Capítulo III Da Resposta do Reclamado

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1 Capítulo III Da Resposta do Reclamado SUMÁRIO 1. Generalidades 2. Forma 3. Prazo 4. Espécies 5. Contestação: 5.1. Preliminares de mérito ou defesas processuais; A. Inexistência ou nulidade da citação; B. Incompetência absoluta; C. Inépcia da petição inicial; D. Perempção; E. Litispendência e coisa julgada; F. Conexão e continência; G. Incapacidade de parte, defeito de representação ou falta de autorização; H. Convenção de arbitragem; I. Carência de ação; J. Falta de caução; 5.2. Prejudicial de mérito; 5.3. Mérito 6. Exceção: 6.1. Exceção de suspeição e impedimento; A. Procedimento; B. Competência; 6.2. Exceção de incompetência em razão do lugar; A. Procedimento; B. Recurso 7. Reconvenção: 7.1. A reconvenção no processo do trabalho; 7.2. Características; 7.3. Procedimento 8. Impugnação ao valor da causa 9. Principais diferenças entre o processo civil e o processo do trabalho 10. Quadro sinóptico 11. Questões. 1. Generalidades O reclamado, designação típica do réu no processo do trabalho, é chamado a juízo, após a expedição de uma notificação, para, querendo, defender-se. A apresentação da defesa, portanto, não é uma obrigação, muito menos um dever do reclamado, mas representa a concretização mais importante do princípio do contraditório e da ampla defesa. Constitui um mero ônus processual, pois a inércia da parte ré implica, ordinariamente, reconhecimento da veracidade dos fatos narrados na petição inicial, ou seja, o estabelecimento da verdade formal (verdade dos autos), excetuadas algumas questões expressamente previstas em lei. Pode acontecer, também, de o reclamado comparecer em juízo, não oferecer qualquer meio de defesa e, pelo contrário, reconhecer a pretensão do autor, cumprindo ou não a obrigação que originou o conflito e foi objeto da petição inicial. 2. Forma A Consolidação das Leis do Trabalho prescreve em seu art. 847, que a defesa deve ser apresentada em audiência, no prazo de vinte minutos, atendendo ao princípio da oralidade que norteia o processo laboral. 1 Art Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Observa-se que, na prática, a defesa é oferecida por escrito, devido ao grande volume de audiências que são realizadas diariamente, sendo impraticável adotar a forma oral como regra no processo do trabalho, mormente quando a parte encontra- -se assistida por advogado. 1. A defesa apresentada de forma oral é reduzida a termo, com o registro dos argumentos na ata de audiência.

2 358 José Cairo Júnior Diverso do que ocorre no procedimento ordinário do processo civil, no qual a exceção, contestação ou reconvenção são protocoladas no cartório, todas as espécies de defesa, no processo do trabalho, devem ser oferecidas, pelo reclamado, em audiência. 2 Em razão dessa característica de oralidade da defesa, não há falar-se em inexistência da peça de resposta quando a parte deixa de assiná-la, uma vez que a simples presença do reclamado, pessoalmente ou pelo seu preposto, supre essa irregularidade. A jurisprudência vem trilhando esse caminho: DEFESA APÓCRIFA REVELIA PRINCÍPIO DA ORALIDADE IUS POSTU- LANDI VÍCIO SANÁVEL No âmbito do Processo do Trabalho, a defesa deverá ser apresentada em audiência e, mais que isto, na letra da Lei, deverá ser apresentada oralmente (CLT, artigo 847). Aplicação do princípio da oralidade. Apenas a praxe e razões de inequívoca praticidade, justificam a apresentação de defesa escrita. Daí porque não se vê como, atribuir-se à ausência de assinatura na defesa escrita apresentada (defesa apócrifa), os efeitos da revelia, pois as mesmas razões expendidas na peça escrita, poderiam ter sido apresentadas oralmente. Além disso, por força do disposto no artigo 791 da CLT, que permanece em vigor, não se exige seja a resposta subscrita por advogado, vez que a parte e seu representante ou preposto também conservam poderes para tanto. Trata-se, ainda, de vício sanável, devendo o MM. Juízo deferir prazo para sanar a irregularidade. Aplicabilidade do art. 284 do CPC Prazo A Consolidação das Leis do Trabalho não fixa, expressamente, prazo para apresentação da resposta do reclamado. 4 Contudo, o art do referido Codex reza que o reclamado será notificado para comparecer à audiência, momento em que se angulariza a relação processual trabalhista, que não pode ocorrer antes do prazo mínimo de cinco dias. Como o oferecimento da defesa é feito em audiência, alguns autores defendem que o prazo para a sua apresentação seria de cinco dias. A inobservância desse interstício mínimo de cinco dias implica nulidade processual, salvo se o reclamado renuncia, tácita ou expressamente, a esse direito, conforme se observa da decisão abaixo transcrita: NULIDADE PROCESSUAL VIOLAÇÃO DE DISPOSITIVO DE LEI PRELI- MINAR ACOLHIDA Inocorrendo o interstício mínimo de cinco dias entre o recebimento da notificação do reclamado e a realização da audiência inaugural, previsto no art. 841 da CLT, anula-se o processo para permitir a apresentação de defesa De forma semelhante ocorre no procedimento sumário previsto no art. 278 do CPC: Não obtida a conciliação, oferecerá o réu, na própria audiência, resposta escrita ou oral, acompanhada de documentos e rol de testemunhas e, se requerer perícia, formulará seus quesitos desde logo, podendo indicar assistente técnico. 3. TRT 9ª R. RXOF ( ). 4ª T. Rel. Juiz Sergio Murilo Rodrigues Lemos. DJPR No processo civil esse prazo é de 15 dias, no processo comum ordinário, conforme determina o art. 297 do CPC. O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção. 5. CLT. Art Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou chefe de secretaria, dentro de 48 horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o, ao mesmo tempo, para comparecer à audiência de julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de cinco dias. 6. TRT 21ª R. RO (48.704). Rel. Des. Raimundo de Oliveira. DJRN

