Aula 12: Hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário.

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1 Aula 12: Hipóteses de suspensão, extinção e exclusão do crédito tributário. Na aula anterior, vimos os detalhes sobre a constituição do crédito através dos tipos de lançamento existentes, o que torna a obrigação correspondente líquida, certa e exigível. Assim, caso o sujeito passivo não cumpra essa obrigação, fica sujeito a medidas de execução judiciárias pelo fisco. Hoje, veremos o que pode acontecer com esse crédito tributário já constituído. É um assunto MUITO COBRADO PELAS BANCAS, e que de acordo com o art. 141 do CTN visto na aula passada, compõe um rol exaustivo: o cre dito tributa rio regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. Vejamos quais são estas hipóteses: I. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário Seis hipóteses! Moratória, depósito do montante integral, reclamações e recursos, concessão de liminar em mandado de segurança, concessão de liminar ou tutela antecipada em outras espécies de ação judicial, parcelamento. II. III. Extinguem o crédito tributário Onze hipóteses! Pagamento, compensação, transação, remissão, prescrição e decadência, conversão de depósito em renda, pagamento antecipado e a homologação do lançamento, consignação em pagamento, decisão administrativa irreformável, decisão judicial passada em julgado, dação em pagamento de bens imóveis Excluem o crédito tributário Duas hipóteses! Isenção e anistia. Antes de estudarmos cada uma destas hipóteses, veja um macete pra decorar estes institutos! Guardem bem: VP Concursos - Consultoria e Coaching 628

2 Hipóteses de suspensão MO-DE-RE-CO-CO-PA; - MOratória; - DEpósito em montante integral; - REclamaçoes e Recursos; - COncessão de medida liminar em mandado de segurança; - COncessão de medida liminar ou tutela antecipada em outras espécies de ação judicial; - PArcelamento; Hipóteses de exclusão ANIS; - ANistia; - ISenção; Hipóteses de extinção - as demais; 1. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário A suspensão da exigibilidade do crédito tributário está prevista no art. 151 do CTN, vejamos: Art Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) VI o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela conseqüentes. VP Concursos - Consultoria e Coaching 629

3 Dessa forma, reforçando o famoso MODERECOCOPA temos a figura que segue: O parágrafo único do mesmo artigo estabelece que mesmo na hipótese do crédito estar com a exigibilidade suspensa, isso não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias. CUIDADO! Na instância administrativa, basta para suspender a exigibilidade do crédito tributário, a reclamação, recurso ou o depósito integral. Todavia, na via judicial, não é o mandado de segurança ou outra ação judicial que suspende a exigibilidade do crédito tributário! O que suspende é a concessão de medida liminar ou tutela antecipada referente a estas espécies. Vejamos logo de cara, alguns entendimentos jurisprudenciais a respeito desse tema: EMENTA: TRIBUTÁRIO. (...) MANDADO DE SEGURANÇA. MEDIDA LIMINAR. SUSPENSÃO DO PRAZO. IMPOSSIBILIDADE. (...) 3. A suspensão da exigibilidade do crédito tributário na via judicial impede o Fisco de praticar qualquer ato contra o contribuinte visando à cobrança de seu crédito, tais como inscrição em dívida, execução e penhora, mas não impossibilita a Fazenda de proceder à regular constituição do crédito tributário para prevenir a decadência do direito de lançar. 4. Embargos de VP Concursos - Consultoria e Coaching 630

4 divergência providos. (EREsp /PR, 1ª T., rel. Min. Castro Meira, j ) (Grifo nosso) Muito importante essa decisão do STJ. Mesmo quando o crédito esteja com sua exigibilidade suspensa por alguma das medidas judiciais cabíveis, isso não impede a realização do lançamento pelo fisco, com o objetivo de prevenir a decadência. Observe que o objetivo não é a execução fiscal do sujeito passivo, mas tão somente constituir o crédito tributário para evitar que a fazenda pública perca esse direito pelo decurso do tempo. (...) suspensa a exigibilidade do débito fiscal, notadamente pelo depósito de seu montante integral em ação anulatória de débito fiscal, deve ser extinta a execução fiscal ajuizada posteriormente; se a ação executória fiscal foi proposta antes da anulatória, aquela resta suspensa até o final desta última (STJ, RE /MA Rel. Ministro Francisco Falcão DJ 06/03/2006) Nesta decisão, o STJ estabelece que se a Fazenda pública propõe ação executória posteriormente a uma suspensão da exigibilidade do débito por uma ação judicial, esta execução proposta deve ser extinta. Por outro lado, no caso da ação de execução ter sido proposta anteriormente a suspensão da exigibilidade deste débito, a ação executória estará suspensa. Passamos agora a ver, cada uma das hipóteses de suspensão de exigibilidade do crédito tributário Moratória Está prevista nos arts. 152 a 155 do CTN, vejamos por etapas: Art A moratória somente pode ser concedida: I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. VP Concursos - Consultoria e Coaching 631

5 A moratória é o adiamento do prazo estipulado para pagamento dos tributos e que de acordo com o art. 97 do CTN, assim como todas as outras formas de extinção, suspensão e exclusão do crédito tributário devem ser aplicadas por meio de LEI. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: (...) VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. Essa dilatação do prazo pode ter origem em uma dificuldade de pagamento ou mesmo uma impossibilidade de cumprimento da obrigação momentânea, podendo ser estipulado o pagamento em cota única ou parcelada. De acordo com o art. 152, a moratória pode ser dada em caráter individual ou em caráter geral: I. Caráter individual AUTORIZADA POR LEI da pessoa jurídica de direito público a todos sujeitos passivos que preencherem determinados requisitos, sendo CONCEDIDA por despacho da autoridade administrativa. II. Caráter geral CONCEDIDA POR LEI pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo, beneficiando determinados grupos de sujeitos passivos sem necessidade de reconhecimento por despacho administrativo. IMPORTANTE! A moratória em caráter geral, somente esta, tem a previsão, além da concessão autônoma, de uma concessão heterônoma, em que a União poderá conceder moratória para tributos dos estados e municípios, desde que conceda para os seus próprios tributos e obrigações de direito privado. Percebam que além de ter que conceder também aos seus próprios tributos, deverá conceder às suas obrigações de direito privado. VP Concursos - Consultoria e Coaching 632

6 Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos. O parágrafo único do art. 152 do CTN, por sua vez, estipula que a concessão de moratória poderá ser dada à: a) Determinada região do território de sua competência em função de alguma calamidade pública por exemplo; b) Ou determinada classe ou categoria de sujeito passivos conjuntura desfavorável para determinadas atividades. Art A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual. O art. 153 do CTN apresenta os requisitos obrigatórios necessários à concessão da moratória: i. O prazo; ii. E as condições. Ale m dos requisitos facultativos, dispostos nas alíneas a, b e c do inciso III do art Art Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do VP Concursos - Consultoria e Coaching 633

7 despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele. Por sua vez, o art. 154 estabelece que a moratória não aproveita aos casos de fraude dolo e simulação e somente se aplica, salvo disposição em contrário, aos seguintes casos: i. Créditos já definitivamente constituídos antes da lei ou do despacho que conceder; ii. O lançamento já tinha sido feito e o sujeito passivo regulamente notificado. Dessa forma, salvo disposição em contrário, estão excluídos os créditos constituídos posteriormente a concessão da moratória, ou mesmo os que não esteja definitivamente constituídos. Art A concessão da moratória em caráter individual não gera direito adquirido e será revogado de ofício, sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de mora: I - com imposição da penalidade cabível, nos casos de dolo ou simulação do beneficiado, ou de terceiro em benefício daquele; II - sem imposição de penalidade, nos demais casos. Parágrafo único. No caso do inciso I deste artigo, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e sua revogação não se computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito; no caso do inciso II deste artigo, a revogação só pode ocorrer antes de prescrito o referido direito. Por fim, temos o art. 155 do CTN, por sinal, um dos mais cobrados em provas no que se refere ao instituto da moratória, que estabelece que a concessão da moratória em CARÁTER INDIVIDUAL não gera direito adquirido. Dessa forma, SEMPRE que identificado que o sujeito passivo não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições, bem como, não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos, será REVOGADA a concessão da moratória, cobrando o crédito acrescido de juros de mora com penalidade (se houver dolo ou simulação), e sem penalidade (demais casos)! VP Concursos - Consultoria e Coaching 634

