 98 96 94 92 88 86 Abr Jun Mai

Leia mais

Extrato de Fundos de Investimento

Extrato de Fundos de Investimento Extrato de Fundos de Investimento São Paulo, 01 de Outubro de 2012 Prezado(a) Período de Movimentação FUNDO DE PENSAO MULTIPATR OAB 03/09/2012 a 28/09/2012 Panorama Mensal Setembro de 2012 O mês de setembro

Leia mais

GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP

GRUPO DE ECONOMIA / FUNDAP O mercado de câmbio brasileiro, no primeiro bimestre de 2014 Grupo de Economia / Fundap O ano de 2014 começou com um clima bem agitado nos mercados financeiros internacionais, com o anúncio feito pelo

Leia mais

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas II Situação Económico-Financeira Balanço e Contas Esta parte do Relatório respeita à situação económico-financeira da Instituição, através da publicação dos respectivos Balanço e Contas e do Relatório

Leia mais

Cenário Econômico para 2014

Cenário Econômico para 2014 Cenário Econômico para 2014 Silvia Matos 18 de Novembro de 2013 Novembro de 2013 Cenário Externo As incertezas com relação ao cenário externo em 2014 são muito elevadas Do ponto de vista de crescimento,

Leia mais

Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado

Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado Pesquisa FEBRABAN de Projeções Macroeconômicas e Expectativas de Mercado Variáveis Macroeconômicas Pesquisa de Projeções Macroeconômicas (Média) Efetivos Efetivos Pesquisas anteriores 2012 2013 Pesquisa

Leia mais

Baixa do dólar e recuo das Treasuries corroboram para fechamento dos juros futuros; Fatores domésticos levam a depreciação do dólar frente ao real;

Baixa do dólar e recuo das Treasuries corroboram para fechamento dos juros futuros; Fatores domésticos levam a depreciação do dólar frente ao real; 20-jan-2014 Baixa do dólar e recuo das Treasuries corroboram para fechamento dos juros futuros; Fatores domésticos levam a depreciação do dólar frente ao real; Ibovespa recuou 1,04% na semana, seguindo

Leia mais

Relatório Econômico Mensal JANEIRO/13

Relatório Econômico Mensal JANEIRO/13 Relatório Econômico Mensal JANEIRO/13 Índice INDICADORES FINANCEIROS 3 PROJEÇÕES 4 CENÁRIO EXTERNO 5 CENÁRIO DOMÉSTICO 7 RENDA FIXA 8 RENDA VARIÁVEL 9 Indicadores Financeiros Projeções Economia Global

Leia mais

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon

Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação Profa. Patricia Maria Bortolon Elementos de Análise Financeira Matemática Financeira e Inflação O que é Inflação? Inflação É a elevação generalizada dos preços de uma economia O que é deflação? E a baixa predominante de preços de bens

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 3.721. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito.

RESOLUÇÃO Nº 3.721. Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. RESOLUÇÃO Nº 3.721 Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito. O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, torna público

Leia mais

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999

O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999 14 de maio de 2014 Indicador IFO/FGV de Clima Econômico da América Latina¹ O indicador do clima econômico piorou na América Latina e o Brasil registrou o indicador mais baixo desde janeiro de 1999 O indicador

Leia mais

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda

A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda A estratégia para enfrentar o aprofundamento da crise mundial Guido Mantega Ministro da Fazenda Câmara dos Deputados Brasília, 23 de novembro de 2011 1 Economia mundial deteriorou-se nos últimos meses

Leia mais

Parte III Política Cambial

Parte III Política Cambial Parte III Política Cambial CAPÍTULO 5. A GESTÃO DO REGIME DE CÂMBIO FLUTUANTE NO BRASIL CAPÍTULO 6. A RELAÇÃO ENTRE A TAXA DE CÂMBIO E O DESENVOLVIMENTO Regimes e Política Cambial Apesar da adoção quase

Leia mais

Gerenciamento de Riscos Risco de Mercado

Gerenciamento de Riscos Risco de Mercado Gerenciamento de Riscos Risco de Mercado 2. Risco de Mercado A divulgação da Resolução 3.464 do CMN pelo BACEN em 26 de junho de 2007 foi o primeiro passo no processo de implementação de uma estrutura

Leia mais

Gestão de Riscos, Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e Adequação do Patrimônio de Referência (PR) Circular Bacen 3.477/09

Gestão de Riscos, Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e Adequação do Patrimônio de Referência (PR) Circular Bacen 3.477/09 2013 Gestão de Riscos, Patrimônio de Referência Exigido (PRE) e Adequação do Patrimônio de Referência (PR) Circular Bacen 3.477/09 2 ÍNDICE: 1. INTRODUÇÃO... 3 2. ESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS...