3 Da Resposta do Reclamado 359 O art. 191 do Código de Processo Civil não se aplica ao processo do trabalho, em face de sua incompatibilidade. Desse modo, o aludido interstício mínimo, mesmo na hipótese de litisconsórcio, continua sendo de cinco dias, contados entre o recebimento da notificação inicial e a realização da audiência. 7 Se quem ocupa o pólo passivo da relação processual trabalhista é a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Município, bem como suas autarquias ou fundações, a audiência, oportunidade em que deve ser apresentada a defesa, só pode acontecer no prazo mínimo de vinte dias, contados a partir do conhecimento da reclamação trabalhista por parte dos mencionados Entes Públicos. 4. Espécies A resposta do reclamado pode revestir-se da forma de contestação, reconvenção ou exceção. 8 Como visto acima, o art. 847 da Consolidação das Leis do Trabalho faz expressa referência à defesa, termo que designa o gênero das espécies: contestação, reconvenção ou exceção. Especificamente, o texto Celetista Processual só regula a exceção, remetendo para o Código de Processo Civil o regramento das demais espécies de resposta do reclamado. No processo existem duas relações de natureza distintas: a primeira, que se forma pelo exercício do direito de ação pelo reclamante e completa-se com a atuação do Estado-juiz, que convoca o reclamado para que apresente sua defesa; e a segunda, que diz respeito à questão de fundo, mais precisamente à relação entre um titular de um direito e uma pessoa que deixa de observá-lo, denominada de lide. A resposta do réu tem como objeto a relação processual e/ou a relação de Direito Material. No primeiro caso, denomina-se defesa indireta processual ou defesa de rito e no segundo caso, defesa de mérito ou defesa de fundo. A defesa indireta dirige-se aos pressupostos de constituição e desenvolvimento do processo e às condições da ação, ou seja, aquelas questões situadas entre o processo e o mérito propriamente dito, que se referem à legitimidade da parte, possibilidade jurídica do pedido e interesse de agir. A defesa de mérito converge-se ao fato que constitui o fundamento jurídico do pedido, seja em relação à sua existência, validade ou de suas conseqüências jurídicas, sendo, nesse aspecto, caracterizada como defesa direta do mérito. Ocorre que o reclamado pode aceitar como verdadeiros os fatos narrados na inicial, argüindo outros que implicam modificação, extinção ou impedimento do direito subjetivo do reclamante. Esse tipo de defesa é conhecida como defesa indireta do mérito. 7. CPC. Art Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 8. CPC. Art O réu poderá oferecer, no prazo de 15 (quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz da causa, contestação, exceção e reconvenção.

4 360 José Cairo Júnior 5. Contestação A contestação é a peça processual por meio da qual o réu, denominado de reclamado no processo do trabalho, pode refutar as pretensões contidas na inicial e no eventual aditamento, utilizando-se de alegações de fato e de direito. O direito processual não obriga que o reclamado apresente sua contestação em juízo. A angularização da relação processual aperfeiçoa-se com a notificação inicial e não com a sua presença em audiência para o oferecimento da contestação. Trata- -se, portanto, como dito anteriormente, de um ônus processual, tendo em vista que a omissão implica efeitos processuais, qual seja, o reconhecimento da veracidade dos fatos alegados na petição inicial. A peça contestatória pode conter defesa indireta processual, também denominada de preliminares, e defesa de mérito ou de fundo, sendo que, em relação a esta última estão contidas as alegações referentes às prejudiciais de mérito e as alegações relativas ao mérito propriamente dito, direta ou indiretamente. Da mesma forma como o reclamante exerce o seu direito de ação por intermédio da petição inicial, o reclamado exerce o seu direito de defesa por meio da contestação, sendo que esta última deve conter, por analogia e efetuando-se as devidas adaptações, os principais requisitos da primeira, como: a) a designação do juiz a quem é dirigida; b) a eventual requalificação das partes; c) os fatos e os fundamentos jurídicos por meio dos quais o reclamado pretende obstar a pretensão do reclamante; d) as provas com que pretende demonstrar a veracidade do quanto alegado; e e) o pedido de improcedência da pretensão do autor. Dessa forma, percebe-se a estreita relação que existe entre os requisitos estabelecidos pelo art. 282 do CPC e 840, 1º, da CLT e o art. 300 do primeiro Diploma Legal citado. 9 O esquema abaixo apresenta a ordem e o conteúdo das argumentações na contestação: Defesas processuais (preliminares) Questões processuais Condições da ação Contestação Prejudiciais de mérito Mérito Defesa direta Defesa indireta 9. CPC. Art Compete ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito, com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.

5 Da Resposta do Reclamado Preliminares de mérito ou defesas processuais As preliminares de mérito, na realidade, referem-se a algumas das denominadas defesas processuais. Antes de discutir o mérito, o reclamado pode alegar as questões que se encontram previstas pelo art. 301 do Código de Processo Civil. Como dito anteriormente, são questões relativas à relação processual ou às condições da ação e podem ser peremptórias, quando implicam a extinção do feito, ou dilatórias, quando apontam a existência de um vício sanável na peça inicial ou provocam a remessa dos autos para outra unidade judiciária. As denominadas objeções processuais são argüidas no momento destinado para a resposta do reclamado, ou seja, durante a realização da audiência de conciliação, instrução e julgamento. Contudo, em se tratando de matéria que pode ser conhecida de ofício pelo juiz, 10 salvo aquela relativa ao compromisso arbitral (art. 301, 4º, do CPC), a parte pode argüi-la em qualquer momento, enquanto não for proferida a sentença, não se operando o efeito da preclusão, respondendo o reclamado, nesse caso, pelo prejuízo causado pelo seu atraso. A sentença, que acolhe a argüição inserida como preliminar de mérito (defesa processual), extingue o feito sem a resolução do mérito, possibilitando à parte renovar a ação, 11 salvo se houver acolhimento das preliminares de litispendência, perempção e coisa julgada. A. Inexistência ou nulidade da citação A citação, que no processo do trabalho recebe a denominação de notificação inicial, é o ato que dá conhecimento ao reclamado de que existe uma ação proposta em face dele. A sua implementação é que permite o atendimento ao princípio do contraditório, completando a relação jurídico-processual. A inexistência ou defeito desse ato de comunicação processual, provocado pela inobservância das regras que lhes são aplicáveis, implica nulidade do processo, sendo listado, pelo CPC, como matéria de defesa, mas que pode ser alegado em qualquer fase processual, inclusive em sede de embargos à execução (no processo do trabalho). O reclamado pode comparecer espontaneamente à audiência e alegar a nulidade da notificação inicial. A providência imediata seria, nessa hipótese, apenas a devolução do prazo para a defesa. Como, no processo do trabalho, a notificação inicial não necessita ser pessoal (há presunção iuris tantum de recebimento da notificação CPC. Art Depois da contestação, só é lícito deduzir novas alegações quando: II competir ao juiz conhecer delas de ofício. 11. CPC. Art Salvo o disposto no artigo 267, V, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado.

