PSICRÔMETRO MEDIDA DA UMIDADE RELATIVA DO AR. F 809 Instrumentação Para Ensino
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- Bruna Santarém Fagundes
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1 PSICRÔMETRO MEDIDA DA UMIDADE RELATIVA DO AR F 809 Instrumentação Para Ensino Relatório Final Jurandi Leão Orientadora: Profa. Maria José P. M. de Almeida 005 Ano Internacional da Física
2 1 Resumo Este rojeto de ensino consiste na elaboração de exerimentos ara serem utilizados no ensino médio e suerior. Neste caso, o exerimento desenolido consistiu na montagem de um aarelho denominado Psicrômetro que isa medir a umidade relatia do ar or diferença de temeratura entre dois termômetros. Objetios O objetio deste trabalho é a construção de um Psicrômetro que oderá ser utilizado, dentre árias situações, numa sala de aula do Ensino Médio e Suerior. Procuramos manter um níel matemático relatiamente acessíel neste relatório ara que ele ossa ser lido e comreendido or estudantes de Ensino Médio. Um outro objetio será analisar uma carta sicrométrica ara que ossamos, com o uso do sicrômetro construído e das equações aresentadas neste relatório, obtermos resultados a reseito do ar atmosférico. 3 Introdução Este rojeto consiste na montagem de um aarelho denominado Psicrômetro de Funda ara medidas e estudo da umidade relatia do ar. Um Psicrômetro de Funda é um aarelho que consiste em dois termômetros, fixados sobre um mesmo suorte: um com o seu bulbo seco, chamado de termômetro de bulbo seco, e o outro com o seu bulbo molhado, chamado de termômetro de bulbo molhado. Este último tem esse nome orque seu bulbo é enolido or um tecido, algodão, ou algo do gênero, embebido em água. Sua temeratura é sensielmente menor do que a do termômetro de bulbo seco, que marca a temeratura ambiente. Essa diferença de temeratura entre os termômetros é o dado fundamental ara o estudo de umidade relatia. A Psicrometria (do grego sukhros frio) é um caítulo da termodinâmica que trata do estudo do comortamento de sistemas constituídos or uma mistura de ar e aor de água, tal que a concentração de aor d água é relatiamente baixa. As condições de conforto humano estão relacionadas não somente com a temeratura do ar, mas também com a concentração do aor d água contido no ar atmosférico (umidade do ar) isto que o equilíbrio térmico que se estabelece interém do fenômeno de eaoração. Mais concretamente, quanto mais eleada for a temeratura do ambiente, o equilíbrio térmico do coro humano deende mais fortemente da eaoração que da radiação e conecção e, or isso, o teor de aor d água contido no ar atmosférico dee ser tanto menor quanto maior for a temeratura ambiente.
3 A título de exemlo, os alores recomendáeis do teor de umidade no ar, de acordo com Marques 1 em seu liro Termodinâmica Térmica, exressos em gramas de aor or grama de ar seco, são: Temeratura ( 0 C) Teor de Umidade (g aor/g ar seco) 0,0 1,40 5,0 1,10 30,0 11,80 35,0 11,30 40,0 9,70 Este trabalho ermite a artir de alguns cálculos matemáticos e tabelas, facilmente encontrados na Internet -6, medir a umidade relatia do ar. A grande antagem desse exerimento é a sua simlicidade e baixo custo de realização. Aesar de sua imortância, isto que trabalha com algo que está totalmente relacionado com o bem estar da ida na terra, a