Instrumentos e Mercados Financeiros A crise do Subprime no mercado Norte-Americano Introdução
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- Miguel Borges Gameiro
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1 Instrumentos e Mercados Financeiros A crise do Subprime no mercado Norte-Americano Introdução Noção do Subprime Causas da crise Consequências da crise A crise subprime em Portugal Previsões para as economias afectadas pela crise 2 1
2 Noção de subprime A hipoteca clássica americana era uma hipoteca que cobrava uma taxa de juros fixa que permanecia a mesma durante os 30 anos do empréstimo Facilitava os pagamentos, já que a renda do tomador subia de acordo com a inflação 3 Crédito à habitação de alto risco que se destina à população com baixos rendimentos, a única garantia exigida é o imóvel, através de uma hipoteca. SUBPRIME Noção de subprime Risco que as instituições de crédito Baixas garantias do pagamento dos empréstimos O Subprime é um empréstimo de taxas de juros altas Risco elevado 4 2
3 Causas da crise Community Reinvestment Act [Lei de reinvestimento comunitário], de 1977, tornou ilegal a prática de restrição de crédito por motivos de raça ou de prevenção econômica Congresso e a administração Clinton, em 1990 estimularam políticas favoráveis à aquisição de um grande número de moradias. Depois do crescimento tecnológico no início do século XXI, deu-se uma fuga de capitais de investimento em direcção aos bens imobiliários. Atentados do 11 de Setembro anunciavam um clima de instabilidade internacional que levou os Bancos Centrais baixarem as taxas de juro para níveis muito baixos, com o objectivo de voltar a aumentar o consumo e a produção através do crédito, ou seja, com o objectivo de estimular a economia. Formação de uma bolha imobiliária justificada por uma enorme liquidez 5 Causas da crise 6 3
4 Causas da crise 2004 A Reserva Federal dos Estados Unidos começou a subir a taxa de juro para tentar controlar a inflação. O crescimento do preço das casas que tinha sido alto entre os anos de 2001 e 2005 passou a decrescer de forma contínua. 7 Causas da crise Em Agosto de 2005 o preço da habitação e as taxas de venda caíram de forma acentuada. As execuções hipotecárias cresceram Várias instituições começaram a ter problemas de liquidez para devolver o dinheiro aos investidores e problemas a obter recursos foi o ano em que se concederam mais hipotecas subprime, e haviam créditos por um período de 2 anos, o que acontece é que, em 2007 acaba o período de carência para estes indivíduos. vendiam a casa a um preço mais alto do que o da aquisição e pagavam a dívida. 8 4
5 Titularização Instituição de Crédito concede uma hipoteca Regista esta acção no balanço, o que significa que insere os benefícios mas também assumo o risco do crédito. Pela regulação, o risco e as reservas limitam o número de hipotecas que as instituições podem conceder. Para reduzir o risco assumido e as reservas necessárias As entidades começaram a passar a outros as hipotecas, para que quem as adquirese ficasse com os benefícios mas também assumisse os riscos Assim, as instituições podem conceder mais créditos hipotecários do tipo subprime. 9 Titularização Em situação normal não haveria ninguém a querer comprar uma hipoteca subprime, então o que as entidades fizeram foi a chamada titularização As entidades das hipotecas agarram em muitas hipotecas, algumas subprime e outras não, combinam-nas num pacote e vendem-nas, isto é, embrulham as suas hipotecas e vendem-nas em lotes como derivados de crédito Collateralized Debt Obligations (CDOs) Instrumentos que teoricamente são de alta qualidade, pois estão bem diversificados e salvaguardados com garantias imobiliárias, até reconhecidos pelos a Standard & Poors, a Moody s e Fitch 10 5
6 Titularização Estes derivados de créditos foram comprados Primeiro nível por hedge funds Segundo nível houve fundos de rendimento fixo e planos de pensões que compraram participações nestes hedge funds Terceiro nível ao comprarem os fundos que agora constituíam os hedge funds Foi deste forma que o produto se dispersou e em vez de haver apenas uma entidade que assumia todo o risco 11 Consequências Consequências da crise dos créditos "subprime" sobre a economia americana A crise dos créditos "subprime" fez alguns estragos em todo o mercado imobiliário, nomeadamente os seguintes: As vendas consecutivas de habitações com falhas no pagamento têm como primeiro efeito saturar o mercado imobiliário, dando origem a uma descida dos preços A construção de novas habitações abranda, e as revendas baixam A descida dos preços do mercado imobiliário diminui as possibilidades de empréstimo para as famílias que querem hipotecar as suas habitações devido à subida das taxas 12 6
7 Consequências Consequência da crise subprime nos mercados globais Novas hipotecas Se o tomador não conseguir pagar a sua dívida inicial, inicia-se a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos, provocando falta de confiança no mercado de emprestar e comprar os subprime 13 Consequências Consequência da crise subprime nos mercados globais Os créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em activos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo como os mercados estão interligados a crise da liquidez também atinge a Europa Banco Francês BNP Paribas congelou três dos seus fundos de investimento que tinham recursos aplicados em créditos gerados a partir de operações hipotecárias nos EUA IKB alemão e o NIBC holandês A crise de liquidez na Europa não é mais do que um reflexo directo do pânico que se instalou entre os investidores, que correram a levantar as aplicações. 14 7