8 Duas observações: 1) A contrariu sensu, A concessão da moratória em caráter geral GERA DIREITO ADQUIRIDO. 2) Em que pese ser chamada de revogação pelo legislador, trata-se na verdade de uma anulação, pois foi concedida por lei, e não se trata de uma discricionariedade administrativa. 3) Veremos nas outras modalidades, que, quando cabível, o art. 155 se aplica a outros quatro benefícios além da moratória: parcelamento, remissão, isenção e anistia. 4) No caso de dolo ou simulação, o tempo decorrido entre a concessão da moratória e a sua revogação não se computa para efeitos de prescrição do direito à cobrança do crédito. Nos demais casos, a revogação da concessão só pode ocorrer antes da prescrição. Só fazendo um adendo, vejamos uma figura que encontrei no Google, que retrata bem a diferença entre prescrição e decadência. Veremos estes institutos com mais detalhes quando estudarmos as modalidades de extinção do crédito tributário: VP Concursos - Consultoria e Coaching 635

9 Fonte: Cuidado! O prazo de 5 anos contados do início do exercício seguinte à ocorrência do fato gerador É A REGRA! Sabemos que no lançamento por homologação, por exemplo, conta-se 5 anos da ocorrência do fato gerador, exceto quando houver fraude, dolo ou simulação (volta a cair na regra geral). Vejamos dois exemplos para ilustrar o art. 155 e seu parágrafo único. VP Concursos - Consultoria e Coaching 636

10 Exemplo 1: - Imagine que em maio de 2010 foi concedida uma moratória em caráter individual para um determinado sujeito passivo pagar o crédito somente em maio de 2018; - Todavia, em JANEIRO DE 2013, verificou-se que o sujeito passivo não se enquadrava dentro dos requisitos exigidos e revogou-se a concessão da moratória; - Agora, surgem duas hipóteses: - Primeira, se o sujeito passivo agiu COM dolo ou simulação, cobra-se o tributo + juros de mora + PENALIDADES. - Todavia, se agiu SEM dolo ou simulação, ou seja, por algum ato não intencional, cobra-se tão somente o tributo + juros de mora. Exemplo 2: - Imagine novamente que em maio de 2010 foi concedida uma moratória em caráter individual para um determinado sujeito passivo pagar o crédito somente em maio de 2018; - Todavia, somente em JANEIRO DE 2017, verificou-se que o sujeito passivo não se enquadrava dentro dos requisitos exigidos; - Agora, surgem duas hipóteses: - Primeira, se o sujeito passivo agiu COM dolo ou simulação, todo esse período em que foi concedida a moratória não será computado para efeito de prescrição, podendo a fazenda pública revogar a concessão da moratória. - Todavia, se agiu SEM dolo ou simulação, não poderá mais ser revogada a prescrição, pois o crédito já estará prescrito. Muito importante o entendimento desse exemplo acima. Vale lembrar novamente, que este art. 155 se aplica a outros quatro benefícios além da moratória: parcelamento, remissão, isenção, anistia Depósito no montante integral O depósito do montante integral é uma garantia que sujeito passivo oferece ao suposto credor seja na via administrativa ou judicial. De fato, é mais comum na via judicial, pois na administrativa, o sujeito passivo se vale de outras ferramentas para suspender o crédito VP Concursos - Consultoria e Coaching 637

11 como as reclamações e os recursos. Vejamos o que diz o STJ sobre esta modalidade de suspensão: Súmula 112 do STJ - O depósito somente suspende a exigibilidade do crédito tributário se for integral e em dinheiro. Dessa forma, de acordo com o entendimento do STJ na súmula 112, o deposito do montante integral para efeitos de suspensão da exigibilidade do crédito deve ser feito em dinheiro e no valor integral Reclamações e recursos administrativos São as ferramentas disponíveis pelo sujeito passivo para contestar sobre determinado credito tributário na instância administrativa, garantindo a estes litigantes, a ampla defesa e o contraditório conforme roga o art. 5 o, LV, da CF/88. Enquanto não julgado esta impugnação ou recurso, a fazenda pública fica vedada de ajuizar ação executória pois o crédito estará com sua exigibilidade suspensa. É o que diz o STJ: (...) é vedado o ajuizamento de execução fiscal em face do contribuinte antes do julgamento definitivo do competente recurso administrativo (AgRg no AREsp /RJ, rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª T., j. em ). Vejamos algumas posições do STF à respeito: Súmula Vinculante 21 do STF: É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. Ementa: (...) A exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos como condição de admissibilidade de recurso administrativo constitui obstáculo sério (e intransponível, para consideráveis aparcelas da população) ao exercício do direito de petição (CF, art. 5º, XXXIV), além de caracterizar ofensa ao princípio do contraditório (CF, art. 5º, LV). A exigência de depósito ou arrolamento prévio de bens e direitos pode converter-se, na prática, em determinadas situações, em supressão do direito de recorrer, constituindo-se, assim, em nítida violação ao princípio da proporcionalidade. Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do art. 32 da MP posteriormente convertida na Lei /72. (ADI 1.976, Relator Ministro Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, , DJ de ) VP Concursos - Consultoria e Coaching 638

12 Essa súmula teve o objetivo de tornar inconstitucional, qualquer dispositivo em leis estaduais e municipais, que exigiam um depósito em bens ou dinheiro, para que o sujeito passivo entrasse com um recurso administrativo. Dessa forma, a impugnação administrativa do sujeito passivo independe de qualquer depósito, embora esse possa ser feito com o fim de evitar a incidência de juros moratórios Concessão de medida liminar em mandado de segurança e medida liminar ou tutela antecipada em outras espécies de ação judicial. Observem que aqui são duas modalidades de suspensão distintas: a) Concessão de medida liminar em mandado de segurança b) Concessão de medida liminar ou tutela antecipada em outras espécies de ação judicial. Vale lembrar que não é o simples ingresso na via judicial que ocasiona a suspensão da exigibilidade do crédito, mas sim a concessão da medida liminar ou da tutela antecipada conforme o caso. Uma decisão do STF importante sobre essa modalidade é a seguinte: Súmula Vinculante 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito tributário. 4. No julgamento da medida cautelar, o Ministro Francisco Resek afirmou (fls. 45/46): '[...] O que o dispositivo impugnado institui importa cerceamento do direito à tutela jurisdicional. O artigo determina que a admissão de 'ações judiciais' que tenham por objeto a discussão de débito para com o INSS se condiciona - obrigatoriamente - ao depósito preparatório do valor do débito cuja legalidade será discutida. Está claro que o [sic] a norma cria séria restrição à garantia de acesso aos tribunais (artigo 5º - XXXV da CF). O que se pretende, à primeira vista, é assegurar a eventual execução. Nesta trilha, a norma não representaria grande novidade em nosso ordenamento jurídico. Entretanto, o que a singulariza é a restrição vestibular e ponderável do acesso ao Poder Judiciário. A necessidade do depósito, tal como aqui lançada, limitará o próprio acesso à primeira instância. Da garantia de proteção judiciária decorrem diversos princípios tutelares do processo - o contraditório, a ampla defesa, o duplo grau de jurisdição, entre outros - e o depósito aqui exigido poderá em muitos casos inviabilizar o direito de ação'." ADI 1.074, Relator Ministro Eros Grau, Tribunal Pleno, julgamento em , DJ de VP Concursos - Consultoria e Coaching 639

13 Com a edição da súmula vinculante n o 28, além da inconstitucionalidade da exigência de depósito para recurso administrativo, passou a ser inconstitucional também, a exigência de depósito de bens ou dinheiro para o ingresso de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade do crédito Parcelamento Como última modalidade de suspensão, temos o parcelamento que está previsto nos arts. 155-A do CTN: Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 1o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 2o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) 3o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) 4o A inexistência da lei específica a que se refere o 3o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005) Muito importante a disposição contida no 1 o, se a lei não dispor de forma diversa, o parcelamento não exclui a incidência de juros e multas. De acordo com o 2 o, aplica-se subsidiariamente ao parcelamento, os dispositivos relativos a moratória. Com o advento da lei de falências, a lei complementar 118/2005 adaptou o CTN à estas novidades com uma série de dispositivos. Entre eles estão os 3 o e 4 o do art. 155-A estabelecendo que deverá haver uma lei específica de parcelamento para as empresas em recuperação judicial. No entanto, caso não haja essa lei específica, deverá ser aplicada a lei geral de parcelamento daquele ente da federação, não podendo o prazo de parcelamento ser inferior ao previsto na lei federal específica. Por fim, temos o entendimento do STJ que o parcelamento é um ato discricionário da fazenda pública. VP Concursos - Consultoria e Coaching 640