umidade do ar, o exerimento é relatiamente simles. Os termômetros utilizados neste exerimento deem ser sensíeis à ariação de temeratura ambiente. No caso do Brasil, termômetros que ariam de 10 à 50 0 C são ideais. Esses instrumentos odem ser encontrados na faixa de R$ 3,00 à R$ 5,00, deendendo de sua qualidade e escala. Locais interessantes ara se conseguir esses termômetros são em lojas de rodutos ara aquários. Posto em locais de circulação lire de ar, a eaoração da água, contida no tecido que enole o termômetro de bulbo molhado, rouba calor do bulbo e o termômetro de bulbo molhado indica temeraturas mais baixas do que as do outro termômetro igual, com o reseratório lire, que se coloca ao lado, e mede a temeratura ambiente. Essa eaoração é tanto maior quanto mais seca está a atmosfera e é nula quando a atmosfera está saturada de aor de água. Abaixo temos uma ilustração de um sicrômetro: 3
4 FIG. 1: Psicrômetro. Alcançado o equilíbrio, a temeratura do termômetro de bulbo molhado é semre menor, quando o ar atmosférico não é saturado. Hoje em dia já existem Psicrômetros digitais, nos quais a sensibilidade é bem maior. Além da medida da umidade relatia do ar em ambientes lires, com fins meteorológicos, os sicrômetros são bastante utilizados em ambientes com ar condicionado, laboratórios, armazéns de alimentos, etc. E aqui fica uma obseração, isto que a maioria dos ambientes na Unicam ossui ar condicionado e que em alguns laboratórios de física ou química as condições do ar é fundamental, esse trabalho ode ainda serir de estímulo ara o efetio controle do ar nestes ambientes. Algumas Noções.1 Ar Úmido: Dentre as misturas de gases e aores, salienta-se o ar atmosférico, também denominado ar úmido, constituído de ar seco e de aor de água. 4
5 . Ar Seco: A mistura dos gases que constituem o ar atmosférico, com exceção do aor de água, é chamada de ar seco. A comosição do ar seco é reresentada or 78% de Nitrogênio, 1% de Oxigênio e 1% de Argônio. Para efeito de cálculos, considera que o ar seco é formado, basicamente, or 79% de Nitrogênio e 1% de Oxigênio..3 Ar Saturado: Quando a mistura de aor de água na atmosfera é máxima, diz-se que esse ar é saturado; orém, quando o aor está sueraquecido, diz-se que o ar é não-saturado. Obsera-se que o aor de água na atmosfera ode achar-se sueraquecido, em temeraturas muito abaixo de C, mesmo que a ressão atmosférica seja normal. É que a ressão indicada or um barômetro qualquer não é a ressão arcial do aor de água, e sim a soma desta ressão com a do ar seco. Considera-se, sem inconenientes, que o aor de água na atmosfera obedece as Leis dos Gases Perfeitos, orque está submetido a ressões muito baixas..4 Umidade Esecifica ou Razão de Umidade: Define-se Umidade Esecifica do ar como sendo a razão da massa do aor d água ara a massa de ar seco em um dado olume de mistura; ou, matematicamente: m m ϖ (1) a onde ω é a umidade esecifica; m a massa de aor d água em um dado olume da mistura e ma a massa do ar seco no mesmo olume da mistura. Como o ar seco e o aor d água ocuam, cada um, o olume todo da mistura, a umidade esecifica ode também ser definida em função dos olumes esecíficos, ou das densidades, do aor d água e do ar seco. m m ϖ, () a ρ ρ a R T 0,6 a Ra T onde é a ressão arcial do aor de água na mistura e a é a ressão de ar seco no mesmo olume da mistura. a 5