Leia mais

1. PÚBLICO-ALVO: O fundo é destinado a investidores em geral que pretendam buscar investimentos com rentabilidade superior ao CDI.

1. PÚBLICO-ALVO: O fundo é destinado a investidores em geral que pretendam buscar investimentos com rentabilidade superior ao CDI. LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O BNP PARIBAS HEDGE CLASSIQUE FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO LONGO PRAZO CNPJ/MF: Informações referentes a Dezembro de 2014 Esta lâmina contém um resumo das informações

Leia mais

Evolução do lucro líquido (em milhões de reais) - jan fev mar abr mai jun jul ago set

Evolução do lucro líquido (em milhões de reais) - jan fev mar abr mai jun jul ago set DISCUSSÃO E ANÁLISE PELA ADMINISTRAÇÃO DO RESULTADO NÃO CONSOLIDADO DAS OPERACÕES: PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2001 COMPARATIVO AO PERÍODO DE JANEIRO A SETEMBRO DE 2000 (em milhões de reais, exceto

Leia mais

Especial Lucro dos Bancos

Especial Lucro dos Bancos Boletim Econômico Edição nº 90 novembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Especial Lucro dos Bancos 1 Tabela dos Lucros em 2014 Ano Banco Período Lucro 2 0 1 4 Itaú Unibanco

Leia mais

A Concentração Bancária no Sistema Financeiro Nacional

A Concentração Bancária no Sistema Financeiro Nacional Boletim Econômico Edição nº 65 abril de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico A Concentração Bancária no Sistema Financeiro Nacional Introdução 1 No tocante às instituições

Leia mais

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações

Leia mais

Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito. Banco Central do Brasil Fevereiro de 2015

Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito. Banco Central do Brasil Fevereiro de 2015 Pesquisa Trimestral de Condições de Crédito Banco Central do Brasil Fevereiro de 215 Indicadores de Condições de Crédito Objetivos: Verificar o sentimento dos últimos meses sobre o mercado de crédito e

Leia mais

Relatório Econômico Mensal Julho de 2015. Turim Family Office & Investment Management

Relatório Econômico Mensal Julho de 2015. Turim Family Office & Investment Management Relatório Econômico Mensal Julho de 2015 Turim Family Office & Investment Management ESTADOS UNIDOS TÓPICOS ECONOMIA GLOBAL Economia Global: EUA: Inflação e Salários...Pág.3 Europa: Grexit foi Evitado,

Leia mais

Iniciantes Home Broker

Iniciantes Home Broker Iniciantes Home Broker Para permitir que cada vez mais pessoas possam participar do mercado acionário e, ao mesmo tempo, tornar ainda mais ágil e simples a atividade de compra e venda de ações, foi criado

Leia mais

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 Francisco José Gouveia de Castro* No início do primeiro semestre de 2015, o foco de atenção dos agentes tomadores de decisão, principalmente da iniciativa privada, é

Leia mais

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em * (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em desenvolvimento) A atual crise financeira é constantemente descrita

Leia mais

A pergunta de um trilhão de dólares: Quem detém a dívida pública dos mercados emergentes

A pergunta de um trilhão de dólares: Quem detém a dívida pública dos mercados emergentes A pergunta de um trilhão de dólares: Quem detém a dívida pública dos mercados emergentes Serkan Arslanalp e Takahiro Tsuda 5 de março de 2014 Há um trilhão de razões para se interessar em saber quem detém

Leia mais

Circular nº 3477. Total de Créditos Tributários Decorrentes de Diferenças Temporárias Líquidos de Obrigações Fiscais 111.94.02.01.

Circular nº 3477. Total de Créditos Tributários Decorrentes de Diferenças Temporárias Líquidos de Obrigações Fiscais 111.94.02.01. Detalhamento do patrimônio de referência (PR) : 100 110 111 111.01 111.02 111.03 111.04 111.05 111.06 111.07 111.08 111.90 111.90.01 111.91 111.91.01 111.91.02 111.91.03 111.91.04 111.91.05 111.91.06 111.91.07

Leia mais