14 O parcelamento de débito fiscal, de conformidade com as regras da Portaria 561/94, se apresenta com características de ato discricionário da atividade administrativa e subordinado a exame de matéria fática. (STJ - MS 4.435/DF - Primeira secao - Relator Min. Jose Delgado - j /97. DJU 1 de , p ) 2. Hipóteses de extinção do crédito tributário As 11 hipóteses de extinção do crédito tributário estão previstas no art. 156 do CTN, vejamos: Art Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de ) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e 149. Assim, temos o seguinte: VP Concursos - Consultoria e Coaching 641

15 Passamos a estudar cada uma destas causas extintivas do crédito tributário. VP Concursos - Consultoria e Coaching 642

16 2.1. Pagamento O pagamento é, sem dúvidas, a principal causa de extinção do crédito tributário. Está disciplinado nos arts. 157 a 163 e 165 a 169 do CTN. Em regra, deve ser feito em pecúnia, todavia o CTN admite no art. 162, meios equivalentes, como o cheque, vale-postal, estampilha, papel selado ou processo mecânico. Antes de vermos os artigos detalhadamente, vejamos algumas posições do STF acerca do pagamento: Súmula 70 É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo". Julgados: RMS 9698, de (DJ de ); e RE , de Súmula 323 É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Julgado: RE , de Dessa forma, o fisco não tem o poder de interditar um determinado estabelecimento, nem mesmo de apreender mercadorias como forma coercitiva para obrigar o sujeito passivo ao pagamento do tributo. Art A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do cre dito tributa rio. Ou seja, a imposição de uma multa, seja pelo não cumprimento de uma obrigação acessória, ou pelo não recolhimento do tributo, NÃO DISPENSA o pagamento do tributo devido. Ou seja, a multa aplicada não substitui o pagamento do tributo, na verdade, ela se soma, sendo devido então o TRIBUTO + MULTA. Art O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. No Direito Privado, há uma presunção relativa quando consta o comprovante de pagamento de uma determinada parcela, de que as anteriores estão pagas, cabendo ao credor provar o contrário. TODAVIA, NÃO OCORRE ESSA PRESUNÇÃO NO DIREITO TRIBUTÁRIO. VP Concursos - Consultoria e Coaching 643

17 Assim, de acordo com o art. 158, I, o pagamento de uma determinada prestação não presume o pagamento das anteriores, e quando total não presume o pagamento de outros créditos do mesmo ou de outros tributos. Por exemplo, o comprovante de pagamento do IPTU no ano de 2014, não é presunção de que os outros anos estejam pagos. Art Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. Esse dispositivo já está um pouco fora de uso nos dias de hoje, pois o pagamento é feito na rede bancária credenciada. Mas antigamente, o sujeito passivo recolhia os tributos na própria repartição fiscal. De qualquer forma, determinou o código à época, que se a legislação não dispusesse de forma diversa, o pagamento seria efetuado na repartição competente do sujeito passivo. Art Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. O art. 160 do CTN estabelece que no caso da LEGISLAÇÃO (NÃO PRECISA SER LEI) se omitir a respeito do prazo para pagamento do tributo, o tempo será de TRINTA DIAS, contados da data em que se considera notificado o sujeito passivo. O parágrafo único autoriza a concessão de descontos desde que cumpridos os requisitos estabelecidos, pela antecipação do pagamento. O STJ possui entendimento que confirma o disposto acima a respeito da reserva legal: É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que a definição de prazo para recolhimento de tributo pode ser delegada pela lei ao regulamento, porquanto não se inclui entre as matérias sujeitas á reserva legal pelo art. 97 do CTN (STJ, 2ª T., Resp /SP, rel. O Min. Antônio de Pádua Ribeiro, mai/97) (grifos nosso); Art O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. VP Concursos - Consultoria e Coaching 644

18 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. Quanto aos juros de mora pelo não pagamento do crédito tributário na data do vencimento, o CTN determinou que se a lei não dispor de modo diverso, será de UM POR CENTO ao mês. Dispõe ainda que os juros vão começar a correr independente do motivo pelo qual ele não foi pago. O 2 o do mesmo artigo, estabelece que não incidirá juros de mora, enquanto estiver pendente a consulta formulada pelo sujeito passivo dentro do prazo de pagamento do tributo. É aquela situação em que o sujeito passivo tem dúvidas a respeito de como aplicar à legislação tributária ao caso concreto. Art Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes. O sujeito passivo que possuir dois ou mais débitos para a mesma pessoa jurídica de direito público relativa ao mesmo ou a outro tributo ou a uma penalidade pecuniária não VP Concursos - Consultoria e Coaching 645

19 tem o direito de escolher quais débitos ele quer pagar. Quem deverá determinar a respectiva imputação será a AUTORIDADE COMPETENTE que receber o pagamento, obedecendo ESTRITAMENTE A SEGUINTE ORDEM disposta no art. 163 do CTN: 1) Primeiro, débitos de obrigação própria (COMO CONTRIBUINTE) e posteriormente os de responsabilidade tributária; 2) Quanto a natureza dos tributos, primeiramente serão pagas as contribuições de melhoria, depois as taxas e por fim os impostos. MNEMÔNICO: CTI; 3) Na ordem crescente dos prazos de prescrição o crédito que será prescrito antes deverá ser pago antes; 4) Na ordem decrescente dos montantes primeiro imputa-se o pagamento aos de maior valor, e depois os de menor valor. Vejamos um exemplo que vai deixar claro o entendimento desse assunto. Imagine os seguintes débitos tributários com uma mesma pessoa jurídica: 1) R$ ,00, vencido em 20/02/13, referente a imposto de renda na fonte, na qualidade de responsável; 2) R$ ,00, vencido em 30/12/13, referente a um contribuição de melhoria; 3) R$ ,00, vencido em 20/05/12, relativo ao Imposto de Importação; 4) R$ ,00, vencido em 10/03/13, relativo ao Imposto de Importação. 5) R$ 8.000,00, vencido em 15/11/13, correspondente à uma taxa de serviços. Qual a ordem que a autoridade deverá obedecer na quitação destes tributos de acordo com que dispõe o art. 163? Primeiro, paga-se os débitos de operação própria. Neste caso, o IR retido na fonte será o último a ser pago. Bom, próximo passo é verificar a natureza jurídica do tributo. Lembrem-se: CTI. Dessa forma, a contribuição de melhoria deverá ser o primeiro tributo a ser quitado. Depois, o segundo tributo será a taxa de serviços. Bom, restou dois impostos, então para decidir qual deles será quitado primeiro, verificaremos a data de prescrição. Dessa forma, o imposto de importação com vencimento em 2012, deverá ser quitado antes, pois o prazo para ocorrer a sua prescrição e menor. Dessa forma, ficamos com a seguinte ordem de imputação dos pagamentos: 2, 5, 3, 4 e 1. VP Concursos - Consultoria e Coaching 646

20 Bom, e no caso de tributos devidos a mais de uma pessoa jurídica? Quem soluciona esta dúvida é o art. 187, parágrafo único do CTN, vejamos: Art. 187, Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem: I - União; II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; III - Municípios, conjuntamente e pró rata. Dessa forma, primeiramente são pagos os tributos da União, depois dos Estados, DF e Territórios conjuntamente e pró rata e depois do municípios conjuntamente e pró rata. Pro rata nada mais é do que uma divisão proporcional ao crédito correspondente de cada ente. Art O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. O art. 165 do CTN trata da restituição de um pagamento indevido ou a maior. Da mesma forma que corre prazos decadenciais e prescricionais para a Fazenda pública agir, também corre um prazo prescricional (a doutrina minoritária chama de decadencial) para o sujeito passivo propor uma ação pleiteando a repetição do indébito, ou seja, da restituição de um valor pago indevidamente ou a maior. Vejamos algumas jurisprudências dos tribunais a respeito do tema: VP Concursos - Consultoria e Coaching 647