6 .5 A Umidade Relatia (Objeto de estudo): Define-se como sendo a razão da ressão arcial do aor d água em uma mistura à ressão de saturação do aor à mesma temeratura. A umidade relatia, reresentada or φ, é dada or: φ, (3) g onde g é a ressão de saturação à mesma temeratura. Suondo álidas as relações ara gás erfeito: ( RT / V ) g φ g V ρ ( RT / Vg ) V ρ g (4) Comarando as equações (3) e (4), temos a relação entre a umidade esecífica e a umidade relatia: ρ V g φ (5) ρ V g a ϖ φ φ 0, 6 a g a Alicando, ainda, a Lei de Dalton, que diz: a ressão total de uma mistura de gases é igual à soma das ressões arciais dos constituintes, obtemos: 0, 6 ϖ, (6) ( ) onde é a ressão total da mistura ou a ressão barométrica do ar atmosférico..6 Temeratura do onto de oralho: Define-se como sendo a temeratura a qual o ar não-saturado torna-se saturado, ou seja, quando o aor começa a condensar-se, seguindo um rocesso de resfriamento a ressão constante e umidade esecifica constante. É imortante inestigar o efeito de tal rocesso sobre a ressão arcial do aor. Pela equação acima, obtemos: ϖ (7) ϖ + 0,6 E sendo constantes a ressão total da mistura e a umidade esecífica, segue-se que a ressão arcial do aor também dee ser constante. 6
7 .7 Pressão de Vaor: A idéia rincial deste trabalho é aresentar uma maneira de medir a umidade relatia do ar mediante medidas de temeratura com o uso de dois termômetros. Para tal, uma maneira é aresentar uma equação ara a ressão de aor em função das temeraturas de bulbo seco e de bulbo molhado, assim como a umidade esecifica. Daí é coneniente aresentar a equação encontrada or Carrier: ( )( t tϖ ) ϖ d ϖ, (8) 800 1,3 tϖ onde w é a ressão de aor corresondente à temeratura de bulbo molhado, e fornecida elas Cartas Psicrométricas (definida abaixa); a ressão real de aor; t d a temeratura do bulbo seco, t w a ressão do bulbo molhado e a a ressão total barométrica. Nesta equação a ressão dada em Fahrenheit e a ressão em lbf/in, isto que é assim que aarece a maioria das cartas sicrométricas na literatura. Escreendo a ressão em N/m e a temeratura em 0 C, a equação (8) fica: ( )( t tϖ ) ϖ d ϖ (9) ,7tϖ.8 Temeratura do bulbo seco, T: É a temeratura de equilíbrio da mistura de ar e aor..9 Temeratura termodinâmica de bulbo molhado, Tbm: É a temeratura de equilíbrio alcançada quando a mistura de ar e aor sofre um rocesso de resfriamento adiabático até chegar a saturação. O termômetro do bulbo molhado é idêntico ao termômetro de bulbo seco, exceto elo bulbo, que é roido de um tecido embebido em água ura. O tecido mantém uma delgada camada de água sobre o bulbo, daí o termo bulbo molhado. Os termômetros odem ser raidamente girados no ar, a fim de induzir escoamento turbulento de ar sobre o bulbo molhado, roocando assim a transmissão de calor or conecção. Se o ar não está saturado, a água do tecido é resfriada or eaoração até que sua temeratura caia abaixo da temeratura de calor do ar ao tecido, rossegue o rocesso de eaoração, até que se atinja a temeratura de equilíbrio ou de bulbo molhado. 7