6 362 José Cairo Júnior horas após a expedição), 12 cabe ao reclamado demonstrar que não foi comunicado da realização da audiência e, conseqüentemente, para apresentar resposta. Todavia, o comparecimento do reclamado à audiência, com o consequente oferecimento da contestação, faz precluir qualquer alegação futura de inexistência ou nulidade da notificação inicial, havendo assim, convalidação. B. Incompetência absoluta A defesa processual denominada de incompetência absoluta deve ter preferência sobre as demais, pois a possibilidade e legalidade da atuação de determinado juízo é condição sine qua non para apreciação dos demais argumentos que constam da resposta do reclamado, principalmente a inexistência ou nulidade da citação. Trata-se de alegação de incompetência absoluta, uma vez que a incompetência relativa deve revestir-se da forma de exceção processual como peça autônoma, com suspensão do processo principal. A competência absoluta pode ser em razão da matéria ou da hierarquia, como restou analisada na parte I, capítulo II, item 3.2, desta obra. A competência material da Justiça do Trabalho encontra-se fixada pelo art. 114, e seus respectivos incisos, da Constituição Federal de É importante salientar que a definição da competência efetiva-se pela pretensão exposta em juízo pelo reclamante, pela simples leitura da petição inicial, sem a necessidade de comprovar-se a veracidade dos fatos jurídicos insertos naquela peça, conclui-se que a competência não é da Justiça Obreira. Entretanto, se o reclamado pretende, verbi gratia, discutir a qualidade de empregado do trabalhador e mesmo a inexistência de relação de trabalho, argumentando a competência da Justiça Comum, não se estará falando em preliminar de incompetência, mas, sim, de prejudicial de mérito. É o que acontece, por exemplo, com a alegação de existência de vínculo estatutário. Esse questionamento não pode ser considerado como capaz de suscitar a incompetência da Justiça do Trabalho, em razão da matéria, se na petição inicial o reclamante alega ser empregado público. 13 Uma vez acolhida a argumentação de incompetência absoluta, o juiz determina a remessa dos autos do processo ao juízo competente. Em se tratando de autos virtuais, a remessa é feita por meio eletrônico, salvo se o juízo de destino não possuir tecnologia para receber e dar andamento ao processo eletrônico, hipótese 12. TST. Súmula nº 16. NOTIFICAÇÃO NOVA REDAÇÃO. Presume-se recebida a notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o decurso desse prazo constitui ônus de prova do destinatário. 13. Ressalva-se, aqui, o entendimento que considera ser da competência da Justiça Comum qualquer litígio envolvendo servidor público, inclusive aqueles regidos pela CLT. Nesse caso, a hipótese seria de argüição de incompetência absoluta em razão da matéria.

7 Da Resposta do Reclamado 363 em que é providenciada a sua conversão em papel, conforme o disposto no art. 12, 2º, da Lei nº , de Se o reclamado argüir a incompetência relativa, em razão do lugar, antes de discutir o mérito, o juiz deve recebe-la como exceção e suspender o feito principal, atendendo ao princípio da instrumentalidade das formas e da fungibilidade, desde que estejam presentes os requisitos da referida exceção, como por exemplo, a indicação do juiz competente. 15 No quadro abaixo, o resumo dos aspectos processuais da argüição da incompetência absoluta e relativa em relação ao lugar: Objeções processuais Peça processual Efeito Incompetência absoluta Incompetência relativa em razão do lugar Defesa processual inserida na contestação Exceção de incompetência em peça autônoma Julgada conjuntamente com o mérito Suspensão do processo principal C. Inépcia da petição inicial Considera-se inepta a petição inicial quando: faltar-lhe pedido ou causa de pedir; da narração dos fatos não decorrer uma conclusão lógica; quando o pedido for juridicamente impossível; ou quando contiver pedidos incompatíveis entre si. Uma petição inicial é inepta quando não possui aptidão de produzir os efeitos previstos pelo legislador e pretendidos pelo autor da ação. A peça incoativa constitui a moldura de uma futura sentença. Se o juiz verificar que não existem condições para proferir uma sentença de acordo com o que contém na petição inicial e não há possibilidade de sanar-se esse vício, deve indeferi-la, de plano. No processo do trabalho, não se exige um maior rigor técnico quando da redação da petição inicial, por conta da subsistência do ius postulandi 16 das partes, de forma que somente se for muito grave o defeito, autoriza-se o indeferimento da exordial. Nesse sentido, a decisão abaixo transcrita: 14. Lei nº , de Art º Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos a outro juízo ou instância superior que não disponham de sistema compatível deverão ser impressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 CPC, ainda que de natureza criminal ou trabalhista, ou pertinentes a Juizado especial. 3º No caso do 2º deste artigo, o escrivão ou o chefe de secretaria certificará os autores ou a origem dos documentos produzidos nos autos, acrescentando, ressalvada a hipótese de existir segredo de justiça, a forma pela qual o banco de dados poderá ser acessado para aferir a autenticidade das peças e das respectivas assinaturas digitais. 15. A exceção de incompetência em razão do lugar será analisada no item 6.2, deste capítulo. 16. TST. Súmula nº 425 JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho.

8 364 José Cairo Júnior A petição inicial na justiça do trabalho, deve conter, diante do art. 840 da CLT, breve exposição dos fatos, face ao informalismo do processo do trabalho e à manutenção do ius postulandi, inserto no art. 791 da mesma consolidação. Destarte, não há que se conduzir à inépcia da inicial, se presentes nos autos elementos que possibilitam o julgamento da causa em exame, mormente se se verifica que nenhum prejuízo sofreu a reclamada, tendo, inclusive, apresentado ampla defesa. 17 Como a análise da petição inicial, no processo do trabalho, somente ocorre quando da realização da audiência, muitas vezes o magistrado só percebe que essa peça contém defeitos insanáveis quando da prolação da sentença. Nesse caso, o juiz pode optar pelo indeferimento da petição inicial ou pela extinção do processo sem a resolução do mérito, pois em qualquer situação não se produzirá a qualidade da coisa julgada material. D. Perempção O processo do trabalho possui um grau de inquisitividade bem superior àquele que se observa no processo civil. Nesse passo, não se aplica ao processo laboral a determinação segundo a qual as partes devem promover os atos necessários ao andamento processual. A perempção constitui a cominação aplicável ao autor que abandona a causa ou deixa de promover as diligências que lhe competem, ex vi do disposto no art. 267, III, do CPC, 18 implicando a extinção do processo sem a resolução do mérito. Se essa situação repete-se por três vezes, além da extinção do processo sem o exame do mérito, é cominada uma pena ao autor, representada pela impossibilidade de intentar nova ação contra o mesmo réu e com o mesmo pedido e causa de pedir. A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu art. 732, combinado com o art. 731, prevê uma espécie de perempção temporária quando o reclamante dá causa a dois arquivamentos consecutivos, fato que o impossibilita de exercer o direito de ação pelo prazo de seis meses: Art Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante que, por duas vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o artigo 844. Art Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação verbal, não se apresentar no prazo estabelecido no parágrafo único do artigo 786, à Junta ou Juízo para fazê-la tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de seis meses, do direito de reclamar perante a Justiça do Trabalho. Frise-se que a penalidade diz respeito a todo e qualquer tipo de ação perante a Justiça do Trabalho, mesmo que seja com outro objeto e contra pessoa distinta da reclamação trabalhista anterior. 17. TRT 21ª R. RO (48.803). Rel. Des. Eridson João Fernandes Medeiros. DJRN CPC. Art Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: III quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias.