21 STJ, Súmula Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por seus servidores. No caso de IR retido na fonte a maior, os Estados e o DF são partes legítimas para ocuparem o polo passivo da ação judicial, embora o tributo seja de competência da União. Essa decisão é bem razoável, pois, de acordo com a repartição de competências estudada em aulas anteriores, são destinados aos estados e o DF, o valor total da arrecadação do IR retido na fonte de seus servidores. STJ, Súmula Na repetição de indébito tributário, a correção monetária incide a partir do pagamento indevido. Muito importante! De acordo com o STJ, esse valor pago indevidamente ou a maior será corrigido monetariamente desde a época do pagamento indevido. (...) O locatário, por não deter a condição de contribuinte, não possui legitimidade ativa para postular a declaração de inexistência da relação jurídica tributária, bem como a repetição de indébito referente ao IPTU e a TCLLP. (RE 2005/ Rel. Ministro Luiz Fux) O locatário, de acordo com o STJ, por não fazer parte da relação jurídica obrigacional tributária, não tem o direito de pleitear a repetição do indébito tributário referente ao IPTU e a TCLLP. O adquirente sub-roga-se nos direitos e obrigações relativos ao imóvel quando, no ato translatício, foram-lhe passados todos os direitos e ações relacionados ao bem adquirido. Entretanto, não sendo repassado ao adquirente, no referido ato, todos os direitos e ações relacionados ao bem adquirido, não há como conferir-lhe o direito à repetição das quantias indevidamente recolhidas a título de IPTU (STJ, RE /SP) O entendimento do STJ nesse caso é que o adquirente do imóvel só terá o direito de pleitear a devolução de quantia paga indevidamente ou a maior de IPTU, quando no ato translatício, forem lhe passados, todos os direitos e ações relacionados com o bem adquirido. EMENTA: PROCESSO CIVIL. TRIBUTÁRIO. IOF. RESTITUIÇÃO DO INDÉBITO. CÓPIA AUTENTICADA DO DARF. ARTS. 365, III, E 384 DO CPC. 1. A cópia autenticada de DARF é documento hábil para a comprovação do recolhimento indevido de tributo em sede de ação VP Concursos - Consultoria e Coaching 648

22 de repetição do indébito. 2. Recurso especial provido. (REsp /SP, 2ª T., rel. Min. João Otávio de Noronha, j ) O STJ entende que uma cópia autenticada da guia de recolhimento do tributo é documento suficiente para pleitear a repetição do indébito. Isso indica, que basta uma demonstração clara e simples de que o valor foi pago indevidamente ou a maior para ser legítimo o pleito. O prazo prescricional, para fins de restituição de indébito de tributo indevidamente recolhido, não se interrompe e/ou suspende em face de pedido formulado na esfera administrativa. 6. Precedentes desta Corte Superior. 7. Agravo regimental não provido. (AgRg no Ag /MG, 1ª T., rel. Min. José Delgado, j ) O entendimento do STJ é que o pedido formulado na esfera administrativa não interrompe ou suspende o prazo prescricional para pleitear a devolução. Art O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. O art. 168 do CTN define o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para o sujeito passivo pleitear a restituição do valor pago a maior ou indevidamente, contados: a) Da data da extinção do crédito para erros de fato ou de direito - o tributo não era devido, ou foi pago a maior; b) Ou na data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou judicial que tenha reformado, anulado ou rescindido a decisão que condenava o pagamento do crédito tributário ao sujeito passivo. VP Concursos - Consultoria e Coaching 649

23 Essa é a regra! CONTUDO, temos uma exceção! O art. 168, I do CTN nos indica a leitura do art. 3 o da LC 118/2005 que fez algumas adaptações no CTN. Vejamos o que ele diz: Art. 3o Para efeito de interpretação do inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do pagamento antecipado de que trata o 1o do art. 150 da referida Lei. O art. 3 o estabelece para efeito de interpretação do art. 168, I do CTN, que no caso de lançamento por homologação, conta-se 5 anos, NÃO da extinção do crédito tributário, que seria na data da homologação, mas SIM da data do pagamento antecipado. Até a entrada em vigor desta lei complementar, o contribuinte que realizasse o pagamento antecipado, poderia ter 10 anos para pleitear a repetição do indébito, sendo 5 anos pro pagamento ser homologado, e mais 5 anos, contados dessa homologação tácita que extinguira o crédito tributário. Essa regra do 5+5, como ficou conhecida, já deu muitos embates judiciais, muitas divergências entre os próprios tribunais, mas o STF resolveu este imbróglio com o julgamento do RE , vejamos a decisão: DIREITO TRIBUTÁRIO - LEI INTERPRETATIVA - APLICAÇÃO RETROATIVA DA LEI COMPLEMENTAR Nº 118/ DESCABIMENTO - VIOLAÇÃO À SEGURANÇA JURÍDICA - NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA VACACIO LEGIS - APLICAÇÃO DO PRAZO REDUZIDO PARA REPETIÇÃO OU COMPENSAÇÃO DE INDÉBITOS AOS PROCESSOS AJUIZADOS A PARTIR DE 9 DE JUNHO DE Quando do advento da LC 118/05, estava consolidada a orientação da Primeira Seção do STJ no sentido de que, para os tributos sujeitos a lançamento por VP Concursos - Consultoria e Coaching 650

24 homologação, o prazo para repetição ou compensação de indébito era de 10 anos contados do seu fato gerador, tendo em conta a aplicação combinada dos arts. 150, 4º, 156, VII, e 168, I, do CTN. A LC 118/05, embora tenha se auto-proclamado interpretativa, implicou inovação normativa, tendo reduzido o prazo de 10 anos contados do fato gerador para 5 anos contados do pagamento indevido. Lei supostamente interpretativa que, em verdade, inova no mundo jurídico deve ser considerada como lei nova. Inocorrência de violação à autonomia e independência dos Poderes, porquanto a lei expressamente interpretativa também se submete, como qualquer outra, ao controle judicial quanto à sua natureza, validade e aplicação. A aplicação retroativa de novo e reduzido prazo para a repetição ou compensação de indébito tributário estipulado por lei nova, fulminando, de imediato, pretensões deduzidas tempestivamente à luz do prazo então aplicável, bem como a aplicação imediata às pretensões pendentes de ajuizamento quando da publicação da lei, sem resguardo de nenhuma regra de transição, implicam ofensa ao princípio da segurança jurídica em seus conteúdos de proteção da confiança e de garantia do acesso à Justiça. Afastando-se as aplicações inconstitucionais e resguardandose, no mais, a eficácia da norma, permite-se a aplicação do prazo reduzido relativamente às ações ajuizadas após a vacatio legis, conforme entendimento consolidado por esta Corte no enunciado 445 da Súmula do Tribunal. O prazo de vacatio legis de 120 dias permitiu aos contribuintes não apenas que tomassem ciência do novo prazo, mas também que ajuizassem as ações necessárias à tutela dos seus direitos. Inaplicabilidade do art do Código Civil, pois, não havendo lacuna na LC 118/08, que pretendeu a aplicação do novo prazo na maior extensão possível, descabida sua aplicação por analogia. Além disso, não se trata de lei geral, tampouco impede iniciativa legislativa em contrário. Reconhecida a inconstitucionalidade art. 4º, segunda parte, da LC 118/05, considerando-se válida a aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de Aplicação do art. 543-B, 3º, do CPC aos recursos sobrestados. Recurso extraordinário desprovido." (RE nº /RS, Ministra Relatora Rosa Weber, STF, DJ-e 11/10/2011) Pessoal, vamos ver detalhadamente essa decisão pois ela é de extrema importância. Como vimos, o art. 3 o da LC 118/2005, se autoproclamou interpretativo. Por sua vez, o art. 4 o diz o seguinte: Art. 4o Esta Lei entra em vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado, quanto ao art. 3o, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 Código Tributário Nacional. (grifos nosso) O art. 106, I do CTN dispõe em suma, que a lei, quando expressamente interpretativa retroage. VP Concursos - Consultoria e Coaching 651