8 4 Carta Psicrométrica As roriedades da mistura de ar e aor d água que constitui a atmosfera odem ser conenientemente aresentadas em forma gráfica, no que se denomina carta sicrométrica. Toda carta sicrométrica, de modo geral, é um gráfico que tem or ordenadas a umidade esecifica e a ressão de aor, e como abscissa a temeratura de bulbo seco. O olume esecífico da mistura, a temeratura de bulbo molhado, a umidade relatia e a entalia da mistura aarecem como outros arâmetros. É imortante notar que uma carta sicrométrica é traçada ara uma dada ressão barométrica, que geralmente é tomada como 1 atm (14,7 lbf/in 1,013x10 5 N/m 1,013 Bar 760 mm Hg). Para transformar a temeratura de Graus Fahrenheit ara graus Celsius, usamos a equação: θ C 3 θ F (9) 5 9 Veja abaixo exemlos de cartas sicrométricas: Fig. Carta sicrométrica 8
9 Fig. 3. Carta Psicrométrica comleta. A temeratura ariando de 4 a 43 0 C NOVA FIGURA DE CARTA PSICROMÉTRICA 5 Montagem do Psicrômetro Os termômetros foram fixados num suorte de madeira toda furada. Isso foi interessante, ois dessa forma ermitimos uma maior circulação de ar. Os bulbos dos dois termômetros ficam lires, ara eitar a turbulência do ar e facilitar a eaoração da água em olta do bulbo do termômetro de bulbo molhado. Um termômetro tem seu bulbo lire e mede, dessa forma, a temeratura real do ambiente. O segundo termômetro tem seu bulbo enolto or um tecido molhado e essa água esfriará o bulbo deste termômetro, ois no rocesso de eaoração há a retirada de calor do bulbo. 9
10 O suorte dos termômetros ode ser colocado sobre uma mesa onde se deseja medir a umidade relatia do ar. Feito isso, dee-se eserar um temo, em torno de 15 min., ara que os termômetros alcancem o equilíbrio termodinâmico. A artir disso, anota-se as temeraturas dos dois termômetros; monta-se uma tabela com estes alores e com base na equação (8) e com o uso da Carta Psicrométrica odemos calcular e g. Feito isso, com o uso da equação (3) odemos medir a umidade relatia do ar. A outra maneira, mais fácil é: com os alores de T e Tbm na Carta Psicrométrica, seguir as linhas dessas duas medidas. No onto de intersecção, temos diretamente o alor da umidade relatia. A rimeira maneira de calcular φ, aresentada nos arágrafos acima, é mais geral e sere quando não temos uma Carta Psicrométrica que fornece a umidade relatia como arâmetro. Veja abaixo a foto do exerimento: Fig. 4. Aarato exerimental. FOTO DO EXPERIMENTO ENTRA AQUI 6 Dados Exerimentais Todas as medidas foram colocadas em tabelas, com suas resectias datas e horários nas quais foram efetuadas. Tab 1. Dia 05/11/005 Medidas Efetuadas ao ar lire. Horário Tem. Bulbo seco ( 0 C) Tem. Bulbo molhado ( 0 C) 15:00 6,0 5,9 15:15 7,3 4,0 15:30 7,9 3,0 15:45 8,0 3,0 16:00 8,0,0 16:15 8,0,0 16:30 8,0,0 10
11 Tab. Dia 3/11/005 Medidas Efetuadas na Sala de Referência da Biblioteca do IEL Unicam. Ambiente com ar condicionado. Horário Tem. Bulbo seco ( 0 C) Tem. Bulbo molhado ( 0 C) 1:00,0 1,0 1:15 1,0 16,0 1:30 1,0 16,0 1:45 0,5 15,5 13:00 1,0 16,0 13:15 1,0 16,0 13:30 1,0 16,0 Tab 3. Dia /11/005 Medidas Efetuadas ao ar lire Horário Tem. Bulbo seco ( 0 C) Tem. Bulbo molhado ( 0 C) 16:10 8,0 6,3 16:0 8,9,3 16:30 8,8,0 16:40 7,6,0 17:00 7,5,0 17:10 7,5 1,8 17:0 7,4,0 Tab 4. Dia 3/11/005 Medidas Efetuadas ao ar lire Neste dia choeu Horário Tem. Bulbo seco Tem. Bulbo molhado ( 0 C) ( 0 C) 8:0 3,,0 8:30 3,3 19,8 8:40 3,4 19,8 8:50 3,4 19,7 9:00 3,5 19,7 9:10 3,5 19,6 9:0 3,5 19,6 Foram desconsideradas em todas as tabelas as duas rimeiras medidas, ois nelas os termômetros não estaam ainda em equilíbrio. Então foi feita a média aritmética das cinco últimas medidas de cada tabela, que resultaram: Tabela 1: Tem. bulbo seco: 8,0 0 C Tem. bulbo molhado:,4 0 C 11