9 Da Resposta do Reclamado 365 Há entendimento segundo o qual o referido preceito celetista não foi recepcionado pela atual Carta Maior, por ferir o direito público e subjetivo de ação, conforme se observa da decisão abaixo transcrita: PEREMPÇÃO PERDA TEMPORÁRIA DE SEIS MESES DO DIREITO DE RE- CLAMAR ARTIGOS 731 E 732 DA CLT INAPLICÁVEL NO DIREITO PRO- CESSUAL DO TRABALHO ANTAGONISMO COM O ARTIGO 5º, INCISO XXXV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL REVOGAÇÃO TÁCITA Os artigos 731 e 732 da CLT, são anteriores à atual Constituição de Daí ser possível concluir que os mesmos não foram recepcionados pelo artigo 5º, inciso XXXV, da Constituição da República, restando tacitamente revogados. 19 Existem duas formas de aplicar a referida penalidade. A primeira, utilizando-se de preliminar de mérito (defesa processual), inserida no corpo da contestação, com a denominação de perempção temporária, e renovada, oralmente, na abertura da audiência, com a manifestação da parte contrária. 20 A segunda, mediante o oferecimento de uma peça autônoma, que deve ser autuada em apartado, constituindo um incidente processual denominado de auto de infração, provocando a suspensão do feito principal. Após o exercício do direito de defesa, o juiz deve instruir o incidente, se for o caso, e proferir a sentença, acolhendo ou não as alegações do requerente. A decisão abaixo transcrita optou pelo segundo procedimento: INFRAÇÃO POR DUPLO ARQUIVAMENTO ART. 732 DA CLT O procedimento denominado de Auto de Infração é imprescindível para que o reclamante exercite o amplo direito de defesa previsto legal e constitucionalmente. Sem tal providência, lícito não é interditar-lhe o direito de ação, com fundamento no art. 732 da CLT. 21 E. Litispendência e coisa julgada As objeções de litispendência e de coisa julgada visam obstar que duas ou mais ações idênticas sejam submetidas à apreciação do Poder Judiciário, evitando-se, conseqüentemente, decisões contraditórias. Duas ações são idênticas quando possuem a mesma causa de pedir, pedido e partes. 22 Constatada essa tríplice identidade, haverá litispendência, desde que as duas ações estejam pendentes de julgamento, caso contrário, se já houver sentença transitado em julgado, a hipótese será de coisa julgada. 19. TRT 4ª R. RO / ª T. Rel. Juiz Conv. Manuel Cid Jardon. DJ RECURSO ORDINÁRIO OBREIRO PEREMPÇÃO A norma consolidada é expressa ao impor a perempção como penalidade àquele que dá causa a mais de dois arquivamentos consecutivos de idêntica reclamação trabalhista (artigos 731 e 732 da CLT). Recurso obreiro a que se nega provimento, mantendo-se a sentença primária que extinguiu sem julgamento do mérito os pleitos constantes na presente ação. (TRT 19ª R. RO Rel. Juiz Antonio Adrualdo Alcoforado Catão. DJ ). 21. TRT 5ª R. RO ª T. Relª Juíza Maria Lisboa. J CPC. Art º. Uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.

10 366 José Cairo Júnior Ao contrário do que ocorre no processo civil, 23 o simples ajuizamento de uma reclamação trabalhista, no processo do trabalho, já induz a litispendência. Chama-se a atenção ao fato de que a referência que se faz é de coisa julgada material, já que a coisa julgada formal só opera seus efeitos dentro do mesmo processo. Sendo regra a cumulação de pedidos em uma mesma reclamação trabalhista, é muito comum haver coisa julgada ou litispendência em relação a um ou alguns pleitos, devendo a preliminar respectiva ser acolhida apenas em parte. O esquema abaixo contém os requisitos necessários para o reconhecimento da identidade de ações: Identidade de ações Mesmas partes Mesma causa de pedir Mesmo pedido mediato e imediato F. Conexão e continência Quando duas ou mais ações têm em comum o pedido ou a causa de pedir, há conexão entre elas, instituto já analisado na parte I, capítulo II, item 3.3, alínea c. Para evitar a prolação de decisões contraditórias, a lei processual civil determina que as ações, com as características acima mencionadas, sejam reunidas para serem apreciadas por um mesmo órgão judicial, observando as regras de prevenção, desde que ambas estejam em curso e não haja decisão transitada em julgado. Pela mesma razão, deve-se proceder à reunião das ações que tenham relação de continência entre si, apesar de o art. 301, VII, do CPC só fazer referência expressa à hipótese de conexão. Duas ações possuem relação de continência entre si quando o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o da outra e há identidade de partes. O reconhecimento da conexão ou da continência implica a reunião dos processos, quando estiverem em tramitação na mesma Vara do Trabalho, ou modificação da competência, quando estiverem em juízos diversos, ex vi do quanto disposto no art. 102 do CPC: A competência, em razão do valor e do território, poderá modificar-se pela conexão ou continência, observado o disposto nos artigos seguintes. Nesse caso, as ações são reunidas e passam a tramitar no juízo prevento, ou seja, naquele onde uma das ações conexas foi ajuizada em primeiro lugar. Se o reclamante já tem conhecimento prévio da existência de uma causa conexa, deve postular que a distribuição de sua ação proceda-se por dependência. 23. No processo civil, a indução da litispendência se perfaz com a citação.

