PONTO 1: Competência. Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373.

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1 1 PROCESSO DO TRABALHO PONTO 1: Competência Inovações na seara trabalhista: Novas 20 orientações jurisprudenciais da SDI, nº 353 a 373. Lei /08. Centrais Sindicais sempre existiram no mundo fático, mas o ordenamento jurídico não as reconhecia. Efeito: com o reconhecimento, elas poderão participar da convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho. Lei /08 Nova Lei do Estágio. Alterou a redação do art. 428 da CLT (contrato de aprendizagem). Lei /09 alterou o art. 830 e 895 da CLT O art. 830 aduz que o advogado se responsabiliza, ao declarar, que documentos juntados são autênticos. O art. 895 trata do RO, modificou as alíneas a e b que transformaram-se nos incisos I e II. 1. COMPETÊNCIA 1.1 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA 1.2 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DAS PESSOAS Art. 114 da CF. EC nº 45 aumentou a competência da Justiça do Trabalho em razão da matéria, pois a competência clássica é para a resolução das lides que envolvam a relação de emprego, todavia hoje ele abarca as relações de trabalho. Sujeito empregado só pode ser pessoa física. Se o conflito for entre duas pessoas jurídicas a apreciação não será da Justiça do Trabalho. Relação de Trabalho: Tomador de serviços X prestador de serviços (trabalhador). Jamais será caso de competência da Justiça do Trabalho ações que envolvam dois empregadores ou dois trabalhadores. Compete à justiça do trabalho somente os conflitos entre trabalhador e empregador. A reforma suprimiu, no caput do art. 114, a expressão conciliação, mas mesmo assim, permanece a competência da Justiça do Trabalho propor a conciliação.

2 2 A Lei 5.584/70 implementou no Brasil o rito sumário. No início de 2000 surgiu o procedimento sumaríssimo (art. 852-A a 852-I da CLT). Juiz é obrigado a propor a conciliação em dois momentos, por imposição legal: Princípio do jus postulandi: art. 791, 839 e 843 da CLT. Art Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. 1º - Nos dissídios individuais os empregados e empregadores poderão fazerse representar por intermédio do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados a assistência por advogado. Art A reclamação poderá ser apresentada: pelos empregados e empregadores, pessoalmente, ou por seus representantes, e pelos sindicatos de classe; por intermédio das Procuradorias Regionais da Justiça do Trabalho. A propositura da ação trabalhista poderá ser verbal ou por escrito princípio da oralidade, inclusive, as razões finais são verbais, por força também do princípio da simplicidade dos atos processuais. O juiz é obrigado a propor a conciliação às partes, por imposição legal, infraconstitucional, art. 764 da CLT. Art Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. 1º - Para os efeitos deste artigo, os juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. O magistrado é obrigado a propor a conciliação, mas para as partes é uma faculdade a conciliação. Homologar acordo (conciliação) é uma faculdade ao juiz, súmula 418 do TST: A concessão de liminar ou a homologação de acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Se estiverem presentes os elementos caracterizadores do vínculo empregatício (pessoalidade, não eventualidade e subordinação) haverá relação de emprego, se faltar um dos elementos, haverá relação de trabalho. Até 2004 utilizavam-se as expressões emprego e trabalho como sinônimas, mas com a nova redação do art. 114 há duas novas relações: de emprego e de trabalho. O trabalhador eventual e o avulso não possuem o elemento da não assiduidade, assim possuem relação de trabalho, não de emprego.

3 3 Distinção entre trabalhador eventual e trabalhador avulso:... O elemento da subordinação é tido por jurídico, pois está na lei ou no contrato. Se ausente o elemento da subordinação, não haverá relação de emprego, mas relação de trabalho autônoma. Espécies de relações de trabalho: c) Análise do art. 114 da CF: Inciso I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; Entes de Direito Público externo:... II - as ações que envolvam exercício do direito de greve; Art. 9º da CF assegura o direito de greve. Lei 7.783/89 Dispõe sobre o exercício do direito de greve. Não existe previsão legal para o exercício do direito de greve para os servidores estatutários, mas utiliza-se a lei de greve da iniciativa privada (Lei 7.783/89). Súmula 189 do TST: A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. III - as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; Deslocamento deste tema da justiça estadual para a justiça do trabalho. Princípio da unicidade sindical:... Existem quatro espécies de contribuições sindicais no Brasil:

4 4 c) d) Precedente normativo nº 119 do TST e súmula 666 do STF: As contribuições não são obrigatórias. IV - os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; A única situação que envolve habeas corpus na esfera trabalhista é a hipótese do juiz determinar a prisão civil do depositário infiel. Alguns magistrados trabalhistas ainda decretam a prisão do depositário infiel, embora STJ e STF já tenham decido que é ilegal esta prisão. VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; Qualquer conflito que se estabeleça entre o sujeito empregador e algum órgão de fiscalização do direito do trabalho de competência da justiça do trabalho. Exceção: Mandado de Segurança. V - os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; Art. 803 e 808 da CLT. Súmula 420 do TST: Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. VI - as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; Acidente de trabalho:... VII - as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII - a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

5 5 Súmula 368 do TST: IX - outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Dois requisitos: O inciso IX restringe a matéria que o inciso I alargou. Ex: Art. 643 da CLT e Lei 6.019/74 (contratação de trabalho temporário). Art. 114, 1º - Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros. 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente. Convenção Coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho:... Ministério Público do Trabalho pode ajuizar dissídio coletivo? 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. Atividades essenciais: art. 10 da Lei Súmulas do TST: 19, 189, 300, 368, 389, 392. Súmula do STF: 736 (meio ambiente do trabalho). 1.3 COMPETÊNCIA TERRITORIAL Art A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.)

6 6 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima. 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo em contrário. 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços. Regra geral: no local da prestação do serviço. Exceções: c)