12 Diretamente da carta sicrométrica obtém-se 6% de umidade relatia. Fazendo os cálculos mediante a equação (8): Pela carta sicrométrica erifica-se que a ressão de saturação à temeratura de bulbo molhado de,4 0 C (8,4 0 F) é 0,381lbf/in. Sendo 1atm ( 14,7 lbf/in ) temos: 0 ( 14,7 0,381 ) lbf / in ( 8,4 7,3) F 800 1,3 7,3 F 0,381llbf / in 0,37lbf / in 0 A ressão de saturação à temeratura de bulbo seco, 8 0 C (8,4 0 F), que é a temeratura da mistura, é 0,54 lbf/in. Então da definição de umidade em: φ g 0,37 0,54 0,6 Que concorda exatamente com o alor tirado diretamente do cruzamento de linhas da Figura 1. Tabela : Tem. bulbo seco: 0,9 0 C Tem. bulbo molhado: C Diretamente da carta sicrométrica obtém-se 60% de umidade relatia Fazendo os cálculos mediante a equação (8): Pela carta sicrométrica erifica-se que a ressão de saturação à temeratura de bulbo molhado de 15,9 0 C (60,6 0 F) é 0,60lbf/in. Sendo 1atm ( 14,7 lbf/in ) temos: 0 ( 14,7 0,60) lbf / in ( 69,9 60,6) F 800 1,3 60,6 F 0,60llbf / in 0,11lbf / in 0 A ressão de saturação à temeratura de bulbo seco, 0,9 0 C (69,6 0 F), que é a temeratura da mistura, é 0,345 lbf/in. Então da definição de umidade em: φ g 0,11 0,345 0,61 Talez concorda noamente com os 61% eserado. 1
13 Tabela 3: Tem. bulbo seco: 7,8 0 C Tem. bulbo molhado:,0 0 C Diretamente da carta sicrométrica obtém-se 61% de umidade relatia Reetindo os cálculos anteriores, da carta sicrométrica erificamos que a ressão de saturação à temeratura de bulbo molhado de,0 0 C (71,6 0 F) é 0,380lbf/in. Sendo 1atm ( 14,7 lbf/in ) temos: 0 ( 14,7 0,380) lbf / in ( 8,0 71,6 ) F 0, ,3 71,6 F 0,380llbf / in lbf in 0 A ressão de saturação à temeratura de bulbo seco, 7,8 0 C (8,0 0 F), que é a temeratura da mistura, é 0,55 lbf/in. Então da definição de umidade em: φ g 0,35 0,55 Que mais uma ez se concorda bastante com da rimeira maneira de obter a umidade relatia. 0,6 / Tabela 4: Tem. bulbo seco: 3,5 0 C Tem. bulbo molhado: 19,7 0 C Diretamente da carta sicrométrica obtém-se 65% de umidade relatia. E, enfim, temos que ara 19,7 0 C (67,5 0 F), a ressão de saturação é: 0,3 lbf/in. Então: 0 ( 14,7 0,3) lbf / in ( 74,3 67,5) F 800 1,3 67,5 F 0,3llbf / in 0,86lbf / in 0 E ara 3,5 0 C (74,3 0 F), g 0,419, que dá uma umidade relatia de 0,68. Esta umidade do ar, relatiamente alta, concorda com o que ocorreu no dia: chua na cidade de Caminas. 13
14 7 Outra Forma da Medida da Umidade Relatia do Ar Digamos que um obserador tenha encontrado T e Tbm. Com estes alores odemos encontrar a, ressão de aor. A artir de um balanço de energia ode-se escreer a equação da seguinte forma: V a P ( T T ) BM, (10) VSBM na qual, VSBM é a ressão de aor de saturação da temeratura do bulbo molhado, obtida a artir da Tabela 6; a é o fator sicrométrico (tirado da Tabela 5) e P é a ressão ambiente. P VS é a ressão de saturação, dada em hpa, ara T em (1 ascal (Pa) 1 N/m 1 J/m 3 1 kg m 1 s e 1 hectoascal (hpa) 100 Pa 1 mbar) Tabela 5 Fator Psicrométrico Velocidade do ar (m/s) a em ºC -1 a em ºC -1 (ara temeraturas abaixo de zero) (ara temeraturas acima de zero) 0 a 0,5 0,0010 0, a 