25 A ideia do legislador aqui, era dar 120 dias pros contribuintes se adaptarem à nova regra para repetição do indébito, cujo prazo passaria a ser de 5 anos, contados do pagamento antecipado no caso de tributos sujeitos a lançamento por homologação. E dessa forma, com a entrada em vigência da LC 118/05, a lei, por ser interpretativa retroagiria, acabando definitivamente a partir de então com a regra dos Ocorre que depois de muita discussão judicial entre contribuintes e o fisco, o STF determinou o seguinte: 1) Essa lei não pode retroagir, pois embora tenha se autodeclarado interpretativa, ela está inovando no mundo jurídico. 2) IMPORTANTE! Estabeleceu que AÇÕES PARA PLEITEAR A REPETIÇÃO DO INDÉBITO AJUÍZADAS a partir da data de entrada em vigor da LC 118/05, qual seja, 09/06/2005, se submetem à nova regra. Dessa forma, quem tinha ação ajuizada anterior a esta data, seguiria na regra antiga. Quem ajuizou após esta data, está submetido ao novo regramento. Art Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. Embora um tanto confusa a redação, o art. 169 define que o contribuinte que tiver o pedido negado de restituição do indébito na via administrativa possui DOIS ANOS para ingressar na via judicial. Após este prazo, este direito estará prescrito. O parágrafo único por sua vez, determina que o prazo de prescrição é interrompido a partir do início da ação judicial. Recomeçando seu curso pela METADE a partir da data da intimação validamente feita ao representante fazendário, independentemente de quando foi interrompido. DICA! É o único prazo de DOIS ANOS no Direito Tributário, e o único prazo que tem sua contagem recomeçando pela METADE, ou seja, de UM ANO! VP Concursos - Consultoria e Coaching 652

26 Dando sequência à repetição do indébito, temos o art. 166 do CTN, vejamos: Art A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. (grifos nosso) O art. 166 do CTN trata dos chamados tributos indiretos, nos quais, o encargo financeiro é transferido pra terceiros. Exemplo: - Compra de uma mercadoria da empresa X pelo consumidor Y por R$ 100,00; - Considerando um IPI de 10% sobre o valor da mercadoria, temos que o valor do IPI será de R$ 10,00; - Assim, a nota fiscal é emitida pelo valor de R$ 110,00, com o destaque do valor do IPI na nota. Neste exemplo dado, o consumidor foi quem suportou o ônus tributário, sendo o chamado contribuinte de fato. A empresa que comercializou o produto, será a contribuinte de direito, pois foi ela que deu saída à mercadoria praticando o fato gerador da obrigação tributária. O art. 166 estabelece dessa forma que o contribuinte de fato, ou seja, aquele que suportou o ônus tributário, é quem tem o direito de pleitear a restituição do indébito. O contribuinte de direito, por sua vez, somente poderá pleitear a restituição quando expressamente autorizado pelo terceiro cujo ônus foi transferido. VP Concursos - Consultoria e Coaching 653

27 Vejamos uma jurisprudência do STJ corroborativa sobre o assunto: (...) A distribuidora de bebidas, ao adquirir o produto industrializado da fabricante para posterior revenda ao consumidor final, suporta o encargo financeiro do IPI, cujo valor vem, inclusive, destacado na nota fiscal da operação. A fabricante, portanto, ostenta a condição de contribuinte de direito (responsável tributário) e a distribuidora a de contribuinte de fato. Nessa condição, a distribuidora tem legitimidade para questionar judicialmente a composição da base de cálculo do tributo, bem como para pleitear a repetição dos valores pagos indevidamente a tal título. 3. Recurso especial a que se dá provimento.( STJ - RECURSO ESPECIAL REsp /CE Rel. Ministro Teori Albino Zavascki) Assim, o STJ entende que quem tem o direito de pleitear a repetição do indébito tributário é aquele que comprovar que suportou o encargo financeiro do tributo, ou seja, o próprio contribuinte de fato. Por fim, para fechar a extensa modalidade pagamento, temos o art. 167 do CTN: Art A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. O art. 167 que a restituição do tributo, seja ela total ou parcial, compreende proporcionalmente a restituição dos juros de mora e das penalidades pecuniárias quando for o caso. A exceção fica por conta das penalidades por descumprimento de obrigações acessórias, as chamadas penalidades formais, que não tiverem relação com a causa da restituição. Já o parágrafo único, dispõe que estes juros restituídos serão não-capitalizáveis e são contados não do pagamento indevido, mas da decisão definitiva que determinar a restituição. Vejamos o que diz o STJ sobre o tema: É de bom alvitre ponderar que, in casu, a declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora de um tributo afasta a natureza tributária da prestação pecuniária e, conseqüentemente, a aplicação do 1º do artigo 167 do Código Tributário Nacional e da Súmula n. 188 desta egrégia Corte à compensação/restituição dos VP Concursos - Consultoria e Coaching 654

28 indébitos pelo contribuinte, que devem sofrer a incidência dos juros moratórios a partir do pagamento indevido. Com efeito, irretocável o entendimento esposado pela Corte de origem, no sentido de que os juros moratórios de 1% ao mês devem incidir a partir do pagamento indevido do tributo. O STJ determina que no caso de declaração de inconstitucionalidade da lei instituidora do tributo, a restituição se dará desde o pagamento indevido Compensação A compensação é outra modalidade de extinção, que ocorre naquela situação em que dois sujeitos um deve pro outro ao mesmo tempo. No caso do Direito Tributário, o sujeito passivo deve para o fisco, e o fisco deve ao sujeito passivo. Deverá haver uma lei da pessoa jurídica de direito público que autoriza a compensação como forma de extinção do crédito tributário e deve haver um acordo entre as partes. Está previsto nos arts. 170 e 170-A do CTN, vejamos: Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento. (grifos nosso) O art. 170 estabelece que a lei pode autorizar a compensação, desde que cumpridas determinadas condições, mediante créditos vencidos ou vincendos que o sujeito passivo tem contra a Fazenda Pública. Dessa forma, se a Fazenda pública teria um determinado valor a pagar ao sujeito passivo que ainda não venceu, este valor poderá ser compensado utilizando o seu valor atual, descontando assim os juros do período do valor futuro. O parágrafo único afirma que os juros aplicados no desconto não poderá ser maior do que 1% ao mês. VP Concursos - Consultoria e Coaching 655

29 (...) Outrossim, o art. 170 do CTN, conforme expressamente exige, só admite compensação quando existir lei ordinária a regulamentála em cada esfera dos entes federativos. A Turma, prosseguindo o julgamento, por maioria, negou provimento ao agravo. (AgRg no REsp RJ, rel. originário Min. Milton Luiz Pereira, rel. para ac. Min. José Delgado, j ) O STJ, nessa decisão, confirma que a compensação somente é possível se houver lei ordinária autorizativa do ente que que deseja faze-la. A compensação tributária prevista no art. 66 da Lei n /91 pressupõe que os tributos são da mesma espécie. Na hipótese, o contribuinte busca, por meio de mandado de segurança, o reconhecimento de seu direito de compensar o crédito relativo a créditos-prêmio do IPI com os débitos referentes ao IRRF. Contudo a Turma deu provimento ao recurso da Fazenda Nacional, entendendo que os referidos tributos são de espécie e fatos geradores diferentes, portanto não compensáveis os respectivos créditos e débitos. Precedente citado: RMS SP, DJ (REsp /SE, rel. Min. Peçanha Martins, j ); O voto condutor do acórdão buscou na doutrina os critérios para definir o que seriam impostos da mesma espécie nos termos da Lei n /1991, além de examinar os impostos confrontados, concluindo, de acordo com os tributaristas, pela observância da unidade operacional do sistema, ou seja, se são instituídos e arrecadados pela mesma pessoa jurídica e com igual destinação. Na prática, os impostos de importação e exportação foram instituídos ambos pela União e por ela são arrecadados. Destinam-se também, um e outro, à formação de uma política extrafiscal, sem conotação arrecadatória, servindo ambos para regular o mercado. Sendo assim, são impostos da mesma espécie pelas semelhanças de origem, de finalidade e de operacionalização, podendo haver compensação entre eles. Com esse entendimento e prosseguindo o julgamento, a Turma, por maioria, negou provimento ao REsp da Fazenda Nacional. (REsp /RJ, rel. originário Min. Peçanha Martins, rela. para ac. Min. Eliana Calmon, j ). Por essas duas decisões, o STJ mostra que a compensação não pode ser feita ao belprazer do ente, ou do sujeito passivo. No primeiro julgamento, o STJ veda a compensação de IPI com IR por não serem tributos da mesma espécie. Ja na segunda decisão, ele explica melhor o que seriam estes tributos da mesma espe cie. Observem que não necessariamente a compensação precisa ser relacionada com os mesmos tributos. No caso, o II e IE podem ser compensados, pois, por terem semelhanças de origem, de finalidade e de operacionalização, são considerados tributos da mesma espécie. VP Concursos - Consultoria e Coaching 656