11 Da Resposta do Reclamado 367 G. Incapacidade de parte, defeito de representação ou falta de autorização São considerados pressupostos subjetivos de constituição e desenvolvimento válido da relação processual: a capacidade de estar em juízo, a capacidade de ser parte e a capacidade postulatória. A capacidade para ser parte encontra-se regulada pelo Código Civil e foi estudada com mais profundidade na parte I, capítulo III, item 1.1, desta obra. São civilmente capazes as pessoas que detêm personalidade, que, no caso da personalidade civil, começa do nascimento com vida, ex vi do disposto no art. 2º do Código Civil. Inexistindo capacidade de exercício de direitos, a parte deve estar em juízo representada, assistida ou autorizada. No processo do trabalho, em face do seu informalismo e do fato da lei ter personalizado a empresa, esse requisito deve ser analisado com as restrições que o caso concreto apresenta. O defeito de representação, a que alude o art. 301, VIII, do CPC, diz respeito à capacidade postulatória que detém o advogado. Como a parte, empregado e empregador, podem praticar pessoalmente atos processuais em qualquer instância da Justiça do Trabalho, essa irregularidade não influencia na constituição e desenvolvimento do processo. A falta de autorização corresponderia, no processo do trabalho, à ausência de documento comprobatório da condição de preposto da empresa para representar o reclamado. A CLT, interpretada pela Súmula nº 377 do TST, 24 não exige a carta de preposto como documento indispensável à representação do empregador em audiência, havendo necessidade, apenas, que seja seu empregado. Contudo, com a edição da Lei Complementar nº 123/2006, publicada no DOU de , instituindo o estatuto nacional da microempresa e da empresa de pequeno porte, passou-se a admitir que a função de preposto seja exercida por qualquer pessoa que tenha conhecimento dos fatos. 25 Em tais situações, a autorização por escrito, feita pelo empregador, é necessária para regularizar a respectiva representação. H. Convenção de arbitragem A arbitragem é forma extrajudicial de solução de conflitos. 24. TST. Súmula nº 377. PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO. (CONVERSÃO DA ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 99 DA SDI-1). Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, 1º, da CLT. 25. LC nº 123/2006. Art. 54. É facultado ao empregador de microempresa ou de empresa de pequeno porte fazer-se substituir ou representar perante a Justiça do Trabalho por terceiros que conheçam dos fatos, ainda que não possuam vínculo trabalhista ou societário.

12 368 José Cairo Júnior Conforme preceitua o art.1º, da Lei nº 9.307, 26 a arbitragem não pode ser utilizada quando o litígio versar sobre direitos indisponíveis. Considerando que os direitos trabalhistas, em sua grande maioria, são indisponíveis, pelo menos quando da formação e durante a vigência do contrato de trabalho, essa espécie de argüição é bem rara no processo do trabalho. Para aqueles que consideram que a indisponibilidade dos direitos laborais cessam quando da extinção do pacto laboral, pois desaparece poder de comando do empregador sobre o trabalhador, a arbitragem serviria para solucionar um eventual litígio entre empregado e empregador. A jurisprudência ainda é vacilante sobre essa questão: PROCESSUAL CIVIL FGTS LEVANTAMENTO DO SALDO EM CASO DE RESCISÃO SEM JUSTA CAUSA COMPROVADA POR SENTENÇA ARBITRAL POSSIBILIDADE 1 A sentença arbitral, que, nos termos do art. 31 da Lei nº 9.307/96, tem os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do poder judiciário, constitui documento hábil a comprovar a rescisão do contrato de trabalho sem justa causa, autorizando o levantamento do saldo da conta vinculada ao FGTS, na hipótese do inciso I do art. 20 da Lei nº 8.036/90. 2 A CF/88, ao prever, no art. 114, 1º, do uso da arbitragem para solução de dissídios coletivos entre empregados e empregadores, não veda o recurso do mesmo instituto para solução de dissídios individuais. 3 Não cabe falar em indisponibilidade dos direitos do trabalhador, como óbice ao uso da arbitragem, quando é sabido que a tônica das lides trabalhistas é a conciliação, em busca da transação, para o que sequer exige a lei a assistência de sindicato ou de advogado. 4 Apelação da CEF e remessa oficial improvidas. 27 QUITAÇÃO VALIDADE ARBITRAGEM CONFLITOS INDIVIDUAIS DIREITOS INDISPONÍVEIS DESCABIMENTO Silente, deliberadamente, a Constituição quanto ao cabimento da arbitragem para a solução dos conflitos trabalhistas individuais e dadas: (a) a natureza da legislação que a regula, de direito especial (Direito Comercial), não subsidiário do Direito do Trabalho, (CLT, art. 8º, parágrafo único); (b) a inexistência de omissão e compatibilidade desse instituto com as normas processuais do Título X da CLT (art. 769); (c) a ineficácia dos pactos infringentes de normas de proteção ao trabalho (CLT, art. 444); (d) a ilicitude de alteração contratual prejudicial ao empregado (CLT, art. 468) e (e) a irrenunciabilidade de direitos indisponíveis no curso do contrato, sem norma expressa que o autorize (CLT, art. 9º), inafastável a submissão das lides interindividuais ao controle judicial. 28 I. Carência de ação Quando não estão presentes uma, alguma ou todas as condições da ação, a hipótese é de carência de ação. São condições da ação a legitimidade, a possibilidade jurídica e o interesse de agir. 26. Lei nº 9.307, de Art. 1º. As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 27. TRF 1ª R. AMS BA. 5ª T. Rel. Des. Fed. Antônio Ezequiel da Silva. DJ TRT 2ª R. RO ( ). 7ª T. Rel. Juiz Luiz Carlos Gomes Godoi. DOESP