1,5 0, , ,5 a 4 0, , a 10 0, ,00043 Para Psicrômetros com entilação natural, a elocidade do ar é aroximadamente igual a 3,0m/s e a 0,0066 ºC -1. Tabela 6 PVS da água a Pressão Normal em hpa T ºC Décimos de graus 0,0 0,1 0, 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 0 6,1 6, 6, 6, 6,3 6,3 6,4 6,4 6,5 6,5 1 6,6 6,6 6,7 6,7 6,8 6,8 6,9 6,9 7,0 7,0 7,1 7,1 7, 7, 7,3 7,3 7,4 7,4 7,5 7,5 3 7,6 7,6 7,7 7,7 7,8 7,9 7,9 8,0 8,0 8,1 4 8,1 8, 8, 8,3 8,4 8,4 8,5 8,5 8,6 8,7 5 8,7 8,8 8,8 8,9 9,0 9,0 9,1 9, 9, 9,3 6 9,4 9,4 9,5 9,5 9,6 9,7 9,7 9,8 9,9 9,9 7 10,1 10,1 10, 10, 10,3 10,4 10,4 10,5 10,6 10,7 8 10,7 10,8 10,9 10,9 11,0 11,1 11, 11, 11,3 11,4 9 11,5 11,6 11,6 11,7 11,8 11,9 1,0 1,0 1,1 1, 10 1,3 1,4 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 13,0 13,0 14
15 11 13,1 13, 13,3 13,4 13,5 13,6 13,7 13,7 13,8 13,9 1 14,0 14,1 14, 14,3 14,4 14,5 14,6 14,7 14,8 14, ,0 15,1 15, 15,3 15,4 15,5 15,6 15,7 15,8 15, ,0 16,1 16, 16,3 16,4 16,5 16,6 16,7 16,8 16, ,0 17, 17,3 17,4 17,5 17,6 17,7 17,8 17,9 18, , 18,3 18,4 18,5 18,6 18,9 18,9 19,0 19,1 19, ,4 19,5 19,6 19,7 19,9 0,0 0,1 0, 0,4 0,5 18 0,6 0,8 0,9 1,0 1, 1,3 1,4 1,6 1,7 1,8 19,0,1,,4,6,7,8,9 3,1 3, 0 3,4 3,5 3,7 3,8 4,0 4,1 4,3 4,4 4,6 4,7 1 4,9 5,0 5, 5,3 5,5 5,6 5,8 6,0 6,1 6,3 6,4 6,6 6,8 6,9 7,1 7,3 7,4 7,6 7,8 7,9 3 8,1 8,3 8,4 8,6 8,8 9,0 9,1 9,3 9,5 9,7 4 9,8 30,0 30, 30,4 30,6 30,7 30,9 31,1 31,3 31,5 5 31,7 31,9 3,1 3, 3,4 3,6 3,8 33,0 33, 33,4 6 33,6 33,8 34,0 34, 34,4 34,6 34,8 35,0 35, 35,4 7 35,7 35,9 36,1 36,3 36,5 36,7 36,9 37,1 37,4 37,6 8 37,8 38,0 38, 38,5 38,7 38,9 39,1 39,4 39,6 39,8 9 40,1 40,3 40,5 40,8 41,0 41, 41,5 41,7 4,0 4, 30 4, 4,7 4,9 43, 43,4 43,7 43,9 44, 44,4 44, ,9 45, 45,4 45,7 46,0 46, 46,5 46,8 47,0 47,3 3 47,6 47,8 48,1 48,4 48,6 48,9 49, 49,5 49,8 50, ,3 50,6 50,9 51, 51,5 51,7 5,0 5,3 5,6 5, , 53,5 53,8 54,1 54,4 54,7 55,0 55,3 55,6 55, , 56,6 56,9 57, 57,5 57,8 58,1 58,5 58,8 59, ,4 59,8 60,1 60,4 60,7 61,1 61,4 61,7 6,1 6,4 37 6,8 63,1 63,5 63,8 64,1 64,5 64,8 65, 65,6 65, ,3 66,6 67,0 67,4 67,7 68,1 68,5 68,8 69, 69, ,9 70,3 70,7 71,1 71,5 71,8 7, 7,6 73,0 73,4 Tabela 7 Pressão em função da altitude Altitude (m) A umidade relatia continua sendo dada ela equação (3): φ g 15
16 Obtém-se Ps ara cada alor de temeratura usando a Tabela 6. Os resultados já são tabelados e odem ser encontradas facilmente na Internet. Como exemlo, amos calcular a umidade relatia referente à Tabela 1: As medidas foram feitas em Caminas, que fica a aroximadamente, 856 m de altitude. Da Tabela 7, a ressão será de 91 hpa. Da Tabela 5, erificamos que ara uma temeratura de,4 0 C, a ressão é 7,1 hpa Então: V 7,1 0, (8,0,4) 3, 7Ha Para a temeratura de 8,0 0 C, a ressão é, ela Tabela 1: 37,8 hpa. E com a equação (3): φ g 3,7 37,8 0,63 Que bate erfeitamente com o rimeiro resultado! 