30 (...) Inviável a compensação de crédito oriundo de cobrança indevida de multa moratória com o tributo propriamente dito, em virtude na natureza jurídica diversa desses institutos. (STJ, RE /PR, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins) Somente corroborando com o que foi dito acima, nessa decisão do STJ, ele veda a compensação de tributos com crédito oriundo de multa moratória indevida, por serem de natureza jurídica diversa. O artigo 170 do Código Tributário Nacional, ao tratar do instituto da compensação tributária, impõe o entendimento de que somente a lei pode atribuir à autoridade administrativa o poder de deferir ou não a referida compensação entre créditos líquidos e certos com débitos vencidos ou vincendos. III - Nesse quadro, verifica-se a absoluta impossibilidade de o Poder Judiciário invadir a esfera reservada à Administração Pública, e, por conseguinte, determinar a compensação pretendida pela Recorrente (STJ, Recurso ordinário em Mandado de Segurança n o 2005/ ) Essa decisão mostra que somente a lei pode autorizar a compensação pela autoridade administrativa, não podendo o Judiciário invadir essa competência. Assunto esse, que inclusive foi objeto de duas súmulas no STJ: Súmula n. 212: A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar. Súmula n. 213: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária. No caso de contribuinte, que tenha o indébito tributário certificado por meio de ação declaratória transitada em julgado, ele poderá optar receber este valor de duas formas: por precatório, ou por compensação. É o que diz o STJ na súmula 461: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado. Por fim, vejamos agora o que diz o art. 170-A do CTN: Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. VP Concursos - Consultoria e Coaching 657

31 O art. 170-A nos diz que não pode ocorrer compensação entre valores, quando estes não estejam com seus processos definitivamente transitados em julgado Transação Basicamente, a transação é quando ocorre um acordo entre as partes com o intuito de por fim ao litígio e extinguir o crédito tributário. Está previsto no art. 171 do CTN: Art A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. Assim como na compensação, depende de lei autorizativa para sua instituição. Deverá haver concessões mútuas, além de um litígio judicial ou administrativo instaurado entre as partes para que possa ocorrer a transação Remissão A remissão é o perdão da dívida pelo fisco, que acaba por extinguir o crédito tributário já constituído pelo lançamento. CUIDADO! Não confunda com remição, que e o ato de remir (resgatar) determinado bem que foi onerado por dívida. Está previsto no art. 172 do CTN: Art A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; VP Concursos - Consultoria e Coaching 658

32 IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. Assim, como a compensação e transação, a remissão deve ser autorizada por lei. Sua concessão se dará por despacho fundamentado da autoridade administrativa, ou seja, em caráter individual, cujos fundamentos estão EXAUSTIVAMENTE elencados nos inciso I a V do art. 172, vejamos: i. Situação econômica do sujeito passivo; ii. Erro excusável de matéria de fato do sujeito passivo; iii. Diminuta importância do crédito tributário; iv. Considerações de equidade Cuidado não confunda este dispositivo com o 2 o do art. 108 do CTN que diz que O emprego da eqüidade não podera resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. La, e utilizando a equidade como hipótese de integração do Direito Tributário, já aqui neste caso, ela é expressamente autorizada por lei; v. Condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante - pode ser por exemplo em função de alguma calamidade pública ocorrida nessa região. Art. 172, Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. O despacho que concede a remissão não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o art. 155 visto na moratória, que trata daquelas situações em que o beneficiado não se enquadrava ou deixou de se enquadrar nas condições estabelecidas Prescrição e decadência Decadência É uma modalidade de extinção do crédito tributário em que a fazenda pública perde o direito de constituir o crédito tributário através do lançamento, se não efetuá-lo em determinado prazo. Está previsto no art. 173 do CTN: Art O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: VP Concursos - Consultoria e Coaching 659

33 I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento. (grifos nosso) Assim temos o seguinte: REGRA 5 anos (SEMPRE), contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Ou seja, 5 anos, contados do primeiro dia do exercício seguinte, em que tenha ocorrido o fato gerador. Exemplo: - O fato gerador de determinado tributo ocorre em 20/03/2012. Pela regra, o fazenda pública terá 5 anos para fazer o lançamento para evitar a decadência daquele direito, contados do primeiro dia seguinte em que o lançamento poderia ter sido efetuado. - Dessa forma, o lançamento poderia ter sido efetuado desde o dia 20/03/12, e conta-se 5 anos a partir de 01/01/13. Logo, a fazenda pública tem até o dia 01/01/18 para constituir o crédito tributário e evitar a decadência. Bom vejamos agora as 3 (TRÊS) EXCEÇÕES a esta regra: 1) Prevista no art. 173, II. O prazo para a decadência continua sendo dos mesmos 5 anos, só que agora contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por VÍCIO FORMAL, o lançamento anteriormente efetuado. Exemplo: - Fato gerador ocorre em 20/06/2013 e o lançamento é efetuado no dia 01/02/2014, constituindo o crédito tributário; VP Concursos - Consultoria e Coaching 660

34 - Sai uma sentença anulando aquele lançamento anterior por VÍCIO FORMAL. Conta-se então 5 anos da data da sentença para que a fazenda pública realize um novo lançamento sob pena de decadência. 2) Nesta hipótese, prevista no art. 173, parágrafo único, a contagem do prazo de 5 anos é antecipada em relação a regra geral. Ocorre quando o fisco iniciar a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento antes do início do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado. Exemplo: - Fato gerador ocorreu dia 10/03/2013; - Notificação preparatória para o lançamento feito no dia 01/10/13; - A decadência irá ocorrer no dia 01/10/18; - Observem que se esta notificação preparatória tivesse sido iniciada após o primeiro dia do exercício seguinte, o prazo decadencial já estaria sendo contado pela regra geral. 3) VÁLIDA PARA OS LANÇAMENTOS POR HOMOLOGAÇÃO! Provavelmente a mais cobrada em provas! Está prevista no art. 150, 4 o, e diz que se a lei não fixar prazo diverso, o prazo para a homologação será de 5 anos, contados da data da ocorrência do fato gerador. CUIDADO! No caso de haver dolo, fraude ou simulação, volta a cair na regra geral da decadência! ATENÇÃO! Não basta que o tributo seja lançado por lançamento de homologação para que se aplique essa exceção! Tem que ter havido um pagamento antecipado para que seja homologado. Se não houve pagamento antecipado, cai na regra geral! É o que diz o STJ, observe: Exemplo: Nas exações cujo lançamento se faz por homologação, havendo pagamento antecipado, conta-se o prazo decadencial a partir da ocorrência do fato gerador (art. 150, 4º, do CTN).. (...) (STJ, 2ª T., AgRg no Ag /RS). - Fato gerador ocorre no dia 10/10/12 e o contribuinte realiza o pagamento antecipado. - O fisco tem até o dia 10/10/17 para homologar este lançamento sob pena de decadência. VP Concursos - Consultoria e Coaching 661

35 - Se tivesse havido dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo, o prazo seria de 5 anos contados do primeiro dia do exercício seguinte, ou seja, 01/01/2018. Observem dessa forma, que o prazo é sempre de 5 anos, o que muda nas três exceções apresentadas é o início da contagem desse prazo Prescrição A prescrição é o direito que possui o credor de entrar com ação de cobrança do crédito tributário constituído no prazo de 5 anos contados da sua constituição definitiva. Observem que a partir da constituição do crédito com o lançamento, cessa-se a decadência e começa a se falar em prescrição. Vejamos um entendimento do STJ bastante elucidativo sobre essa distinção: (...) Com a lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito tributário (art. 142 do C.T.N.). Por outro lado, a decadência só é admissível no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo, ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco. (RE /SP, Pleno, rel. Min. Moreira Alves, j ; ver, ademais: REsp /MG -2002; REsp /SP -2004) (Grifo nosso) Esta modalidade de lançamento está prevista no art. 174 do CTN: Art A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva. Parágrafo único. A prescrição se interrompe: I pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; VP Concursos - Consultoria e Coaching 662

