EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 1. O artigo 156 do CTN enumera as hipóteses em que ocorrem a extinção do crédito tributário.
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- Anderson Coimbra Ferreira
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1 EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO INTRODUÇÃO: 1. O artigo 156 do CTN enumera as hipóteses em que ocorrem a extinção do crédito tributário. Art Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento; II - a compensação; III - a transação; IV - remissão; V - a prescrição e a decadência; VI - a conversão de depósito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus 1º e 4º; VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no 2º do artigo 164; IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; X - a decisão judicial passada em julgado. XI a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. (Incluído pela Lcp nº 104, de ) Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 144 e A enumeração do art. 156 é taxativa ou exemplificativa? A maioria entende que é taxativa. 3. Quanto a extinção das obrigações, isso só pode ocorrer no que tange à obrigação principal. PAGAMENTO: 4. Arts. 157 a 163 e 165 a 169 do CTN.
2 5. Pagamento é uma modalidade direta de extinção do crédito tributário, que não requer autorização legislativa, segundo o qual é entregue ao sujeito ativo da relação um montante correspondente ao crédito tributário (Eliana Raposo Maltini in Direito Tributário, Editora Saraiva, 3ª edição, 2009, p. 120). 6. Em regra, o pagamento é feito em pecúnia (dinheiro). As exceções estão no art. 162 do CTN e no art. 156, inciso XI do CTN (dação em pagamento). Art O pagamento é efetuado: I - em moeda corrente, cheque ou vale postal; II - nos casos previstos em lei, em estampilha, em papel selado, ou por processo mecânico. 7. Segundo Eduardo Sabbag (Manual de Direito Tributário, Saraiva, 2009, p. 794), a imposição de penalidade, decorrente do não-cumprimento da obrigação acessória ou por ausência de recolhimento de tributo, não dispensa, por óbvio, o pagamento integral do tributo devido. Art A imposição de penalidade não ilide o pagamento integral do crédito tributário. 8. O pagamento de um crédito tributário não se presume. 8.1 Assim, não pode subsistir o argumento da Fazenda Pública de recusa do recebimento de pagamento de um tributo em razão de uma suposta dívida, ainda não paga, referente à outra exação, ou em virtude de o valor satisfeito ser menor do que o efetivamente devido. Qualquer quantia oferecida pelo contribuinte pode e deve ser recebida, sem afetar posterior cobrança de diferença, se for o caso (Sabbag, p. 795). Art O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento: I - quando parcial, das prestações em que se decomponha; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.
3 9. Local de pagamento do tributo: Art. 159 regra geral: domicílio do sujeito passivo. Atualmente, é pago na rede bancária. Art Quando a legislação tributária não dispuser a respeito, o pagamento é efetuado na repartição competente do domicílio do sujeito passivo. 10. Tempo (prazo) para pagamento do tributo: Art O prazo para pagamento é definido na legislação própria de cada gravame. Sendo omissa, aplica a regra geral do art. 160 (30 dias). Art Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito passivo notificado do lançamento. Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do pagamento, nas condições que estabeleça. 11. Incidência de juros e outras medidas sancionatórias em caso de atraso no pagamento da obrigação: 11.1 Juros de mora de 1% ao mês se a lei não dispuser de modo diverso: Os juros de mora são de 1% ao mês (art. 161 do CTN) sobre o valor atualizado do débito, podendo a lei específica do tributo fixar percentual diverso (o art. 13 da Lei n /95, c/c o art. 84, I, da Lei n /95, prevê a Selic como índice substitutivo dos juros e da atualização monetária para tributos federais). Os índices de correção monetária utilizados pelos Estados e pelo Distrito Federal para a atualização dos débitos tributários não podem superar os índices aplicados pela União (RE ). O Estado de São Paulo (Lei Estadual n /98) e outros adotam a Selic (Ricardo Cunha Chimenti, Direito Tributário, 14ª edição, Saraiva, 2011, p. 94). Art O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei ou em lei tributária. 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de um por cento ao mês. 2º O disposto neste artigo não se aplica na pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito.
