DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ART. 151 a 155, CTN

Transcrição

1 DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ART. 151 a 155, CTN

2 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO, EXTINÇÃO E EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ART. 151 a 182, CTN. notifica do

3 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO Art. 151, CTN. (Ver art. 111, I; 141) MO DE RE CO CO PA NÃO DISPENSA O

4 CONSEQUÊNCIAS... Bloqueia o ajuizamento da execução fiscal; Suspende a contagem do prazo prescricional para o ajuizamento da ação fiscal se ela já tiver tido início (efeito suspensivo), ou impede a iniciação da contagem (efeito impeditivo);

5 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO Os incisos III e VI somente se verificam após a realização do lançamento, uma vez que não há como parcelar crédito tributário não-constituído nem como impugnar lançamento não realizado; No caso do inciso I, a redação do art. 154, prevê que a lei excepcionalmente concede moratória de crédito cujo lançamento não tenha sido iniciado.

6 MORATÓRIA (INCISO I) O que é MORATÓRIA? Em matéria tributária, é a concessão, estabelecida em lei, de um novo prazo para pagamento do crédito tributário.

7 MORATÓRIA (INCISO I) A moratória é medida excepcional, instituída para enfrentar situações, como calamidade pública, crise econômica ou sociais que dificultem o normal adimplemento das obrigações tributárias..

8 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO MORATÓRIA, Art. 152, CTN. Art A moratória somente pode ser concedida: (VER ESQUEMA) I - em caráter geral: a) pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo a que se refira; (MORATÓRIA AUTÔNOMA) b) pela União, quanto a tributos de competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, quando simultaneamente concedida quanto aos tributos de competência federal e às obrigações de direito privado; (MORATÓRIA HETERÔNOMA) II - em caráter individual, por despacho da autoridade administrativa, desde que autorizada por lei nas condições do inciso anterior. Parágrafo único. A lei concessiva de moratória pode circunscrever expressamente a sua aplicabilidade à determinada região do território da pessoa jurídica de direito público que a expedir, ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos.

9 Gera direito adquirido HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO MORATÓRIA, Art. 152, I e II, CTN. INC. II Não gera direito adquirido INC. I

10 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO CARACTRÍSTICAS DA MORATÓRIA, Art. 152 e parágrafo único, CTN.

11 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO CIRCUNSCRIÇÃO DA MORATÓRIA, Art. 152 e parágrafo único, CTN

12 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO CARACTERÍSTICAS DA MORATÓRIA, Art. 153, CTN Art A lei que conceda moratória em caráter geral ou autorize sua concessão em caráter individual especificará, sem prejuízo de outros requisitos: I - o prazo de duração do favor; II - as condições da concessão do favor em caráter individual; III - sendo caso: a) os tributos a que se aplica; b) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do prazo a que se refere o inciso I, podendo atribuir a fixação de uns e de outros à autoridade administrativa, para cada caso de concessão em caráter individual; c) as garantias que devem ser fornecidas pelo beneficiado no caso de concessão em caráter individual.

13 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO CARACTERÍSTICAS DA MORATÓRIA, Art. 154, CTN Art Salvo disposição de lei em contrário, a moratória somente abrange os créditos definitivamente constituídos à data da lei ou do despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito passivo. Parágrafo único. A moratória não aproveita aos casos de dolo, fraude ou simulação do sujeito passivo ou do terceiro em benefício daquele.

14 HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO REVOGAÇÃO DA MORATÓRIA, Art. 155 e parágrafo único, CTN A REVOGAÇÃO É um caso de suspensão da prescrição

15 REVOGAÇÃO DA MORATÓRIA, Art. 155 e parágrafo único, CTN ATENÇÃO

16 ABRANGÊNCIA DO ART. 155, CTN

17 OUTRAS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ART. 151, CTN

18 OUTRAS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO ART. 151, CTN

19 Instauração de litígio (administrativo e judicial) com identidade do tema (Lei 6.830/80, art. 38, parágrafo único) O processo administrativo não inibe a impetração da ação judicial, mas a propositura desta inibe a instauração e curso daquele. De nada valerá a decisão administrativa em face da decisão judicial.