36 IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor. O parágrafo único define as hipóteses de interrupção do prazo prescricional: a) Pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal antes da alteração promovida pela LC 118/05, a redação deste inciso era: citação pessoal do devedor, o que complicava muito pro fisco, pois alguns sujeitos passivos desapareciam ; b) Pelo protesto judicial; c) Por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; d) Por qualquer ato, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor é o que ocorre com o pedido de um parcelamento por exemplo. MUITO IMPORTANTE! Ocorrendo uma das hipóteses de prescrição, o prazo começa a ser contado do zero novamente. O que acaba favorecendo o fisco, pois dá mais tempo para ajuizar a ação de cobrança no caso de o sujeito passivo não tomar providências para extinguir o crédito nesse período. Observem que as hipóteses de interrupção são atos do sujeito ativo visando receber o crédito. Súmula n. 106 do STJ: Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência. Interessante súmula do STJ, definindo que a prescrição e a decadência são punições pela inércia do fisco em não agir, não podendo o sujeito passivo valer destes institutos quando for por motivos da ineficiência do sistema judiciário do país. (...) O endereçamento de carta à Procuradoria oferecendo bens em substituição aos anteriormente penhorados, implica em evidente reconhecimento extrajudicial da dívida, circunstância que opera a interrupção do curso do prazo prescricional, a teor do que dispõe o art. 174, IV, do Código Tributa rio Nacional. (STJ, RE /SP Rel. Ministro Luiz Fux) Nesta decisão, o STJ reconhece que o endereçamento de carta à procuradoria oferecendo bens em substituição aos anteriormente penhorados é uma espécie da hipótese de reconhecimento extrajudicial que implica em interrupção do curso do prazo prescricional. VP Concursos - Consultoria e Coaching 663

37 (...) Em se tratando de prescrição da pretensão à cobrança do crédito tributário, aplica-se o 5 o do art. 219 do Código de Processo Civil (com a redação dada pela lei /06). (STJ, RE /RJ, Rel. Ministra Denise Arruda) Antes desta mudança introduzida no Código de Processo Civil, somente a decadência teria que ser declarada de ofício pelo juiz, extinguindo o processo. Por sua vez a prescrição, dependia da provocação ao juiz pela parte interessada. Todavia, a lei /06 promoveu algumas alterações no Código de Processo Civil, entre elas o 5 o do artigo 219 que traz a seguinte redação: O juiz pronunciará de ofício a prescrição. Dessa forma, o juiz passou a pronunciar de ofício não só a decadência, mas a prescrição também, não necessitando mais portanto de provocação da parte. IMPORTANTE! Por fim, temos alguns detalhes quanto a prescrição trazido pela lei 6830/80 Lei de execuções fiscais: Art. 2 o, 3º - A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. A lei 6830/80 no art. 2 o, 3 o traz uma hipótese de suspensão do prazo prescricional pelo ato de inscrição em dívida ativa por 180 dias ou até ocorrer a distribuição da execução fiscal. Acontece que esta é uma lei ordinária, e de acordo com o art. 146, III da CF/88, prescrição e decadência em Direito Tributário são considerados normas gerais, e reservados a lei complementar federal. Nesse sentido o STJ entendeu que por haver conflito aparente entre as normas deve prevalecer o CTN por ser de hierarquia superior: (...) Diante do aparente conflito entre a norma contida no art. 2º, 3º, da Lei de Execuções Fiscais, com o disposto no art. 174 do CTN, deve prevalecer o CTN, recepcionado pela Constituição Federal com o status de Lei Complementar, norma hierarquicamente superior. STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp SP 2007/ (STJ) Além disso, em outra decisão, o STJ decidiu que o art. 2 o, 3 o, somente se aplica às dívidas de natureza não tributária. Para as de natureza tributária aplica-se tão somente VP Concursos - Consultoria e Coaching 664

38 o disposto no CTN e este traz somente algumas hipóteses de interrupção da prescrição e nenhuma hipótese de suspensão: (...)Esta Corte sedimentou o entendimento de que o art. 2º, 3º, da Lei 6830 /80, só é aplicável às dívidas de natureza não-tributária. Já às dívidas de natureza tributária, é aplicável o art. 174 do CTN, norma recepcionada pela Constituição Federal com status de Lei Complementar. STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL AgRg no REsp SP 2007/ (STJ) CUIDADO! Em que pese o STJ ter decidido claramente pela não aplicação do art 2 o, 3 o, para dívidas de natureza tributária, esse assunto já foi cobrado em provas de Direito Tributário, sendo considerado como uma hipótese de suspensão da prescrição. Então, atenção se a questão falar algo como: De acordo com o entendimento dos tribunais. Caso nada seja dito, analise qual a melhor alternativa que responde a questão! (...) O redirecionamento da execução contra o sócio deve ocorrer no prazo de cinco anos da citação da pessoa jurídica, devendo a situação harmonizar-se com as hipóteses previstas no art. 174 do CTN, de modo a não tornar imprescritível a dívida fiscal. (STJ, EDcl no RE /PR, Ministro Humberto Martins) De acordo com o STJ, o redirecionamento da execução para o sócio deve ser feito em 5 (cinco) anos, contados da citação da pessoa jurídica, sob pena de prescrição do direito da fazenda pública mover a ação de cobrança. GUARDEM ISSO! Decadência: o o o o Perda do direito de constituir o crédito tributário pelo lançamento; A obrigação tributária não se tornou exigível pela falta do lançamento; Deve ser decretada de ofício pelo juíz O pagamento do tributo pelo sujeito passivo após o prazo decadencial, dá direito a restituição, pois a fazenda não tinha mais o direito. Prescrição: o Não há perda do direito em si, mas sim a perda do direito de mover uma ação para cobrá-lo do sujeito passivo; VP Concursos - Consultoria e Coaching 665

39 o A fazenda tem um direito adquirido, todavia perdeu o direito de cobrá-lo pela sua inércia. o Também deve ser decretada de ofício pelo juiz após a alteração do art. 219, 5 o do Código de Processo Civil. o O pagamento do tributo pelo sujeito passivo após o prazo prescricional, NÃO DÁ DIREITO A RESTITUIÇÃO, pois embora a fazenda pública perdeu o direito de mover ação contra o sujeito passivo, o direito ainda subsiste Conversão do depósito em renda Dando continuidade ao estudo das hipóteses de extinção do crédito tributário, veremos agora a conversão do depósito em renda. Muito simples! Vimos o depósito do montante integral como uma das hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Só lembrando que de acordo com o STJ, esse depósito deve ser feito integralmente e em dinheiro. Quando houver a decisão definitiva, seja na esfera judicial ou administrativa, favorável ao SUJEITO ATIVO, o depósito será convertido em renda em favor deste sujeito, extinguindo o crédito tributário Pagamento antecipado e a homologação do lançamento No lançamento por homologação, o sujeito passivo faz o cálculo e o pagamento antecipado, sem prévio exame do fisco ficando sujeito a homologação do fisco. O fisco quando homologar, seja expressa ou tacitamente, estará de fato constituindo o crédito tributário pelo lançamento e ao mesmo tempo extinguindo este crédito Consignação em pagamento julgada procedente A oitava hipótese de extinção do crédito tributário está prevista no art. 164 do CTN, vejamos: Art A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: VP Concursos - Consultoria e Coaching 666

40 I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis.(grifos nosso) É aquela situação em que o sujeito passivo quer pagar determinado tributo e a fazenda pública se recusa a receber por algum motivo. Vejamos detalhadamente as hipóteses: a) Recusa de recebimento ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou penalidade, ou cumprimento de obrigação acessória Ex: Determinado município poderia não aceitar o pagamento do IPTU de determinado ano, enquanto não tivesse quitado o dos anos anteriores. De acordo com o STJ, temos: (...)É correta a propositura da ação consignatória em pagamento para fins de o contribuinte se liberar de dívida fiscal cujo pagamento seja recusado ou dificultado pelos órgãos arrecadadores (...). (RESP /SC, 1ª T., rel. Min. José Delgado. j ) b) Subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal Vejamos uma decisão do STJ que ilustra um exemplo: É cabível a ação consignatória para pagamento dos valores devidos a título de IPTU, independentemente do recolhimento das taxas de coleta e remoção de lixo e de combate a sinistros, constantes dos mesmos carnês de cobrança, desde que o contribuinte entenda indevida a cobrança das referidas taxas e pretenda discuti-las judicialmente. Inteligência do art. 164, I do CTN. (RESP /SP, rel. Min. Peçanha Martins, j ) VP Concursos - Consultoria e Coaching 667