4 11.2 Consulta tributária: A consulta tributária, trata-se de procedimento administrativo de satisfação de dúvidas atinentes à legislação tributária, formuladas pelo contribuinte ao Fisco (Sabbag, p. 796) A dúvida levantada deve ser razoável A imposição de juros de mora não se verifica quando da pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do crédito. O mesmo se diga da multa A restituição de pagamento indevido ou a maior e o prazo prescricional: Art O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória O nosso ordenamento jurídico veda o enriquecimento ilícito sem causa. Art A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la Aplica-se o art. 166 no caso da disparidade entre o contribuinte de fato e o contribuinte de direito A restituição de tributos, na situação do art. 166, deve ser feita a quem demonstre haver assumido referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la Conforme leciona Aliomar Baleeiro (Direito tributário brasileiro, 10. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1987, p. 569), Essas infrações formais são independentes da exigência indevida, como, p.
5 ex., não ter o contribuinte prestado a declaração na forma e no tempo devido etc., que lhe seriam impostos mesmo não tivesse havido a pretensão inadequada ou ilegal do Fisco. Art A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição. Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar A correção monetária incide desde o pagamento indevido até a efetiva restituição (Súmulas 46 do extinto TFR e 162 do STJ) Âmbito Federal: à restituição incide a SELIC Âmbito Estadual e Municipal: Nos Estados e Municípios deve ser utilizado o mesmo critério que a Fazenda utiliza para cobrar os seus créditos O particular não está obrigado a primeiramente postular a repetição na órbita administrativa, para, após, recorrer à via judicial O prazo legal para repetir o valor pago indevidamente ou a maior é de 5 (cinco) anos, a contar da extinção do crédito tributário. Art O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; (Vide art 3 da LCp nº 118, de 2005) II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória Nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, a data da extinção do credito tributário para efeitos do art. 168, I ocorre no momento do pagamento antecipado (art. 3º da LC 118/05). Art Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição. Parágrafo único. O prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada A ação que prescreve em 2 anos, conforme art. 169, é a ação de repetição de indébito.
6 11.4 Regras para imputação de pagamento, se houver mais de uma dívida para com o mesmo credor: Art Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas: I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de responsabilidade tributária; II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrição; IV - na ordem decrescente dos montantes Microempresas e Empresas de Pequeno Porte: Tratamento favorecido e diferenciado dado pelo art. 146 da CF às ME e EPP, inclusive com regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, Estados, DF e Municípios (Supersimples) Definição de ME e EPP (LC 123/06): Art. 3 o Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n o , de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ ,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ ,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ ,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 1 o Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
7 2 o No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as frações de meses. O Supersimples, ou Simples Nacional, regulamentado pela Lei Complementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006, permite o recolhimento dos seguintes tributos em documento único: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas IRPJ; Imposto sobre Produtos Industrializados IPI; Contribuição Social sobre o Lucro Líquido CSLL; Contribuição para Financiamento da Seguridade Social Cofins; Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público PIS/PASEP; Contribuição para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei n , de 24 de julho de 1991, exceto no caso das pessoas jurídicas que se dediquem às atividades de prestação de serviços previstas nos incisos XIII a XXVIII do 1º e no 2º do art. 17 da própria Lei Complementar n O Simples Nacional, que é de adesão obrigatória para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (mas não para os contribuintes), também inclui o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e o imposto sobre Prestações de Serviços ICMS; e Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza ISS. A Lei Complementar n. 128/2008 disciplina as atividades do microempreendedor individual MEI e as suas obrigações tributárias. O art. 17 da lei relaciona as hipóteses em que é vedada a adesão ao Supersimples (Chimenti, p. 95/96). COMPENSAÇÃO 12. Definição: É o encontro de contas do Fisco e do contribuinte, sempre que forem credor e devedor um do outro É modalidade extintiva de obrigação, quando se é devedor e credor, concomitantemente (Sabbag, p. 805). Art A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010) Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
8 Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. (Artigo incluído pela Lcp nº 104, de ) 13. Ao contrario do CTN, o Código Civil não admite a compensação de dívidas vincendas. 14. A compensação depende de autorização legislativa que regulamente o instituto em cada esfera dos entes federativos. 15. Com a compensação, os juros deixam de fluir; as garantias reais, penhores, hipoteca e fianças extinguem-se com os créditos; a prescrição não mais se consuma. 16. A compensação não pode ser deferida por liminar ou antecipação de tutela (Súmula 212 do STJ), contudo pode ser declarada por meio de mandado de segurança (Súmula 213 do STJ). TRANSAÇÃO: 17. Cuida-se de modalidade indireta de extinção do crédito tributário que necessita de legislação autorizativa, através do qual, mediante pacto ou concessões mútuas, os sujeitos ativo e passivo da obrigação colocam fim ao litígio (Eliana Raposo Maltini, p. 131). 18. Previsão: arts. 840 a 850 do Código Civil e art. 171 do CTN; Art A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em determinação de litígio e conseqüente extinção de crédito tributário. Parágrafo único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso. 19. Depende de lei autorizando. 20. O Código Tributário Nacional só admite a transação terminativa; 21. É pressuposto a existência de um litígio (judicial ou administrativo); 22. Exemplos: desconto na multa para pagamento à vista em autos de infração; parcela única do IPVA, IPTU, com desconto (a parte recolhida será extinta pelo pagamento, enquanto a parte descontada será extinta pela transação) (Sabbag, p. 809).