8 Dificuldades Encontradas Minha rimeira dificuldade foi encontrar bibliografia a reseito do assunto. Na minha busca nas bases da Unicam encontrei aenas dois liros cujo assunto rincial era a Psicrometria: um deles está na bibliografia, Psicrometria 7 ; o outro é da Biblioteca da Faculdade de Alimentos, se encontra desaarecido 8. Este assunto é tratado em alguns liros de Termodinâmica, orém sem muito arofundamento. Daí a grande dificuldade em analisar as equações matemáticas. Porém, isso talez não seja um grande roblema isto que as bibliografias que escolhi são sérias, conhecidas e consagradas, como é o caso do autor Sears 9. Este assunto é facilmente encontrado na Internet. Quando se digita sicometria, sicrômetro ou algo do gênero em algum site de busca, aarecem centenas de sites relacionados. Contudo filtrar estes sites não é uma tarefa nada fácil. Um outro grande roblema foi com relação às unidades. Por falta de bibliografia escrita or autores brasileiros, as unidades são geralmente dadas nos adrões norte americano, como é o caso da unidade ara temeratura (Graus Fahrenheit). Isso me gerou dificuldades na interretação das cartas sicrométricas. 16
17 A montagem exerimental foi relatiamente simles. Porém não ficou como eu desejaa inicialmente. Bolei uma base ara os termômetros que udesse girálos num ângulo de Precisaria ara isto de um serralheiro, mas ficou, financeiramente falando, iniáel (R$90,00). Talez este trabalho udesse ser feito na oficina mecânica do Instituto de Física, mas não sabia se eu teria acesso a este tio de seriço e também não tinha mais temo hábil. Analisando os dados fiquei com dúidas se o ento interfere ou não nas medidas. Em conersa com minha orientadora, ela me indagou: Se ensarmos, or exemlo, em rouas no aral, quando as colocamos ara secar, o ento tem ael fundamental. Então, não é meio óbio que o ento também interfere na eaoração da água do tecido que enole o termômetro de bulbo molhado? No liro Termodinâmica, Sears, e Termodinâmica Térmica, Marques, os autores em nenhum momento falam da interferência do ento. Então resoli esquisar e acabei or encontrar na Internet um site, htt:// que trabalha com equações que leam a elocidade do ento em consideração. Disso escrei o item 7 deste relatório. Porém, não sei até que onto, e aqui se destaca outra dificuldade, as áginas na Web são confiáeis. 9 Considerações finais Do onto de ista didático este estudo oderá motiar bastante estudantes de Ensino Médio e/ou de Ensino Suerior isto que é um assunto que está muito relacionado com o seu rório conforto. A arte matemática é relatiamente simles, o que de certa forma, ode ser outra motiação. As medidas das umidades relatias concordaram entre si das árias maneiras de calculá-las. Isso mostra que as medidas foram bem efetuadas e que a arte matemática está bem desenolida. No tóico 7, entretanto (Outra maneira de medir a umidade relatia) aresentei uma forma de calcular a umidade relatia leando-se em conta a altitude, a ressão local e a elocidade do ento, arâmetros que acredito influenciar nas medidas. Porém isso foi uma descoberta recente, não me dando temo suficiente ara conhecê-la melhor. Dessa forma, fica aqui aberto um estimulo ara outros estudantes. Este rojeto serirá, ainda, ara estudos e arimoramento futuros, or outros alunos do Instituto de Física da Unicam, nesta discilina ou em outras, bem como de outras instituições. 17
18 10 Referências [1] MARQUES, Iomar A. Termodinâmica Técnica, 4ª Ed. Págs , Editora Cientifica Rio de Janeiro [] [3] [4] htt://webs.demasiado.com [5] [6] htt:// [7] LUIS, Antonio C. S. Psicrometria [8] ROSSI, Silio J. Psicrometria, Funae João Pessoa [9] SEARS, Francis W. & LEE, John F. Termodinâmica, ª Ed. Págs , Ao liro Técnico Rio de Janeiro
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