41 c) Exigência, por mais de uma pessoa jurídica de Direito Público, de tributo idêntico sobre o mesmo fato gerador É aquela situação em que dois entes tributantes distintos estão cobrando o mesmo tributo pelo mesmo fato gerador. Por exemplo, dois Estados disputando o ICMS de algum sujeito passivo por conflitos de competência. Após a decisão definitiva judicial, a importância será convertida em renda para o sujeito ativo credor, determinado pelo convencimento do juízo. CUIDADO! Somente o julgamento procedente da consignação é que extingue o crédito tributário. No caso de ser improcedente, cobra-se o crédito, acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis Decisão administrativa irreformável A nona modalidade de extinção do crédito tributário está relacionada com a decisão administrativa irreformável favorável ao sujeito PASSIVO. CUIDADO! Se fosse favorável ao sujeito ativo, não extinguiria o crédito tributário, pois ele ainda poderia recorrer a via judicial Decisão judicial passada em julgado A decisão de última instância na esfera judicial favorável ao sujeito passivo extingue o crédito tributário, seja pela invalidação do lançamento ou qualquer outra causa que venha a derrubar o processo de constituição do crédito. Observem que tanto nesta hipótese como na decisão administrativa irreformável, ambas devem ser favoráveis ao sujeito passivo para extinguir o crédito tributário Dação em pagamento em bens IMÓVEIS Como última modalidade de extinção do crédito tributário, temos a dação em pagamento de bens IMÓVEIS, acrescida ao CTN pela Lei complementar 104/2001. Conforme estabelece o art. 156, XI, deverá haver previsão legal do ente tributante que estabelecendo condições para que possa se valer dessa forma de extinção do crédito tributário. De acordo com o julgamento do STJ no RE /RJ, o CTN apenas autoriza o ente tributante utilizar essa modalidade de extinção, não sendo portanto, uma imposição obrigatória. VP Concursos - Consultoria e Coaching 668

42 IMPORTANTE! A dação em pagamento de bens imóveis não afasta o caráter pecuniário da definição de tributo do art. 3 o do CTN, que diz: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir Sobre esse tema, o STF já decidiu através da ADI /DF ser inconstitucional a dação em pagamento de bens móveis, embora alguns entes autorizem em sua legislação, observem: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. OFENSA AO PRINCÍPIO DA LICITAÇÃO (CF, ARTIGO 37, XXI). I - Lei ordinária distrital - pagamento de débitos tributários por meio de dação em pagamento. II - Hipótese de criação de nova causa de extinção do crédito tributário. III - Ofensa ao princípio da licitação na aquisição de materiais pela administração pública. IV - Confirmação do julgamento cautelar em que se declarou a inconstitucionalidade da lei ordinária distrital 1.624/ Hipóteses de exclusão do crédito tributário A exclusão do crédito tributário, são aquelas situações em que, embora ocorra o fato gerador dando surgimento à obrigação tributária, o sujeito ativo está vetado de constituir o crédito tributário através do lançamento. São somente duas hipóteses que estão previstas no art. 175 do CTN: Art Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente. Segundo o parágrafo único, a exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente. Isso implica por exemplo, que um sujeito passivo que esteja isento ou anistiado em determinada situação continua tendo que cumprir com suas obrigações acessórias, relacionadas com esta obrigação principal. VP Concursos - Consultoria e Coaching 669

43 Vejamos algumas normas atinentes à ambas modalidades já estudadas em aulas anteriores: i. Hipóteses de exclusão devem estar previstas em lei (Art. 97, VI do CTN): Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: (...) VI as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. (Grifos nossos) ii. Utilização do método literal para a interpretação de dispositivos que tratam da exclusão do crédito tributário (Art. 111, I do CTN): Art Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I suspensão ou exclusão do crédito tributário;(...) (Grifos nossos) iii. iv. Aplica-se quando cabível o disposto no art. 155 do CTN, que estudamos no capítulo referente a moratória, que diz que SEMPRE que identificado que o sujeito passivo não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições, bem como, não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos, será REVOGADA a concessão do benefício, cobrando o crédito acrescido de juros de mora com penalidade (se houver dolo ou simulação), e sem penalidade (demais casos)! Isenção ou anistia dependem de lei ESPECÍFICA (art. 150, 6 o, CF/88) com exceção ao ICMS que dependerá de convênio com deliberação entre os estados: art. 150, 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, 2.º, XII, g isenção A isenção, em que pese uma grande discussão doutrinaria a respeito da sua natureza jurídica, é caracterizada de acordo com a posição do STF como uma dispensa legal do pagamento de determinado tributo devido. VP Concursos - Consultoria e Coaching 670

44 ISENÇA O. (...) A expressão incidira pressupõe que o Estadomembro, como decorre do caput desse artigo 23, tenha instituído, por lei estadual, esse imposto, e nada impede, evidentemente, que ele conceda, também por lei estadual, isenção, que, aliás, pressupõe a incidência, uma vez que ela no entendimento que é o acolhido por este Tribunal se caracteriza como a dispensa legal do pagamento de tributo devido. Recurso Extraordinário não conhecido. (RE /SP, 1ª T., rel. Min. Moreira Alves, j ) (Grifos nossos) Assim, ocorre o fato gerador, nasce a obrigação tributária, só que o crédito não pode ser constituído por força de lei que impede o sujeito de ativo de fazer o lançamento. A isenção pode ser concedida de forma geral (de modo objetivo) ou em caráter individual (de modo subjetivo ou pessoal), conforme dispõe o art. 179 do CTN: Art A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão. 1º Tratando-se de tributo lançado por período certo de tempo, o despacho referido neste artigo será renovado antes da expiração de cada período, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do período para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do reconhecimento da isenção. 2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155. A isenção em caráter geral decorre da lei e atinge todos os sujeitos passivos que praticarem determinado fato gerador, independente de comprovação de características pessoais. Por sua vez, a isenção em caráter individual, é autorizada por lei, sendo concedida por despacho da autoridade administrativa, em que o interessado faça requerimento ao fisco, provando preencher os requisitos previstos em lei. De acordo com o 1 o, tratando-se de tributos lançados por períodos certo de tempo (IPTU por exemplo), o despacho deve ser renovado anualmente antes do fim do período. O despacho que concede a isenção em caráter individual não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o art. 155 visto na moratória, que trata daquelas situações em que o beneficiado não se enquadrava ou deixou de se enquadrar nas condições estabelecidas. VP Concursos - Consultoria e Coaching 671

45 O art. 178 do CTN dispõe sobre a revogação da lei que conceder a isenção, observem: Art A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art Então temos o seguinte: REGRA A isenção pode ser revogada a qualquer tempo, desde que seja feita por lei. De acordo com o art. 104, III do CTN, essa lei somente entrará em vigor no primeiro dia do exercício financeiro seguinte (princípio da anterioridade), salvo se mais favorável ao sujeito passivo. Exemplo: A lei revogadora de determinada isenção é publicada em outubro de 2013 e estipula que entrará em vigência em março de 2014 (posterior a 1 o de janeiro). Assim, por ser mais favorável ao contribuinte, a lei entra em vigor somente em março de EXCEÇÃO: As isenções concedidas por PRAZO CERTO E em função de DETERMINADAS CONDIÇÕES, geram DIREITO ADQUIRIDO, portanto são IRREVOGÁVEIS. São as chamadas isenções onerosas! Interessante que a lei pode ser revogada, mas a isenção não. Se por acaso a lei for revogada, os sujeitos passivos que cumpriam as condições estabelecidas fruirão do benefício pelo prazo determinado. ATENÇÃO! Não é prazo certo ou determinadas condições! É prazo certo E determinadas condições. A irrevogabilidade das isenções concedidas por prazo certo e sob condições foi inclusive objeto da súmula 544 do STF: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas. VP Concursos - Consultoria e Coaching 672

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