20 DA MEDIDA LIMINAR... o juiz não pode conceder liminar impedindo o lançamento por 2 motivos: 1 Para não gerar um dano de risco irreversível ao Estado e 2 o que se suspende é a exigibilidade do crédito, e para haver crédito é necessário o lançamento.

21 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN Art. 155-A. O parcelamento será concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica. (Incluído pela Lcp nº 104, de ) (vide art. 150, 6º CF) Esse ponto concessão do parcelamento nos termos de lei específica ficou um tanto confuso com o acréscimo dos 3º e 4º pela LC nº 118/2005. Isso porque temos duas exigências de leis específicas, no sentido de tratarem de um único assunto, sobre parcelamento de créditos tributários a LPCG e a LPRJ de cada ente federado.

22 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN Cada LPCG deve ser uma lei específica, isto é, uma lei ordinária que trate só desse assunto. Além da sua LPCG, cada ente federado deve ter uma LPRJ, (vide 3º) que também deve ser uma lei específica, isto é, tratar de um único assunto.

23 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN Além de as duas leis serem leis específicas, significando que tratam de um único assunto, a LPRJ é específica em relação à LPCG. O parcelamento de créditos do devedor em recuperação judicial é espécie do gênero parcelamento de créditos tributários em geral. Por isso, a LPRJ é específica em relação à LPCG. A palavra específica, com esse sentido, só pode ser usada em uma comparação entre duas leis.

24 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN 1 o Salvo disposição de lei em contrário, o parcelamento do crédito tributário não exclui a incidência de juros e multas. (vide art. 138, CTN) A moratória não é concedida em caso de ato ilícito culpável do devedor. O parcelamento de débitos tributários é concedido até para devedores que cometem atos ilícitos.

25 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN 2 o Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória. O parcelamento é modalidade de suspensão do CT distinta da moratória, sujeito, subsidiariamente, às normas a ela relativas.

26 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN Nos termos do art. 155, I, a moratória é um favor pelo qual o Estado concede o diferimento do prazo de pagamento antes da data do vencimento, excluídos os encargos. Os encargos só serão exigidos em caso de revogação da moratória conforme expresso no caput do Art. 155 do CTN.

27 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN O parcelamento não é um favor fiscal, pois implica no pagamento de encargos em razão da mora. Ademais, terá maior capacidade de competição no mercado aquele que paga pontualmente os tributos por apresentar melhores condições financeiras para investir produtivo. no setor

28 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN 3 o Lei específica disporá sobre as condições de parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

29 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN 4 o A inexistência da lei específica a que se refere o 3 o deste artigo importa na aplicação das leis gerais de parcelamento do ente da Federação ao devedor em recuperação judicial, não podendo, neste caso, ser o prazo de parcelamento inferior ao concedido pela lei federal específica. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

30 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN (vide 4º) Tentando simplificar a regra do 4º: Quando o ente federado, por exemplo, o Município de Macapá, (pode ser qualquer município, estado, ou o DF), não tiver a sua LPRJ, usará para o devedor em recuperação judicial a sua LPCG; entretanto, o prazo para esse parcelamento concedido ao devedor em recuperação judicial mediante a utilização da LPCG de Macapá não pode ser menor do que o prazo previsto na LPRJ da União.

31 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN (vide 4) Se a LPCG de Macapá estabelecer como prazo máximo de parcelamento 36 meses, e a LPRJ da União estabelecer o prazo de parcelamento de 60 meses, o devedor em recuperação judicial que peça um parcelamento em Macapá terá o parcelamento concedido com base na LPCG de Macapá, mas pelo prazo de 60 meses.

32 SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARCELAMENTO, ART. 155-A, CTN (vide 4º) O CTN não estabelece regra para o caso de inexistir essa lei federal específica, a LPRJ da União (e ela não existe). Na prática deverá ser aplicada a lei de parcelamento dos créditos tributários federais em geral (a LPCG da União), atualmente, a Lei nº /02, alterada pela Lei /2002.