9 REMISSÃO 23. A remissão é sinônimo de perdão, significando ato de remitir ou perdoar uma dívida (Kiyoshi Harada, Direito Tributário Municipal, 3ª edição, Atlas, 2007, p. 33) Ocorre a liberação unilateral da dívida pelo Fisco. 24. Depende de autorização legal para a sua instituição, emanada do ente político tributante definido na Constituição Federal como competente para legislar sobre o tributo objeto da remissão. 25. O verbo é remitir e não remir (que significa resgatar o bem onerado por dívida). Art A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo: I - à situação econômica do sujeito passivo; II - ao erro ou ignorância excusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato; III - à diminuta importância do crédito tributário; IV - a considerações de eqüidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso; V - a condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante. CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA: 26. Após decisão definitiva administrativa ou judicial favorável ao Fisco, o depósito integral efetuado nos autos é convertido em renda a favor daquele, extinguindo-se o crédito tributário. Obs.: Note-se que o valor é convertido independentemente da execução fiscal e que durante a demanda, resguardado pelo depósito garantidor, o crédito tributário fica suspenso. (art. 151, II, do CTN) (Eliana Raposo Maltini, p. 135). PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇAO DO LANÇAMENTO: 27. Pagamento antecipado é aquele feito antes da participação da autoridade administrativa. Como se vê, ele se refere aos tributos cujo lançamento seja por homologação (Eliana Raposo Maltini, p. 135).
10 28. A extinção do crédito tributário não se verifica com o pagamento, mas com a soma deste com a homologação do lançamento (art. 150, 4º, do CTN) (Sabbag, p. 811). 29. No lançamento por homologação há uma antecipação de pagamento, permitindo-se ao Fisco homologá-lo em um prazo decadencial de 5 anos, contados a partir do fato gerador (Sabbag, p. 811). 30. Não ocorrendo homologação expressa, considera-se tacitamente homologado o lançamento pelo decurso do prazo de cinco anos (prazo decadencial), extinguindo-se definitivamente o crédito tributário (Harada, p. 39). 31. Todavia, se restarem apurados valores a pagar pelo contribuinte, o Fisco procederá ao lançamento de ofício da quantia não paga, acrescida de juros e penalidades cabíveis (art. 149, V, do CTN) (Sabbag, p. 811). CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO JULGADA PROCEDENTE Art A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. 1º A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. 2º Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 32. A procedência da ação de consignação em pagamento irá, ao seu término, extinguir o crédito tributário. 33. Uma vez julgada procedente a consignação, o pagamento reputa-se efetuado e a importância consignada é convertida em renda. Por outro lado, se julgada improcedente a consignação, no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis (Eliana R. Maltini, p. 136).
11 34. No início da ação, quando do seu depósito judicial, representa causa de suspensão do crédito tributário. DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL 35. Somente figura como causa extintiva do crédito tributário a decisão administrativa favorável ao contribuinte. DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO: 36. A decisão judicial da qual não caiba mais recurso que reconhecer a inexistência da obrigação extinguirá o crédito tributário, conforme estatui o art. 156, X, do CTN (Eliana Raposo Maltini, p. 136). DAÇÃO EM PAGAMENTO: 37. Nesta modalidade de extinção do crédito tributário, ocorre a substituição de dinheiro por coisa, no caso, por bem imóvel (Harada, p. 41). 38. No direito tributário, ao contrário do direito civil, somente a dação em pagamento em bens imóveis configura causa de extinção do crédito tributário (art. 156, XI, do CTN). PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA. 39. Será objeto de considerações a parte. MODALIDADES INDIRETAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: 40. COMPENSAÇÃO, TRANSAÇÃO, REMISSÃO E DAÇÃO EM PAGAMENTO.
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