13 Da Resposta do Reclamado 369 O tema que diz respeito à natureza das condições da ação é bastante polêmico e causa grandes discussões entre os processualistas. As teorias tentam explicar as condições da ação como sendo matéria relativa à relação processual, à relação de direito material ou a um gênero singular. Certo ou errado, o exame das condições da ação, na sistemática da legislação nacional, pode implicar a extinção do processo sem a resolução do mérito. Desse modo, se o pedido é juridicamente impossível, se o autor da demanda afirma não ser o titular do direito material alegado ou se desnecessária a intervenção do Poder Judiciário para a solução do conflito de interesses, o juiz não aprecia a questão de fundo, declarando o reclamante carecedor de ação. J. Falta de caução Em regra, a extinção do processo sem a resolução do mérito possibilita que o reclamante renove sua reclamação trabalhista. Entretanto, o juiz só apreciará o novo pleito se houver prova do pagamento das custas processuais devidas no processo anterior, conforme determinação contida nos arts. 28 e 268 do CPC, aplicado supletivamente ao processo laboral: Art. 28. Quando, a requerimento do réu, o juiz declarar extinto o processo sem julgar o mérito (artigo 267, 2º), o autor não poderá intentar de novo a ação, sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários, em que foi condenado. Art Salvo o disposto no artigo 267, V, a extinção do processo não obsta a que o autor intente de novo a ação. A petição inicial, todavia, não será despachada sem a prova do pagamento ou do depósito das custas e dos honorários de advogado. Dessa forma, a falta de caução a que alude o referido dispositivo legal diz respeito à caução de índole processual e não de direito material, mas não é aplicada quando for deferido, ao reclamante, o pedido de benefício da justiça gratuita Prejudicial de mérito Se a irresignação do reclamado dirige-se contra a existência da relação de direito material na qual se funda a pretensão do reclamante, essa questão é qualificada como prejudicial de mérito. Inclusive, essa questão prejudicial pode ser objeto de uma ação declaratória autônoma, nos termos previstos pelo art. 4º. do Código de Processo Civil. Se o reclamado pretende obter a qualidade da coisa julgada material, em relação à questão prejudicial, deve utilizar-se de uma ação declaratória incidental. Caso contrário, se a contestação à existência da relação de emprego efetiva-se sob o título de prejudicial de mérito, como questão incidental, a decisão sobre essa matéria não produz coisa julgada material CPC. Art Não fazem coisa julgada: III a apreciação da questão prejudicial, decidida incidentemente no processo.

14 370 José Cairo Júnior Constitui equívoco técnico qualificar a controvérsia sobre a existência ou não da relação de emprego ou da condição de empregado que ostenta o autor da ação, como preliminar de mérito (defesa processual), sob o título de preliminar de ilegitimidade de parte ou de carência de ação. Inclusive, esse erro é observado com certa frequência nas lides trabalhistas. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM ARGÜIÇÃO FUNDADA EM AUSÊNCIA DA RELAÇÃO DE EMPREGO LITISCONSÓR- CIO PASSIVO FACULTATIVO REVELIA DA EMPRESA APONTADA COMO EMPREGADORA DEFESA OFERECIDA PELO RESPONSÁVEL SUBSIDIÁ- RIO DESISTÊNCIA DA AÇÃO ART. 320, I, DO CPC 1. Seguindo a linha doutrinária e jurisprudencial dominante, a ausência da relação de emprego, objeto de reclamação trabalhista, encerra nítida questão prejudicial de mérito, que não exige enfrentamento em sede preliminar de condições para o exercício do direito de ação. 30 Nessa hipótese, a controvérsia é qualificada como sendo de mérito, pois o juiz profere a decisão não acolhendo a pretensão do reclamante. De igual sorte, a argüição de prescrição ou de decadência também é considerada matéria relativa à prejudicial de mérito, pois o seu acolhimento impõe a extinção do processo com a resolução do mérito, na forma prevista pelo art. 269, IV, do Código de Processo Civil. PRESCRIÇÃO AFASTAMENTO JULGAMENTO IMEDIATO DO MÉRITO POSSIBILIDADE Se o mérito, propriamente dito, a ser julgado constitui apenas questão de direito, e os elementos do processo permitem o imediato pronunciamento pela instância revisora, não é necessária a devolução dos autos à origem, ainda mais quando se chega a essa situação pelo afastamento da prescrição, acolhida no juízo a quo. Nesse caso, não se justifica o novo julgamento pela primeira instância também porque a prescrição constitui matéria meritória, ainda que de espécie prejudicial. Ou seja, a rigor, decisão que declara a prescrição adentra o mérito da controvérsia. 31 Com o advento da Lei nº /05, as questões relativas à prescrição passam a ser de ordem pública, sendo que deve ser declarada de ofício pelo juiz, mesmo em se tratando de direitos patrimoniais disponíveis. 32 Os seguintes prazos de decadência devem ser observados no processo do trabalho: a) trinta dias para o ajuizamento do inquérito para apuração de falta grave, contados a partir da suspensão do empregado (Súmula nº 62 do TST); b) prazo de dois anos para o ajuizamento da ação rescisória, contados da última decisão transitada em julgado (Súmula nº 100 do TST). 30. TRT 10ª R. RO 864/ ª T. Rel. Juiz Douglas Alencar Rodrigues. DJ TRT 3ª R. RO 2332/03. 6ª T. Rel. Juiz Ricardo Antônio Mohallem. DJMG p Há entendimento doutrinário e jurisprudencial em sentido contrário, defendendo a inaplicabilidade desse dispositivo ao processo do trabalho diante da incidência do princípio protetivo.

15 Da Resposta do Reclamado Mérito No mérito, o reclamado deve refutar a pretensão do reclamante, ponto por ponto, de forma específica, não se admitindo a contestação genérica, identificada pela negativa geral, sob pena dos fatos serem considerados como verdadeiros. Essa exigência é de singular importância no processo do trabalho, já que a cumulação de pedidos é regra e, em sendo assim, a irresignação do reclamado deve- -se voltar, especificamente, contra a fundamentação, fática ou jurídica, de todos os pedidos e de forma individualizada. A falta de impugnação específica de cada fato implica confissão, salvo nas hipóteses expressamente previstas em lei. 33 ATENÇÃO! O princípio da impugnação especificada impede que o réu apresente contestação genérica. Por conta disso, o réu deverá impugnar especificadamente todos os fundamentos e pedidos formulados pelo autor. Assim, é ineficaz a contestação por negação geral, presumindo-se verdadeiros os argumentos inseridos na inicial. A impugnação pode ser feita pela negativa específica dos fatos narrados na inicial, representando a defesa de mérito direta, ou com a argüição de fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do reclamante, qual seja, defesa indireta de mérito. Novas alegações, após a contestação, somente são admitidas se houver fato superveniente, se o juiz puder conhecê-las de ofício ou se a lei expressamente as permitir. Acolhendo as alegações dessa natureza, que constam da defesa, o juiz extingue o feito com a resolução do mérito, na forma prevista pelo art. 269 do Código de Processo Civil, fazendo coisa julgada formal e material após o seu trânsito em julgado. 6. Exceção Determinadas defesas processuais, devido a sua importância, devem ser argüidas em peças autônomas. Quando isso ocorre, recebe a denominação de exceção e o feito principal deve ser suspenso até o julgamento final dessa medida processual. Ao contrário, quando a defesa processual é inserida na contestação, sob a forma de preliminar de mérito, devidamente autorizada pela legislação processual, o seu julgamento efetiva-se ao final, ou seja, juntamente com o mérito. 33. CPC. Art Cabe também ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados, salvo: I se não for admissível, a seu respeito, a confissão; II se a petição inicial não estiver acompanhada do instrumento público que a lei considerar da substância do ato; III se estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.