8 Consequências Consequência da crise subprime nos mercados globais O mercado do Japão, da Índia e China, vão ser atingidos pela crise visto serem os grandes motores de crescimento mundial Consumo do mundo EUA EUA Sendo o maior importador mundial de produtos manufacturados na China, a crise irá provocar uma redução drástica das exportações chinesas Europa O crescimento económico oscila entre 0,6% e 4% Índia China Estima-se um crescimento de apenas 2,25% Os bancos estão a aumentar as suas taxas de juro estando muito acima da taxa de referência do BCE Os bancos estão a restringir a disponibilidade do crédito para novos 15 investimentos Consequências Consequências nos mercados financeiros As faltas de pagamento dos créditos "subprime" recaem em primeiro lugar sobre as entidades financeiras especializadas no mercado imobiliário Devido á globalização, muitos desses títulos de crédito difundiram-se por todo o ramo financeiro americano e mesmo do mundo Este método permite repartir os riscos, mas também generalizá-los em caso de crise As perdas dos bancos reduzem as suas possibilidades de oferecerem créditos. Para encontrar uma liquidez as entidades financeiras não têm outra hipótese senão a venda dos títulos nos mercados de acções, alastrando deste modo a crise do crédito para as bolsas internacionais 16 8
9 Consequências Consequências nos mercados financeiros Consequências: Uma queda violenta de 311 pontos no índice bolsista Dow&Jones mas que não deixa de ser apenas a 698ª maior da história Uma maior aversão ao risco, o que está a levar ao investimento em activos com mais qualidade 17 Como estão a agir os Bancos centrais perante esta crise? Os Bancos Centrais têm uma função fundamental para intervir, desempenhando um papel importante na concessão de empréstimos em último recurso, de forma a financiar os bancos concentrando a sua liquidez suficiente para evitar a paralisia do sistema financeiro, e foi o que alguns bancos nomeadamente no caso europeu e japonês actuaram para fazer face ao segmento subprime Os Bancos Centrais procuraram acalmar os mercados, introduzindo grandes somas de liquidez. A FED estima-se que injectou mais de 7 mil milhões de dólares (5 milhões de euros) de liquidez e ainda reduziu a taxa de redesconto americana de 6,25% para 5,75% 18 9
10 O Caso Português Caracterização do mercado Pais com maior nível de Endividamento da Europa Grande subida nos últimos tempos PRINCIPALMENTE Crédito ao Consumo 19 Subprime no Mercado Português Crise de Liquidez; Extinção de Fundos de Investimento: BPI; BCP; Cobertura dos resgates dos Fundos de Investimento através de empréstimos bancários (CMVM); Queda das Quotas de Mercado das Sociedade Gestoras de Fundos de Investimento; 20 10
11 Previsões das Consequências Duas Situações Possíveis no Mercado Americano: Aumento das Taxas de Juro; Diminuição das Taxas de Juro; 21 Aumento da taxa de juro Aumento do crédito mal parado; Aumento da oferta dos imóveis; Diminuição das concessões de créditos; Abrandamento no sector da construção; Aumento do desemprego; RECESSÃO DA ECONOMIA AMERICANA RECESSÃO DA ECONOMIA MUNDIAL 22 11
12 Diminuição das Taxas de Juro Fomenta-se crescimento dos mercados financeiros; Aumento das concessões de crédito; Anula-se a curto prazo a crise no mercado imobiliário; Perpetua-se o crescimento económico ao endividamento cada vez MAIOR 23 Previsões para Economia, com a crise do SubPrime Deutsche Bank de NY estima: Crédito SubPrime atinge os 300 a 400 mil milhões de dolares; 30% a 40% vão entrar em incumprimento; Em Portugal, os cinco maiores bancos admitem: Restringir a concessão de crédito a empresas e particulares; Aumento dos Spreds; Instabilidade nos mercados Financeiros 24 12
13 Conclusões Fuga dos investimentos relacionados com os mercados imobiliários; Diminuição do poder de compra das famílias, e aumento do desemprego; Dificuldades do Sector Bancário; Alastramento da crise ao mercado MUNDIAL; Arrefecimento da Economia Europeia provocado: Aumento do preço do Petróleo; Queda no mercado Imobiliário; Falta de informação relativa à exposição ao subprime; 25 CRISE DE CONFIANÇA Conclusões Desafio à robustez da Economia Mundial, para superar o arrefecimento da economia Americana; Contágio Psicológico que a crise do subprime impôs no mercado imobiliário; 26 13
14 Instrumentos e Mercados Financeiros A crise do Subprime no mercado Norte-Americano Trabalho Realizado Ana Filipa Nogueira Ana Isabel Santos Ana Margarida Bôto Cláudia Correia Telmo Ângelo 27 14
Esclarecimento. De entre as acções dadas em garantia destacam-se as acções Cimpor, correspondentes a 9,58% do respectivo capital social.
Esclarecimento 1. O Grupo INVESTIFINO contratou junto da CGD, no período de 2005 a 2007, diversos financiamentos que globalmente atingiram um valor elevado. 2. Os referidos financiamentos destinaram-se
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