PROJECTO FUNDAMENTAÇÃO
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- Luiz Fernando Coelho Garrido
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1 PROJECTO FUNDAMENTAÇÃO No seguimento das propostas apresentadas por esta Direcção Regional de Educação para o Plano de Acompanhamento dos Centros de Recursos TIC (CRTIC) no ano de 2011, com uma linha orientadora que visa a criação de uma cultura de inclusão na comunidade educativa adstrita a cada Centro, constituiuse como ponto estratégico de acção a capacidade de mobilizar esforços para assegurar a oferta de leitura nas escolas para o público escolar com deficiência. A leitura, como fenómeno provedor da aquisição de competências de âmbito cognitivo e afectivo-atitudinal estruturantes na formação do indivíduo, constitui uma vertente nodal da praxis educativa. Sabemos que, nos diferentes contextos de abordagem da leitura (familiar, escolar e social), a variância desta oblação condiciona o posicionamento e o entendimento da criança face ao mundo que a rodeia. Ora, se o seu encontro com o livro em ambiente familiar envolve circunstâncias particulares de análise, compostas por factores de ordem social, económica e cultural, já os locais de acesso livre à leitura em contexto escolar e social podem, e devem, ser gerados e potenciados, com o intuito de colmatar desigualdades, favorecer motivações e ajudar a construir padrões sociais e culturais mais elevados. Por outro lado, assegurar a execução dos programas do PNL implica que, nos estabelecimentos de ensino, se alargue substancialmente o número de obras adequadas aos diferentes níveis de leitura dos alunos e à diversidade dos perfis leitores, e aqui acrescentam-se, designadamente, dos que não têm acesso aos usuais suportes de leitura, por inibição física, mental ou outra.
2 A escrita com símbolos é uma ferramenta inclusiva de Comunicação Aumentativa e Alternativa em Português Europeu. Existem softwares que permitem escrever texto ilustrado com símbolos, indicado para todos os utilizadores que precisem de desenvolver as suas competências básicas em leitura e escrita e para os que usam os símbolos como apoio à comunicação e linguagem. Os utilizadores podem escrever a partir de uma escolha de símbolos e palavras presentes em grelhas ou botões sem a necessidade de utilizar o teclado. Deste modo, e partindo de dinâmicas já existentes, espera-se que, em cada escola/agrupamento, os alunos, no âmbito das actividades extracurriculares ou de voluntariado, na ocupação plena dos seus tempos livres, possam participar na transcrição dos livros em texto para a escrita com símbolos, permitindo-lhes explorar o lado simbólico da linguagem e ao mesmo tempo, sentirem-se agentes de inclusão. Assumindo o CRTIC um papel dinamizador que pretende evidenciar o potencial de cada um dos elementos da comunidade como facilitador da inclusão, entendemos que esta é uma linha capacitadora que congrega os esforços dos diferentes intervenientes no processo educativo, tendo como vector nuclear a cooperação. Esta iniciativa, que implica o envolvimento dos alunos e a articulação com as bibliotecas escolares, tem por objectivo provocar uma mudança de atitude geral relativamente à deficiência, mobilizando as participações, conhecimentos e aptidões individuais para a criação de uma cultura inclusiva. Recorde-se que este é o Ano Internacional do Voluntariado, sendo este facto um facilitador institucional, uma vez que ser inclusivo é um acto voluntário que não pode ser imposto por nenhuma circunstância externa, mas é uma competências importante de participação social. Deste modo, estaremos a disponibilizar às escolas/agrupamentos um manancial de estratégias, instrumentos e de produtos para eivar a formação cívica dos alunos e da comunidade educativa, promovendo, desta forma, o seu desenvolvimento pessoal e social.
3 ACTIVIDADES Com o propósito de consubstanciar estas intenções, propõem-se as seguintes actividades, no que concerne às instituições envolvidas: DIRECÇÃO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DO CENTRO 1. Elaboração do projecto; 2. Submissão do projecto às entidades competentes; 3. Divulgação do projecto; 4. Monitorização dos trabalhos e síntese dos produtos realizados. PLANO NACIONAL DE LEITURA 1. Análise e reconhecimento formal do projecto; 2. Aprovação de um logótipo em conformidade com o Plano. 3. Divulgação do projecto; 4. Criação de uma biblioteca digital dedicada à escrita com símbolos, tendo por base os trabalhos realizados nas escolas. REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES 1. Análise e reconhecimento formal do projecto; 2. Apoio técnico na referenciação e tratamento documental dos produtos criados nas escolas; 3. Divulgação do Projecto. ESCOLAS 1. Construção de materiais adaptados à escrita com símbolos, através do envolvimento dos técnicos do CRTIC e dos professores bibliotecários, em plano de trabalho articulado.
4 2. Disponibilização dos recursos à comunidade escolar, designadamente na(s) Biblioteca(s) Escolare(s) do Agrupamento, e à comunidade em geral, pelos contributos que darão à biblioteca digital, a criar pelo Plano Nacional de Leitura; 3. Divulgação do projecto e dos trabalhos que vão sendo realizados. METODOLOGIA 1. As actividades propostas resultam de um trabalho de cooperação dos Centros de Recursos TIC com as Bibliotecas Escolares, que, nalgumas escolas de referência, já está iniciada. Na verdade, constituindo a biblioteca escolar um núcleo onde se organizam e disponibilizam todos os recursos de leitura, e sendo graças às competências dos professores bibliotecários que é possível assegurar o enquadramento técnico e pedagógico desses recursos, importa enfatizar o seu papel, tão relevante, no desenvolvimento das estratégias de promoção da leitura para todos no Agrupamento. Os professores bibliotecários e as equipas das BE poderão apoiar os técnicos do CRTIC na selecção dos excertos dos livros indicados pelo PNL para os diferentes anos de escolaridade, procurando: 1.1 Determinar os títulos para a transcrição, tendo em conta: o público-alvo - número de alunos com deficiência de cada escola e o seu perfil; as possibilidades de se efectuar rotação dos livros entre as turmas da escola e/ou entre as escolas do agrupamento.
5 1.2 Diversificar a selecção de obras, no pressuposto de que os trabalhos serão publicados e que se poderão efectuar empréstimos mútuos entre as escolas de referência. 1.3 Ampliar o número de publicações, disponibilizando-as em suporte digital, em articulação com o PNL, contribuindo para a construção de uma biblioteca digital. 2. A direcção da escola/agrupamento deverá promover, junto da respectiva comunidade educativa, esta iniciativa, através de instrumentos promocionais. 3. O envolvimento dos serviços do Ministério da Educação consistirá na monitorização das actividades a desenvolver nas escolas de referência e em estratégias de promoção lhe darão alcance e visibilidade.
6 CRONOGRAMA INICIAL Actividade Apresentação do Plano de Acompanhamento aos CRTIC previsto para Criação dos grupos de trabalho nas escolas de referência. Reunião para apresentação do Projecto + aler e das diferentes actividades que o integram aos serviços centrais do Ministério da Educação, nomeadamente PNL e RBE. Reunião com as escolas de referência da Região Centro para apresentação formal do Projecto e planeamento da sua execução e/ou desenvolvimento. Divulgação do projecto por via institucional PNL/RBE/DREC Reunião para monitorização dos trabalhos, síntese dos produtos entretanto realizados e partilha de experiências Planeamento das actividades a desenvolver no próximo ano lectivo, a cargo dos respectivos técnicos nas escolas (CRTIC/BE), em articulação. Implementação plena do Projecto nas escolas intervenientes Data estimada Março Abril 23 de Maio Maio/Junho Julho Julho Setembro
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