16 372 José Cairo Júnior Em tais situações, o reclamado passa a receber a denominação de excipiente, pois é aquele que argüi a exceção, e o reclamante de exceto ou excepto, parte contra qual foi deduzida a pretensão da exceção. Saliente-se, entretanto, que a exceção não constitui matéria exclusiva da defesa do reclamado, como ocorre com a contestação e com a reconvenção, uma vez que pode ser argüida por qualquer das partes, conforme se observa da redação do art. 304 do CPC: É lícito a qualquer das partes argüir, por meio de exceção, a incompetência (art. 112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição (art. 135). Normalmente, apresenta-se a exceção no mesmo prazo concedido para o oferecimento da contestação, em peça apartada e com autuação em apenso ao processo principal. 34 Contudo, nada impede que a argüição de exceção seja promovida após o momento processual acima mencionado, salvo em relação à exceção de incompetência em razão do lugar, mas sempre no prazo de cinco dias após a ciência do fato que originou a suspeição ou o impedimento. Com efeito, o art. 305 do CPC confere o prazo de 15 dias à parte para apresentação da exceção de suspeição ou impedimento, a partir do momento em que tiver ciência do fato que fundamentar a respectiva objeção. Fazendo as devidas adaptações ao processo do trabalho, já que a CLT é omissa nesse particular, conclui-se que o prazo a ser utilizado é de cinco dias, por ser esse o interstício mínimo para realização da audiência. Em sentido contrário, é a opinião Bezerra Leite 35 e de Renato Saraiva, 36 que entendem ser o primeiro momento em que a parte tiver que falar na audiência ou nos autos, utilizando-se do quanto disposto no art. 795 da CLT, de forma analógica. Já a questão relativa à suspensão do feito principal é definida pelo art. 799 da Consolidação das Leis do Trabalho: Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do feito, as exceções de suspeição ou incompetência. A redação do referido dispositivo legal não poderia ser pior. Primeiro, porque não alude à exceção de impedimento. Segundo, porque não diz se a exceção de incompetência é relativa ou absoluta, recorrendo-se, nesse caso, aos preceitos legais contidos no CPC, subsidiariamente. 34. A prática processual trabalhista de alguns Tribunais consagrou o procedimento de inserir-se a exceção nos próprios autos da reclamação trabalhista, considerando o princípio da informalidade que rege o processo laboral. 35. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo: 8 ed. Ltr, p SARAIVA, Renato. Curso de direito do trabalho. 4. ed. São Paulo: Método, p. 319.

17 Da Resposta do Reclamado 373 Como não há, no processo do trabalho, definição da competência em razão do valor da causa, as únicas exceções que suspendem o feito são aquelas que dizem respeito à suspeição, impedimento e de incompetência em razão do lugar Exceção de suspeição e impedimento A imparcialidade representa uma das principais características do juiz. Qualquer circunstância que coloque em dúvida ou que efetivamente limite essa característica do julgador tem o condão de afastá-lo da condução e julgamento do processo, de preferência por atuação ex officio. Como foi estudado no capítulo II, item 2.4, desta obra, determinadas situações são consideradas como fatores de suspeição e outras como causas de impedimento do juiz para atuar no processo que lhe foi distribuído. As causas que impedem o magistrado de exercer suas funções, em determinada demanda, estão descritas no art. 134 do Código de Processo Civil, e aquelas que implicam suspeição, constam do artigo subseqüente. A Consolidação das Leis do Trabalho, por sua vez, não faz referência às causas de impedimento. Diz apenas, em seu art. 801, que o juiz deve considerar-se suspeito e afastar-se da condução do processo quando for amigo, inimigo, parente até o terceiro grau de alguma das partes ou tiver interesse particular na causa, copiando o preceito contido no art. 185, do CPC de 1939, que só previa a hipótese de suspeição. 37 Observe-se que as causas de suspeição acima mencionadas englobam algumas das hipóteses de suspeição e de impedimento que são tratadas por dispositivos semelhantes aos do atual Código de Processo Civil e, por não ser taxativa, pode-se recorrer às demais hipóteses previstas nesse Codex Processual, que por sua vez, também, não é exaustiva. Nesse sentido é a decisão abaixo transcrita: SUSPEIÇÃO ART. 801 DA CLT O art. 801 da CLT, ao disciplinar os casos de suspeição na esfera do processo do trabalho, estabelece que o juiz é suspeito nas hipóteses de inimizade pessoal, amizade íntima ou parentesco por consangüinidade com algum dos litigantes ou por interesse particular na causa. O art. 135 do CPC também prevê a suspeição fundada em outros motivos que inviabilizam a atuação do juiz na causa. Assim sendo, não se pode presumir a parcialidade do juiz apenas porque, segundo o seu livre convencimento e de forma fundamentada, decidiu de forma contrária aos interesses de um dos litigantes CPC de Art Considerar-se-á fundada a suspeita de parcialidade do juiz quando: I parente, consangüíneo ou afim, de alguma das partes, ou de seus procuradores, até o terceiro grau; II amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes; III particularmente interessado na decisão da causa; IV ele, ou qualquer de seus parentes, consangüíneos ou afins até o terceiro grau, tiver interesse direta em transação em que haja intervindo, ou esteja para intervir, alguma das partes. 38. TRT da 3ª R. AP ª T. Rel. Juiz José Roberto Freire Pimenta. DJMG

18 374 José Cairo Júnior A suspeição pode ser declarada de ofício, inclusive, alegando motivo de foro íntimo, sem a necessidade de divulgá-lo para as partes, consoante permissivo contido no art. 135, parágrafo único, do Código de Processo Civil. 39 ATENÇÃO! A Consolidação das Leis do Trabalho foi omissa a respeito da exceção de impedimento, uma vez que esse Diploma legal foi editado em 1943, inspirado no CPC de 1939, que tratava apenas da suspeição. Somente com o advento do CPC de 1973 é que foi introduzido o instituto do impedimento. A. Procedimento Por uma questão lógica, a argüição de suspeição, tratando-se de matéria de defesa, deve preceder ao oferecimento da contestação ou da reconvenção, visto que o juiz impedido ou suspeito não poderá receber qualquer outro tipo de defesa, salvo se o reclamado tiver conhecimento dos motivos que ensejam a suspeição ou impedimento após a realização da audiência. A exceção deve ser apresentada em peça apartada, devidamente fundamentada e acompanhada dos documentos ou o protesto pelos meios de provas necessários à demonstração do motivo que autoriza a exclusão do juiz da condução do processo e para o seu julgamento. O magistrado, ao receber a exceção de suspeição ou impedimento, pode admitir os fatos narrados na referida peça e remeter os autos, de plano, para o seu substituto, observando-se a competência funcional que será analisada no item seguinte. Caso contrário, determinará a autuação da exceção, designando audiência dentro de quarenta e oito horas para a sua instrução e julgamento, não sendo cabível a manifestação da parte contrária. Nos casos de suspeição, a atuação do excipiente pode estar sujeita a preclusão. Isso ocorre quando a parte aceita a atuação do juiz no processo, apesar de já ter conhecimento dos fatos alegados como causa da suspeição. Essa e outras hipóteses encontram-se previstas no art. 801, parágrafo único, da CLT, in verbis: Art Parágrafo único. Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se originou. A decisão que acolhe a exceção de impedimento ou suspeição remete os autos para o substituto legal do juiz impugnado, sem qualquer mudança de órgão judicial. 39. A Resolução nº 82 do CNJ regulamenta as declarações de suspeição por motivo de foro intimo. Em seu art. 1º determina que o juiz faça a declaração nos autos e envie ofício reservado à Corregedoria informando o motivo da suspeição. Foi deferida medida liminar em sede de cautelar no MS nº 28215, suspendendo os efeitos dessa determinação (STF. Rel. Min. Ayres Brito. DJ ).

19 Da Resposta do Reclamado 375 A decisão que rejeita a referida exceção faz cessar a suspensão do processo principal, não cabendo recurso imediato, podendo a parte prejudicada demonstrar seu inconformismo quando da interposição de um eventual recurso ordinário. B. Competência Ao contrário do que ocorre no processo civil, no qual esse incidente processual é remetido para o Tribunal, 40 a exceção de suspeição e impedimento, no âmbito do processo do trabalho, é julgada pelo órgão de primeira instância, ex vi do disposto no art. 802 da CLT: Apresentada a exceção de suspeição, o juiz ou Tribunal designará audiência, dentro de 48 horas, para instrução e julgamento da exceção. À época em que a CLT foi editada, a Junta de Conciliação e Julgamento, órgão de primeira instância, era constituída pelo Juiz Presidente e por dois Juízes Classistas temporários, ou seja, era um órgão colegiado. Essa circunstância justificava a possibilidade do próprio órgão decidir sobre a suspeição ou impedimento de um de seus membros. Mesmo com o fim da representação classista na Justiça do Trabalho, que transformou a Junta de Conciliação e Julgamento em Vara do Trabalho, parte da doutrina e da jurisprudência continuou entendendo ser correto o procedimento previsto na norma consolidada, sob o fundamento de que a decisão proferida pelo juiz impugnado poderia, em sede de preliminar de recurso ordinário, ser revista pelo órgão ad quem. Entretanto, não há como se admitir tal interpretação, uma vez que o juiz é obrigado a declarar sua suspeição ou impedimento, ao despachar a petição da exceção, na forma prevista pelo art. 801 da CLT. 41 Assim, se o julgador não se declara suspeito ou impedido nesse momento inicial, logicamente que decidirá pela rejeição da exceção respectiva. A solução intermediária encontrada seria a remessa imediata da exceção, para o substituto legal do juiz impugnado, para a instrução e julgamento da referida medida processual. Admitindo essa possibilidade, o juiz, ao receber a exceção e não se declarando suspeito ou impedido, apresentaria suas razões, acompanhada dos documentos e rol de testemunhas, enviando os autos ao juiz substituto. Contudo, a Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho, em seu art. 13, estabelece que, em tais situações, deve-se observar o procedimento previsto pelo Código de Processo Civil CPC. Art Despachando a petição, o juiz, se reconhecer o impedimento ou a suspeição, ordenará a remessa dos autos ao seu substituto legal; em caso contrário, dentro de 10 (dez) dias, dará as suas razões, acompanhadas de documentos e de rol de testemunhas, se houver, ordenando a remessa dos autos ao Tribunal. (grifou-se). 41. CLT. Art O juiz, presidente ou juiz classista, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por alguns dos seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes. (grifou-se). 42. CPCGJT. Art. 13. Se o juiz de primeiro grau não reconhecer o impedimento ou a suspeição alegada, aplicar-se-á o procedimento previsto nos artigos 313 e 314 do Código de Processo Civil, exceto, quanto

20 376 José Cairo Júnior 6.2. Exceção de incompetência em razão do lugar Como foi analisado anteriormente, a competência em razão do lugar, no processo do trabalho, afere-se, de forma ordinária, pelo local da prestação dos serviços, salvo nas hipóteses previstas pelos parágrafos do art. 651 da Consolidação das Leis do Trabalho. 43 Quando a reclamação trabalhista é ajuizada em Vara do Trabalho diversa daquela indicada pelo dispositivo legal acima mencionado, o reclamado pode oferecer sua resposta em forma de exceção de incompetência em razão do lugar. Como a natureza da competência é relativa, a falta de apresentação da exceção de incompetência ratione loci implica prorrogação da competência do juízo inicial. Se, por equívoco, o reclamado argui a incompetência absoluta por intermédio de exceção suspensiva do feito, o juiz deve receber a peça como contestação, atendendo ao princípio da instrumentalidade das formas e da fungibilidade. ATENÇÃO! Consoante a Súmula nº 33 do STJ, a incompetência relativa não pode ser declarada de ofício pelo Magistrado. Caso o reclamado não argua a incompetência relativa no prazo de defesa, ocorrerá o fenômeno de prorrogação da competência, pois o juízo passará a ser competente para julgar a lide.. A. Procedimento A exceção de incompetência ratione loci pode assumir a forma verbal ou escrita. Seja qual for a forma escolhida pelo reclamado, deverá ser apresentada em audiência, mas antes do oferecimento da contestação. A referida exceção deve ser fundamentada, com o protesto pela produção de provas e com indicação do juízo competente, em razão do lugar, para processar e julgar a demanda, sob pena de rejeição liminar da referida medida processual. a este último, na parte relativa à condenação às custas ao magistrado. (Redação dada pelos Atos GCGJT n.os 004/2009, de 13/8/2009, e 002/2010, de 8/4/2010.). Parágrafo único. Acolhido o impedimento ou suspeição do juiz, será designado outro magistrado, que incluirá o processo em pauta no prazo máximo de 10 (dez) dias. 43. CLT. Art A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro. 1º Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 2º. A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 3º. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

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